6 - Dos Juízes e Dos Auxiliares Da Justiça
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PROCESSUAL CIVIL
Dos Juízes e dos Auxiliares da Justiça
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Dos Juízes e dos Auxiliares da Justiça
Anderson Ferreira
Sumário
Dos Juízes e dos Auxiliares da Justiça.. ............................................................................4
Do Juiz e dos Auxiliares da Justiça...................................................................................4
Dos Deveres e Poderes do Juiz........................................................................................5
Da Responsabilidade do Juiz............................................................................................8
Dos Impedimentos e da Suspeição..................................................................................8
Do Impedimento..............................................................................................................9
Da Suspeição................................................................................................................. 10
Dos Auxiliares da Justiça............................................................................................... 13
Do Escrivão, Chefe de Secretaria e do Oficial de Justiça................................................ 14
Do Oficial de Justiça...................................................................................................... 16
Do Perito........................................................................................................................17
Do Depositário e do Administrador................................................................................ 19
Do Intérprete ou Tradutor............................................................................................ 20
Dos Conciliadores e Mediadores Judiciais...................................................................... 21
Do Ministério, Público, da Advocacia Pública, da Defensoria Pública. . ............................24
Do Ministério Público. ....................................................................................................24
Da Advocacia Pública....................................................................................................26
Da Defensoria Pública................................................................................................... 27
Questão de Concurso....................................................................................................29
Gabarito........................................................................................................................42
Gabarito Comentado. .....................................................................................................43
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Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a), é com muita satisfação e enorme alegria que início mais um en-
contro virtual, aqui no Gran Cursos cuja disciplina é o glorioso Processo Civil. Falarei, hoje, so-
bre a atividade do Juiz, dos Auxiliares da Justiça, do Ministério Público, da Defensoria Pública
e da Advocacia Publica! Então, sem delongas, vamos enfrentar o tema! Avante na caminhada
rumo à vitória!
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Amigo(a), você se lembra do desenho que fiz quando falei das partes envolvidas no proces-
so? Lembra-se de que comentei que sou muito ruim de desenho e reprovei em massinha um na
Educação Infantil, até hoje devo essa matéria! Rs... Pois é, utilizarei ele, novamente, mas, agora,
para falar do Juiz, uma vez que tratamos das partes em aulas passadas.
Ok, feito o desenho, ainda bem que pelo computador (Rs), vamos analisar o Juiz, o Julga-
dor, aquele que conduz o processo e ocupa o ápice da angularização processual. O primeiro
ponto que gostaria de ressaltar com você se refere à imparcialidade dos Juízes, bem como a
equidistância a eles inerente no que concerne à condução da marcha processual.
Veja, quando me refiro à imparcialidade do Juiz digo que ele, ao contrário das partes, não
deve ter interesse na causa, aliás, ao largo disso, deverá realizar uma ruptura no que se refe-
re a qualquer aspecto pessoal que possa interferir no julgamento, isto é, não julgar de forma
emocional, pelo contrário, deve ter uma avaliação livre de impressões pessoais em relação à
demanda e, com isso, sentenciar de acordo com o Direito. Diante disso, pode-se dizer que o
Juiz deve ser imparcial.
Esse assunto é tão sensível que o Novo Código estabeleceu que acaso o Magistrado não
possa julgar a causa de forma imparcial, seja por estar inserido nas hipóteses do artigo 144
da Lei de Ritos (rol que evidencia aspectos objetivos), será o caso de impedimento, ou se não
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puder decidir porquanto está encartado no elenco do artigo 145 da codificação comentada (o
qual lista aspectos subjetivos afetos ao Juiz), será o caso de suspeição.
Quando me refiro à equidistância do Magistrado, faço menção a um distanciamento em
relação às partes na mesma proporção de distância, o que é salutar ao processo, visto que cor-
robora com a imparcialidade do Julgador e tratamento isonômico dispensado aos litigantes.
Art. 139. O Juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
I – assegurar às partes igualdade de tratamento;
Além da isonomia, o Juiz deverá velar pela duração razoável do processo e prevenir atos
atentatórios à dignidade da justiça (os quais podem ensejar responsabilização da parte que
der causa à afronta), adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias
para efetiva prestação jurisdicional, como, por exemplo, a aplicação de multas. Com base no
raciocínio mencionado, são deveres do Juiz, consoante o artigo 139:
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Com base no exposto, compete ao Magistrado oficiar (comunicar por meio de ofício) ao
Ministério Público ou a Defensoria Pública casos de demandas individuais repetitivas para
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eventual propositura de ação coletiva, porquanto as aludidas ações podem evidenciar afronta
a direito transindividual, ou seja, lesão a direito coletivo ou difuso.
Ok, amigo(a) do Gran Cursos Online, uma vez analisados os poderes e deveres do Juiz, é
importante dizer que o Magistrado conduz o processo com o objetivo de sentenciar a deman-
da. Porém, existem situações que, como diria a minha tia: são como uma “cama de pregos”...
é difícil se debruçar sobre eles, mas que devem ter o mérito analisado, mesmo que a demanda
recaia sobre uma lacuna normativa ou uma obscuridade da lei. Então, pelo princípio do non
liquet, há uma vedação ao não julgamento e a Lei de Ritos é clara acerca do assunto.
Art. 140. O Juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordena-
mento jurídico.
Parágrafo único. O Juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
A resposta, distinto(a) estudante, poderá ser encontrada na linha de raciocínio da nova pro-
cessualística, na perspectiva de que os Juízes podem se valer do ordenamento jurídico como
um todo, ou seja, valer-se de leis, normas e princípios.
Além do exposto, vale ressaltar que o artigo 375 da legislação processual permite ao Ma-
gistrado a aplicação das experiências hauridas do cotidiano do Julgador em caso de lacuna ou
obscuridade na lei. Veja o dispositivo legal:
Art. 375. O Juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do
que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a
estas, o exame pericial.
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Art. 141. O Juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de
questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
(...)
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a
parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Da Responsabilidade do Juiz
Distinto(a) estudante, quando se fala de responsabilidade, fala-se sobre a possibilidade
de responder por atos praticados. A Lei de Ritos contemporânea, especificamente por meio
do artigo 143, estabelece que o Juiz responde civil e regressivamente por perdas e danos
causados no curso do processo quando: atuar com dolo ou fraude no exercício das funções
ou, sem justo motivo, deixar de diligenciar o processo (o que será verificado após 10 dias do
requerimento da parte no sentido de que o Magistrado determine as providências relativas ao
processo e o pedido não for analisado).
Comentar sobre justo motivo é falar sobre casos em que o Magistrado faz o que é possível,
mas, às vezes, não pode diligenciar o processo. Vivemos em uma sociedade demandista, a
qual abarrota o Judiciário. Muitas vezes, o Juiz tem milhares de processos, poucos servidores
e estrutura tecnológica precária em algumas comarcas, aliás, muitos Julgadores levam pro-
cessos para casa e trabalham durante os finais de semana. Diante do exposto no parágrafo
acima, pode-se dizer que o Juiz teria justos motivos para não diligenciar o processo mesmo
após o requerimento da parte.
