Noções de Direito Administrativo: Livro Eletrônico
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ADMINISTRATIVO
Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20 – O PLANO
Noções de Direito Administrativo
Diogo Surdi
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Noções de Direto Administrativo............................................................................................................................7
1. Metas de Estudo...........................................................................................................................................................7
1.1. Dia 1 – Organização Administrativa................................................................................................................7
1.2. Dia 2 – Improbidade Administrativa............................................................................................................19
1.3. Dia 3 – Poderes Administrativos.................................................................................................................30
1.4. Dia 4 – Controle da Administração Pública. ..........................................................................................44
1.5. Dia 5 – Agentes Públicos e Estatuto dos Servidores. .....................................................................54
1.6. Dia 6 – Atos Administrativos e Processo Administrativo Federal. .......................................... 69
1.7. Dia 7 – Princípios da Administração Pública e Serviços Públicos............................................81
1.8. Dia 8 – Responsabilidade Civil do Estado.............................................................................................. 93
2. Súmulas Relacionadas com o Conteúdo Programático. .................................................................. 103
2.1. Súmulas Vinculantes do STF. . ..................................................................................................................... 103
2.2. Súmulas do STF...................................................................................................................................................105
2.3. Súmulas do STJ....................................................................................................................................................107
3. Novidades Legislativas......................................................................................................................................108
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Apresentação
De acordo com o “Princípio de Pareto”, também conhecido como “Técnica do 80/20”, 80%
das situações podem ser resolvidas com a utilização de 20% do conhecimento.
O Princípio de Pareto é amplamente utilizado em várias áreas do conhecimento humano,
uma vez que apresenta uma tendência para a resolução dos problemas e otimiza os resultados.
Você já pensou em como isso pode ser importante caso a aplicação seja possível, tam-
bém, no universo dos concursos públicos?
E justamente pensando nisso é que esta aula foi desenvolvida. Aqui, o nosso claro objetivo
é o de apresentar, com base em dados e estudos anteriores, os pontos que, historicamente, são
mais exigidos pelas bancas organizadoras em relação a determinados conteúdos do edital.
Isso não quer dizer que você não precise estudar todos os pontos do edital. Nos dias atu-
ais, em que a concorrência está cada vez mais acirrada, um estudo completo é mais do que
essencial para garantir uma boa preparação.
No entanto, é inegável que as bancas, ao longo dos anos, tendem a se repetir. E isso ocor-
re por um motivo bastante simples: no processo de elaboração das questões, a instituição
responsável pela organização do concurso contrata professores ou autores qualificados na
respectiva área ou matéria envolvida. E como cada pessoa tende a seguir, ainda que incons-
cientemente, autores ou pontos específicos da matéria, o que acaba ocorrendo, como iremos
retratar, é uma quantidade desproporcional de questões em relação aos pontos exigidos em
determinada disciplina.
Dito de outra forma, raramente vemos uma prova onde as questões foram elaboradas
seguindo todos os pontos do edital de forma simétrica. O que é constantemente visto, em
sentido contrário, é alguns assuntos sendo exigidos de maneira bem mais constante do que
os demais.
Sendo assim, ao identificarmos quais são estes assuntos, iremos dar um “salto de quali-
dade e eficiência” na preparação. Para isso, faremos uso do “Princípio de Pareto”, verificando
quais são os assuntos mais exigidos e otimizando em diversos aspectos a sua preparação.
Análise da banca CESPE (CEBRASPE):
Com base no último edital do concurso do INSS, a disciplina de Direito Administrativo foi
exigida, para o cargo de Técnico do Seguro Social, com os seguintes tópicos:
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gens; regime disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa. 5 Poderes administrativos:
poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. 6
Ato administrativo: validade, eficácia; atributos; extinção, desfazimento e sanatória; classificação,
espécies e exteriorização; vinculação e discricionariedade. 7 Serviços Públicos: conceito, classifica-
ção, regulamentação e controle; forma, meios e requisitos; delegação: concessão, permissão, auto-
rização. 8 Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial;
controle legislativo; responsabilidade civil do Estado. Lei n. 8.429/1992 e suas alterações. 9 Lei n.
9.784/1999 (Lei do Processo Administrativo).
Quantidade de Percentual
Assunto
Questões Aproximado
Agentes Públicos 7 7%
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Quantidade de Percentual
Assunto
Questões Aproximado
Serviços Públicos 2 3%
Total 95 100%
Estabelecendo uma ordem de prioridade entre os assuntos exigidos, ficaríamos com o se-
guinte quadro demonstrativo:
Com base nos números apresentados, podemos observar que alguns pontos do conteúdo
programático de Direito Administrativo tendem a ser exigidos com maior intensidade.
Neste sentido, quatro tópicos do edital são responsáveis, historicamente, por mais da me-
tade das questões elaboradas sobre a matéria, sendo eles:
a) Organização Administrativa;
b) Improbidade Administrativa;
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c) Poderes Administrativos;
d) Controle da Administração Pública;
Obs.: Apenas estes quatro pontos da disciplina de Direito Administrativo foram responsá-
veis, nos anos de 2020 a 2022, por aproximadamente 61,5% das questões de “certo e
errado” elaboradas pelo CESPE para os cargos de nível médio.
Logo, é essencial que um maior destaque seja dado para estes assuntos, otimizando
com isso a preparação e aumentando significativamente suas chances de fazer uma
excelente prova na disciplina de Direito Administrativo.
Outro ponto a ser destacado é que a disciplina de Direito Administrativo é alvo constante
de inúmeras alterações legislativas. E o CESPE, para este tipo de situação, tende a exigir con-
sideravelmente as mencionadas alterações.
De todo o conteúdo programático de Direito Administrativo, o tópico que mais sofreu mo-
dificações foi a Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992), que, após as alterações
promovidas pela Lei 14.230/2021, passou a contar com novas e importantes regras no proces-
so de improbidade.
