Manual PLD LABOR CAMBIO V1.7 - 20jan2020

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ÁREA DE COMPLIANCE

MANUAL DE POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS DE


PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO
E FINANCIAMENTO AO TERRORISMO

Versão 1.7
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................2
O QUE É LAVAGEM DE DINHEIRO?...................................................................................2
FINANCIAMENTO AO TERRORISMO ................................................................................3
OBJETIVO DO MANUAL ....................................................................................................3
A INSTITUIÇÃO .................................................................................................................4
POLÍTICAS INSTITUCIONAIS SOBRE PLD/CFT....................................................................4
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL........................................................................................6
ÁREA DE PLD/CFT.............................................................................................................6
RESPONSABILIDADES / ATRIBUIÇÕES...............................................................................7
FERRAMENTAS DE CONTROLE .......................................................................................11
ATUALIZAÇÃO CADASTRAL.........................................................................................11
CONHEÇA SEU CLIENTE..............................................................................................11
DEFINIÇÃO DE CLIENTE EVENTUAL............................................................................12
DEFINIÇÃO DE CLIENTE PERMANENTE ....................................................................13
CONHEÇA SEU COLABORADOR..................................................................................15
IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS EXPOSTAS POLITICAMENTE(PEP)...............................15
OPERAÇÕES ATÍPICAS E/OU SUSPEITAS.....................................................................17
INDÍCIOS DE LAVAGEM DE DINHEIRO OU FINANCIAMENTO AO TERRORISMO........18
PROCEDIMENTOS DE MONITORAMENTO E SELEÇÃO DE OPERAÇÕES OU SITUAÇÕES
ATÍPICAS ........................................................................................................................23
PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE OPERAÇÕES/SITUAÇÕES PROPOSTAS, COM INDÍCIOS
DE LAVAGEM DE DINHEIRO OU FINANCIAMENTO AO TERRORISMO, INCLUSIVE AS NÃO
REALIZADAS ..................................................................................................................25
COMUNICAÇÃO DAS OPERAÇÕES.................................................................................27
FLUXOS DO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO DE COMUNICAÇÃO OU NÃO AO
COAF, DE OPERAÇÃO OU SITUAÇÃO ATÍPICA.................................................................28
SANÇÕES ........................................................................................................................28
REVISÕES .......................................................................................................................29
ANEXO 01....................................................................................................................... 31
ANEXO 02....................................................................................................................... 32

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INTRODUÇÃO
O Brasil com os compromissos assumidos na Convenção de Viena em 1998 aprovou
com base na respectiva Exposição de Motivos, a Lei de Lavagem de Dinheiro ou Lei nº
9.613/98, que tipifica crimes de lavagem de dinheiro e cria obrigações, inclusive para
as instituições financeiras e outras instituições fiscalizadas pelo BACEN. A partir daí
surgiram as orientações emanadas de vários órgãos. As autoridades administrativas
encarregadas de promover a aplicação dessas leis são, além do COAF - Conselho de
Controle de Atividades Financeiras, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores
Mobiliários – CVM, a Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e a Secretaria de
Previdência Complementar - SPC, observada, por parte de cada uma, a respectiva área
de atuação.

O QUE É LAVAGEM DE DINHEIRO?


Lavagem de dinheiro constitui um conjunto de operações comerciais ou financeiras
que buscam a incorporação na economia de um país, dos recursos, bens e serviços que
se originam ou estão ligados a atos ilícitos. Em termos mais gerais, é o processo pelo
qual o criminoso transforma recursos ganhos em atividades ilegais, em ativos com uma
origem aparentemente legal. Ou seja, é dar fachada de dignidade a dinheiro de origem
ilegal.
Trata-se de uma atividade migratória, que costuma ser exercida onde houver menor
resistência, onde forem feitas menos perguntas, existirem controles frágeis ou
ausência de fiscalização efetiva.
Para disfarçar lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro
realiza-se por meio de um processo dinâmico que requer o distanciamento dos fundos
de sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime, o disfarce de suas
várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos e por último, a
disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos, depois de ter sido
suficientemente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado “limpo”.
Como se viu acima, fica claro que o processo de lavagem de dinheiro divide-se em três
fases independentes e que com frequência ocorrem simultaneamente. A primeira é a
COLOCAÇÃO, ou seja, inserir o dinheiro no sistema econômico, por meio de depósitos,
investimentos em valores mobiliários, compra de bens etc., depois ocorre a
OCULTAÇÃO, que trata-se de dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos,
por meio de transferências dos ativos para contas anônimas ou realizando depósitos
em contas “fantasmas” e por último a INTEGRAÇÃO, onde os ativos são incorporados
formalmente ao sistema econômico sem despertar suspeitas de sua origem.
A lavagem de dinheiro merece séria consideração sob dois principais aspectos.
Primeiro, permite a traficantes, contrabandistas de armas, terroristas ou funcionários
corruptos, entre outros, continuarem com suas atividades criminosas, facilitando seu
acesso aos lucros ilícitos. Segundo, porque o crime de lavagem de dinheiro mancha as

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instituições e, se não controlado, pode, além de causar eventuais prejuízos, minar a
sua integridade.
O objetivo da lavagem de dinheiro não é necessariamente o lucro, mas a dissimulação
da origem ilícita dos valores, o que pode acarretar custos. Assim, os praticantes da
lavagem de dinheiro podem fazer negócios que seriam considerados muito ruins ou
desaconselháveis pelas regras da Economia e os princípios da Administração.
Considera-se autor da lavagem de dinheiro quem, para ocultar ou dissimular a
utilização de ativos ilícitos, promove a sua conversão, adquire, recebe, troca, negocia,
dá ou recebe ativos ilícitos em garantia, guarda, deposita, movimenta, transfere,
importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros. E ainda,
quem, diretamente ou com outros, utiliza ativos ilícitos na sua atividade econômica ou
financeira.

FINANCIAMENTO AO TERRORISMO
Dadas suas características específicas, o crime de terrorismo é geralmente tratado, nas
convenções internacionais, como assunto correlato à lavagem de dinheiro. Trata-se de
uma exceção: no caso do terrorismo, a origem do dinheiro não precisa ser
necessariamente ilícita, contrariando a definição clássica de lavagem. Um milionário
pode financiar um grupo terrorista usando dinheiro lícito, obtido de seus negócios
regulares. Terá, curiosamente, que lavar dinheiro ao contrário, ou seja, dar legalidade
a um gasto ilegal, e não a um ganho.

Financiamento ao Terrorismo (FT) pode ser definido como a reunião de fundos ou de


capital para a realização de atividades terroristas. Esses fundos podem ter origem legal
- como doações, ganho de atividades econômicas lícitas diversas - ou ilegal - como as
procedentes de atividades criminosas (crime organizado, fraudes, contrabando,
extorsões, sequestros, etc.).

OBJETIVO DO MANUAL
O manual de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo,
constituído em atendimento à legislação vigente, tem como objetivo estabelecer
orientações, definições e procedimentos, para prevenir e detectar operações ou
transações que apresentem características atípicas, para combater os crimes de
lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores, bem como identificar e
acompanhar as operações realizadas com pessoas politicamente expostas, visando
sempre o resguardo da Labor Sociedade Corretora de Câmbio Ltda. (doravante Labor
Câmbio), seus sócios, diretores e funcionários.
Entende-se que a credibilidade de uma instituição é reflexo da prática efetiva de
valores como ética, integridade, honestidade, transparência, qualidade e respeito aos
clientes.
Os compromissos com a ética e integridade estão diretamente relacionados com a
prevenção à lavagem de dinheiro. Vale salientar que para uma instituição
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desenvolver-se e ter sucesso, é imprescindível atuar dentro de princípios éticos,
partilhados por todos os seus funcionários e diretores e amplamente conhecidos por
todos.
As instruções aqui apresentadas, baseiam-se na regulamentação aplicável e nas
melhores práticas de prevenção à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do
terrorismo.
A implementação desse manual ocorre por meio da aprovação em Reunião da
Diretoria da Labor Câmbio e tem como público alvo os administradores, funcionários e
setores diretamente envolvidos no processo de prevenção à lavagem de dinheiro.
Quando do desenvolvimento de novos produtos e serviços, a Diretoria da Labor
Câmbio recomendará a máxima atenção às questões abordadas neste manual.

