ALEM, Escravos
ALEM, Escravos
ALEM, Escravos
r ○m a n C e
Kangni Alem
ESCRA os romance
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Rio de laneiro
2011
TEMPOS ANTIGOS II:
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ESCRAVOS
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mentavaln testo alimentado, bobagem, mas go«tariam de
mant&lo ali, pmlongando assim o senso de hospitalidade
o tal franciwo dizia tet vindo se estabelecerem
G)ehué,onde o aguardava importante posto, fato em que,
na ninguém acreditava.
Ingratidao, isso sim, murmuravam as jovens, excitadas
encantos e certos atributos do branco, elogiados pelas
mulheresque os visto e até apalpado quando o in-
tetizdormia. Mas também nesse ponto é difícil confiar nes-
ses detalhes «rtamente inventados para embelezar a fama
do português. No entanto, uma coisa era certa:
ele mesmo de longe.
Naqueleano de 1788,quando o tal FranciscoFélixde
originário de Salvador, Bahia, ouviu dizer que vagara
o posto de diretor de uma fortaleza na África,exatamente
na Costa dos Es«avos, a sua sjtuaçao era bem precária. Tis
tos, (Tias de penitenciárias, aos 34 anos ele já passara
muitas experiências e emoçOes fortes e a sua única e«pe-
rança era uma riqueza subita, sonho de qualquer desiludido
da vida, a fim de chegar à outra ladeira da existência entre.
gand0& aos prazeres e delicias de uma 'Oda de sibarita, nos
braçosde índias nuas e mouras encantadas, criaturas miste-
vestidasde vertnelho e deslizando frios no már-
more dos salOesdos seus palácios imaginários.
construía muitos desses palácios, sobretudo quando a
tortica;rrtava e se desesperava, lançando súplicas mu.
dO ao Deus do seu povo e itnpre€asOesassassinas ao seu
ultimo. um sujeito exibido, abandonara Coitnbra
pota tonuna 00 Brasilcom a agri€ultura tropical. Por
um os Pto•.lietatatnemas os desregramen•
e 1401idodesda vida na colónia logo 0 tintarn attoo•
xat a disciplina, OSO gnuito tetnpo
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utna dura
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1788, O INCOMPARÁVEL LUSITANO
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1788, O INCOMPARÁVEL LUSITANO
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Tu és o incomparável lusitano
O algarviense d'aquém e d'além-mar.
O árabe, o indiano, o persa, o chefe da Guiné,
O Grande Senhor das terras africanas,
Do Congo, do Manicongo e de Zafolo.
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