Trabalho de Conclusao de Curso 2018 Cyntia Aniceto
Trabalho de Conclusao de Curso 2018 Cyntia Aniceto
Trabalho de Conclusao de Curso 2018 Cyntia Aniceto
Instituto de Biologia
por
Orientadores:
Profa. Dra. Taiara Aguiar Caires (Orientadora - Faculdade São Salvador)
Prof. Dr. José Marcos de Castro Nunes (Co-orientador - UFBA)
Salvador, Bahia
(2018)
Data da defesa: 31/07/2018
Banca examinadora
The cyanobacteria belong to an important group of prokaryotes with great morphological and
adaptive diversity; they are organisms that produce secondary metabolites with pharmacological and
biotechnological properties, which can benefit humanity, but they can also cause serious problems
for public health and the environment due to production of cyanotoxins. These toxins can accumulate
in the trophic chain and cause severe biological effects, being classified, depending on the affected
organ, into hepatotoxins, neurotoxins and dermatotoxins. The increase of organic compounds in
water, a process called eutrophication, provides conditions for a proliferation of cyanobacteria. This
phenomenon was observed in an important water body of the city of Salvador, Bahia, the Dique do
Tororó. Sample of the cyanobacteria proliferation was collected for identification and cultivation,
with the objective of analyzing the presence of cyanotoxin producing genes in the present species.
PCR reactions were performed with specific primers for the detection of genes encoding cyanotoxins.
The primers used for microcystin detection were mcyD, mcyE and mcyG; to saxitoxin were used
sxt1, sxtA and OCT; and to cylindrospermopsin was used the primer Cynsulf. We identified
morphologically five genera of cyanobacteria: Chroococcus, Geitlerinema, Microcystis,
Leptolyngbya and Phormidium, being possible the isolation and cultivation of Geitlerinema
amphibium, Leptolyngbya tenerrima and Microcystis aeruginosa. Among the four strains analyzed,
two presented genes encoding microcystin, being G. amphibium and L. tenerrima. This study, besides
demonstrating the diversity of cyanobacteria presents in cell proliferation in water body, like bloom
event, the results also showed the toxic potential of Gleitlerinema amphibium and Leptolyngbya
tenerrima to produce microcystin. The presence of these potentially toxic organisms in the
aforementioned water body serves as an alert for decision making regarding cleaning and monitoring,
due to the impairment of water quality for the uses of the Dique do Tororó.
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora Drª Taiara Aguiar Caires, por ser a melhor orientadora que eu poderia ter, pelo
exemplo de profissional, pela dedicação, empenho e ensinamentos. Muito obrigada por me mostrar
que o caminho no universo das cianobactérias não seria fácil, mas o processo seria gratificante!
Ao Prof. Dr. José Marcos de Castro Nunes (co-orientador), que disponibilizou o acesso ao
Laboratório de Algas Marinhas (LAMAR) para o desenvolvimento dos estudos.
Ao Dr. Eduardo Mendes da Silva, à Drª Suzana da Cunha Lima pela disponibilização do espaço do
Laboratório Maremba/UFBA e do LaBBiotec/UFBA para o estabelecimento do cultivo de
cianobactérias. À Dra. Alessandra Selbach Schnadelbch, coordenadora do LAGEV/UFBA por ter
disponibilizado toda a infraestrutura para a realização das análises moleculares, e ao Dr. Doriedson
Ferreira Gomes pela realização da coleta.
À Valter Loureiro, colega de curso e estagiário do Laboratório de Algas Marinhas – LAMAR, pelos
ensinamentos e por ser fundamental na realização desse trabalho. Obrigada pelo tempo e dedicação.
Aos Biólogos Rosa Daltro e Jansen Gaspar pela oportunidade de conhecer alguns mananciais da
Bahia, por toda atenção e ensinamentos no meu estágio supervisionado. Minha sincera gratidão!
Agradeço aos meus colegas de curso, que se transformam em bons amigos e compartilharem essa
trajetória, tornando esse processo muito mais divertido.
Agradeço aos meu pais, Hélio e Fátima, vocês são as pessoas mais importantes na minha vida e sem
vocês nada disso seria possível. Aos meu irmãos, Hélio e Flávia e aos meu sobrinhos, Arthur e
Beatriz.
