A CONSTRUÇÃO DO PÂNICO MORAL A PARTIR DAS
A CONSTRUÇÃO DO PÂNICO MORAL A PARTIR DAS
A CONSTRUÇÃO DO PÂNICO MORAL A PARTIR DAS
Resumo
A discursividade de líderes políticos e religiosos brasileiros a respeito de gênero e sex-
ualidades contribuiu para levar o pânico moral à sociedade, levando-a a reproduzir esses
discursos. O objetivo deste artigo é analisar, a partir do aporte teórico da arqueogenealogia
de Foucault, como esses discursos são reproduzidos. As categorias abordadas são: discurso,
poder/saber/verdade e normatização. Com uma abordagem qualitativa, foram anali-
sados vídeos do YouTube com pronunciamentos de líderes políticos religiosos brasileiros.
Ancorados na Análise do Discurso, a partir das categorias: Quem fala? De onde fala? Que
efeitos de sentido geram? podemos perceber que os sujeitos são atravessados por discursos
de cunho moral, religioso e pseudocientífico que sustentam a heteronormatividade e os
grupos que não se enquadram nesse padrão são excluídos.
Palavras-chave: Gênero, sexualidades, educação, pânico moral, exclusão.
Abstract
Gender and sexualities used in construction of moral panic in ultraconservative
political speeches in Brazil
The discourse of Brazilian political and religious leaders regarding gender and sex-
ualities contributed to bring moral panic to society, leading it to reproduce these discourses.
The aim of this paper is to analyze, based on the theoretical contribution of Foucault’s
archeo-genealogy, how theses discourses are reproduced. The addressed categories are dis-
course/power/truth and normatization. With a qualitative approach, YouTube videos with
statements of Brazilian religious political leaders were analyzed. Anchored in Discourse
Analysis, from the categories: Who speaks? Where are you talking from? What effects of
meaning do they generate? we can notice that the subjects are crossed by moral, religious
and pseudoscientific discourses that support heteronormativity and the groups that do not
fit this pattern are excluded.
Keywords: Keywords: gender; sexuality, education, moral panic, exclusion.
Resumen
Género y sexualidades utilizados en la construcción del pánico moral en los discur-
sos ultraconservadores en Brasil
El discurso de los líderes políticos y religiosos brasileños sobre género y sexualidades
contribuyó a llevar el pánico moral a la sociedad, llevándola a reproducir estos discursos.
El objetivo de este artículo es analizar, con base en la contribución teórica de la arqueo-ge-
nealogía de Foucault, cómo se reproducen estos discursos. Las categorías abordadas son:
discurso, poder/saber/verdad y normatización. Con un enfoque cualitativo, se analizaron
videos de YouTube con declaraciones de líderes políticos y religiosos brasileños. Anclado
en el análisis del discurso, a partir de las categorías: ¿Quién habla? ¿De dónde habla? ¿Qué
efectos de sentido generan? podemos percibir que los sujetos están atravesados por discur-
sos de naturaleza moral, religiosa y pseudocientífica que sostienen la heteronormatividad y
los grupos que no se ajustan a este patrón están excluidos.
Palabras-clave: Género, sexualidades, educación, pánico moral, exclusión.
Introdução
1
CAAE: 60165016.0.0000.5165/ Número do Parecer do Comitê de Ética: 1.773.781.
não deve ser tratado como ideologia de gênero, uma vez que igualdade de gênero
sempre ressaltou a importância da igualdade das condições de gênero, ou seja,
que homens e mulheres tenham as mesmas condições em todos os espaços sociais
(Ministério da Educação, 2012).
Aqueles que apregoam a existência de uma ideologia de gênero utilizam
argumentos sem fundamentos científicos, replicando-os nas mídias sociais para
persuadir a população que os aceitam como verdades inquestionáveis, o que causa
o pânico moral.
