Aula 1-22Fev22-Funções Vectoriais de Variável Real

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Análise Matemática II

Cálculo Diferencial e Integral II


Aula 1

2021/2022

Ana Cristina Barroso, Ana Rute Domingos Análise Matemática II, Cálculo Diferencial e Integral II Aula 1
Apresentação - Corpo Docente

Ana Cristina Barroso [email protected]


Regente da AM II, aulas T e TP
Ana Rute Domingos [email protected]
Regente do CDI II, aulas T e TP
Susana Santos [email protected]
aulas TP
Luı́s Sanchez [email protected]
Versão Avançada - AM II

AM II - Avançada
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Página das Disciplinas

Análise Matemática II /Cálculo Diferencial e Integral II


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Apresentação - Aulas e Atendimento

O uso de máscara é obrigatório. (FCUL)

Aulas: Teóricas e Teórico-Práticas


Aulas T: 38
Aulas TP: 13 (feriados serão compensados com aulas extra)
Atendimentos (a partir de 2 de Março)
Presenciais e por videoconferência
(Consultar os horários e links na página moodle)
Dúvidas || Discussão de ideias

Ficha de aluno Submeter no moodle com foto


(apenas para quem não submeteu, com foto, no 1.o semestre,
seguir as instruções dadas)

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Avaliação (Prevista)

Há duas épocas de exames, presenciais, com provas escritas e sem


consulta (pode haver uma prova adicional - escrita ou oral). A
avaliação pode ser realizada através de duas modalidades.

1 E - realização de um exame final escrito na 1.a / 2.a época


2 T - realização de dois testes parciais escritos T1 e T2
T1: para 11 valores no dia 7 de Maio
T2: para 9 valores no dia 7 de Junho - 1.a época

A modalidade T é uma alternativa ao exame da 1a época.


(modalidade aconselhada)

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Avaliação

• Qualquer aluno poderá ser chamado a prestar uma prova


adicional (escrita e/ou oral).
• Qualquer nota (E) ou (T) ≥ 17, 5 será aferida por uma prova
suplementar (escrita e/ou oral).

A Classificação Final (F) será


a nota obtida na Avaliação (E)
ou
a nota obtida na Avaliação (T) (soma das notas dos testes
T1 e T2)
eventualmente aferida por uma prova adicional.

Mais detalhes no moodle

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Como os cientistas vêem o mundo

“A linguagem da natureza é a linguagem das equações diferenciais”,


I. Newton

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Programa AM I/CDI I → AM II/ CDI II

f :D⊂R→R

1 Funções Vectoriais de uma Variável

f : D ⊂ R → Rn

2 Cálculo Diferencial em Rn

f : D ⊂ Rn → Rm

3 Cálculo Integral em Rn
Z
f : D ⊂ Rn → R

4 Análise Vectorial
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Bibliografia Base

Apontamentos Teóricos (ACB, ARD)


Análise Matemática / Cálculo (Várias variáveis)
Salas, Hille, Etgen, Calculus, One and Several
Variables, John Wiley and Sons
Stewart, J., Calculus, Brooks/Cole
Sanchez, L., Análise em Rn : Métodos do Cálculo
Diferencial (vol. I) e Integração e Análise Vectorial
(vol. II), (digitalização disponı́vel no moodle)
Sarrico, C., Cálculo Diferencial e Integral para
Funções de Várias Variáveis, Esfera do Caos, 2009.

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Tópicos/Pré-requisitos: Limites, Derivadas, Integrais, Álgebra Linear e...

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Pré-requisito Um bom despertador!

3aF, 4aF, 6aF às 8h, no 3.2.14

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Capı́tulo 1
Funções vectoriais de uma variável
Curvas no plano e no espaço

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Funções Vectoriais de uma Variável

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Funções Vectoriais de uma Variável

Função vectorial de variável real

r : D ⊆ R → Rn (n > 1)
t 7→ (r1 (t), r2 (t), . . . , rn (t))

funções componentes ri : D → R
t 7→ ri (t), i = 1, . . . , n

O domı́nio natural da função r é a intersecção dos domı́nios


naturais das funções ri .