Sendo assim, é extremamente provável que pelo menos uma das questões de Direito Admi-
nistrativo da prova do INSS exija o conhecimento das regras relacionadas com a Improbidade
Administrativa.
Obs.: Todos os pontos do edital estão minuciosamente estudados no curso de Direito Admi-
nistrativo destinado ao concurso do INSS – Técnico do Seguro Social. Aqui, conforme
mencionado no início da aula, a ideia é verificar e memorizar, por meio da aplicação do
“Princípio de Pareto”, os assuntos historicamente mais exigidos pela banca organiza-
dora, algo que otimizará em diversos aspectos a sua preparação.
Sendo assim, iremos, em um primeiro momento, ter contato com um resumo dos principais
pontos estudados, oportunidade em que faremos uso, além de um resumo detalhado da ma-
téria, de quadros sinóticos, gráficos e tabelas. Para otimizar sua preparação, tais conteúdos
serão elencados em METAS DIÁRIAS, que compreenderá a parte teórica definida para o res-
pectivo dia e questões anteriores destinadas a sedimentar o processo de revisão.
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cessários à execução das políticas públicas, sem qualquer referência àqueles que atuam na
sua elaboração.
O sentido estrito é o adotado em nosso ordenamento jurídico, de forma que apenas será
considerada administração pública as atividades destinadas à execução das políticas públicas.
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A descentralização pode ser feita de duas formas, sendo elas a descentralização por ou-
torga (também conhecida como descentralização por serviços ou legal) e a descentralização
por delegação (negocial ou por colaboração).
A descentralização por outorga ocorre quando o ente federativo transfere tanto a titularida-
de quanto o exercício de determinada competência. Tal descentralização é feita por meio de
lei, sendo por intermédio de tal instituto que as entidades da administração indireta são criadas.
A descentralização por delegação ocorre quando apenas o exercício da competência é
transferido à outra entidade, ficando a titularidade com o ente originalmente competente. Atra-
vés dela, as concessionárias, permissionárias e autorizatárias assumem o exercício de algu-
mas atividades administrativas.
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Critério Classificação
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Não podem ter finalidade lucrativa Não podem ter finalidade lucrativa
As fundações públicas podem ser de direito público ou de direito privado. No que se re-
fere às fundações públicas de direito público, pode-se afirmar que estas possuem as mes-
mas características e privilégios das autarquias, conforme exposto quando do estudo destas
entidades.
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Quanto às fundações públicas de direito privado, a doutrina entende que elas estão sub-
metidas s um regime jurídico híbrido, sendo regidas ora por um regime de direito público, ora
pelo regime de direito privado.
Como forma de facilitar a compreensão, relacionam-se abaixo as diferenças e similari-
dades existentes entre as fundações públicas de direito público e as fundações públicas de
direito privado:
São regidas pelo direito público São regidas por um regime híbrido
Devem realizar concurso para admitir Devem realizar concurso para admitir
pessoal pessoal
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A regra geral, e que deve ser observada por toda a Administração Pública direta e indireta, é a
necessidade de realização de licitação para a contratação de obras, serviços e compras. Ape-
nas nas situações excepcionais é que o procedimento poderá ser dispensado.
Errado.
A criação ou autorização de entidade da Administração Pública Indireta ocorre por meio de lei
específica. Logo, é vedado o não estabelecimento do objeto de atuação da entidade, ou ainda
a sua designação de forma genérica.
Errado.
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Nas autarquias brasileiras, o patrimônio é público, e não privado. E justamente em razão disso
é que temos, dentre outras prerrogativas, a impenhorabilidade de bens da entidade, medida
destinada a assegurar a continuidade dos serviços ou atividades que estão sendo prestadas
à coletividade.
Errado.
As empresas públicas, assim como ocorre com as sociedades de economia mista, são entida-
des da administração pública indireta que possuem personalidade jurídica de direito privado.
Certo.
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Um ponto que merece atenção é que a suspensão ocorre apenas em relação aos direitos
políticos. No caso da função pública, o que teremos é a respectiva perda. Dito de outra forma,
a suspensão dos direitos políticos ocorrerá por um período determinado de tempo, ao passo
que a perda da função pública é medida definitiva para o respectivo agente estatal.
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As regras relacionadas com os sujeitos ativos podem ser mais bem visualizadas por meio
do seguinte quadro sinótico:
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As regras da Lei da Àquele que, mesmo não sendo agente público, induza
Improbidade também são ou concorra dolosamente para a prática do ato de
aplicadas, no que couber improbidade
Caso o ato de
improbidade
administrativa seja
também sancionado As sanções estabelecidas na Lei de Improbidade
como ato lesivo à Administrativa não se aplicarão à pessoa jurídica.
administração pública
de acordo com a Lei
Anticorrupção
Os sujeitos passivos, de maneira contrária, são as pessoas jurídicas que são lesadas pela
prática de improbidade administrativa, passando a figurar, quando da respectiva ação, no polo
ativo da respectiva demanda.
É possível chegar à conclusão de que os sujeitos passivos da improbidade administrativa
são os seguintes:
a) Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de cada um dos entes federativos.
b) Administração Direta e Indireta da União, dos Estados, dos Municípios e do Distri-
to Federal.
c) Entidades privadas que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício,
de entes públicos ou governamentais.
d) Entidades privadas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra
no seu patrimônio ou receita atual. Neste caso, temos a peculiaridade de que o ressarcimento
de prejuízos estará limitado à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
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Como regra geral, o pedido de indisponibilidade apenas será deferido mediante a demons-
tração no caso concreto de perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado útil do pro-
cesso, desde que o juiz se convença da probabilidade da ocorrência dos atos descritos na
petição inicial com fundamento nos respectivos elementos de instrução, após a oitiva do réu
em 5 dias.
Entretanto, a indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu,
medida que ocorrerá sempre que o contraditório prévio puder comprovadamente frustrar a
efetividade da medida ou houver outras circunstâncias que recomendem a proteção liminar,
não podendo a urgência ser presumida.