A INSTITUIÇÃO
A LABOR CÂMBIO é uma Corretora de Câmbio fundada em 2003, que atua no mercado
de câmbio dos Estados de Pernambuco, do Ceará e da Paraíba e oferece comodidade,
segurança, pontualidade e transparência.
Nossa missão é servir o cliente, oferecendo-lhe soluções para suas necessidades e
contribuir para o desenvolvimento do país, no intuito de criar condições para um
mercado de câmbio efetivo e lícito. Para o cumprimento dessa missão, está sujeita à
legislação que estabelece orientações e procedimentos com o intuito de coibir a
lavagem de dinheiro.
Nossa equipe é treinada para dar o aporte que nosso cliente necessita em qualquer
uma das lojas espalhadas em Recife, Fortaleza e João Pessoa.
Fruto de bom relacionamento com clientes e instituições parceiras, temos larga
experiência na negociação das principais moedas e serviços exclusivos, podendo
ofertar as melhores taxas do mercado.
A LABOR CÂMBIO é credenciada pelo Banco Central – nº 17796/0001, além de ser
associada à ABRACAM – Associação Brasileira das Corretoras de Câmbio, o que dá
credibilidade e segurança, na hora de fechar negócio envolvendo as operações
disponíveis.
A Labor Câmbio não faz captação de recursos. Atualmente não opera com
importação/exportação em suas operações de câmbio. Suas operações restringem-se
ao câmbio manual, venda de câmbio através de cartões recarregáveis, e transferências
do e para o exterior, em parceria com o Banco Rendimento e com instituição para
remessas expressas internacionais.

POLÍTICAS INSTITUCIONAIS SOBRE PLD/CFT


A LABOR CÂMBIO, tem as seguintes Políticas que regem a Prevenção e Combate à
Lavagem de Dinheiro e o Financiamento ao Terrorismo:

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- Esclarece a todos os colaboradores o que é lavagem de dinheiro e financiamento ao
terrorismo, suas implicações e riscos para a instituição e toda a cadeia operacional.
- Busca prevenir a prática de lavagem de dinheiro na realização de seus negócios, em
consonância com leis e regulamentos nacionais.
- No desenvolvimento de seus produtos, serviços e operações, adota procedimentos
que objetivam inibir a prática do crime de lavagem de dinheiro.
- Especifica, neste mesmo manual, as responsabilidades dos integrantes de cada nível
hierárquico da instituição no que tange às políticas de prevenção e combate à lavagem
de dinheiro.
- No desenvolvimento e uso de sistemas automatizados de monitoramento de
operações realizadas, são utilizados parâmetros estabelecidos em leis e regulamentos
para registro de transações e identificação daquelas consideradas indício de lavagem
de dinheiro.
- Coleta e registra, tempestivamente, informações sobre clientes, de maneira a
permitir a identificação dos riscos, no que tange à ocorrência da prática dos crimes
relativos à lavagem de dinheiro, atualizando-as a cada novo contato, e, no mínimo a
cada ano.
- Respeita o caráter confidencial das informações cadastrais de seus clientes,
mantendo-as atualizadas e observa a regulamentação quanto às informações e
documentos necessários à sua identificação, inclusive, a caracterização de clientes
como pessoas expostas politicamente.
- Adota procedimentos sistematizados e declaratórios na sua relação institucional com
pessoas expostas politicamente.
- Comunica às autoridades competentes, as operações ou propostas de operações que,
na forma da legislação e regulamentação vigentes, caracterizem indício de lavagem de
dinheiro.
- Adota, na análise de suspeita de indício de lavagem de dinheiro, a avaliação dos
instrumentos utilizados, a forma de realização, as partes e valores envolvidos, a
capacidade financeira e a atividade econômica do cliente e qualquer indicativo de
irregularidade ou ilegalidade envolvendo o cliente ou suas operações.
- Afirma que os processos de registro, análise e comunicação, às autoridades
competentes, de operações financeiras que revelam indício de lavagem de dinheiro
são realizados de forma sigilosa, inclusive em relação aos clientes.
- Adota critérios para a contratação de empregados, que inclui a verificação de
conduta, bem como outros elementos, cujo foco está na prevenção e combate à
lavagem de dinheiro.
- Possui critérios e procedimentos para treinamento e acompanhamento de conduta
dos empregados da instituição.

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- Submete, antes da implantação, os novos produtos e serviços a uma análise prévia,
pelos 2 (dois) níveis hierárquicos superiores, com vistas a eliminar os riscos de
atividades suspeitas. Quando as circunstâncias revelam evidências de lavagem de
dinheiro, adota medidas de caráter restritivo em relação aos fornecedores e procede à
comunicação pertinente.
- Submete a aprovação da política institucional de PLD/CFT, à Diretoria, onde fica claro
o seu comprometimento na cobrança pela execução e a atribuição de
responsabilidades.
- Dá ampla divulgação das políticas institucionais de PLD/CFT.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

ÁREA DE PLD/CFT
A área objeto das políticas de PLD/CFT é formada pela Diretoria da Corretora, onde se
encontra o Diretor que responde pela instituição junto ao BACEN e ao COAF, pelos
setores responsáveis pelos Controles (Controller) e pela Gerência (Gerente) e por cada
ponto de atendimento, onde está o quadro composto por Supervisores e Operadores
de Caixa. Um dos Operadores de Caixa auxilia o Supervisor em cada ponto, sendo
inclusive o seu substituto eventual, de sorte que cada ponto de atendimento

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comporte, no mínimo, 2 níveis hierárquicos e a instituição comporte 3 níveis
hierárquicos com relação às atividades de PLD/CFT, antes de chegar à Diretoria.
Embora que, para efeitos de atribuição de responsabilidades, estejamos relacionando
3 níveis hierárquicos, todos os colaboradores da instituição serão submetidos a
treinamento que trate de PLD/CFT, isto porque, independentemente da função
exercida, todas as áreas da instituição devem atender tempestivamente às eventuais
solicitações de informações sobre PLD/CFT.

RESPONSABILIDADES/ATRIBUIÇÕES
– Diretoria
- Diretor responsável por PLD /CFT
O Diretor responsável pela área de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento
ao Terrorismo é o principal executivo da Labor Câmbio. Trata-se do Diretor José Gomes
Casimiro que teve seu nome submetido à homologação do Banco Central, sendo
aprovado e cadastrado no UNICAD (Informações Sobre Entidades de Interesse do
Banco Central).
O Diretor da instituição, indicado no UNICAD, é responsável:
a) juntamente com a Diretoria, pela aprovação da política institucional de
PLD/CFT;
b) pela determinação da divulgação da referida política;
c) por cobrar da Gerência a aplicação efetiva desta política;
d) pelo acompanhamento regular das atividades do gestor de PLD/CFT;
e) pela participação efetiva nas análises e decisões relativas a PLD/CFT;
f) pela participação em treinamentos sobre PLD/CFT, seja como facilitador ou
aluno; e
g) pelas comunicações tempestivas ao COAF, acerca de operação ou situação
atípica. Por isto os seus dados cadastrais no UNICAD e nos sistemas cadastrais
da própria corretora devem estar permanentemente atualizados.

– Setor de Controles
- Controller
O Controller é responsável:
a) pelo acompanhamento e leitura de normas do BACEN e do COAF, passando
esta informação às outras áreas, em especial à Diretoria e à Gerência;
b) por aprimorar e atualizar as informações contidas neste manual, com
fundamento na legislação e normas aplicáveis, e quando solicitado pela
Diretoria;

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c) por manter atualizado este manual e todas as informações referentes ao
assunto PLD/CFT, revisando-o, quando necessário, e em decorrência de fatos
relevantes apontados pelas auditorias interna e externa; e
d) por disponibilizar o acesso deste manual a todos os funcionários, diretores, e
demais interessados através do site da instituição.

