Eficacia Da Dieta Low Carb Na Resistencia A Insulina

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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR

CURSO DE NUTRIÇÃO

CAMILA RIBEIRO FELIZBERTO

EFICÁCIA DA DIETA LOW CARB NA RESISTÊNCIA À INSULINA

GUAÍRA – PR
2021
CAMILA RIBEIRO FELIZBERTO

EFICÁCIA DA DIETA LOW CARB NA RESISTÊNCIA À INSULINA

Trabalho de Conclusão do Curso


apresentado à Banca Examinadora do
Curso de Graduação em Nutrição –
Universidade Paranaense – Campus
Guaíra, como requisito parcial para a
obtenção do título de Nutricionista, sob
orientação da Profª Dra. Suellen Laís
Vicentino Vieira.

UMUARAMA
2021
O presente Trabalho de Conclusão de Curso seguiu o Manual de Normas e
Padrões para Elaboração de Documentos Científicos da Unipar-2019,
Disponível em: <
http://brain.unipar.br/biblioteca_online/down/Manual_de_normas.pdf>
AGRADECIMENTOS

A Deus: Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade de estar viva


e poder realizar mais um curso de graduação, por proporcionar tantas bênçãos
na minha vida e da minha família.
Aos Pais: Agradeço aos meus pais Vilson Schulz e Sonia Schulz a quem
tanto amo, admiro e confio, por sempre acreditarem em mim, por me incentivar
sempre em busca dos meus sonhos e objetivos, por me darem tanto apoio, por
cuidarem de mim da minha família nesse durante todos esses anos e sempre
me guiar pelo caminho de Deus e da verdade.

A Filha: Agradeço a minha filha Sophia Schulz Caprioli que foi meu
maior presente e desafio durante a faculdade, me ensinando o real significado
do amor e que fez dos meus dias mais felizes.

Aos meus irmãos: Agradeço aos meus irmãos Felipe Schulz e Vilson
Schulz Junior pelo amor, pelo companheirismo, incentivo e admiração durante
o curso.
Às minhas eternas amigas: Agradeço as minhas amigas de curso por
terem estado ao meu lado me ajudando a escrever mais um capítulo da minha
história, que Deus abençoe nossa nova jornada, que sejamos profissionais
realizadas.
Ao Orientador Profª. Suellen Laís Vicentino Vieira: Agradeço
imensamente pelo apoio, paciência, incentivo, companheirismo,
profissionalismo e mais do que tudo, pela amizade, com a qual aprendemos
que a glória da amizade, não é o sorriso carinhoso, nem mesmo a companhia,
mas sim, a inspiração que vem quando você descobre que alguém acredita e
confia em você. Nossa eterna gratidão, a quem sempre fará parte das nossas
vidas.
“O senhor é o meu pastor
e nada me faltará.”