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Duas são as vedações relacionadas com a indisponibilidade dos bens que devem ser me-
morizadas, a saber:
a) É vedada a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 salários-mínimos de-
positados em caderneta de poupança, em outras aplicações financeiras ou em conta corrente.
b) É vedada a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu, salvo se compro-
vado que o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida.
Para cada uma das condutas que dão ensejo às três diferentes espécies de improbidade
administrativa, a Lei 8.429/1992 apresenta uma série de sanções de natureza administrativa,
civil e política.
Tais sanções estão hierarquizadas de acordo com a gravidade da conduta, de forma que
as ações que ensejam enriquecimento ilícito possuem como consequência as sanções mais
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graves, as que ensejam lesão ao patrimônio público possuem sanções intermediárias e as que
atentam contra os princípios da administração pública, por sua vez, possuem as sanções de
menor gravidade.
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Caso alguém representar contra agente público ou terceiro, e já souber, de antemão, que
tais pessoas são inocentes, incorrerá em crime, devendo responder com a pena de detenção,
de 6 a 10 meses, e multa. Além disso, será obrigado a indenizar o denunciado pelos danos
materiais, morais e à imagem.
Atualmente, o Ministério possui a legitimidade exclusiva para propor a ação judicial de
improbidade administrativa.
No entanto, para apurar qualquer ilícito previsto, o Ministério Público, de ofício, a requeri-
mento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada, poderá instaurar
inquérito civil ou procedimento investigativo assemelhado e requisitar a instauração de inqué-
rito policial. Na apuração dos ilícitos previstos, será garantido ao investigado a oportunidade
de manifestação por escrito e de juntada de documentos que comprovem suas alegações e
auxiliem na elucidação dos fatos.
Uma série de regras processuais não são adotadas no fluxo na ação de improbidade admi-
nistrativa, sendo elas:
a) a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em caso de revelia;
b) a imposição de ônus da prova ao réu;
c) o ajuizamento de mais de uma ação de improbidade administrativa pelo mesmo fato,
competindo ao Conselho Nacional do Ministério Público dirimir conflitos de atribuições entre
membros de Ministérios Públicos distintos;
d) o reexame obrigatório da sentença de improcedência ou de extinção sem resolução
de mérito;
A ação por improbidade administrativa apresenta as seguintes características:
a) é repressiva;
b) possui caráter sancionatório;
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A conduta em questão, desde que praticada de forma dolosa, constitui ato de improbidade
administrativa que atenta contra os princípios da administração pública, e não lesão ao erário.
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administra-
ção pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de
legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas:
III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permane-
cer em segredo, propiciando beneficiamento por informação privilegiada ou colocando em risco a
segurança da sociedade e do Estado;
Errado.
Eventuais atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade privada que receba
incentivo fiscal ou creditício de entes públicos ou governamentais estão, conforme afirmado,
sujeitos às disposições da Lei 8.429/1992.
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Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administra-
ção pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de
legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas:
V – frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso público, de chama-
mento ou de procedimento licitatório, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou indireto,
ou de terceiros;
Errado.
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Obs.: Ainda que cada um dos poderes tenha suas próprias peculiaridades, é possível estabe-
lecer, como características comuns a todos os poderes administrativos, as seguintes:
a) São decorrência das prerrogativas conferidas à administração pública;
b) Devem ser exercidos dentro da estrita necessidade, sob pena de restar configurado
abuso de poder;
c) São irrenunciáveis, de forma que não há a possibilidade dos agentes públicos dei-
xarem de exercê-los;
d) São poderes instrumentais, não podendo ser confundidos com os poderes estrutu-
rais do Estado e com os poderes políticos;
Poder vinculado ou regrado é o que a lei confere ao administrador para a prática de atos
de sua competência, determinando todos os requisitos necessários à sua formalização. Neste
caso, o administrador não possui margem decisória, devendo praticar o ato da forma como
está previsto em lei.
No âmbito dos atos administrativos, cinco são os requisitos de validade, sendo eles a com-
petência, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto.
Nos atos vinculados, todos os requisitos sempre estarão presentes, de forma que a mar-
gem de liberdade do agente público é praticamente inexistente. Por isso mesmo é que boa
parte da doutrina costuma afirmar que o poder vinculado, ainda que seja classificado como
um dos poderes administrativos existentes, trata-se, na verdade, de um dever do administra-
dor público.
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Noções de Direito Administrativo
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Conceitua-se poder discricionário como aquele que possibilita ao agente público atuar
com liberdade de atuação. Tal grau de liberdade, salienta-se, não é total, devendo ser exercido
dentro dos limites previamente definidos em lei.
A discricionariedade não pode ser confundida com a arbitrariedade. Enquanto esta repre-
senta uma ação ou conduta que contraria ou excede à lei, a discricionariedade, como já mencio-
nado, é uma liberdade concedida ao agente público para ser exercida dentro dos limites da lei.
Merece destaque, neste sentido, a possibilidade de controle judicial dos atos praticados
como decorrência do exercício do poder discricionário. Não há como negar que o Poder Judi-
ciário pode analisar todos os atos administrativos (sejam eles vinculados ou discricionários)
no que se refere ao aspecto de legalidade. Em tais situações, o Poder Judiciário está fazendo
uso de sua função típica, que é a de julgar, em plena consonância com o princípio da separação
dos Poderes.
No que se refere à possibilidade do Poder Judiciário adentrar no mérito dos atos adminis-
trativos discricionários, vigora, em nosso ordenamento, a regra geral acerca da impossibilida-
de de tal análise.
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Noções de Direito Administrativo
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O poder disciplinar é aquele que autoriza que o Poder Público investigue as infrações co-
metidas e aplique as penalidades previstas em lei a todos que mantenham um vínculo especí-
fico com o Estado.
