Funções Psiquicas Slide 3

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE

BIOMED
ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL

FUNÇÕES PSÍQUICAS –
PSICOPATOLOGIA.

DOCENTE: WILLIAM DA SILVA OLIVEIRA

Parintins: 2024
FUNÇÕES PSÍQUICAS –
PSICOPATOLOGIA.
• Sejam bem-vindos! Hoje, vamos explorar o
fascinante universo das funções psíquicas e como
elas se relacionam com a psicopatologia.
Entenderemos o que são funções psíquicas, suas
diferentes categorias, e como suas disfunções
podem impactar a saúde mental. Prepare-se para
uma jornada intrigante pelo funcionamento da
mente humana e os desafios que podem surgir em
sua complexa dinâmica.

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Funções Psíquicas: A Base do
Nosso Ser
• O que são Funções Psíquicas? As funções
psíquicas são processos mentais que nos permitem
interagir com o mundo, pensar, sentir, lembrar,
perceber e comunicar. São como os "ingredientes"
que formam nossa experiência individual e moldam
nossa maneira de ser no mundo.

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Funções Psíquicas: A Base do
Nosso Ser
• A Importância da Compreensão: Compreender as
funções psíquicas é fundamental para entender a saúde
mental. Saber como elas funcionam em condições
normais nos permite identificar e abordar desvios que
podem indicar a presença de transtornos mentais.

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Classificando as Funções
Psíquicas: Um Mapa do
Pensamento
• Consciência: A capacidade de estar ciente de si
mesmo, do ambiente e do tempo. É como um "farol"
que ilumina nossa experiência, nos permitindo
perceber e interagir com o mundo ao nosso redor.

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Classificando as Funções
Psíquicas: Um Mapa do
Pensamento
• Atenção: A capacidade de focar em estímulos
específicos, filtrando outros. É como um "holofote" que
direciona nossa atenção para o que importa em um
determinado momento, permitindo-nos processar
informações de forma eficaz.

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Classificando as Funções Psíquicas:
Um Mapa do Pensamento
• Memória: A capacidade de armazenar e recuperar
informações. É como um "arquivo" que guarda nossas
lembranças, permitindo-nos aprender, recordar e
construir nossa identidade.

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A Trilogia da Mente: Consciência,
Atenção e Memória
• Consciência: É o estado de estar acordado, ciente de si
mesmo e do ambiente. É a capacidade de perceber,
sentir e pensar, além de dar sentido ao mundo.

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A Trilogia da Mente: Consciência,
Atenção e Memória

• Atenção: É a capacidade de direcionar a consciência


para algo específico, filtrando outros estímulos. Permite
focar em tarefas, processar informações e aprender.

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A Trilogia da Mente: Consciência,
Atenção e Memória

• Memória: É a capacidade de codificar, armazenar e


recuperar informações. Permite aprender, recordar e
construir nossa identidade e história.

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A Linguagem do Pensamento:
Percepção, Pensamento e
Linguagem
• Percepção: É a capacidade de interpretar informações
sensoriais. Permite "traduzir" o mundo, atribuindo
significado aos estímulos que recebemos.

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A Linguagem do Pensamento:
Percepção, Pensamento e
Linguagem
• Pensamento: É a capacidade de manipular
informações, formando ideias, resolvendo problemas e
raciocinando. É a base de nossa lógica e criatividade.

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A Linguagem do Pensamento:
Percepção, Pensamento e
Linguagem
• Linguagem: É a capacidade de comunicar ideias,
expressar sentimentos e pensamentos. É a base de
nossa comunicação e interação social.

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O Mapa das Emoções: Emoções
e Afetos
• Emoções: São reações psicofisiológicas intensas e
momentâneas, como alegria, tristeza, medo e raiva, que
influenciam nosso comportamento.

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O Mapa das Emoções: Emoções
e Afetos
• Afetos: São estados emocionais mais duradouros e
menos intensos, como a disposição, o humor e a
sensibilidade, que coloram nossa experiência.

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O Mapa das Emoções: Emoções
e Afetos
• Humor: É o estado emocional geral que
experimentamos, influenciando nossa percepção e
comportamento. Pode ser positivo, negativo ou neutro.

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Quando as Funções Psíquicas
Se Desviam: Distúrbios das
Funções Psíquicas
• Alterações da Consciência: Podem se manifestar
como confusão, desorientação, sonolência excessiva ou
estado de coma, influenciando a percepção da
realidade.

