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Durante o procedimento de punção lombar, quais as camadas atravessadas pela agulha?

Correlacione com as complicações que podem ocorrer neste procedimento.

A punção lombar é feita nas costas, na região lombar, com o paciente usualmente
deitado em decúbito lateral utilizando agulha espinhal fina e descartável. Antes da
perfuração, normalmente é realizada a administração de anestésico local (lidocaína).
Utilizando uma luva estéril, identifique, por meio da palpação, o sítio de punção. Com isso, é
introduzida a agulha de tamanho apropriado com o estilete em seu interior. Ela deve ser
introduzida na linha média, na porção superior do processo espinhoso imediatamente inferior
ao espaço que você está adentrando. Direcionando a agulha, em um ângulo de
aproximadamente 15 graus em direção ao umbigo do paciente. Certifique-se de que o bisel da
agulha esteja alinhado no plano sagital, para separar, em vez de cortar as fibras do saco dural.
Essas fibras correm paralelas ao eixo da coluna. O uso da agulha nesta posição, teoricamente,
reduz o extravasamento de líquido cefalorraquidiano.

Se corretamente posicionada, a agulha deve transpassar as seguintes estruturas


na sequência:
1. Pele e tecido subcutâneo
2. Ligamento supraespinoso
3. Ligamento interespinoso
4. Ligamento amarelo
5. Espaço epidural posterior (que contém seu plexo venoso)
6. Dura-máter
7. Aracnoideo
8. Espaço subaracnóideo (entre os nervos terminais que formam a cauda equina)

Quando a agulha passa pelo ligamento amarelo, você pode sentir uma sensação de
estalo, como se você estivesse furando uma folha com uma agulha. Após esta sensação, você
deve inserir a agulha por mais 2 mm. Uma vez atingido o local desejado, retire o estilete para
checar se há fluxo de líquido cefalorraquidiano. Caso não saia, a cada 2 mm de mobilização
da agulha, retire novamente o estilete para checar gotejamento do LCR. Caso uma estrutura
óssea seja atingida, não force para avançar, retire a agulha até o nível do subcutâneo, sem
retirá-la pela pele e reinsira, alterando a sua direção. Líquido cefalorraquidiano fluirá assim
que a agulha atingir o espaço subaracnóide. Se houver um acidente de punção, o líquido pode
estar sujo de sangue, mas, conforme o líquido goteja no frasco coletor, este deve se tornar
translúcido, a menos que a fonte do sangramento seja uma hemorragia subaracnoide. Se o
fluxo for lento, uma raiz nervosa pode estar obstruindo a agulha, assim, você deve rotacionar
a agulha 90 graus. Se um coágulo sanguíneo obstruir a agulha, você deve retirar esta e
puncionar outro espaço intervertebral com uma nova agulha. As complicações da punção
lombar podem ter numerosas possíveis complicações. Sendo elas: Herniação cerebelar; Dor
referida; Cefaléia pós-punção; Sangramentos; Infecções de sítio de punção; Formação de um
cisto epidermal subaracnóide; Vazamento de líquido cefalorraquidiano.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
● Oliveira JPS, Mendes NT, Martins ÁR, Sanvito WL. Líquido cefalorraquidiano:
história, técnicas de coleta, indicações, contraindicações e complicações. J Bras
Patol Med Lab [Internet]. 2020; 56: e 2822020. Available from:
https://doi.org/10.5935/1676-2444.20200054
● Tortora, GJ; Nielsen, MT. Princípios de anatomia humana. 12ª ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

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