À todos que os nomes não foram mencionados, mas que participaram dessa importante fase e
contribuíram para meu crescimento.
Por fim, agradeço a Deus, por ser minha base e dar sentido em tudo na minha vida.
i
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
AGRADECIMENTOS i
SUMÁRIO ii
1. INTRODUÇÃO GERAL 1
1.1. Área de estudo 2
2. OBJETIVOS 3
3. JUSTIFICATIVA 4
4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 4
5. CAPÍTULO 1 5
6. CONCLUSÕES 25
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 26
ANEXO A – Normas de formatação da Revista 29
ii
1
1. INTRODUÇÃO GERAL
A ordem Gloeobacterales, representada por um único gênero é caracterizada por não possuir
tilacoides. Synechococcales é um grande grupo com cepas unicelulares e filamentosas, agrupando-se
pela presença de tilacoides parietais. Quanto à ordem Spirulinales, caracteriza-se por típicos tricomas
espiralados sem bainhas. A ordem Chroococcales inclui formas cocoides e espécies não produtoras
de baeócitos. A ordem Pleurocapsales agrupa gêneros com base em sequências de DNA disponíveis,
células das espécies pertencentes a essa ordem forma baeócitos internamente. Chroococcidiopsidales
compreende um grupo de organismos que vive principalmente em habitats extremos. Já a ordem
Oscillatoriales inclui gêneros filamentosos com citologia complexa, além de morfotipos cocoides. A
ordem Nostocales, por sua vez, representa as cianobactérias filamentosas com morfologia
diversificada, com acinetos e heterocitos proeminentes, contendo cepas com ramificação verdadeira
ou falsa (Komárek et al., 2014)
A reprodução das cianobactérias ocorre de forma assexuada, por processos de fissão binária
ou múltipla, brotamento e fragmentação. Sua mobilidade está relacionada à expulsão de material
orgânico, pois não possuem cílios e flagelos. Algumas espécies apresentam vacúolos gasosos que
permitem controlar sua flutuabilidade, além de conseguirem desempenhar a fotossíntese em
ambientes de grande profundidade e inadequados para as células eucarióticas, pois possuem
ficocianinas e ficoeritrina como pigmentos acessórios. Nos ecossistemas de água doce, espécies que
habitam este ambiente, encontram as condições mais favoráveis para o seu desenvolvimento, como
alta concentração de fósforo e nitrogênio, pH entre 6 a 9 e temperaturas entre 15ºC e 30ºC (Calijuri
et al., 2006).
De acordo com sua origem e forma de dispersão no ambiente, as toxinas podem ser
classificadas em: endotoxinas, que constituem a parede celular e são liberadas quando as células
sofrem lise, sendo fatais em grandes concentrações, como exemplo o lipopolissacarídeo (LPS),
considerado dermatotóxico, podendo causar inflamação, coagulação e febre. A segunda categoria é
formada pelas exotoxinas, proteínas altamente específicas, são compostas pelas neurotoxinas,
saxitoxinas, citotoxinas e hepatotoxinas, sendo as toxinas mais poderosas. A contaminação por
cianotoxinas pode ocorrer por diversas formas: inalação, contato dermal e ingestão de água (Calijuri
et al., 2006). No Brasil, há relatos de contaminação por cianotoxinas, mas muitos não foram
devidamente comprovados (Bittencourt-Oliveira & Molica, 2003).
No passado, já possuiu limites mais amplos, pois cerca de dois terços de sua área original foi aterrada
pela população e pelas autoridades em função de obras públicas (Oliveira, 2007; Santos et al., 2010).
Uma conclusão elaborada sobre a origem de suas águas é inexistente, pois alguns autores afirmam
que são provenientes de nascentes das encostas ou do fundo do seu leito, enquanto outros relatos
afirmam que o Dique é obra dos holandeses para proteger a cidade de invasões (Oliveira, 2007;
Dourado, 2009). O Dique assumiu diversas funções ao longo do tempo, sendo elas: práticas
esportivas, via de acesso através dos barcos, receptor de esgoto doméstico, depósito de lixo e fonte
de alimento, sendo fornecedor de peixes para a população de baixa renda. Apesar da sua importância,
é uma área marcada por longos períodos de negligência, sendo alvo constante de estudos
diversificados das mais distintas áreas do conhecimento, como a importância da vegetação na
paisagem, suas nascentes, a qualidade da água, sua importância cultural e para a prática religiosa
(Oliveira, 2007; Dourado, 2009; Santos et al., 2010; Silva et al., 2011). Um estudo realizado por Silva
et al. (2011), revelou que as concentrações de nutrientes no Dique do Tororó apresentavam valores
acima dos limites estabelecidos pela Resolução n. 357/2005 do CONAMA para água doce de classe
III, estando relacionados a fontes de lançamentos de esgotos na lagoa, tornando este ambiente
eutrofizado.