Salmos 23:1
SUMÁRIO

1. Introdução................................................................................................. 10

2. Objetivo ....................................................................................................... 11

3. Metodologia ............................................................................................... 11

4. Desenvolvimento ......................................................................................... 12

4.1 Sobrepeso e Obesidade………………………………………………... 13

4.2 Resistência à Insulina ………………………………………………….. 15

4.3 Dieta Low Carb…………………………………………………………. 19

3. Considerações finais ………....................................................................... 21

4. Referências ………........................................................................................ 19

5. Anexo ……………………………………………………………………………… 25

5.1 Declaração de autoria …………………………………………………. 25


EFICÁCIA DA DIETA LOW CARB NA RESISTÊNCIA À INSULINA

RESUMO

O presente estudo teve por objetivo analisar e compreender as características e


eficácia da dieta Low Carb e sua relação com o tratamento de indivíduos com
sobrepeso e obesidade que apresentam resistência à insulina. Caracterizados pelo
acúmulo de gordura corporal, a obesidade e o sobrepeso são decorrentes de maus
hábitos alimentares, sedentarismo e/ou condições genéticas ou psicológicas
associadas. Indivíduos nestas condições são associados a vários outros problemas
de saúde. A resistência à insulina é um dos principais problemas observados em
pacientes obesos, sendo caracterizada pela produção adequada de insulina, porém
não responsividade dos receptores celulares a este hormônio, o que ocasiona em
aumento da glicemia plasmática, ou seja, hiperglicemia e uma insulinemia. A dieta
Low Carb em indivíduos com sobrepeso e obesidade portadores de resistência à
insulina possui maior eficácia por conseguir manter os níveis de insulina mais baixos
em virtude da baixa quantidade de carboidrato em especial os simples, menor índice
glicêmico dos alimentos e maior ingestão de fibras, por fim, o grupo descrito poderão
usufruir de uma melhoria na qualidade de vida e diminuição ou desuso de
medicamento de controle de glicemia.

Palavras-chave: Glicemia; Gordura corporal; Índice Glicêmico; Obesidade;

Sobrepeso.
EFFECTIVENESS OF THE LOW CARB DIET ON INSULIN RESISTANCE

ABSTRACT

This study aimed to analyze and understand the characteristics and effectiveness of
the Low Carb diet and its relationship with the treatment of overweight and obese
individuals who present insulin resistance. Characterized by the accumulation of
body fat, obesity and overweight are the result of poor eating habits, sedentary
lifestyle and/or associated genetic or psychological conditions. Individuals with these
conditions are associated with several other health problems. Insulin resistance is
one of the main problems observed in obese patients, characterized by adequate
insulin production, but non-responsiveness of cell receptors to this hormone, which
leads to an increase in plasma glucose, that is, hyperglycemia and insulinemia. The
Low Carb diet in overweight and obese individuals with insulin resistance is more
effective as it manages to maintain lower insulin levels due to the low amount of
carbohydrates, especially simple carbohydrates, lower glycemic index of foods and
higher fiber intake, finally, the described group may benefit from an improvement in
their quality of life and decrease or disuse of blood glucose control medication.

Keywords: Blood glucose; Body fat; Sugar level; Obesity; Overweight.


10

1. Introdução

A ingestão de nutrientes é necessária para a sobrevivência dos seres


humanos (LUCENA, TAVARES, 2018). As escolhas de como um indivíduo leva seu
estilo de vida é determinante na base, no bem-estar e na sua qualidade de vida
(MAHAN, RAYMOND, 2018).
O sobrepeso e a obesidade vem aumentando em larga proporção, sendo
considerada um problema de saúde pública. O excesso de peso propicia o
desenvolvimento ou agravamento de outras doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT), como: resistência à insulina, hipertensão arterial sistêmica, diabetes,
tumores, entre outras complicações (BRASIL, 2020).
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, decorrente de
hábitos alimentares inadequados, sedentarismo e/ou condições genéticas ou
psicológicas associadas. É classificada em graus de acordo com o índice de massa
corporal (IMC), que leva em consideração o peso e a altura do paciente (TAVARES,
NUNES, SANTOS, 2010).
Alguns dos fatores associados ao ganho de peso são ansiedade, compulsão
alimentar, estresse, consumo de bebidas alcoólicas, entre outros (BRASIL, 2021).
Dados atuais mostram que 26,8% da população brasileira acima de 20 anos
apresentam obesidade. Esse percentual tem aumentado de tal forma que se estima
que até o ano de 2025 cerca de 700 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com
a doença (BRASIL, 2021).
A dieta low carb tem como uma de suas características, a disponibilidade
reduzida de carboidratos, o que levaria a níveis mais baixos de insulina (HALUCH,
2020, p6).
A resistência à insulina, é um dos principais problemas observados nos
pacientes obesos, sendo caracterizada pela produção adequada de insulina, porém
não responsividade dos receptores celulares, o que ocasiona em aumento da
glicemia plasmática, ou seja, hiperglicemia e uma insulinemia (GOBATO,
VASQUES, ZAMBOM, 2014).
O estado nutricional de cada indivíduo revela como está sua ingestão de
alimentos, sendo esse um ponto de partida para a criação de uma estratégia para o
paciente que procura um profissional em nutrição para adequar sua alimentação
e/ou corrigir uma disfunção ou enfermidade (MAHAN, RAYMOND, 2018).
11

