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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Faculdade de Educação

Projecto

Brain António Bento

Licenciatura em Ciência de Educação (4º ano)

A Passagem Semiautomática nos Alunos do Primeiro Ciclo e as suas Implicações na


Leitura e Escrita nos Alunos do Segundo Ciclo Escola: caso de estudo escola básica da Vila
Nova Chimoio

Chimoio

Novembro, 2024
Brain António Bento

A Passagem Semiautomática nos Alunos do Primeiro Ciclo e as suas Implicações na


Leitura e Escrita nos Alunos do Segundo Ciclo Escola: caso de estudo escola básica da Vila
Nova Chimoio

Projecto de Pesquisa do término do Curso de


Ciências da educação, a se entregue no
departamento de psicologia e Pedagogia no curso de
ciências de Educação. Sob orientação do

PHD: Domingos Faz Ver

Chimoio

Novembro, 2024
Índice
1.1 Capitulo I. Introdução.......................................................................................................4
1. Contextualização...................................................................................................................4
1.1.1. Justificativa....................................................................................................................4
1.1.2. Problematização............................................................................................................5
1.2. Objectivos.........................................................................................................................5
1.2.1. Geral..............................................................................................................................6
1.2.2. Especificos.....................................................................................................................6
1.2.3. Hipóteses.......................................................................................................................6
1.2.4. Delimitação do tema no tempo e no espaço..................................................................6
1.2.5. Localização geográfica..................................................................................................7
1.2 Capítulo II. Revisão da literatura......................................................................................8
Educação básica...........................................................................................................................8
1.3. Conceito e teorias............................................................................................................12
1.4. Passagem Semi-automática.............................................................................................12
1.5. Implicações.....................................................................................................................12
1.6. Alunos do primeiro ciclo.................................................................................................12
1.7. Leitura e escrita no 2º ciclo.............................................................................................12
1.8. A Passagem Semiautomática nos Alunos do Primeiro Ciclo e as suas Implicações na
Leitura e Escrita nos Alunos do Segundo Ciclo Escola Básica da Vila Nova...........................13
1.9. A passagem semi-automática na escola básica da Vila Nova.........................................13
1.10. Implementação do Novo Currículo.............................................................................13
1.11. Identificação da passagem semi-automática na escola básica da vila nova................14
1.12. Descrever a autonomia dos professores e o desempenho académico dos alunos........15
Autonomia do professor.............................................................................................................15
1.13. Desempenho académico dos alunos............................................................................15
1.14. Descrição da passagem semiautomática nos alunos do primeiro e segundo ciclo......16
1.3 Capitulo III. Metodologia de pesquisa............................................................................17
1.4 Procedimentos Metodológicos........................................................................................17
1.5 A colecta de dados..........................................................................................................17
1.6 Tipo de questionário........................................................................................................17
1.15. Técnica de Recolha de Dados.....................................................................................18
1.22. Dados primários:.........................................................................................................18
1.23. Dados secundários:......................................................................................................18
1.25. Plano de Actividades...................................................................................................18
1.26. Conclusão e Relevância do Tema...............................................................................18
1.27. Resultado Esperado.....................................................................................................19
1.7 Capitulo IV. Considerações Finais..................................................................................24
1.8 Capitulo V. Referencia Bibliográfica..............................................................................25
1.9 b) Documentos e Legislação...........................................................................................27
1.1 Capitulo I. Introdução
O presente trabalho de pesquisa visa compreender: A Passagem Semiautomática nos Alunos
do 1º Ciclo e suas Implicações na Leitura e Escrita nos Alunos do 2º Ciclo na Escola Básica da
Vila Nova. No novo currículo do ensino básico, introduzido em 2004.

Educação por sua vez ela exerce um papel fundamental e vulgarmente considerada um
importantíssimo instrumento que impulsionador da transformação social. Segundo a teoria
liberal, a educação foi sempre considerada uma via para a mobilidade social e a chave de
progresso individual e social (Emediato, 1978 p. 207)

Percebe-se deste modo que, ainda prevalece hoje, a nível internacional, a crença
no papel da educação como um dos pilares de desenvolvimento de pais e a nação
que a pobreza global não pode ser reduzida sem que todas as pessoas em todos
países tenham acesso e possam beneficiar de uma educação básica de qualidade.

O presente trabalho estar estruturada em 5 capítulos. Sendo que, o primeiro capitulo é a


introdução, seguindo dos objectivos geral e específicos, problematização, justificativa, hipóteses,
relevância social, pessoal e politico, impacto do tema, delimitação do tema e metodologia. No
segundo capitulo a revisão teórica, na revisão teórica iremos compreender a passagem
semiautomática nos alunos do 1º ciclo e suas implicações na leitura e escrita nos alunos do 2º
ciclo na escola básica da vila nova, identificar a passagem semiautomática nos alunos do 1º ciclo
da escola vila nova, descrever a autonomia dos professores e o desempenho académico dos
alunos, explicar a passagem semiautomática nos alunos do 1º e 2º ciclo, terceiro capitulo
metodologias, quarto capitulo conclusão e quinto capitulo referencia bibliográfica.