Art. 143. O Juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando:
I – no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II – recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a reque-
rimento da parte.
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte
requerer ao Juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10
(dez) dias.
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aspectos relativos a situações que envolvam familiares no processo, por ter atuado de forma
prévia na demanda, quando tiver alguma relação de interesse na decisão, enfim, fatos da vida
os quais reverberam, interferem na marcha regular do processo e, para serem julgados de for-
ma imparcial, devem ser carreados a outro julgador, pois existirá impedimento ou suspeição
do Juiz.
Quando me refiro a impedimento, faço referência ao artigo 144 do Novo Código de Pro-
cesso Civil. As causas encartadas nesse dispositivo legal possuem um caráter mais objetivo,
como por exemplo, um processo em que o Juiz interveio de forma anterior, seja como membro
do Ministério Público, testemunha, perito ou tenha atuado como Advogado, Defensor Público
ou a existência de parentes envolvidos na problemática.
Bem, nos caso de impedimento e suspeição, faz-se necessária a leitura das hipóteses elen-
cadas na lei, porque é nesse rol que se identifica se o Magistrado se enquadra em um ou noutro
caso, isto é, se o julgador sagra-se impedido ou suspeito.
Do Impedimento
Art. 144. Há impedimento do Juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I – em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do
Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério
Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV – quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguí-
neo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no
processo;
VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII – em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decor-
rente de contrato de prestação de serviços;
VIII – em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que
patrocinado por advogado de outro escritório;
IX – quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
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Da Suspeição
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Bem, vimos que são muitas as hipóteses que fazem com que o Magistrado tenha um com-
prometimento relativo à atividade judicante. Sei que você, grande guerreiro(a), que se prepara
para concursos tem uma série de conteúdos para estudar e diversos assuntos para decorar
(afinal, memorizar também é muito importante). Por esse motivo, a dica relativa a esse as-
sunto é a seguinte: procure “pregar” na sua massa cinzenta (Rs) as hipóteses de suspeição,
porque estão previstas em quatro incisos e o aquilo que não for encartado nelas, será caso de
impedimento.
Agora, chamo sua atenção para o fato de que o Juiz poderá se declarar suspeito por mo-
tivos de foro intimo (afinal, é uma condição subjetiva, pessoal) sem necessidade de motivar a
suspeição. Isso significa dizer que o Julgador pode se declarar suspeito sem exigência moti-
vação.
A suspeição e o impedimento poderão ser alegados pela parte em 15 (quinze) dias após
tomar conhecimento da situação obstativa de julgamento pelo Magistrado e deve ser motiva-
da. A parte poderá instruir a petição com documentos ou testemunhas, que indiquem a con-
dição de suspeito ou impedido. A alegação dos institutos processuais será dirigida ao Juiz do
processo.
Ao receber a petição, o Magistrado terá dois caminhos, quais sejam: reconhecer o impe-
dimento ou suspeição e fazer remessa dos autos ao substituto legal, ou contradizer as ale-
gações feitas pela parte (por entender que não são cabíveis o impedimento ou suspeição).
Então, caso entenda que não é impedido ou suspeito, fará a justificação por meio de razões, e
remeterá esse incidente processual ao Tribunal para ser analisado, o qual poderá decidir pela
o Juiz ao pagamento das custas e remessa ao substituto legal, sem embargo da possibilidade
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discute com o Juiz para que ele não possa decidir a causa, pois verificou que a tendência será
de sucumbir na demanda) ou a parte que alega tenha praticado ato que significa manifesta
aceitação do arguido, ou seja, pratica ato que configura aceitação do Juiz da causa
Coloquei, estimado(a) estudante, como eu disse, são quatro hipóteses, ou seja, o que não esti-
ver como hipótese de suspeição, será caso de impedimento. Então, por favor, fixe o artigo 145!
Obs.: Caso o Magistrado se declare suspeito por motivo superveniente (posterior), essa sus-
peição não retroagirá de modo a tonar nulos os atos do processo já praticados em
momento anterior à situação a qual ensejou suspeição. (STJ, 1ª Seção, PET no Resp
1.339.313- RJ, Rel. Min Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. Assusete Magalhães. Jul-
gado em 13/04/2016 (Info 587)).
Obs.: Outra situação interessante, diz respeito ao fato de que decisões as quais não exami-
nem o mérito da ação, não tem o condão de gerar impedimento relativo ao parentesco
entre os Magistrados. Nesse sentido, vide STJ. 3ª Turma. Resp. 1.673.327-SC. Rel. Min.
Nancy Andrighi, julgado em 12/09/2017 (Info 611).
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Então, se a parte verificar que algum dos citados pelo artigo 148 do Código se encartou
nas hipóteses de impedimento ou suspeição, deverá arguir os institutos na primeira oportuni-
dade que lhe couber falar nos autos e o Magistrado processará o incidente em separado, sem
suspender o processo, e ouvirá o arguido em 15 (quinze) dias, porquanto ele terá direito de se
defender das alegações deduzidas em juízo.
Agora, o que acabei de comentar não se aplica às testemunhas, as quais são inquiridas
pelo Julgador acerca de alguma situação que possa impedi-la de depor e as compromissa
com os encargos da lei (inclusive na seara penal em caso de falso testemunho).
Amigo(a), para que um órgão possa exercer suas atividades, é necessário oferecer a ele
um aparato físico (instalações, computadores, patrimônio), mas, sobretudo, ofertar o elemento
humano (um corpo técnico). Nesse conduto de raciocínio, pode-se dizer que os auxiliares da
justiça são o grupo de servidores que impulsionam o processo rumo ao julgamento. A ativida-
de judicante necessita de serventuários para desenvolverem as diligências estabelecidas pelo
Magistrado, ou seja, dar andamento ao processo, auxiliar a marcha processual.
Diante disso, para que o Juiz possa proferir a sentença, ele contará com profissionais que
o auxiliarão durante o desenrolar processual. O Código estabelece que são auxiliares do Juiz:
o escrivão ou chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador,
o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabi-
lista e o regulador de avarias.
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Os profissionais elencados acima estão previstos na redação da Lei de Ritos, mas nada
obsta que outros sejam inseridos como auxiliares da justiça, com outras atribuições determi-
nadas pela lei de organização judiciária (nesse ponto haverá o tão recomendado, pela dinâmi-
ca jurídica, diálogo de fontes).
Professor, você não falou a respeito dos analistas judiciários nem dos técnicos... Eles não
estão previstos no Código?
