miolo-CADERNO-1_V2.1
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SISTEMA
FINANCEIRO
NACIONAL E
COOPERATIVISMO
FINANCEIRO
VERSÃO 2.0
CADERNO 1
SISTEMA
FINANCEIRO
NACIONAL E
COOPERATIVISMO
FINANCEIRO
VERSÃO 2.0
BOAS VINDAS
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SUMÁRIO
1.1
vigência do material | 01/01/2023
1.1 ESTRUTURA
DO SISTEMA
FINANCEIRO
NACIONAL
1
Mercado monetário: é o mercado que fornece à economia papel-moeda e moeda escritural, aquela depositada em conta corrente
(BACEN, 2019).
2
Mercado de crédito: é o mercado que fornece recursos para o consumo das pessoas em geral e para o funcionamento das empresas
(BACEN, 2019).
3
Mercado de capitais: é o mercado que permite às empresas em geral captar recursos de terceiros e, portanto, compartilhar os ganhos
e os riscos (BACEN, 2019).
4
Mercado de câmbio: é o mercado de compra e venda de moeda estrangeira (BACEN, 2019).
5
Ramo de seguro privado: é o ramo do SFN para quem busca seguros privados, contratos de capitalização e previdência complementar
aberta (BACEN, 2019).
6
Ramo de previdência fechada: é o ramo dos fundos de pensão que trata de planos de aposentadoria, poupança ou pensão para
funcionários de empresas, servidores públicos e integrantes de associações ou entidades de classe (BACEN, 2019).
5
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
CNPC
CMN CNSP
Órgãos
Conselho Nacional
Conselho Monetário Conselho Nacional de
de Previdência
Nacional Seguros Privados
Complementar
supervisores
PREVIC
BACEN CVM SUSEP
Órgãos
Superintendência
Banco Central Comissão de Valores Superintendência de
Nacional de Previdência
do Brasil Mobiliários Seguros Privados
Complementar
Segundo o Bacen (2019), os órgãos normativos são aqueles que “determinam regras gerais
para o bom funcionamento do Sistema Financeiro Nacional”. São considerados órgãos
normativos no âmbito do SFN:
6
vigência do material | 01/01/2023
Esses órgãos têm a função básica de definir as regras que irão reger todo o funcionamento
dos respectivos mercados sob sua responsabilidade, estando os demais órgãos a eles
subordinados. Essa função normativa estende-se conforme as competências de cada um
desses órgãos conforme a natureza dos mercados em que atuam.
CONTEXTO
NORMATIVO
O CMN foi criado junto com o Banco Central, pela Lei nº
4.595, de 31 de dezembro de 1964. O Conselho deu início às
suas atividades noventa dias depois, em 31 de março de 1965
(BACEN, 2019).
Os membros do CMN reúnem-se uma vez por mês para deliberar sobre assuntos como: a)
adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; b) regular
os valores interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; c) orientar
a aplicação dos recursos das instituições financeiras; d) propiciar o aperfeiçoamento das
instituições e dos instrumentos financeiros; e) zelar pela liquidez e pela solvência das
instituições financeiras; e f) coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da
dívida pública interna e externa (BACEN, 2019).
7
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
7
Um tipo de regulação financeira que estabelece requisitos para as instituições financeiras com foco no gerenciamento de
8 riscos e nos requerimentos mínimos de capital para fazer face aos riscos decorrentes de suas atividades (BACEN, 2021).
vigência do material | 01/01/2023
CONTEXTO
NORMATIVO Criado pelo Decreto nº 7.123, de 3 março de 2010, que dispõe
sobre a organização e o funcionamento do Conselho Nacional
de Previdência Complementar (CNPC) e da Câmara de Recursos
da Previdência Complementar (CRPC).
Segundo Bacen (2019), os órgãos supervisores são aqueles que “trabalham para que os
cidadãos e os integrantes do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos órgãos
normativos”. São considerados órgãos supervisores no âmbito do SFN:
Essas entidades têm a função de monitorar e fiscalizar as atividades das instituições por
elas supervisionadas e fiscalizadas, visando assegurar a solidez e a eficiência do Sistema
Financeiro Nacional (SFN) e regular o funcionamento das instituições que o compõem.
Para fazer cumprir seu papel institucional, cada entidade realiza um conjunto de atividades,
sempre sob a orientação das regras definidas pelos seus respectivos órgãos normativos.
9
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
CONTEXTO
NORMATIVO
Criado pela Lei nº 4.595/1964, o Banco Central (BC) foi
constituído juntamente com o Conselho Monetário Nacional
(CMN).
8
A Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é um sistema eletrônico que processa o registro, a custódia e a liquidação financeira das operações
realizadas com títulos públicos federais, garantindo segurança, agilidade e transparência nos negócios.
10
vigência do material | 01/01/2023
Quem define a Taxa SELIC é o COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA (COPOM), órgão do Banco
Central formado pelo seu presidente e diretores que define, a cada 45 dias, o valor da taxa
Selic, instrumento que conduzirá a economia ao encontro da meta de inflação definida
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
(BACEN, 2019)
No desenho atual do sistema, o CMN define em junho a meta para a inflação de três anos-
calendário à frente. Esse horizonte mais longo reduz incertezas e melhora a capacidade de
planejamento das famílias, das empresas e do governo.
CONTEXTO
NORMATIVO
Criada pela Lei no 6.385/1976, em 7 de dezembro de 1976 , com
o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o
mercado de valores mobiliários no Brasil.