1. Contextualização

A passagem semiautomática na escola básica da vida refere-se a um modelo de progressão


escolar em que os alunos avançam de ano lectivo de maneira semiautomática, ou seja, sem
depender exclusivamente do sistema tradicional de reprovação, mas mantendo certas condições e
critérios de avaliação continua. Esse tipo de passagem busca equilibrar o modelo de promoção
automática do aluno independentemente do desempenho.
1.1.1. Justificativa

A escolha do tema é por uma preocupação na qualidade de ensino e aprendizagem na escola


básica da vila nova.

O tema tem uma relevância social no âmbito da educação actual e com vista a resolver o dilema
educativo e na melhoria da qualidade educativa visando garantir que todos os alunos tenham uma
educação de qualidade e que possam progredir de forma significativa ao longo de sua trajectória
escolar.

1.1.2. Problematização

Visto que a educação uma chave de extrema importância para o desenvolvimento de um país,
sociocultural, no desenvolvimento intelectual dos indivíduos e da sociedade em geral, e a
passagem semiautomática poderá ajudar a reduzir a taxa de abandono escolar no 1º e 2º ciclo da
escola básica da vila nova.

Na escola básica da vila nova o nível de desenvolvimento do ensino, parece que seja média
devido a passagem semiautomática, fazendo com que o nível de aproveitamento pedagógico seja
média e na escola básica da vila nova tem enfrentando esse nível médio de aproveitamento nos
seus educandos. Parece que a passagem semiautomática esta afeitado a qualidade de ensino, e
fazendo com que os alunos, professores, gestores escolares e alguns pais encarregados de
educação estejam preocupados com desempenho e o aproveitamento pedagógico dos seus filhos.
Nisso nos remete uma pergunta.

Até que ponto a passagem semiautomática afeita a qualidade de ensino nos alunos do 1º ciclo
e suas implicações na leitura e escrita nos alunos do 2º ciclo da escola básica da vila nova?
1.2. Objectivos
1.2.1. Geral
 Compreender a passagem semiautomática nos alunos do 1º ciclo e suas implicações na
leitura e escrita nos alunos do 2º ciclo na escola básica da vila nova
1.2.2. Especificos
 Identificar da passagem semiautomática na escola básica da vila nova;
 Descrever a autonomia dos professores e o desempenho académico dos alunos face a
passagem semi˗automática;
 Explicar a passagem semiautomática nos alunos do 1º e 2º ciclo da escola básica da vila
nova.
1.2.3. Hipóteses
 H1: A passagem semiautomática contribui para o aumento das lacunas de
conhecimento entre os alunos;
 H2: A prática da passagem semiautomática pode diminuir a motivação dos alunos
para estudo;
 H3: A passagem semiautomática pode levar a deterioração da qualidade do ensino no 1º
e 2º ciclo da escola básica da vila nova da vila nova;
1.2.4. Delimitação do tema no tempo e no espaço

A escola Básica da Vila Nova, inicialmente funcionou como salas anexas da escola básica do
bloco nove, no espaço onde hoje funciona a escola primária do 1º e 2º grau de Fundai Assikana
com a evolução (crescimento da rede escolar), ela tornou independente nos finais da década 90 e
tinha um (1), bloco com 2 salas. Devido a perecimento, surgimento do bairro vila nova vulgo
tambara2 considerado ate hoje bairro de expansão e de constante crescimento populacional e do
efectivo escolar nos princípios da década 90 e transferida para bairro vila nova e sediada a 150
metros depois do B.I.M ai através do apoio ONG concerne, construíram um bloco de raiz com 4
salas e 3 casa de banho e mas tarde a D.P.F.D.H construíram 6 salas também de raiz, a
comunidade por iniciativa própria não ficaram com as mães cruzadas contribuíram e construíram
3 salas e ainda em 2013 mesma iniciativa arrancaram com a construção do bloco administrativa
neste momento falta chão; reboque; portas; Janeira e complementar a cobertura e em 2017 a
2018 a mesma comunidade ergueram duas barracas em que no futuro começa a se transformar
em sala de raiz. O projecto frísio construiu 4 balneares neste momento a escola possui 13 salas
de raiz e 2 barracas totalizando 15 salas de aula, 3 quartos de banhos e 4 balneários com 2
compartimentos cada 1.
1.2.5. Localização geográfica

Escola básica em referencia, localiza-se no bairro de vila nova, B.I.M, limitada por: Norte:
Bairro Nhamatsane; Sul pelo Bairro de Chinfura; Este; pelos bairros Nhamatsane e Bloco nove e
Oeste bairros 16 Junho e este 7 de Setembro.

