Conhecimentos Bancarios 00
Conhecimentos Bancarios 00
Conhecimentos Bancarios 00
Celso
Natale)
BNB (Analista Bancário 1)
Conhecimentos Bancários - 2024
(Pós-Edital)
Autor:
Celso Natale, Antonio Daud
28 de Janeiro de 2024
Celso Natale, Antonio Daud
Aula 00 (Prof. Celso Natale)
SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ............................................................................................................. 2
Questões Comentadas........................................................................................................................... 33
Lista de Questões.................................................................................................................................... 58
Gabarito.................................................................................................................................................... 71
A primeira delas, é que por ser um sistema, o SFN é composto de diversas partes que se
relacionam de forma organizada.
Para organizar essas partes, a nossa Constituição Federal determina que o SFN deve ser regulado
por leis complementares, espécie normativa cujo processo de aprovação é mais exigente do que
suas “irmãs” “leis ordinárias”. Isso já nos dá uma dimensão da importância.
▶ Normatizadores ou Reguladores
▶ Supervisores
▶ Operadores
No nível mais alto, estão os órgãos normativos, que determinam regras gerais para o bom
funcionamento do SFN. São os seguintes conselhos:
• Bancos
• Cooperativas
• Instituições de Pagamento
• Bolsa de Valores
• Bolsa de Mercadorias de Futuros
• Corretoras
• Distribuidoras
• Seguradoras
• Financeiras
• Administradoras de Consórcio
• Fundos de Pensão
Nossa missão em aulas futuras será aprofundar a atuação de cada uma dessas
instituições, enquanto nesta aula teremos uma visão prévia e, mais importante,
entenderemos onde elas se inserem no sistema.
Este primeiro esquema apenas define uma hierarquia e dá um rápido panorama de cada papel:
A partir daqui, detalharemos cada entidade dos dois níveis mais altos (reguladores e
supervisores) e apresentaremos os principais tipos de operadores, com base no conteúdo oficial
dos respectivos reguladores e supervisores.
Para compreender essa estrutura, podemos dizer que o SFN tem três órgãos normatizadores,
cada um deles responsável por um dos três ramos do SFN:
▶ Moeda, crédito, capitais e câmbio: O principal ramo do SFN lida diretamente com
quatro tipos de mercado, composto pelo conjunto de instituições e instrumentos que
possibilitam a transferência de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os
deficitários.
o mercado monetário: é o mercado que fornece à economia papel-moeda e moeda
escritural, aquela depositada em conta-corrente;
o mercado de crédito: é o mercado que fornece recursos para o consumo das
pessoas em geral e para o funcionamento das empresas;
o mercado de capitais: é o mercado que permite às empresas em geral captar
recursos de terceiros e, portanto, compartilhar os ganhos e os riscos;
o mercado de câmbio: é o mercado de compra e venda de moeda estrangeira.
▶ Seguros Privados: É o ramo do SFN para quem busca seguros privados, contratos de
capitalização e previdência complementar aberta.
o mercado de seguros privados: é o mercado que oferece serviços de proteção
contra riscos;
o previdência complementar aberta: é um tipo de plano para aposentadoria,
poupança ou pensão. Funciona à parte do regime geral de previdência e aceita a
participação do público em geral.
o contratos de capitalização: são os acordos em que o contratante deposita valores
podendo recebê-los de volta com juros e concorrer a prêmios.
▶ Previdência Fechada: Voltado para funcionários de empresas e organizações. O ramo
dos fundos de pensão trata de planos de aposentadoria, poupança ou pensão para
funcionários de empresas, servidores públicos e integrantes de associações ou entidades
de classe.
Antes mesmo de vermos o detalhamento de cada órgão normatizador (ou “normativo”, como
também pode aparecer na sua prova) veja como cada um deles se relaciona com os ramos do
SFN.
Responsável por
Responsável por Responsável por
normatizar os mercados
normatizar o mercado de normatizar o mercado de
de moeda, crédito,
Seguros Privados Previdência fechada
capitais e câmbio.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) – criado junto com o Banco Central, pela Lei nº 4.595,
de 31 de dezembro de 1964 – é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ele
formula a política monetária e de crédito, com o objetivo de garantir a estabilidade da moeda e
o desenvolvimento econômico e social do país. Portanto, cabe ao CMN normatizar os mercados
de moeda, crédito, capital e câmbio – nosso primeiro e principal ramo do SFN.
Ele o faz por meio de Resoluções, que são a espécie normativa utilizada.
A Secretaria-Executiva do CMN é exercida pelo Banco Central, e isso pode gerar uma confusão
aos desavisados, pois as Resoluções do CMN são publicadas pelo Banco Central, mas quem
normatiza é o CMN. Veja, no recorte abaixo, um exemplo de Resolução do CMN:
Viu só? O BCB apenas tornou público aquilo que o CMN resolveu.
Portanto, compete ao BCB organizar e assessorar as sessões deliberativas (preparar, dar suporte,
elaborar as atas e manter o arquivo histórico, entre outras funções de secretariado).
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito – a Comoc – que atua como
órgão de assessoramento técnico na formulação da política da moeda e do crédito do Brasil, e
é formada por membros do Ministério da Fazenda, BCB, CVM e Tesouro Nacional.
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é órgão responsável por fixar as diretrizes
e normas da política de seguros privados, sendo o regulador dos setores de seguros, resseguros,
previdência complementar aberta e capitalização.
Mais uma vez, começamos com uma breve apresentação em forma de esquema:
SUPERVISORES DO SFN
Vinculada ao Vinculada ao
Sem vínculo com Vinculada ao
Ministério da Ministério da
ministério Ministério da Fazenda
Fazenda Previdência Social
O Banco Central do Brasil (BCB1) é, do ponto de vista jurídico, uma autarquia federal que, ao
contrário das demais autarquias e dos supervisores que veremos adiante, não tem vinculação
com Ministério algum. Essa ausência de vinculação – e também de tutela ou subordinação
hierárquica – é uma novidade, decorrente da Lei Complementar nº 179/2021, que concedeu
autonomia para o BCB.