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II – efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar todos os demais
atos que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;
III – comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo;
IV – manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não permitindo que saiam do cartório,
exceto:
a) quando tenham de seguir à conclusão do Juiz;
b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor;
d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência;
V – fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de despacho, ob-
servadas as disposições referentes ao segredo de justiça;
VI – praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios.
§ 1º O Juiz titular editará ato a fim de regulamentar a atribuição prevista no inciso VI.
§ 2º No impedimento do escrivão ou chefe de secretaria, o Juiz convocará substituto e, não o haven-
do, nomeará pessoa idônea para o ato.
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§ 4º A parte que se considerar preterida na ordem cronológica poderá reclamar, nos próprios autos,
ao Juiz do processo, que requisitará informações ao servidor, a serem prestadas no prazo de 2
(dois) dias.
§ 5º Constatada a preterição, o Juiz determinará o imediato cumprimento do ato e a instauração de
processo administrativo disciplinar contra o servidor.
Do Oficial de Justiça
Falaremos, doravante, desse importante auxiliar da justiça, o qual deverá estar presente em
cada comarca, seção ou subseção judiciaria quantos sejam os juízos, ou seja, pelo menos um
para cada juízo.
Esse profissional executa ordens externas do Juiz, como, por exemplo: citação, intimação,
prisões, arresto, penhora de bens ou efetua outras diligências fora dos muros dos Tribunais,
as quais, sempre que possível (ou seja, não é obrigatório), contará com a presença de duas
testemunhas. O oficial de justiça certificará no mandado expedido pelo Juiz as ocorrências
externas (como, a título ilustrativo, impossibilidade de cumprimento da diligência, uma citação,
em razão de a pessoa não estar mais no endereço mencionado no processo) e terá fé pública
na produção dessa certidão, que é um instrumento para se comunicar com o Magistrado.
A nova Lei de Ritos possui um caráter autocompositivo e, assim sendo, o oficial de justiça
poderá confeccionar certidão com proposta de autocomposição feita pela parte no ato da co-
municação feita pelo aludido auxiliar da justiça.
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Chamo sua atenção, querido(a) amigo(a), para o fato de que, os oficiais de justiça são
também avaliadores. Isso significa que ao proceder ao ofício que lhes é inerente, podem pre-
cificar os bens para efetuarem, por exemplo, uma penhora. Agora, existem bens para os quais
o avaliador poderá solicitar a avaliação de outro profissional como, por exemplo, uma obra de
Vincent Van Gogh, pois precisará de alguém com a devida especialização na área de arte para
dizer o valor, afinal, se é difícil pronunciar e escrever o nome do pintor, imagine precificar!
Querido(a), tanto o Escrivão ou Chefe de Secretária como o oficial de justiça podem ser res-
ponsabilizados, caso se recusem a cumprir no prazo atos imposto pelo Juiz ou pela legislação
(exceto se tiverem um justo motivo para a inércia), ou praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
Art. 155. O escrivão, o chefe de secretaria e o oficial de justiça são responsáveis, civil e regressiva-
mente, quando:
I – sem justo motivo, se recusarem a cumprir no prazo os atos impostos pela lei ou pelo juiz a que
estão subordinados;
II – praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
Do Perito
Prezado(a) estudante, tive a oportunidade de cursar dois cursos acadêmicos e além das
disciplinas estudadas no decorrer da academia, aprendi que devemos nos curvar diante do
conhecimento. Percebi que a especialização é necessária nas mais diversas áreas do conheci-
mento. Nesse conduto de raciocínio, digo a você que o Juiz se prepara de forma muito robusta
no que se refere à área jurídica. Todavia, muitas vezes terá de enfrentar questões que envolvem
engenharia (quando analisa uma ação de reparação de danos relativa a um prédio que desa-
bou) ou assuntos afetos à medicina (ação que tem como pedido lucros cessantes advindos de
uma cirurgia plástica mal sucedida em uma modelo).
Bem, diante de questões como as mencionadas, se faz necessário que o Magistrado con-
sulte um profissional com conhecimentos técnicos ou científicos o qual possa auxiliá-lo a
conduzir o processo quando for necessária capacitação específica. Esse auxiliar do Julgador
é denominado perito.
Art. 156. O Juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico
ou científico.
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Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos
que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o Juiz comunicar o fato ao
respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.
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Gostaria de explicar que há diferença entre o perito e o assistente. Este é parcial, é contra-
tado pelas partes para acompanhar o trabalho do perito, aquele deve ser imparcial e produzirá
o laudo para o Juiz.
Do Depositário e do Administrador
Consoante o artigo 159 do Código de Processo Civil, o depositário e o administrador pos-
suem o encargo de guarda e a conservação dos bens penhorados, arrestados sequestrados
ou arrecadados. Ao depositário o encargo recai mais efetivamente sobre guardar e conservar
o bem (porquanto lhe incumbe zelar pela restituição deles conforme o estado que lhe fora
entregue). O administrador poderá gerir os bens a ele confiados (é o casos do administrador
judicial da massa falida).
A remuneração desses profissionais será fixada pelo Juiz com base na complexidade do
labor prestado, como evidencia o artigo 160 da Lei de Ritos.
Art. 160. Por seu trabalho o depositário ou o administrador perceberá remuneração que o Juiz fixará
levando em conta a situação dos bens, ao tempo do serviço e às dificuldades de sua execução.
É, amigo(a), uma coisa é ser depositário de uma bicicleta outra é de uma Ferrari (e não
recomendo dar uma voltinha... por mais tentador que seja!). Quanto à responsabilidade, segue
a regra dos auxiliares estudadas até aqui, ou seja, responderá o depositário por danos que cau-
sar a parte com responsabilização por dolo ou culpa. Agora, vale ressaltar que o depositário
receberá por aquilo que despendeu (o trabalho realizado, a quantia dispensada na conserva-
ção do bem).
Além da responsabilização civil do depositário, chamo a atenção para o fato da responsa-
bilidade penal em caso de apropriação indébita, no caso, crime próprio previsto no artigo 168
do Código Penal Brasileiro.
Apropriação indébita
Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
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Aumento de pena
§ 1º A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:
I – em depósito necessário;
II – na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário
judicial;
Do Intérprete ou Tradutor
O Código de Processo Civil de 2015 disciplinou a cooperação internacional no livro II do
capítulo II da Parte Geral. Bem, a leitura dos dispositivos lá elencados nos dá a ideia de que há
muitos processos que dependem da juntada de documentos vindos do exterior ou da oitiva de
testemunhas estrangeiras para a avaliação de mérito por parte do Julgador.
O fato é que muitos documentos, que devem instruir o processo, estão em língua estran-
geira bem como alguns depoimentos serão prestados em outro idioma ou por pessoas que
necessitam do auxílio de interlocutor para serem compreendidas e compreender aquilo que
está a ocorrer.