O tema terá como estudo de caso na escola básica da vila nova, na cidade de Chimoio,
especificamente o estudo será focado nos alunos do 1º ciclo e 2º ciclo da escola básica da vila
nova, que geralmente abrange a população estudada que serão os alunos e professores do 1º e 2º
ciclo da escola básica da vila nova, gestores escolar, pais e encarregados de educação,
investigando suas percepções e experiencias em relação a passagem semiautomática. A
Passagem Semiautomática nos alunos do 1º Ciclo e Suas Implicações na Leitura e Escrita nos
Alunos do 2º Ciclo: que tera tempo delimitado. (2024 e 2025)

O trabalho Compreendara as práticas e critérios de promoção semiautomática dos alunos no 1º


ciclo (1ª à 3ª classe) e como essas práticas impactam o desempenho acadêmico e a adaptação dos
alunos no 2º ciclo (4ª a 6ª classes).
1.2 Capítulo II. Revisão da literatura
Neste capítulo, interessa-se compreender a literatura sobre a educação com enfoque à qualidade
de educação à luz da estratégia de passagem Semi-automática, que é uma estretagia que faz parte
da integração do Novo Currículo do Ensino Básico adoptado pelo Governo de Moçambique em
2004.
Educação básica
 A Educação básica confere competências fundamentais à criança, jovem e adulto para o
exercício da cidadania, fornecendo-lhes conhecimento geral sobre o mundo que os rodeia
e meios para progredir no trabalho e na aprendizagem ao longo da vida.
 A educação básica compreende o ensino primário e o 1º ciclo do ensino secundário.
 Os pais, os encarregados de educação, a família, as instituições económicas e sociais e as
autoridades locais contribuem para o sucesso da educação básica, promovendo a
inscrição da criança em idade escolar, apoiando nos estudos, Evitando o absentismo e as
desistências.
A temática de educação tornou-se num problema de investigação em diferentes campos de saber,
nas ciências sociais em geral e cada um com suas abordagens específicas e que não fugiu da
regra, uma vez que esta, interessa-se pela educação, pois, está intrinsecamente ligada a cultura:
através da educação os indivíduos adquirem valores e normas da sociedade em que vivem, no
entanto a própria história da Antropologia traz algumas notas sobre esta ligação tão antiga.
Os primeiros estudos antropológicos sobre a temática da Educação remontam desde o final do
Séc. XIX, nesta altura a educação tentava compreender uma possível cultura da infância e da
adolescência. Eram temas que pesquisavam e debatiam processos e os sistemas educativos
informais dentro de uma concepção alargada da educação. Há que destacar trabalhos realizados
por antropólogos nos anos 30 e 40 que tiveram uma actuação importantíssima na revisão
curricular promovida nos EUA (De Gusmão, 1997).
Nos estudos sobre a educação há que destacar a contribuição do Pierre Bourdieu que fez uma
análise aprofundada da função ideológica da escola, no seu livro “Reprodução”, que deu especial
atenção ao funcionamento do sistema escolar francês que ao invés de transformar a sociedade e
permitir a ascensão social, ratifica e reproduz as desigualdades (Stival e Fortunato, 2000).
De acordo com Stival e Fortunato (2000), Na sua obra Bourdieu desenvolveu o conceito de
capital cultural e referia a competência linguística e cultural socialmente herdada e que facilita o
desempenho na escola. Este conceito é no sentido de bens económicos que são produzidos,
distribuídos e consumidos pelos indivíduos. Mostra o capital cultural obviamente não é
distribuído equitativamente entre os grupos e classes sociais. De tal modo que, as possibilidades
de sucessos na escola são também desiguais. Educação em Moçambique para abordar o sistema
de educação em Moçambique é pertinente recuar ao período da colonização portuguesa, uma
época em que vigorou no território que hoje se chama Moçambique, dois sistemas de educação,
sendo: um para os que eram considerados cidadãos com direito a educação para todos os
subsistemas existentes e outro para os considerados indígenas, indivíduos com uma educação
diferente, e este sistema era administrado pela Igreja católica denominada educação rudimentar.

As actuais políticas educativas, seus sucessos e desafios têm uma longa história. As suas raízes
estão na experiencia educativa da colónia e nas escolhas politicas da Frelimo, (AFRIMAP,
2012).

A primeira Constituição de República de Moçambique independente fez da educação não


somente um direito, mais também imperativo para o desenvolvimento nacional.

Moçambique ratificou acordos internacionais e regionais (África e África Austral) e os


domesticou no seu quadro relatório nacional.

Moçambique quando ficou independente herdou o sistema educativo português, um sistema


educativo precário, caracterizado por altos níveis de analfabetismo, onde a rede escolar estava 9
vezes reduzida, falta de funcionários e professores qualificados e desigualdades regionais e de
género marcante. Assim a expansão de acesso a educação tornou-se uma oportunidade principal
do país pós independente (AFRIMAP, 2012).

Na linha deste relatório, corroboram estudos desenvolvidos por Mazula (1995), Nguenha (2000),
que chamam atenção para que na análise do sistema educativo moçambicano, não se pode
dissociar da própria história de Moçambique. Assim Mazula (1995) mostra que os países
africanos, após independência encontravam-se mergulhados numa crise educacional herdada das
políticas educacionais vigorante na era colonial, onde os africanos não tinham mesmas
oportunidades de estudar com cidadãos colonizadores. Este factor levou com que a África
independente tivesse que expandir a escola para todos como forma de reverter a situação, esta foi
uma das primeiras políticas educacionais adoptadas pelos africanos para dar oportunidade de
escola a todos.