Assim como é para os bancos centrais no mundo todo, sua missão é garantir a estabilidade do
poder de compra da moeda (controlar a inflação), e por isso ele é chamado de autoridade
monetária, mas também tem por objetivos:
Nesta aula, ganha importância o papel de zelar pela estabilidade e eficiência do sistema
financeiro, embora estejam todos relacionados.
O BCB tem diversas atribuições, das quais se destacam entre outras, ser o:
Na verdade, seu papel vai muito além de supervisionar e fiscalizar, pois ele atua desde a
autorização para funcionamento até o procedimento de encerramento compulsório de uma
instituição financeira ou demais instituições sob sua autoridade.
1
Talvez você já conheça também o nome “Bacen”. Apesar de bastante difundido, ele não é adotado oficialmente:
você não verá um documento do BCB referindo-se a si como Bacen. Mas se aparecer na prova, sem problemas.
Para fechar, o BCB também opera o Selic, item do nosso edital do qual falaremos agora.
Talvez você já esteja relacionando Banco Central e Selic com inflação, pois isso é frequentemente
tema dos noticiários.
E isso também no dá um gancho para falar sobre outro tema do edital: o COPOM.
Aqui temos que falar de inflação, além de relacionar a taxa Selic ao IPCA.
Quando falamos em nível de preços, queremos nos referir ao preço de todos os bens e serviços
da economia, do corte de cabelo ao preço da gasolina.
Para medir a inflação, utilizamos um índice de preços, que consiste basicamente em escolher
diversos bens para servir de referência, formando uma cesta de bens. A partir daí, alguém
acompanha como estão evoluindo os preços dos bens nessa cesta, como uma forma de medir a
inflação.
No Brasil, temos diversos índices, mas o que devemos conhecer agora é o IPCA, apurado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):
E uma das principais formas de controlar a inflação é por meio da política monetária. Se a inflação
estiver muito alta, o Banco Central promove uma política monetária contracionista, diminuindo a
quantidade e moeda em circulação e elevando juros, uma combinação que tende a retrair a
demanda e diminuir os preços.
Afinal, com menos moeda em mãos, com crédito mais caro (juros altos), as pessoas tendem a
comprar menos e, comprando menos, há menor pressão para os preços subirem; com pouca
gente comprando, os vendedores não elevam os preços.
1. O Conselho Monetário Nacional (CMN) determina até junho a meta de inflação para três
anos-calendário à frente, mediante proposta do Ministro da Fazenda.
a. Essa meta possui um intervalo de tolerância.
b. Exemplo: a meta para 2021 foi determinada (em junho de 2018), em 3%, com
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
2. O Banco Central do Brasil define qual deve ser a taxa de juros para atingimento da meta:
a Selic Meta.
a. Portanto, o BCB busca que a taxa Selic seja igual à Selic Meta.
b. A cada 45 dias, diretores do BCB se reúnem no Copom (Comitê de Política
Monetária), e revisam a Selic Meta. Ou seja, reavaliam o cenário econômico para
concluir se a taxa de juros precisa ser ajustada para cumprir a meta de inflação. Por
isso, vemos com frequência notícias de que o BCB aumentou ou reduziu a meta da
taxa Selic.
c. Para atingir a Selic Meta, o Banco Central realiza operações compromissados no
Selic.
3. A meta de inflação é considerada cumprida quando a variação acumulada da inflação -
medida pelo IPCA, relativa ao período de janeiro a dezembro de cada ano calendário -
situar-se na faixa do seu respectivo intervalo de tolerância.
4. Caso a meta não seja cumprida, o Presidente do Banco Central do Brasil divulgará
publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro da
Fazenda.
Simplificando:
Perceba que a transparência é algo muito importante para que o Regime de Metas de Inflação
funcione, e está presente:
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o
objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no
Brasil, como uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda,
com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa
independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus
dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária.
Podemos resumir a missão da CVM como zelar pelo funcionamento eficiente e integridade
do mercado de capitais.
Em todo o território nacional, a Previc atua como entidade de fiscalização e supervisão das
atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas
para o regime de previdência complementar operado pelas referidas entidades (fundos de
pensão).
Ou seja, quando o BCB, por exemplo, aplica uma multa a um banco, este pode recorrer,
esgotado o recurso à própria autarquia, ao CRSFN.
Fazem isso determinando detalhes a serem observados pelos operadores e, é claro, garantindo
que esses detalhes sejam cumpridos. Em caso negativo, podem se valer de meios coercitivos,
como processos administrativos sancionadores.
O BCB, por exemplo, elabora suas próprias Resoluções (antes chamadas “Circulares”),
detalhando as Resoluções do CMN ou atuando de acordo com os poderes por estas concedidos.
O nome executor também é aplicado para se referir a algumas instituições especiais do SFN,
que atuam de forma diferente das demais, assumindo responsabilidades e papeis próprios:
Nos respectivos papéis, essas instituições também estabelecem regras e fiscalizam os demais
operadores do SFN ou os usuários das modalidades de crédito, além de eles mesmos operarem.
Executores do SFN
Instituições Financeiras Federais Oficiais
BB BNDES CEF
Banco Nacional de
Banco do Brasil Desenvolvimento Econômico e Caixa Econômica Federal
Social
BNB BASA
Banco do Nordeste Banco da Amazônia
Executor das políticas de desenvolvimento da Executor da política de desenvolvimento na
Região Nordeste. Região Amazônica.
Como você verá adiante, eles também são operadores “comuns” do sistema, ou seja, além de
desempenharem esses papeis especiais, também atuam de forma semelhantes aos demais
bancos comuns.