11
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
Como um órgão de supervisão, a CVM tem poderes para disciplinar, regular e fiscalizar a
atuação dos diversos integrantes do MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS. O propósito
estratégico da CVM é “zelar pelo funcionamento eficiente, pela integridade e pelo
desenvolvimento do mercado de capitais, promovendo o equilíbrio entre a iniciativa dos
agentes e a efetiva proteção dos investidores”.
A. desenvolvimento do mercado;9
B. eficiência e funcionamento do mercado;10
C. proteção dos investidores;11
D. acesso à informação adequada;12
E. fiscalização e punição.13
9
São atribuições legais de “desenvolvimento do mercado”: 1) estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; 2) promover
a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações; e 3) estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de
companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais (Lei no 6.385/1976, art. 4º, incisos I e II).
10
São atribuições legais de “eficiência e funcionamento do mercado”: 1) assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da bolsa e de
balcão; 2) assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; e 3) assegurar a observância no mercado das
condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (Lei nº 6.385/1976, art. 4º, incisos III, VII e VIII).
11
São atribuições legais de “proteção dos investidores”: 1) proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra emissões
irregulares de valores mobiliários; 2) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas ou de administradores de
carteira de valores mobiliários; 3) o uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores mobiliários; 4) evitar ou coibir modalidades
de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado (Lei no
6.385/1976, art. 4º, incisos IV e V).
12
São atribuições legais de “acesso à informação adequada”: 1) assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e
as companhias que os tenham emitido, regulamentando a lei e administrando o sistema de registro de emissores, de distribuição e de agentes regulados
(Lei nº 6.385/1976, art. 4º, inciso VI, e art. 8º, incisos I e II).
13
São atribuições legais de “fiscalização e punição”: 1) fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários,
bem como a veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participam e aos valores nele negociados, e 2) impor penalidades
aos infratores das Leis nº 6.404/76 e no 6.385/1976, das normas da própria CVM ou de leis especiais cujo cumprimento lhe incumba fiscalizar (Lei nº
6.385/1976, art. 8º, incisos III e V, e art. 11).
12
vigência do material | 01/01/2023
CONTEXTO
NORMATIVO
Criada pela Lei nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009.
13
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
território nacional como entidade de fiscalização e supervisão das atividades das entidades
fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de
previdência complementar operado pelas referidas entidades (PREVIC, 2019).
Segundo o Banco Central do Brasil (BACEN, 2019), os órgãos operadores são aqueles
que “lidam diretamente com o público no papel de intermediário financeiro”. Os órgãos
operadores também são conhecidos como instituições ou entidades intermediárias,
atuando diretamente no SFN realizando negócios entre os diversos agentes interessados
nos produtos e nos serviços financeiros. Vejamos quais são estes operadores, conforme
seus respectivos órgãos supervisores:
14
vigência do material | 01/01/2023
Agentes econômicos
na intermediação de recursos
Contrapartida ao poupador Contrapartida do tomador
(remuneração e prestação de serviços) (pagamento de juros e tarifas)
Os bancos e as caixas econômicas são diferenciados pelos tipos de operações que realizam
com seus clientes finais, sendo classificados como:
y bancos comerciais;
y bancos múltiplos;
y bancos de investimentos;
y bancos de desenvolvimento.
14
Spread: no contexto do mercado bancário, significa “a diferença, em pontos percentuais (p.p.), entre a taxa de juros pactuada nos empréstimos e
financiamentos (taxa de aplicação) e a taxa de captação.” (BACEN, 2.016) 15
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
Bancos comerciais
Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como
objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto
e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas
físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é
atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve
ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve
constar a expressão “Banco” (BACEN, 2020).
Essas instituições, sejam públicas ou privadas, são a base do sistema monetário, pois
como operadores financeiros realizam suas atividades de intermediação. Por intermédio
da captação e aplicação são capazes de criar “moeda” por meio do efeito multiplicador
dos recursos intermediados, que se retroalimentam circulando entre as mãos dos agentes
econômicos do mercado financeiro.
O objetivo principal dos bancos comerciais é prestar serviços diretamente às pessoas físicas
e jurídicas, e conforme posicionamento estratégico próprio, disponibilizar, por intermédio
de seu portfólio de produtos e serviços financeiros, as soluções financeiras que atenderão
às necessidades de seus públicos-alvo (clientes).
Captação de recursos
Aplicação de recursos
16
vigência do material | 01/01/2023
Bancos múltiplos
y comercial;
y de investimento;
y de desenvolvimento (somente se for banco público);
y de crédito imobiliário;
y de arrendamento mercantil;
y de crédito, financiamento e investimento.
Para ser classificado como um banco múltiplo, a instituição financeira deve ser constituída
sob a forma de sociedade anônima, ter a expressão “banco” em sua denominação social
e atuar com, no mínimo, duas destas carteiras, SENDO UMA DELAS OBRIGATORIAMENTE
COMERCIAL OU DE INVESTIMENTO. É importante destacar que suas operações estão sujeitas
às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições correspondentes às
suas carteiras.
Bancos de investimento
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, de capital privado e devem
adotar, obrigatoriamente, a expressão “banco de investimento” em sua denominação social.
17
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
Bancos de desenvolvimento
CONTEXTO
NORMATIVO
Estas instituições estão regidas pela Resolução CMN 394, de
1976, que dispõe sobre a competência e disciplina a constituição
e o funcionamento dos bancos de desenvolvimento.
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do estado
que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua
denominação social a expressão “banco de desenvolvimento”, seguida do nome do estado
em que tenha sede.
