Guidelines Opp Psicologia Ehealth
Guidelines Opp Psicologia Ehealth
Guidelines Opp Psicologia Ehealth
Porto, 2019
1
Sumário Executivo
2
Índice
Introdução ............................................................................................................................... 4
Serviços de Psicologia Mediados por TIC ............................................................................... 6
Enquadramento das Linhas de Orientação ........................................................................... 11
Princípios Gerais ................................................................................................................... 15
Linhas de Orientação para a Prática Profissional ................................................................. 16
Cumprimento dos Princípios Éticos e Deontológicos da Profissão ................................... 16
Conhecimento e Competência .......................................................................................... 16
Identificação da/o Psicóloga/o e da/o Cliente .................................................................... 17
Integridade e Limites da Relação ...................................................................................... 18
Consentimento Informado ................................................................................................. 18
Confidencialidade e Segurança no Registo e Transmissão de Dados .............................. 20
Aspetos Legais e de Jurisdição ......................................................................................... 22
Avaliação Psicológica ........................................................................................................ 23
Investigação ....................................................................................................................... 24
Intervenção em Situações de Crise e Catástrofe .............................................................. 24
Intervenção com Populações Específicas ......................................................................... 25
Desenvolvimento de Ferramentas Digitais de Intervenção ............................................... 25
ANEXO A - Linhas de Orientação Específicas para a Realização e Relato de Investigação
em Psicologia e eHealth ........................................................................................................ 27
ANEXO B - Linhas de Orientação Específicas para a Intervenção em Situações de Crise . 35
ANEXO C - Resumo de Conteúdo das LOPP* ..................................................................... 37
Referências ........................................................................................................................... 40
3
Introdução
4
barreiras. Não obstante, as vantagens da sua utilização não se esgotam na conveniência
geográfica ou nas circunstâncias instrumentais; o recurso às TIC não é apenas uma forma
de compensar potenciais limitações nem está circunscrito à sua utilização de forma
complementar. A evolução do conhecimento, da investigação e, mais especificamente, dos
estudos de custo-efetividade das intervenções em psicologia e na saúde tem levado à
discussão sobre a amplitude do seu papel no quadro da prestação de cuidados de saúde e
de saúde psicológica, quer em termos das suas potencialidades, quer das suas possíveis
limitações e riscos, sobretudo em determinados quadros clínicos. Em suma, o debate
científico e profissional não está somente colocado ao nível da utilidade e conveniência das
tecnologias para suprir determinadas situações específicas, mas remete também para a
definição do papel transversal que as tecnologias podem ter na prestação de serviços, não
como exceção ou alternativa de recurso, mas como fazendo parte integrante e natural dos
mesmos.
Reconhecendo que, por um lado, a transformação tecnológica trouxe formas de
intervenção e ferramentas que devem ser colocadas ao serviço das pessoas e do
desenvolvimento da sociedade, e que, por outro lado, importa discutir o impacto na prática
profissional e mitigar potenciais riscos, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) tem
desenvolvido um conjunto de iniciativas neste domínio. Além da produção de informação e
de criação de espaços de debate sobre o papel das tecnologias na prática profissional
das/os psicólogas/os, de colaboração com instituições e integração em equipas de trabalho
sobre este tema no âmbito da interface entre associações profissionais europeias e
mundiais (e.g., Federação Europeia das Associações de Psicólogos, American
Psychological Association), a OPP constituiu um Grupo de Trabalho em Psicologia e
eHealth, cuja missão envolveu a discussão sobre a intervenção psicológica mediada por
TIC e a definição de linhas de orientação para a prática profissional das/os psicólogas/os
que recorram a TIC na sua intervenção.
No presente documento, são apresentados um enquadramento conceptual e um
conjunto de Linhas de Orientação para a Prática Profissional (LOPP) das/os psicólogas/os
que intervenham ou prestem serviços de psicologia mediados por TIC. Face a algumas
especificidades, nomeadamente relativas à investigação e à intervenção em situações de
crise e de emergência clínica, são também providenciadas linhas de orientação mais
adaptadas (em anexo).
5
Serviços de Psicologia Mediados por TIC
6
Assim, de forma geral, os serviços de psicologia mediados por TIC podem incluir
diferentes tipos de ferramentas:
7
física ou mental) – quando esse é o objetivo principal, estamos perante intervenções de
natureza educativa; e/ou 2) potenciar a mudança terapêutica no utilizador (e.g., a nível
cognitivo, emocional e/ou comportamental) (Barak et al., 2009). Estes programas incluem
habitualmente as seguintes componentes: a) informação didática; b) opções multimédia
(e.g., figuras/gráficos, animações, vídeos); c) ferramentas interativas (apoiam a
aprendizagem do conteúdo através de experiências interativas, como ferramentas de
autoavaliação e automonitorização); d) ferramentas de feedback (permitem obter
informação sobre o seu progresso); e f) ferramentas de apoio/orientação, que pode ser
inexistente (programa completamente autoguiado) ou incluir um elevado nível de
apoio/orientação; o apoio/orientação pode ser gerado por programação automática ou com
recurso a suporte por parte de profissionais/técnicos (Barak et al., 2009; Ritterband et al.,
2006). Pelo facto de poderem ser acedidos através de diferentes dispositivos (e.g.,
computador, tablet, smartphone), o desenvolvimento deste tipo de programas pode recorrer
à utilização de design responsivo (isto é, adaptação do layout e da apresentação de
conteúdos aos diferentes dispositivos). Além disso, para facilitar o envolvimento do
utilizador com a plataforma/programa, podem ser utilizadas estratégias de gamificação, que
correspondem à utilização de elementos do design de jogos, especialmente dos videojogos,
em contextos da vida real e tendo em vista a mudança de comportamento. Estas
estratégias de design responsivo e gamificação podem ser utilizadas no desenvolvimento
de outras ferramentas, como os dispositivos móveis.
4. Dispositivos Móveis
Os serviços de psicologia também podem ser baseados ou apoiados em dispositivos
móveis, como telemóveis (smartphones), dispositivos de monitorização pessoal, assistentes
digitais pessoais (PDA) e outros dispositivos sem fio. As aplicações para dispositivos
móveis (apps) podem ser desenvolvidas com fins de avaliação clínica, monitorização de
sintomas, informação/psicoeducação, avaliação do progresso do tratamento, treino de
competências e comunicação bidirecional com o terapeuta (Luxton, McCann, Bush,
Mishkind, & Reger, 2011). Uma tendência crescente da utilização deste tipo de ferramentas
diz respeito à monitorização das/os clientes em tempo real, já que estes dispositivos
permitem a obtenção de uma variedade de dados (comportamentais – e.g., rotinas diárias;
emocionais – e.g., estado de humor; fisiológicos – e.g., atividade cardíaca, padrões de
sono) em tempo real de forma sofisticada, passiva e não-invasiva, o que potencialmente
poderá melhorar a sensitividade e fiabilidade da monitorização da/o cliente em contexto
clínico (Gagglioli & Riva, 2013; Mohr, Burns, et al., 2013).