– Setor de Gerência
- Gerente
a) pela gestão do processo de PLD/FT;
b) por monitorar ocorrências sobre operações atípicas/suspeitas comunicadas
pelos Supervisore(a)s de lojas;
c) por analisar, em segunda instância, as operações ou situações atípicas
apontadas pelos Operadores de Caixa e que já tenha sido objeto de análise
pelos Supervisore(a)s de lojas;
d) por submeter à Diretoria, em última instância, a análise de operação ou
situação atípica selecionada, já com a sua análise em segunda instância,
para a avaliação de comunicação ou não ao COAF;
e) por organizar e guardar todo o histórico de cada transação suspeita
analisada, comunicada ao COAF ou não, que tenha chegado à segunda
instância, pelo prazo de 5 anos;
f) por realizar verificações internas quinzenalmente, a fim de garantir o
cumprimento das políticas, no que tange ao cadastro e às operações;
g) por encaminhar semestralmente à Diretoria o quadro de clientes da
instituição que sejam apontados no cadastro como Pessoas Expostas
Politicamente;
h) por enviar mensalmente à Diretoria o relatório de operações
atípicas/suspeitas; e
i) por propor à Diretoria, a comunicação ao COAF, de pessoas ou entidades
que tenham tentado operar através da LABOR CÂMBIO, cujos registros
sejam coincidentes com os encontrados nas listas restritivas, como
suspeitos ou envolvidos com ações terroristas, por ocasião ou da operação,
ou das verificações quinzenais e anuais (testes) de cadastro.

– Setor Operacional
- Supervisores
Os Supervisores são responsáveis:
a) por divulgar, em cada ponto de atendimento, a política de PLD/CFT;
b) por fazer cumprir as determinações desta política;
c) por identificar necessidades de treinamento dos colaboradores;
d) por supervisionar o cumprimento das normas referentes às Políticas de
Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo;

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e) por observar os padrões éticos na condução dos negócios, no estabelecimento
e na manutenção de relacionamento com os clientes;
f) por monitorar diariamente ocorrências sobre operações atípicas/suspeitas
comunicadas pelos Operadores de Caixa à Supervisão;
g) por analisar, em primeira instância, as operações ou situações atípicas
apontadas pelos Operadores de Caixa à Supervisão;
h) por registrar ocorrências de operações ou situações atípicas e o resultado da
análise em primeira instância;
i) por organizar e guardar todo o histórico de cada transação suspeita analisada,
comunicada ao COAF ou não, encerrada na primeira instância pelo prazo de 5
anos;
j) por realizar verificações internas mensalmente, a fim de garantir o
cumprimento das políticas; e
k) por dar conhecimento ao Gerente e à Diretoria, no caso de ocorrência – inicial
ou não – de clientes enquadrados como Pessoas Expostas Politicamente;

-Operadores de Caixa
Os Operadores de Caixa são responsáveis:
a) por cumprir cabalmente as recomendações da política institucional de PLD/CFT;
b) por cadastrar os clientes, de acordo com as regras estabelecidas;
c) por solicitar os documentos cadastrais dos clientes, juntamente com os exigidos
legalmente e orientar os clientes quanto ao correto e completo preenchimento
da Ficha Cadastral, quando necessário;
d) pela atualização permanente do cadastro dos clientes no momento de
efetivação das operações ou de qualquer tipo de atendimento;
e) por monitorar atentamente todas as características das operações ou situações
realizadas ou propostas;
f) por reportar, de imediato, ao seu Supervisor(a) local, toda e qualquer proposta,
situação ou operação considerada atípica ou suspeita;
g) na hipótese de recusa do Supervisor(a) local em analisar ou apurar qualquer
fato, ou, por qualquer motivo, na sua falta, a comunicação prevista no item
anterior deverá ser feita diretamente à Diretoria da Labor Câmbio;
h) por guardar sigilo sobre o reporte efetuado, cuidando para que não seja dado
conhecimento ao cliente ou ao envolvido sobre a ocorrência ou situação a ele
relacionada; e
i) por solicitar aos clientes a informação de seu enquadramento ou não como PEP
- Pessoa Exposta Politicamente.

- Outros Funcionários do Setor Operacional


As mesmas responsabilidades, no que couber, dos Operadores de Caixa e aquelas
determinadas pelos Supervisores.

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– Setor de Administração
- Recursos Humanos
A Administração de Recursos Humanos é responsável:
a) por estabelecer, em consonância com a Diretoria, critérios para a seleção e
contratação dos funcionários, com foco especial nas atribuições concernentes à
política institucional listada neste Manual;
b) por providenciar, anualmente, a atualização dos cadastros dos diretores e
funcionários da Labor Câmbio;
c) por, na ocasião da contratação, informar ao funcionário sobre este Manual; e
d) por providenciar o treinamento em PLD/CFT de todos os níveis hierárquicos da
Labor Câmbio.

- Treinamento
Com relação a treinamento, a área responsável deve manter um programa
permanente de capacitação e reciclagem para todos os colaboradores, voltado para as
políticas Conheça seu Cliente e Conheça seu Colaborador, tendo por objetivo atingir a
eficácia nos procedimentos de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e
financiamento ao terrorismo nas atividades da instituição, de acordo com o artigo 1º
da Circular 3.461/09, do Bacen.

Os conteúdos referentes à PLD/CFT devem ser ministrados em treinamentos


periódicos específicos, presenciais e/ou à distância, bem como fazer parte de todos os
processos internos de formação e desenvolvimento de pessoas.

Estes módulos de treinamento devem conter, no mínimo, os principais aspectos


disciplinados pela legislação e regulamentação, assim como analisadas diversas
situações comportamentais, que venham a configurar indícios da prática de atividades
ligadas ao crime de LD/FT. Ao final do treinamento deverá haver avaliação escrita.
Todo o processo: matrícula, frequência, carga horária, matérias, materiais utilizados,
avaliações e certificados, deverão ser arquivados, de forma a comprovar a efetiva
aplicação dos treinamentos.

Por tratar-se de um item importante no processo de adoção das melhores práticas de


prevenção à lavagem de dinheiro, apesar de nem todos os setores estarem
diretamente envolvidos, a Labor Câmbio enfatiza que a prevenção e detecção da
lavagem de dinheiro e a ciência das consequências decorrentes da inobservância à
legislação e às normas aplicáveis, devem ser do conhecimento de todos, no sentido de
buscar a integridade e a seriedade nas relações estabelecidas com a instituição,
reduzindo, dentre outros, os riscos de imagem e de conformidade legal e operacional.

O Gerente e os Supervisores devem reforçar junto aos colaboradores a necessidade de


comprometimento e conscientização, com relação à política Conheça Seu Cliente,

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reforçando que o registro de dados consistentes, possibilita análises eficientes e
viabiliza negócios com maior agilidade, melhores resultados e menor risco.

– Auditoria Externa
O Auditor Externo é responsável:
Por realizar exames no decorrer dos seus trabalhos, para evidenciar possíveis
deficiências no controle de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Combate ao
Financiamento do Terrorismo, bem como examinar o cumprimento de outras
conformidades em todas as modalidades operacionais praticadas pela Labor Câmbio.

FERRAMENTAS DE CONTROLE
Para o fiel cumprimento da legislação que dispõe sobre a prevenção do crime de
lavagem de dinheiro, a Labor Câmbio manterá as seguintes ferramentas de auxílio para
identificação, registro e comunicação de ocorrências descritas nesta política:

– Atualização Cadastral
A manutenção do cadastro dos clientes, no momento da efetivação de operações e
quando de consultas por contatos telefônicos, permite que a Labor Câmbio preste
atendimento adequado, contribua com a manutenção da boa reputação e integridade
da instituição e, consequentemente, reduza a possibilidade de se tornarem veículos ou
vítimas de crimes de lavagem de dinheiro e do financiamento ao terrorismo. Estas
atualizações são diuturnas, realizadas pelo pessoal que está na “ponta”. Isto agiliza os
processos de trabalho e estreita o vínculo dos clientes com a Labor Câmbio.