Deste conceito inicial, se percebe que duas classes distintas de pessoas podem ser pena-
lizadas com base no poder disciplinar:
a) os servidores públicos regidos por um estatuto funcional;
b) os particulares alheios à atividade pública, sendo necessário, para isso, a existência de
um vínculo necessariamente específico.
Quando a administração aplica investiga as infrações cometidas por seus servidores e
aplica, após a comprovação da ocorrência da falta funcional, as penalidades administrativas
previstas em lei, estamos diante de uma medida direta do poder disciplinar e indireta do poder
hierárquico.
O poder disciplinar também pode ser utilizado para a aplicação de sanções a terceiros que
não sejam agentes públicos. Neste caso, faz-se necessário que o particular possua um vínculo
específico com a administração, tal como ocorre, por exemplo, com os que celebram contrato
administrativo com o Poder Público, ou então com os alunos de uma escola pública ou com
os pacientes de um hospital público. Nestas situações, a penalidade decorre do poder discipli-
nar, mas não do poder hierárquico.
A motivação sempre deve estar presente em todas as medidas do Poder Público que im-
pliquem em restrições ou prejuízos aos administrados, tal como ocorre, conforme analisado,
quando da aplicação das penalidades administrativas.
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Os decretos regulamentares, uma vez que destinados a regulamentação da lei, não sofrem
a incidência do controle de constitucionalidade, uma vez que tal forma de controle leva em
conta o texto de uma norma em comparação com a Constituição. Em sentido contrário, os de-
cretos, quando excederem a finalidade para a qual foram instituídos, estão sujeitos a simples
controle de legalidade.
A principal diferença entre as leis e os decretos regulamentares consiste na possibilidade
daquelas inovarem no ordenamento jurídico, ao passo que os decretos servem para regula-
mentar as disposições legais e não possuem o podem de inovar no ordenamento.
Entretanto, com a publicação da Emenda Constitucional n. 32/2001, passamos a contar,
em nosso ordenamento jurídico, com a figura dos decretos autônomos. Tais instrumentos, ao
contrário do que ocorre com os decretos regulamentares, podem, nas estritas hipóteses pre-
vistas no texto constitucional, inovar no ordenamento jurídico, tal como ocorre com as leis.
Como trata-se o decreto autônomo de uma norma que inova no ordenamento jurídico, nada
mais natural do que a sua sujeição ao controle de constitucionalidade, uma vez que o parâme-
tro adotado no âmbito de tal controle são as normas que inovam o ordenamento jurídico em
consonância com a Constituição Federal.
As diferenças e semelhanças entre os decretos regulamentares e os decretos autônomos
podem ser visualizadas na seguinte tabela:
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Em sentido amplo, o poder de polícia estaria configurado não só pelas práticas adotadas
pela administração pública, como também pelos atos do Poder Legislativo que condicionas-
sem os direitos do indivíduo.
Em sentido estrito, o poder de polícia estaria configurado apenas no âmbito das atividades
desempenhadas pela administração pública. Tais atividades poderiam ser relacionadas com
a edição de normas gerais (tal como os regulamentos administrativos) ou com medidas de
caráter concreto e específico (com a fiscalização e a expedição de licenças).
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É preventivo todo o controle feito como forma de restringir um direito individual em prol da
coletividade. Já o controle repressivo, por sua vez, engloba as sanções aplicadas pela autori-
dade competente quando da ocorrência de infrações por parte dos particulares.
Percebe-se assim que o ponto de distinção entre o exercício do poder de polícia de forma
preventiva ou repressiva é o momento da ocorrência do ilícito administrativo. Atividades destina-
das a evitar tal ocorrência são classificadas como preventivas, ao passo que atividades que pos-
suem o objetivo de sancionar o cometimento das infrações são entendidas como repressivas.
O poder de polícia apresenta, de acordo com a doutrina majoritária, três atributos, sendo
eles a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. Tais atributos, salienta-
-se, não estarão sempre presentes em todos os atos administrativos decorrentes do poder
de polícia.
A discricionariedade implica em certa margem de liberdade que é conferida ao adminis-
trador público quando no exercício do poder de polícia. Por meio de tal atributo, pode o agente
público, por exemplo, escolher quais atividades irá fiscalizar, bem como o momento adequado
para sua realização.
Trata-se a autoexecutoriedade do atributo que possibilita que a administração pública exe-
cute as medidas necessárias ao alcance dos seus objetivos sem a necessidade de recorrer ao
Poder Judiciário.
Por fim, a coercibilidade é a possibilidade que a administração tem de exigir determinados
comportamentos por parte dos administrados, utilizando-se, caso for necessário, o emprego
da força física.
O poder de polícia pode ser dividido em originário e delegado. Poder de polícia originário é
aquele que é desempenhado pelos órgãos públicos dos próprios entes federativos (União, Es-
tados, Distrito Federal e Municípios). É, em última análise, o exercido pela administração direta.
Poder de polícia delegado, por exclusão, é aquele conferido às entidades de direito público
integrantes da administração indireta, ou seja, as autarquias e as fundações públicas.
No julgamento do RE 633782, o STF pacificou o entendimento de que o poder de polícia
pode ser delegado para entidades de direito privado integrantes da Administração Indireta,
desde que, no caso, uma série de requisito sejam atendidos.
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Importante observar que não são todas as empresas públicas e sociedades de economia
mista que podem fazer uso do poder de polícia por meio de delegação. Para que a medida seja
possível, os seguintes requisitos devem ser cumulativamente atendidos:
a) a empresa estatal (EP ou SEM) deve ser prestadora de serviços públicos, e não explora-
dora de atividade econômica;
b) o capital social das empresas estatais deve ser majoritariamente público;
c) as entidades devem prestar exclusivamente serviço público de atuação própria do Es-
tado e em regime não concorrencial;
d) a delegação deve estar prevista em lei;
O ciclo de polícia compreende quatro fases, sendo elas a ordem de polícia, o consentimen-
to de polícia, a fiscalização e a aplicação de sanções.