8
São jogos desenvolvidos com os princípios do design de jogo interativo, com o
objetivo de transmitir conteúdo educacional, treinar competências ou promover a mudança
comportamental, ao mesmo tempo que têm uma componente de entretenimento para o
utilizador. Os jogos terapêuticos incluem jogos computadorizados (offline), bem como jogos
terapêuticos online (Fleming et al., 2017; Lau, Smit, Fleming, & Riper, 2017; Mohr, Burns, et
al., 2013).
9
grandes grupos de modalidades distintas de fornecimento de serviços de psicologia
mediados por TIC:
10
As intervenções com recurso a este tipo de tecnologia podem variar nos seus alvos
e objetivos e estão também dependentes das características das aplicações móveis em
causa. Algumas das aplicações existentes estão integradas na intervenção psicológica com
recurso a programas de intervenção (neuro)psicológica computadorizados ou mediados
pela web ou como meio de apoio a formas mais tradicionais de fornecimento de serviços
(e.g., como apoio a psicoterapia realizada presencialmente).
11
Nestes trabalhos, tem-se verificado que estas são mais eficazes do que o tratamento
habitual e tão eficazes como as intervenções face-a-face para o tratamento de um grupo
alargado de alterações no funcionamento e perturbações psicológicas, nomeadamente a
perturbação de ansiedade generalizada (Andersson et al., 2012; Per Carlbring et al., 2011;
Paxling et al., 2011), a ansiedade social (P. Carlbring et al., 2007; Mansson et al., 2015), a
perturbação de pânico (Hedman et al., 2013; Spence et al., 2011), a perturbação de stress
pós-traumático (Ivarsson et al., 2014), o stress (Kien Hoa Ly, Asplund, & Andersson, 2014;
Zetterqvist, Maanmies, Strom, & Andersson, 2003), a depressão (Andersson et al., 2013; T.
Berger, Hämmerli, Gubser, Andersson, & Caspar, 2011; Per Carlbring et al., 2013; K. H. Ly,
Carlbring, & Andersson, 2012; Mohr, Duffecy, et al., 2013; O'Mahen et al., 2014; Perini,
Titov, & Andrews, 2009; Ruwaard et al., 2009; Vernmark et al., 2010; Wagner, Horn, &
Maercker, 2014), o perfecionismo (Arpin-Cribbie, Irvine, & Ritvo, 2012), o sofrimento
associado à infertilidade (Haemmerli, Znoj, & Berger, 2010), as perturbações do
comportamento alimentar (Loucas et al., 2014) e a procrastinação (Rozental, Forsell,
Svensson, Andersson, & Carlbring, 2015).
Além disso, as intervenções psicológicas mediadas por TIC também se têm revelado
eficazes na promoção da adaptação a uma série de doenças físicas, em que se incluem a
dor crónica (Buhrman, Faltenhag, Strom, & Andersson, 2004), o tinnitus (Andersson,
Stromgren, Strom, & Lyttkens, 2002), as perturbações de sono (Blom et al., 2015), o
síndrome do cólon irritável (Ljótsson et al., 2011), a diabetes (Hadjiconstantinou et al., 2016;
Kitsiou, Paré, Jaana, & Gerber, 2017) e o cancro (Agboola, Ju, Elfiky, Kvedar, & Jethwani,
2015; Kim & Park, 2015; Kuijpers, Groen, Aaronson, & van Harten, 2013; McAlpine, Joubert,
Martin-Sanchez, Merolli, & Drummond, 2015; Ryhänen, Siekkinen, Rankinen, Korvenranta,
& Leino-Kilpi, 2010). O custo-efetividade deste tipo de intervenções tem sido também alvo
de avaliação. Uma revisão sistemática recente concluiu que as intervenções psicológicas
mediadas por TIC são custo-efetivas, quando comparadas com intervenções em grupo e
grupos de controlo em lista de espera (Donker et al., 2015).
A prestação de serviços mediados por TIC apresenta diversas vantagens quando
comparada com as intervenções face-a-face ou quando associada a este tipo de
intervenções, designadamente: (1) acessibilidade (estando ao alcance de uma grande parte
da população, particularmente, a indivíduos a residir em áreas rurais ou remotas, ou a
indivíduos cuja sintomatologia ou condição física se traduza em dificuldades de mobilidade
ou cujo ambiente hospitalar/clínico acarrete associações negativas que os impedem de
receber os cuidados de que necessitam); (2) flexibilidade e conveniência (permitindo o
acesso assíncrono aos cuidados de saúde, não dependendo do horário de funcionamento
das unidades de saúde ou da disponibilidade de profissionais de saúde, eliminando tempos
de espera e evitando deslocações que podem ser dispendiosas); (3) elevada adaptabilidade
12
(o conteúdo dos programas de intervenção e a forma como estes são apresentados podem
ser facilmente adaptados às necessidades e limitações dos seus utilizadores); (4) a
estandardização e estrutura dos conteúdos (garantindo a fidelidade do programa de
tratamento e diminuindo o impacto das competências da/o psicoterapeuta nos resultados do
mesmo); (5) ritmo de utilização autodeterminado (as/os utilizadoras/es podem utilizar o
programa de intervenção de acordo com a sua conveniência e rever os seus conteúdos
quando necessário, o que facilita a retenção e a aprendizagem dos conceitos e técnicas
apresentadas); (6) monitorização integrada do tratamento (a adesão e o progresso
terapêutico podem ser facilmente monitorizados através da integração de questionários
online, testes adaptados, pontuação automática e ferramentas de visualização dos
resultados obtidos pelos utilizadores); (7) promoção da autoeficácia e empoderamento
das/os utilizadoras/es; (8) privacidade e possibilidade de anonimato (contornando o possível
estigma associado ao acesso a cuidados psicológicos); (9) tradutibilidade e adaptabilidade
cultural; 9) baixo custo associado à prestação de serviços e elevado potencial de
disseminação (um mesmo programa pode ser implementado em diversas unidades de
saúde, prevenindo a duplicação de recursos e facilitando o treino e a supervisão)
(Andersson, 2016; Andersson & Titov, 2014; Per Carlbring & Andersson, 2006; Schröder,
Berger, Westermann, Klein, & Moritz, 2016; Wolvers, Bruggeman-Everts, Van der Lee, Van
de Schoot, & Vollenbroek-Hutten, 2015).
Simultaneamente, a utilização de TIC na intervenção psicológica poderá apresentar
ainda um conjunto de desafios e limitações que merecem ser ponderados (Andersson &
Titov, 2014; Schröder et al., 2016), nomeadamente a falta de acesso a um computador ou
dispositivos móveis, a baixa literacia informática e a inacessibilidade à internet; os
problemas tecnológicos associados ao login, download ou decorrentes de ligações lentas;
uma possível atitude negativa por parte das/os utilizadoras/es ou das/os profissionais de
saúde face à intervenção psicológica mediada por TIC; as questões relativas à segurança,
privacidade e confidencialidade que decorrem da utilização de TIC, incluindo mecanismos
de gravação e rastreio das comunicações ou o acesso indevido por terceiros ao conteúdo
das intervenções. Além disso, a escassez de legislação relativa à prestação de serviços e,
particularmente aos serviços de psicologia mediados por TIC, coloca dificuldades de
regulação e de mitigação de riscos relacionados com a qualidade dos serviços e com a
credibilidade das intervenções. A facilidade de acesso e transação instantânea de
mensagens poderá desafiar a integridade da relação, as fronteiras profissionais e as
expetativas dos seus utilizadores, por exemplo, da/o cliente em relação à prontidão de
resposta da/o psicólogo às suas solicitações. Por fim, não obstante as crescentes
evidências relativamente à eficácia de diversos serviços de psicologia mediados por TIC, é
necessária mais investigação que permita informar e validar a utilização de novas
13
ferramentas e programas de prestação de serviços de saúde psicológica, produzindo dados
sobre a sua eficácia e resultados terapêuticos.