Também recebem o nome de Instituições Financeiras Oficiais Federais, pois todos eles,
incluindo Basa e BNB, são instituições sob controle do governo federal.
Os operadores do SFN são instituições que lidam diretamente com o público, ofertando
produtos e prestando serviços financeiros.
Ou seja, os bancos comerciais pegam dinheiros de poupadores, pagando juros para eles, e
empresta para tomadores, cobrando juros (maiores) deles.
É um dos poucos tipos de instituição financeira que pode captar depósitos à vista, que é o nome
dado, do ponto de vista do banco, para o dinheiro que você deposita em sua conta-corrente.
Sendo assim, as captações feitas constituem em passivos, porque o banco contrai uma obrigação
de pagar ao poupador determinada quantia em momento futuro, enquanto os empréstimos que
o banco concede são ativos, constituindo o direito de o banco receber determinado quantia no
futuro.
As caixas econômicas são empresas públicas que exercem atividades típicas de banco
comercial, com prioridade institucional para concessão de empréstimos e financiamentos de
programas e projetos de natureza social. Atualmente, a única instituição desse segmento em
atividade é a Caixa Econômica Federal (CEF), vinculada ao Ministério da Fazenda.
As cooperativas de crédito são instituição financeiras consideradas bancárias, pois, assim como
os bancos comerciais, podem captar depósitos à vista e, portanto, também têm a capacidade de
“criar moeda” por meio do mecanismo denominado multiplicador monetário.
Diferente do que ocorre com os bancos, os clientes da cooperativa são seus associados, que têm
acesso a produtos e serviços financeiros semelhantes aos ofertados pelos bancos, mas também
recebem os lucros em caso de resultado positivo, ou podem precisar arcar com eventuais
prejuízos.
Por fim, alguns desses sistemas possuem seus próprios bancos: o Bancoob e o Bansicredi são
exemplos. Esses bancos pertencem às cooperativas do respectivo sistema e servem para dar
acesso aos cooperados a serviços exclusivos de bancos. Eles são chamados bancos
cooperativos.
(METRO-DF/Economista)
As entidades operadoras do Sistema Financeiro Nacional classificam-se em instituições
autorizadas a captar depósitos à vista, chamadas de instituições financeiras bancárias, e
instituições não autorizadas a captar depósitos à vista, chamadas de instituições financeiras não
bancárias. Quanto a esse tema, é correto afirmar que uma instituição autorizada a captar
depósitos à vista é o (a)
a) Banco de Desenvolvimento.
b) Banco de Câmbio.
c) Banco de Investimento.
d) Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento.
e) Cooperativa de Crédito.
Comentários:
Apenas os bancos comerciais e as cooperativas de crédito, ou os bancos múltiplos com carteira
comercial, têm autorização para captar depósitos à vista.
Gabarito: “e”
Sociedades de arrendamento mercantil (SAM) também são mais conhecidas por outro nome:
empresas de Leasing. Elas realizam operações de “leasing” ou “arrendamento”, que são
basicamente aluguéis de bens móveis ou imóveis, onde o cliente tem a opção, ao final do
contrato, de adquirir o bem arrendado por um valor residual. Por não ser um financiamento, as
SAM não são consideradas, a rigor, instituições financeiras.
Ambas oferecem serviços como plataformas de investimento pela internet (home broker),
consultoria financeira, clubes de investimentos, financiamento para compra de ações (conta
margem) e administração e custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes.
Instituição de pagamento (IP), um dos mais novos tipos de instituições do SFN, é a pessoa
jurídica que viabiliza serviços de compra e venda e de movimentação de recursos, no âmbito de
um arranjo de pagamento, sem a possibilidade de conceder empréstimos e financiamentos a
seus clientes.
Graças à interoperabilidade, o usuário pode, ainda, receber e enviar dinheiro para bancos e
outras instituições de pagamento.
É importante destacar que os serviços de pagamento são prestados também por diversos tipos
de instituições financeiras, como bancos, financeiras e cooperativas de crédito.
Associações de poupança e empréstimo (APE) são instituições cujo objetivo é facilitar, aos seus
associados (depositantes), a aquisição da casa própria e captar, incentivar e disseminar a
poupança.
Uma bolsa de valores é um ambiente (físico ou digital) organizado para negociação de títulos e
valores mobiliários (ações, por exemplo). Os preços desses valores mobiliários, normalmente,
oscilam bastante, ou seja, seus valores variam muito ao longo do tempo.
Na prática, temos em nosso país uma única grande bolsa de valores: a B3.
Em regra, para participar de negociações na B3, é preciso contratar uma instituição (como
corretoras ou distribuidoras) para intermediar as ordens, exceto no caso de agentes autônomos,
que são investidores qualificados e certificados pela CVM e podem negociar diretamente.
Portanto, para nós, que não somos agentes autônomos (ou você é?), é preciso ter conta numa
corretora ou distribuidora caso desejemos negociar ações na B3, o que se dá, normalmente, por
intermédio de um home broker.
HOME BROKER
Na bolsa são negociadas ações entre investidores, e seu preço é definido conforme as forças de
oferta e demanda de cada papel.
Portanto, a bolsa é um mercado secundário. Isso significa que é um local onde você compra
ações de pessoas que as compraram antes, ou seja, não compra diretamente da empresa e
emitiu as ações. Ao comprar uma ação da Petrobras na bolsa, o vendedor é um investidor
(pessoa física ou jurídica), e não a própria Petrobras.
Uma bolsa de mercadorias e futuros, por outro lado, é um ambiente onde são negociados
commodities como ouro, petróleo, trigo, milho, soja, café, laranja etc. No Brasil, a B3 também
atua como bolsa de mercadorias e futuros, pois assumiu as atividades da BM&F.