A escolha de um plano alimentar para um paciente envolve uma série de


características, tanto intrínsecas quanto extrínsecas, não sendo somente o IMC o
fator determinante. A procura por dietas populares e/ou da moda, pode não oferecer
as necessidades nutricionais do indivíduo e até mesmo o expor a riscos de saúde.
Assim, a escolha de uma dieta adequada para que ocorra a perda de peso
satisfatória, melhora da resistência à insulina e/ou outras complicações decorrente
do peso em excesso, sem prejuízo na qualidade de vida, deve levar em
consideração o olhar e o conhecimento de um profissional nutricionista, sendo que
alguns casos a atuação multiprofissional é necessária para que se alcance o objetivo
com o paciente.

2. Objetivo

Analisar as características e eficácia da dieta Low Carb, e sua relação no


tratamento de indivíduos com sobrepeso ou obesidade, que apresentam resistência
à insulina por meio de uma revisão bibliográfica.

3. Metodologia

A Pesquisa científica está presente em todas as áreas da ciência, como por


exemplo nas educacionais, inúmeras pesquisas podem ser encontradas ou estar em
andamento. “A pesquisa é um processo do qual podemos investigar ou solucionar,
responder ou aprofundar sobre uma indagação no estudo”. (SOUZA, OLIVEIRA,
ALVES, 2021 p.65).

A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de


graduação, uma vez que constitui o primeiro passo para todas as
atividades acadêmicas. Uma pesquisa de laboratório ou de campo
implica, necessariamente, a pesquisa bibliográfica preliminar.
Seminários, painéis, debates, resumos críticos, monográficas não
dispensam a pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas
exploratórias, na delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa, no
desenvolvimento do assunto, nas citações, na apresentação das
conclusões. Portanto, se é verdade que nem todos os alunos
realizaram pesquisas de laboratório ou de campo, não é menos
verdadeiro que todos, sem exceção, para elaborar os diversos
trabalhos solicitados, deverão empreender pesquisas bibliográficas
(ANDRADE, 2010, p.25).
12

Neste sentido foi considerado, artigos científicos, monografias, dissertações e


teses disponíveis na íntegra. Foram utilizados as bases de dados Biblioteca
Nacional de Medicina dos Estados Unidos (MEDLINE), Google Acadêmico, Scientific
Electronic Library Online (Scielo) e sites oficiais como Ministério da Saúde,
Organização Mundial da Saúde e Sociedades Nacionais e Internacionais,
descritores como low carb, resistência à insulina, sobrepeso, obesidade, dieta baixo
em carboidratos, diabetes forem incluídos durante a pesquisa, foram considerados
artigos em inglês e português, o tempo levado para que a pesquisa fosse feita foi de
abril a outubro de 2021.