14
existentes, desenvolvidas por diversas associações profissionais a nível internacional, e
entre as quais se incluem a American Psychological Association (2013), a Australian
Psychological Society (2011), a British Psychological Society (2009), o Consejo General de
la Psicología de Espanha (2017), a Federação Europeia das Associações de Psicólogos
(2001) e a New Zealand Psychologists Board (2011).
Princípios Gerais
Para além do trabalho de revisão de literatura, quer ao nível dos trabalhos empíricos
neste domínio, quer das guidelines a nível internacional, o desenvolvimento destas linhas
de orientação para a prática profissional baseou-se nos seguintes princípios gerais:
(2) As/os psicólogas/os que prestem serviços mediados por TIC, quer na interação com
as/os clientes, quer na construção e desenvolvimento de ferramentas digitais de
intervenção, devem desenvolver competências técnicas nos respetivos domínios.
(3) O recurso a TIC na prestação de serviços de psicologia deve ser ponderado para
cada quadro específico, nomeadamente em relação à sua adequabilidade, à
existência ou não de benefícios da sua utilização, à sua validade clínica e à sua
complementaridade ou integração com intervenções face-a-face.
15
Linhas de Orientação para a Prática Profissional
Conhecimento e Competência
16
Linha de orientação 3. As/Os psicólogas/os que prestem serviços de psicologia mediados
por TIC asseguram-se que possuem o conhecimento prévio e atualizado sobre a eficácia
desta modalidade de prestação de serviços, bem como dos seus potenciais riscos para uma
determinada condição clínica. É importante que as/os psicólogas/os considerem esse
conhecimento no desenho de novas ofertas de serviços e que avaliem, para cada cliente, se
esta opção de tratamento é a mais eficaz e que a/o cliente possui os recursos necessários
(e.g., literacia digital) para a aplicação desta modalidade de serviços.
Linha de orientação 5. A identificação clara da/o cliente que pretende aceder a serviços de
psicologia mediados por TIC deve ser considerada a boa prática. Para assegurar a
verificação da identidade da/o cliente, bem como para a obtenção de consentimento livre e
informado pela/o cliente, as/os psicólogas/os podem utilizar algumas medidas como, por
exemplo, o agendamento de um contacto prévio presencial ou por videoconferência, a
validação de um endereço de e-mail, ou a utilização de outros sistemas de código. No
entanto, as/os psicólogas/os devem estar conscientes de que estes métodos não permitem
assegurar completamente a identidade da/o cliente.
Linha de orientação 6. As/Os clientes que usam os serviços de psicologia mediados por
TIC podem querer fazê-lo de forma anónima, embora isso nem sempre seja possível,
realista ou ético. Para cada situação que envolva o pedido de anonimato por parte da/o
cliente, as/os psicólogas/os devem considerar os riscos e as questões éticas envolvidas,
tendo em conta a natureza do serviço (e.g., pode ser adequado se se tratar de um
aconselhamento mais geral sobre desenvolvimento de carreira ou promoção da saúde, mas
ser contra indicado em situações clínicas que envolvem um acompanhamento mais
individualizado e, particularmente, se envolver grupos de risco). Nas situações em que se
verifica o anonimato da/o cliente, as/os psicólogas/os asseguram-se que: (a) discutem as
limitações desta opção com a/o cliente; (b) a forma como prestam serviços de nenhuma
17
forma quebra o anonimato, caso tenham concordado com ele (e.g., assegurando formas de
pagamento que não impliquem a identificação da/o cliente); (c) estão atentas/os a possíveis
discrepâncias na informação (informação incorreta ou falsa) apresentada pela/o cliente,
procurando clarificar a fonte e natureza da informação apresentada; e (d) têm bem
definidas, com a/o cliente, as circunstâncias em que o anonimato deixa de ser uma opção
sustentável (e.g., situações de risco acrescido para a/o própria/o ou para terceiros),
definindo um plano de ação caso isso aconteça.
Linha de orientação 9. As/Os psicólogas/os não devem procurar informação online sobre
a/o sua/seu cliente (e.g., pesquisa em motores de busca ou redes sociais), a não ser no
melhor interesse da/o mesma/o, por exemplo em situações em que a/o própria/o ou outras
pessoas possam estar em risco, devendo esse ato de pesquisa ser comunicado, ou em
situações em que foi dado consentimento para tal.
Consentimento Informado
18
Linha de orientação 10. As/Os psicólogas/os deverão compreender os princípios da sua
prática, de modo a que, quando relevante, solicitem consentimento informado assinado para
o uso de meios digitais durante os serviços prestados – como, por exemplo, a prestação de
serviços online de terapia, mas também qualquer forma de contacto por meio digital (e.g.,
email). A obtenção do consentimento informado implicará sempre que a/o psicóloga/o tenha
conhecimento dos enquadramentos legais e éticos de tal prática, como será o caso,
atualmente, do Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27
de abril de 2016 e do Código Deontológico da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
Linha de orientação 11. O uso de meios digitais no contacto com a/o cliente acarreta,
frequentemente, riscos específicos adicionais que deverão ser considerados na obtenção
de tal consentimento. Por exemplo, existem potencialmente maiores dificuldades de
verificação da identidade das pessoas, o que, por sua vez, pode acarretar maiores
problemas em determinar se a pessoa tem uma idade apropriada para dar o seu
consentimento ou se se encontra num estado que limita a capacidade de o dar (e.g.,
comprometimento ao nível do funcionamento intelectual que limite a sua compreensão do
consentimento). Deverão, assim, ser tomadas medidas adequadas que estabeleçam se
será necessário consentimento por parte de terceiros, como pais ou outras pessoas e
entidades que legalmente representem a/o cliente, para que o trabalho se possa
desenvolver; e, se assim for, garantir que este é apropriadamente obtido. Isto poderá
requerer procedimentos adicionais de verificação da identidade, como mencionado na linha
de orientação 5.