18
vigência do material | 01/01/2023
Pelo estatuto publicado, o BNDES é uma empresa pública federal, dotada de personalidade
jurídica de direito privado e patrimônio próprio, dedicada ao financiamento com longo prazo
de pagamento, estando sujeita à supervisão do ministro de Estado da Economia. É o principal
instrumento utilizado para a execução da política de investimentos do governo federal,
tendo como principal objetivo apoiar programas, projetos, obras e serviços que promovam o
desenvolvimento econômico e social do país. Para isso, estimulará a iniciativa privada, sem
prejuízo de apoio a empreendimentos de interesse nacional a cargo do setor público.
Pelo artigo 2º da Lei Complementar 130/ 2009, destina-se, precipuamente, a prover, por
meio da mutualidade, a prestação de serviços financeiros a seus associados, sendo-lhes
assegurado o acesso aos instrumentos do mercado financeiro.
No entanto, conforme o artigo 17-D da Lei Complementar 196/2022, “os saldos de capital, de
remuneração de capital ou de sobras a pagar não procurados pelos associados demitidos,
eliminados ou excluídos serão revertidos ao fundo de reserva da cooperativa de crédito
após decorridos 5 (cinco) anos da demissão, da eliminação ou da exclusão”.
19
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
Da mesma forma como ocorre nos bancos comerciais, as cooperativas financeiras têm
a capacidade de “criar moeda escritural” por meio da intermediação dos recursos entre
os poupadores e os tomadores. Entretanto, por ser constituída como uma sociedade de
pessoas e não de capital, as taxas, as tarifas e as condições comerciais promovem a justiça
financeira para os cooperados, bem como a sustentabilidade da cooperativa.
(FGCOOP, 2019)
20
vigência do material | 01/01/2023
CONTEXTO
Regulamentada pela Lei nº 11.795, de 8 de outubro de 2008, que
NORMATIVO estabeleceu as bases para o Sistema de Consórcio, instrumento
de progresso social que se destina a propiciar o acesso ao
consumo de bens e serviços, constituído por administradoras de
consórcio e grupos de consórcio, na forma da lei.
15
Consórcio: é a reunião de pessoas naturais e jurídicas em grupo, com prazo de duração e número de cotas previamente determinados, promovida
por administradora de consórcio com a finalidade de propiciar a seus integrantes, de forma isonômica, a aquisição de bens ou serviços por meio de
autofinanciamento.
21
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
Esses operadores são supervisionados tanto pelo Banco Central quanto pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), dependendo de sua natureza jurídica de constituição e ligação
econômica e/ou societária. As corretoras e as distribuidoras devem ser constituídas sob a
forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
As instituições de pagamento não são instituições financeiras, portanto não podem realizar
atividades exclusivas dessas instituições, como empréstimos e financiamentos. Ainda assim,
estão sujeitas à supervisão do Banco Central e devem constituir-se na forma de sociedade
empresária limitada ou anônima.
É importante lembrar que serviços de pagamento são prestados não só pelas IPs, mas também
por instituições financeiras, especialmente bancos, financeiras e cooperativas financeiras.
16
Home broker: é um sistema eletrônico que possibilita a negociação de ações e outros ativos financeiros diretamente com a corretora ou distribuidora
por meio da internet. Tem como principal objetivo facilitar o acesso entre os investidores e o mercado acionário de forma simples e eficiente.
17
Arranjo de pagamento: é o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público aceito
por mais de um recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores (Art. 6º, Inc. I, da Lei nº 12.865, 09/10/2013).
22
vigência do material | 01/01/2023
1
Compra
e venda
0
2
Consumidor Sua loja
Banco emite o cartão e dá
crédito ao consumidor Envia a transação
para aprovação
Credenciadora
Bancos Emissores 5
Resposta ao EC, 3
4 aprovado ou não a
transação
Valida os dados do
cartão com a bandeira
Solicita informações e
limite do portador ao
emissor
Bandeiras
23
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
Nesse contexto está inserido o SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO (SPB), cuja tarefa
é interligar todos os operadores e realizar a transferência, a compensação e a liquidação
das transações financeiras realizadas por pessoas, empresas, governo, Banco Central e
instituições financeiras no âmbito do SFN.
24
vigência do material | 01/01/2023
SITRAF SILOC
Transferências de fundos C3
SELIC Transferências de fundos LDL (D+1) Cessões de crédito
Híbrico
Títulos Públicos
LBTR
COMPE
Cheques
LDL (D+1)
RSFN
Rede do Sistema
STR Financeiro Nacional CETIP
Transferências de Títulos privados,
fundos LBTR swaps e outros
LDL (D+1), LBTR
Ativos Ações
Câmbio Ações, títulos
Derivativos Títulos públicos
Câmbio interbancário privados e opções
LDL (D+1) LDL (DO; D+1) LDL (D+1; D+3), LBTR
LDL (D+1; D+2)
Contas de
liquidação
BM&F - Bovespa
No Sistema Financeiro Nacional (SFN), os bancos e as caixas econômicas não são a única
opção para clientes e consumidores acessarem serviços financeiros, pois existem outras
entidades denominadas INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO BANCÁRIAS, que se constituem
como uma alternativa aos agentes bancários.
25
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
CONTEXTO
HISTÓRICO
Instrução CVM 461.
26
vigência do material | 01/01/2023
Além de manter local físico adequado à condução de negócios (sala de pregões) e plataformas
de negociação eletrônica, seu papel é criar produtos, aperfeiçoar e desenvolver mercados e
manter cursos de formação profissional para atuação no chamado “mercado de futuros”.
y contratos de commodities;22
y contratos de derivativos.23
Fundos de renda fixa: : devem ter como principal fator de risco de sua carteira a variação da taxa de juros e/ou de índice de preços e deve possuir, no
18
mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente à renda fixa (B3, 2019).