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Funções Vectoriais de uma Variável
 t  
2 1
Exemplo. r (t) = arcsin , log(t ), √
2 1−t
as funções componentes de r são
t 
r1 (t) = arcsin , t ∈ [−2, 2]
2
r2 (t) = log(t 2 ), t ∈ R \ {0}
1
r3 (t) = √ , t ∈ ] − ∞, 1[
1−t

O domı́nio natural de r é [−2, 0[ ∪ ]0, 1[.

Para estas funções limites, derivadas e integrais calculam-se


componente a componente.

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Funções Vectoriais de uma Variável
 t  
2 1
Exemplo. r (t) = arcsin , log(t ), √
2 1−t
as funções componentes de r são
t 
r1 (t) = arcsin , t ∈ [−2, 2]
2
r2 (t) = log(t 2 ), t ∈ R \ {0}
1
r3 (t) = √ , t ∈ ] − ∞, 1[
1−t

O domı́nio natural de r é [−2, 0[ ∪ ]0, 1[.

Para estas funções limites, derivadas e integrais calculam-se


componente a componente.

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Cálculo de um Limite

sin(2t 3 ) e t − 1 − t
   
1
r (t) = arctan 2 , , , calcular lim r (t).
t 7t 2 3t 2 t→0
Como
 
1 π
lim arctan 2 =
t→0 t 2
sin(2t )3 2t 3
lim = lim =0
t→0 7t 2 t→0 7t 2
et − 1 − t et − 1 1
lim 2
= lim =
t→0 3t t→0 6t 6
obtemos  
π 1
lim r (t) = , 0, .
t→0 2 6

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Cálculo de uma Derivada

2
r (t) = (5t e t , log(sin2 t + 1)), com t ∈ R. Então

 
0 t2 t 2 2 sin t cos t
r (t) = 5e + 5t × 2t e ,
sin2 t + 1
 
2 t2 sin(2t)
= (5 + 10t )e , 2 .
sin t + 1

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Cálculo de um Integral

 
t t t
r (t) = √ , e cos(e − 1) , com t ∈ R. Então
t2 + 1
Z 1 Z 1 Z 1 
t t t
r (t) dt = √ dt, e cos(e − 1) dt
0 0 t2 + 1 0
 Z 1 Z 1 
1 1
= 2t(t 2 + 1)− 2 dt, e t cos(e t − 1) dt
2
hp0 i1 h
0
i1 
2 t
= t + 1 , sin(e − 1)
0 0
√ 
= 2 − 1, sin(e − 1) .

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Curvas

Circunferência de centro em (0, 0) e raio 1


C := {(x, y ) ∈ R2 : x 2 + y 2 = 1}

C = {(cos t, sin t) : t ∈ [0, 2π[} parametrização de C


r (t) = (cos t, sin t), t ∈ [0, 2π[ é uma linha parametrizada

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Linha parametrizada - Curva

Definição 1.14
Seja I um intervalo não degenerado de R.
Uma linha parametrizada ou trajectória parametrizada é
qualquer função vectorial contı́nua γ : I ⊆ R → Rn .
Chamamos curva ou traço da linha γ à imagem de I por γ,
γ(I ) (também se usa traçado e órbita).

Exemplo. γ : R → R3 , γ(t) = (t, t 2 , t 3 ) é uma linha parametrizada


e γ(R) uma curva.

A linha (parametrizada) é a função γ: objecto analı́tico


a curva é a imagem γ(I ): objecto geométrico.

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Linha parametrizada - Curva

Definição 1.14
Seja I um intervalo não degenerado de R.
Um caminho é uma linha parametrizada, com I = [a, b],
intervalo compacto.
Neste caso γ(a) e γ(b) dizem-se as extremidades do caminho,
sendo γ(a) o ponto inicial e γ(b) o ponto final do caminho.
Se γ(a) = γ(b) o caminho diz-se fechado.
Chamamos arco ou porção da curva γ(I ) de extremos γ(α) e
γ(β), com α, β ∈ I e α < β, à curva γ([α, β]).