Linha de orientação 12. O consentimento informado, tendo em conta a natureza dos dados
que poderão ser registados de modo digital, deverá compreender informação clara e
compreensível pela/o cliente. Este consentimento informado, para lá do habitual
consentimento dado em situações de contacto face-a-face, deverá também incluir
informações detalhadas sobre o registo e manipulação da informação obtida. A este nível,
isto implicará, no mínimo, a descrição dos seguintes elementos: o conteúdo das
informações registadas; o(s) objetivo(s) que norteiam a sua realização; os meios e formas
de armazenamento; os procedimentos de segurança e de proteção e de destruição
adotados; o período de tempo durante o qual serão mantidos; o direito das/os clientes de
acederem aos mesmos e/ou de solicitarem a sua destruição; e os procedimentos que serão
utilizados caso exista alguma violação da segurança dos dados, incluindo a necessária
comunicação dessa falha à/ao cliente ou sua/seu representante legal. Deverão ainda ser
explicitados o nível de segurança e riscos que poderão ocorrer em situações específicas
19
pelo uso, por parte da/o psicóloga/o ou pela/o cliente, destas tecnologias. O preço e
faturação dos serviços prestados deverá ser sempre clarificado antes do fornecimento dos
mesmos. Como tal, o consentimento informado deverá ainda discriminar os serviços
prestados e os pagamentos devidos, de modo discriminado e claro, incluindo o tipo de
comunicação online estabelecida, os serviços prestados, e o respetivo preço para cada
serviço em causa, e o meio de pagamento. Também poderão aqui ser acordados aspetos
variados, tais como os seguintes: eventuais tarifas, reembolsos ou indemnizações por
interrupção do serviço ou falhas encontradas, reduções de tarifas por falhas na tecnologia,
ou outros custos.
Linha de Orientação 14. As/Os psicólogas/os devem informar as/os suas/seus clientes
sobre os pressupostos e os limites da confidencialidade associados a cada serviço prestado
(e.g., em caso de risco para a/o cliente ou terceiros), mecanismos de segurança a adotar e
os problemas de segurança inerentes ao uso de tecnologia. Neste último ponto, devem
informar sobre: (a) a possibilidade de acesso por pessoas não autorizadas a emails,
mensagens e/ou vídeos e, provável, divulgação de informação confidencial; (b) possíveis
avarias no sistema e consequentes implicações para a segurança das ferramentas
tecnológicas utilizadas; (c) a possibilidade de acesso a emails, mensagens e/ou vídeos
excluídos/apagados, mas que permaneceram armazenados em cópias de segurança e,
provável, divulgação de informação confidencial. Recomenda-se que as/os psicólogas/os
que prestam serviços de psicologia mediados por TIC usem criptografia de ponta a ponta
nos seus dispositivos tecnológicos e que informem as/os suas/seus clientes sobre como
devem proceder para aumentarem a sua segurança. A criptografia de ponta a ponta permite
codificar a mensagem de forma a que só o emissor e o recetor consigam decifrá-la,
garantindo, à partida, um maior nível de segurança e confidencialidade da informação. O
20
recurso a este tipo de encriptação deve ser mantido e os procedimentos de segurança
devem ser regularmente atualizados por parte da/o psicólogo e da/do cliente. Além disso,
deverão usar senhas de acesso, pessoais e intransmissíveis, em todos os seus dispositivos
informáticos e alterá-las regularmente para impedir o acesso alheio a emails, mensagens,
vídeos e/ou registos com informações confidenciais.
Linha de Orientação 15. As/Os psicólogas/os devem apenas revelar a informação obtida
através de serviços psicológicos online quando: (1) há obrigação legal ou judicial para o
fazer; (2) há um risco elevado ou imediato de as/os clientes fazerem mal a si próprias/os ou
a outros; (3) em casos de supervisão, sob consentimento expresso das/os clientes, e
disponibilizando apenas a informação relevante para o entendimento do caso (omitindo o
nome, por exemplo).
Linha de Orientação 17. As/Os psicólogas/os devem estar cientes que, quando interagem
eletronicamente com clientes, o registo e o armazenamento de informações podem ser
realizados por ambas as partes. Assim, é importante que, a par das/os psicólogas/os, as/os
clientes estejam também conscientes de que a recolha, divulgação ou cedência a terceiros
de informação considerada como dados pessoais, nomeadamente voz ou imagem, deve ser
somente efetuada com o consentimento informado escrito de ambas as partes.
Linha de orientação 18: As/Os psicólogas/os que prestam serviços de psicologia mediados
por TIC devem ter cópias de segurança das informações relevantes das/dos clientes para
que permaneçam disponíveis mesmo que ocorram problemas ou falhas nos hardwares,
softwares e/ou dispositivos de armazenamento. No caso de ser necessário, por solicitação
da/o cliente ou finalização do serviço psicológico prestado, as/os psicólogas/os realizarão
esforços para garantir a destruição efetiva dos dados e informações guardadas nos
softwares, dispositivos e plataformas informáticas. Para tal, recomenda-se que estejam
devidamente informadas/os sobre as políticas de registo, armazenamento e destruição de
cada ferramenta informática, de forma a analisarem e ponderarem as potencialidades e os
riscos associados a cada uma e, assim, selecionarem as alternativas mais credíveis e
21
seguras. Nos casos em que se verificar uma falha de segurança e/ou o acesso indevido a
informação confidencial, as/os psicólogas/os devem informar de imediato as/os suas/seus
clientes e as autoridades competentes para mitigar os efeitos danosos de tais atos.
Linha de orientação 19. A prestação de serviços de psicologia mediada por TIC envolve
contextos e instrumentos de interação que apresentam particularidades, o que significa que,
para além da legislação aplicável à prestação de serviços de psicologia em geral, se
poderão aplicar também enquadramentos legais específicos. Assim, face a estas
especificidades, as/os psicólogas/os devem conhecer a legislação que regula a prestação
de serviços de psicologia através de TIC. Esta legislação poderá incluir os seguintes
aspetos:
a) Requisitos legais para exercer psicologia, incluindo quando a intervenção à distância
ultrapassa fronteiras jurisdicionais (regiões, estados, países);
b) Regulamentação específica para diferentes serviços de psicologia mediados por
TIC;
c) Informação que deve ser obrigatoriamente apresentada para que a/o cliente possa
dar o consentimento livre e informado (cf. linhas de orientação relativas ao
Consentimento Informado);
d) Confidencialidade e situações de quebra de confidencialidade;
e) Responsabilidade civil;
f) Domínios, marcas e patentes;
g) Spam.
22
que temporariamente da sua área habitual de residência ou região/estado/país em que tem
licença para exercer, sobretudo aquando da saída do Espaço Económico Europeu, se
informe previamente de potenciais diferenças ou requisitos para exercer numa outra
jurisdição, incluindo através do contacto junto da entidade que regula a profissão no destino,
caso exista.
Avaliação Psicológica
Linha de orientação 21. É fundamental que as/os psicólogas/os que prestam serviços de
psicologia mediados por TIC rejam os processos de avaliação psicológica pelos princípios
elencados no Código Deontológico da OPP, assegurando, assim, uma prática profissional
ética, informada e responsável. As/Os psicólogas/os que prestam serviços de psicologia
mediados por TIC devem: (a) reconhecer as limitações associadas a processos de
avaliação psicológica conduzidos através das TIC e implementá-los apenas quando as
condições mínimas estiverem asseguradas, de forma a garantir processos de avaliação
rigorosos, transparentes e fidedignos; (b) procurar perceber e explicar, se necessário,
às/aos clientes as diferenças entre resultados obtidos a partir da aplicação presencial
versus online dos instrumentos; (c) serem conhecedoras/es dos requisitos tecnológicos
necessários (por exemplo, em termos de software e hardware) para garantir uma aplicação
adequada e fiável dos instrumentos.