19
Fundos de ações: devem ter como principal fator de risco a variação de preços de ações admitidas à negociação no mercado organizado de bolsa e
deve investir no mínimo 67% de seu patrimônio líquido em ações, bônus ou recibos de subscrição, certificados de depósito de ações, cotas de fundos
de ações, entre outros (B3, 2019).
20
Fundos cambiais: devem ter como principal fator de risco de carteira a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial. No
mínimo 80% da carteira deve ser composta por ativos relacionados direta ou indiretamente, utilizando instrumentos derivativos (B3, 2019).
21
Fundos multimercados: os fundos classificados como multimercado devem possuir políticas de investimento que envolvam vários fatores de risco
(taxa de juros, inflação, ações, câmbio, etc.) sem o compromisso de concentração em nenhum em especial. Podem utilizar derivativos para alavancagem
ou proteção (B3, 2019).
22
Commodities: termo em inglês que significa “mercadoria”, porém no contexto do mercado financeiro as commodities são produtos de origem primária
cuja circulação é globalizada, sendo seus valores ajustados ao preço médio pelas bolsas de mercadorias e futuros. As commodities dividem-se em
quatro grupos: agrícolas, minerais, financeiras e ambientais.
23
Derivativos: são contratos que derivam a maior parte do seu valor de um ativo subjacente, taxa de referência ou índice. O ativo subjacente pode ser
físico (café, ouro, etc.) ou financeiro (ações, taxas de juro, inflação, etc.). Segundo a B3, em um contrato derivativo se estabelecem pagamentos futuros
cujo montante é calculado com base no valor assumido por uma variável, tal como o preço do ativo subjacente, a inflação acumulada no período, a
taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer outra variável dotada de significado econômico (B3, 2019).
27
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
APOIO
DIDÁTICO
Assunto já abordado anteriormente no item “1.1.4.5 - Instituições
de pagamento”, quando apresentado o Sistema de Pagamentos
Brasileiro (SPB).
24
Hedge: significa contrabalançar a compra e a venda de um título por meio da venda ou da compra de outro em posição oposta. Fazer hedge é se
proteger contra oscilações inesperadas dos títulos, gerenciando e administrando o risco envolvido, conseguindo uma espécie de seguro de preço para
o bem ou o ativo transacionado.
25
Clearing house: termo financeiro que em inglês significa “câmara de compensação”.
28
vigência do material | 01/01/2023
CONTEXTO
NORMATIVO As regras dessas entidades de previdência estão estabelecidas
pela Lei Complementar no 109, de 29 de maio de 2001, que
dispõe sobre o Regime de Previdência Privada Complementar.
29
1.1 ESTRUTURA DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
vigência do material | 01/01/2023
CONTEXTO
NORMATIVO As regras dessas entidades de previdência estão estabelecidas
pela Lei Complementar no 109, de 29 de maio de 2001, que
dispõe sobre o Regime de Previdência Privada Complementar.
Assemelham-se às entidades abertas (EAPC), porém as EFPCs são instituições criadas para o
fim exclusivo de administrar planos de benefícios de natureza previdenciária, patrocinados
e/ou instituídos.
30
vigência do material | 01/01/2023
CONTEXTO
NORMATIVO As regras dessas sociedades estão estabelecidas pelo Decreto-
lei nº 261, de 28 de fevereiro de 1967, que dispõe sobre as
operações das sociedades de capitalização, mencionando no
seu texto artigos do Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de
1966.
31
COOPERATIVISMO DE
CRÉDITO
1.2
vigência do material | 01/01/2023
1.2 COOPERATIVISMO DE
CRÉDITO
CONTEXTO
Tudo começou em 1844, na cidade de Manchester, no interior
HISTÓRICO
da Inglaterra. Sem conseguir comprar o básico para sobreviver
nos mercadinhos da região, um grupo de 27 homens e uma
mulher, todos trabalhadores, uniram-se para montar seu
próprio armazém. A proposta era simples, mas engenhosa:
comprar alimentos em grande quantidade, para conseguir
preços melhores. Tudo o que fosse adquirido seria dividido
igualitariamente entre o grupo. Nascia, então, a “Sociedade
dos Probos de Rochdale” — primeira cooperativa moderna,
que abriu as portas pautada por valores e princípios morais
considerados, até hoje, a base do cooperativismo, entre eles a
honestidade, a solidariedade, a equidade e a transparência.
(OCB, 2019)
33
1.2 COOPERATIVISMO
DE CRÉDITO
vigência do material | 01/01/2023
Esta é a natureza das cooperativas: ser uma sociedade de pessoas voltada para os
interesses sociais de seus membros, contribuindo diretamente para o desenvolvimento
socioeconômico de suas localidades.
Por esse aspecto legal, as sociedades cooperativas possuem características especiais que
ordenam doutrinariamente seu funcionamento, atuando assim de maneira uniforme em
seus ramos específicos, inclusive o ramo do crédito.
34
vigência do material | 01/01/2023
(OCB, 2019)
26
Adesão voluntária e livre: as cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar seus serviços e a assumir as
responsabilidades como membros, sem discriminação social, racial, política, religiosa ou de gênero.
27
Gestão democrática: as cooperativas são organizações democráticas, controladas por seus membros, que participam ativamente na formulação de
suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e as mulheres eleitos como representantes dos demais membros são responsáveis perante estes.
Nas cooperativas de primeiro grau os membros têm igual direito de voto (um membro, um voto).
28
Participação econômica dos membros: os membros contribuem equitativamente para o capital de suas cooperativas e controlam-no democraticamente.
Parte desse capital é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros recebem habitualmente, se houver, uma remuneração limitada
ao capital integralizado como condição de sua adesão.
