Contest a Cao
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PROCESSO Nº 8001306-45.2024.8.05.0248
CONTESTAÇÃO
Trata-se de ação de alimentos movida pelo Autor. Ocorre que entre as partes restou
acordado que o pagamento de 15% do salário mínimo vigente ou o valor de R$ 220,00 (duzentos e
vinte reais), o que vem sendo cumprido rigorosamente, conforme comprovantes em anexo, além do
pagamento correspondendo a 50% dos gastos extras.
Todavia, diferentemente do que foi narrado em sede de inicial, razão pela qual
impugna todos os argumentos trazidos pela inicial.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Contestante é autônomo e aufere renda insuficiente para custear esta demanda sem
que comprometa o seu sustento e o de sua família.
Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o Requerente
ao benefício da gratuidade de justiça:
Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do requerente, sendo
suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas processuais e honorários
advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme destaca a doutrina:
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelo artigo
98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao requerente.
DAS PRELIMINARES
MÉRITO DA CONTESTAÇÃO
Nos termos do art. 320 do CPC, "a petição inicial será instruída com os
documentos indispensáveis à propositura da ação." Nesse mesmo sentido é o disposto no Art. 373
do CPC.
Ocorre que no presente caso, o Autor traz um valor exorbitante como mínimo
necessário, mas sequer apresenta qualquer prova dessa real necessidade.
É dever do Autor instruir a inicial com as provas de seus argumentos, o que não
ocorre no presente caso, devendo levar à redução do valor pedido.
Além dos fatos aduzidos, requer ainda, que a base de cálculo do percentual de
alimentos fixados pelo Juízo tenha como base apenas o valor do salário mínimo vigente.
Quanto à pensão alimentícia, deve-se observar que o dever de prestar alimentos está
previsto no art. 1.694 do Código Civil, sendo garantido que o filho menor tem direito a receber
alimentos que cubram suas necessidades, dentro das possibilidades de quem deve prestá-los. O
requerido tem condições de contribuir com 18% de seu rendimento.
Rolf Madaleno, em "Curso de Direito de Família", salienta que “os alimentos devem ser
fixados em valor suficiente para atender as necessidades do alimentando, considerando as
possibilidades financeiras do alimentante, com o objetivo de assegurar a dignidade do
menor.”
Portanto, a pensão fixada deve ser revista, visto que atende ao equilíbrio entre as
necessidades do menor e a capacidade financeira do requerido, sem comprometimento de sua
subsistência.
Em conversa com a Genitora, a mesma informou que não iria sair da casa de sua
genitora, e que o Requerido poderia residir no imóvel localizado na Rua São Gonçalo, s/n,
Residencial Vista Alegre, quadra A, casa nº 12, Vista Alegre, CEP. 48.700-000, Serrinha, Bahia,
Brasil. Esse imóvel foi adquirido por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, conforme
contrato em anexo, assinado por ambos.
Sílvio de Salvo Venosa explica que “o abandono do lar por um dos companheiros
não pode ser interpretado como renúncia aos bens adquiridos na constância da união estável, uma
vez que o direito à partilha é garantido pelo regime de comunhão parcial de bens.”
Portanto, considerando que é dever do Autor, nos termos do art. 320 do CPC, instruir
a inicial com os documentos indispensáveis à propositura da ação, requer a total improcedência dos
pedidos.
DA RECONVENÇÃO
Considerando tratar-se de pedido que versa sobre os alimentos bem como sobre a
guarda, mister seja analisado o contrapedido, para fins de extinção ou, subsidiariamente, redução
dos alimentos, nos termos do Art. 343 do CPC/15, que faz pelos fundamentos a seguir expostos.
DA GUARDA
Dessa forma, deve-se definir a guarda com primordial atenção aos interesses do
menor, a ser conduzida conforme os termos e condições a seguir.
DA REGULAMENTAÇÃO DE CONVIVÊNCIA
Para tanto, o contestante pretende instruir o presente com as provas acima indicadas,
sob pena de nulidade do processo.
DOS PEDIDOS
No que aos gastos de saúde e educação, que os valores sejam negados, visto o
município dispor da Rede Pública de Ensino e o Sistema Único de Saúde, ou que
subsidiariamente, os valores sejam pagos no montante de 50% para cada genitor, como
vinha sendo feito após o período de separação da relação conjugal;
Que o menor passe a residir durante a semana com a genitora e aos finais de semana
como genitor, ou em organização que conceda ao Requerido o seu direito de família,
conforme estabelecido na Constituição Federal de 1988;
A condenação do Autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
OAB/BA 66.626