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Quando as Funções Psíquicas
Se Desviam: Distúrbios das
Funções Psíquicas
• Distúrbios da Atenção: Podem se manifestar como
dificuldade em se concentrar, distração, falta de foco ou
hipervigilância, impactando a capacidade de processar
informações.

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Quando as Funções Psíquicas
Se Desviam: Distúrbios das
Funções Psíquicas
• Problemas de Memória: Podem se manifestar como
esquecimento, dificuldade em formar novas memórias
ou perda de memória, afetando a capacidade de lembrar
e aprender.

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A Psicopatologia: Implicações
para a Saúde Mental
• Diagnóstico: A compreensão das funções psíquicas e
seus distúrbios é essencial para o diagnóstico preciso
de transtornos mentais.

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A Psicopatologia: Implicações
para a Saúde Mental
• Tratamento: O conhecimento das funções psíquicas
guia o tratamento, permitindo o desenvolvimento de
terapias eficazes e personalizadas.

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A Psicopatologia: Implicações
para a Saúde Mental
• Repercussões: Os distúrbios das funções psíquicas
podem impactar diversas áreas da vida, como trabalho,
relações sociais e qualidade de vida.

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Reflexões e Caminhos para o
Futuro
• Compreender as funções psíquicas e a psicopatologia
nos equipa com ferramentas para promover o bem-estar
mental. Buscar ajuda profissional, desenvolver
mecanismos de autoconhecimento e fortalecer redes de
apoio são passos importantes para construir uma vida
mais saudável e plena. Que este conhecimento nos
inspire a buscar a compreensão da mente humana e a
promover a saúde mental de forma integral.

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EXAME DO ESTADO
MENTAL:

FUNÇÕES PSÍQUICAS

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CONSCIÊNCIA

Conceito:

 É o estado de lucidez ou de alerta em que a pessoa


se encontra, variando da vigília até o coma. É o
reconhecimento da realidade externa ou de si
mesmo em determinado momento, é a capacidade
de responder aos seus estímulos.

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CONSCIÊNCIA
Alterações:

Confusão: caracterizada por um embotamento do


sensório, dificuldade de compreensão,
atordoamento e perplexidade, juntamente com
desorientação, distúrbios das funções associativas e
pobreza ideativa. O paciente demora a responder
aos estímulos e tem diminuição do interesse no
ambiente. A face de um doente confuso apresenta
uma expressão ansiosa, enigmática e às vezes de
surpresa.

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MEMÓRIA

 É a capacidade de registrar, manter e evocar os


fatos já ocorridos.

 Está intimamente relacionada com o nível de


consciência, atenção e afetividade.

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MEMÓRIA

Alterações

 Hipermnésia - Aceleração do nível psíquico

 Amnésia - Perda da memória

 Paramnésia - Distorção dos fatos rememorados

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ATENÇÃO
 A atenção pode ser definida como a direção da
consciência, o estado de concentração da
atividade mental sobre determinado objeto.

William James (1980) dizia que:


“ Milhões de itens (....) que são apresentados aos meus sentidos
nunca ingressam propriamente em minha experiência. Porquê?
Porque esses itens não são de interesse para minha pessoa. Minha
experiência é aquilo que eu consinto em captar... Todos sabem o
que é a atenção. É o tomar posse pela mente, de modo claro e
vívido, de um entre uma diversidade enorme de objetos ou
correntes de pensamentos simultaneamente dados. Focalização,
concentração da consciência são a sua essência. Ela implica
abdicar de algumas coisas para lidar eficazmente com outras.”

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ATENÇÃO
 Anormalidades

Hipoprosexia  global da atenção. ex: quadros


dispersivos.

Aprosexia Total abolição da capacidade de atenção

Hiperprosexia Atenção exacerbada. ex: quadros


maníacos.

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ORIENTAÇÃO

 A capacidade de situar-se quanto a si mesmo e


ao ambiente é um elemento básico da
atividade mental.

 A avaliação da orientação é um instrumento


valioso para a verificação das perturbações do
nível de consciência.

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ORIENTAÇÃO

 Orientação autopsíquica é a orientação do


indivíduo em relação a si mesmo.
 Orientação alopsíquica é a capacidade de
orientar-se em relação ao mundo.
 Orientação temporal está relacionada ao
momento cronológico que estamos vivendo.
 Orientação espacial nos localiza geograficamente.