–Conheça Seu Cliente


A prática denominada Conheça Seu Cliente é uma recomendação do Comitê de
Basiléia, na qual as instituições devem estabelecer um conjunto de regras e de
procedimentos, tendo como objetivo o conhecimento do seu cliente, buscando
identificar e conhecer a origem e constituição do patrimônio e dos recursos
financeiros. Para atender a essa recomendação a Labor Câmbio:
a) não deve manter vínculo com pessoas que apresentem qualquer indício de
relacionamento com atividades de natureza criminosa, especialmente aquelas
supostamente vinculadas ao narcotráfico, terrorismo ou crime organizado; tenham
negócios cuja natureza impossibilite a verificação da legitimidade das atividades ou da
procedência dos recursos movimentados ou recusam-se a fornecer informações ou
documentos solicitados;
b) mantém registro de todas as operações por no mínimo 5 (cinco) anos, e mantém
permanentemente atualizada a base cadastral dos clientes com, no mínimo, as
seguintes informações: nome completo, data e local de nascimento, sexo, estado civil,

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nome do cônjuge, CPF, RG, endereço completo, telefone, e-mail e seu
enquadramento, ou não, na condição de pessoa exposta politicamente.

Para os efeitos da regulamentação, a Labor Câmbio definiu os seguintes critérios


para o enquadramento de clientes como eventuais ou permanentes:

DEFINIÇÃO DE CLIENTE EVENTUAL

- Pessoa física ou jurídica que realize operações, exceto cartões pré-pagos, em valor de
até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), por ano ou que realize no semestre até cinco
operações de qualquer valor, desde que o total não ultrapasse o valor anual referido.

Informações Necessárias do Cliente Eventual (documentos devem ser copiados ou


escaneados)

Se Pessoa Física:

a) nome completo;
b) CPF;
c) RG;
d) data e local de nascimento;
e) sexo;
f) estado civil;
g) nome do cônjuge;
h) endereço completo;
i) telefone;
j) e-mail; e
k) informação se é ou tem relação com PEP

Se Pessoa Jurídica:

a) razão social;
b) CNPJ;
c) endereço comercial completo;
d) telefone de contato;
e) e-mail; e
f) Informação se o titular é ou tem relação com PEP

Observações Importantes:

1- Caso o cliente eventual tenha interesse de fazer qualquer operação que supere
o limite estabelecido na definição, deverá ser enquadrado como cliente
permanente.

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2- Independentemente dos valores citados acima, qualquer pessoa física ou
jurídica que tenha como domicílio áreas fronteiriças ou que tenha como
beneficiário final das operações pessoas residentes nas áreas citadas, ou ainda,
que adquira cartões pré-pagos, será enquadrada como cliente permanente.

3- No enquadramento como cliente permanente o cadastro será adequado à nova


situação.

DEFINIÇÃO DE CLIENTE PERMANENTE

- Todas as pessoas consideradas expostas politicamente.

- Todas as Pessoas Físicas ou Jurídicas que realizem operações fora dos padrões
descritos para o Cliente Eventual, na forma antes estipulada.

- Qualquer Pessoa Física ou Jurídica que tenha como domicílio áreas fronteiriças ou
que tenha como beneficiário final das operações pessoas residentes nas áreas citadas.

- Todas as Pessoas Físicas ou Jurídicas que adquirirem cartões pré-pagos.

Informações Necessárias do Cliente Permanente (documentos devem ser copiados


ou escaneados)

Se Pessoa Física:

a) nome completo;
b) CPF;
c) RG;
d) data e local de nascimento;
e) sexo;
f) estado civil;
g) nome do cônjuge;
h) endereço completo;
i) telefone;
j) e-mail;
k) nacionalidade;
l) profissão;
m) filiação;
n) procuração – caso representado por procurador;

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o) última declaração do Imposto de Renda;
p) declaração sobre os propósitos e a natureza da relação de negócio com a Labor
Câmbio; e
q) informação se é ou tem relação com PEP.

Se Pessoa Jurídica:

a) razão social;
b) CNPJ;
c) endereço comercial completo;
d) telefone de contato;
e) e-mail;
f) atividade principal;
g) data de constituição;
h) nome completo dos administradores;
i) RG dos administradores;
j) CPF dos administradores;
k) ato de constituição ou última alteração estatutária/contratual devidamente
registrada na Junta Comercial;
l) faturamento médio mensal, referente aos 12 (doze) meses anteriores;
m) procuração, caso a PJ seja representada, na operação, por procurador;
n) informações relativas à pessoa física que seja considerada, em última instância,
como detentor do controle da pessoa jurídica; (ver observação abaixo)
o) último balanço da PJ; e
p) informação se o titular/administradores é/são ou tem relação com PEP

Observação Importante:

Para obter a informação sobre a pessoa física considerada, em última instância,


como controlador(a) da pessoa jurídica é necessário consultar o contrato social, ou
último aditivo, com registro na junta comercial e ainda a SERASA, para determinar o
controle da empresa. Se este controle (mais de 50% em caso de S/A e 75% em caso
de LTDA) for detido por outra pessoa jurídica, igual tratamento deve ser dado
(solicitação de dados cadastrais, contratos, aditivos, etc.) até que se chegue,
finalmente, a uma pessoa física que esteja “por trás” de toda a cadeia de controle da
empresa que está propondo a operação. Toda documentação deverá ser copiada ou
escaneada.

Os envolvidos no processo de realização do cadastro de um cliente, além da exposição


ao Risco Operacional, deverão observar com rigor os indícios de crimes de lavagem de
dinheiro, conforme estabelecido na regulamentação e neste Manual.

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O cadastro completo será exigido para a coleta e manutenção das informações dos
clientes permanentes, além da avaliação da compatibilidade entre a movimentação de
recursos, a atividade econômica e a capacidade financeira destes clientes.

–Conheça Seu Colaborador


- A Labor Câmbio só contratará funcionários, depois de parecer da Área de Recursos
Humanos, juntamente com cadastro, sobre os procedimentos preventivos previstos na
política institucional, com foco em PLD/CFT, acerca do contratado;
Abaixo, os controles determinados pela Labor Câmbio com o intuito de verificar
alterações nos padrões de vida ou comportamento dos funcionários:
- A Labor Câmbio providenciará anualmente a atualização dos cadastros de seus
diretores e funcionários;
- A Supervisão deverá atentar para o comportamento econômico-financeiro dos seus
funcionários, especialmente:
a) quanto à alteração inusitada de padrão de vida, sem justificativa aparente;
b) exagero no tratamento prestado a determinados clientes (elogios contínuos,
tratamento diferenciado e ou privilegiado injustificado, realização exagerada de
favores, entre outros que possam indicar relação inadequada);
c) descumprimento contínuo, dos procedimentos de controles internos ou
manifestação de aversão às regras.

– Identificação de Pessoas Expostas Politicamente (PEP)


A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) do
Governo Brasileiro, criada em 2003 pelo Ministério da Justiça, estabeleceu como meta
em 2006 a definição e regulamentação das obrigações em relação às pessoas expostas
politicamente (PEP).
De acordo com a Circular 3.461/09, do Bacen, as instituições devem coletar de seus
clientes informações que permitam caracterizá-los, ou não, como pessoas expostas
politicamente e identificar a origem dos fundos envolvidos nas transações realizadas.

As Circulares 3.461/09 e 3.654/13, do Bacen, dispõem sobre os procedimentos a


serem observados pelas instituições para o estabelecimento de relação de negócios e
acompanhamento das movimentações financeiras de PEPs, os quais devem:

 Ser estruturados de forma a possibilitar a identificação de pessoas


consideradas expostas politicamente;

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 Identificar a origem dos fundos envolvidos nas transações dos clientes
identificados como PEPs, podendo ser considerada a compatibilidade das operações
com o patrimônio constante nos respectivos cadastros.

