Fichamento - O Lugar Da Afectividade Na Relação Pedagógica.
Fichamento - O Lugar Da Afectividade Na Relação Pedagógica.
Fichamento - O Lugar Da Afectividade Na Relação Pedagógica.
FICHAMENTO
AMADO, João; FREIRE Isabel; CARVALHO, Elsa; ANDRÉ, Maria João. O lugar da
afectividade na relação pedagógica: contributos para a formação de professores. Sísifo:
Revista de Ciências da Educação, Lisboa, n. 8, p. 75-86, jan./abr. 2009.
345) os alunos,
conhecendo bem os seus
professores, elaboram uma
espécie de tipologia que
lhes permite regular os
próprios comportamentos
face ao estilo que
naqueles predomina: “há,
assim, a este respeito pelo
menos três tipos de
professores:
aqueles com quem se pode
brincar e abusar e não
dizem nada; aqueles com
quem se brinca mas não se
pode abusar; aqueles com
quem nunca se pode
brincar”.
Analisar a questão na pg. Por diante, temos a ideia de que sim, a
perspectiva da relação do 78-79 afetividade de alunos-professores é fundamental
professor para com os e esta deve ser evidenciada por todos,
alunos, implica dar conta do excluindo o favoritismo e prevalecendo a
modo como estes neutralidade. Os alunos tendem a ter mais
percebem a acção daquele simpatia com um docente que se ajusta a
no classe como um todo, e não somente alguns,
domínio do respeito seja por ver seus amigos como iguais ou por se
(incluindo a capacidade de verem capazes – também – de serem
os alcançados. O favoritismo também tende a criar
ideias de sedução , especialmente em classes
escutar), no plano da
competência (preocupação de anos finais: A este propósito Amado (2001,
pelas aprendizagens p. 404) verificou que, na fase da adolescência,
efectivas de cada um), no o aluno, quando o professor ultrapassa certos
plano limites nas manifestações verbais de carinho e
afeito para ele e a turma, interpreta essas
da justiça relacional e da
manifestações como uma estratégia de
gestão dos poderes
sedução, utilizada para “exercer um controlo
(ausência de favoritismos,
que aos seus olhos não é legítimo, constituindo
ausência de exclusão,
uma espécie de violência (ainda que simbólica)
partilha de decisões e de
inaceitável”.
iniciativas), e no plano
pessoal
(abertura aos interesses e
problemas do aluno,
cuidado e preocupação,
valorização da sua
liberdade e
sentimentos, etc.).
Neste campo, entre as
conclusões evidenciadas
pela investigação,
salientamos as que
demonstram
que, quanto mais os alunos
percepcionam a ausência
de favoritismo e a
neutralidade
por parte dos
professores, mais confiam
neles e lhes atribuem um
estatuto de autoridade
(Gouveia- Pereira, 2008).
Amado (2001, p. 402)
chama a atenção para o
fenómeno da reciprocidade
de sentimentos e de
comportamentos que “se
traduz numa relação directa
entre a ‘simpatia’ do
professor e a adesão
afectiva e comportamental
do aluno”, numa espécie
de “cau
salidade circular entre a
simpatia, o respeito mútuo
e os comportamentos
ajustados”.
utilizados pelos alunos em irá variar não apenas pela formação acadêmica
relação aos docentes mas também por suas vivências e necessidades
poderão ser sistematizados sociais, se o docente não se sente bem e age
da de forma hostil, dificilmente irá conseguir
seguinte forma: os alunos alcançar seus alunos de forma positiva. A
valorizam positivamente os relação do docente perante a sociedade irá se
professores em função das adequar na influência do aluno, não somente
suas “técnicas de ensino”, seu nível acadêmico, mas também seus
ou seja, os que ajudam e costumes, pois o papel do docente é também,
explicam bem, variam preparar pessoas que irão colaborar na
o ensino e permitem maior educação, mesmo que posteriormente.
liberdade; a preferência foi
também para professores
carinhosos,
bem humorados,
amistosos e
compreensivos; a firmeza
e controlo são atitudes
muito enaltecidas, contudo,
a excessiva severidade ou
a brandura são vistas de
uma forma negativa; a
justiça ou a injustiça nas ati
tudes, ou o tratamento
diferencial de alguns
alunos, são critérios
igualmente utilizados para
a avaliarem os seus
professores.
zagem e num clima de
convivência saudável.
CONSIDERAÇÕES
Podemos concluir com alguma segurança que a afetividade desempenha um papel central
na relação pedagógica, pois cria as condições necessárias para um aprendizado significativo
e duradouro. Quando os educadores cultivam um ambiente afetivo, baseado em confiança,
empatia e respeito, os alunos se sentem mais seguros para se expressar, explorar ideias e
enfrentar desafios. Essa conexão emocional não apenas facilita a assimilação de conteúdos,
mas também contribui para o desenvolvimento integral do aluno, promovendo habilidades
sociais e emocionais que são essenciais na vida. Portanto, reconhecer e valorizar a
afetividade na educação é fundamental para formar cidadãos críticos e conscientes, prontos
para interagir de maneira positiva com o mundo ao seu redor. A relação pedagógica, assim,
transcende a simples transmissão de conhecimento, tornando-se um espaço de crescimento
mútuo e de construção de valores.