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PENSAMENTO

“ Eu sou, eu existo; isso é certo, mas por


quanto tempo? A saber, por todo o tempo
em que eu penso; pois poderia ocorrer
que, se eu deixasse de pensar, eu
deixaria ao mesmo tempo de ser ou de
existir. Agora eu nada admito que não
seja necessariamente verdadeiro:
portanto, eu não sou, precisamente
falando, senão uma coisa que pensa (.....)

• Descartes (1641) 33
PENSAMENTO

 Alterações

 Aceleração do pensamento
 Lentificação do pensamento
 Desagregação do pensamento

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PENSAMENTO

 Delírios

 De perseguição
 Depreciativos
 Religiosos
 Sexuais
 De poder, riqueza ou grandeza
 De ruína ou culpa

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SENSO - PERCEPÇÃO

 Sensação Fenômeno elementar gerado por estímulos


físicos, químicos ou biológicos, originados fora ou
dentro do organismo, que produzem alterações nos
órgãos receptores, estimulando-os. São gerados por
estímulos sensoriais específicos, como os visuais, táteis,
olfativos, gustativos,.
 Percepção É a tomada de consciência, pelo indivíduo,
do estímulo sensorial.

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SENSO - PERCEPÇÃO

Ilusões São transtornos psico-sensoriais,


decorrentes da percepção deformada da
realidade;

Alucinações São processos psíquicos que


aparecem como percepções verdadeiras e que
tem caráter de realidade;

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TIPOS DE ALUCINAÇÕES

 Alucinações Visuais
 Alucinações Auditivas
 Alucinações Táteis
 Alucinações Olfativas
 Alucinações Gustativas

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AFETIVIDADE

A vida afetiva é a dimensão psíquica que dá cor,


brilho e calor a todas as vivências humanas

Hipertimia : Excesso de euforia.


Alterações do humor
Hipotimia : Pouca euforia.

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ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E SENTIMENTOS
 Apatia: diminuição da excitabilidade afetiva
 Hipomodulação do afeto: incapacidade do paciente
de modular a resposta afetiva
 Inadequação do afeto: reação completamente
incongruente a situações
 Embotamento afetivo: é a perda profunda de todo
tipo de vivência afetiva
 Anedonia: é a incapacidade total ou parcial de obter e
sentir prazer com determinadas atividades e
experiências da vida.
 Labilidade afetiva: são os estados nos quais ocorrem
mudanças súbitas e imotivadas do humor,
sentimentos e emoções.
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ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E SENTIMENTOS

 Ambivalência afetiva: sentimentos opostos em


relação a um mesmo estímulo ou objeto
simultaneamente.
 Medo: é um estado de progressiva insegurança e
angústia, de impotência e invalidez crescentes, ante a
impressão iminente de que sucederá algo que
queríamos evitar.
 Fobias: são medos determinados
psicopatologicamente, desproporcionais e
incompatíveis com as possibilidades de perigo.
 Pânico: é uma reação de medo intenso relacionada
geralmente ao perigo imaginário de morte iminente,
descontrole ou desintegração. 41
LINGUAGEM

 É o conjunto de elementos que os seres humanos


utilizam para expressar seus pensamentos e
sentimentos.

 Existem 2 tipos de linguagem verbal


não verbal

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LINGUAGEM

Alterações da Linguagem verbal

Verborréia ou taquilalia
Bradilalia
Mutismo
Coprolalia ( impulso em falar obcenidades)

Normolalia
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LINGUAGEM

 Psicopatologia da Linguagem não verbal

 Linguagem escrita
 Linguagem mímica - Hipermimia
- Hipomimia
- Amimia

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A VONTADE

 Definições básicas
A vontade é uma dimensão complexa da vida
mental, relacionada intimamente à esfera
instintiva e afetiva, assim como à esfera
intelectiva (avaliar, julgar, analisar, decidir) e ao
conjunto de valores, princípios, hábitos e
normas socioculturais do indivíduo.

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 O ato de vontade é pautado por quatro fases, no qual a
ponderação, análise e reflexão precedem a execução
motora, é denominado ação voluntária.

 Alterações da vontade
 Hipobulia/abulia: diminuição ou até abolição da atividade
volitiva.
 Atos impulsivos e atos compulsivos (automutilação)
 Negativismo
 Obediência automática

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Referência Bibliográfica

 DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia


dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes
Médicas, 2000.

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Registro de Enfermagem
FINALIDADE
• Documentar todas as atividades realizadas
para o paciente, o que nos respalda que este
está sendo observado. Não significa dizer que
o protegeremos de tudo e sim estaremos
atentos a tudo que possa acontecer com esta
pessoa a qual nos propomos cuidar.

