CLIMATERIO

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CLIMATERIO

Entendendo a Transição
na Vida da Mulher
MONITORAS: ANA CAMILE E
CARLA MAYARA
▪O CLIMATÉRIO CORRESPONDE À TRANSIÇÃO DA MULHER DO CICLO
REPRODUTIVO PARA O NÃO REPRODUTIVO;

▪OCORRE HABITUALMENTE ENTRE OS 40 E 65 ANOS;

▪É UMA FASE BIOLÓGICA DA VIDA DA MULHER;

▪UM PERÍODO DE MUDANÇAS PSICOSSOCIAIS, DE ORDEM AFETIVA,


SEXUAL, FAMILIAR E OCUPACIONAL;

▪A MENOPAUSA, MARCO DO PERÍODO CLIMATÉRICO, É A INTERRUPÇÃO


Introdução PERMANENTE DA MENSTRUAÇÃO, OCORRENDO GERALMENTE ENTRE OS
48 E 50 ANOS DE IDADE;

▪MUITAS MULHERES PASSAM PELO CLIMATÉRIO SEM QUEIXAS, MAS


OUTRAS PODEM APRESENTAR QUEIXAS DIVERSIFICADAS E COM
INTENSIDADES DIFERENTES;

▪A IRREGULARIDADE MENSTRUAL É UNIVERSAL E OS FOGACHOS E


SUORES NOTURNOS TAMBÉM SÃO BASTANTE FREQUENTES, TÍPICOS
DESTE PERÍODO.
Assistência no
Climatério
1. Acolhimento com escuta qualificada:
▪ Identificação dos motivos de contato.
▪ Direcionamento para o atendimento necessário.

2.Entrevista
▪ Data da última menstruação;
▪ Uso de métodos anticoncepcionais;
▪ Tabagismo e história familiar de câncer de mama;
▪ Última coleta de citopatológico do colo do útero;
▪ Sangramento genital pós-menopausa.

3.Exame físico geral:


▪ De acordo com as queixas, comorbidades, riscos relacionados;
▪ Avaliar dados vitais e antropométricos;
▪ Avaliação de risco cardiovascular.
Assistência no
Climatério
4.Exame físico específico

▪ Exame ginecológico orientado para queixas e fatores de risco


cardiovascular e quedas no caso de ser idoso;
▪Coleta oportunista de citopatológico de colo uterino;
▪ Solicitação oportunista de mamografia se mulher maior de 50
anos.

5.Confirmação do climatério
▪Definir climatério quando a mulher encontra-se dentro da faixa
etária esperada para o período e apresenta queixas sugestivas
e/ou 12 meses consecutivos de amenorreia;
▪ A confirmação do climatério e menopausa é eminentemente
clínica, sendo desnecessárias dosagens hormonais.
Plano de Cuidados
Abordagem integral e não farmacológica
Realizar orientação individual e coletiva para as
das queixas no climatério
mulheres acerca de:
▪ Alguns fitoterápicos podem auxiliar no alívio dos ▪ Ressignificação do climatério;
sintomas presentes no climatério, particularmente os ▪ Abordar a vivência da mulher nessa fase, do ponto de
fogachos; vista biopsicossocial;
▪ Abordagem motivacional quanto ao estilo de vida ▪ Incentivar e promover a troca de experiências entre
saudável e elaboração de novos projetos e objetivos as mulheres e a realização de atividades de convivência
para essa nova fase da vida; em grupo;
▪ Atenção às redes de apoio social e familiar, ▪ Ressignificação dessa fase de vida
relações conflituosas e situações de violência. ▪ Queixas do climatério;
▪ Orientar anticoncepção no climatério; ▪ Exercícios da musculatura perineal;
▪ Realizar ações de prevenção de forma ▪ Alimentação saudável;
individualizada, em especial, quanto a doenças ▪ Manutenção do peso normal;
crônico-degenerativas; ▪ Prática de atividade física;
▪ Não há indicação da realização de exames de ▪ Orientar a prática de 150 minutos de atividade
rotina no climatério; aeróbica de intensidade moderada/semana;
▪ Não está indicado o rastreamento universal da ▪ Promover a realização de atividades de
osteoporose com realização de densitometria óssea. fortalecimento muscular duas ou mais vezes por
semana;
▪ Doenças sexualmente transmissíveis, HIV, hepatites;
▪ Transtornos psicossociais;
▪ Prevenção primária da osteoporose e prevenção de
quedas;
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO
CLIMATÉRIO
NÃO-TRANSITÓRIAS
TRANSITÓRIAS
▪ Urogenitais: mucosa mais delgada, propiciando
▪ Menstruais: o intervalo entre as menstruações prolapsos genitais, ressecamento e sangramento
pode diminuir ou pode estar aumentado; vaginal, dispareunia, disúria, aumento da frequência e
urgência miccional;
▪ Neurogênicas: ondas de calor, sudorese,
calafrios, palpitações, cefaleia, tonturas, ▪ Metabolismo lipídico: a mudança dos níveis de
parestesias, insônia, perda da memória e fadiga; estrogênio na pós-menopausa é considerada como
fator relevante na etiopatogenia da doença
▪ Psicogênicas: diminuição da autoestima, cardiovascular e das doenças cerebrovasculares
irritabilidade, labilidade afetiva, sintomas isquêmicas;
depressivos, dificuldade de concentração e
memória, dificuldades sexuais e insônia. ▪ Metabolismo ósseo: há mudanças no metabolismo
ósseo, variáveis de acordo com características genéticas
composição corporal, estilo de vida, hábitos e
comorbidades;