Contudo, essa negociação normalmente não ocorre “à vista”, mas sim no chamado mercado
futuro. Assim, é possível comprar (ou vender) café para entrega em determinada data futura,
sendo o principal motivo para isso fixar o preço no presente e se proteger de oscilações no valor
da mercadoria. Ou seja, um vendedor de café pode fazer um contrato na B3 antes mesmo da
colheita, para garantir o preço do produto.
Há diversos outros tipos de instituições financeiras, as quais não detalharemos agora, mas que
podemos elencar:
▶ Agência de Fomento
▶ Companhia Hipotecária
▶ Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte
▶ Bolsa de Mercadorias e Futuros
▶ Seguradora
▶ Resseguradora
▶ Entidade Aberta de Previdência
▶ Sociedade de Capitalização
▶ Entidade Fechada de Previdência Complementar
2 MERCADO FINANCEIRO
Neste momento, precisamos definir o Mercado Financeiro. Para tanto, vamos desdobrar o
termo em seus dois componentes.
Por definição, Mercado é um local, abstrato ou não, onde ocorrem transações entre
compradores e vendedores. No caso do Mercado Financeiro, a referência é mesmo a um local
abstrato, que não existe fisicamente.
Financeiro, por outro lado, é aquilo relacionado a recursos que representam simbolicamente ou
indiretamente atividades econômicas do mercado real (mercado de bens e serviços): dinheiro,
crédito, títulos, ações, entre outros. Portanto:
Mercado
Mercado
Financeiro
•Local abstrato onde
ocorrem transações
envolvendo dinheiro,
crédito, títulos, ações
etc.
Financeiro
Talvez você esteja pensando, com razão, que a maioria das transações envolve dinheiro! Afinal,
é com ele que pagamos as coisas que compramos, né? Contudo, nesses casos, o dinheiro é
apenas um intermediário. O que você está trocando, na verdade, é seu trabalho pelos bens que
você consome.
Você aprendeu que o Sistema Financeiro Nacional é formado por três ramos principais:
E também aprendeu que cada um desses ramos tem seus próprios operadores, que são as
instituições que lidam diretamente com o público, ofertando produtos e prestando serviços
financeiros. Podemos ver os operadores como “vendedores” no Mercado Financeiro. Mas um
mercado só existe se houver consumidores.
Consumidores
Operadores
Moeda,
crédito,
capitais e
câmbio
Mercado Financeiro
De forma geral, podemos dizer que a principal atividade das instituições do Mercado Financeiro
é a intermediação financeira.
Se você tem dinheiro sobrando, mas não faz ideia do que fazer com ele, e eu tenho ideias
sobrando, mas nenhum dinheiro para colocá-las em prática, nós podemos chegar a um acordo
Nesse caso, você estaria poupando, pois deixou de gastar seu dinheiro, enquanto eu seria o
tomador. O negócio é bom para nós dois, pois você é remunerado e eu consigo colocar minha
ideia em prática.
Mas, em uma economia, existem muitos indivíduos superavitários, que possuem mais recursos
do que desejam gastar, e muitos (mais) indivíduos deficitários, que desejam mais recursos do
que possuem.
E ao contrário do acordo que eu e você fizemos, esses inúmeros indivíduos não têm como se
encontrarem com facilidade e definir os termos do negócio. Além disso, um poupador individual
acumularia um grande risco: se seu tomador não pagar, ele perde tudo.
Sabe aquele dinheiro que você (ou seu empregador) depositou na sua conta? Bom, a verdade é
que ele provavelmente não está lá, e já foi emprestado para alguém. Mas esse mecanismo é
assunto para outra aula...
Na maioria dos casos, os poupadores depositam seus dinheiros no banco em troca de uma
remuneração: os juros. Da mesma forma, os tomadores de empréstimos pagam juros ao banco.
E graças aos intermediários financeiros, dificilmente qualquer dinheiro fica parado em uma
economia de mercado: esses recursos circulam viabilizando projetos, investimentos ou mesmo
consumo.
Essa atividade de intermediação pode assumir diversas formas além da típica atividade bancária.
Tomadores e
Poupadores
Intermediários
Financeiros
Moeda,
crédito,
capitais e
câmbio
Mercado Financeiro
Portanto, agora estamos diante da necessidade de ter uma noção sobre o que é negociado em
cada um dos mercados do Mercado Financeiro, ou seja, seus desdobramentos.
O Mercado Financeiro pode ser dividido de acordo com as atividades nele desempenhadas. Em
outras palavras, as atividades financeiras de intermediação ocorrem de forma segmentada,
dividindo-se em 4 mercados.
O principal critério para essa classificação é o prazo de maturidade das operações que
ocorrem, que pode ir do curtíssimo até o longo prazo.
MATURIDADE
Começando pelo Mercado Monetário, que é onde ocorrem a oferta e a demanda de moeda
(meios de pagamento). No Brasil, quem oferta moeda é o Banco Central do Brasil e os bancos
comerciais, enquanto os demandantes são os mais diversos agentes econômicos, incluindo o
governo, as instituições financeiras, as empresas, eu e você.
Nesse mercado, ocorrem operações de curtíssimo e de curto prazo. Muitas dessas negociações
são liquidadas no mesmo dia em que ocorrem (D+0) ou no dia seguinte (D+1). Falaremos
bastante sobre isso em aula específica.
LIQUIDEZ
É a facilidade com que algo pode ser convertido em dinheiro. Quanto maior a
liquidez, maior essa capacidade.
O próprio papel-moeda, por exemplo, é o ativo mais líquido, enquanto o saldo
que você tem na poupança é um pouco menos líquido, e um imóvel tem liquidez
baixa.
O Mercado de Câmbio, por sua vez, é onde ocorrem transações envolvendo moedas
estrangeiras. Os participantes desse mercado são, principalmente, empresas que operam o
comércio exterior (importadores e exportadores) e investidores internacionais. Essas operações
são à vista ou de curto prazo.