Imagine, estimado(a) leitor(a), que Batavo Jones se relacione com Mévia (irmã de Mévio,
aquele muito citado nos exemplos de Direito Penal, que normalmente atua com Tício e Caio),
durante o carnaval de Salvador. Batavo reside em Michigan – Estados Unidos - e Mévia em São
Paulo. Após alguns meses, ela descobre estar grávida e, diante do romance na Bahia, imagina
que o pai da criança (cujo nome será Batavinho) está na América do Norte. Entretanto, Jones
alega ser estéril e envia para o Brasil, em sede de contestação, o laudo médico que atesta essa
condição, o qual está em inglês. Nessa situação, o documento deverá ser vertido (traduzido)
em língua portuguesa para ser acostado aos autos, consoante a Lei de Ritos... Acho que de-
pois de escrever essa aula, dá até para publicar um romance sobre o caso acima! Rs.
Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.
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Dos Juízes e dos Auxiliares da Justiça
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Entretanto, existem pessoas que não podem oficiar como intérpretes (um intermediário en-
tre sujeitos que falam línguas diferentes) ou tradutores (quem traduz, explica o que foi dito) em
razão de alguma situação pela qual foram acometidas, como, por exemplo, aquelas que não
detiverem a livre administração dos bens, foram arroladas como testemunha ou para atuar na
condição de perito, ou estiverem inabilitados para o exercício da profissão por sentença penal
condenatória, conforme estabelece o artigo 163 da codificação processual.
Veja, tanto o interprete como o tradutor respondem civilmente por danos causados às par-
tes por dolo ou culpa, e, tal qual o perito, devem ser diligentes no labor, sem embargo de se
escusarem do ofício, desde que com justo motivo. Caso os intérpretes ou tradutores prestem
informações inverídicas, responderão pelo dano causado às partes além de ficarem inabilita-
dos para atuarem em outros processos no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, sem prejuízo de
outras sanções previstas em legislação.
Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis
pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de pro-
gramas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição.
Lei n. 13.140/2015.
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Dos Juízes e dos Auxiliares da Justiça
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(...)
Art. 24. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, respon-
sáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação, pré-processuais e
processuais, e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular
a autocomposição.
Parágrafo único. A composição e a organização do centro serão definidas pelo respectivo tribunal,
observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça.
Esse estímulo ocorria no Código de 1973, o qual previa a figura do conciliador. Porém, a
nova Lei de Ritos fomenta mais o entendimento entre as partes, tanto é que estabeleceu a
figura do mediador.
Além dos aspectos estabelecidos pela Lei n. 13.105/2015, tem-se uma legislação poste-
rior, de 26 de junho de 2015, qual seja: a Lei n. 13.140/2015, que dialoga com a nova codifica-
ção, porquanto trata da solução consensual de conflitos.
Bem, o conciliador é um terceiro imparcial ao conflito que se lança em meio ao caso levado
a ele, com a condução das propostas, acordos e sugestões relativas ao caso. A atuação desse
auxiliar se dá, preferencialmente, entre pessoas desconhecidas (como em casos de acidentes
de trânsito).
§ 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior en-
tre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de
constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.
§ 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as
partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo
que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções con-
sensuais que gerem benefícios mútuos.
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Dos Juízes e dos Auxiliares da Justiça
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Querido(a), é muito comum no estudo dos diversos ramos do Direito a análise dos princí-
pios, os quais são a base de sustentação do objeto de estudo. No âmbito do tema estudado,
tem-se princípios informadores aplicados à conciliação e mediação.
Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da im-
parcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da
decisão informada.
Eu, particularmente, memorizei a base principiológica por meio da seguinte frase: Olha a
Decisão informada, CAIIO! Com independência.
Olha a Decisão Informada;
Confidencialidade;
Autonomia de vontade;
Imparcialidade.
Informalidade.
Oralidade.
Com independência.
Os conciliadores e mediadores deverão obedecer aos princípios supramencionados, pode-
rão ser escolhidos pelas partes e eles podem utilizar técnicas que favoreçam a autocomposi-
ção.
Esses auxiliares serão cadastrados em lista do Tribunal de Justiça ou do Tribunal Regional
Federal com registro da respectiva área de atuação (não precisa ter formação jurídica). Esse
registro poderá ser precedido por concurso público com consequente inscrição do nome na
respectiva lista de mediadores e conciliadores do Tribunal, onde haverá distribuição de conci-
liações e mediações de forma alternada e aleatória.
Sobre os mediadores e conciliadores recai impedimento (hipóteses encartadas no artigo
144 do CPC), e aí, prezado(a), não tem jeito, ele deve informar o fato ao Juiz para nova distri-
buição, haja vista que os auxiliares mencionados devem ser imparciais.
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Parágrafo único. Se a causa de impedimento for apurada quando já iniciado o procedimento, a ativi-
dade será interrompida, lavrando-se ata com relatório do ocorrido e solicitação de distribuição para
novo conciliador ou mediador.
Amigo(a), após a atuação como conciliador e mediador desde a atuação na última audiên-
cia, eles ficam impedidos de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes pelo
prazo de 1 (um) ano, ou seja, passam por uma “quarentena”.
Esses auxiliares da justiça serão excluídos do cadastro dos Tribunais quando: agirem com
dolo ou culpa na condução da controvérsia, violarem o dever de confidencialidade e sigilo das
informações a ele confiadas, ou atuarem cientes de que são suspeitos ou impedidos em rela-
ção a sua participação.
Em arremate, saliento que os Entes Políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios)
também estimularão a solução consensual de conflitos, consoante estatui o artigo 174 da Lei
de Ritos.
Art. 174. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e con-
ciliação, com atribuições relacionadas à solução consensual de conflitos no âmbito administrativo,
tais como:
I – dirimir conflitos envolvendo órgãos e entidades da administração pública;
II – avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de conciliação, no
âmbito da administração pública;
III – promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta.
Do Ministério Público
Falarei, a partir de agora, a respeito do Ministério Público. Essa importantíssima instituição
cuja insigne missão é defender a ordem jurídica, o regime democrático, os interesses e direitos
sociais (os quais transcendem a seara individual) e os direitos individuais indisponíveis (aque-
les sobre os quais não se pode transigir, como a dignidade humana, a vida, dentre outros).
O Parquet (termo de origem francesa, como também é conhecido o Ministério Público)
pode atuar em um processo como:
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• Parte: atuará em um dos polos da demanda por meio de uma legitimação extraordiná-
ria, como substituto processual. A titulo ilustrativo, pode-se citar os casos de ação civil
pública ou a atuação no interesse de incapazes.
Art. 177. O Ministério Público exercerá o direito de ação em conformidade com suas atribuições
constitucionais.
• Fiscal do ordenamento jurídico (custos iures): atuará como fiscal da ordem jurídica nos
casos previstos na Constituição ou em lei.
Obs.: O Novo Código faz menção ao Ministério Público como fiscal da ordem jurídica. Ante-
riormente, o Parquet era tratado como fiscal da lei (como algumas examinadoras ainda
tratam em questões de prova).