É obrigatória a autorização prévia da Diretoria da Labor Câmbio para o


estabelecimento de relação de negócios ou para o prosseguimento de relações já
existentes quando o cliente se enquadre como pessoa exposta politicamente.

Definem-se como Pessoas Expostas Politicamente (PEP):


Consideram-se PEP os agentes públicos que desempenham ou tenham desempenhado
nos últimos (5) cinco anos, no Brasil ou em países, territórios e dependências
estrangeiros, cargos, empregos ou funções públicas relevantes, assim como seus
representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo.
No caso de clientes brasileiros, devem ser abrangidos:
I - Os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União;
II - Os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União:
a) de ministro de estado ou equiparado;
b) de natureza especial ou equivalente;
c) de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias, fundações
públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista;
d) do Grupo Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível 6, ou equivalentes;
III - Os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, dos
tribunais superiores, dos tribunais regionais federais, do trabalho e eleitorais, do
Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do Conselho da Justiça Federal;
IV - Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da
República, o Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador-Geral do Trabalho,
Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e os
Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;
V - Os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador-Geral do Ministério
Público junto ao Tribunal de Contas da União;
VI - Os governadores de Estado e do Distrito Federal, os presidentes de tribunal de
justiça, de assembleia e câmara legislativa, os presidentes de tribunal de contas de
Estado, do Distrito Federal e de Município, e de conselho de contas dos Municípios;
VII - Os prefeitos e presidentes da Câmara Municipal de capitais de Estado.
No caso de clientes estrangeiros, para fins do disposto na regulamentação, a Labor
Câmbio deverá adotar pelo menos uma das seguintes providências:
I - solicitar declaração expressa do cliente a respeito da sua classificação;

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II - recorrer a informações publicamente disponíveis, inclusive na Internet;
III - consultar bases de dados comerciais sobre PEP; e
IV- considerar como PEP a pessoa que exerce ou exerceu funções públicas
proeminentes em um país estrangeiro, tais como chefes de estado ou de governo,
políticos de alto nível, altos servidores governamentais, judiciais, do legislativos ou
militares, dirigentes de empresas públicas ou dirigentes de partidos políticos.

O disposto no item IV, imediatamente acima, também se aplica a pessoa que exerce ou
exerceu função de alta administração em uma organização internacional de qualquer
natureza, assim considerados diretores, subdiretores, membros de conselho ou
funções equivalentes.
São exemplos de situações que caracterizam relacionamento próximo e acarretam o
enquadramento de cliente, nesta condição, como pessoa exposta politicamente:
I - constituição de pessoa exposta politicamente como procurador ou preposto;
II - controle, direto ou indireto, por pessoa exposta politicamente, no caso de cliente
pessoa jurídica; e
III - movimentação habitual de recursos financeiros de ou para pessoa exposta
politicamente cliente da instituição, não justificada por eventos econômicos, como a
aquisição de bens ou a prestação de serviços.
As operações ou propostas de operações que possuam PEP como parte envolvida
serão sempre consideradas como merecedoras de especial atenção, conforme previsto
no inciso II do art. 10 da Circular 3.461do BACEN.
A Labor usa a lista de PEPs do COAF e cruza com os dados de seu cadastro para
detectar Pessoas Expostas Politicamente.
Nos sistemas usados na Labor Câmbio existe um campo para inclusão da informação
dos clientes enquadrados como PEP. Mediante isso, é possível gerar um relatório que
permite a identificação e o monitoramento dentre seus clientes, das pessoas
consideradas expostas politicamente.
O Gerente ficará responsável por imprimir semestralmente o relatório acima citado e
encaminhá-lo à Diretoria para que fique ciente das ocorrências (se houver).

– Operações Atípicas e/ou Suspeitas


As movimentações financeiras atípicas são aquelas operações que possam configurar
um indício de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores ou ainda, de
financiamento ao terrorismo. O registro e a comunicação à Diretoria das operações

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nas condições mencionadas serão feitos pelo Gerente, conservando referidos dados
durante um período mínimo de (5) cinco anos, contados da conclusão da operação.
Vale destacar que todas as operações da Labor Câmbio devem ficar registradas nos
sistemas de controle de operações.

–Indícios de Lavagem de Dinheiro ou Financiamento ao Terrorismo


As operações ou as situações descritas a seguir, considerando as partes envolvidas, os
valores, a frequência, as formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de
fundamento econômico ou legal, sem serem excludentes, podem configurar indícios
de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, passíveis
de comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf):
I - situações relacionadas com operações em que haja recebimento, pela Labor
Câmbio, de moeda nacional em espécie:
a) operações com pagamento em espécie realizadas por clientes cujas atividades
possuam como característica a utilização de outros instrumentos mais adequados de
transferência de recursos, tais como cheques, DOC, TED e cartões de débito ou crédito;
b) fragmentação de operações, em espécie, de forma a dissimular o valor total da
movimentação em moeda nacional;
c) pagamento de operações em espécie, por clientes que exerçam atividade comercial
relacionada com negociação de bens de luxo ou de alto valor, tais como obras de arte,
imóveis, barcos, joias, automóveis ou aeronaves executivas;
d) pagamento de operações com cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, ou com
aspecto de que foram armazenadas em local impróprio ou ainda que apresentem
marcas, símbolos ou selos desconhecidos, empacotadas em maços desorganizados e
não uniformes; e
e) realização de operações com pagamento através de grandes quantidades de cédulas
de pequeno valor, realizados por pessoa física ou jurídica, cuja atividade ou negócio
não tenha como característica recebimentos de grandes quantias de recursos em
espécie.
II - situações relacionadas com operações de câmbio:
a) operações em espécie em moeda estrangeira ou cheques de viagem denominados
em moeda estrangeira, que apresente atipicidade em relação à atividade econômica
do cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade econômico-financeira;
b) negociações de moeda estrangeira em espécie, em municípios localizados em
regiões de fronteira, que não apresentem compatibilidade com a natureza declarada
da operação;

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c) negociações de moeda estrangeira em espécie ou cheques de viagem denominados
em moeda estrangeira, que não apresentem compatibilidade com a natureza
declarada da operação;
d) negociações de moeda estrangeira em espécie ou cheques de viagem denominados
em moeda estrangeira, realizadas por diferentes pessoas físicas, não relacionadas
entre si, que informem o mesmo endereço residencial;
e) recebimentos de moeda estrangeira em espécie, por pessoas físicas residentes no
exterior, transitoriamente no País, decorrentes de ordens de pagamento a seu favor
ou da utilização de cartão de uso internacional, sem a evidência de propósito claro;
f) realização de operações de câmbio, simultâneas ou consecutivas, em prazo muito
curto, aparentando fracionamento; e
g) operações de câmbio pagas por terceiros, sem justificativa aparente.
III–outras situações relacionadas com operações típicas de uma Corretora de
Câmbio:
a) operações incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação
profissional e a capacidade financeira do cliente;
b) operações com valores arredondados e que estejam um pouco abaixo do limite para
notificação;
c) operações de alto valor, de forma contumaz, em benefício de terceiros;
d) operações tendo como beneficiário a mesma pessoa, cujos valores, somados,
resultem em quantia significativa;
e) cliente não pede descontos nas tarifas ou não negocia as taxas de câmbio ou
dispensa qualquer atenção especial que, em circunstâncias normais, sejam valiosas
para qualquer cliente;
f) mudança repentina e injustificada na forma de realizar as operações ou nos tipos de
transação utilizados;
g) solicitação de não observância ou atuação no sentido de induzir funcionários da
instituição a não seguirem os procedimentos regulamentares ou formais para a
realização de uma operação;
h) recebimento de transferência com imediata efetivação de outras operações, para
pagamentos ou transferências para outras pessoas, sem justificativa;
i) realização de operações que, por sua habitualidade, valor e forma, configurem
artifício para burla da identificação da origem, do destino, dos responsáveis ou dos
beneficiários finais;