Nguenha (2000). faz um historial do que foi a educação desde o período colonial, passando pela
fase socialista até a presente época de multipartidarismo, mostrando que a educação em
Moçambique sempre respondeu as ideologias políticas dando a entender que Moçambique
independente, a sua primeira política a nível educacional, foi expandir a educação para todos,
dando oportunidade de escola a todos, o que não era possível no sistema colonial. Estes
propósitos foram atingidos. Portanto, todo moçambicano tem oportunidade de ir a escola até
porque o ensino primário (de 1ª a 7ª) classe é gratuito. Contudo, o autor lamenta o facto de essa
expansão não ter sido acompanhado com a qualidade de educação, sendo assim, a educação
respondeu os imperativos políticos mas não a exigências sociais.

Num outro trabalho realizado por Frederico (2012) procurou compreender a situação de
educação em Moçambique face aos objectivos do milénio, a partir dos censos de 1997 e 2007 o
que permitiu perceber que o comportamento de educação, no que diz respeito a frequência
escolar nos níveis concluído e a paridade de género. Em função do almejado até 2015, a
dinâmica de educação mostrou que existe alguma melhoria em termos de pessoas abrangidas
pelo processo de ensino e aprendizagem. Entretanto, as desistências escolar (não conclusão de
níveis), a rede escolar pouco desenvolvida e a persistência da disparidade de género entre alunos
constituem factores que poderão concorrer para que Moçambique não cumpra com os objectivos
do milénio.

A partir dos estudos de Nguenha (2000) e de Frederico (2012) compreende-se que, a questão
central do sistema educativo nacional é expansão de educação para todos os moçambicanos,

Como forma de responder os acordos regionais e internacionais ratificados por Moçambique no


âmbito da educação e fazer com que até 2015 todas as crianças tenham concluído o ensino de 7
classes.

No entanto, a questão da qualidade de educação também é debatida ao nível do ensino superior


em Moçambique. Numa pesquisa feita por Langa (2012) sobre a expansão do ensino superior e a
qualidade em questão, mostra que a expansão do ensino superior é feita respondendo os
imperativos impostos pelo Banco Mundial (BM) instituição que aloca fundos para
funcionamento da educação e de outros sectores. Entretanto, respondendo as obrigações do (BM)
surgiram e expandiram instituições do ensino superior públicas e privadas para todas as regiões
do país, em muitos casos, funcionando sem condições mínimas para uma instituição do ensino
superior, assim o ensino superior passou a responder questões do mercado e não a qualidade,
possuir um credencial do ensino superior significa o incremento salarial.

A sociedade moçambicana tem o conhecimento do papel transformador da escola. A partir de um


estudo intitulado “O Significado da Escola” realizado em Matibane e coordenado por Palme
(1992) mostra que a população está consciente na educação, quer a mesma para melhorar a
condição do grupo mas, por outro lado, desconfiam do efeito da educação como um perigo para a
solidariedade do grupo. Este posicionamento está aliado ao facto de que, os que saíram da aldeia
para estudar nos distritos vizinhos ou na cidade quando regressavam a casa não identificavam-se
com os hábitos locais, chegando até a chamar os que reservavam estes hábitos de atrasados.
Desde modo, isto favoreceu muito no percurso escolar dos residentes destas aldeias onde os pais
não depositavam muito apoio às crianças, o que serviu de elemento preponderante na explicação
das desistências e desperdício escolar.

Contudo, o comportamento de alguns pais e encarregados de educação deste bairro entra em


contraste com os objectivos do Governo onde através do Plano Estratégico da Educação e
Cultura para o período 2006-2010/11. Mostra que seus objectivos estavam ligados ao Plano de
Acção Para a Redução da Pobreza (PARPA II), ao Programa Quinquenal do Governo (PQG) e
aos orçamentos governamentais, assim como aos compromissos internacionais de Moçambique
para a educação para todos e para os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM). O
PEEC- 11 deixa claro que a principal prioridade de governo é a educação básica, e que o governo
está comprometido em garantir a educação primária universal para todos em 2015.

Assim sendo, analisando a literatura, constatamos que o estudo é pertinente para uma abordagem
antropológica, porque desde que entrou em vigor o novo currículo do ensino Básico, os estudos
feitos do âmbito antropológicos reflictam acerca da sua implementação são escassos. Os estudos
que existem são de âmbito demográfico e reflectem acerca dos números de alunos que
frequentam o ensino primário e os que já concluíram 7ª classe e nunca estudaram acerca da
qualidade desde que o novo currículo entrou em vigor em 2004.
1.3. Conceito e teorias

Neste subtítulo interessa-se definir os conceitos-chave que usamos para a materialização deste
trabalho o que se encontram articulados na passagem semi-automatica nos alunos do 1º ciclo e
suas implicações na leitura escrita nos alunos do 2º ciclo da escola básica da vila nova.

1.4. Passagem Semi-automática

É um processo que consiste na promoção por ciclos de aprendizagem dos alunos que consiste na
transição destes, de um ciclo para outro. Esta pressupõe a criação de condições de aprendizagem
para que todos os alunos atinjam os objectivos mínimos de um determinado ciclo
(INDE/MINED, 2003).