▪ Ganho de peso e modificação no padrão de


distribuição de gordura corporal
Cuidados não farmacológicos e
orientações de acordo com as queixas
apresentadas:
Alterações dos ciclos menstruais
▪ No período anterior à menopausa, podem ocorrer sangramentos abundantes, podendo ser realizada
abordagem farmacológica com métodos hormonais, em especial os progestágenos;
▪ O uso de contraceptivos hormonais (ACO ou progestágenos isolados) para planejamento reprodutivo dificulta
a identificação da menopausa.

Fogachos e suores noturnos


▪ Atentar-se a enfermidades/condições que possam cursar com sudorese noturna, calafrios, perda de peso ou
outros sintomas.
▪Dormir em ambiente bem ventilado;
▪Usar tecidos que deixem a pele “respirar”;
▪Beber um copo de água ou suco quando perceber a chegada deles;
▪Não fumar, evitar consumo de bebidas alcoólicas e de cafeína;
▪Ter um diário para anotar os momentos em que o fogacho se inicia.
▪Praticar atividade física;
▪Perder peso;
▪Respirar lenta e profundamente por alguns minutos.
Cuidados não farmacológicos e
orientações de acordo com as queixas
apresentadas:
Problemas com o sono:
▪Se há necessidade de se levantar muitas vezes à noite para ir ao banheiro, diminuir a tomada de líquidos antes
da hora de dormir;
▪Praticar atividades físicas na maior parte dos dias;
▪Deitar-se e levantar-se sempre nos mesmos horários diariamente, mesmo nos fins de semana;
▪Escolher uma atividade prazerosa diária para a hora de se deitar;
▪Assegurar que a cama e o quarto de dormir estejam confortáveis;
▪Não fazer nenhuma refeição pesada antes de se deitar e evitar bebidas à base de cafeína no fim da tarde;
▪ Se permanecer acordada por mais de 15 minutos após apagar as luzes, levantar-se e permanecer fora da
cama até perceber que irá adormecer;
Experimentar uma respiração lenta e profunda por alguns minutos

Sintomas Urogenitais
▪ Sintomas como disúria, nictúria, polaciúria, urgência miccional, infecções urinárias de repetição, dor e ardor ao
coito (dispareunia), corrimento vaginal, prurido vaginal e vulvar podem estar relacionados à atrofia genital;
▪ Considerar o uso de: lubrificantes vaginais durante a relação sexual, hidratantes vaginais à base de óleos
vegetais durante os cuidados corporais diários ou estrogênio tópico vulvovaginal.
Cuidados não farmacológicos e
orientações de acordo com as queixas
apresentadas:
Transtornos psicossociais
▪ Tristeza, desânimo, cansaço, falta de energia, humor depressivo, ansiedade, irritabilidade, insônia, déficit de
atenção, concentração e memória, anedonia, diminuição da libido.
▪ Estes sintomas variam na frequência e intensidade, de acordo com os grupos etário e étnico, além da
interferência dos níveis social, econômico e educacional.
▪Valorizar a presença de situações de estresse e a resposta a elas;
▪Estimular a participação em atividades sociais;
▪Avaliar estados depressivos;
▪Considerar tratamento para depressão e ansiedade quando necessário.
Cuidados não farmacológicos e
orientações de acordo com as
queixas apresentadas
Sexualidade
▪ A sexualidade da mulher no climatério é carregada de preconceitos e tabus:
- identificação da função reprodutora com a função sexual;
- ideia de que a atração se deve apenas da beleza física associada à jovialidade;
- associação da sexualidade feminina diretamente com a presença dos hormônios ovarianos.
▪ Os sintomas clássicos relacionados com o processo de atrofia genital que podem ocorrer devido ao
hipoestrogenismo são:
- ressecamento vaginal, prurido, irritação, ardência e sensação de pressão.
▪Estimular o autocuidado;
▪Estimular a aquisição de informações sobre sexualidade;
▪Avaliar a presença de fatores clínicos ou psíquicos;
▪Apoiar iniciativas da mulher na melhoria da qualidade das relações sociais e familiares;
▪Estimular a prática de sexo seguro;
▪Orientar o uso de lubrificantes vaginais à base d’água na relação sexual;
▪Considerar a terapia hormonal local ou sistêmica para alívio dos sintomas associados à atrofia genital.
Alteração do Padrão de
Risco de Ansiedade
Sono

Risco de
Diagnósticos de Disfunção Sexual Desequilíbrio
Enfermagem no Nutricional
Climatério
Alteração da Imagem
Risco de Depressão
Corporal

Alteração na
Risco de Osteoporose
Mobilidade

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