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Aspetos Psicológicos

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OS AFETOS E A SEXUALIDADE
NAS PESSOAS IDOSAS
TAFAC 04 VIDA ATIVA SOCIAL PROENÇA-A-
NOVA
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
• 
• A sexualidade é uma necessidade fundamental do ser
humano, cuja dinâmica e riqueza deve ser vivida em pleno.
Esta representa um conjunto de processos biológicos e
psicológicos que se iniciam com a conceção e prosseguem na
vida adulta.
• 
• É concebida e idolatrada enquanto um ato amoroso, baseado
na partilha de sentimentos e desejos, concedendo a cada um,
o papel principal na exploração da sua intimidade. É embebida
por influências que variam culturalmente, enraizada de acordo
com valores, estereótipos, crenças e preconceitos, sendo
afetada por aspetos psicológicos e emocionais.
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
• 
• A sexualidade é uma faceta da afetividade, é uma forma de
comunicação através da qual nos aproximamos da pessoa
amada/desejada, dela fazendo parte a atração, a entrega, a ternura, o
carinho e a gratidão. É uma expressão que não se perde
necessariamente com o envelhecimento.
• 
• Nos últimos anos houve uma evolução relativamente ao conceito de
sexualidade, percebendo-se que esta não se reduz ao ato sexual ou
genital.
• A Organização Mundial de Saúde define Saúde Sexual como a
“integração dos aspetos somáticos, emocionais, intelectuais e sociais
do ser humano sexual, em formas que enriquecem e realcem a
personalidade, a comunicação e o amor.” Isto pressupõe o exercício
da sexualidade livre de temores, vergonhas, culpas, mitos e falácias.
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
• No adulto idoso, a sexualidade ganha outra forma de
vida. A voracidade da juventude dá lugar à pacificidade da
velhice. No entanto, verifica-se que o facto de uma
pessoa ter uma idade mais avançada não significa
impedimento para usufruir da sua sexualidade.
• À medida que o envelhecimento progride, a quantidade
de atividade sexual tende a diminuir e ocorrem
modificações na resposta sexual, mas o interesse e
aptidões para o desempenho sexual permanecem.
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
• Na determinação do bem-estar sexual do idoso adquirem
marcada relevância fatores psicossociais. A reação pessoal ao
envelhecimento e perdas que o acompanham, a adaptação à
doença crónica, bem como as atitudes do meio envolvente face à
sexualidade, condicionam as atitudes e vivências do próprio.

• Existem outros fatores que limitam a livre expressão da
sexualidade nas pessoas idosas:
• O interesse do(a) companheiro(a), quando o mesmo(a) existe
(note-se que há duas vezes mais mulheres do que homens em
idade avançada);
• O estado de saúde, física e mental;
• Problemas de impotência no homem ou de dispareunia (dor
durante o coito) na mulher;
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
• Efeitos colaterais de medicamentos;
• Perda de privacidade;
• Preconceitos da sociedade.
• 
• A persistência de mitos justifica a visão ainda prevalecente na sociedade
atual, que toma como certo o desinteresse e a incapacidade de
desempenho sexual dos idosos. Supostamente, o desejo tê-los-ia
abandonado e qualquer dimensão erótica ter-se-ia extinguido das suas
vidas. Este é o mito do idoso enquanto ser assexual.
• Porém, a necessidade de intimidade física e emocional mantêm-se nesta
fase da vida. Nalguns casais, a maior disponibilidade em termos de tempo
e a ausência das responsabilidades familiares, podem criar as condições
propícias à redescoberta da sexualidade, vivenciada de forma mais
tranquila, menos presidida pela urgência do desejo, privilegiando assim a
sensualidade, o prazer das carícias, a comunicação e a partilha da
intimidade.
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS

É importante realçar que em


nenhuma idade a atividade sexual se
resume ao coito, nem se mede pela
frequência com que este ocorre. Isso
torna-se ainda mais evidente nas
idades mais avançadas.
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MUDANÇAS NA MULHER

Ao contrário do que se pensou durante


muitos anos, a menopausa não provoca,
directamente, doenças depressivas nem
transtornos psiquiátricos graves.
É uma mudança que exige à mulher
uma adaptação, mas não tem de lhe limitar
a vida sexual. Para algumas, chega a ser um
período de libertação, serenidade e
estabilidade, em que disfrutam
perfeitamente das relações.
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MUDANÇAS NA MULHER
• A mulher de idade avançada pode manter os seus padrões sexuais até
ao final da vida. Não obstante, após a menopausa há mudanças
fisiológicas e anatómicas a nível do aparelho genital e de todo o
organismo, mudanças essas que não são repentinas nem decorrem de
forma igual em todas as mulheres. Elas devem-se, sobretudo, a uma
grande redução da produção hormonal, mais especificamente de
estrogénios.
• A menopausa (meno=menstruação, pausis=cessação) é um processo
natural na mulher, que se caracteriza pela paragem definitiva das
menstruações, resultante da diminuição progressiva do ritmo de
ovulação.
• O climatério corresponde ao período onde se iniciam as primeiras
manifestações sinalizadoras da menopausa, tais como, irregularidades
menstruais, afrontamentos, alterações de humor, terminando cerca de
um ano após a data da última menstruação.
• 
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MUDANÇAS NA MULHER