Esta abordagem de ensino e aprendizagem rompe com o modelo tradicional de educação onde o
professor era o centro de ensino e aprendizagem, dando ênfase ao aluno como o centro de ensino
e aprendizagem desde que se crie ambiente de aprendizagem.

1.5. Implicações

A implicação refere-se a relação entre uma cousa e o seu efeito ou consequência. Implicação são
resultados direitos ou indirectos que decorrem de uma acção, decisão ou situação. Ela pode ser
entendida como os desdobramentos ou impactos que algo provoca em determinado contexto.

1.6. Alunos do primeiro ciclo

Em Moçambique o termo do primeiro ciclo refere-se aos alunos que estão nos primeiros anos do
ensino primário.

1.7. Leitura e escrita no 2º ciclo

No segundo ciclo do ensino primário em Moçambique, que abrange a 4ª e 6ª ano, a leitura escrita
desempenha um papel fundamental no desenvolvimento académico dos alunos.
1.8. A Passagem Semiautomática nos Alunos do Primeiro Ciclo e as suas Implicações na
Leitura e Escrita nos Alunos do Segundo Ciclo Escola Básica da Vila Nova

A passagem semi-automática refere-se a uma prática educacional em que os


alunos progridem de um ciclo para outro, mesmo que tenham alcançado
plenamente as metas ou competências estabelecidas para o nível o seu nível de
ensino. Portanto a passagem semi-automática traz desafios significativos que
precisam ser abordados com estratégias pedagógicas eficazes para garantir que
todos os alunos tenham uma base solida ao final do ciclo escolar.

1.9. A passagem semi-automática na escola básica da Vila Nova

A passagem semi-automática já dividia os pais e encarregados educação e os gestores do sector


da educação, por alegadamente serem responsáveis pela média qualidades dos alunos formados,
estas passaram a alimentar polemicas cada vez mais. É que, para alem das classes do ensino
básico sem exames (anteriormente 1ª, 2ª, 3ª, e 6ª classe), a medida foi implementada em todas as
classes sem exames do sistema nacional de educação, ou seja, de 1ª a 12ª classe serão
implementadas as passagens semi-automáticas, excepto em classe com exame. (MINEDH,
Novas regras na educação).

Para Nheze, ele esclarece que os alunos no seu primeiro ciclo deverão ter no mínimo o domínio
de leitura, escrita e calculo, ate a 3ª classe e caso não consigam desenvolver estas competências
ate esta fase, serão reorientados para outras actividades.

O sistema da passagem semi-automática é contestado por alguns professores do ensino primário,


alegando que é um motivo de mau aproveitamento dos alunos, alguns dos quais, em classes
adiantadas, incapazes de ler frases simples. As passagens semi-automáticas trouxeram um mau
aproveitamento porque o aluno não fica preocupado em estudar, não se preocupa em faze os
trabalhos de casa, nas provas não conseguem escrever nada, disse a (Lusa Palmira António
professora do primeiro ciclo do ensino).

1.10. Implementação do Novo Currículo

O currículo entrou em vigor em 2004, em substituição de um currículo julgado como bastante


selectivo e que tendia a retardar os alunos em mesmas classes, sem possibilidade de progressão.
A introdução do novo currículo tinha como objectivo estabelecer uma progressão ponderada para
que as classes do ensino primário não sejam barreira para o sucesso escolar da criança. O ensino
era projectado para que se adeqúe a realidade local. No entanto, a realidade trouxe consequências
latentes que acabaram sendo manifestando nas dificuldades de leitura, escrita e cálculos. A má
interpretação e implementação das normas do currículo actual, podem estar na origem do
fracasso do currículo. Vejamos as marcas que ilustram a qualidade do ensino basico.

Percebe-se, desta forma, que o currículo, assenta na expansão da educação para todos, sobretudo,
do ensino basico tendo pouco a ver com a qualidade do tipo de educação a oferecer, o que
Giddens (2005:388) considera um tipo de educação inclusiva onde a expansão das novas escolas
proporcionaria um nível maior de igualdade e de oportunidade do que a educação selectiva
possibilitava, segundo este, os criadores deste tipo de educação não pensaram muito no currículo
propriamente dito, concentrando-se mais na igualdade de acesso.

Entretanto, esta expansão de escolas sem acompanhamento da qualidade tende a se agravar,


tomando em consideração que alguns pais ou encarregados de educação fazem tudo para que os
filhos terminam a sétima classe antes de atingir catorze anos sob risco de ver os filhos sem vagas
e empurrados para curso nocturno

1.11. Identificação da passagem semi-automática na escola básica da vila nova

No âmbito educacional. Em muito casos, refere-se a um processo de transição dos alunos entre
series ou ciclo que não é completamente automático (com base apenas na idade ou serie
anterior), mais também não envolver a realização de exames formais ou avaliações rigorosas
para cada aluno.