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Exemplos

Exemplos.
1) γ : [0, 1] → R2 , γ(t) = (cos(2πt), sin(2πt)) é um caminho.
γ(0) = (cos 0, sin 0) = (1, 0) é o ponto inicial,
γ(1) = (cos(2π), sin(2π)) = (1, 0) é o ponto final.
Como γ(0) = γ(1) o caminho é fechado.

2) γ : [0, 1] → R3 , γ(t) = (cos(2πt), sin(2πt), t) é um caminho,


será um caminho fechado?

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Exemplos

Exemplos.
1) γ : [0, 1] → R2 , γ(t) = (cos(2πt), sin(2πt)) é um caminho.
γ(0) = (cos 0, sin 0) = (1, 0) é o ponto inicial,
γ(1) = (cos(2π), sin(2π)) = (1, 0) é o ponto final.
Como γ(0) = γ(1) o caminho é fechado.

2) γ : [0, 1] → R3 , γ(t) = (cos(2πt), sin(2πt), t) é um caminho,


será um caminho fechado?

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Caminhos e Curvas Simples
Definição 1.15
Seja γ : [a, b] → Rn um caminho. Dizemos que γ é simples se
1 γ(t) 6= γ(s), sempre que s, t ∈ [a, b] e s 6= t, ou
2 γ(t) 6= γ(s) sempre s, t ∈ [a, b[, com s 6= t, mas γ(a) = γ(b).
Uma curva C , traço de uma linha γ, diz-se uma curva simples se
não se intersectar. No caso de C ser o traço de um caminho, a
curva diz-se simples se não se intersectar excepto possivelmente
nos seus extremos.

fechada e não simples fechada e simples simples não simples


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Curvas Planas

Estamos interessados nos casos em que

n = 2 (curvas no plano) e n = 3 (curvas no espaço).

Chamamos curva plana a uma curva que seja traço de uma linha
parametrizada γ : I → R3 que esteja contida num plano de R3 .
Sendo γ(t) = (5 cos t, 5 sin t, 1), t ∈ [0, 2π], γ([0, 2π]) é uma curva
plana pois está contida no plano z = 1.

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Equações Paramétricas de uma Linha
γ : I ⊆ R → Rn , t 7→ γ(t), com γ(t) = (γ1 (t), . . . , γn (t))

 x1 = γ1 (t)

 x2 = γ2 (t)

..


 .
xn = γn (t), t ∈ I

equações paramétricas da linha

À variável independente t chamamos parâmetro.


Circunferência de centro em (0, 0) e raio 1

C := {(x, y ) ∈ R2 : x 2 + y 2 = 1}

x = cos t
y = sin t, t ∈ [0, 2π[
é um sistema de equações paramétricas de C .
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Equações Paramétricas de uma Linha
γ : I ⊆ R → Rn , t 7→ γ(t), com γ(t) = (γ1 (t), . . . , γn (t))

 x1 = γ1 (t)

 x2 = γ2 (t)

..


 .
xn = γn (t), t ∈ I

equações paramétricas da linha

À variável independente t chamamos parâmetro.


Circunferência de centro em (0, 0) e raio 1

C := {(x, y ) ∈ R2 : x 2 + y 2 = 1}

x = cos t
y = sin t, t ∈ [0, 2π[
é um sistema de equações paramétricas de C .
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Limite de uma Função de Variável Real
Recordemos que se f : D ⊂ R → R, t0 ∈ D 0 , dizemos que
lim f (t) = ` ∈ R
t→t0

se, e só se,


∀δ > 0 ∃ ε > 0 : 0 < |t − t0 | < ε ⇒ |f (t) − `| < δ.
Em R medimos as distâncias com o módulo.
Para r : D ⊂ R → Rn , t0 ∈ D 0 , tem-se
lim r (t) = L ∈ Rn
t→t0

se, e só se,


∀δ > 0 ∃ ε > 0 : 0 < |t − t0 | < ε ⇒ kr (t) − Lk < δ.
Em Rn medimos as distâncias com uma norma.
q
k(x1 , . . . , xn )k = x12 + . . . + xn2 .

