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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª VARA DOS FEITOS

DE RELAÇÕES DE CONSUMO, CÍVEIS E COMERCIAIS DA COMARCA DE


SERRINHA/BA

PROCESSO Nº 8001306-45.2024.8.05.0248

HARLEY SANDRO DE JESUS BARROS, devidamente qualificado nos


autos do processo em epígrafe, vem respeitosamente, por intermédio de seu
advogado, à presença de Vossa Excelência, apresentar

CONTESTAÇÃO

em face da Ação de Alimentos movida por CAROLINE DE OLIVEIRA


LIMA SILVA, dizendo e requerendo o que segue.

BREVE SÍNTESE DOS FATOS

Trata-se de ação de alimentos movida pelo Autor. Ocorre que entre as partes restou
acordado que o pagamento de 15% do salário mínimo vigente ou o valor de R$ 220,00 (duzentos e
vinte reais), o que vem sendo cumprido rigorosamente, conforme comprovantes em anexo, além do
pagamento correspondendo a 50% dos gastos extras.

Todavia, diferentemente do que foi narrado em sede de inicial, razão pela qual
impugna todos os argumentos trazidos pela inicial.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Contestante é autônomo e aufere renda insuficiente para custear esta demanda sem
que comprometa o seu sustento e o de sua família.

Para tal benefício o Contestante junta declaração de hipossuficiência e comprovante


de renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das custas judicias sem comprometer
sua subsistência, conforme clara redação do Código de Processo Civil de 2015:

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição


inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou
em recurso.

§ 1º - Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o


pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio
processo, e não suspenderá seu curso.

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos


que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida


exclusivamente por pessoa natural.

Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o Requerente
ao benefício da gratuidade de justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA GRATUITA.


INDEFERIMENTO DA GRATUIDADE PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE
FUNDADAS RAZÕES PARA AFASTAR A BENESSE. CONCESSÃO
DO BENEFÍCIO. CABIMENTO. Presunção relativa que milita em prol da
autora que alega pobreza. Benefício que não pode ser recusado de plano
sem fundadas razões. Ausência de indícios ou provas de que pode a
parte arcar com as custas e despesas sem prejuízo do próprio sustento e
o de sua família. Recurso provido. (TJ-SP 22234254820178260000 SP
2223425-48.2017.8.26.0000, Relator: Gilberto Leme, Data de Julgamento:
17/01/2018, 35ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
17/01/2018, #64757185) #4757185

AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATUIDADE DA JUSTIÇA.


CONCESSÃO. Presunção de veracidade da alegação de insuficiência de
recursos, deduzida por pessoa natural, ante a inexistência de elementos
que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão da
gratuidade da justiça. Recurso provido. (TJ-SP 22259076620178260000
SP 2225907-66.2017.8.26.0000, Relator: Roberto Mac Cracken, 22ª Câmara
de Direito Privado, Data de Publicação: 07/12/2017)

A assistência de advogado particular não pode ser parâmetro ao indeferimento do


pedido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE GRATUIDADE DE


JUSTIÇA. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. HIPOSSUFICIÊNCIA.
COMPROVAÇÃO DA INCAPACIDADE FINANCEIRA. REQUISITOS
PRESENTES. 1. Incumbe ao Magistrado aferir os elementos do caso
concreto para conceder o benefício da gratuidade de justiça aos cidadãos
que dele efetivamente necessitem para acessar o Poder Judiciário, observada
a presunção relativa da declaração de hipossuficiência. 2. Segundo o § 4º
do art. 99 do CPC, não há impedimento para a concessão do benefício
de gratuidade de Justiça o fato de as partes estarem sob a assistência de
advogado particular. 3. O pagamento inicial de valor relevante, relativo ao
contrato de compra e venda objeto da demanda, não é, por si só, suficiente
para comprovar que a parte possua remuneração elevada ou situação
financeira abastada. 4. No caso dos autos, extrai-se que há dados capazes de
demonstrar que o Agravante, não dispõe, no momento, de condições de
arcar com as despesas do processo sem desfalcar a sua própria subsistência.
4. Recurso conhecido e provido. (TJ-DF 07139888520178070000 DF
0713988-85.2017.8.07.0000, Relator: GISLENE PINHEIRO, 7ª Turma
Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 29/01/2018, #34757185)
Assim, considerando a demonstração inequívoca da necessidade do Requerente, tem-
se por comprovada sua miserabilidade, fazendo jus ao benefício.

Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do requerente, sendo
suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas processuais e honorários
advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme destaca a doutrina:

"Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, nem tampouco


se fala em renda familiar ou faturamento máximos. É possível que uma
pessoa natural, mesmo com bom renda mensal, seja merecedora do
benefício, e que também o seja aquela sujeito que é proprietário de bens
imóveis, mas não dispõe de liquidez. A gratuidade judiciária é um dos
mecanismos de viabilização do acesso à justiça; não se pode exigir que,
para ter acesso à justiça, o sujeito tenha que comprometer
significativamente sua renda, ou tenha que se desfazer de seus bens,
liquidando-os para angariar recursos e custear o processo." (DIDIER JR.
Fredie. OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 6ª
ed. Editora JusPodivm, 2016. p. 60)

Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelo artigo
98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao requerente.

DAS PRELIMINARES

MÉRITO DA CONTESTAÇÃO

O Contestante impugna todos os fatos articulados na inicial o que se contrapõem com


os termos desta peça, esperando a IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO PROPOSTA, pelos seguintes
motivos:

DAS PROVAS DA NECESSIDADE DO MENOR

Nos termos do art. 320 do CPC, "a petição inicial será instruída com os
documentos indispensáveis à propositura da ação." Nesse mesmo sentido é o disposto no Art. 373
do CPC.

Ocorre que no presente caso, o Autor traz um valor exorbitante como mínimo
necessário, mas sequer apresenta qualquer prova dessa real necessidade.

É dever do Autor instruir a inicial com as provas de seus argumentos, o que não
ocorre no presente caso, devendo levar à redução do valor pedido.

Nesse sentido, confirma a jurisprudência sobre o tema:

APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO CIVIL - FAMÍLIA - ALIMENTOS -


PENSÃO: VALOR - CAPACIDADE/ NECESSIDADE/
PROPORCIONALIDADE - ALIMENTANTE: POSSIBILIDADE: PROVA
- AUSÊNCIA - PRESUNÇÃO DE NECESSIDADE - VALOR:
RAZOABILIDADE. 1. Os alimentos são fixados em proporção à
necessidade do alimentando e a possibilidade do alimentante, na extensão
cumpridamente provada, atentando-se para a condição econômica das partes
(proporcionalidade). 2. Em ação de alimentos, a necessidade de alimentos
presume-se da menoridade, mas sua extensão deve ser aferida, para que seja
estabelecido o valor suficiente a seu atendimento. 3. Sem prova da
extensão da necessidade de alimentos nem da capacidade de prestá-los,
está fundamentada a sentença que fixa os alimentos em um juízo de
razoabilidade, considerada a presunção da necessidade advinda da
menoridade e o dever do pai de supri-la em parte. (TJ-MG - Apelação Cível
1.0000.21.120530-7/001, Relator(a): Des.(a) Oliveira Firmo, julgamento em
28/09/2021, publicação da súmula em 08/10/2021)

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE ALIMENTOS - FILHO MENOR -


NECESSIDADE PRESUMIDA - REVELIA DO ALIMENTANTE -
FLEXIBILIZAÇÃO DOS SEUS EFEITOS - AUSÊNCIA DE PROVAS
FIXAÇÃO - TRINÔMIO ALIMENTAR - NECESSIDADE-
POSSIBILIDADE-PROPORCIONALIDADE. - A Constituição da
República, no art. 6º, prevê, entre outros, a alimentação como um direito
social, sendo que o pagamento de alimentos encontra-se amparado nos
princípios da dignidade da pessoa humana e da solidariedade familiar. - O
artigo 1.694 do Código Civil dispõe que "podem os parentes, os cônjuges ou
companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para
viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender
às necessidades de sua educação" bem como que os mesmos devem ser
fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da
pessoa obrigada, ficando ao critério do juiz arbitrar o valor da pensão
alimentícia, conforme as circunstâncias do caso concreto. - O fato de o
alimentante ser revel não implica o acolhimento integral do pedido, pois em
casos como este não ocorre os efeitos da revelia previstos no art. 344 do
CPC/15. É que a procedência do pedido depende da efetiva
comprovação das possibilidades do alimentante em suportar a verba
estabelecida de acordo com as necessidades do alimentando. - Impõe-se
a manutenção do valor fixado a título de pensão alimentícia na sentença, em
observância ao trinômio alimentar proporcionalidade-necessidade-
possibilidade, quando ausente a demonstração de que o alimentante pode
arcar com valor de alimentos superior ao arbitrado pelo Juízo primevo, bem
como que o alimentando necessita de valor maior para a sua subsistência.
(TJ-MG - Apelação Cível 1.0000.22.052303-9/001, Relator(a): Des.(a)
Ângela de Lourdes Rodrigues, julgamento em 28/04/0022, publicação da
súmula em 29/04/2022, #24757185)

Os documentos juntados à inicial tratam-se de provas insuficientes a comprovar o


valor exorbitante exigido, sendo necessário definir com razoabilidade de acordo com o binômio
efetivamente comprovado das necessidades e da possibilidade do alimentando.