23
Investigação
24
Intervenção com Populações Específicas
25
construída com base no conhecimento das ciências psicológicas e apresentar evidências
suficientes de eficácia, obtidas através de ensaios clínicos aleatorizados e estudos de
validade. Somente devem ser disponibilizadas à comunidade como ferramentas clínicas
e/ou de intervenção psicológica aquelas que apresentem evidência de eficácia ou que, em
caso de ainda não terem, estejam contingentes a um compromisso nesse sentido. Aquando
do desenvolvimento de ferramentas digitais de intervenção, os/as psicólogos/as deverão
ainda procurar facilitar a adesão dos utilizadores a tais ferramentas recorrendo, para isso e
quando pertinente, a estratégias como o design persuasivo e motivacional ou a
ludificação/gamification.
26
ANEXO A - Linhas de Orientação Específicas para a
Realização e Relato de Investigação em Psicologia e
eHealth
Objeto
Dados de Autoria
Linha orientadora específica 2. Informação relativa aos dados de autoria, tais como, a
identidade dos promotores do estudo, criadores da intervenção, suas credenciais e
afiliação, direitos de autoria e propriedade intelectual, país de origem, versão do programa
utilizado e data da última atualização, deverá ser providenciada, de modo a que a fiabilidade
e validade da intervenção possam ser atestadas. Quando as/os investigadoras/es detenham
software em avaliação, esta informação deverá ser tornada pública e ser mencionada na
secção “Conflitos de Interesse” dos documentos do estudo.
Título e Resumo
27
a denominação “computer-based/computorizado” ou “electronic/eletrónico” apenas se a
intervenção incluir funcionalidades offline. A terminologia adotada deverá ser abrangente no
que respeita à classe de produtos utilizados, evitando a nomeação de marcas (e.g.,
telemóvel ou smartphone em oposição a iPhone), especialmente se o programa operar em
diferentes plataformas.
Métodos
Participantes
28
conseguirem utilizar um computador/dispositivo móvel e a internet deverá ser explicitado
enquanto critério de inclusão.
Linha orientadora específica 7: O modo como as/os participantes são recrutadas/os (e.g.,
online vs. offline; open access website vs. contexto clínico) deverá ser claramente definido.
Nos estudos que ocorram exclusivamente em ambiente online, deverão ser especificados
quais os mecanismos utilizados para prevenir que uma/um participante assuma múltiplas
identidades (e.g., cookies, email de confirmação do registo, contactos telefónicos).
Informação adicional acerca de outras fontes e recursos de apoio disponíveis deverá ser
providenciada em caso de desistência/término prematuro da participação no estudo.
Intervenção Experimental
Linha orientadora específica 10: Deverá ser fornecida informação acerca da metodologia
utilizada para validação e garantia da qualidade dos conteúdos da intervenção.
29
apoio/seguimento por parte de profissionais de saúde. Para intervenções que prevejam o
apoio por parte de profissionais de saúde os seguintes aspetos deverão ser especificados:
tipo e qualificações das/os profissionais de saúde a prestar apoio, tipo de apoio prestado,
intervalo de tempo e frequência em que ocorre esse apoio, como é que este apoio é iniciado
e qual o meio/veículo utilizado para prestação do mesmo (e.g., email, fórum, chat,
teleconferência, SMS, apoio face-a-face).
Linha orientadora específica 18: Sempre que se recorra à implementação de uma co-
intervenção, tal deve ser especificado.
30
Linha orientadora específica 20: O endereço URL da intervenção deverá ser publicado e
a intervenção deverá ser digitalmente arquivada em webcitation.org de modo a garantir a
preservação e acesso à mesma a longo prazo.
Variáveis em Estudo
Tamanho da Amostra
Análise Estatística
Linha orientadora específica 24: Os métodos estatísticos utilizados para análise dos
dados experimentais deverão ser identificados, justificando-se a seleção efetuada. O modo
como a atrição e valores omissos foram tratados deverá ser especificado.
Aspetos Éticos
31
privacidade. Em qualquer dos casos, as/os participantes deverão consentir em participar no
estudo e concordar com os termos e condições do mesmo.
Resultados
Linha orientadora específica 29: A avaliação de intervenções mediadas por TIC poderá
ser efetuada por via de análise quantitativa ou qualitativa. Recomenda-se a realização de
ensaios clínicos/estudos clínicos aleatorizados com intervenção quando a avaliação de
resultados ou indicadores clínicos seja priorizada.
32
Linha orientadora específica 31: Aquando do relato da eficácia das intervenções, as/os
investigadores deverão descrever: o tamanho e características da amostra; a metodologia
utilizada para cálculo amostral, alocação e ocultação, quando aplicável; os braços do
estudo/grupos experimental e de controlo; as propriedades psicométricas dos instrumentos
de medida utilizados; os procedimentos de recolha de dados; o cronograma de
avaliações/seguimento das/os participantes; e o tipo de análise estatística efetuada,
especificando se esta é efetuada por protocolo ou pelo método de intenção de tratar.
Informação relativa à adesão à intervenção, causas da não-adesão, taxas de atrição em
cada um dos momentos do estudo e os métodos de análise utilizados para enquadrar
dropouts/participantes que sejam prematuramente descontinuados da intervenção deverá
ser facultada, quando apropriado. Os resultados do estudo e suas conclusões devem
também ser reportados.
Linha orientadora específica 32: Os estudos que reportem dados acerca da efetividade
das intervenções em contexto real deverão detalhar: o tamanho e características da
amostra; os instrumentos de medida aplicados; os planos de avaliação/seguimento das/os
participantes e a adesão das/os participantes à intervenção. O perfil das/os utilizadoras/es
que beneficiam da intervenção e os efeitos da intervenção passíveis de generalização
deverão ser descritos.
Discussão e Conclusões
33
34
ANEXO B - Linhas de Orientação Específicas para a
Intervenção em Situações de Crise
Linha orientadora específica 3. Quando confrontadas/os com uma situação de crise, as/os
psicólogas/os devem, se possível, manter a comunicação com a/o cliente com vista à
obtenção de informações que ajudem a resolver a crise.
35
Confidencialidade e crise
Linha orientadora específica 7. Os mecanismos para lidar com situações de crise podem
implicar a perda de anonimato e/ou confidencialidade da/o cliente. As/Os psicólogas/os
asseguram-se que a informação facultada a terceiros é a necessária para lidar com a crise,
não facultando outro tipo de informações.
Linha orientadora específica 8. Situações em que a/o cliente que usufrui de serviços de
psicologia mediados por TIC se possa encontrar em risco devem ser referidos para os
serviços competentes da residência geográfica da pessoa. As/Os psicólogas/os devem
conhecer de antemão quais os recursos disponíveis.
36
ANEXO C - Resumo de Conteúdo das LOPP*
*Este resumo de informação não substitui a consulta das LOPP e serve somente para
a identificação de categorias de conteúdo.
Linhas de orientação
Conhecimento e Competência
As/Os psicólogas/os asseguram-se que possuem as competências necessárias a nível
científico, técnico, ético, legal e cultural para a provisão segura de serviços de psicologia
mediados por TIC, designadamente através de treino e formação específica, bem como da
contínua monitorização através de atividades de supervisão.