Por fim, o Mercado de Capitais é onde são negociados os chamados títulos e valores
mobiliários. O termo “mobiliários” indica uma característica desses ativos, que é a variabilidade
de seus preços ao longo do tempo. O principal exemplo desses ativos são as ações de empresas,
mas eles assumem diversas formas, tendo por principal característica que as operações são,
geralmente, de médio e longo prazos – mas também podem ter prazo indefinido.
Mas por esta aula, concluímos. Ou melhor, ainda falta praticar com questões.
Responsável por
Responsável por Responsável por
normatizar os mercados
normatizar o mercado de normatizar o mercado de
de moeda, crédito,
Seguros Privados Previdência fechada
capitais e câmbio.
SUPERVISORES DO SFN
Vinculada ao Vinculada ao
Sem vínculo com Vinculada ao
Ministério da Ministério da
ministério Ministério da Fazenda
Fazenda Previdência Social
Ou seja, quando o BCB, por exemplo, aplica uma multa a um banco, este pode recorrer,
esgotado o recurso à própria autarquia, ao CRSFN.
Executores do SFN
Instituições Financeiras Federais Oficiais
BB BNDES CEF
Banco Nacional de
Banco do Brasil Desenvolvimento Econômico e Caixa Econômica Federal
Social
BNB BASA
Banco do Nordeste Banco da Amazônia
Executor das políticas de desenvolvimento da Executor da política de desenvolvimento na
Região Nordeste. Região Amazônica.
Mercado
Mercado
Financeiro
• Local abstrato onde
ocorrem transações
envolvendo
dinheiro, crédito,
títulos, ações etc.
Financeiro
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
Tomadores e
Poupadores
Intermediários
Financeiros
Moeda,
crédito,
capitais e
câmbio
Mercado Financeiro
MATURIDADE
A maturidade das operações está diretamente relacionada ao seu prazo. Diz-se
que têm longa maturidade operações de prazo longo, enquanto operações de
maturidade curta são aquelas que têm prazo curto.
LIQUIDEZ
É a facilidade com que algo pode ser convertido em dinheiro. Quanto maior a
liquidez, maior essa capacidade.
O próprio papel-moeda, por exemplo, é o ativo mais líquido, enquanto o saldo
que você tem na poupança é um pouco menos líquido, e um imóvel tem liquidez
baixa.
QUESTÕES COMENTADAS
1. (2018/CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/Técnico Bancário)
O SFN é composto por um conjunto de órgãos e instituições que regulamenta, supervisiona e
realiza operações necessárias à circulação de moeda e de crédito na economia.
São órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional:
a) Conselho Monetário Nacional; Conselho Nacional de Seguros Privados; Comitê de Política
Monetária (Copom)
b) Conselho Nacional de Seguros Privados; Banco Central do Brasil; Conselho Monetário
Nacional
c) Superintendência de Seguros Privados; Comitê de Política Monetária (Copom); Conselho
Federal de Valores Mobiliários
d) Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; Conselho Monetário Nacional
e) Conselho Nacional de Seguros Privados; Conselho Nacional de Previdência Complementar;
Conselho Monetário Nacional
Comentários:
Gabarito: “e”
2. (2010/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é constituído por todas as instituições financeiras públicas
ou privadas existentes no país e seu órgão normativo máximo é o(a)
a) Banco Central do Brasil.
b) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
c) Conselho Monetário Nacional.
d) Ministério da Fazenda.
e) Caixa Econômica Federal.
Comentários:
Apesar de discordar um pouco do enunciado, uma vez que o CNSP (Conselho Nacional de
Seguros Privados) e o CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar) são os órgãos
normativos máximos em suas competências e também compõem o SFN, certamente, entre as
alternativas, o CMN é o único órgão normativo, além de poder ser considerado o principal,
fazendo de “c” nossa melhor alternativa.
Gabarito: “c”
3. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)
O Sistema Financeiro Nacional, em todas as partes que o compõem, foi estruturado de forma a
promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade.
Em relação à sua composição, o Sistema Financeiro Nacional pode ser divido em
a) organizações governamentais, instituições públicas e instituições financeiras.
a) instituições financeiras, instituições filantrópicas e entidades operadoras.
a) órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores.
a) instituições públicas, organizações não governamentais e instituições privadas.
a) órgãos fiscalizadores, entidades supervisoras e organizações governamentais.
Comentários:
Gabarito: “c”
Comentários:
A questão ia muito bem, até mencionar as bolsas como entidades supervisoras, o que está
errado, já que são operadoras do sistema.
Gabarito: Errado
Comentários:
O Conselho Monetário Nacional (CMN) – criado junto com o Banco Central, pela Lei nº 4.595,
de 31 de dezembro de 1964 – é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ele
formula a política monetária e de crédito, com o objetivo de garantir a estabilidade da
moeda e o desenvolvimento econômico e social do país. Portanto, cabe ao CMN normatizar
os mercados de moeda, crédito, capital e câmbio – nosso primeiro e principal ramo do SFN.
Gabarito: Certo
Comentários:
Recorremos ao mesmo trecho, suficiente para ver que a responsabilidade vai além disso,
incluindo a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país:
O Conselho Monetário Nacional (CMN) – criado junto com o Banco Central, pela Lei nº
4.595, de 31 de dezembro de 1964 – é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional
(SFN). Ele formula a política monetária e de crédito, com o objetivo de garantir a
estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país. Portanto,
cabe ao CMN normatizar os mercados de moeda, crédito, capital e câmbio – nosso primeiro
e principal ramo do SFN.
Gabarito: Errado
Comentários:
Apesar da pegada mais histórica desta questão, sabemos que o responsável por formular a
política e moeda e do crédito é o CMN.
Gabarito: “b”
8. (2016/CEBRASPE-CESPE/FUNPRESP/Especialista - Investimentos)
Julgue o item a seguir, relativo ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e ao mercado de valores
mobiliários.