O termo pânico moral é associado a Stanley Cohen, que, em 1972, o utilizou em
referência aos confrontos e episódios de vandalismo protagonizados por grupos
de jovens rivais na Inglaterra, na década de 1960, o que levou o autor a formular
a primeira teoria do pânico moral. Seu estudo consistiu em analisar a reação das
pessoas diante de situações em que se sentiam ameaçadas por alguns grupos ou
tipos sociais. Diante dessas situações de perigo, «desencadeia-se um processo de
sensibilização social que resulta em forte reação coletiva contra o(s) agente(s) que
causa(m) o medo coletivo» (Barros e Lemos 2018, 293). A partir daí, há uma dis-
puta em nome do restabelecimento da ordem e da moral, em que se tenta atribuir
a culpa da desordem a um grupo específico, estigmatizando-o negativamente.
Segundo Miskolci, «o conceito de pânico moral permite lidar com proces-
sos sociais marcados pelo temor e pela pressão por mudança social» (2007, 112),
que pode ser estruturado por políticas simbólicas, sempre ancorado em valores
e visões de mundo do grupo que se sente ameaçado. Ou seja, reflete anseios de
poder entre grupos sociais. O pânico é moral porque aciona uma suposta ameaça
à ordem social. Desse modo, questiona-se, no contexto contemporâneo brasileiro,
se há nos discursos proferidos por algumas personalidades políticas e religiosas a
subversão dos conceitos de gênero e sexualidades – tratados como «ideologia de
gênero» [sic] – na instauração de um regime de saber, poder e verdade atravessado
pelo pânico moral.
engendram sistemas de dominação. Há, ainda, nos discursos, a luta pelo poder
que se quer conquistar.
Nesse sentido, o que está na base desse conceito é a ideia de que em toda
sociedade há um certo número de procedimentos que controlam, selecionam, orga-
nizam e redistribuem simultaneamente a produção do discurso (Foucault [1969]
2000). A função desses procedimentos é a de «conjurar seus poderes e perigo,
dominar seu acontecimento aleatório, esquivar sua pesada e temível materiali-
dade» (Foucault [1970] 2013, 9). Em nossa sociedade, os procedimentos de exclu-
são, externos ao discurso, mas em atuação sobre eles, são a palavra proibida, a
segregação da loucura e a vontade de verdade. O primeiro desses procedimentos,
que se constitui como a interdição, segundo Foucault ([1969] 2000), é o mais conhe-
cido. O filósofo argumenta que nem tudo pode ser dito em qualquer circunstância
e não é qualquer um que pode falar de qualquer coisa. Nesse processo de interdi-
tar o que se diz, Foucault aponta três manifestações: o tabu do objeto; o ritual da
circunstância; e o direito privilegiado ou exclusivo do sujeito. A sexualidade e a
política são o alvo dessas interdições.
Nessa perspectiva, para justificar certas práticas, circula um discurso e certos
procedimentos que permitem controlar e impor certas regras, de forma que se
estabelece quem tem acesso a esses discursos (Foucault [1969] 2000). Nesse caso,
há uma ordem do discurso e, para entrar nela, há certas exigências, atendidas no
entrecruzamento das categorias internas e externas com o terceiro grupo de pro-
cedimentos, formado pelos rituais da palavra, pelas sociedades do discurso, pela
doutrina e pelas apropriações sociais. Destaca-se, nesse grupo de procedimentos, o
ritual e as sociedades do discurso. O primeiro determina propriedades singulares
e papéis preestabelecidos para os sujeitos que falam; de acordo com Foucault, os
vários tipos de discursos, como os religiosos, judiciários, terapêuticos e, de certa
forma, também o discurso político exigem ritual específico. Para que o controle
funcione, entra em cena o segundo: é preciso uma «Sociedade do Discurso» que
carregue a função de produzir, conservar e distribuir os discursos de acordo com
regras estritas (Foucault [1969] 2000).