2. OBJETIVOS
3. JUSTIFICATIVA
4. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Cyntia Sizílio Aniceto1, Valter Loureiro1, José Marcos de Castro Nunes1, Taiara Aguiar Caires1
1
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia. Departamento de Botânica, Laboratório de
Algas marinhas (LAMAR). Rua Barão de Jeremoabo s/n – Ondina. Cep: 40.170-115 – Salvador,
Bahia, Brasil.
5
6
Cyntia Sizílio Aniceto1*, Valter Loureiro1, José Marcos de Castro Nunes1, Taiara Aguiar
Caires1
1
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia. Departamento de Botânica,
Laboratório de Algas marinhas (LAMAR). Rua Barão de Jeremoabo s/n – Ondina. Cep:
Resumo
d’água urbano
de cianotoxinas, algumas espécies podem causar graves efeitos a outros organismos. Alguns
ambientes aquáticos que sofrem distúrbios abióticos, como a eutrofização, são propícios a
fenômeno desse tipo foi verificado no Dique do Tororó, uma lagoa urbana, no centro de
Salvador – BA, de uso recreativo público. Devido às implicações que esses organismos podem
de DNA e reações de PCR nas espécies identificadas. Cinco táxons de cianobactérias foram
projects that aim to maintain the ecological balance of the site, avoiding possible damages to
Abstract
Evaluation of toxic gene potential in large cyanobacterial densities in an urban water body
Phylum Cyanobacteria is constituted by a large group of prokaryotes responsible for the anoxic
conversion of the atmosphere through the photosynthesis processes that release the oxygen.
Due to the production of cyanotoxins, some species can cause serious effects on other
eutrophication, are prone to the occurrence of cyanobacterial proliferation that can cause
ecological imbalances and alter the properties of water, and pose serious public health risks. A
phenomenon of this type was verified in Dique do Tororó, a lagoon urban, in the center of
Salvador - BA, of public use, Due to the implications that these organisms can induce, the
presence of cyanotoxin-producing genes was analyzed through DNA extraction and PCR
reactions in the identified species. Five taxa of cyanobacteria were identified: Chroococcus sp.,
sp. Two species, G. amphibium and L. tenerrima showed positive results regarding the detection
of microcystin toxin.
Introdução
oxigênicas que apresentam grande diversidade morfológica e ecológica (Madigan et al. 2016).
Algumas espécies de cianobactérias podem causar graves danos aos animais e à saúde pública
cianotoxinas (Carneiro et al. 2007). De acordo com Fiore et al. (2011), se essas toxinas forem
incorporadas pelo consumo de água ou alimentos contaminados, podem causar graves efeitos
maior tempo de residência das águas, declínio da herbivoria devido à produção de biotoxinas e
da água. Quando estes organismos formam um extenso adensamento celular, podem mudar a
da água (cor, odor e sabor desagradável). (Bittencourt-Oliveira et al. 2001; Souza 2006).
10
O Dique do Tororó é um lago natural, apesar da sua origem ser bastante discutida, possui
uma área de 110.000 m2 utilizada como espaço de recreação e lazer, localiza-se no centro da
cidade de Salvador, Bahia, é um ambiente que sofreu diversas ações antrópicas, como
aterramentos na sua área, também recebeu durante muitos anos, esgoto sanitário sem nenhum
tratamento associado às águas pluviais (Dourado 2009; Santos et al. 2010). Por ser um local de
acesso e uso público, faz-se necessário a detecção precoce de cianobactérias tóxicas para que
podem causar graves inconvenientes para a população e para os animais, como: forte odor,
presente trabalho avaliou, através de análises de prospecção gênica, o potencial genético para
identificadas apresentam riscos para a saúde pública quanto ao seu potencial tóxico.