Portanto, totalmente improcedente os pedidos ventilados na inicial.

DA BASE DE CÁLCULO DOS ALIMENTOS

Além dos fatos aduzidos, requer ainda, que a base de cálculo do percentual de
alimentos fixados pelo Juízo tenha como base apenas o valor do salário mínimo vigente.

Este requerimento se fundamenta pelo fato de que o Contestante é autônomo e não


possui renda estável capaz de garantir os alimentos todos os meses, sendo razoável a fixação de
18% do salário mínimo vigente por mês, conforme já vem arcando, desde o momento da dissolução
da sociedade conjugal, pois dentro da estimativa prevista.

Quanto à pensão alimentícia, deve-se observar que o dever de prestar alimentos está
previsto no art. 1.694 do Código Civil, sendo garantido que o filho menor tem direito a receber
alimentos que cubram suas necessidades, dentro das possibilidades de quem deve prestá-los. O
requerido tem condições de contribuir com 18% de seu rendimento.

Ademais, o binômio necessidade-possibilidade é o princípio norteador da fixação dos


alimentos. Considerando as necessidades básicas da criança, que incluem alimentação, saúde,
educação, vestuário e lazer, o valor fixado é justo e proporcional às condições financeiras do
requerido.

"Os alimentos devem ser fixados com base no binômio necessidade-


possibilidade, garantindo-se que o alimentante possa contribuir sem prejuízo
de sua subsistência, mas de forma que cubra as necessidades básicas do
alimentado." (STJ, REsp 1.509.534/SP).

Rolf Madaleno, em "Curso de Direito de Família", salienta que “os alimentos devem ser
fixados em valor suficiente para atender as necessidades do alimentando, considerando as
possibilidades financeiras do alimentante, com o objetivo de assegurar a dignidade do
menor.”

Portanto, a pensão fixada deve ser revista, visto que atende ao equilíbrio entre as
necessidades do menor e a capacidade financeira do requerido, sem comprometimento de sua
subsistência.

DA SAÍDA DA REQUERENTE DA RESIDÊNCIA COMUM

É fato incontroverso que a requerente nunca residiu no imóvel, mesmo durante o


período da união estável. Ocorre, que as partes nunca residiram no imóvel em debate na presente
lide, visto ser localizado em difícil acesso, com isso, foi requisitado pela parte que alugasse um
imóvel próximo a residência da mãe da genitora, para que viessem a morar, e assim, foi alugado,
durante mais de 09 (nove) anos. Ocorrendo a finalização de contrato quando os mesmos não
estavam mais juntos.

Em conversa com a Genitora, a mesma informou que não iria sair da casa de sua
genitora, e que o Requerido poderia residir no imóvel localizado na Rua São Gonçalo, s/n,
Residencial Vista Alegre, quadra A, casa nº 12, Vista Alegre, CEP. 48.700-000, Serrinha, Bahia,
Brasil. Esse imóvel foi adquirido por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, conforme
contrato em anexo, assinado por ambos.

No entanto, a saída voluntária não implica renúncia ao direito de partilha do bem,


tampouco descaracteriza seu direito sobre o imóvel. Pelo contrário, a legislação protege o interesse
de garantir à mulher e à criança o direito à moradia, independentemente de quem permaneceu no
imóvel.

“A saída voluntária do imóvel comum por parte de um dos companheiros


não implica renúncia ao direito de partilha, devendo os bens adquiridos
durante a união ser igualmente divididos." (STJ, REsp 1.643.945/RS).

Sílvio de Salvo Venosa explica que “o abandono do lar por um dos companheiros
não pode ser interpretado como renúncia aos bens adquiridos na constância da união estável, uma
vez que o direito à partilha é garantido pelo regime de comunhão parcial de bens.”

DAS PROVAS TRAZIDAS AOS AUTOS

Os documentos juntados à inicial tratam-se de provas insuficientes a comprovar o


alegado, uma vez que não demonstra a realidade dos fatos.

A parte Requerida, anexa comprovantes de pagamento de pensão (transferências)


para a Requerida, além do pagamentos de gastos extras, tais como escola, vestuário, saúde.

Portanto, considerando que é dever do Autor, nos termos do art. 320 do CPC, instruir
a inicial com os documentos indispensáveis à propositura da ação, requer a total improcedência dos
pedidos.
DA RECONVENÇÃO

Considerando tratar-se de pedido que versa sobre os alimentos bem como sobre a
guarda, mister seja analisado o contrapedido, para fins de extinção ou, subsidiariamente, redução
dos alimentos, nos termos do Art. 343 do CPC/15, que faz pelos fundamentos a seguir expostos.