4. Desenvolvimento

4.1 Sobrepeso e Obesidade

O sobrepeso e a obesidade são consequências do crescimento imoderado


do tecido adiposo, sendo resultante do consumo excessivo de calorias, excedendo
as necessidades energéticas do indivíduo (HARDY, 2012). Mahan et al. (2018),
consideram que a obesidade decorre do aumento de massa corporal que excede o
padrão de acordo com o IMC, do qual se encontra de forma generalizada ou
concentrada no indivíduo. Porém, independente da classificação, o sobrepeso e a
obesidade podem trazer prejuízos à saúde (OMS, 2021).
Frente a diferentes formas que podem ser classificadas o excesso de peso de
uma pessoa, o IMC, que leva em consideração o peso e a altura, são bem aceitos,
sendo considerado IMC maior ou igual a 25 sobrepeso, e obesidade maior ou igual a
30 (OMS, 2021).
Segundo Mahan et al., (2018), desde 1980 a obesidade mundial chegou
quase a dobrar. A OMS diz que somente em 2016 cerca de 1,9 bilhões de adultos
por todo mundo estavam acima do peso, deste percentual, 650 milhões eram
obesos (OMS, 2021). Cerca de 65% da população do mundo se localiza em países
onde o sobrepeso e a obesidade matam mais do que a magreza (MAHAN,
RAYMOND, 2018).
O ganho excessivo de peso está diretamente ligado ao ambiente do qual o
indivíduo está inserido, estilo de vida, características genéticas e presença de
13

doenças de base que possam propiciar a um acúmulo de gordura corporal (MAHAN,


RAYMOND, 2018).
O consumo excessivo de calorias, principalmente carboidratos, lipídeos e
produtos industrializados, facilitam consideravelmente para o ganho de peso, pelo
aumento da deposição de triglicerídeos nos adipócitos. A alimentação desregulada,
somada a ausência da prática de exercícios físicos, intensificam o depósito de
gorduras em excesso (OMS, 2021).
Inúmeros riscos à saúde se dão pelo sobrepeso ou obesidade, sendo as
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), tais como, diabetes mellitus (DM) tipo
2, doença arterial coronariana, alguns tipos de cânceres e hipertensão arterial
sistêmica (HAS) (MAHAN, RAYMOND, 2018). A resistência à insulina é uma
condição que aumenta com a obesidade, desencadeando uma hiperglicemia
plasmática no indivíduo.
O aumento da circunferência abdominal, decorrente do acúmulo de tecido
adiposo é um forte indicador associado ao tecido adiposo, sendo um marcador da
resistência à insulina (JIANG, PAN, 2020)

4.2 Resistência à Insulina (RI)

Metabolicamente flexível, a homeostase da gordura corporal está diretamente


ligada ao tecido adiposo, podendo esta ser armazenada e liberada em forma de
ácidos graxos. A partir do momento em que essa capacidade de armazenamento
passa a ultrapassar, logo, aparecem depósitos em localizações ectópicas em que
acarretam a resistência à insulina (RI) (TIMÓTEO, 2017).
O sobrepeso e a obesidade trouxe o aumento exorbitante de indivíduos com
RI (O’NEILL, 2020). Determinada pela instabilidade no metabolismo de glicose
(GUIMARÃES et al., 2019), a RI ocorre pois a insulina não consegue exercer seu
papel, e isso faz com que haja a dificuldade de absorção de glicose pela célula
devido a resistência que ocorre nos receptores (PEREIRA, FRANCISCHI,
LANCHA-JUNIOR, 2003).

Quando a pessoa desenvolve RI, seu pâncreas começa a produzir o


hormônio insulina em quantidades bem superiores, de forma
excessiva. O problema é que após o estímulo gerado pela glicose, a
ação dessa insulina não é a ideal. Para corrigir essa resistência, o
organismo acaba secretando quantidades bem maiores de insulina
14

que, apenas em níveis excedentes, conseguem cumprir suas


funções. Contudo, em determinados momentos esse mecanismo
pode ser ineficiente e há um aumento na concentração da insulina
(hiperinsulinemia) e da glicose sanguínea, favorecendo o
desencadear de inúmeros estados patológicos, dentre eles, a
pré-diabetes e, principalmente, a síndrome metabólica. (LUCENA;
TAVARES, 2018, p.150).