Material e Métodos
cianobactérias, característico de uma floração, entretanto, a densidade celular não foi realizada
para corroborar a ocorrência desta. Uma alíquota desta amostra foi acondicionada para cultivo.
As cepas foram analisadas sob um microscópio de luz, equipado com uma câmera
AxioVision 4.8®. Após a identificação morfológica, as cepas foram isoladas para cultura através
11
do método de seleção por capilar, para os exemplares cocoides, e pescaria, para os organismos
isolados foram inoculados em meio líquido BG-11(Rippka 1979). Cada cultura uniespecífica
foi mantida em tréplicas, cultivadas sob fotoperíodo de 14:10 h (claro:escuro), com irradiação
de 30 µmol fótons m-2 s-1 a 25 ± 1ºC de acordo com Jacinavicius et al. (2012). As cepas foram
PCR utilizando o DNA genômico extraído das cepas. Para esta extração, as cepas mantidas em
cultivo foram maceradas de acordo com Fiore et al. (2000) para Microcystis aeruginosa, e pelo
método CTAB (Doyle & Doyle 1987), para as cepas filamentosas. A detecção dos
presença dos genes mcyD, mcyE e mcyG (Rantala et al. 2004). O marcador mcyD codifica para
uma enzima do grupo PKS (policetídeo sintase tipo 1), responsável pela reação da síntese da
microcistina, enquanto os marcadores mcyE e mcyG codificam para enzimas do grupo NRPS
(Peptídeo Sintetase Não Ribossômica) e PKS, sendo consideradas híbridas (Tillet et al. 2000).
GTATTCCCCAAGATTGCC- 3’), cujo tamanho do produto estimado é 818 pb. Para o gene
812 pb, (Rantala et al. 2004). Para o agrupamento gênico mcyG, foi utilizado o conjunto de
12
385 pb e 560 pb (Fewer et al. 2007). A amplificação dos três conjuntos de primers ocorreu nas
O potencial de produção da saxitoxina foi verificado através do gene sxtA, que foi
sxtA codifica para uma enzima do grupo PKS (Moustafa et al. 2009). O gene sxtI, considerado
extensão final de 7 min a 72ºC, com produto de amplificação estimado em 1.669 pb. Para
amplificar esta região gênica, também foi utilizado o conjunto iniciador OCT-F/OCT-R (5’ -
de amplificação possui tamanho estimado de 923 pb. As etapas para a amplificação foram as
94ºC; 30 ciclos de 20 s a 94ºC, 1 min a 54ºC, 2 min a 72ºC, com extensão final de 7 min a 72ºC,
pelo gene cyrJ, justificando-se a escolha do marcador genético para investigar a produção da
oligonucleotídeo iniciador, 200 µM de dNTPs, 2,0 mM de MgCl2, l X PCR de 1,5 U Taq DNA
Foster City, Califórnia, EUA). Os produtos de PCR foram avaliados em gel de agarose (1% w
/ v), usando marcador de peso molecular (Invitrogen, Carlsbad, CA, EUA) para comparação
Resultados e Discussão
Geitlerinema sp., Leptolyngbya sp., Microcystis sp. e Phormidium sp. (Fig. 1a-g). O gênero
em metafíton. Geitlerinema foi identificada por possuir células com grânulos nas paredes,
apresentando filamentos longos e enrolados em grupos, bainhas incolores unidas aos tricomas.
São muito comuns em perifíton e metafíton de ambientes de água doce. Microcystis é um gênero
14
incolor e células com números aerótopos. São observados flutuando livremente em plâncton de
reservatórios de água doce, relativamente eutrofizados. Por fim, o gênero Phormidium foi
identificado por possuir filamentos não ramificados, com bainhas firmes, incolores e unidas aos
tricomas retos. Suas células terminais são arredondadas e atenuadas, ocorrendo em águas
Cepas que obtiveram resultado do isolamento e cultivo bem sucedido foram analisadas
para identificação específica: uma cepa da espécie Microcystis aeruginosa (Kützing) Kützing,
agregadas e imersas em mucilagem incolor, como descrito por Komárek & Anagnostidis (1998)
para esta espécie. Células medindo 2 -5 µm de diâmetro, com presença de inúmeros aerótopos.