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Registro do paciente psiquiátrico
• Na psiquiatria é de suma importância saber
avaliar e diferenciar as alterações do ego para
realizar o devido registro que realmente
descreva o estado atual do nosso paciente.
• Nem todos os pacientes delirantes estão
confusos. Nem todos os pacientes que buscam
a equipe o tempo todo são “solicitantes”,
podem estar angustiados, e assim por diante.

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Registro de Enfermagem
• O modelo descritivo é bem aceito, porém
devemos ter o cuidado de não minimizarmos
esta evolução a duas linhas com abreviaturas
e repetições que não dizem nada. É
fundamental sabermos quem estamos
evoluindo, o que aconteceu com este paciente
no meu turno de trabalho, se tem alguma
queixa ou questionamento que deva ser
passado como informação aos demais
membros da equipe.
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Registro de Enfermagem
• O registro de enfermagem deve ser fidedigno,
isso não acontece se, por exemplo, o técnico
que for fazer a escala de evolução for aquele
que estava numa avaliação externa e acabou
de chegar na unidade; ou se for aquele que foi
dimensionado só hoje e nem relaciona os
nomes aos pacientes.

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Registro de Enfermagem
• Devemos realizar as evoluções de forma
céfalo caudal, avaliando o paciente da
cabeça aos pés e se houveram situações
excepcionais descrevê-las bem como as
soluções dadas para estas.
• A valorização do nosso serviço também é
conseqüência dos registros que fizemos,
afinal o prontuário é um documento.

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Cuidados
• Por definições da legislação ou normas
internas da instituição:
– Não fazer rasuras;
– Não usar corretivo líquido;
– Assinar e carimbar todos seus registros;
– Não colocar nomes dos colegas ou pacientes
nos registros e sim o cargo ocupado, por ex:
enfermeira da unidade ciente;
– Colocar data e horário;

53
Setembro amarelo: prevenção ao
suicídio
Setembro amarelo

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Conceito: saúde mental
• A OMS define saúde mental com um bem estar no qual
um individuo percebe suas próprias habilidades, lidar
com os estresses cotidiano, pode trabalhar
produtivamente e é capaz de contribuir com a sua
comunidade.

56
Diferença doença mental e
sofrimento mental
• As doenças mentais são condições de saúde que
envolvem mudanças na emoção, pensamento ou
comportamento e estão associadas à angustia ou
problemas de funcionamento em atividades sociais de
trabalho ou familiar.

57
Diferença doença mental e
sofrimento mental
• Sofrimento mental é uma desordem emocional que
antecipa os transtornos psiquiátricos, ou seja, quando
há um alto grau de sofrimento mental é necessário
prestar atenção para não progredir para alguma doença
psiquiátrica.

58
Depressão:
• Depressão é considerada um transtorno multifatorial
apresentando fatores de riscos conhecidos, como
afetividade negativa, experiências adversas na infância,
eventos estressantes etc..

59
Ansiedade

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Suicídio

• O suicídio pode ser causado por vários fatores, dentre


eles um excessivo grau de sofrimento. É definido como
a atitude individual de exterminar a própria vida. O
sofrimento que o indivíduo apresenta pode ser
verdadeiro ou proveniente de algum transtorno afetivo,
como em quadros de psicose aguda ou depressão
delirante.

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Como buscar ajuda
• Ligue:188 central de valorização a vida(CVV)

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REFERÊNCIAS
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2019.

FUKUDA, I. M. K.; STEFANELLI, M. C.; ARANTES, E. C. Enfermagem psiquiátrica em suas dimensões


assistenciais. Barueri, SP: Editora Manole, 2017.

CASTRO, R.C.B R. Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiátrica - Desafios e Possibilidades do Novo


Contexto do Cuidar. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

ROCHA, R. M. Enfermagem em saúde mental. 2 ed. Rio de Janeiro: SENAC, 2012.

VIDEBECK, S. L. Enfermagem em saúde mental e psiquiatria. Porto Alegre: Artmed, 2012.

63
Obrigado!
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1. CLASSIFIQUE AS FUNÇÕES PSÍQUICAS?


2. CONCEITUE CONCIÊNCIA E MEMÓRIA!
3. CITE AO MENOS 5 TERMOS USADOS EM SAÚDE
MENTAL E SEUS CONCEITOS!
4. O QUE O TÉCNICO DE ENFERMAGEM DEVE
ANOTAR EM SEU REGISTRO DE ENFERMAGEM?
5. PARA QUE SERVE O SETEMBRO AMARELO?

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