A ordem de polícia é composta pelas leis e demais atos normativos que determinam que o
poder de polícia seja exercido.
O consentimento de polícia ocorre nas situações em que o Poder Público consente com a
atividade a ser desenvolvida pelo particular, sendo materializado, normalmente, pela emissão
das licenças e das autorizações.
A fiscalização de polícia, como o próprio nome sugere, são as inúmeras fiscalizações fei-
tas pela administração no exercício de tal poder.
A sanção de polícia, por sua vez, são as sanções aplicadas os particulares quando consta-
tada alguma infração no âmbito da atividade desempenhada pelos particulares.
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O abuso de poder, dessa forma, é gênero, e se divide em duas espécies: excesso de poder
e desvio de poder.
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Em ambas as situações (abuso de poder ou desvio de poder), o ato viciado pode ser in-
validado pela própria administração pública, fazendo uso da autotutela, ou então pelo Poder
Judiciário, desde que provocado.
No excesso de poder, estamos diante de uma atuação do agente público em que o requi-
sito competência é o que está sendo violado. Tal forma de vício pode ocorrer de duas formas:
a) Quando o agente extrapola as competências que lhe foram definidas como própria.
b) Quando o agente, atuando dentro de sua competência, pratica um ato com o objetivo de
conferir efeitos que não são possíveis por aquele instrumento.
O desvio de poder, também conhecido como desvio de finalidade, liga-se, como o próprio
nome sugere, a não observância, quando da prática do ato administrativo, do requisito finali-
dade. Os atos que configuram desvio de poder podem ser divididos em duas classes distintas:
a) Atos genéricos, em que o agente deixa de atender ao interesse público e passa a defen-
der interesses privados.
b) Atos específicos, em que o agente faz uso de um instituto legal para alcançar outro fim
que não o previsto.
A doutrina, baseada nos ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, estabelece quatro pode-
res-deveres para o administrador público: poder dever de agir, dever de prestar contas, dever
de probidade e dever de eficiência.
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A aplicação de medida punitiva ao servidor é fruto do poder disciplinar, e não do poder regula-
mentar. Neste caso, por estarmos diante da punição de um servidor público, o poder disciplinar
será decorrente do poder hierárquico.
Errado.
O poder de polícia decorre de lei, uma vez que a Administração Pública apenas poderá fazer
aquilo que estiver previsto ou autorizado em lei, em plena sintonia com o princípio da legalidade.
Errado.
O dever da probidade administrativa implica em uma conduta que deve pautar todas as ações
do agente estatal. Em caso de omissão, ainda que o agente não obtenha com isso nenhuma
vantagem financeira, a probidade estará violada.
Certo.
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Ao aplicar multa a um motorista, o agente de trânsito está fazendo uso do poder de polícia, e
não do poder hierárquico.
Errado.
No entanto, ainda que a regra seja a de que cada poder desempenha as suas atividades
típicas, temos que todos os poderes desempenham, de forma atípica, as atividades originaria-
mente atribuídas aos demais poderes.
Com isso, chegamos à conclusão de que existe atividade administrativa no âmbito dos
três poderes. Com relação ao Poder Executivo, trata-se de atividade típica, ao passo que com
os demais poderes cuida-se de atividade atípica.
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E como toda a atividade administrativa precisa ser controlada, podemos afirmar que a atu-
ação dos três poderes, quando no exercício da atividade administrativa, é o objeto de estudo
do controle da administração pública.
O controle da administração pública pode ser entendido como a soma de todas as atividades,
internas e externas, que possuem como objetivo garantir a preservação do interesse público e
assegurar que as funções administrativas estão sendo desempenhadas de acordo com a lei.
O controle da administração pública é um gênero do qual fazem parte as espécies controle
administrativo, controle legislativo e controle judicial, conforme se observa, de maneira mais
didática, por meio do gráfico a seguir:
O controle da administração pública pode ser classificado de acordo com diferentes as-
pectos. Por meio de tais critérios de classificação, conseguimos encontrar importantes de-
finições para entendermos como o controle efetivamente é exercido, seja por meio dos três
poderes, seja pela população diretamente interessada.
Os critérios utilizados para a classificação do controle da administração pública são relati-
vos ao momento, à origem, ao aspecto e à amplitude.
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O controle prévio, também conhecido como controle a priori, é o que é exercido antes da
prática ou da conclusão do ato administrativo.
O controle concomitante ou sucessivo é aquele que é exercido durante a execução do ato
administrativo, acompanhando, por isso mesmo, a sua realização.
Controle posterior, subsequente ou corretivo é aquele que é exercido posteriormente à
prática do ato administrativo.
Quanto à origem, o controle pode ser interno, externo e popular.
O controle interno, como o próprio nome sugere, é aquele realizado no âmbito do mesmo
poder, seja por meio de órgão integrante da relação hierárquica, seja através de órgão especia-
lizado integrante da estrutura do mesmo poder.
O controle externo, por sua vez, é aquele que é exercido por um poder sobre os atos admi-
nistrativos praticados pelos demais poderes. O fundamento para a sua realização, conforme
anteriormente afirmado, é a possibilidade de todos os Poderes da República fazerem uso da
função administrativa.
Por fim, temos o controle popular, classificação doutrinária que leva em conta o princípio
da indisponibilidade do interesse público.
De acordo com o aspecto controlado, temos dois tipos de controle: de mérito e de legalidade.
O controle de legalidade é aquele que tem como objetivo verificar se o ato foi praticado em
conformidade com o ordenamento jurídico vigente. Para exercê-lo, é necessário que se faça
a comparação entre o ato praticado e a norma que regula as relações entre a administração
pública e seus administrados.