Na escola básica da vila nova, é necessário observar alguns critérios:

 Critérios de Avaliação: nesse critério os alunos podem ser promovidos para o próximo
ciclo com base no comprimento de certos critérios, como desempenho académico geral,
participação, frequência e desenvolvimento social e emocional, sem depender apenas de
notas de provas.
 Avaliações formativas: as decisões podem ser baseadas em relatórios de progresso ou
avaliações contínuas dos professores ao longo do ano, em vez de exames formais de
passagem.
 Intervenção pedagógica: se algum aluno apresentar dificuldades, é possível que haja
planos de recuperação ou apoio individualizado antes de permitir sua promoção.
 Flexibilidade no processo: mesmo que alguns alunos não atendam a todos os critérios
formais, a escola pode optar por promover o aluno, levando em consideração factores
contextuais de como o desenvolvimento global da criança
1.12. Descrever a autonomia dos professores e o desempenho académico dos alunos

Autonomia do professor

A retenção ou não das crianças não pode depender dos encarregados, o professor deveria decidir,
porque nem sempre os encarregados estão enquadrados na matéria. Não precisamos que os pais e
encarregados decidam a passagem, mas sim os encarregados prestam atenção, acompanham e
apoiam, mas nunca decidir sobre as crianças na escola. Chamar os pais para decidir sobre a
passagem das crianças é o mesmo que a afirmar que os pais também são professores, o que não é
verdade. Mais nesse caso deve ter uma colaboração entre os pais e encarregados de educação e
os professores. O problema tem a ver com a exigência do aproveitamento acima de 80%, em
turmas com mais de 100 alunos, e os professores pelo medo de perder a renovação dos seus
contractos, acabam montando notas para satisfazer interesses políticos. As passagens automáticas
retiram prestígio, autoridade e autonomia ao professor, o que pode ter contribuído para o
desânimo e desinteresse dos professores em relação à profissão. Enfim, a falta de autonomia e
poder de professores nas escolas pelas passagens automáticas, a exigência de quantidades pelas
autoridades de educação, excesso de disciplinas, a ausência de formação adequada para e
numeras disciplinas, são as razões que colocam em causa a implementação de currículo em
vigor.

1.13. Desempenho académico dos alunos

O ensino básico constitui a ferramenta importante para o sucesso académico de cada pessoa.
Ninguém pode voar para níveis muito altos de educação secundária, muito menos de educação
superior se possuir fraquezas nas habilidades de escrita, de leitura e na execução eficaz das
operações da Matemática básicas.

O actual currículo tem como meta, o domínio da leitura logo que a criança concluir a segunda
classe (2ª classe) através do domínio na escrita de letras e de palavras, na divisão silábica e
outros processos de decifração de mensagens. No entanto, a realidade é completamente contrária.
Os alunos chegam até ao ensino secundário, até pré-universitário com problemas de leitura.

Esta realidade é confirmada não só pelos nossos informantes, mas também pela pesquisa feita
por Instituto de Investigação Social e Educacional (ISOED), realizada por Noena & Castiano
(2015). O estudo salienta que o aluno do ensino primário se depara com as dificuldades de
“saber”, que consiste na “aquisição de competências pessoais de ler, de escrever, de analisar, de
interpretar, de criticar, de reconhecer e de estar aberto às outras formas de conhecimento”.

Muitos graduados apresentam problemas básicos de leitura, escrita e nas operações Matemáticas.

São poucos os alunos que chegam a 7ª classe, enquanto sabem ler e escrever, muitos passam para
o ensino secundário sem nada saber. A implementação do currículo carecia dos estudos prévios,
para evitar os problemas. A aquisição de tecnologia estraga as crianças. Deve haver mais rigor, é
vergonhoso ver até universidades, os estudantes têm dificuldades de leitura. Hoje, as crianças
chegam na 11ª classe sem saber ler, nem escrever.

Assim, alguns entrevistados sustentam que a maior parte dos alunos terminam a 7aclasse e
passam para o ensino secundário sem saber ler. O não saber ler é um problema não só para a
disciplina da língua portuguesa (a língua de ensino), mas também é problema para o aluno.

1.14. Descrição da passagem semiautomática nos alunos do primeiro e segundo ciclo.

A passagem semi-automática é descrita com um modelo de processo de transição dos alunos de


um ciclo para outro de forma parcialmente automatizada, isso significa que, embora a promoção
dos alunos não seja baseada exclusivamente em exames formais, ela também não ocorre d
maneira totalmente automática, como por idade ou presença.
1.3 Capitulo III. Metodologia de pesquisa

1.4 Procedimentos Metodológicos


Para a materialização deste trabalho, optou-se por método qualitativo, por ser um método que
procura, captar significados, motivos, percepções, crenças e representações que são expressas
com base na linguagem usada no contexto em que o fenómeno ocorre. Por outro lado, faz-se uma
abordagem qualitativa que realiza uma aproximação fundamental e de intimidade entre o sujeito
e objecto, uma vez, que ambos são da mesma natureza (Minayo e Sanches 1993).

Assim, ao optar por este método permiti-nos observar como os implementadores de políticas e os
beneficiários convivem e interpretam a política da passagem semi-automática à luz da qualidade
da educação, preconizado no novo currículo básico da educação em Moçambique.