constritos, sem bainha, com célula apical arredondada, e geralmente com grânulos solitários
nas paredes transversais. Esta espécie é comumente encontrada em corpos de água doce
estagnados com plantas aquáticas (Komárek & Anagnostidis 2005; Silva et al. 2009).
aglomerados, com tricomas constritos e bainhas inconspícuas. De acordo com Komárek &
15
Anagnostidis (2005), é uma espécie encontrada em locais com muita matéria orgânica, como
áreas mesotróficas.
cultivo, possibilitou que fossem detectados genótipos com potencial para produção de
cianotoxina em duas delas (Tab. 1). Leptolyngbya tenerrima apresentou amplificação para duas
Outra espécie que demostrou potencial genético para produção de microcistina foi
Geitlerinema amphibium, apresentando amplificação para mcyG. Dogo (2010), em testes com
promovidos por cianotoxinas, indicando que a espécie possui substâncias tóxicas desconhecidas
produzidas por outros metabólitos secundários. Sendo assim, há necessidade de maiores estudos
sobre a toxicidade da referida espécie, pois sua frequência é constante em corpos d’água
na espécie (Bittencourt-Oliveira et al. 2001; Lorenzi 2004; Carneiro 2005; Sant’Anna et al.
como hepatotoxinas, cujo mecanismo de ação é a inibição específica das proteínas fosfatases
da família serina/treonina de células eucarióticas. Danos severos são causados ao fígado dos
animais vertebrados devido à concentração da toxina no órgão como uma tentativa de degradá-
la, causando sua morte por choque hemorrágico (Calijuri et al. 2006; Fiore et al. 2011).
Apesar da contagem da densidade celular não ter sido realizada para corroborar
cianobactérias ocorrente nas suas águas apresentaram sinais visíveis de floração, como aspecto
esverdeado, formação de massas espessas e forte odor, o que acarretou grande desconforto na
população local.
Florações de cianobactérias são fenômenos que ocorrem por causas naturais, mas
também são recorrentes em ambientes eutrofizados decorrente da ação antrópica. Esse evento
altera as condições da água, pode ocasionar um desagradável odor além do risco de intoxicação
por cianotoxinas.
de uma possível floração tóxicas de cianobactérias, pois verifica se as cepas presentes no local
são potencialmente produtoras de cianotoxinas antes que ocorra o aumento da sua densidade.
desvantagem.
em estudo serve de alerta para os riscos de intoxicação e morte por ingestão da água pelos
animais e pela população local que não são orientadas sobre o uso correto da água no local.
17
É importante ressaltar que os resultados apresentados aqui não são conclusivos para
inferir a presença da toxina no ambiente, pois indicam apenas a presença dos genes responsáveis
químicas são recomendadas para confirmar se os genes amplificados estão sendo expressos no
ambiente, pois esta cianotoxina causa graves problemas de saúde pública e desequilíbrios
ambientais.
Conclusão
microcistina no local. Este estudo mostra a importância de se implantar projetos que visam a
do Tororó . Novos estudos quanto à toxicidade dessas espécies devem ser realizados, assim
Agradecimentos
Agradecemos ao Dr. Eduardo Mendes da Silva, à Drª Suzana da Cunha Lima, à Dra.
também ao Dr. Doriedson Ferreira Gomes pela realização da coleta e à Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado da Bahia (Projeto de Pesquisa em Redes –RED 006/2012). JMCN agradece
Referências
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Tillet, D.; Dittman, E.; Erhard, M.; Von Dohren, H.; Borner, T. & Neilan, B.A. 2000.
Microcystis aeruginosa
- - - - - - -
(ALCB 132752)
Leptolyngbya tenerrima
- + + ? - - -
(ALCB 132751)
Geitlerinema amphibium
- - + - - - -
(ALCB132750)
Geitlerinema amphibium
- - - - - - -
(ALCB132749)
Total 0 1 2 ? 0 0 0
Figura
Chroococcus sp. (não mantida em cultivo). b. Phormidium sp. (não mantida em cultivo). c-d.