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal
da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que
envolvam:
I – interesse público ou social;
II – interesse de incapaz;
O Ministério Público de atuará quando houver de interesse de incapaz, mas isso não significa
que o Parquet deva se pronunciar a favoravelmente aos interesses de incapazes, como no caso
de os fatos alegados afrontarem a ordem jurídica.
Saliento que o fato de a Fazenda Pública participar do processo, pura e simplesmente, não
configura hipótese de intervenção do Órgão Ministerial. Aliás, os Entes Políticos possuem o
corpo técnico para defendê-los em juízo, conforme veremos adiante.
Estimado(a) estudante, para que o Parquet possa exercer a função de fiscal do ordenamen-
to jurídico, a Lei de Ritos conferiu a ele algumas prerrogativas para o exercício dessa nobre
função como ter vista aos autos após as partes, ser intimado de todos os atos do processo,
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Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
I – terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
II – poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
Além do exposto, todos os prazos relativos à atuação do Ministério Público são contados
em dobro a partir da intimação pessoal (a qual, consoante o artigo 183, § 1º, pode ser feita por
carga, remessa ou por meio eletrônico) do Órgão Ministerial. A guisa de exemplo, pode-se dizer
que se o prazo processual para contestação é de quinze dias, o Ministério Público terá trinta.
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá
início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º.
Porém, chamo a sua atenção para o fato de que o prazo em dobro não será aplicado quan-
do a lei trouxer prazos próprios ao Parquet, ou seja, lapso temporal definido ao Órgão Ministe-
rial em legislação, como ocorre no artigo 178 ao estabelecer ser de 30 (trinta) dias o prazo para
o Ministério Público intervir como fiscal da ordem jurídica.
Em arremate, o Membro do Ministério Púbico responde civilmente e regressivamente quan-
do atuar com dolo ou fraude no exercício da função.
Da Advocacia Pública
O Novo Código de Processo Civil prevê, a partir do artigo 182, que a defesa da União, Es-
tados, Distrito Federal e Municípios é de incumbência da Advocacia Pública, estabelecida por
quadro de procuradores e advogados estatuídos pelos Entes Políticos mencionados, os quais
defendem a administração pública direta e indireta.
Veja bem, a União, Estados, Distrito Federal e Municípios assim como autarquias e funda-
ções de Direito Público terão prazo em dobro para se manifestar no processo (incluir) a partir
da intimação pessoal. Saliento que Fundações com personalidade jurídica de Direito Privado
não gozam dessa prerrogativa processual.
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Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações proces-
suais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§ 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa,
prazo próprio para o ente público.
Bem, saliento que o prazo em dobro não se aplica caso exista prazo próprio previsto em
lei. Além do exposto, haverá a responsabilização civil e regressiva quando o membro da Advo-
cacia Pública agir com dolo ou fraude no exercício das funções a ele atribuídas.
Da Defensoria Pública
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações
processuais.
§ 1º O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, § 1º.
§ 2º A requerimento da Defensoria Pública, o Juiz determinará a intimação pessoal da parte patro-
cinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa
ser realizada ou prestada.
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§ 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito
reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de
convênios firmados com a Defensoria Pública.
Entretanto, o prazo não será contado em dobro quando a legislação estabelecer prazo próprio
à Defensoria.
§ 4º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa,
prazo próprio para a Defensoria Pública.
A similaridade do que ocorre com o Órgão Ministerial e com os Advogados Públicos os Defen-
sores Públicos também respondem se agirem com dolo ou fraude no exercício das funções a
ele atribuídas.
Art. 187. O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir
com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
OK, amigo(a), após esse bate-papo acerca dos temas acima trabalhados, vamos exercitar, por
meio das questões de prova... Posto isso, vamos aos exercícios!
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QUESTÃO DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/2019/TCE-RO - PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CON-
TAS) Na atuação do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica, é imprescindível que
a) a demanda verse sobre interesse de incapaz, sobre litígios coletivos pela posse de terra rural
ou urbana ou sobre interesse público ou social.
b) a fazenda pública seja parte no processo.
c) seja oferecido parecer, sem o qual não será dado seguimento ao processo.
d) seja aplicado o benefício da contagem do prazo em dobro, ainda que em prazos próprios.
e) as partes estejam de acordo com a decisão de recorrer.
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Questão 11 (CESPE/2018 /MPU - ANALISTA DO MPU - DIREITO) Com base nas normas
que regem o processo civil, julgue o item seguinte, acerca da função jurisdicional; do Ministério
Público; de nulidades processuais; e de sentença.
O Ministério Público será intimado a se manifestar em todas as causas em que a fazenda pú-
blica figurar em um dos polos, visto que essa hipótese é de interesse público e social.
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Nas relações processuais em que o município for parte, salvo quando houver prazo próprio pre-
visto em lei, as suas procuradorias gozarão de prazo em dobro para todas as manifestações
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
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b) suspender os casos individuais até a propositura de uma ação coletiva correspondente, com
o intuito de evitar decisões contraditórias e permitir, assim, a melhor distribuição da justiça.
c) oficiar o Ministério Público, já que a Defensoria não possui legitimidade para propor eventual
ação por não restringir a demanda coletiva aos hipossuficientes.
d) não oficiar a ninguém, sob pena de violar a inércia e a imparcialidade do magistrado.
e) oficiar a Defensoria Pública para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva
respectiva.
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c) manter sob sua guarda e responsabilidade os bens móveis de pequeno valor penhorados.
d) auxiliar o juiz na manutenção da ordem.
e) comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo.
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b) O Ministério Público será intimado para intervir como fiscal da ordem jurídica nos processos
que envolvam interesse público ou social, interesse de incapaz, interesse da Fazenda Pública
e nos litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
c) Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público poderá produ-
zir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
d) O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início
a partir de sua intimação pessoal, salvo quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo
próprio para o Ministério Público.
e) O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com
dolo ou fraude no exercício de suas funções.
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b) o Ministério Público será intimado para intervir como fiscal da ordem jurídica em todo e
qualquer processo que tenha a participação da Fazenda Pública.
c) o Ministério Público, como regra, goza de prazo simples para manifestação, salvo quando
ocorrer menção expressa do juízo concedendo prazo em dobro.
d) a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e funda-
ções de direito público terão o início da contagem de prazo a partir da intimação pessoal, o que
não se aplica aos membros do Ministério Público.
e) o membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com
dolo ou fraude no exercício de suas funções.