Os órgãos normativos asseguram que os integrantes do sistema financeiro sigam as regras
definidas pelos órgãos de crédito, de capitais e de câmbio, enquanto as entidades supervisoras
determinam regras para o bom funcionamento do SFN.
Comentários:
Os papéis estão trocados: cabe às entidades supervisoras que asseguram a observância das
regras determinadas pelos órgãos normativos.
Gabarito: Errado
9. (2018/FUNRIO/ALERR/Economista)
Considerando o sistema financeiro do Brasil, ele é composto pelos seguintes órgãos
normativos:
a) Conselho Monetário Nacional, Conselho Nacional de Seguros Privados e Conselho Nacional
de Previdência Complementar.
b) Conselho Nacional de Seguros Privados, Banco Central e Superintendência Nacional de
Previdência Complementar.
c) Conselho Nacional de Previdência Complementar, Conselho Monetário Nacional, Banco
Central e Comissão de Valores Mobiliários.
d) Conselho Monetário Nacional, Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central.
Comentários:
Relembrando que Banco Central, CMV e Previc são supervisores, e a presença deles nas demais
alternativas tornou-as incorretas. A Susep também, por sinal, mas ela não aparece na questão.
Gabarito: “a”
Comentários:
A resposta é “Banco Central (b)”, mas ainda mais importante é revisarmos as atribuições do BCB:
Gabarito: “b”
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
• banco dos bancos: é onde os bancos têm “conta”, e a quem podem recorrer se precisarem
de recursos.
• banqueiro do governo: mantém a chamada “Conta Única do Tesouro Nacional”, onde são
acolhidas todas as disponibilidades financeiras da União, além de ser gestor dos “Ativos
de Reserva” do Brasil (basicamente ouro, moeda estrangeira e outros recursos
internacionais).
• executor da política monetária: determina a quantidade de moeda em circulação, de
acordo com as determinações do CMN. B
• executor da política cambial: atua para controlar o preço das moedas estrangeiras,
também conforme determinar o CMN. E
• supervisor do sistema financeiro. C
Gabarito: “a”
Comentários:
Bem semelhante à questão anterior, porém mais maliciosa, já que o BCB é executor da política
monetária.
Gabarito: “a”
Comentários:
Gabarito: “c”
Comentários:
Mais uma vez, a resposta é “Banco Central (c)”, mas apenas porque não há alternativa com CVM,
Susep ou Previc, que também são supervisores do SFN.
Gabarito: “c”
16. (2009/PUC-PR/URBS/Economista)
A estrutura do Sistema Financeiro Nacional – SFN – é formada por Órgãos Normativos,
Entidades Supervisoras e Operadores. É CORRETO afirmar que as Entidades Supervisoras são
formadas pelas seguintes instituições:
a) Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados e
Superintendência Nacional de Previdência Complementar;
b) Conselho Monetário Nacional, Conselho Nacional de Seguros Privados e Conselho de
Gestão da Previdência Complementar.
c) Conselho Monetário Nacional, Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários.
Comentários:
Gabarito: “a”
Comentários:
a) Bolsa de Mercadorias e Futuros -> De fato, as bolsas são entidades operadoras de sistemas
financeiros. A B3, no caso brasileiro, é supervisionada pela CVM e normatizada pelo CMN.
Gabarito: “a”
Comentários:
Supervisores do SFN
BCB CVM SUSEP PREVIC
Superintendência
Comissão de Valores Superintendência de
Banco Central do Brasil Nacional de Previdência
Mobiliários Seguros Privados
Complementar
Gabarito: “c”
Comentários:
No nível mais alto, estão os órgãos normativos, que determinam regras gerais para o bom
funcionamento do SFN. São os seguintes conselhos:
Gabarito: “e”
Comentários:
A instância máxima de decisão do SFN é o CMN, e isso se aplica também aos demais ramos,
como seguros privados e previdência complementar.
Não confundir com instância máxima recursal, que é o CRSFN. De toda forma, não há essa
alternativa na questão.
Gabarito: “c”
Comentários:
Moeda, crédito, capital e câmbio: O principal ramo do SFN lida diretamente com quatro tipos
de mercado, composto pelo conjunto de instituições e instrumentos que possibilitam a
transferência de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os deficitários.
Gabarito: “a”
22. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
Como parte da missão de assegurar que o sistema financeiro seja sólido e eficiente, a
autorização para funcionamento de instituições financeiras controladas por capitais nacionais é
concedida
a) pelo Conselho Monetário Nacional.
b) pela Comissão de Valores Mobiliários.
c) pela Presidência da República.
d) pelo Banco Central do Brasil.
e) pelo Senado Federal.
Comentários:
Cabe ao Banco Central do Brasil (BCB) a objetivo de assegurar a eficiência e o solidez do sistema
financeiro.
Saber disso bastaria para acertar a questão, que também nos acrescenta sua competência para
autorizar o funcionamento de instituições financeiras controladas por capitais nacionais.
Gabarito: “d”
Comentários:
Para essa questão, vamos colocar o responsável por disciplinar cada matéria:
Gabarito: “c”
Comentários:
Controlar a oferta monetária significa executar a política monetária, papel que cabe ao Banco
Central do Brasil.
Gabarito: “b”
Comentários:
Gabarito: “a”
26. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
O gerenciamento do meio circulante para garantir, à população, o fornecimento adequado de
dinheiro em espécie é competência
a) da Casa da Moeda do Brasil.
b) do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
c) do Banco Central do Brasil.
d) da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
e) da Secretaria do Tesouro Nacional.
Comentários:
Gabarito: “c”
Comentários:
Como banqueiro do governo, o Banco Central mantém a chamada “Conta Única do Tesouro
Nacional”, onde são acolhidas todas as disponibilidades financeiras da União, além de ser gestor
dos “Ativos de Reserva” do Brasil (basicamente ouro, moeda estrangeira e outros recursos
internacionais).