Microcystis aeruginosa (Kützing) Kützing. c. Aspecto geral da colônia. d. Detalhe das células
Aspecto dos filamentos. f. células com grânulos. g-h. Leptolyngbya tenerrima (Hansgirg)
24
Chroococcus sp. (not isolated) b. Phormidium sp. (not isolated). c-d. Microcystis aeruginosa
(Kützing) Kützing. c. Aspect general of the colony. d. Detail of cells containing aerotopes. e-f.
with granules g-h. Leptolyngbya tenerrima (Hansgirg) Komárek. g. Aspect of the filaments. h.
Apical cell slightly narrow and rounded. Scale bars: a,b,d,e,f,g,h = 10 µm; c = 30µm.
25
6. CONCLUSÕES
O presente trabalho constatou a presença dos seguintes táxons: Chroococcus sp., Phormidium
sp., Geitlerinema amphibium, Leptolyngbya tenerrima e Microcystis aeruginosa em um
evento de grande proliferação de cianobactérias ocorrida no Dique do Tororó, Salvador,
Bahia;
Geitlerinema amphibium e Leptolyngbya tenerrima apresentaram resultados positivos quanto
ao potencial genético tóxico, apresentando amplificação para as regiões mcyE e mcyG,
responsáveis pela síntese de microcistina;
Para as cepas que apresentaram resultados negativos quanto à sua toxicidade, recomenda-se
uma reavaliação, pois a amplificação das regiões específicas é influenciada pela qualidade e
quantidade do DNA extraído para análise;
Novos estudos quanto à toxicidade das cepas analisadas devem ser realizados, incluindo a
análise química da água, além da implantação de programas de monitoramento de
cianotoxinas e mitigação de impactos antrópicos, de modo a evitar que novos eventos de
proliferação de cianobactérias potencialmente tóxica ocorram neste local de importância
histórica e de uso recreativo.
26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAIRES, T. A.; SILVA, A. M. S. DA.; VASCONCELOS, V. M.; AFFE, H. J.; NETA, L. C. DE S.;
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(Pós-Graduação em Botânica) - Universidade Federal de Feira de Santana, Bahia, 2017.
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<www.meioambiente.ba.gov.br/publicacoes/livros/caminho_das_aguas.pdf>. Acesso em: 18 abr.
2018.
ANEXO
29
ANEXO A
Escopo
Os artigos devem ter no máximo 30 páginas digitadas, aqueles que ultrapassem este limite
poderão ser publicados após avaliação do Corpo Editorial. O aceite dos trabalhos depende da decisão
do Corpo Editorial.
Todos os artigos serão submetidos a 2 consultores ad hoc. Aos autores será solicitado,
quando necessário, modificações de forma a adequar o trabalho às sugestões dos revisores e editores.
Artigos que não estiverem nas normas descritas serão devolvidos.
Serão enviadas aos autores as provas de página, que deverão ser devolvidas ao Corpo
Editorial em no máximo 5 dias úteis a partir da data do recebimento. Os trabalhos, após a publicação,
ficarão disponíveis em formato digital (PDF, AdobeAcrobat) no site do Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico do Rio de Janeiro (http://rodriguesia.jbrj.gov.br).
Os autores devem utilizar o editor do texto Microsoft Word, versão 6.0 ou superior, fonte
Times New Roman, corpo 12, em espaço duplo.
O manuscrito deve ser formatado em tamanho A4, com margens de 2,5 cm e alinhamento
justificado, exceto nos casos indicados abaixo, e impresso em apenas um lado do papel. Todas as
30
páginas, exceto a do título, devem ser numeradas, consecutivamente, no canto superior direito. Letras
maiúsculas devem ser utilizadas apenas se as palavras exigem iniciais maiúsculas, de acordo com a
respectiva língua do manuscrito. Não serão considerados manuscritos escritos inteiramente em
maiúsculas.
Palavras em latim devem estar em itálico, bem como os nomes científicos genéricos e
infragenéricos. Utilizar nomes científicos completos (gênero, espécie e autor) na primeira menção,
abreviando o nome genérico subseqüentemente, exceto onde referência a outros gêneros cause
confusão. Os nomes dos autores de táxons devem ser citados segundo Brummitt & Powell (1992), na
obra “Authors of Plant Names”.
Primeira página − deve incluir o título, autores, instituições, apoio financeiro, autor e
endereço para correspondência e título abreviado. O título deverá ser conciso e objetivo, expressando
a idéia geral do conteúdo do trabalho. Deve ser escrito em negrito com letras maiúsculas utilizadas
apenas onde as letras e as palavras devam ser publicadas em maiúsculas.
