Lista 1
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LISTA DE EXERCÍCIOS 1
Esta lista trata dos conceitos de cinemática 1D, cinemática 2D, leis de Newton e aplicações.
Tais temas são abordados nos capı́tulos 2, 3, 4 e 5 do livro-texto:
Limites e Derivadas
1. Este exercı́cio pretende ser um guia para que você consiga deduzir algumas derivadas
importantes para nosso curso. Como preparação, vamos primeiro considerar uma
derivada bem simples, como a derivada de t2 . Começamos escrevendo a definição
da derivada:
df f (t + ∆t) − f (t)
= lim
dt ∆t→0 ∆t
e aplicamos esta definição a função f (t) = t2 . Desta maneira:
df (t + ∆t)2 − t2
= lim
dt ∆t→0 ∆t
A partir deste ponto, procedemos fazendo a álgebra convencional:
2t∆t + ∆t2
lim = lim (2t + ∆t)
∆t→0 ∆t ∆t→0
Agora, basta obedecer o comando da operação limite, que nos diz que ∆t deve ir a 0,
de maneira que 2t + ∆t = 2t. Desta maneira:
df
= 2t
dt
(a) Para checar seu entendimento calcule, a partir da definição, a derivada da função
t + t3 . Um problema mais interessante é calcular a derivada de cos ωt. No entanto,
precisamos fazer um problema preliminar:
(b) Use uma calculadora e calcule sin θ e cos θ para ângulos pequenos (da ordem de 5◦ ,
mas você precisa usar ângulos em radianos). Estime θ para o qual a diferença entre
sin θ e θ (em radianos) é da ordem de no máximo 1%. Estime ainda θ para o qual a
diferença entre cos θ e 1 é também da ordem de 1%. Desta maneira, você descobre o
seguinte: para pequenos ângulos:
(
sin θ ≈θ
cos θ ≈1
Nosso objetivo é calcular a derivada de cos ωt. Mas antes observe como calcular a
derivada de sin ωt. Como sempre, partimos da definição:
sin ω(t + ∆t) − sin ωt sin ωt cos ω∆t + cos ωt sin ω∆t − sin ωt
lim = lim
∆t→0 ∆t ∆t→0 ∆t
Usamos que ∆t deve ir para 0, ou seja, que ∆t é bastante pequeno, e implementamos
as aproximações sin ω∆t ≈ ω∆t e cos ω∆t ≈ 1, desta maneira:
d
cos ωt = −ω sin ωt
dt
(d) Como desafio, parta da definição e mostre que se h(t) = f (t) + g(t), então:
Cinemática 1D
40
(a) Calcule a aceleração instantânea
para t = 3 s, t = 7 s e t = 11 s. 30
v (m/s)
Vetores e cinemática 2D
7. Duas partı́culas estão restritas a mover-se no plano xy. O movimento destas partı́culas
é descrita pela funções posição x1 (t) = t2 + t + 1, x2 (t) = 2t2 − 2t + 3, y1 (t) = t + 3 e
y2 (t) = 2t + 2, onde a posição é medida em metros e o tempo t em segundos. Considere
a direção î na horizontal e ĵ na vertical.
(a) Determine os vetores posição ~r1 (t) e ~r2 (t) de cada partı́cula e o vetor posição
relativa ~r12 (t).
(b) Para t = 0, faça um esquema no plano cartesiano dos vetores posição ~r1 e ~r2 e do
vetor posição relativa ~r12 . Determine a distância entre as partı́culas.
(c) Determine o(s) tempo(s) t para o(s) qual(is) as duas partı́culas colidem.
(d) Determine a velocidade relativa, ~v12 , no(s) instante(s) no(s) qual(is) as partı́culas
colidem.
8. Um atleta dá um salto em distância, fazendo um ângulo inicial de 20◦ com o solo com
uma velocidade de 11 m/s.
9. Uma bola, sob ação apenas da aceleração da gravidade, é atirada do chão para o alto.
Sabe que em uma altura de de 9 m, sua velocidade, medida em m/s, é dada por
~v = 7ı̂ + 6̂ (onde î denota a direção horizontal e ĵ a vertical).
10. Uma partı́cula está restrita a mover-se no plano, com uma aceleração ~a = 4ı̂ m/s2 . A
partı́cula sai da origem em t = 0, com a velocidade inicial ~v0 = 20ı̂ − 15̂ m/s.
(a) Determine o vetor velocidade ~v (t) para esta partı́cula. (R ~v (t) = (20 + 4t)ı̂ − 15̂
m/s, perceba que ~v (t = 0) corresponde ao ~v0 do enunciado)
(b) Calcule ~v (t) e ||~v (t)|| para t = 5 s.