• A falência dos ovários ocorre habitualmente entre os 45 e


os 50 anos. Com o envelhecimento, a mulher sofre ainda
outras alterações fisiológicas:
• A vagina diminui de tamanho, fica mais estreita e perde a
elasticidade;
• A lubrificação é de aparecimento mais demorado e é
menos intensa;
• Diminuição da intensidade e da frequência das
contrações;
• Os seios perdem a firmeza e o tamanho.
•  
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MUDANÇAS NA MULHER
• As principais manifestações da menopausa são:
• Afrontamentos;
• Secura vaginal;
• Dispareunia;
• Alterações mnésicas;
• Insónias;
• Irritabilidade;
• Humor deprimido;
• Fadiga;
• Cefaleias;
• Alterações do Peso;
• Osteoporose;
• Hipertensão arterial;
• Arteriosclerose;
• Atrofia vulvovaginal;
• Incontinência urinária;
• Insegurança
• Dores articulares;
• Alterações no cabelo e na pele.
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MUDANÇAS NA MULHER

• A passagem de uma fase reprodutiva, para uma fase pós-


reprodutiva vai exigir às mulheres um ajustamento físico e
psicológico. Este torna-se mais difícil pelo negativismo
socialmente construído e individualmente incorporado,
que tende a desvalorizar a mulher nesta fase da vida,
uma vez que, na sociedade, a feminilidade ainda se
encontra fortemente conotada com a maternidade.
• A perda de capacidade de procriação pode ter um
significado gerador de sentimentos de inferioridade.
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MUDANÇAS NO HOMEM

• Ao contrário da mulher, não existe para o homem um fim


claro e definido da fecundidade. A produção de esperma
diminui a partir dos 40 anos e mantém-se ativa até depois
dos 90. Também a produção de testosterona sofre um
declínio gradual a partir dos 55 anos.
• 
• Embora não haja um processo masculino tão definido
como a menopausa, existem mudanças. Não estar
consciente delas pode causar num homem de idade
avançada, angústias antecipatórias sobre o seu
desempenho sexual. Essas mudanças estão relacionadas
com factores hormonais, neuronais e vasculares, para
além da menor produção de testosterona.
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MUDANÇAS NO HOMEM

A andropausa (andros=masculino, pausis=cessaçao) foi o


termo encontrado para fazer a analogia com a
menopausa (feminina) chegando mesmo a chamar-se de
menopausa masculina.
O envelhecimento masculino em geral pode levar ao
surgimento de alterações sexuais, que não devem
contudo, ser generalizadas a todos os homens.
As principais alterações fisiológicas que ocorrem no
homem são:
Diminuição da produção de esperma e de testosterona, a
partir dos 40 anos e 55 anos respetivamente;
Ereção mais lenta e menos firme;
Diminuição da quantidade de sémen emitido;
Elevação menor e mais lenta dos testículos;
Redução da tensão muscular.
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MUDANÇAS NO HOMEM
• As mulheres aceitam melhor que os homens as alterações que
afetam a esfera estritamente sexual. Contudo, aceitam pior o
processo geral de envelhecimento, nomeadamente no que diz
respeito à sua imagem corporal.
• A diminuição do interesse sexual e da frequência sexual são
características mais preponderantes nas mulheres. Estes dados
encontram-se contudo excessivamente ligados numa sexualidade
funcional, focada nos genitais e no desempenho sexual.
• No que respeita ao homem, estas alterações podem ser mal aceites
sobretudo se este assimilou o modelo de sexualidade juvenil,
(redução da relação sexual ao ato coital), na medida em que é dado
como perdido.
• O homem idoso consegue atingir e manter uma ereção adequada,
com as condicionantes que pode levar mais tempo a consegui-lo e
exige uma estimulação mais eficaz e localizada no genital.
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MUDANÇAS NO HOMEM