29
Autonomia e independência: as cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas por seus membros. Se firmarem acordos
com outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o controle
democrático por seus membros e que mantenham a autonomia da cooperativa.
30
Educação, formação e informação: as cooperativas promovem a educação e a formação de seus membros, dos representantes eleitos e dos
trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento de suas cooperativas. Informam o público em geral,
particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.
31
Intercooperação: as cooperativas servem de forma mais eficaz aos seus membros e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em
conjunto, por intermédio das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.
32
Interesse pela comunidade: as cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado de suas comunidades por meio de políticas aprovadas
pelos membros.
35
1.2 COOPERATIVISMO
DE CRÉDITO
vigência do material | 01/01/2023
33
O conceito geral de “marco regulatório” está ligado aos aspectos legais relacionados aos segmentos controlados ou supervisionados pelo setor
público, que define este “marco” como um “conjunto de normas, leis e diretrizes que regulam o funcionamento dos setores” nos quais agentes privados
prestam serviços à sociedade. No ambiente das cooperativas financeiras, este marco regulatório emana principalmente do Conselho Monetário
Nacional (CMN).
34
Ordenamento jurídico é a disposição hierárquica das normas jurídicas em um sistema normativo por meio do qual se pode compreender que cada
dispositivo possui uma norma da qual deriva e à qual está subordinada.
As leis 4.595/1964 e a 130/2009, trazem o conceito de cooperativa financeira. Também é comum a utilização do conceito de “Instituição Financeira
36
vigência do material | 01/01/2023
para captação de recursos dos municípios e seus órgãos vinculados, sendo este
ato regulamentado pormenorizadamente por normativo específico emanado do
Conselho Monetário Nacional.35
y Aplicam-se ainda sobre as cooperativas financeiras que operam especificamente
com o crédito rural a LEI ORDINÁRIA NO 4.829, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1965, e
o DECRETO NO 58.380, DE 10 DE MAIO DE 1966, que instituem e regulamentam
todo o Sistema Nacional de Crédito Rural.
y LEI COMPLEMENTAR Nº 196, DE 24 DE AGOSTO DE 2022 - Altera a Lei
Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009 (Lei do Sistema Nacional de
Crédito Cooperativo), para incluir as confederações de serviço constituídas por
cooperativas centrais de crédito entre as instituições integrantes do Sistema
Nacional de Crédito Cooperativo e entre as instituições a serem autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil; e dá outras providências.
Como exemplo, vale citar que esta norma regulamenta as condições estatutárias mínimas
exigidas, o conjunto de operações e atividades que uma cooperativa pode exercer, os
limites de exposição de risco por cooperado, a governança corporativa, a supervisão
auxiliar das cooperativas centrais e das confederações, entre outras.
Além dessa, são inúmeras resoluções, circulares, cartas circulares, comunicados e outros
atos normativos que o Conselho Monetário Nacional e o Bacen publicam regularmente para
fazer cumprir suas atribuições junto às cooperativas financeiras, sendo importantíssimo
que os componentes de órgãos estatutários acompanhem e compreendam as normativas
já publicadas, assim como aquelas que vierem a ser disponibilizadas pelas autoridades
do mercado financeiro.
35
As leis 4.595/1964 e a 130/2009, trazem o conceito de cooperativa financeira. Também é comum a utilização do conceito de “Instituição Financeira
Cooperativa” ou simplesmente “Cooperativa Financeira”. Este segundo, considera o conceito de cooperativa crédito de forma ampliada, com todos os
produtos e serviços comuns, ofertados pelas instituições financeiras tradicionais.
36 Alterada pela Lei Complementar 196, de 24/08/2022.
37
1.2 COOPERATIVISMO
DE CRÉDITO
vigência do material | 01/01/2023
NORMATIVO DESCRIÇÃO
Dispõe sobre os sistemas de controles internos das instituições
Resolução CMN nº 4.968,
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
25/11/2021
Central do Brasil e revoga a Resolução CMN 2.554/1.998.
Resolução CMN nº 4.887, Dispõe sobre auditoria cooperativa das cooperativas financeiras e
28/01/2021 revoga os artigos 1º a 14 da Resolução CMN 4.454 de 17/12/2015.
38
vigência do material | 01/01/2023
O Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, conhecido pela sigla SNCC, foi instituído
pela Lei Complementar nº 130, em 2009. Desde então, tornou-se comum utilizar a sigla
“SNCC” para referir-se ao conjunto das instituições financeiras constituídas sob a forma
de cooperativas de crédito, incluindo as demais entidades corporativas a elas COLIGADAS.
Vejamos essa representação gráfica que ilustra a maioria dos agentes que atuam no
ambiente adjacente ao SNCC.
Entidades de apoio
a negócios
Bacen
Adm.
Confederação consórcio
Sócios
externos
Previdência
privada
CNAC Sócios
externos
Banco Adm.
cooperativo recursos
Auditoria terceiros
Externa
Central
Corretora
seguros
Fundações
Sistema OCB
SESCOOP Associado
Adm.
Cooperativa de bens
Fundo Singular
garantidor Banco não
cooperativo
Entidades de
serviço e assistência
Ambiente de Negócios
39
1.2 COOPERATIVISMO
DE CRÉDITO
vigência do material | 01/01/2023
Essa ilustração nos permite perceber a existência de outros membros associados além da
cooperativa singular, central à qual a singular está afiliada e a respectiva confederação
que fazem parte do SISTEMA COOPERATIVO.
y cooperativa singular;
y cooperativa central;
y confederação;
y banco cooperativo; e
y empresas COLIGADAS OU CONTROLADAS.