Consentimento Informado
As/Os psicólogas/os reconhecem que o uso de meios digitais no contacto com a/o cliente
acarreta riscos específicos adicionais que deverão ser considerados na obtenção do
consentimento livre e informado. Este consentimento deverá compreender informação clara
37
e compreensível pela/o cliente, tendo em conta a natureza dos dados que poderão ser
registados de modo digital.
Avaliação Psicológica
As/Os psicólogas/os devem reconhecer as limitações associadas a processos de avaliação
psicológica conduzidos através das TIC e implementá-los apenas quando as condições
mínimas estiverem asseguradas, cruzando diferentes instrumentos formais e informais, de
forma a garantir processos de avaliação rigorosos, transparentes e fidedignos, que estejam
de acordo com os princípios elencados no Código Deontológico da OPP.
Investigação
As/Os psicólogas/os que desenvolvam ou participem em projetos de investigação no âmbito
da Psicologia e eHealth, independentemente de estes se centrarem na análise qualitativa
ou quantitativa dos dados ou recorrem a big data, devem assegurar a qualidade,
comparabilidade e generalização dos resultados obtidos, garantir que os requisitos éticos
aplicáveis são cumpridos e obedecer às normas de relato específicas para estudos desta
natureza.
Intervenção em crise
As/Os psicólogas/os devem identificar potenciais situações de risco e estabelecer,
antecipadamente, os mecanismos a implementar para lidar com estas. Em situações de
crise, crises recorrentes e/ou catástrofe as/os psicólogas/os devem avaliar a exequibilidade
da utilização de serviços de psicologia mediados por TIC.
38
Intervenção com populações específicas
Os/As psicólogas/os que trabalhem com pessoas que procuram asilo e refugiadas devem
reconhecer o potencial das TIC na sua prática, de forma isolada ou combinada com
sessões presenciais, incluindo ultrapassar limitações como a barreira da língua ou a
dificuldade de acesso aos serviços no formato tradicional. Devem ter a consciência que,
nestas situações, continuam a aplicar-se os mesmos princípios éticos e as recomendações
contidas nas presentes LOPP.
39
Referências
Agboola, S. O., Ju, W., Elfiky, A., Kvedar, J. C., & Jethwani, K. (2015). The Effect of
Technology-Based Interventions on Pain, Depression, and Quality of Life in Patients
With Cancer: A Systematic Review of Randomized Controlled Trials. J Med Internet
Res, 17(3), e65. doi:10.2196/jmir.4009
Andersson, G. (2016). Internet-Delivered Psychological Treatments. Annu Rev Clin Psychol,
12, 157-179. doi:10.1146/annurev-clinpsy-021815-093006
Andersson, G., & Cuijpers, P. (2009). Internet-based and other computerized psychological
treatments for adult depression: a meta-analysis. Cogn Behav Ther, 38.
doi:10.1080/16506070903318960
Andersson, G., Hesser, H., Veilord, A., Svedling, L., Andersson, F., Sleman, O., . . .
Carlbring, P. (2013). Randomised controlled non-inferiority trial with 3-year follow-up
of internet-delivered versus face-to-face group cognitive behavioural therapy for
depression. Journal of Affective Disorders, 151(3), 986-994.
doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.jad.2013.08.022
Andersson, G., Paxling, B., Roch-Norlund, P., Ostman, G., Norgren, A., Almlov, J., . . .
Silverberg, F. (2012). Internet-based psychodynamic versus cognitive behavioral
guided self-help for generalized anxiety disorder: a randomized controlled trial.
Psychother Psychosom, 81(6), 344-355. doi:10.1159/000339371
Andersson, G., Stromgren, T., Strom, L., & Lyttkens, L. (2002). Randomized controlled trial
of internet-based cognitive behavior therapy for distress associated with tinnitus.
Psychosom Med, 64(5), 810-816.
Andersson, G., & Titov, N. (2014). Advantages and limitations of Internet-based
interventions for common mental disorders. World Psychiatry, 13(1), 4-11.
doi:10.1002/wps.20083
APA. (2013). Guidelines for the practice of telepsychology. American Psychological
Association, 68(9), 791-800. doi:10.1037/a0035001
APS. (2011). Guidelines for providing psychological services and products using the internet
and telecommunications technologies. The Australian Psychological Society.
Melbourne.
Arpin-Cribbie, C., Irvine, J., & Ritvo, P. (2012). Web-based cognitive-behavioral therapy for
perfectionism: A randomized controlled trial. Psychotherapy Research, 22(2), 194-
207. doi:10.1080/10503307.2011.637242
Barak, A., & English, N. (2002). Prospects and limitations of psychological testing on the
internet. Journal of Technology in Human Services, 19, 65-89.
doi:10.1300/J017v19n02_06
Barak, A., Hen, L., Boniel-Nissim, M., & Shapira, N. a. (2008). A Comprehensive Review and
a Meta-Analysis of the Effectiveness of Internet-Based Psychotherapeutic
Interventions. Journal of Technology in Human Services, 26(2-4), 109-160.
doi:10.1080/15228830802094429
Barak, A., Klein, B., & Proudfoot, J. (2009). Defining internet-supported therapeutic
interventions. Annual Behavioral Medicine, 38, 4-17. doi:10.1007/s12160-009-9130-7
Berger, M., & Skinner, A. (2009). The provision of psychological services via the internet and
other non-direct means. 2nd Edition. © The British Psychological Society, Leicester,
UK.
Berger, T., Hämmerli, K., Gubser, N., Andersson, G., & Caspar, F. (2011). Internet-based
treatment of depression: a randomized controlled trial comparing guided with
unguided self-help. Cogn Behav Ther, 40. doi:10.1080/16506073.2011.616531
Blom, K., Tarkian Tillgren, H., Wiklund, T., Danlycke, E., Forssen, M., Soderstrom, A., . . .
Kaldo, V. (2015). Internet-vs. group-delivered cognitive behavior therapy for
insomnia: A randomized controlled non-inferiority trial. Behav Res Ther, 70, 47-55.
doi:10.1016/j.brat.2015.05.002
40
Buhrman, M., Faltenhag, S., Strom, L., & Andersson, G. (2004). Controlled trial of Internet-
based treatment with telephone support for chronic back pain. Pain, 111(3), 368-377.
doi:10.1016/j.pain.2004.07.021
Carlbring, P., & Andersson, G. (2006). Internet and psychological treatment. How well can
they be combined? Computers in Human Behavior, 22(3), 545-553.
doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.chb.2004.10.009
Carlbring, P., Gunnarsdóttir, M., Hedensjö, L., Andersson, G., Ekselius, L., & Furmark, T.
(2007). Treatment of social phobia: randomised trial of internet-delivered cognitive-
behavioural therapy with telephone support. Br J Psychiatry, 190.
doi:10.1192/bjp.bp.105.020107
Carlbring, P., Hägglund, M., Luthström, A., Dahlin, M., Kadowaki, Å., Vernmark, K., &
Andersson, G. (2013). Internet-based behavioral activation and acceptance-based
treatment for depression: A randomized controlled trial. Journal of Affective
Disorders, 148(2–3), 331-337. doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.jad.2012.12.020
Carlbring, P., Maurin, L., Törngren, C., Linna, E., Eriksson, T., Sparthan, E., . . . Andersson,
G. (2011). Individually-tailored, Internet-based treatment for anxiety disorders: A
randomized controlled trial. Behaviour Research and Therapy, 49(1), 18-24.
doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.brat.2010.10.002
CGP. (2017). Guia para la práctica de la Telepsicologia. Consejo General de la Psicología.