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j) realização de operações com a utilização de instrumentos de transferência de
recursos não característicos para a ocupação ou o ramo de atividade desenvolvida pelo
cliente;
k) recebimento de transferências de diversas origens, sem fundamentação econômico-
financeira, especialmente provenientes de regiões distantes do local de atuação da
pessoa jurídica ou distantes do domicílio da pessoa física;
l) transferências habituais a fornecedores ou beneficiários que não apresentem ligação
com a atividade ou ramo de negócio da pessoa jurídica;
m) transferências por pessoa jurídica para fornecedor distante de seu local de atuação,
sem fundamentação econômico-financeira;
n) realização de operações liquidadas com pagamento através de cheques endossados
totalizando valores significativos;
o) operações habituais de ou para pessoas politicamente expostas ou pessoas de
relacionamento próximo, não justificadas por eventos econômicos;
p) operações em nome de menores ou incapazes, cujos representantes realizem
grande número de operações atípicas;
q) remessa de recursos ao exterior, sem fundamento econômico ou legal, que tenha
como origem de recursos operação de crédito no país;
r) operações realizadas por organizações sem fins lucrativos (ONGs, OSCIPs, etc.);
s) operações realizadas por pessoas físicas ou jurídicas que declarem como origem dos
recursos contratações com o setor público, inclusive através de licitações;
t) operações realizadas por pessoas físicas ou jurídicas que tenham por origem
recursos públicos relacionados a patrocínio, propaganda, marketing, consultorias,
assessorias e capacitação; e
u) operações em que o comprador/vendedor ou destinatário final more em áreas de
fronteira.
IV - situações relacionadas com dados cadastrais de clientes:
a) resistência ao fornecimento de informações necessárias para o início de
relacionamento ou para a atualização cadastral, oferecimento de informação falsa ou
prestação de informação de difícil ou onerosa verificação;
b) realização de operações por detentor de procuração ou de qualquer outro tipo de
mandato;
c) apresentação de irregularidades relacionadas aos procedimentos de identificação e
registro das operações exigidos pela regulamentação vigente, seguidas ou não do
encerramento do relacionamento comercial;

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d) várias operações em uma mesma data, ou em curto período, com valores idênticos
ou aproximados, ou com outros elementos em comum, tais como origem dos recursos,
titulares, procuradores, sócios, endereço, número de telefone, etc.;
e) realização de operações em que não seja possível identificar o beneficiário final,
observados os procedimentos definidos na regulamentação vigente;
f) informação de mesmo endereço comercial por diferentes pessoas jurídicas ou
organizações, sem justificativa razoável para tal ocorrência;
g) representação de diferentes pessoas jurídicas ou organizações pelos mesmos
procuradores ou representantes legais, sem justificativa razoável para tal ocorrência;
h) informação de mesmo endereço residencial ou comercial por pessoas físicas, sem
demonstração da existência de relação familiar ou comercial; e
i) incompatibilidade da atividade econômica ou faturamento informados com o padrão
apresentado por clientes com o mesmo perfil.
V - situações relacionadas com cartões de pagamento:
(Nota: Neste aspecto são imprescindíveis as informações do sistema AGILITAS)
a) utilização, carga ou recarga de cartão em valor não compatível com a capacidade
econômico-financeira, atividade ou perfil do usuário;
b) realização de múltiplos saques com cartão em terminais eletrônicos em localidades
diversas e distantes do local de contratação ou recarga;
c) utilização do cartão de forma incompatível com o perfil do cliente, incluindo
operações atípicas em outros países;
d) utilização de diversas fontes de recursos para carga e recarga de cartões; e
e) realização de operações de carga e recarga de cartões, seguidas imediatamente por
saques em caixas eletrônicos.
VI - situações relacionadas a pessoas suspeitas de envolvimento com atos terroristas:
a) operações envolvendo pessoas relacionadas a atividades terroristas listadas pelo
Conselho de Segurança das Nações Unidas;
b) realização de operações ou prestação de serviços, qualquer que seja o valor, a
pessoas que reconhecidamente tenham cometido ou intentado cometer atos
terroristas, ou deles participado ou facilitado o seu cometimento;
c) operações cuja contrapartida seja de recursos pertencentes ou controlados, direta
ou indiretamente, por pessoas que reconhecidamente tenham cometido ou intentado
cometer atos terroristas, ou deles participado ou facilitado o seu cometimento; e

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d) operações cujas características, tais como: países, áreas de fronteira, beneficiários
finais não identificados, etc., podem constituir indícios de financiamento ao
terrorismo.
VII - situações relacionadas com atividades internacionais:
a) realização ou proposta de operação com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive
sociedades e instituições financeiras, situadas em países que não apliquem ou
apliquem insuficientemente as recomendações do Grupo de Ação contra a Lavagem de
Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI), ou que tenham sede em países ou
dependências com tributação favorecida ou regimes fiscais privilegiados ou em locais
onde seja observada a prática contumaz dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de
março de 1998, não claramente caracterizadas em sua legalidade e fundamentação
econômica;
b) utilização de operações com custos mais elevados que visem a dificultar o
rastreamento dos recursos ou a identificação da natureza da operação;
c) realização de pagamentos de importação e recebimentos de exportação,
antecipados ou não, por empresa sem tradição ou cuja avaliação econômico-financeira
seja incompatível com o montante negociado;
d) realização de pagamentos a terceiros não relacionados a operações de importação
ou de exportação;
e) realização de transferências unilaterais que, pela habitualidade, valor ou forma, não
se justifiquem ou apresentem atipicidade;
f) realização de transferências internacionais nas quais não se justifique a origem dos
fundos envolvidos ou que se mostrem incompatíveis com a capacidade econômico-
financeira ou com o perfil do cliente;
g) realização de transferência de valores a título de disponibilidade no exterior,
incompatível com a capacidade econômico-financeira do cliente ou sem
fundamentação econômica ou legal;
h) realização de exportações ou importações aparentemente fictícias ou com indícios
de superfaturamento ou subfaturamento;
i) existência de informações na carta de crédito com discrepâncias em relação a outros
documentos da operação de comércio internacional; e
j) realização de frequentes pagamentos antecipados ou à vista de importação em que
não seja possível obter informações sobre o desembaraço aduaneiro das mercadorias.
VIII - situações relacionadas com operações de câmbio que tenham como
fundamento o investimento externo:
a) realização de remessas de lucros e dividendos ao exterior em valores incompatíveis
com o valor investido;

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b) realização de remessas ao exterior a título de investimento em montantes
incompatíveis com a capacidade financeira do cliente;
c) realização de remessas de recursos de um mesmo investidor situado no exterior
para várias empresas no Brasil;
d) realização de remessas de recursos de vários investidores situados no exterior para
uma mesma empresa no Brasil; e
e) recebimento de recursos do exterior, para aporte de capital, desproporcional ao
porte ou à natureza empresarial do cliente, ou em valores incompatíveis com a
capacidade econômico-financeira dos sócios.
IX - situações relacionadas com empregados/colaboradores:
a) alteração inusitada nos padrões de vida e de comportamento do empregado, sem
causa aparente;
b) realização, por empregado, de qualquer negócio de modo diverso ao procedimento
formal da instituição;
c) fornecimento de auxílio ou informações, remunerados ou não, a cliente em prejuízo
da política de prevenção à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do
terrorismo da instituição, ou de auxílio para estruturar ou fracionar operações, burlar
limites regulamentares ou operacionais;
d) exagero no tratamento prestado a determinados clientes (elogios contínuos,
tratamento diferenciado e ou privilegiado injustificado, realização exagerada de
favores, entre outros que possam indicar relação inadequada); e
e) descumprimento contínuo, dos procedimentos de controles internos ou
manifestação de aversão às regras.
X - outras situações relacionadas às atividades dos clientes:
Qualquer situação envolvendo os seguintes ramos de atividade, devem merecer
especial atenção, controle rigoroso e monitoramento preventivo: transportes
coletivos, transportes em geral, areeiros, pedreiras, agronegócio, convênios médicos,
licitações públicas, imobiliárias, estacionamentos, igrejas, clubes e associações
esportivas, agentes de jogadores, ONGs, lojas de veículos usados/importados, fabricas
clandestinas, postos de combustíveis, hotéis, motéis, flats, restaurantes, rede de
farmácias (periferia), rede de supermercados (periferia), eventos e shows.