A RI manifesta quando há uma não responsividade dos receptores de


insulina, que influenciam no transporte de glicose para o interior da célula e acarreta
consequentemente uma hiperglicinemia (HARDY, 2012).
Pode também ser expressa nos adipócitos, levando a lipólise e na circulação
o acréscimo dos ácidos graxos livres (MAHAN, RAYMOND 2018).
Em casos em que padrões aumentados de insulina circulante passam a ser
necessários para que ocorra uma resposta na diminuição de glicose, tende a se
considerar como RI (PETERSEN, SHULMAN, 2018).
A RI é denominada como um potencializador de fator de risco para doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT) sendo elas: diabetes, doenças
cardiovasculares; (JIANG et al, 2020), síndrome do ovário policístico (SOP), diabetes
tipo 2 (LEBOVITZ, 2001), aterosclerose e dislipidemia (PEREIRA, FRANCISCHI,
LANCHA-JUNIOR, 2003)
Para Pereira et al., (2003), algumas circunstâncias estão relacionadas a
fatores ambientais podendo ser descritos por lesões das células β, obesidade,
sedentarismo, doenças pancreáticas, estresse entre outros.
A distribuição de massa gorda desempenha enorme atuação em
anormalidades ligadas à obesidade (PEREIRA, FRANCISCHI, LANCHA-JUNIOR,
2003).
A quantidade de gordura corporal em indivíduos com sobrepeso e obesidade
tem como uma de suas principais características uma piora da sensibilidade à
insulina (HALUCH, 2020).
Mahan et al. (2018), afirmam que em especial a gordura intra-abdominal
elevada é causada pelo acúmulo de gordura visceral resultando em um aumento de
ácidos graxos livres no fígado; a secreção de adipocinas que resulta no prejuízo da
sensibilidade à insulina, que eleva então o crescimento desse depósito (HARDY,
2012).
Contudo, o acúmulo da massa gorda corporal, em especial a abdominal,
possui relação direta com ácidos graxos livres na corrente sanguínea, prejudicando
15

a comunicação com a insulina ocasionando um cenário de RI (GUIMARÃES et al.,


2019). O elevado número de lipídios no fígado relacionados com a obesidade
visceral parece estar relacionado com a RI (HARDY, 2012).
O total dos macronutrientes ingeridos pela dieta, são necessários para que
haja um balanço energético levando ao aumento da massa adiposa ou redução da
mesma. Em uma dieta da qual cada macronutriente tem um papel primordial, vale
destacar que a capacidade que os lipídios oriundos da dieta ricos em gordura
saturada tende de armazenar-se como massa gorda, podem atingir cerca de 96%.
(PEREIRA, FRANCISCHI, LANCHA-JUNIOR, 2003).
A piora da sensibilidade à insulina se dá pelo excesso de gordura e pelo
maior consumo em alimentos de alto índice glicêmico, em especial os carboidratos
refinados e açúcares (HALUCH, 2020, p31)
Atividade física e perda de peso são fundamentais para que haja a melhora
na resistência à insulina e de distúrbios metabólicos relacionados (GREENFIELD,
CAMPBELL, 2004). Contudo, uma dieta baixa em carboidratos também tem se
mostrado eficiente nesse cenário, trazendo benefícios como redução de glicose e
insulina disponíveis no sangue, podendo assim entrar em um estágio em que ocorre
a queima de gordura e melhora na sensibilidade à insulina (BROUNS, 2018).

4.2 Dieta Low Carb

Uma estratégia nutricional, a expressão Low carb vem do inglês e significa


“baixo carboidrato", esta dieta tem como um de seus principais aspectos ajudar na
redução dos níveis de insulina plasmática (LUCENA; TAVARES, 2018). Durante a
segunda metade da sua história, na década de 1970, tornou-se uma dieta popular
para perda de peso e controle do diabetes, trazendo consigo uma melhora na
tolerância a carboidratos (O’ NEILL, 2020).
Segundo as recomendações da Dietary Reference Intakes - Ingestão
Dietética de Referência (DRI), uma dieta padrão tem como divisão 45 a 65% dos
macronutriente em carboidratos oriundos da dieta, já em uma dieta low carb, o
baixo teor de carboidratos são de aproximadamente menos de 200g/dia ou 30% dos
macronutrientes totais quando se trata do valor energético total (LUCENA,
TAVARES, 2018).
16