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GABARITO
1. a 28. e
2. E 29. a
3. E 30. C
4. E 31. C
5. C 32. e
6. d 33. E
7. a
8. E
9. C
10. C
11. E
12. C
13. C
14. c
15. e
16. e
17. a
18. d
19. d
20. e
21. b
22. b
23. b
24. b
25. d
26. d
27. a
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/2019/TCE-RO - PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS)
Na atuação do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica, é imprescindível que
a) a demanda verse sobre interesse de incapaz, sobre litígios coletivos pela posse de terra rural
ou urbana ou sobre interesse público ou social.
b) a fazenda pública seja parte no processo.
c) seja oferecido parecer, sem o qual não será dado seguimento ao processo.
d) seja aplicado o benefício da contagem do prazo em dobro, ainda que em prazos próprios.
e) as partes estejam de acordo com a decisão de recorrer.
Letra a.
A assertiva A se harmoniza com o que estabelece o artigo 178 da Lei de Ritos. Ademais, des-
taco que o fato de a fazenda pública ser parte no processo, pura e simplesmente, não torna
obrigatória a atuação do MP obrigatória, o Parquet não atua de forma obrigatória em casos de
interesse disponível das partes, as quais podem convencionar durante o processo e não será
aplicado o prazo em dobro se houver prazo próprio direcionado ao Órgão Ministerial.
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da or-
dem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:
I – interesse público ou social;
II – interesse de incapaz;
III – litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção
do Ministério Público.
Errado.
Negativo! O caso trazido pela questão retrata uma das hipóteses de impedimento por parte do
Juiz, consoante o artigo 144, VII.
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Errado.
Segundo o artigo 139, VI, o juiz poderá: “dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de
produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir
maior efetividade à tutela do direito”.
Errado.
A assertiva está errada, estudamos que o oficial de justiça responde, sim, pela recusa no cum-
primento de atos determinados pelo lei ou pelo Juiz.
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Certo.
Vimos que o Ministério Público pode sim, interpor recurso quando atuar como fiscal da ordem
jurídica, consoante o inciso do II do artigo 179 do Código.
Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
(...)
II – poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
Letra d.
A questão é complicada, pois se você olhar de forma mais rápida as atribuições do escrivão
ou chefe de secretaria, pode ter a impressão de que estão corretas as questões A, B,C e D.
Todavia, o item correto é a letra D, pois a ele compete REDIGIR mandatos e EFETIVAR ordens
judiciais, REALIZAR intimações e citações.
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Dos Juízes e dos Auxiliares da Justiça
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Letra a.
I – Certo. Conforme vimos em aula o fato, por si só, de a Fazenda Pública estar em juízo não
configura hipótese obrigatória de participação do MP como fiscal.
II – Errado. Os prazos do Código de 2015 serão contados e dias úteis no que se refere à execu-
ção fiscal, tema que será tratado quando estudarmos prazos, porquanto o NCPC é aplicado à
Lei de Execuções Fiscais de modo subsidiário.
III – Errado. A suspensão de prazos se estende ao MP, Defensoria Pública e à Advocacia Pú-
blica.
Diante do exposto a assertiva A é a correta.
Errado.
O prazo para contestar (apresentar defesa), consoante a Nova Lei de Ritos será contado em
dobro. Então, a assertiva está Errada.
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Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fun-
dações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processu-
ais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
Certo.
É isso mesmo, quando o juiz perceber a existência de vício ou ausência sanável, determinará o
saneamento, “a faxina” na irregularidade, estribado no artigo 139 inciso IX do CPC.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
(...)
IX – determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios
processuais;
Certo.
Vimos, no decorrer da aula, que os Membros do Ministério Público, Advocacia Pública e
Defensoria serão responsabilizados se atuarem com dolo ou fraude.
Art. 181. O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com
dolo ou fraude no exercício de suas funções.
(...)
Art. 184. O membro da Advocacia Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com
dolo ou fraude no exercício de suas funções.
(...)
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Art. 187. O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir
com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
Questão 11 (CESPE/2018 /MPU - ANALISTA DO MPU - DIREITO) Com base nas normas
que regem o processo civil, julgue o item seguinte, acerca da função jurisdicional; do Ministério
Público; de nulidades processuais; e de sentença.
O Ministério Público será intimado a se manifestar em todas as causas em que a fazenda pú-
blica figurar em um dos polos, visto que essa hipótese é de interesse público e social.
Errado.
Negativo, consoante o parágrafo único do artigo 178 da Lei de Ritos, a participação da Fazenda
Pública, por si só, não configura hipótese de participação do o Parquet
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção
do Ministério Público.
Certo.
Essa é a dicção do artigo 183 da Lei n. 13.105 de 2015.
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações proces-
suais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
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Nas relações processuais que envolvam interesse de incapaz, o Ministério Público será intima-
do para intervir como fiscal da ordem jurídica, caso em que poderá produzir provas e recorrer,
bem como terá vista dos autos depois das partes.
Certo.
A assertiva traz a dicção do artigo 178, II, e 179 da Lei n. 13.105 de 2015.
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal
da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que
envolvam:
(...)
II – interesse de incapaz;
(...)
Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
I – terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
II – poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
Letra c.
a) Errada. Vimos, durante a aula, que o Juiz não pode alegar lacuna ou obscuridade na lei e
com isso se eximir de julgar. Disse que esse é o princípio do non liquet, o qual é evidenciado
no artigo 140 da lei de ritos.
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Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento
jurídico.
b) Errada. Vimos que o Juiz pode dilatar os prazos, segundo a nova dinâmica processual, afi-
nal, às vezes existem processos que são muito complexos e, em razão disso, demandam mais
tempo quando comparados com outros. Diante disso, o Magistrado pode dilatar os prazos
processuais, consoante o artigo 139, VI.
VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os
às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito.
c) Certa. A questão traz a letra da lei. Por esse motivo, colaciono no material os artigos, pois a
leitura deles é muito importante para o acerto de questões como essa. Veja o que estabelece
a legislação:
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
(...)
IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias neces-
sárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto
prestação pecuniária;
d) Errada. Não, o parágrafo único do artigo 140 do Código permite o julgamento conforme a
equidade, mas isso ocorrerá em casos previstos em lei.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
e) Errada. Embora o Juiz seja participativo na condução do processo, pelo princípio da adstri-
ção ou congruência, deve sentenciar com base naquilo que foi pedido, não dever ir além, de
forma diversa ou aquém do pleito.
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b) suspender os casos individuais até a propositura de uma ação coletiva correspondente, com
o intuito de evitar decisões contraditórias e permitir, assim, a melhor distribuição da justiça.
c) oficiar o Ministério Público, já que a Defensoria não possui legitimidade para propor eventual
ação por não restringir a demanda coletiva aos hipossuficientes.
d) não oficiar a ninguém, sob pena de violar a inércia e a imparcialidade do magistrado.
e) oficiar a Defensoria Pública para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva
respectiva.