É importante destacar que, para Foucault ([1970] 2013), o poder não existe em
si. Ele está sempre em relação. Todos os atores envolvidos nas relações de poder
nelas agem e por elas são afetados. Desse modo, nas sociedades, os processos de
subjetivação – ou seja, de formação dos sujeitos – são resultado das relações de
poder. Deleuze ([1986] 2005), ao analisar as teorias foucaultianas, na proposta de
tratar de elementos e relações, mutáveis e móveis, diferencia violência, força – ou
poder – e saber. Na violência, há ação sobre um corpo, sobre determinadas coisas,
que «ela força, dobra, quebra, destrói» (Foucault [1982] 2013, 287; Deleuze 2005,
38). Já nas relações de poder, há um modo de ação que não age diretamente e ime-
diatamente sobre os outros, mas uma ação que age sobre ações. Os deslocamen-
tos nesta vontade de verdade continuaram no corpo da história. Foucault cita as
mudanças promovidas pela ciência, que podem ser vistas como descobertas, mas
Metodologia
a) o discurso é uma prática que provém da formação dos saberes e que se articula com
outras práticas não discursivas; b) os dizeres e fazeres se inserem em formações dis-
cursivas, cujos elementos são regidos por determinadas regras de formação; c) o dis-
curso é um jogo estratégico e polêmico, por meio do qual constituem-se os saberes de
um momento histórico; d) o discurso é o espaço em que saber e poder se articulam
(quem fala, fala de algum lugar, baseado em um direito reconhecido institucional-
mente); e) a produção do discurso é controlada, selecionada, organizada e redistri-
buída por procedimentos que visam a determinar aquilo que pode ser dito em um
certo momento histórico. (Gregolin 2007, 14-15)
ciso atentar para as relações sociais que os tornaram discursos enunciáveis e visí-
veis, ou seja, situá-los em determinadas relações de poder. Nesse sentido, o saber
se liga ao poder. Analisar discursos significa, para Gregolin, «tentar compreen-
der a maneira como as verdades são produzidas e enunciadas» (2007, 15). Para
analisar o pronunciamento dos líderes políticos e religiosos, utilizamos, neste
trabalho, a Análise do Discurso (AD) (Gregolin 2006), cuja proposta de análise
tem como base as seguintes categorias: Quem fala? De onde fala? Que efeitos de
sentido geram? Que discursos aparecem (enunciados, contradições, repetições,
regularidades e dispersões)? A partir de que grande acontecimento os discursos
emergem?
De acordo com Gregolin (2006), o sujeito do enunciado, sendo historicamente
determinado, não pode ser reduzido aos elementos gramaticais. Sendo assim, o
sujeito não é o mesmo de um enunciado a outro e a função enunciativa pode ser
desempenhada por diferentes sujeitos. Foucault explica que
Isso significa que o autor da formulação pode não ser o mesmo sujeito do
enunciado, já que esse lugar é determinado e vazio. Sendo assim, indivíduos
diferentes podem ocupá-lo. Mas é também variável e pode continuar idêntico
a si mesmo por meio de várias frases, assim como para se modificar cada uma
(Foucault [1969] 2000). Sendo assim, o sujeito é uma posição. O mesmo indiví-
duo pode assumir várias posições de sujeito em um conjunto de enunciados, ou
seja, na categoria de análise Quem fala? o sujeito pode não ser o mesmo autor da
formulação.
Cabe destacar, também, o lugar social de onde o sujeito fala. É esse lugar que
define o que pode e deve ser dito, pois é governado por regras anônimas. O sujeito
é definido pelo lugar de onde ele fala. Foucault explica que «não importa quem
fala, mas o que ele diz não é dito de qualquer lugar. É considerado, necessaria-
mente, no jogo de uma exterioridade» ([1969] 2000, 139). Sendo assim, também se
analisa a categoria De onde ele fala?
Ainda que palavras e textos se aproximem de outros, eles não são idênticos
aos que os precedem. O enunciado produz um efeito de sentido pela sua correla-
ção com um conjunto de formulações que coexistem com ele em um espaço deli-
mitado historicamente. Isso significa dizer que o efeito de sentido de um enun-
ciado deve ser visto dentro de uma historicidade.