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Limite de uma Função de Variável Real
Recordemos que se f : D ⊂ R → R, t0 ∈ D 0 , dizemos que
lim f (t) = ` ∈ R
t→t0

se, e só se,


∀δ > 0 ∃ ε > 0 : 0 < |t − t0 | < ε ⇒ |f (t) − `| < δ.
Em R medimos as distâncias com o módulo.
Para r : D ⊂ R → Rn , t0 ∈ D 0 , tem-se
lim r (t) = L ∈ Rn
t→t0

se, e só se,


∀δ > 0 ∃ ε > 0 : 0 < |t − t0 | < ε ⇒ kr (t) − Lk < δ.
Em Rn medimos as distâncias com uma norma.
q
k(x1 , . . . , xn )k = x12 + . . . + xn2 .

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Limite de uma Função Vectorial de Variável Real

Definição 1.1
Sejam r : D ⊆ R → Rn , t0 ∈ D 0 e L ∈ Rn . Dizemos que o limite
de r , quando t converge para t0 , é L ∈ Rn , e escrevemos
lim r (t) = L se, e só se, lim kr (t) − Lk = 0, ou seja, se, e só se,
t→t0 t→t0

∀δ > 0 ∃ ε > 0 : 0 < |t − t0 | < ε ⇒ kr (t) − Lk < δ.

Proposição 1.2
Se lim r (t) = L, então lim kr (t)k = kLk.
t→t0 t→t0

O recı́proco é falso: r (t) = r0 6= 0, L = −r0 .

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Limite de uma Função Vectorial de Variável Real

Definição 1.1
Sejam r : D ⊆ R → Rn , t0 ∈ D 0 e L ∈ Rn . Dizemos que o limite
de r , quando t converge para t0 , é L ∈ Rn , e escrevemos
lim r (t) = L se, e só se, lim kr (t) − Lk = 0, ou seja, se, e só se,
t→t0 t→t0

∀δ > 0 ∃ ε > 0 : 0 < |t − t0 | < ε ⇒ kr (t) − Lk < δ.

Proposição 1.2
Se lim r (t) = L, então lim kr (t)k = kLk.
t→t0 t→t0

O recı́proco é falso: r (t) = r0 6= 0, L = −r0 .

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Limite de uma Função Vectorial de Variável Real

Teorema 1.3
Sejam r : D ⊆ R → Rn , t0 ∈ D 0 e L = (L1 , . . . , Ln ) ∈ Rn . Então

lim r (t) = L ⇔ lim ri (t) = Li , ∀i = 1, . . . , n.


t→t0 t→t0

Válido também no caso em que t0 = ±∞, se t0 ∈ D 0 (em R).


Os limites das funções vectoriais calculam-se componente a
componente, reduzindo-se ao cálculo de n limites de funções reais.

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Propriedades Algébricas dos Limites

Teorema 1.4
Sejam u, v : D ⊆ R → Rn , f : D → R e t0 ∈ D 0 . Suponhamos que
existem os limites lim u(t), lim v (t) em Rn , e lim f (t) em R.
t→t0 t→t0 t→t0
Então tem-se:
i) lim (u(t) + v (t)) = lim u(t) + lim v (t);
t→t0 t→t0 t→t0
ii) lim (cu(t)) = c lim u(t), ∀c ∈ R;
t→t0 t→t0
iii) lim f (t)u(t) = lim f (t) lim u(t);
t→t0 t→t0 t→t0
iv) lim u(t) · v (t) = lim u(t) · lim v (t), onde · representa um
t→t0 t→t0 t→t0
produto interno em Rn .

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Exemplo

e t−2 − 1 t 2 − 4
   
cos(πt)
Sejam u(t) = , e v (t) = t − 4, .
sin(t − 2) t − 2 2t
Calcular lim u(t) · v (t).
t→2
Tem-se
e t−2 − 1 t 2 − 4
   
t −2
lim u(t) = lim , = lim , t + 2 = (1, 4)
t→2 t→2 sin(t − 2) t − 2 t→2 t − 2
   
cos(πt) 1
lim v (t) = lim t − 4, = −2,
t→2 t→2 2t 4

logo
 
1
lim u(t) · v (t) = (1, 4) · −2, = −2 + 1 = −1.
t→2 4

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