Tal forma de controle pode ser exercido pela própria administração pública que praticou
o ato (situação em que estaremos diante do controle interno e da autotutela), ou então pelos
Poderes Judiciário e Legislativo, situações em que restará caracterizado o controle externo.
O controle de legalidade, desta forma, pode ser exercido de forma interna ou externa. No âm-
bito da autotutela, a administração deve anular seus próprios atos quando verificar que estes
apresentam vícios relativos à legalidade ou à legitimidade.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 473 – STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressal-
vada, em todos os casos, a apreciação judicial.
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Obs.: Não podemos confundir a tutela com o princípio da autotutela. Enquanto a autotutela
confere à administração as prerrogativas de anular ou revogar os seus próprios atos,
a tutela confere à administração direta a possibilidade de fiscalizar e controlar se as
entidades integrantes da administração indireta estão desempenhando regularmente
as atividades para as quais foram criadas.
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próprios das autoridades judiciais. Neste sentido, uma série de prerrogativas são conferidas às
CPIs para que estas possam melhor desempenhar suas atividades.
O controle financeiro, ou controle parlamentar indireto, é aquele que é exercido pelo Con-
gresso Nacional com o auxílio dos Tribunais de Contas. Cuidam-se tais órgãos de cortes es-
pecializadas e que possuem uma relação de vinculação com o Poder Legislativo, não havendo
que se falar em hierarquia.
Assim, os Tribunais de Contas, ainda que auxiliem o Congresso Nacional no exercício do
controle legislativo, são autônomos para tomar as decisões que entenderem necessárias ao
cumprimento de sua finalidade institucional.
É a Constituição Federal que estabelece as competências atribuídas ao Tribunal de Con-
tas da União. Tais competências, assim como ocorre com as demais atividades de controle,
devem ser aplicadas, por simetria, aos demais entes federativos. Assim, as Constituições Es-
taduais, bem como as respectivas Leis Orgânicas, não podem criar outras formas de controle
que são sejam simetricamente iguais às previstas na Constituição Federal.
Dessa forma, compete ao Tribunal de Contas da União, e, consequentemente, aos respec-
tivos Tribunais e Cortes de Contas Estaduais ou Municipais, as seguintes competências, que
devem ser adaptadas no âmbito dos demais entes federativos:
a) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante pare-
cer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
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b) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e va-
lores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades insti-
tuídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda,
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como
a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posterio-
res que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
d) realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Co-
missão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orça-
mentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, e demais entidades administrativas;
e) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a
União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
f) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio,
acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
g) prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Ca-
sas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, or-
çamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
h) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de con-
tas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcio-
nal ao dano causado ao erário;
i) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
j) sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câma-
ra dos Deputados e ao Senado Federal;
k) representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
Os Tribunais de Contas possuem competência tanto para julgar quanto para apreciar as
contas. Quando as contas que estiverem sendo analisadas forem relativas às autoridades e
administradores públicos, pode o TCU proceder à respectiva apreciação e julgamento. Em
sentido oposto, quando as contas objeto de análise forem as do Presidente da República, a
possibilidade do TCU se restringe à apreciação, sendo competente para o seu julgamento o
Congresso Nacional.
Situação semelhante ocorre com a possibilidade dos Tribunais de Contas determinarem
a sustação de um ato ou contrato administrativo. Com relação aos atos administrativos, que
são manifestações de vontade unilateral do Poder Público, a competência para determinar a
sustação é exercida, de forma direta, pelo respectivo tribunal. Nos contratos administrativos,
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por sua vez, que são caracterizados pela manifestação de vontade bilateral, a competência
para a sustação apenas pode ser exercida por meio do Congresso Nacional ou da respectiva
Casa Legislativa.
O controle judicial pode ser entendido como o controle de legalidade através do qual o Po-
der Judiciário, mediante provocação, avalia tanto os atos praticados pelos Poderes Executivo
e Legislativo quanto os seus próprios atos.
Em nosso ordenamento jurídico, vigora o princípio da unicidade de jurisdição, sendo que
o Poder Judiciário é quem detém o monopólio da função jurisdicional com capacidade de
trânsito em julgado. Isso significa que todas as causas, ainda que sejam objeto de uma série
de recursos no âmbito administrativo, podem, se houver interesse de alguma das partes, ser
levadas à análise do Poder Judiciário.
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O poder de autotutela realmente pode ser exercido de ofício, ou seja, mediante iniciativa da
Administração Pública. Contudo, o controle em questão não será utilizado de forma irrestrita e
ilimitada, haja vista que o Poder Público deve observar, sempre, as garantias do contraditório
e da ampla defesa.
Errado.
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Por fazer parte da Administração Indireta, a entidade mencionada está sujeita ao controle rea-
lizado pelo Poder Legislativo.
Art. 70, A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, apli-
cação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Certo.
Tanto o Congresso Nacional quanto o Senado Federal podem efetuar o controle das ativida-
des praticadas pelo Poder Executivo. Este controle, por sua vez, pode se dar de forma prévia,
concomitante ou posterior. Em todas as mencionadas situações, estaremos diante do controle
parlamentar.
Certo.
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A reconsideração apresentada por Pedro foi destinada à autoridade que inicialmente negou
o acesso à informação. Por estarmos na esfera administrativa, não há que se falar, no caso
apresentado, em controle judicial (que é aquele realizado pelos órgãos do Poder Judiciário).
Errado.
A tutela refere-se ao controle exercido pela Administração Direta sobre as entidades da Ad-
ministração Indireta. A autotutela, por sua vez, constitui a possibilidade de a Administração
Pública anular (em caso de ilegalidade) ou revogar (em caso de inconveniência) os atos admi-
nistrativos anteriormente praticados.
Certo.
Agentes delegados
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Os agentes políticos são aqueles que ocupam os mais altos postos no âmbito dos Poderes
da República, estando ligados às decisões fundamentais do Estado e possuindo grande parte
de suas competências estabelecidas diretamente pela Constituição. Outra peculiaridade desta
classe é o alto nível de autonomia que possuem para tomar as suas decisões.