De acordo com Timóteo (2017), uma dieta low carb se tornou uma das
principais dietas para melhora da RI, apresentando vantagens, como maior
saciedade e menor carga glicêmica dos alimentos. Haluch (2020, p. 31 e 32), relata
que para manter os níveis de insulina mais baixos é necessário que haja uma
ingestão de alimentos com menor índice glicêmico e maior concentração de fibras,
alimentos ricos em proteínas e maior ingestão de fontes de gorduras de boa
qualidade (poli-insaturadas e monoinsaturadas), e por esse motivo o indivíduo tende
a sentir-se mais saciado, passando a ter uma maior sensibilidade à insulina e
mantendo, de certa forma, os níveis de insulina mais estáveis, além de consumir
menos calorias.
Devido a diminuição de glicose sanguínea em virtude da low carb, ativa-se o
processo de gliconeogênese (produção endógena de glicose), simultaneamente a
glicólise, quebra da glicose, passa a ser mútua nesse processo, quando uma está
elevada a outra está em baixa e vice-versa. O corpo necessita de glicose
principalmente para a geração de energia, a partir da baixa produção endógena de
glicose em virtude da gliconeogênese o corpo começa a produzir corpos cetônicos
como alternativa energética (BROUNS, 2018).
Formados por carbono, oxigênio e hidrogênio, os lipídios em forma de
triacilglicerol possuem algumas funções, dentre elas podemos destacar que são
fonte primordial na dieta e fazem com que seja feita reserva de energia que por sua
vez são acomodados como adipócitos no organismo. (HALUCH, 2020, p 34)
No cenário atual, do qual se encontra estratégias nutricionais, uma dieta com
baixas quantidades em carboidratos se mostra mais eficaz em pacientes com RI por
ter como uma das suas principais característica, redução ao estímulo de insulina,
evitando assim picos de insulina(HALUCH, 2020), fazendo a dispensa de lipídios
abrigados nos adipócitos e acelerando a formação de corpos cetônicos que são
utilizados posteriormente como fonte de energia (O’NEILL, 2020).
Quando comparada com uma dieta padrão em carboidratos, avalia-se que
uma dieta baixa em carboidratos promove melhora da sensibilidade à insulina,
perda de peso, e uma maior perda de gordura intramuscular, corporal e visceral
(GOSS; GOWER; SOLEYMANI, 2020), que de tal forma parece ser o principal
agente responsável pela melhora da RI (WHEATLEY et al., 2021).
Noakes et al., (2016), relata quais tipos de alimentos destacam-se na dieta
low carb, sendo folhosos verdes, peixes, ovos, proteína animal, oleaginosas e
17

sementes, óleos, gordura natural e vegetal e laticínios, devendo-se evitar o consumo


de alimento processados.
Uma alimentação rica em gordura saturada traz o aumento de indivíduos com
RI (ISHARWAL et al., 2008). Contudo, deve-se entender que os carboidratos
simples, são os maiores causadores de RI, sua maior ingestão vem dos açúcares
que são encontrados em forma de doces, refrigerantes, bolos, biscoitos, tortas entre
outros (CORNIER, DRAZNIN, 2013).
Uma dieta com restrição em carboidratos traz maiores benefícios como perda
de peso, redução de glicose plasmática, redução da adiposidade e melhora na
sensibilidade à insulina, entre outros, se comparada a uma dieta com baixa ingestão
de gordura (O’NEILL, 2020).
A tabela 1, indicada por O’Neill, (2020), mostra algumas consequências e
vantagens com a restrição e excesso dos carboidratos advindos da dieta.