España.
Donker, T., Blankers, M., Hedman, E., Ljotsson, B., Petrie, K., & Christensen, H. (2015).
Economic evaluations of Internet interventions for mental health: a systematic review.
Psychol Med, 45(16), 3357-3376. doi:10.1017/s0033291715001427
EFPA. (2001). The provision of psychological services via the Internet and other non-direct
means. Retrieved from Standing Committee on Ethics. European Federation of
Psychologists Associations. London:
Eysenbach, G. (2001). What is e-health? Journal of Medical Internet Research, 3(2), e20.
doi:10.2196/jmir.3.2.e20: 10.2196/jmir.3.2.e20
Eysenbach, G., & Group, C.-E. (2011). CONSORT-EHEALTH: Improving and Standardizing
Evaluation Reports of Web-based and Mobile Health Interventions. Journal of
Medical Internet Research, 13(4), e126. doi:10.2196/jmir.1923
Eysenbach, G., Powell, J., Englesakis, M., Rizo, C., & Stern, A. (2004). Health related virtual
communities and electronic support groups: Systematic review of the effects of online
peer to peer interactions. British Medical Journal, 328, 1166.
doi:10.1136/bmj.328.7449.1166
Fleming, T., Bavin, L., Stasiak, K., Hermansson-Webb, E., Merry, S., Cheek, C., . . . Hetrick,
S. (2017). Serious games and gamification for mental health: Current status and
promising directions. Frontiers in Psychiatry, 7, 215. doi:10.3389/fpsyt.2016.00215
Gagglioli, A., & Riva, G. (2013). From mobile mental health to mobile wellbeing:
Opportunities and challenges. Studies in Health Technology and Informatics, 184,
141-147. doi:10.3233/978-1-61499-209-7-141
Green, B. (1991). Guidelines for computer testing. In T. Gutking & S. Wise (Eds.), The
computer and the decision-making process (pp. 245-273). USA: Lawrence Erlbaum
Associates, Inc.
Gregg, L., & Tarrier, N. (2007). Virtual reality in mental health: A review of the literature.
Social of Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, 42, 343-354. doi:10.1007/s00127-
007-0173-4
Hadjiconstantinou, M., Byrne, J., Bodicoat, D. H., Robertson, N., Eborall, H., Khunti, K., &
Davies, M. J. (2016). Do Web-Based Interventions Improve Well-Being in Type 2
Diabetes? A Systematic Review and Meta-Analysis. J Med Internet Res, 18(10),
e270. doi:10.2196/jmir.5991
Haemmerli, K., Znoj, H., & Berger, T. (2010). Internet-based support for infertile patients: a
randomized controlled study. Journal of Behavioral Medicine, 33(2), 135-146.
doi:10.1007/s10865-009-9243-2
41
Hedman, E., Ljótsson, B., Rück, C., Bergström, J., Andersson, G., Kaldo, V., . . . Lindefors,
N. (2013). Effectiveness of Internet-based cognitive behaviour therapy for panic
disorder in routine psychiatric care. Acta Psychiatr Scand, 128.
doi:10.1111/acps.12079
Ivarsson, D., Blom, M., Hesser, H., Carlbring, P., Enderby, P., Nordberg, R., & Andersson,
G. (2014). Guided internet-delivered cognitive behavior therapy for post-traumatic
stress disorder: A randomized controlled trial. Internet Interventions, 1(1), 33-40.
doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.invent.2014.03.002
Kim, A. R., & Park, H. A. (2015). Web-based Self-management Support Interventions for
Cancer Survivors: A Systematic Review and Meta-analyses. Stud Health Technol
Inform, 216, 142-147.
Kitsiou, S., Paré, G., Jaana, M., & Gerber, B. (2017). Effectiveness of mHealth interventions
for patients with diabetes: An overview of systematic reviews. PLoS ONE, 12(3), 1-
16. doi:10.1371/journal.pone.0173160
Kuijpers, W., Groen, W. G., Aaronson, N. K., & van Harten, W. H. (2013). A Systematic
Review of Web-Based Interventions for Patient Empowerment and Physical Activity
in Chronic Diseases: Relevance for Cancer Survivors. J Med Internet Res, 15(2),
e37. doi:10.2196/jmir.2281
Lal, S., & Adair, C. (2014). E-mental health: A rapid review of the literature. Psychiatric
Services, 65, 24-32. doi:10.1176/appi.ps.201300009
Lau, H., Smit, J., Fleming, T., & Riper, H. (2017). Serious games for mental health: Are they
accessible, feasible, and effective? A systematic review and meta-analysis. Frontiers
in Psychiatry, 7, 209. doi:10.3389/fpsyt.2016.00209
Ljótsson, B., Andersson, G., Andersson, E., Hedman, E., Lindfors, P., Andréewitch, S., . . .
Lindefors, N. (2011). Acceptability, effectiveness, and cost-effectiveness of internet-
based exposure treatment for irritable bowel syndrome in a clinical sample: a
randomized controlled trial. BMC Gastroenterology, 11(1), 110. doi:10.1186/1471-
230x-11-110
Loucas, C. E., Fairburn, C. G., Whittington, C., Pennant, M. E., Stockton, S., & Kendall, T.
(2014). E-therapy in the treatment and prevention of eating disorders: A systematic
review and meta-analysis. Behaviour Research and Therapy, 63, 122-131.
doi:10.1016/j.brat.2014.09.011
Luxton, D., McCann, R., Bush, N., Mishkind, C., & Reger, G. (2011). mHealth for mental
health: Integrating smartphone technology in behavioral healthcare. Professional
Psychology: Research and Practice, 42, 505-512. doi:10.1037/a0024485
Ly, K. H., Asplund, K., & Andersson, G. (2014). Stress management for middle managers via
an acceptance and commitment-based smartphone application: A randomized
controlled trial. Internet Interventions, 1(3), 95-101.
doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.invent.2014.06.003
Ly, K. H., Carlbring, P., & Andersson, G. (2012). Behavioral activation-based guided self-
help treatment administered through a smartphone application: study protocol for a
randomized controlled trial. Trials, 13. doi:10.1186/1745-6215-13-62
Mansson, K. N. T., Frick, A., Boraxbekk, C. J., Marquand, A. F., Williams, S. C. R.,
Carlbring, P., . . . Furmark, T. (2015). Predicting long-term outcome of Internet-
delivered cognitive behavior therapy for social anxiety disorder using fMRI and
support vector machine learning. Transl Psychiatry, 5, e530. doi:10.1038/tp.2015.22
McAlpine, H., Joubert, L., Martin-Sanchez, F., Merolli, M., & Drummond, K. J. (2015). A
systematic review of types and efficacy of online interventions for cancer patients.