DA GUARDA

Inicialmente cumpre destacar que o direito busca, precipuamente, resguardar os


direitos e interesses do menor, devendo ser conduzida a presente ação ao fim de atendê-los.

A legislação brasileira, em atenção às necessidades dos menores, previu no Código


Civil, em seu artigo 1.583 as condições mínimas que genitor deve prover para que a guarda lhe seja
atribuída, in verbis:

Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.

§ 1º Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores


ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5º) e, por guarda compartilhada a
responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da
mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos
filhos comuns.

Dessa forma, deve-se definir a guarda com primordial atenção aos interesses do
menor, a ser conduzida conforme os termos e condições a seguir.

DA REGULAMENTAÇÃO DE CONVIVÊNCIA

Inicialmente cumpre destacar que o direito busca, precipuamente, resguardar os


direitos e interesses da criança, devendo ser conduzida a presente ação ao fim de atendê-los.

Portanto, para atender ao interesse da criança envolvida, a convivência familiar deve


ser promovida da seguinte forma, durante a semana com a genitora, aos finais de semana como
Genitor, e em datas especiais, que a organização se dê de forma previamente decidida por ambos.
DAS PROVAS QUE PRETENDE PRODUZIR

Para demonstrar o direito arguido no presente pedido, o contestante pretende instruir


seus argumentos com as seguintes provas:

a) Depoimento pessoal a parte Requerida, para esclarecimentos sobre os


termos de pensão, nos termos do Art. 385 do CPC;

Importante esclarecer sobre a indispensabilidade da prova pessoal/testemunhal, pois


trata-se de meio mínimo necessário a comprovar o direito pleiteado, sob pena de grave cerceamento
de defesa, como destaca o STJ:

CERCEAMENTO DE DEFESA. INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO


DE PROVA ORAL E COMPLEMENTAÇÃO DE PERÍCIA. Constitui-se
cerceamento de defesa o indeferimento da produção de prova oral e prova
técnica visando comprovar tese da parte autora, considerando o julgamento
de improcedência do pedido relacionado a produção da prova pretendida.
(TRT-4 - RO: 00213657920165040401, Data de Julgamento: 23/04/2018, 5ª
Turma, #94757185)

Tratam-se de provas necessárias ao contraditório e à ampla defesa, conforme dispõe


o Art. 369 do Novo CPC, "As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos
em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz."

Trata-se da positivação ao efetivo exercício do contraditório e da ampla defesa


disposto no Art. 5º da Constituição Federal:

"Art. 5º (...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e


aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes;(...)"

A doutrina ao disciplinar sobre este princípio destaca:


"(...) quando se diz "inerentes" é certo que o legislador quis abarcar todas
as medidas passíveis de serem desenvolvidas como estratégia de defesa.
Assim, é inerente o direito de apresentar as razões da defesa perante o
magistrado, o direito de produzir provas, formular perguntas às
testemunhas e quesitos aos peritos, quando necessário, requerer o
depoimento pessoal da parte contrária, ter acesso aos documentos juntados
aos autos e assim por diante." (DA SILVA, Homero Batista Mateus. Curso
de Direito do Trabalho Aplicado - vol. 8 - Ed. RT, 2017. Versão ebook.
Cap. 14)

Para tanto, o contestante pretende instruir o presente com as provas acima indicadas,
sob pena de nulidade do processo.

DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, em sede de CONTESTAÇÃO, requer:

O deferimento do pedido de Gratuidade de Justiça;

A TOTAL IMPROCEDÊNCIA da presente demanda, com a manutenção do valor de


alimentos fixados em 18% do salário mínimo vigente, a ser pago em conta corrente de
titularidade da Requerente;

Que os gastos EXTRAS, sejam encaminhadas as notas fiscais, para o pagamento


decorrente de 50%;

No que aos gastos de saúde e educação, que os valores sejam negados, visto o
município dispor da Rede Pública de Ensino e o Sistema Único de Saúde, ou que
subsidiariamente, os valores sejam pagos no montante de 50% para cada genitor, como
vinha sendo feito após o período de separação da relação conjugal;

Que o menor passe a residir durante a semana com a genitora e aos finais de semana
como genitor, ou em organização que conceda ao Requerido o seu direito de família,
conforme estabelecido na Constituição Federal de 1988;
A condenação do Autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

A produção de todas as provas admitidas em direito;

Manifesta o interesse na realização de audiência conciliatória;

Nestes termos, pede deferimento.

Serrinha, 14 de setembro de 2024.

MARCONE GEORGE DOS SANTOS SILVA

OAB/BA 66.626

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