A metodologia utilizada para produção deste trabalho é, qual a colecta de informações foi feita
por meio questionário de entrevista perguntas abertas de diversos conceitos oferecidos testes de
Hipóteses comparam resultados para detectar diferenças e semelhanças, enquanto Intervalos de
Confiança estimam onde um parâmetro populacional provavelmente se encontra. Essas análises
ajudam educadores a avaliar a eficácia de estratégias pedagógicas e ajustar o planeamento de
ensino conforme necessário.

Um questionário é um instrumento de investigação que visa recolher informações baseando-se,


geralmente, na inquisição de um grupo representativo da população em estudo. Para tal, coloca-
se uma série de questões que abrangem um tema de interesse para os investigadores, não
havendo interacção directa entre estes e os inquiridos, (ROJAS, 2001).

1.5 A colecta de dados


A colecta de dados na educação pode ser feita por observação directa, questionários, entrevistas,
testes e registos dos alunos. Isso inclui observar o comportamento na sala de aula, obter
informações de alunos, colegas e pais, realizar testes para medir o conhecimento e incentivar o
uso de registos ou diários pelos alunos para acompanhar seu progresso

1.6 Tipo de questionário


 Questionário misto: que tal como o nome indica são questionários que apresentam
questões de diferentes tipos: resposta aberta e resposta fechada.
1.15. Técnica de Recolha de Dados
1.16. Quanto a natureza: qualitativa
1.17. Quanto aos objectivos: Exploratório
1.18. Quanto ao objecto de estudo: caso de estudo
1.19. População: o estudo englobará aos professores, gestores, pais e encarregados de educação
1.20. Processo de amostragem: probabilístico
1.21. Amostragem de número de participantes reais: o estudo terá um universo de 20
participantes
1.22. Dados primários:
1.23. Dados secundários:
1.24. Questões Éticos: todos que iram participarem nesse questionamento serão confidenciados.
1.25. Plano de Actividades

Atividade Prazo

Revisão de literatura Dezembro 2024

Planejamento da pesquisa Janeiro 2025

Coleta de dados Fevereiro - Março

Análise e interpretação Abril 2025

Redação do relatório Maio 2025

Apresentação do estudo Junho 2025

1.26. Conclusão e Relevância do Tema

O estudo poderá contribuir para:

Revisão das políticas de promoção no 1º ciclo.

Desenvolvimento de programas de reforço no 2º ciclo para alunos com dificuldades.


Proposta de formação continuada para professores no uso de metodologias adaptativas.

1.27. Resultado Esperado

Ao concluir o estudo sobre a passagem semiautomática no 1º ciclo e suas implicações na leitura


escrita nos alunos do 2º ciclo da escola basica da vila nova, os seguintes resultados são
esperados:

Identificação dos Impactos no Desempenho Acadêmico

Evidências de que a passagem semiautomática pode contribuir para lacunas de aprendizado nos
alunos do 2º ciclo, especialmente em disciplinas fundamentais como Língua Portuguesa e
Matemática.

Desempenho acadêmico mais baixo entre os alunos promovidos semiautomaticamente,


comparado aos que avançaram com base no mérito.

Dificuldades de Adaptação no 2º Ciclo

Dificuldades dos alunos em acompanhar o ritmo e as exigências acadêmicas do 2º ciclo devido à


falta de fundamentos consolidados no 1º ciclo.

Maior incidência de problemas comportamentais ou de falta de motivação entre esses alunos,


decorrentes da baixa confiança em suas habilidades.

Desafios para os Professores

Relatos de professores sobre a necessidade de reforço constante para alunos com lacunas de
aprendizado, o que sobrecarrega as aulas e prejudica o andamento do plano curricular.

Dificuldade em atender às necessidades individuais dos alunos em turmas grandes e


heterogêneas.

Percepção dos Gestores e da Comunidade Escolar

Reconhecimento por gestores de que a prática da passagem semiautomática pode ser uma
solução temporária para evitar a evasão no 1º ciclo, mas traz desafios significativos no longo
prazo.
Expectativa de maior investimento em estratégias de nivelamento e suporte para alunos que
avançam com dificuldades.

Propostas para Mitigação dos Impactos Negativos

Criação de programas de reforço escolar no 2º ciclo para alunos com lacunas de aprendizado.
Recomendações para ajustar os critérios de promoção no 1º ciclo, balanceando a necessidade de
avanço acadêmico com o preparo dos alunos.

Sugestões de formação contínua para professores, com foco em metodologias diferenciadas para
lidar com turmas heterogêneas.

Contribuição Acadêmica e Social

Geração de subsídios para gestores escolares e responsáveis pela formulação de políticas


educacionais revisarem os critérios de promoção semiautomática.

Sensibilização da comunidade escolar para a importância de intervenções pedagógicas no 1º


ciclo, visando minimizar impactos futuros.

Melhorar o desempenho em Áreas do Conhecimento

Identificação de disciplinas com maior impacto negativo, como:

Matemática: Dificuldade em cálculos básicos e resolução de problemas devido à ausência de


fundamentos sólidos.

