ADHD 3
ADHD 3
ADHD 3
Ao avaliar quase 10 mil pré -adolescentes, pesquisadores irlandeses encontraram que 17 situações durante a
gestação e nascimento se associaram a maior gravidade das manifestações do TDAH pela escala CBCL.
Entre os 17 fatores mais fortemente relacionados estão o sexo masculino, uso de drogas e tabagismo na
gestação, numero de gestações, complicações no parto, infecção urinária, anemia, uso de medicamentos, pais
mais jovens ou negros.
Número MAIS QUE O DOBRO do encontrado em estudos prévios que utilizaram perfis genéticos ou estilo de
criação dos filhos. SETE pontos centrais do estudo:
1. A maior gravidade do TDAH pelo CBCL aos 9 e 10 anos de idade ocorreu em mães que usaram
medicamentos sem prescrição médica (algo em 5%) na gestação;
3. O estudo não encontrou relação entre uso materno de cannabis e problemas de desatenção; fato
explicado pelo momento do estudo com aumento do uso de opioides;
4. Uso de qualquer medicamento e náusea foram FATORES ROBUSTOS para a desatenção, o que
sustenta a teoria entre infecção e doenças na gestação, com aumento de citocinas, febre como
complicações associadas aos transtornos no neurodesenvolvimento;
5. Infecções urinárias e anemia predizeram o risco de TDAH com variações no CBCL em 2.8% e 1.75%,
respectivamente;
6. Mais impressionante foi o fato do “baixo peso ao nascer” não ter sido preditor robusto para problemas
de desatenção no TDAH. Para os autores outros fatores podem ter obscurecido esta difundida
correlação;
O último ponto é o fato de causas preveníveis e tratáveis como infecções e anemia, terem sido tão fortes
preditores na gravidade do TDAH aos 9 e 10 anos de idade, independentemente de fatores genéticos ou
familiares.
Os mecanismos biológicos para explicar essa relação sugerem desde desregulação hormonal com excesso de
glicocorticoides, resposta inflamatória, e baixa oferta de oxigênio na barriga da mãe, como responsáveis por
alterarem a expressão de genes durante o amadurecimento do cérebrozinho dos nenéns.