Texto – Iniciar em nova página de acordo com seqüência apresentada a seguir: Introdução,
Material e Métodos, Resultados, Discussão, Agradecimentos e Referências Bibliográficas. Estes itens
podem ser omitidos em trabalhos sobre a descrição de novos táxons, mudanças nomenclaturais ou
similares. O item Resultados pode ser agrupado com Discussão quando mais adequado. Os títulos
(Introdução, Material e Métodos etc.) e subtítulos deverão ser em negrito. Enumere as figuras e
tabelas em arábico de acordo com a seqüência em que as mesmas aparecem no texto. As citações de
referências no texto devem seguir os seguintes exemplos: Miller (1993), Miller & Maier (1994),
Baker et al. (1996) para três ou mais autores ou (Miller 1993), (Miller & Maier 1994), (Baker et al.
1996).
Referência a dados ainda não publicados ou trabalhos submetidos deve ser citada
conforme o exemplo: (R.C. Vieira, dados não publicados). Cite resumos de trabalhos apresentados
em Congressos, Encontros e Simpósios se estritamente necessário.
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O material examinado nos trabalhos taxonômicos deve ser citado obedecendo a seguinte
ordem: local e data de coleta, fl., fr., bot. (para as fases fenológicas), nome e número do coletor
(utilizando et al. quando houver mais de dois) e sigla(s) do(s) herbário(s) entre parêntesis, segundo o
Index Herbariorum. Quando não houver número de coletor, o número de registro do espécime,
juntamente com a sigla do herbário,deverá ser citado. Os nomes dos países e dos estados/províncias
deverão ser citados por extenso, em letras maiúsculas e em ordem alfabética, seguidos dos respectivos
materiais estudados. Exemplo: BRASIL. BAHIA: Ilhéus, Reserva da CEPEC, 15.XII.1996, fl. e fr.,
R. C. Vieira et al. 10987 (MBM, RB, SP). Para números decimais, use vírgula nos artigos em
Português e Espanhol (exemplo: 10,5 m) e ponto em artigos em Inglês (exemplo: 10.5 m). Separe as
unidades dos valores por um espaço (exceto em porcentagens, graus, minutos e segundos).
Tabelas - devem ser apresentadas em preto e branco, no formato Word for Windows. No
texto as tabelas devem ser sempre citadas de acordo com os exemplos abaixo: “Apenas algumas
espécies apresentam indumento (Tab. 1)...” “Os resultados das análises fitoquímicas são apresentados
na Tabela 2...”
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Figuras - não devem ser inseridas no arquivo de texto. Submeter originais em preto e
branco e três cópias de alta resolução para fotos e ilustrações, que também podem ser enviadas em
formato eletrônico, com alta resolução, desde que estejam em formato TIF ou compatível com
CorelDraw, versão 10 ou superior. Ilustrações de baixa qualidade resultarão na devolução do
manuscrito. No caso do envio das cópias impressas a numeração das figuras, bem como textos nelas
inseridos, devem ser assinalados com Letraset ou similar em papel transparente (tipo manteiga),
colado na parte superior da prancha, de maneira a sobrepor o papel transparente à prancha, permitindo
que os detalhes apareçam nos locais desejados pelo autor. Os gráficos devem ser em preto e branco,
possuir bom contraste e estar gravados em arquivos separados em disquete (formato TIF ou outro
compatível com CorelDraw 10). As pranchas devem possuir no máximo 15 cm larg. x 22 cm comp.
(também serão aceitas figuras que caibam em uma coluna, ou seja, 7,2 cm larg.x 22 cm comp.). As
figuras que excederem mais de duas vezes estas medidas serão recusadas. As imagens digitalizadas
devem ter pelo menos 600 dpi de resolução. No texto as figuras devem ser sempre citadas de acordo
com os exemplos abaixo: “Evidencia-se pela análise das Figuras 25 e 26....” “Lindman (Fig. 3)
destacou as seguintes características para as espécies...”
Após feitas as correções sugeridas pelos assessores e aceito para a publicação, o autor
deve enviar a versão final do manuscrito em duas vias impressas e em uma eletrônica.
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