Língua Portuguesa: Problemas de leitura, interpretação de texto e escrita.

Comparação de Grupos de Estudantes

Estudantes promovidos semiautomaticamente: Apresentam maiores índices de repetência no 2º


ciclo.

Estudantes promovidos por mérito: Demonstram maior confiança e domínio dos conteúdos
básicos, facilitando a transição para o 2º ciclo.
Progresso ao Longo do Ciclo

Tendência de melhora nos alunos promovidos semiautomaticamente que recebem reforço escolar
e apoio pedagógico direcionado.

Persistência de dificuldades nos alunos que não contam com intervenções específicas.

Impacto no Clima Escolar e na Dinâmica Pedagógica

Percepção dos Professores

Sobrecarga no planejamento pedagógico devido à necessidade de incluir conteúdos do 1º ciclo


em suas aulas no 2º ciclo.

Frustração dos professores diante da falta de progresso de alguns alunos.

Gestão de Turmas Heterogêneas

Professores relatam desafios em equilibrar o atendimento aos alunos com níveis variados de
conhecimento.

Crescente necessidade de diversificação de metodologias para atender diferentes perfis de


aprendizagem.

Motivação dos Alunos

Maior desmotivação e frustração em alunos que não conseguem acompanhar o conteúdo.

Sentimento de estigmatização por parte dos colegas que percebem diferenças de desempenho.

Impacto na Evasão e Retenção Escolar

Redução da evasão no 1º ciclo: A promoção semiautomática contribui para manter os alunos na


escola.

Aumento de evasão no 2º ciclo: Alunos que não conseguem progredir no 2º ciclo podem
abandonar os estudos por frustração ou repetência.
Implicações para Políticas Educacionais

Revisão da Promoção Semiautomática

Proposta de critérios mais claros e objetivos para identificar alunos que necessitam de apoio
adicional antes de serem promovidos.

Sugestão de implementar sistemas de avaliação contínua no 1º ciclo, permitindo identificar


dificuldades em tempo hábil.

Reforço Pedagógico no 1º Ciclo

Desenvolvimento de programas de nivelamento ainda no 1º ciclo, visando reduzir lacunas de


aprendizado.

Metodologias diferenciadas no ensino de conteúdos básicos.

Políticas de Apoio no 2º Ciclo

Criação de tutorias, aulas de reforço ou programas extracurriculares para alunos com


dificuldades específicas.

Investimento na formação continuada de professores do 2º ciclo, com foco em estratégias para


lidar com desigualdades acadêmicas.

Impactos para os Estudantes no Longo Prazo

Aprendizagem e Confiança

Alunos que recebem intervenções pedagógicas podem recuperar lacunas e melhorar a confiança
em suas habilidades.

Alunos sem suporte adequado apresentam maior dificuldade em concluir o ensino básico.

Desenvolvimento Pessoal e Social

Melhora no engajamento escolar entre alunos que se sentem valorizados por esforços extras dos
professores e da escola.
Desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como resiliência e trabalho em equipe, nos
alunos que superam dificuldades.

Transição para Níveis Superiores

Maior capacidade de adaptação e desempenho em níveis superiores para alunos que recebem
apoio consistente.

Alunos sem suporte podem apresentar dificuldades nas transições futuras, como do ensino
básico para o médio.
1.7 Capitulo IV. Considerações Finais
O presente estudo procurou compreender a passagem Semiautomática nos Alunos do Primeiro
Ciclo e as suas Implicações na Leitura e Escrita nos Alunos do Segundo Ciclo Escola básica da
Vila Nova na qualidade de educação e de forma particular, procurou. compreender a passagem
semiautomática na escola básica da vila nova; descrever a autonomia dos professores e o
desempenho académico dos alunos face a passagem semiautomática e explicar a passagem
semiautomática nos alunos do primeiro e segundo ciclo.

O sistema de passagem semi-automática é uma política pública, e está sendo alvo de


manipulações por parte de alguns encarregados de educação, que usam-no como um instrumento
de mais-valia para regular a idade dos filhos para enfrentar o ensino secundário, mesmo sabendo
que os filhos não possuem competências para progredir para outra classe. Estes encarregados,
deixam avançar os seus filhos com o pretexto de virem a perder a vaga na oitava classe, ou ver
ainda relegado para o curso nocturno, uma situação pouco desejável. Por outro lado, os
professores têm se beneficiado do mesmo instrumento para empreender menor esforço, porque
no final do ano quase todos passam, daí o relaxamento da classe docente. Sempre que se fala
sobre o actual estágio da educação básica em moçambique tem havido muitas interrogacoes
quanto a sua qualidade. Há tambem, uma corrente de opiniões segundo a qual o alcance dos
objectivos do desenvolvimento de milénio por via de passagem semiautomatica que contribui
para uma larga medida, para a prevalência da média qualidade de ensino, sobretudo no primeiro
ciclo do ensino básico.
1.8 Capitulo V. Referencia Bibliográfica
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1.9 b) Documentos e Legislação


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Maputo: Imprensa Nacional de Moçambique

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