Letra e.
a) Errada. Embora nossa justiça seja autocompositiva, em casos como o citado, o juiz deverá
oficiar aos órgãos responsáveis pela atuação de ações que versem sobre direitos individuais
homogêneos, conforme veremos abaixo.
b) Errada. A princípio, o Juiz não suspenderá o julgamento do feito, mas oficiará ao Ministério
Público, Defensoria Pública ou outros órgãos competentes para que as medidas cabíveis se-
jam adotadas.
c) Errada. A Assertiva acertou ao estabelecer que o Magistrado oficiará ao Ministério Público,
mas erra ao consignar que a Defensoria não possui legitimidade.
d) Errada. Não é correta a afirmação por contrariar aquilo que está expresso na lei, confor-
me veremos a seguir. Ao oficiar às instituições competentes, o Juiz está cumprindo a lei.
e) Certa. A assertiva em análise está de acordo com a Lei de Ritos, observe o texto abaixo:
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
(...)
X – quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a
Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5º da Lei n.
7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o
caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva.
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II – Há impedimento do juiz que for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de
seus advogados.
III – Há impedimento do juiz quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de
seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, in-
clusive.
IV – Há impedimento do juiz no processo em que figure como parte cliente do escritório de
advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta
ou colateral, até o terceiro grau, inclusive.
V – Há suspeição do juiz interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das
partes.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e III.
b) I e II.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
Letra e.
Querido(a), a questão acima exige do candidato a memorização dos casos de suspeição e
impedimento. Como base, lhe digo que os casos de suspeição tem uma característica de sub-
jetividade. Noutro giro, as hipóteses de impedimento possuem caráter objetividade.
Como eu escrevi no decorrer da aula, se você decorar os casos de suspeição, é possível que,
por eliminação, acerte a questão. Porém, em questões que abordam esse tópico, tenho que
dizer a vocês que a memorização faz a diferença.
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I – em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do
Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério
Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive;
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IV – quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguí-
neo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no
processo;
VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
VII – em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decor-
rente de contrato de prestação de serviços;
VIII – em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que
patrocinado por advogado de outro escritório;
IX – quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
Art. 145. Há suspeição do juiz:
I – amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II – que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o
processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios
para atender às despesas do litígio;
III – quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou
de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV – interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
A boa notícia, querido(a) guerreiro(a), é que uma vez memorizados os artigos, as questões que
tratam suspeição e impedimento serão ponto certo na sua prova.
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a) I e II.
b) I, III e IV.
c) III e IV.
d) II e III.
e) I, II e IV.
Letra a.
Amigo(a), os dois itens estão elencados no artigo 144 do Código de Processo Civil, especifi-
camente nos incisos VII e VIII. As Demais estão incorretas, porque o item III consigna que é
legítima a alegação de suspeição por quem alega, ainda que esta tenha a provocado, ou seja,
contraria a letra da lei (artigo 145, § 2º), conforme transcrevo abaixo:
Já o item IV da questão peca ao dizer que o Juiz deve declinar suas as razões, pois o código
estatui (artigo 145, § 1º) que isso não é necessário.
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas
razões.
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Letra d.
a) Errada. A questão erra ao asseverar que o oficial de justiça não poderá fazer prisões. Escrevi,
durante a aula, que esse auxiliar poderá efetuar prisões no exercício de suas funções.
b) Errada. Não, o oficial de justiça também é avaliador e não procederá a esse labor em situa-
ções específicas como utilizei o exemplo da obra de arte, pois nesse caso, dependerá de um
profissional com expertise no assunto.
c) Errada. O erro da assertiva está no fato de ela asseverar que o oficial de justiça não poderá
certificar proposta de autocomposição. Ao contrário, ele deverá certificar esse fato ao Juiz, o
qual ordenará a intimação da parte contrária para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias.
d) Certa. A questão está certa porque além de transcrever de forma correta as atribuições do
oficial de justiça, acerta nas atribuições do escrivão ou chefe de secretaria a quem compete
redigir os mandados e as cartas precatórias.
e) Errada. O oficial de justiça pode sim efetuar prisões, conforme comentário da assertiva A.
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c) em razão do dever de sigilo inerente às suas funções, o conciliador e o mediador não po-
derão divulgar os fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação, mas deverão
depor se notados pelo juiz, pelo dever de colaboração para com o judiciário.
d) o mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre
as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito,
de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios,
soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
e) os conciliadores e mediadores judiciais devidamente registrados no cadastro do Tribunal
de Justiça, se advogados, não terão qualquer restrição ou impedimento para o exercício de
suas atividades, uma vez que as atividades de solução consensual dos conflitos caracterizam
múnus público e de interesse social.
Letra d.
a) Errada. De fato as partes podem escolher os mediadores e conciliadores, os quais não pre-
cisam estar cadastrados no Tribunal.
b) Errada. Cuidado para não responder questões sem examiná-las com cuidado. A assertiva
está quase toda certa. O que a torna incorreta é o fato de a banca estabelecer que os concilia-
dores atuarão somente em casos nos quais as partes tem vínculo anterior, quando em verdade
o correto é que eles atuem preferencialmente, e isso muda a coisa de figura, em caso nos quais
as partes não tenham vínculo anterior.
c) Errada. Em razão do sigilo inerente a função de mediador e conciliador, eles não poderão
depor ou divulgar dados da conciliação ou mediação.
d) Certa. Amigo(a), a questão traz mais um caso escorado na letra da lei (artigo 165, § 3º),
conforme evidencio abaixo:
§ 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as
partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo
que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções con-
sensuais que gerem benefícios mútuos.
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e) Errada. Bem, a assertiva peca ao estabelecer que os mediadores e conciliadores não têm
restrições ou impedimento para atuarem como advogado. Comentei, durante a aula, que eles
estão sujeitos a uma “quarentena”, e ficam impedidos, pelo prazo de 1 (um) ano, contado do
término da última audiência em que atuaram, de assessorar, representar ou patrocinar qual-
quer das partes, consoante o artigo 172 da lei de ritos.
Art. 172. O conciliador e o mediador ficam impedidos, pelo prazo de 1 (um) ano, contado do término
da última audiência em que atuaram, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes.
Letra e.
a) Errada. Avaliar é atribuição do oficial de justiça avaliador.
b) Errada. Mais uma atribuição que compete ao oficial de justiça.
c) Errada. Essa assertiva não está enquadrada entre as funções do escrivão ou chefe de secre-
taria, está mais relacionada à função do depositário.
d) Errada. Mais uma vez a banca utilizou uma função atribuída ao oficial de justiça.
e) Certa. Aí sim! Deve o escrivão ou chefe de secretaria comparecer as audiências ou designar
servidor para substituí-lo, conforme foi trabalhado em aula.
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Letra b.
I – Errado. O código não fala sobre o limite de percentual sobre o valor dos bens. O restante da
questão está em conformidade com o que estabelece o artigo 160 do Código Civil.
II – Certo. Reproduz o que está disposto no parágrafo único do artigo 160 da lei de ritos.
III – Certo. Haja vista reproduzir o artigo 161 da lei processual civil.