• A forma negativa com que os idosos vivem a sua sexualidade nesta


fase da sua vida é muitas vezes causada pela comparação da
sexualidade presente com a do passado.
• O próprio estado físico geral, bem como os problemas de saúde
concretos, podem favorecer ou limitar o interesse na atividade sexual
durante a velhice.
• Todavia, algumas destas limitações fisiológicas, e a situação clínica
dos idosos, podem converter-se numa vantagem para a relação
sexual, nomeadamente no retardamento do processo de excitação e
num maior controlo do processo de ejaculação.
• Na verdade, estas características da sexualidade na velhice
proporcionam a que ambos os géneros possam desfrutar de relações
sexuais mais lentas e mais centradas nas carícias mútuas e na
comunicação.
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
• Os fatores psicossociais podem também condicionar a vivência da sexualidade na
terceira idade:
• Primeiramente teremos de ter em conta o contexto social e histórico em que os
idosos estiveram inseridos ao longo do seu ciclo de vida, uma vez que este, aberto
ou repressivo, pode influenciar a forma como o idoso encara a sua sexualidade;
• A história sexual de cada indivíduo influência a vivência da sexualidade na terceira
idade;
• O modelo de sexualidade dominante (modelo juvenil, genital e reprodutivo) é
ameaçador porque no idoso estas características não estão presentes;
• O modelo dominante de figura corporal atrativa (baseado na juventude, elegância,
vigor físico, ausência de gordura) pode levar a que os idosos se sintam feios e
indesejáveis do ponto de vista sexual, visto que já não se enquadram nestas
características;
• A ausência de parceiro sexual – os viúvos e os solteiros dificilmente dispõe de
parceiros sexuais mesmo que o desejem;
• O tipo de relações estabelecidas (rotineiras, insatisfatórias ou conflituosas) pode
diminuir o desejo sexual, o grau de excitação e até mesmo a própria capacidade
sexual;
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
• As dificuldades económicas ou sociais podem diminuir o interesse e as
capacidades sexuais, na medida em que, esta situação pode gerar tensão e
sensação de marginalização;
• As condições físicas (álcool, fadiga física, obesidade, falta de higiene) podem
influenciar o desejo sexual e as possibilidades de se tornarem atrativos; O
receio de não serem capazes de terem relações sexuais ou de proporcionar
prazer pode causar ansiedade e insegurança;
• A atitude negativa por parte dos filhos e da sociedade em geral pode tornar-se
numa dificuldade insolúvel na medida em que os persegue e os culpabiliza;
• As atitudes conservadoras das instituições para a terceira idade criam
dificuldades acrescidas para os idosos e a falta de espaço e de condições
adequadas faz com que os idosos não casados não possam viver a sua
sexualidade dentro delas;
• As convenções sociais relativas à idade são desfavoráveis, à mulher, na
medida em que deve casar-se com homens mais velhos ou da mesma idade e
os homens tendem a casar-se com mulheres mais jovens.
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
• Verifica-se assim que alguns dos condicionalismos enumerados têm
subjacente crenças e pressupostos falsos, que têm vindo a deturpar a
forma como a sexualidade é vivida e sentida pelos idosos.
• Na verdade, existem na nossa sociedade uma série de mitos e
preconceitos associados à sexualidade na terceira idade, tais como:
• O coito e a emissão de sémen conduzem a um envelhecimento e à
morte;
• A masturbação é um ato infantil;
• Após a menopausa a mulher perde satisfação sexual;
• Os idosos são vulneráveis a desvios sexuais como o exibicionismo e
parafilias;
• As mulheres idosas que apreciam sexo foram ninfomaníacas;
• Quem deixa de ter capacidade sexual nunca mais voltará a ter;
• Os idosos não têm capacidades fisiológicas que lhes permitam ter
comportamentos sexuais;
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
• Os idosos não têm interesses sexuais;
• Os idosos que se interessam pela sexualidade são perversos;
• Os desvios sexuais são mais frequentes nos idosos;
• A atividade sexual é má para a saúde, especialmente na velhice;
• A reprodução é o único fim da sexualidade e, portanto, não faz
sentido que os idosos tenham atividade sexual;
• Os homens idosos têm interesses sexuais mas as mulheres não;
• Os idosos, pelo facto de serem idosos, são feios;
• É indecente e de mau gosto que os idosos manifestem
interesses sexuais;
• A masturbação apenas ocorre em idosos com perturbações
psíquicas;
• Os idosos com doenças deixam de ter atividade sexual
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OS AFETOS E A SEXUALIDADE NAS PESSOAS


IDOSAS
• Quer pelas questões morais, quer pela representação social que
existe sobre o idoso, a vivência da sexualidade na velhice tem
frequentemente uma conotação negativa, ou de estranheza,
podendo esta, acabar por ser interiorizada constituindo-se assim
uma condicionante, impondo muitas vezes a sua própria castração.
• Este tipo de atitudes moldadas pelo preconceito e pela ignorância
suportam todo um conjunto de comportamentos que negam os mais
elementares direitos do indivíduo.
• A sexualidade deve fazer parte integrante no projecto de vida do
idoso, e por isso deve ele próprio a decidir se quer ou não vivê-la.
• Como profissionais da área da geriatria devemos ter estes factos
sempre presentes e devemos dar o nosso contributo para que a
sociedade, as instituições e os próprios idosos aceitem a
sexualidade de uma forma mais natural e menos preconceituosa. 

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