PROCEDIMENTOS DE MONITORAMENTO E SELEÇÃO DE


OPERAÇÕES OU SITUAÇÕES ATÍPICAS
Os funcionários que exercem a função de Operadores de Caixa e são a “ponta” no
contato com os clientes, são treinados para identificar casos de desconformidades que
possam ser considerados como suspeitos.

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Há a possibilidade que as próprias ferramentas de trabalho (sistemas contratados
para a operação do negócio da corretora) apontem algumas
inconsistências/irregularidades, tais como: países com restrição, CPFs cancelados ou
inexistentes, dados da ordem que não conferem com os dados do recebedor,
extrapolamento do valor para operações, ou façam exigências complementares.
Os Operadores de Caixa estão aptos a identificar também a frequência com que os
clientes realizam as operações de compra/venda de moedas, informando
tempestivamente aos Supervisores(as) qualquer operação ou situação suspeita,
inclusive de fracionamento de valores.
Os Supervisores(as) ao receberem a informação dos Operadores de Caixa, devem
monitorar e, se for o caso, selecionar para análise, em primeira instância, cada uma
das ocorrências, notadamente quanto ao perfil da operação (valor e tipo de operação)
e dos clientes, (renda/faturamento, profissão/atividade, localização geográfica, pessoa
exposta politicamente (PEP), beneficiário final não identificado, PJ com controlador
final não identificado, origem ou destino em países e jurisdições com deficiências
estratégicas de PLD/CFT, apontadas pelo GAFI, pessoas que constem em listas
restritivas nacionais e internacionais, notadamente a lista do Conselho de Segurança
da Nações Unidas; etc.) e decidir, sob sua responsabilidade, o encerramento da
ocorrência, depois de seu competente registro, inclusive dos motivos que levaram a
esta decisão, ou, verificada a hipótese de efetivo indício, após o competente registro,
selecionar a operação/situação e submeter ao Gerente, para análise em segunda
instância.
O Gerente analisa, em segunda instância, e decide sob sua responsabilidade, o
encerramento da ocorrência, incluindo os motivos que levaram a tal decisão, ou se
entender confirmada a hipótese de indício de operação suspeita ou atípica, submete a
ocorrência à Diretoria, com o resultado de sua análise e com o seu posicionamento
quanto à comunicação ao COAF.
O Gerente também realiza, independentemente de qualquer submissão de ocorrência
pelos Supervisore(a)s, verificações internas, quinzenalmente, a fim de garantir o
cumprimento das políticas, no que tange ao cadastro e às operações.
O Gerente verificará ainda, por ocasião de: 1)proposta de operações feitas nos caixas;
2) verificações quinzenais acima citadas; e 3) verificação anual (testes) de cadastro, se
há ocorrência de clientes ou pretensos clientes da LABOR CÂMBIO que sejam oriundos
ou façam remessas para países com deficiência de controles de PLD/FT ou, ainda, de
clientes ou pretensos clientes que constem em listas restritivas, como relacionados a
atividades terroristas, em especial, da lista do Conselho de Segurança das Nações
Unidas.
Se por acaso for encontrado proponente de operação (pretenso cliente) ou cliente da
LABOR CÂMBIO, com registro coincidente em listas restritivas, em especial, na lista
restritiva do Conselho de Segurança das Nações Unidas, tal cliente será bloqueado,

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impedido de operar com a corretora e tal fato será levado imediatamente ao
conhecimento da Diretoria, para que seja providenciada a comunicação ao COAF.
As operações/situações que forem propostas por clientes e não realizadas pela Labor
Câmbio, também estão sujeitas ao monitoramento e seleção, com posterior análise
para a decisão de comunicar ou não ao COAF, como se pode observar no fluxo do
processo de tomada de decisão constante do anexo 1.
Operações ou propostas de operações que envolvam valores iguais ou maiores que R$
50.000,00 (cinquenta mil reais), no caso de emissão ou recarga de valores em cartões
pré-pagos, devem ser compulsoriamente comunicadas ao COAF. Para este efeito o
trâmite a seguir deve ser sumário, dispensando-se qualquer análise, registrando e
encaminhando a ocorrência imediatamente à Diretoria, para comunicação ao COAF,
através do SISCOAF.
Também deve ser objeto de seleção, quando diversas operações efetuadas pelo
mesmo cliente, num determinado mês calendário, totalizarem o valor mencionado no
parágrafo anterior.
Os procedimentos de monitoramento e seleção aplicam-se a todos os produtos e
serviços oferecidos pela Labor Câmbio.
Todo o processo de monitoramento e seleção deve ser mantido em absoluto sigilo em
relação ao cliente e às pessoas não envolvidas neste trabalho.

PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE OPERAÇÕES/SITUAÇÕES


PROPOSTAS, COM INDÍCIOS DE LAVAGEM DE DINHEIRO OU
FINANCIAMENTO AO TERRORISMO, INCLUSIVE AS NÃO REALIZADAS
Conforme estabelecido, se o proponente, ou a operação carregarem flagrantemente a
característica de atividade criminosa ou ilegal, a operação não deve ser realizada e
comunicada à Supervisão;
Excetuado o caso anterior, os Operadores de Caixa que detectarem as
operações/situações propostas, consideradas suspeitas, comunicarão de imediato o
fato à Supervisão, que poderá autorizar ou não a realização da operação, segregando-a
para posterior análise;
Os Supervisores(as) de posse da proposta ou da efetiva contratação da operação
considerada suspeita, se reunirão com os Operadores de Caixa, para colher os
subsídios do apontamento da operação/situação;
Se necessário, a Supervisão poderá solicitar aos clientes envolvidos, documentação
adicional, com o intuito de esclarecer o fato. Em tal solicitação jamais deverá ser
informado ao cliente sobre a finalidade da requisição. Se perguntado pelo cliente, a
resposta deverá ser de: COMPLEMENTAÇÃO CADASTRAL;
Tanto a operação quanto o cliente deverão ser analisados sob os seguintes critérios:
Como está sendo instrumentalizada a operação ? Qual a forma de sua realização ?
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Quais são as partes envolvidas na transação ? Qual o valor envolvido na operação ?
Qual a capacidade financeira do cliente ? Qual a atividade econômica do cliente ? Há
qualquer indicativo de ilegalidade ou de irregularidade envolvendo o cliente ou a
operação ?;
Poderão, adicionalmente, ser consultadas bases cadastrais com relação ao cliente,
sítios do Poder Judiciário Federal e Estadual, sítios de Tribunais de Contas e pesquisas
em buscadores na Internet, como Google, Yahoo, listas restritivas de países e pessoas,
como por exemplo, do GAFI e do Conselho de Segurança das Nações Unidas, etc.;
Depois de formados os elementos de convicção, os Supervisores(as) decidirão, em
primeira instância, pelo entendimento de que há ou não indício de LD/FT na operação
e submeterão seu parecer ao Gerente;
O Gerente analisará novamente toda a operação, podendo solicitar esclarecimentos
e/ou documentação que julgar necessários e decidirá, em segunda instância, se
encerra a ocorrência ou se submete seu parecer à Diretoria, para a decisão final sobre
a necessidade de comunicação ou não ao COAF;
Em todos os casos as ocorrências devem ser registradas e formado dossiê sobre a
operação, com o parecer do Supervisor(a) e do Gerente, em que fique claro que
elementos foram colhidos, qual a análise de cada uma das instâncias com relação ao
fato, documentação e o posicionamento de cada instância sobre a suspeita de indício
de LD/FT;
Por sua vez a Diretoria se reunirá com o Gerente e analisará a operação/situação,
principalmente sob aspectos que possam ter fugido às avaliações anteriores. Nesta
fase a Diretoria poderá, sob circunstanciado posicionamento, por escrito, que também
fará parte do dossiê, decidir pela não comunicação ao COAF, caso em que fará
recomendações para o aprimoramento dos trabalhos e esclarecerá às duas instâncias
prévias os seus motivos. Por outro lado, se decidir pela comunicação ao COAF,
também fará os registros pertinentes, como os já citados, antes da referida
comunicação;
Nas ausências do Diretor responsável por PLD, este será substituído por outro Diretor
da Labor Câmbio que deverá ter acesso ao SISCOAF.
Todo o histórico, ou seja, os dossiês abertos com as ocorrências suspeitas, o
monitoramento e seleção, as análises efetivadas, os documentos e informações
colhidos, os nomes das pessoas que participaram de decisões, pareceres, eventual
cópia de comunicação ao COAF, enfim, tudo que diga respeito à operação/situação,
deverão ser guardados em arquivo físico ou em meio eletrônico, pelo prazo de 5
(cinco) anos.
Todo o processo de análise deve ser mantido em absoluto sigilo em relação ao cliente
e às pessoas não envolvidas neste trabalho.