Tabela 1 - Impacto do excesso versus restrição de carboidratos da dieta na saúde


metabólica e disfunção provocada.
Excesso de carboidratos Restrição de carboidratos

Hiperinsulinemia Níveis de insulina reduzidos e restauração


Resistência à insulina progressiva de sensibilidade à insulina

Inflamação sistêmica e local Marcadores reduzidos de inflamação


Maior resistência à insulina

Dislipidemia aterogênica Perfil lipídico melhorado e subfrações


Triglicerídeos elevados, HDL pequeno,
sdLDLp

Tecido adiposo visceral aumentado Tecido Adiposo Visceral Reduzido e


Sobrepeso/obesidade perda de peso sustentada eficaz

Hipertensão Pressão arterial melhorada

Mets, Diabetes mellitus tipo 2, Melhoria da reversão da hemoglobina A1c


aterosclerose atrial fibrilação e diabetes

Disfunção Metabólica Saúde Metabólica Restaurada


Legenda: Lipoproteína de alta densidade (HDL); Lipoproteína de baixa densidade pequena
e densa (sdLDLp); Síndrome metabólica(Mets).Fonte: O’NEILL, 2020.

Com o consumo de carboidratos simples/refinados e de alto índice glicêmico


sua absorção passa a ser de forma mais rápida, ocasionando um maior impacto na
18

insulina e glicose, que elevam-se de forma mais rápida da mesma forma de


declinam mais rapidamente (HALUCH, 2020, p.31).
Com a redução de carboidratos e maior ingestão de gordura monoinsaturada,
encontra-se uma maior melhoria no controle glicêmico e gorduras, mais do que
especificamente a perda de peso (CORNIER, DRAZNIN, 2013).
Após a ingestão de um carboidrato, o índice glicêmico emite algumas
respostas metabólicas, tratando-se da utilização da glicose e liberação de insulina,
determinando-se a resposta pós-prandial do carboidrato do alimento. Neste
contexto, uma dieta com baixo índice glicêmico, englobando maiores quantidades de
alimentos como os vegetais, frutas, grãos inteiros e leguminosas, resulta em
resposta favorável visando uma melhora da RI e síndrome metabólica (CORNIER,
DRAZNIN, 2013).
Um estudo de Evert et al., (2019), do qual avaliou-se indivíduos com diabetes
tipo 2 ou pré-diabéticos, ainda obesos ou com sobrepeso, e que possuíam RI,
observaram resultados positivos de alguns alimentos, como as fibras, além da
diminuição dos carboidratos refinados, relacionados à melhora da síndrome.
Resultados semelhantes foram observados por (BIBRA, et al, 2013). Fibras
alimentares, em especial as do tipo solúvel, acima de 20 a 35g/dia, apresenta
redução da hiperinsulinemia, controla o índice glicêmico sanguíneo e proporciona
menor concentração de lipídios plasmáticos (PANIAGUA, 2016). As frutas, por
exemplo, são alimentos auxiliares ao tratamento da RI, pois além de micronutrientes,
antioxidantes e algumas com baixas calorias, são ricas em fibras solúveis (HALUCH,
2020, p.21).
Derivados de organismos marinhos, composto por ácido eicosapentaenóico
(EPA), docosahexaenoico (DHA) e ácido alfa-linoléico (ALA), ácidos graxos
poli-insaturados do ômega 3 (PUFA), têm sido utilizados com intuito de prevenir a RI,
seus compostos bioativos e propriedades antiinflamatória tem se mostrado eficaz
para prevenção (LEPRETTI, et al., 2018). Isharwal et al., (2008), afirmam que o
ômega 3 por sua vez, obteve bons resultados na melhora da RI, através da simples
substituição de 6% de ômega 6 por ômega 3. Desta forma, a suplementação com
PUFA, pode melhorar a ação da insulina, revertendo efeitos contrários da sacarose
e gordura saturada, fazendo com que aconteça uma alteração da afinidade do
receptor de insulina e ainda melhorando o transporte de glicose para as células.
Lepretti et al., (2018), discutem que ainda devem ser encorajados mais estudos
19