Patient Education and Counseling, 98(3), 283-295.
doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.pec.2014.11.002
Mohr, D. C., Burns, M. N., Schueller, S. M., Clarke, G., & Klinkman, M. (2013). Behavioral
intervention technologies: evidence review and recommendations for future research
in mental health. Gen Hosp Psychiatry, 35(4), 332-338.
doi:10.1016/j.genhosppsych.2013.03.008
42
Mohr, D. C., Duffecy, J., Ho, J., Kwasny, M., Cai, X., Burns, M. N., & Begale, M. (2013). A
randomized controlled trial evaluating a manualized TeleCoaching protocol for
improving adherence to a web-based intervention for the treatment of depression.
PLoS One, 8(8), e70086. doi:10.1371/journal.pone.0070086
NZPB. (2011). Psychology services delivered via the internet and other electronic media.
New Zealand Psychologists Board. New Zealand.
O'Mahen, H. A., Richards, D. A., Woodford, J., Wilkinson, E., McGinley, J., Taylor, R. S., &
Warren, F. C. (2014). Netmums: a phase II randomized controlled trial of a guided
Internet behavioural activation treatment for postpartum depression. Psychol Med,
44(8), 1675-1689. doi:10.1017/s0033291713002092
Oh, H., Rizo, C., Enkin, M., & Jadad, A. (2005). What is eHealth: A systematic review of
published definitions Journal of Medical Internet Research, 7, e1.
doi:10.2196/jmir.7.1.e1
Olthuis, J. V., Watt, M. C., Bailey, K., Hayden, J. A., & Stewart, S. H. (2016). Therapist-
supported Internet cognitive behavioural therapy for anxiety disorders in adults.
Cochrane Database of Systematic Reviews(3).
doi:10.1002/14651858.CD011565.pub2
Paxling, B., Almlov, J., Dahlin, M., Carlbring, P., Breitholtz, E., Eriksson, T., & Andersson, G.
(2011). Guided internet-delivered cognitive behavior therapy for generalized anxiety
disorder: a randomized controlled trial. Cogn Behav Ther, 40(3), 159-173.
doi:10.1080/16506073.2011.576699
Perini, S., Titov, N., & Andrews, G. (2009). Clinician-assisted Internet-based treatment is
effective for depression: randomized controlled trial. Aust N Z J Psychiatry, 43(6),
571-578. doi:10.1080/00048670902873722
Proudfoot, J., Klein, B., Barak, A., Carlbring, P., Cuijpers, P., Lange, A., . . . Andersson, G.
(2011). Establishing Guidelines for Executing and Reporting Internet Intervention
Research. Cognitive Behaviour Therapy, 40(2), 82-97.
doi:10.1080/16506073.2011.573807
Rehm, I., Foenander, E., Wallace, K., Abbott, J., Kyrios, M., & Thomas, N. (2016). What role
can avatars play in e-mental health interventions? Exploring new models of client-
therapist interaction. Frontiers in Psychiatry, 7, 186. doi:10.3389/fpsyt.2016.00186
Richards, D., & Richardson, T. (2012). Computer-based psychological treatments for
depression: A systematic review and meta-analysis. Clinical Psychology Review,
32(4), 329-342. doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.cpr.2012.02.004
Riek, L. (2015). Robotics technology in mental healthcare. In D. Luxton (Ed.), Artificial
Intelligence in Behavioral Health and Mental healthcare: Elsevier.
Ritterband, L., Andersson, G., Christensen, H., Carlbring, P., & Cuijpers, P. (2006).
Directions for the International Society for Research on Internet Interventions (ISRII).
Journal of Medical Internet Research, 8, e23. doi:10.2196/jmir.8.3.e23
Rozental, A., Forsell, E., Svensson, A., Andersson, G., & Carlbring, P. (2015). Internet-
based cognitive—behavior therapy for procrastination: A randomized controlled trial.
Journal of Consulting and Clinical Psychology, 83(4), 808-824.
doi:10.1037/ccp0000023
Ruwaard, J., Schrieken, B., Schrijver, M., Broeksteeg, J., Dekker, J., Vermeulen, H., &
Lange, A. (2009). Standardized web-based cognitive behavioural therapy of mild to
moderate depression: a randomized controlled trial with a long-term follow-up. Cogn
Behav Ther, 38(4), 206-221. doi:10.1080/16506070802408086
Ryhänen, A. M., Siekkinen, M., Rankinen, S., Korvenranta, H., & Leino-Kilpi, H. (2010). The
effects of Internet or interactive computer-based patient education in the field of
breast cancer: A systematic literature review. Patient Education and Counseling,
79(1), 5-13. doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.pec.2009.08.005
Schröder, J., Berger, T., Westermann, S., Klein, J. P., & Moritz, S. (2016). Internet
interventions for depression: new developments. Dialogues in Clinical Neuroscience,
18(2), 203-212.
43
Segall, D. (2005). Computorized Adaptive Testing In Enciclopedia of Social Measurement
Academic Press.
Showell, C., & Nohr, C. (2012). How should we define eHealth, and does the definitio
matter? In J. Mantas, S. Andersen, M. C. Mazzoleni, B. Blobel, S. Quaglini, & A.
Moen (Eds.), Quality of Life through Quality of Information (pp. 881-884).
Amsterdam: IOS Press.
Spence, J., Titov, N., Dear, B. F., Johnston, L., Solley, K., Lorian, C., . . . Schwenke, G.
(2011). Randomized controlled trial of Internet-delivered cognitive behavioral therapy
for posttraumatic stress disorder. Depress Anxiety, 28(7), 541-550.
doi:10.1002/da.20835
Vernmark, K., Lenndin, J., Bjarehed, J., Carlsson, M., Karlsson, J., Oberg, J., . . .
Andersson, G. (2010). Internet administered guided self-help versus individualized e-
mail therapy: A randomized trial of two versions of CBT for major depression. Behav
Res Ther, 48(5), 368-376. doi:10.1016/j.brat.2010.01.005
Wagner, B., Horn, A. B., & Maercker, A. (2014). Internet-based versus face-to-face
cognitive-behavioral intervention for depression: a randomized controlled non-
inferiority trial. J Affect Disord, 152-154, 113-121. doi:10.1016/j.jad.2013.06.032
Resolution WHA58.33. Sustainable health fnancing, universal coverage and social health
insurance. In: Fifty-eighth World Health Assembly, Geneva, 16–25 May 2005.
Resolutions and decisions annex. Geneva: World Health Organization; 2005
(WHA58/2005/REC/1; http:// apps.who.int/gb/ebwha/pdf_fles/WHA58-
REC1/english/A58_2005_REC1-en.pdf, accessed 26 October 2016). (2005).
Wolvers, M., Bruggeman-Everts, F. Z., Van der Lee, M. L., Van de Schoot, R., &
Vollenbroek-Hutten, M. M. (2015). Effectiveness, Mediators, and Effect Predictors of
Internet Interventions for Chronic Cancer-Related Fatigue: The Design and an
Analysis Plan of a 3-Armed Randomized Controlled Trial. JMIR Res Protoc, 4(2),
e77. doi:10.2196/resprot.4363
Zetterqvist, K., Maanmies, J., Strom, L., & Andersson, G. (2003). Randomized controlled trial
of internet-based stress management. Cogn Behav Ther, 32(3), 151-160.
doi:10.1080/16506070302316
44