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COMUNICAÇÃO DAS OPERAÇÕES

Comunicar uma movimentação ao COAF - Conselho de Controle de Atividades


Financeiras, não significa que existe o crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos
ou valores ou o crime de terrorismo e seu financiamento, mas que há características
na operação/movimentação que a torna atípica.
As comunicações efetuadas de acordo com a legislação e a regulamentação aplicável
não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa à entidade, nem aos seus
administradores responsáveis.
A comunicação ao COAF deverá ser efetuada através do SISCOAF, por pessoa
devidamente credenciada. A informação dos dados solicitados pelo sistema deverá ser
clara e objetiva, identificando as partes envolvidas e, em especial, a especificação da
atipicidade, origem/destino dos recursos e dados consistentes sobre os clientes.
Conforme legislação, a Labor Câmbio comunicará também ao COAF - Conselho de
Controle de Atividades Financeiras por intermédio da ferramenta Sistema de
Informações do COAF (SISCOAF), disponibilizado na internet em
https://www.coaf.fazenda.gov.br, as operações de emissão ou recarga de valores em
cartões pré-pagos que envolvam valores iguais ou maiores que R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais) realizados pelos clientes.
Toda a documentação utilizada para a deliberação da comunicação, inclusive as
análises, atas de reunião, etc., deverá ser anexada ao dossiê físico ou digital,
juntamente com o comprovante da comunicação, ficando arquivada na Labor Câmbio
para verificações futuras, conforme já definido no item anterior.
Quando não ocorrer nenhuma operação suspeita no decorrer de um determinado ano
calendário, deverá ser enviada a declaração anual negativa ao COAF até o 10º (décimo)
dia útil do ano subsequente.
A Labor Câmbio também comunicará as tentativas de operações, em que tenha se
negado a realizar, por terem indícios de lavagem de dinheiro ou financiamento ao
terrorismo.
Todas as comunicações ao COAF serão avaliadas por aquele Conselho e a Labor
Câmbio receberá retorno com a atribuição de notas quanto ao procedimento adotado.
Estas notas deverão ser levadas em consideração para o aprimoramento das
comunicações futuras, quanto a sua importância, efetividade e correto
enquadramento.
Todo o processo de comunicação ao COAF deve ser mantido em absoluto sigilo em
relação ao cliente e às pessoas não envolvidas neste trabalho.

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FLUXOS DO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO DE
COMUNICAÇÃO OU NÃO AO COAF, DE OPERAÇÃO OU
SITUAÇÃO ATÍPICA
Os passos a cumprir no processo de tomada de decisão, acerca de comunicação, ou
não, ao COAF, de operações ou situações atípicas, estabelecidos neste manual, estão
descritos nos fluxos constantes dos anexos 01 e 02.

SANÇÕES
Às instituições supervisionadas, bem como aos administradores das pessoas jurídicas,
que deixem de cumprir as obrigações previstas na legislação serão aplicadas,
cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes sanções (Lei
9.613/98):
a) advertência;
b) multa pecuniária variável;
c) inabilitação temporária, pelo prazo de até 10 (dez) anos, para o exercício do cargo
de administrador das Pessoas Jurídicas;
d) cassação ou suspensão de autorização para o exercício de atividade, operação ou
funcionamento.
A legislação em vigor prevê ainda a pena de (3) três a (10) dez anos de reclusão e de
multa para aquela pessoa que ocultar ou dissimular a natureza, a origem, a localização,
a disposição,a movimentação ou a propriedade de bens, direitos ou valores
provenientes, direta ou indiretamente, de crimes de lavagem ou ocultação de bens,
direitos e valores.

Este manual foi aprovado na Reunião de Diretoria realizada em 28 de abril de 2015.

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Revisões

Nº Assuntos objeto da revisão Data


1) Responsabilidades/Atribuições, para incluir as
atribuições do Controller em sua área específica; 2)
1.1 Readequação das atribuições dos Supervisores; 3) 28.03.2016
Exclusão da observação 5 do item “Observações
importantes” na DEFINIÇÃO DE CLIENTE EVENTUAL; 4)
Readequação do item “PROCEDIMENTOS DE
MONITORAMENTO E SELEÇÃO DE OPERAÇÕES OU
SITUAÇÕES ATÍPICAS” e do item “PROCEDIMENTOS
DE ANÁLISE DE OPERAÇÕES/SITUAÇÕES PROPOSTAS,
COM INDÍCIOS DE LD/FT, INCLUSIVE AS NÃO
REALIZADAS”, em decorrência das atribuições do
Controller nos respectivos processos.
Nº Assuntos objeto da revisão Data
1) Pág. 4, no item A INSTITUIÇÃO, para excluir
referência a empresa Western Union; 2) Págs. 11, 12 e
1.2 13, nas definições de clientes eventuais e permanentes, 13.06.2016
para, por apontamento do Banco Central, considerar
permanentes os clientes que adquirirem cartões pré-
pagos de qualquer valor; 4) Pág. 14, para formalizar os
procedimentos de identificação de beneficiário final; 5)
Págs. 17, 24 e 25, modificações pontuais, para
formalizar procedimentos com relação às operações
relacionadas a FT; e Pág. 28, alteração do quadro de
revisões.
Nº Assuntos objeto da revisão Data
1) Pág. 8, inclusão da letra “l” nas responsabilidades do
Controller, para formalizar os procedimentos que já
1.3 estavam listados nas págs. 23/24; 2) Aperfeiçoamento 21.07.2016
da redação dos procedimentos citados nas págs. 23/24,
com relação à identificação de nomes de clientes ou
pretensos clientes em listas restritivas, em especial, da
lista do CSNU e a devida comunicação ao COAF ; e 3)
Pág. 28, alteração do quadro de revisões.
Nº Assuntos objeto da revisão Data
Revisão geral para incluir a atuação no estado da
Paraíba; para modificar o organograma; para incluir
1.4 funções para o Supervisor Geral de Lojas; para transferir 22.11.2017
funções do Controller para o Supervisor Geral de Lojas;
e para alterar parâmetros de cliente eventual, com
alteração também no quadro de revisões e anexos.
Nº Assuntos objeto da revisão Data
Alteração no valor das operações de R$100.000,00 para
1.5 R$ 50.000,00 em decorrência da Circular BCB 3.839 de 26.12.2017
28.6.2017
Nº Assuntos objeto da revisão
1.6 Atualização para troca do termo “Supervisor Geral de 21.01.2019
Lojas” para “Gerente”, mantendo-se as atribuições.

Página | 29
Nº Assuntos objeto da revisão
1.7 1)Correção do gráfico Estrutura Organizacional” por 20.01.2020
conter erro evidente de falta de atualização, de acordo
com a modificação efetuada na versão 1.6; 2) Inclusão
no mesmo gráfico, das filiais de Salvador (duas) e Natal,
inauguradas em Setembro/2019; 3) Mudança dos
critérios de classificação de clientes “eventuais”, para
atender requisição em apontamento do Banco Central.

Página | 30
ANEXO 01

Página | 31
ANEXO 02

Página | 32

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