observacionais com humanos em relação a esta substituição/suplementação. Além


do mais, cabe ressaltar que a qualidade da gordura ingerida pela dieta possui maior
importância que a quantidade da mesma (PANIAGUA, 2016).
O’neill (2020), afirma que em indivíduos obesos uma dieta com restrição de
carboidratos mostrou ter maior eficácia que uma dieta com baixo teor de gordura,
para melhoria de RI e melhora dos níveis de glicose em jejum, destacando a
diminuição ou desusos totais de medicamentos, a melhora de triglicerídeos e
HDL-Colesterol. Resultados semelhantes foram observados nos estudos de Goss et
al., (2020) como uma população entre homens e mulheres. Já, Cornier et al., (2012),
em estudo randomizado com duração de 16 semanas, constataram que mulheres
moderadamente obesas com RI, que seguiram uma dieta low carb, obtiveram uma
melhor resposta relacionada à sensibilidade a insulina, se comparada às que
seguiram uma dieta padrão em carboidratos. Todavia, Partsalaki et al., (2012),
avaliaram durante um estudo com crianças e adolescentes, entre 8 e 18 anos, que
indivíduos que tiveram uma dieta pobre em carboidratos, menor que 20g/dia,
chegando até a 40g/dia, obtiveram maior perda de peso e melhora na sensibilidade
à insulina quando comparados aos que seguiram uma dieta com baixo teor de
lipídios somente. Desta forma, pressupõe-se que a dieta com baixo teor de
carboidratos seja uma alternativa a se considerar diante do cenário perda de peso e
resposta da melhora metabólica.
Uma comum crítica entre os pesquisadores é de que uma dieta pobre em
carboidratos não consiga ser mantida por muito tempo (tempo >12 meses), todavia
após uma glicemia controlada, o importante é que o indivíduo se adeque a uma
abordagem que consiga continuar a seguir, dando assim continuidade ao processo e
obtendo resultados esperados. É importante que um indivíduo que deseja aderir tal
prática da dieta low carb passe por avaliação profissional (WHEATLEY et al., 2021),
pois só uma avaliação individual pode evitar complicações, como deficit nutricional
ou piora da condição do paciente (BROUNS, 2018).

5. Considerações Finais

A partir do objetivo levantado nesta pesquisa, compreende-se os possíveis


benefícios da dieta Low Carb com relação ao sobrepeso e obesidade em indivíduos
20

com resistência à insulina. As causas da disfunção são diversificadas, variando de


má alimentação e/ou maus hábitos de modo geral, até ao ponto de serem
associadas às enfermidades genéticas e/ou psicológicas.
Neste sentido faz-se necessário uma intervenção individualizada visando
analisar sinais e sintomas característicos e com isso conduzir tal indivíduo a um
tratamento em que seja possível uma maior aderência e a regressão do quadro
patológico, levando em consideração não somente o IMC como fator determinante
mas também evidenciando as inúmeras complicações que podem surgir em
decorrência da obesidade/sobrepeso que são distúrbios intimamente ligados a
resistência à insulina.
Deste modo, considera-se a relevante a dieta Low Carb como uma estratégia
especialmente benéfica para a melhoria do quadro de resistência à insulina e ao
mesmo tempo fazer-se presente o processo de emagrecimento, além de trazer
consequentemente uma melhoria na qualidade de vida desses indivíduos.
Entretanto, vale ressaltar a necessidade do acompanhamento do indivíduo por um
profissionais nutricionistas, além da possível necessidade de um trabalho
multiprofissional para que se alcance o objetivo almejado.
21

REFERÊNCIAS

ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de


trabalhos na graduação. São Paulo, SP: Atlas, 2010.

BIBRA, H Von, et al. Low-carbohydrate/high-protein diet improves diastolic cardiac


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5.0 Anexos
5.1 Declaração de autoria

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