Note que o enunciado está desatualizado, pois menciona “Ministério da Economia”, quando o
vínculo atual é com o Ministério da Fazenda. Mas isso não prejudica a resolução da questão.
Gabarito: “c”
Comentários:
O BCB tem diversas atribuições, das quais se destacam ser o banco dos bancos, o banqueiro do
governo, o executor da política monetária, o executor da política cambial, o supervisor do
sistema financeiro, entre outras.
Gabarito: “c”
Comentários:
III - Fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar. -> PREVIC
Gabarito: “c”
Comentários:
Como banco dos bancos, cabe ao BCB prover liquidez ao sistema financeiro, o que significa
garantir que a impossibilidade pontual de um banco comercial em honrar suas obrigações não
se torne uma crise de liquidez ou contamine o sistema.
Gabarito: “d”
31. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
No âmbito do Sistema Financeiro Nacional, a atribuição da coordenação da Dívida Pública
Federal externa e interna é
a) do Banco Central do Brasil.
b) do Ministério da Fazenda.
c) da Secretaria do Tesouro Nacional.
d) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
e) do Conselho Monetário Nacional.
Comentários:
Gabarito: “e”
32. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é um órgão colegiado, integrante da
estrutura do Ministério da Fazenda, e que tem por finalidade julgar os recursos contra as
sanções aplicadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, nos
processos de lavagem de dinheiro, as sanções aplicadas pelo Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (COAF) e demais autoridades competentes em
a) casos de interesse exclusivo de investidores estrangeiros.
b) processos de segunda instância judicial.
c) situações de litígio entre instituições financeiras estatais.
d) segundo grau e última instância administrativa.
e) arbitragens decorrentes da utilização de instrumentos financeiros derivativos.
Comentários:
Ou seja, quando o BCB, por exemplo, aplica uma multa a um banco, este pode recorrer,
esgotado o recurso à própria autarquia, ao CRSFN.
Gabarito: “d”
Comentários:
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o
objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no
Brasil, como uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda,
com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa
independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus
dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária.
Podemos resumir a missão da CVM como zelar pelo funcionamento eficiente e integridade do
mercado de capitais.
Gabarito: “b”
Comentários:
Gabarito: “a”
Comentários:
Muito parecida com a questão anterior, inclusive com o mesmo gabarito (letra “a”). Mas nos
permite exercitar mais um pouco, identificando a qual sistema as entidades pertencem, além de
nos cientificarmos da reincidência deste tipo de questão.
Normativo e intermediação.
Normativo e Intermediação.
Normativo e Intermediação.
Intermediação e Normativo.
Gabarito: “a”
Comentários:
Conselho da República e Receita Federal não integram o SFN, deixando-nos apenas com a
alternativa “e” válida.
Gabarito: “e”
Comentários:
A Receita Federal não faz parte do SFN, algo que acredito que esteja claro a essa altura.
os órgãos, existentes ou não, que NÃO fazem parte do SFN. O fato de não serem mencionados
devem bastar.
Em “b”, temos as instituições financeiras públicas, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica
Federal. Seguramente, fazem parte do SFN, como operadores e executores de políticas do
governo, tornando a letra “b” nosso gabarito.
Mas a letra “c” merece comentários, pois atualmente também está correta.
Também na época da questão, o BCB emitia Circulares em vez de Resoluções. Mas desde 2020
isso também mudou, e as Resoluções do Banco Central substituíram as Circulares.
Sendo assim, de forma surpreendente, o tempo tornou a letra “c” correta. Em uma prova, para
não depender de anulação da questão, eu ainda marcaria a letra “b”, pois ela é mais direta.
Gabarito: “c”
b) I – Q , II – S , III – R
c) I – R , II – P , III – Q
d) I – R , II – S , III – Q
e) I – S , II – R , III – Q
Comentários:
O CMN regula as instituições financeiras, inclusive as públicas federais (II-P). Ficamos com o
gabarito sendo “c”.
Por fim, quem regula as condições de concorrência, inclusive entre instituições financeiras, é o
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Gabarito: “c”
Comentários:
A Bolsa de Valores de São Paulo, posteriormente transformada em B3 por meio de fusões, não
integra o subsistema normativo, sendo na verdade operadora do SFN.
Gabarito: “c”
Comentários:
Gabarito: “e”
Comentários:
Essa, apesar de ser aquela velha fórmula de questão do tipo “fazem parte do SFN”, é um pouco
mais complexa e interessante. Vejamos as alternativas.
a) Estão classificados como órgãos normativos: a Bolsa de Valores e o Banco Central do Brasil.
Nenhum dos dois é órgão normativo. O BCB integra o subsistema normativo como supervisor
do SFN, quanto a Bolsa é operador.
d) O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem como função executar a estratégia estabelecida
pelo Banco Central para manter a inflação baixa.
Quem faz isso é o BCB, algo que vemos em outra parte do curso.
Gabarito: “b”
Comentários:
Entre aqueles elencados nas alternativas, apenas o CMN (letra “c”) tem essa função.
Os demais são operadores (BNDES, banco comercial e bolsa de valores) ou supervisor (SUSEP).
Gabarito: “c”
43. (2003/FCC/CVM/Analista)
O Sistema Financeiro Nacional é composto por um conjunto de instituições que
a) controlam o Produto Interno Bruto do setor financeiro.
Comentários:
Controlar o PIB do setor financeiro? Não podemos afirmar algo assim, embora essas instituições
certamente tenham papel importante na determinação de sua própria produção, “controlar” é
um termo inadequado.
Embora fuja ao escopo desta aula, o que determina o saldo do Balanço de Pagamentos é o fluxo
de bens (exportações e importações) e de capitais (investimentos) entre um país e o resto do
mundo.
Isso cabe a uma única instituição do SFN: o Conselho Monetário Nacional. Por isso, não podemos
generalizar para o conjunto de instituições.