• administradoras de consórcios;
• distribuidoras de valores e títulos mobiliários;
• instituições de pagamento;
• seguradoras;
• corretoras de seguros;
• entidades de previdência complementar, entre outras.
40
vigência do material | 01/01/2023
APOIO
DIDÁTICO Assunto já abordado no item “1.2.1 – Aspectos conceituais
do cooperativismo de crédito”, que apresentou os
principais modelos de cooperativismo nascidos em países
desenvolvidos.
41
1.2 COOPERATIVISMO
DE CRÉDITO
vigência do material | 01/01/2023
(BACEN)
No Quadro 4, é possível ter uma noção dos aspectos mais relevantes que diferenciam os
dois tipos de instituições financeiras: bancária e cooperativa.38
38
Regime prudencial: consiste em um conjunto de exigências regulamentares destinadas a assegurar a solidez financeira de uma instituição, o
adequado gerenciamento de seus riscos, incluindo a mitigação do risco oferecido a depositantes e a terceiros, e a necessária transparência ao seu ente
supervisor, o Banco Central.
42
vigência do material | 01/01/2023
Priorizam os grandes centros (embora não Não restringem o mercado, atuando fortemente
Área de atuação
tenham limitação geográfica) em regiões desassistidas pelos bancos
Visa obter maior remuneração do capital Visa equilibrar a relação custo/benefício para
Política de preços
investido pelos sócios melhor atender aos cooperados
Regulados pela Lei das Sociedades Reguladas pela Lei Cooperativista (5.764/1971) e
Plano societário
Anônimas pela Lei Complementar nº 130/2009
A comparação dos dois modelos organizacionais não deixa dúvida: cooperativa não
é banco e com banco não se confunde. Por isso mesmo é vedado a elas o emprego do
vocábulo “banco” (Lei nº 5.764/1971, art. 5º, parágrafo único).
43
COMPOSIÇÃO
SISTÊMICA DO SICOOB
1.3
vigência do material | 01/01/2023
1.3 COMPOSIÇÃO
SISTÊMICA DO
SICOOB
Na sequência vamos compreender melhor sua história, sua estrutura e seu funcionamento
intrassistêmico, apresentando os papéis de cada entidade que compõe o Sicoob.
Nesse contexto adverso surge então em 1995 a Resolução CMN nº 2.193, que autorizou a
criação de bancos cooperativos que viessem a desempenhar o papel que até então era
desenvolvido de forma dependente por alguns bancos então existentes.
Foi por intermédio da constituição do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), hoje Banco
Sicoob, em novembro de 1996, que se tornou possível unir “sistemicamente” as centrais
e suas cooperativas filiadas em torno de um banco cooperativo próprio, possibilitando
45
1.3 COMPOSIÇÃO
DO SICOOB
SISTÊMICA vigência do material | 01/01/2023
O SICOOB vem se moldando ao longo dos anos com o intuito de otimizar os processos
operacionais e garantir maior competitividade às cooperativas financeiras diante de um
mercado dinâmico e em constante atualização.
46
vigência do material | 01/01/2023
COOPERATIVA
CENTRAL
47
1.3 COMPOSIÇÃO
DO SICOOB
SISTÊMICA vigência do material | 01/01/2023
específicos junto ao público “não cooperado”, porém sempre por intermédio das
entidades filiadas.
y EMPRESAS COLIGADAS OU CONTROLADAS: são as empresas constituídas a partir
das necessidades estratégicas do Sicoob, sendo elas:
y Sicoob Soluções de Pagamentos Ltda – Sicoob Pagamentos
y Sicoob Administradora de Consórcios Ltda
y Sicoob Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda – Sicoob DTVM
y Sicoob Seguradora de Vida e Previdência S.A. – Sicoob Seguradora
y Fundação Sicoob de Previdência Privada – Sicoob Previ
y CNAC
y FGCOOP
y Sistema OCB/Sescoop
1.3.2.2 CNAC
48
vigência do material | 01/01/2023
CONTEXTO
NORMATIVO
Resolução nº 3.859, publicada em 27/05/2010.
39
EAC (Entidade de Auditoria Cooperativa): nos termos da Resolução no 4.454/2015, são “constituídas como entidade cooperativa de terceiro nível,
destinada exclusivamente à prestação de serviços de auditoria, integrada por cooperativas centrais de crédito, confederações de centrais ou pela
combinação de ambas” (CNAC, 2019).
40
A Auditoria das Demonstrações Contábeis tem por objetivo dar a credibilidade necessária aos associados e demais interessados sobre sua situação
patrimonial e financeira, bem como o resultado apurado no exercício (CNAC, 2019).
41
A Auditoria de Incorporações é obrigatória em processos de incorporação entre cooperativas financeiras, pois por meio desse tipo de auditoria são
verificados e emitidos os documentos contábeis atualizados, acompanhados do respectivo parecer da auditoria externa, contendo as orientações
técnicas aos envolvidos para a realização da incorporação (CNAC, 2019).
42
A Auditoria Interna tem por objetivo contribuir tecnicamente para que o Conselho de Administração e a administração da cooperativa confirmem
o funcionamento das regras e das estratégias de negócios aprovadas. Esse tipo de auditoria faz parte do escopo das EACs, conforme previsto na
Resolução CMN nº 4.588/2017 (CNAC, 2019).
49
1.3 COMPOSIÇÃO
DO SICOOB
SISTÊMICA vigência do material | 01/01/2023
A atuação da CNAC vai além da realização de auditoria, primando pela elevada qualidade
técnica, conjugando isenção e independência da diretoria na realização de programas de
controle de qualidade. A entidade conduz o trabalho focado na metodologia de auditoria
para cooperativas financeiras, considerando as novas normas de auditoria e as orientações
do Banco Central do Brasil (CNAC, 2019).