IV – Certo. De fato, o depositário responde na seara penal (artigo 168 do Diploma Repressor,
que trata da apropriação indébita) e a esse auxiliar incide a responsabilidade Civil conforme o
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a) O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos inte-
b) O Ministério Público será intimado para intervir como fiscal da ordem jurídica nos processos
que envolvam interesse público ou social, interesse de incapaz, interesse da Fazenda Pública
c) Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público poderá produ-
d) O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início
a partir de sua intimação pessoal, salvo quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo
e) O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com
Letra b.
Art. 176. O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis.
b) Errada. A questão incorreta é a assertiva B, porquanto não é pelo simples fato de a Fazenda
Pública estar inserida na relação jurídica processual que faz com que o Ministério Público te-
nha que atuar, consoante o parágrafo único do artigo 179 do Novo Código.
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Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá
início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º.
Art. 181. O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com
dolo ou fraude no exercício de suas funções.
Letra b.
Querido(a), lembra-se daquela mneumônica engraçada que disse a você para falar dos princí-
pios relativos à conciliação e mediação? Olha, você pode ter rido muito, ou até pensado e quão
bobo é o seu professor, mais uma coisa é certa, essa questão estaria garantida. Olha a Decisão
Informada CAIIO!
Olha a Decisão Informada.
Confidencialidade.
Autonomia da vontade.
Informalismo.
Imparcialidade.
Oralidade.
Com independência.
Com base nos princípios acima, percebe-se que a alternativa que não está enquadrada na frase
acima é a letra B, simplicidade e economia processual.
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Letra b.
a) Certa. A questão está de acordo com o inciso VIII do artigo 139 da Lei de Ritos.
b) Errada. Opa! Em primeiro lugar, devemos ter cuidado com conceitos absolutos, olha o sem-
pre aí! Durante a aula, comentei que, com base no artigo 140 do CPC, em seu parágrafo único
o juiz decidirá por equidade nos casos previstos em lei, ou seja, não é sempre como afirma a
assertiva.
c) Certa. A questão está de acordo com o inciso II do artigo 139 da Lei de Ritos.
d) Certa. A questão está de acordo com o inciso IV do artigo 139 do Código de Processo Civil.
e) Certa. A questão está de acordo com o inciso VII do artigo 139 da Lei de Ritos.
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Letra d.
Amigo(a), todos os itens estão corretos, pois afirmam o que está previsto no artigo 139 do
Código de Processo civil. Sendo assim, vale a pena ler as proposições acima, haja vista elas
revisarem os poderes, deveres e responsabilidades do juiz.
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Letra d.
a) Errada. Esse é um caso de impedimento conforme o artigo, 144, inciso, IX.
b) Errada. Esse é um caso de impedimento conforme o artigo, 144, inciso, I.
c) Errada. Esse é um caso de impedimento conforme o artigo, 144, inciso, VII.
d) Certa. Esse não é um caso de impedimento e, como a questão questiona qual assertiva não
é causa de impedimento, essa é a nossa. Conforme o artigo, 144, inciso, IV, o impedimento se
estende até os parentes em terceiro grau civil, consanguíneo ou por afinidade.
e) Errada. Esse é um caso de impedimento conforme o artigo, 144, inciso, III.
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Letra a.
a) Certa. Sim, a questão está em conformidade como o artigo 168 do Novo Código.
b) Errada. Amigo(a), quando o assunto se refere a princípios eu sugiro a mneumôncia: OLHA
A DECISÃO INFORMADA CAIIO! COM INDEPENDÊNCIA. Ela reflete os princípios afetos à me-
diação e conciliação, a qual se pauta pela confidencialidade ao contrário do que afirma a as-
sertiva.
c) Errada. Não, a questão afronta o artigo 167, § 5º, da Lei de Ritos, durante a aula falei da
“quarentena” relativa aos conciliadores e mediadores.
d) Errada. Segundo o artigo 174 da Lei de Ritos, é possível solução consensual de conflitos
pela administração pública.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Dos Juízes e dos Auxiliares da Justiça
Anderson Ferreira
e) o membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com
dolo ou fraude no exercício de suas funções.
Letra e.
Aí sim! Os Membros do Ministério Público, de fato, serão responsáveis quando agirem com
dolo ou fraude no exercício das suas funções.
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Letra a.
Item I. Certo. Conforme vimos no decorrer da aula a Defensoria possui prazos processuais em
dobro, salvo quando a lei determinar prazos próprios.
Item II. Errado. Negativo, amigo(a), essa é uma daquelas questões que requerem muita aten-
ção do candidato, veja intimação deve ser feita pessoalmente nos moldes do artigo 185, § 2º,
não menciona a possibilidade de o Juiz atuar nesse caso de ofício, mas a requerimento da
Defensoria Pública. .
Item III. Certo. Isso é o que estabelece o parágrafo 3º do artigo 186 da Lei de Ritos.
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações pro-
cessuais.
(...)
§ 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito
reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de
convênios firmados com a Defensoria Pública.
Item IV. Errado. O membro da Defensoria responde se agir por dolo ou fraude, não por culpa.
Item V. Certo. É o que assinala o caput do artigo 185 da Lei de Ritos.
Art. 185. A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a
defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral
e gratuita.
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Errado.
O item está incorreto por se não harmonizar com o que consigna o artigo 178 da Lei de
Ritos.
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal
da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que
envolvam:
I – interesse público ou social;
II – interesse de incapaz;
III – litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção
do Ministério Público.
Certo.
A questão está alinhada com o que estabelece o caput do artigo 178, inciso III, da Lei de Ritos,
o qual foi colacionado no comentário acima.
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Letra e.
Bem, conforme o artigo 178, o prazo para que o Ministério Público exerça a função de fiscal da
ordem jurídica (custos iures) é de 30 (trinta) dias. Sendo assim, as assertivas A, B, C e D estão
erradas, haja vista trazerem prazos diferentes do disposto na legislação processual civil.
Errado.
Segundo o artigo 178 em seu parágrafo único: “A participação da Fazenda Pública não confi-
gura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público”.
Ok, querido(a) amigo(a), após esse acervo de questões, despeço-me de você por meio
dos meus mais sinceros agradecimentos, tanto pela companhia virtual quanto pela confiança.
Estamos juntos nessa caminhada rumo à aprovação! Caso você tenha gostado desta aula,
deixe seu like, a fim de que possamos avaliar nosso trabalho, assim como pode deixar suas
sugestões, lembre-se de que a aula é nossa! Um abraço virtual fraterno, fique com Deus e até
o nosso próximo encontro!
“Um homem nunca deve sentir vergonha de admitir que errou, o que é apenas dizer, noutros termos,
que hoje ele é mais inteligente do que era ontem.”
ALEXANDER POPE
Anderson Ferreira
Servidor Público desde 2007, aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais: Professor da
Secretaria de Educação do Distrito Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região; Agente
de Polícia Civil do Distrito Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito Federal (cargo ocupado nos tempos
atuais)
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