(c) Determine o vetor posição ~r(t) e a velocidade média da partı́cula entre os instantes
t = 0 s e t = 5 s. Compare este resultado com os valores de ~v (t) para t = 0 e
t = 5 s.
12. Movimento Circular Uniforme Uma partı́cula executa um movimento circular uni-
forme de raio R e velocidade angular ω. As funções posição x(t) e y(t) desta partı́cula
se escrevem:
(
x(t) = R cos(ωt)
y(t) = R sin(ωt)
(a) Desenhe diagramas de forças para o bloco nas seguintes situações: (i) o bloco
desliza para baixo ao longo do plano inclinado; (ii) o bloco é projetado e desliza
para cima do plano inclinado. Em ambos os casos, defina o sistema de coordenadas
e escreva todas as forças em termos dos versores.
(b) Para cada força considerada nestes diagramas, aponte o par ação reação (terceira
lei de Newton) e discuta seu efeito.
(c) Mostre que quando o bloco desliza para baixo sua aceleração é dada por a =
g[sen(θ) − µk cos(θ)].
(d) Mostre que quando o bloco desliza para cima sua aceleração é dada por a =
−g[sen(θ) + µk cos(θ)].
15. Um bloco é lançado para cima, com velocidade de 5 m/s, sobre uma rampa de 45◦ de
inclinação. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a rampa é 0, 3.
(a) Esboce o diagrama de forças que atuam sobre o sistema. Defina o sistema de
coordenadas e escreva as forças em termos dos versores correspondentes.
(b) Determine a distância máxima atingida pelo bloco ao longo da rampa. (R: d =
25√
12,7 2
m)
8,00 kg
16. Dois blocos de massas 4, 00 kg e 8, 00 kg estão
ligados por um fio e deslizam para baixo de
um plano inclinado de 30, 0◦ . O coeficiente 4,00 kg
de atrito cinético estre o bloco de 4, 00 kg e
o plano é igual a 0, 25; e o coeficiente entre o
bloco de 8, 00 kg e o plano é igual a 0, 35.
30o
(a) Qual é a aceleração de cada bloco? ( dica: os blocos possuem a mesma aceleração)
(b) Qual é a tensão na corda? (R: T = 2, 27 N)
(c) O que ocorreria se as posições dos blocos fossem invertidas, isto é, se o bloco de
4, 00 kg estivesse acima do bloco de 8, 00 kg?
Sistemas vinculados
17. A figura abaixo mostra um homem sentado numa plataforma de trabalho, pendendo
de uma corda de massa desprezı́vel que passa por uma polia ideal (massa e atrito de-
sprezı́veis) e volta até às mãos do homem. A massa conjunta do homem e da plataforma
é de 96 kg.
22. Um pequeno bloco de massa m repousa sobre o topo de uma mesa horizontal sem
atrito a uma distância r de um buraco situado no centro da mesa.
(a) Faça um diagrama das forças que atuam sobre a pessoa após o piso ter descido.
Para cada força do diagrama, determine o par ação reação (terceira lei de Newton)
e discuta seu efeito. Qual a força resultante sobre a pessoa?
(b) Obtenha o valor do perı́odo máximo de revolução necessário para evitar que a
pessoa caia. (T = 1, 84 s)
(c) Qual a velocidade escalar mı́nima do cilindro pra que a pessoa não caia? (v = 7, 2
m/s)
(d) Se a massa da pessoa for de 49 kg , qual o módulo da força centrı́peta que atuará
sobre a mesma? ( F = 1200 N)
Força de resistência
25. Um corpo de massa m em queda vertical sofre a ação da força peso e de uma força
resistiva que depende do quadrado do módulo da velocidade do corpo. Esta força
atua na direção contrária ao movimento e se escreve ||F~res || = Av 2 . O corpo parte
inicialmente do repouso. Considere que a aceleração da gravidade local tem módulo
igual a g e é aproximadamente constante.
(c) Escreva a equação do movimento (segunda Lei de Newton) para este corpo (não
precisa resolver a equação). Determine o módulo de ~v , em função dos parâmetros
A, g e m, para o qual a aceleração do corpo em queda é nula (velocidade terminal).
(d) Esboce em dois gráficos distintos o comportamento qualitativo da aceleração e da
velocidade do corpo em queda como função do tempo. Em cada gráfico, complete
seu esboço comparando o presente caso com a aceleração e velocidade deste corpo
em uma queda livre (sem resistência do ar).