Eu quero tratar de um assunto aqui que no meu entender, pra mim, em 20 anos de
congresso é o maior escândalo que eu tomei conhecimento até hoje. [...] eu não sei pra
não ser advertido nesse discurso, eu vou poupar o adjetivo pra essa comissão.2
No entanto, quando aparece como «nós», quem fala pode ser identificado,
também, no trecho seguinte, como fazendo parte da sociedade, ou seja, a maioria
que estaria sendo afrontada pela minoria:
Esses gays, lésbicas querem que nós, a maioria, entubemos como exemplo de compor-
tamento a sua promiscuidade. [...] que nós não podemos nos submeter ao escárnio da
sociedade. Pelo amor de Deus, meus colegas que estão nos gabinetes! Pelo amor de
Deus, daqui a pouco vem um cidadão dizer que eu estou mentindo. [...] Atenção pais!
Os seus filhos vão receber no ano que vem um kit, esse kit tem o título: combate à
homofobia, mas na verdade esse kit é um estímulo ao homossexualismo, é um
2
onforme vídeo com o pronunciamento do deputado federal Jair Bolsonaro disponível em
C
<https://www.youtube.com/watch?v=ONfPCxKdGT4&feature=player_embedded>.
incentivo à promiscuidade, [...]. Atenção pais! A tua filha de sete, oito, nove, dez anos
vai assistir esse filmete que já está sendo licitado.3
3
onforme vídeo com o pronunciamento do deputado federal Jair Bolsonaro disponível em
C
<https://www.youtube.com/watch?v=ONfPCxKdGT4&feature=player_embedded>.
poder se exerce de forma mais intensa. Há, também, na fala do parlamentar, mais
do que um embate que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, uma verdade
– construída e sustentada por instituições como a religião – que indica a tentativa
de se apoderar ainda mais dos discursos – que estarão presentes na escola – e, con-
sequentemente, do poder (Foucault [1976] 2011).
o que nós queremos discutir com ele – a Frente da Família – é esse kit. [...]
[…]
O que nós precisamos resgatar é valor de família, Presidente Dilma. [...].
[…]
Então nós temos que resistir ao Governo, nós temos que resistir ao Sr. Haddad com
esse kit […].
[…]
[…] de fato nós não podemos criminalizar um país inteiro.
[…]
[...] o que nós precisamos dar em relação à Constituição é respeito a todos os cida-
dãos.4
Já quando utiliza a primeira pessoa do singular, quem fala expressa sua indig-
nação e opiniões pessoais:
4
« Pronunciamento de Magno Malta em 24/05/2011», Senado Federal. Disponível em <https://
www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunciamentos/-/p/texto/388285>.
rar nos homens e mulheres que acreditam em princípios, e uma minoria barulhenta
jamais se sobreporá a uma grande maioria, que é a família neste País.
[...]
Eu tenho uma criança de nove anos em casa. Ela perguntou: Pai, então, agora, quer
dizer que [...].5
5
« Pronunciamento de Magno Malta em 24/05/2011», Senado Federal. Disponível em <https://
www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunciamentos/-/p/texto/388285>.
Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e a nossa tradição judaico-
cristã, combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil voltará
a ser um país livre das amarras ideológicas.6 (destaque acrescentado)
6
«Discurso proferido pelo Sr. Jair Messias Bolsonaro, por ocasião de sua posse no cargo de Presi-
dente da República Federativa do Brasil», Sessão Conjunta do Congresso Nacional, em 1 de janeiro
de 2019. Disponível em <https://escriba.camara.leg.br/escriba-servicosweb/pdf/54479>.
7
Disponível em <https://novaescola.org.br/conteudo/14877/discurso-de-ricardo-velez-rodri-
guez-que-mudancas-esperar-no-mec>.
Conclusões
8
Disponível em <https://www.plural.jor.br/colunas/caixa-zero/meninos-vestem-azul-meninas-
vestem-rosa-esta-e-a-verdadeira-ideologia-de-genero>.
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