Mais uma fora do escopo desta aula, mas isso cabe à Secretaria do Tesouro Nacional.
Gabarito: “b”
LISTA DE QUESTÕES
1. (2018/CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/Técnico Bancário)
O SFN é composto por um conjunto de órgãos e instituições que regulamenta, supervisiona e
realiza operações necessárias à circulação de moeda e de crédito na economia.
São órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional:
a) Conselho Monetário Nacional; Conselho Nacional de Seguros Privados; Comitê de Política
Monetária (Copom)
b) Conselho Nacional de Seguros Privados; Banco Central do Brasil; Conselho Monetário
Nacional
c) Superintendência de Seguros Privados; Comitê de Política Monetária (Copom); Conselho
Federal de Valores Mobiliários
d) Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; Conselho Monetário Nacional
e) Conselho Nacional de Seguros Privados; Conselho Nacional de Previdência Complementar;
Conselho Monetário Nacional
2. (2010/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é constituído por todas as instituições financeiras públicas
ou privadas existentes no país e seu órgão normativo máximo é o(a)
a) Banco Central do Brasil.
b) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
c) Conselho Monetário Nacional.
d) Ministério da Fazenda.
e) Caixa Econômica Federal.
3. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)
O Sistema Financeiro Nacional, em todas as partes que o compõem, foi estruturado de forma a
promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade.
Em relação à sua composição, o Sistema Financeiro Nacional pode ser divido em
a) organizações governamentais, instituições públicas e instituições financeiras.
a) instituições financeiras, instituições filantrópicas e entidades operadoras.
a) órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores.
a) instituições públicas, organizações não governamentais e instituições privadas.
a) órgãos fiscalizadores, entidades supervisoras e organizações governamentais.
8. (2016/CEBRASPE-CESPE/FUNPRESP/Especialista - Investimentos)
Julgue o item a seguir, relativo ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e ao mercado de valores
mobiliários.
Os órgãos normativos asseguram que os integrantes do sistema financeiro sigam as regras
definidas pelos órgãos de crédito, de capitais e de câmbio, enquanto as entidades supervisoras
determinam regras para o bom funcionamento do SFN.
9. (2018/FUNRIO/ALERR/Economista)
Considerando o sistema financeiro do Brasil, ele é composto pelos seguintes órgãos
normativos:
a) Conselho Monetário Nacional, Conselho Nacional de Seguros Privados e Conselho Nacional
de Previdência Complementar.
b) Conselho Nacional de Seguros Privados, Banco Central e Superintendência Nacional de
Previdência Complementar.
c) Conselho Nacional de Previdência Complementar, Conselho Monetário Nacional, Banco
Central e Comissão de Valores Mobiliários.
d) Conselho Monetário Nacional, Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central.
16. (2009/PUC-PR/URBS/Economista)
A estrutura do Sistema Financeiro Nacional – SFN – é formada por Órgãos Normativos,
Entidades Supervisoras e Operadores. É CORRETO afirmar que as Entidades Supervisoras são
formadas pelas seguintes instituições:
a) Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados e
Superintendência Nacional de Previdência Complementar;
b) Conselho Monetário Nacional, Conselho Nacional de Seguros Privados e Conselho de
Gestão da Previdência Complementar.
c) Conselho Monetário Nacional, Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários.
d) Conselho de Gestão da Previdência Complementar, Banco Central e Comissão de Valores
Mobiliários.
e) Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados e
Operadores.
==2537cb==
22. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
Como parte da missão de assegurar que o sistema financeiro seja sólido e eficiente, a
autorização para funcionamento de instituições financeiras controladas por capitais nacionais é
concedida
a) pelo Conselho Monetário Nacional.
b) pela Comissão de Valores Mobiliários.
c) pela Presidência da República.
d) pelo Banco Central do Brasil.
e) pelo Senado Federal.
26. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
O gerenciamento do meio circulante para garantir, à população, o fornecimento adequado de
dinheiro em espécie é competência
a) da Casa da Moeda do Brasil.
b) do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
c) do Banco Central do Brasil.
d) da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
e) da Secretaria do Tesouro Nacional.
31. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
No âmbito do Sistema Financeiro Nacional, a atribuição da coordenação da Dívida Pública
Federal externa e interna é
a) do Banco Central do Brasil.
b) do Ministério da Fazenda.
c) da Secretaria do Tesouro Nacional.
d) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
e) do Conselho Monetário Nacional.
32. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é um órgão colegiado, integrante da
estrutura do Ministério da Fazenda, e que tem por finalidade julgar os recursos contra as
sanções aplicadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, nos
processos de lavagem de dinheiro, as sanções aplicadas pelo Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (COAF) e demais autoridades competentes em
a) casos de interesse exclusivo de investidores estrangeiros.
b) processos de segunda instância judicial.
c) situações de litígio entre instituições financeiras estatais.
d) segundo grau e última instância administrativa.
e) arbitragens decorrentes da utilização de instrumentos financeiros derivativos.
43. (2003/FCC/CVM/Analista)
O Sistema Financeiro Nacional é composto por um conjunto de instituições que
a) controlam o Produto Interno Bruto do setor financeiro.
b) permitem o fluxo de recursos entre poupadores e tomadores.
c) determinam o saldo do Balanço de Pagamentos.
d) definem a Política Monetária, Cambial e de Crédito.
e) administram os títulos da dívida interna.
GABARITO
1. E 13. A 25. A 37. C
2. C 14. C 26. C 38. C
3. C 15. C 27. C 39. C
4. E 16. A 28. C 40. E
5. C 17. A 29. C 41. B
6. E 18. C 30. D 42. C
7. B 19. E 31. E 43. B
8. E 20. C 32. D
9. A 21. A 33. B
10. B 22. D 34. A
11. C 23. C 35. A
12. A 24. B 36. E