Os agentes administrativos são todas as pessoas investidas no âmbito de um órgão ou
entidade da administração pública, com competências executórias e tendo seus direitos e de-
veres sendo regulados por meio de uma lei, e não diretamente da Constituição.
Os agentes administrativos podem vir a ocupar cargos, empregos ou funções públicas no
âmbito da estrutura da administração pública.
Os cargos públicos podem ser conceituados como o conjunto de atribuições, responsabi-
lidades, direitos e obrigações que são atribuídas aos servidores públicos para o desempenho
das suas atividades funcionais.
Os cargos públicos podem ser divididos em cargos isolados, em cargos de carreira e em
cargos em comissão.
Os cargos isolados são aqueles que são formados apenas por uma classe, sendo que o
seu ocupante, com o passar do tempo, não possui o direito de progredir na carreira.
Os cargos em carreira, em sentido oposto, são aqueles que são organizados em classes,
de forma que os servidores ocupantes, após um intervalo de tempo e desde que atendidas as
demais condições previstas em lei, progridem na carreira.
Os cargos em comissão são aqueles destinados às funções de direção, chefia e assesso-
ramento. Em virtude desta condição, são considerados de livre nomeação e exoneração por
parte da autoridade competente, o que implica em dizer que a sua nomeação independe da
realização de concurso público, requisito imprescindível para a admissão dos servidores esta-
tutários e dos empregados públicos.
De acordo com a Constituição Federal, os cargos em comissão podem ser providos tanto
por servidores já ocupantes da carreira funcional (e que foram aprovados em concurso pú-
blico) quanto por terceiros que ainda não possuam vínculo funcional com o respectivo Po-
der Público.
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Já os empregos públicos são exercidos por pessoas que se sujeitam às regras da CLT, tal
como ocorre com os funcionários da iniciativa privada, mas com a peculiaridade de estarem
exercendo suas atribuições no âmbito da administração Pública.
Por fim, temos a função pública, que é encontrada pelo critério residual em nosso orde-
namento. Assim, os agentes que não ocuparem um cargo ou um emprego público, mas que
desempenharem atividades em regime de vínculo com o Poder Público, serão classificados
como ocupantes de uma função pública.
Os agentes honoríficos podem ser compreendidos como pessoas que são designadas ou
requisitadas para a prestação de um determinado serviço público em razão de características
que lhes são próprias, tal como a honra e a capacidade profissional.
Agentes credenciados são os que recebem a incumbência da Administração para repre-
sentá-la em determinado ato ou para praticar certa atividade específica mediante remuneração
do Poder Público credenciante.
A principal característica dos agentes delegados é o fato de assumirem o risco da ativida-
de em que atuam. Assim, nestas áreas, o Estado opta por não realizar diretamente o serviço,
ficando apenas com a fiscalização.
Os particulares em colaboração são pessoas que prestam serviços ao Poder Público sem
vínculo com o Estado.
O regime jurídico pode ser conceituado como o conjunto de regras que disciplinam os di-
reitos e as obrigações de uma determinada categoria de agentes públicos. Ainda que a imen-
sa maioria dos entes federativos utilize o regime jurídico estatutário como forma de regular
a vida funcional de seus agentes, deve-se salientar que não há a obrigação, por parte de um
determinado ente, da utilização de um regime jurídico específico.
O regime estatutário caracteriza-se, basicamente, por ser estabelecido por meio de lei de
cada ente federativo. Assim, tanto a União como os diversos Estados e Municípios publicam
uma lei que regula toda a atividade funcional de seus servidores, incluindo aí os direitos e as
obrigações e os critérios gerais de diversos outros institutos.
Já o regime celetista é o utilizado pela iniciativa privada e, no âmbito da administração
pública, pelas empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista). Tal
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regime possui como base normativa a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e assegura
aos seus funcionários uma relação de emprego, que pode ser na iniciativa privada ou, como
mencionado, em uma empresa estatal.
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O STF possui entendimento sumulado de que o limite de idade como condição para a parti-
cipação em concurso público apenas é válido quando decorrer das necessidades das atribui-
ções do cargo que será exercido.
O exame psicotécnico pode ser estabelecido para concurso público desde que por lei, ten-
do por base critérios objetivos de reconhecido caráter científico, devendo existir, inclusive, a
possibilidade de reexame.
Viola o princípio constitucional da isonomia norma que estabelece como título o mero
exercício de função pública.
Com a aprovação dos candidatos e a homologação do respectivo concurso, os aprovados
dentro do número inicial de vagas previstas no edital possuem, segundo entendimento do STF,
direito subjetivo à nomeação.
A comprovação do atendimento dos requisitos exigidos no edital deve ser feita no momen-
to da posse, e não na inscrição ou na data de realização das provas.
Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n.19, ocorrida em 1998, o sistema remu-
neratório da administração pública passou a contar com três formas distintas de categorias
jurídicas, sendo elas o subsídio, os vencimentos e o salário.
O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em parcela única, sendo
vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional ou verba de representação.
O vencimento, também chamado de remuneração em sentido estrito, é a parcela recebida
pelos servidores públicos estatutários. Compreende o vencimento básico, que corresponde ao
padrão que cada servidor ocupa na carreira, acrescido das vantagens pecuniárias previstas em
lei, tais como as gratificações, os adicionais, os abonos e as ajudas de custo.
Por salário devemos entender o valor que é pago aos empregados públicos, uma vez que
estes, ainda que integrantes das entidades da administração indireta, encontram-se submeti-
dos ao mesmo regime jurídico dos trabalhadores da iniciativa privada, fazendo jus a todas as
regras e direitos a eles garantidos.