1.3.2.3 FGCoop
50
vigência do material | 01/01/2023
O FGCoop tem por objeto prestar garantia de créditos contra as instituições associadas
nas situações de decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial e, no futuro,
poderá contratar operações de assistência e de suporte financeiro, incluindo operações
de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio de central ou
confederação (FGCOOP, 2019).
51
1.3 COMPOSIÇÃO
DO SICOOB
SISTÊMICA vigência do material | 01/01/2023
A Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) foi criada em 1969 durante o IV Congresso
Brasileiro do Cooperativismo, vindo a substituir e a unificar a ABCOOP (Associação Brasileira
de Cooperativas) e a Unasco (União Nacional de Cooperativas). Desde então a instituição é
responsável pelo fomento e pela defesa do sistema cooperativista brasileiro.
O Sistema OCB é composto por três entidades que atuam institucionalmente em conjunto,
cada uma com sua função específica. São elas:
Vejamos agora o papel das entidades sistêmicas, suas principais atribuições e seus serviços
disponibilizados.
52
vigência do material | 01/01/2023
1. profissionais liberais;
2. produtores rurais;
3. pequenos empresários, microempresários ou microempreendedores;
4. empregados de empresas privadas;
5. servidores de entidades públicas; e
6. livre admissão.
Essas cooperativas distinguem-se umas das outras por seu modelo de captação e aplicação
de recursos, sendo basicamente divididas entre as de captação “capital/empréstimo” e as
de captação de “depósitos”.
Contudo, a maior parte dos demais modelos de cooperativas singulares – clássica e plena
– que compõem o Sicoob capta depósitos à vista e a prazo, permitindo-lhes aumento
significativo da capacidade de concessão de crédito, inclusive possibilitando o processo
de alavancagem. Essa iniciativa tem possibilitado o incremento das sobras apuradas e a
variedade da oferta de serviços aos associados, atualmente equiparada aos bancos de
varejo, especialmente aquelas cooperativas que optaram pela “livre admissão” em seu
quadro social.
Vale relembrar que as cooperativas financeiras atualmente são classificadas pelo Banco
Central de acordo com os produtos e os serviços disponibilizados ao quadro social, e não
mais pelo seu público-alvo, como era anteriormente. São três os tipos de classificação de
cooperativas adotados pelo BC:
53
1.3 COMPOSIÇÃO
DO SICOOB
SISTÊMICA vigência do material | 01/01/2023
1. plena;
2. clássica; e
3. capital e empréstimo.
As cooperativas centrais, que compõem o segundo grau do SNCC, têm o objetivo primário
de “organizar, em comum e em maior escala, os serviços econômicos e assistenciais de
interesse das filiadas, integrando e orientando suas atividades, bem como facilitando a
utilização recíproca dos serviços”, nos termos da Lei no 5.764/1971. Para constituir uma
cooperativa central são necessários no mínimo de três cooperativas singulares.
54
vigência do material | 01/01/2023
Além dos serviços sistêmicos essenciais, algumas centrais do Sicoob também realizam
serviços centralizados de retaguarda, como, por exemplo:
y controladoria e contabilidade;
y análise de créditos de alçadas superiores;
y gestão de recursos humanos;
y CONTROLE INTERNO E GERENCIAMENTO DE RISCOS;
y assessoria de campo para negócios, entre outros.
Tais serviços são negociados e aprovados em regra sistêmica por adesão obrigatória ou de
forma facultativa, conforme a realidade e as particularidades de cada central, mas sempre
com o objetivo de ganhos de escala e melhoria do desempenho operacional e financeiro
das filiadas e sem perda das responsabilidades legais e regulamentares inerentes aos
administradores e fiscalizadores das cooperativas singulares.43
43
Supervisão auxiliar: a supervisão cabe ao Banco Central como órgão supervisor do SFN, que delegou acessoriamente às cooperativas centrais a
função “auxiliar” na supervisão de suas filiadas, nos termos da resolução vigente (Resolução no 4.434/2015).
55
1.3 COMPOSIÇÃO
DO SICOOB
SISTÊMICA vigência do material | 01/01/2023
As confederações, que compõem o terceiro grau do SNCC, têm o objetivo definido pela
Lei do Cooperativismo de “orientar e coordenar as atividades das filiadas nos casos em
que o vulto dos empreendimentos transcender o âmbito de capacidade ou conveniência
de atuação das centrais e das federações”. Como no caso das centrais, para constituir uma
confederação são necessárias no mínimo de três cooperativas centrais filiadas.
CONTEXTO
NORMATIVO Resolução revogada pela Resolução CMN no 4.434/2015, a qual
manteve, neste caso em particular, as mesmas atribuições da
resolução anterior, acrescentando novos dispositivos.
Esse passo dado pelo órgão normatizador foi de fundamental importância para garantir
aos sistemas cooperativos, por intermédio de suas respectivas confederações, a adoção
de políticas sistêmicas que possibilitaram a padronização e a harmonização das diversas
políticas vigentes entre as entidades que compunham o SNCC.
A partir desse ponto, o Sicoob Confederação, além de cumprir seu papel de representação
institucional, também assumiu funções executivas para atender às demandas do Sicoob,
atuando principalmente nos seguintes serviços sistêmicos:
y tecnologia da informação;
y centralização de serviços;
y direcionamento estratégico;
y comunicação e marketing;
y educação corporativa;
y controles internos;
y auditoria;
y gestão integrada de riscos; e
y organização e representação sistêmica.
56
vigência do material | 01/01/2023
1.3.5.1 Sisbr
A Sicoob Universidade foi criada em 2015 pela Confederação com a finalidade de alinhar
o processo de aprendizagem organizacional aos objetivos e às estratégias do Sicoob. Tem
como premissa o desenvolvimento das competências organizacionais por meio do fomento
às competências profissionais, buscando, desse modo, ampliar as ações educacionais
existentes e contribuir com mais eficácia para o Sicoob atingir seu objetivo estratégico.
57
1.3 COMPOSIÇÃO
DO SICOOB
SISTÊMICA vigência do material | 01/01/2023
y Cooperativismo e Empreendedorismo;
y Cidadania Financeira; e
y Desenvolvimento Sustentável.
Com base nesses eixos a instituição atua em parceria com o Sicoob por meio de ações
conjuntas e integradas com as entidades do Sistema e o engajamento de colaboradores
voluntários formados pelo Instituto.
Os eixos de atuação possibilitam que as ações sociais estejam alinhadas aos objetivos
estratégicos da instituição. Esse alinhamento mantém o foco e os investimentos
direcionados às suas diretrizes de responsabilidade social e responde às perspectivas
interna e externa do negócio: o que a organização espera da sociedade e o que a sociedade
espera da organização.
58
vigência do material | 01/01/2023
Desde sua constituição, em 1996, a instituição financeira vem construindo uma história
baseada na gestão estratégica dos negócios e no trabalho integrado com a finalidade
de estimular o desenvolvimento do cooperativismo de crédito no país. Trata-se de uma
organização formada por pessoas e para pessoas que têm um sonho em comum: diminuir
as desigualdades sociais existentes nos municípios brasileiros por meio da democratização
do acesso a produtos e serviços financeiros.
59
1.3 COMPOSIÇÃO
DO SICOOB
SISTÊMICA vigência do material | 01/01/2023
Produtos e serviços
Banco Sicoob
Serviços
Estruturantes
60
vigência do material | 01/01/2023
Para sustentar as operações dos produtos e dos serviços financeiros para as cooperativas
do Sicoob, fazem parte do conglomerado Banco do Sicoob S. A. as seguintes empresas:
SICOOB DTVM, SICOOB PAGAMENTOS, SICOOB ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA,
SICOOB SEGURADORA e patrocina a SICOOB PREVI. Por questões normativas, políticas
e econômicas, cada empresa possui uma estrutura adequada aos negócios e desenvolve
ações estratégicas para beneficiar as cooperativas do Sicoob.
A empresa é credenciada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e foi constituída com
a finalidade de gerenciar ativos financeiros por meio de fundos de investimento, inclusive
fundos exclusivos para as cooperativas do Sicoob.
A SICOOB SOLUÇÕES DE PAGAMENTOS LTDA. , EMPRESA QUE ERA CONHECIDA POR CABAL
BRASIL, é uma empresa de administração de cartões constituída em 2000, cujos sócios são o
Banco Sicoob e a empresa argentina Cabal Cooperativa de Provisión de Servícios Ltda.
61
1.3 COMPOSIÇÃO
DO SICOOB
SISTÊMICA vigência do material | 01/01/2023
BPO
PROCESSADORA
MOBILE
BANDEIRA CREDENCIADORA
Em 2014 o Banco Sicoob deu mais um importante passo para consolidar seu posicionamento
na indústria de meios eletrônicos de pagamentos, passando a atuar também no mercado
de adquirência, inicialmente para as bandeiras Cabal, Mastercard e Visa.
O Banco Sicoob assinou um acordo operacional com a filial local da FIRST DATA
CORPORATION, líder global em soluções de processamento de pagamentos e comércio
eletrônico, viabilizando, assim, sua estreia nesse importante segmento.
62
vigência do material | 01/01/2023
No âmbito da parceria estratégica com a First Data, coube ao Banco Sicoob habilitar-se,
junto às bandeiras de cartão, como adquirente, além de responder pela gestão de todo
o fluxo dos recursos financeiros e seu repasse aos estabelecimentos comerciais. A First
Data ficou responsável por fornecer a infraestrutura e a manutenção dos equipamentos, a
autorização e o processamento das transações e atendimento aos estabelecimentos.
63
1.3 COMPOSIÇÃO
DO SICOOB
SISTÊMICA vigência do material | 01/01/2023
CONTEXTO
NORMATIVO
Portaria nº 6.620, de 29 de julho de 2016.
Esta seguradora atende os ramos de VIDA e PREVIDÊNCIA, e os demais ramos são atendidos
por meio de contratos de distribuição com as melhores seguradoras do mercado brasileiro.
O objetivo desse empreendimento, a exemplo dos demais, é proporcionar aos associados
ainda mais segurança e tranquilidade por meio de produtos desenvolvidos sob medida.
CONTEXTO
NORMATIVO
Em conformidade com a Lei Complementar nº 109, pela
Portaria nº 394 do Ministério da Previdência Social.
44
44
Joint venture: a expressão traduzida do inglês quer dizer “união com risco”. Ela, de fato, refere-se a um tipo de associação em que duas entidades se
juntam para tirar proveito de alguma atividade, por um tempo limitado, sem que cada uma delas perca a identidade própria (IPEA, 2006), portanto,
pode-se entender como um acordo entre duas ou mais empresas que estabelece alianças estratégicas por um objetivo comercial comum por tempo
determinado.
64
vigência do material | 01/01/2023
65
www.sicoob.com.br
SIG, Quadra 06, Lote 2080, Sudoeste
Cep: 70712 900 Brasília-DF
+ 55 61 3217 5709