A remuneração em sentido amplo compreende todas as espécies remuneratórias que se-
jam passíveis de pagamento aos agentes públicos, dela fazendo parte, por exemplo, os venci-
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Ao entrar em exercício, os servidores públicos efetivos passam a ser regidos por um regi-
me próprio de previdência social (RPPS), que, em diversos aspectos, se diferencia do regime
geral de previdência social (RGPS), aplicável aos trabalhadores da iniciativa privada.
Três são as formas distintas com que o servidor público estatutário poderá se aposentar:
a) por incapacidade permanente para o trabalho; b) compulsoriamente; c) voluntariamente;
Uma vez diagnosticada a incapacidade permanente, deverá o servidor, em um primeiro
momento, ser readaptado. Caso a readaptação não seja possível, teremos a aposentadoria
na presente modalidade. Neste caso, e de forma completamente diferente ao que ocorria até
então, na aposentadoria por invalidez, deverá o servidor, obrigatoriamente, participar de avalia-
ções periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão
da aposentadoria.
A aposentadoria compulsória ocorre quando o servidor público atinge a idade limite para
permanecer em exercício no serviço público. Atualmente, a idade limite é aos 75 anos.
Com relação à aposentadoria voluntária, as regras gerais de concessão, bem como as res-
pectivas exceções, podem ser mais bem visualizadas da seguinte forma:
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Categoria Requisitos
Caso o servidor público da administração direta, autárquica e fundacional seja eleito para o
desempenho de mandato eletivo, devem ser aplicadas uma série de regras, sendo elas:
a) tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu car-
go, emprego ou função;
b) investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
-lhe facultado optar pela sua remuneração. Esta regra também é aplicável, na visão do STF, ao
servidor investido no cargo de Vice Prefeito.
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A Lei 8.112/1990 institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das au-
tarquias federais (inclusive as em regime especial) e das fundações públicas federais.
Trata-se a Lei 8.112/1990, por isso mesmo, de uma lei federal, e não nacional, uma vez que
destinada, apenas, aos servidores públicos federais.
No entanto, as disposições da norma federal não se aplicam a todos os agentes públicos,
mas sim apenas aos servidores públicos civis federais, o que implica em dizer que os emprega-
dos públicos federais, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo de atuação
do estatuto federal.
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A Lei 8.112 estabelece diversas formas de provimento de cargo público, sendo elas a no-
meação, a promoção, a readaptação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recon-
dução. Destas, apenas a nomeação é considerada forma originária de provimento, sendo que
todas as demais são classificadas como forma de provimento derivadas.
Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo
ocorrer tanto para os cargos efetivos quanto para os cargos em comissão.
A promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no âmbito da mesma
carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacância no cargo de classe mais baixa e o provi-
mento no cargo de classe mais alta.
A readaptação ocorre quando o servidor sofre uma limitação em sua capacidade física
ou mental, mas ainda pode trabalhar, não sendo o caso de aposentadoria. Caso o servidor
seja considerado incapaz para o serviço público, ocorrerá a aposentadoria do respectivo agen-
te público.
Reversão é o retorno à atividade do servidor anteriormente aposentado. A reversão poderá
ocorrer de duas formas: a) Por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes
os motivos da aposentadoria; b) No interesse da administração, desde que, neste caso, o ser-
vidor obedeça a uma série de regras.
O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela administração pública,
para que o servidor público em disponibilidade volte a exercer suas atividades.
Recondução é a forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor ao cargo ante-
riormente ocupado. Duas são as hipóteses de recondução previstas para os servidores públi-
cos federais: a) inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; b) reintegração do
anterior ocupante.
A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo anterior-
mente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de todas
as vantagens. Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administrativa
ou judicial.
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial da União, o nomeado tem
o prazo de 30 dias para tomar posse. Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação
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será declarado sem efeito, uma vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor
público, fato que apenas ocorre com a posse.
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais
da administração pública federal. E como forma do servidor conhecer o local da repartição
para onde foi nomeado e se organizar-se melhor com relação a mudanças, hospedagem e
demais procedimentos, a Lei 8.112/1990 faculta ao servidor o prazo de 15 dias, contados da
posse, para a entrada em exercício.
Caso o servidor anteriormente empossado não entre em exercício no prazo legal, teremos,
ao contrário do que ocorre com a nomeação, a exoneração do servidor, uma vez que, confor-
me anteriormente mencionado, a posse é o momento em que o particular passa a constar
nos assentamentos funcionais da administração, sendo considerado, a partir de então, servi-
dor público.
A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de cargo
efetivo, o estágio probatório, período de avaliação onde diversos fatores são levados em conta
para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público. O prazo do estágio probató-
rio é de 36 meses (3 anos).
Tendo o servidor sido aprovado no estágio probatório, passa a adquirir a estabilidade, que,
ressalta-se, vale para todo o serviço público, e não apenas para o cargo público que o servidor
eventualmente ocupa.
Caso não seja aprovado, os efeitos, para o servidor, poderão ser dois:
a) Caso o servidor já seja estável, terá ele direito de ser reconduzido ao cargo anterior-
mente ocupado. Nesta hipótese, caso o cargo anteriormente ocupado já esteja preenchido por
outra pessoa, o servidor inabilitado será aproveitado em outro, a critério da administração.
b) Caso o servidor não seja estável, a inabilitação no estágio probatório acarreta a exone-
ração do cargo público, oportunidade em que o vínculo com o Poder Público é rompido.
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Após três anos de serviço público, o servidor adquire a estabilidade. Sendo estável, apenas
poderá perder o cargo em quatro situações: a) em virtude de sentença judicial transitada em
julgado; b) mediante processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla
defesa; c) o procedimento de avaliação periódica; d) redução de despesas quando os entes
federativos não observarem o limite máximo de gastos com pessoal.
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Remoção Redistribuição
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Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos e estará obrigado
a um rol não menos importante de obrigações. Como estamos no meio de órgãos ou entida-
des que possuem alto grau de hierarquia em suas estruturas, é de extrema importância que
o servidor tenha meios de pleitear os direitos que lhe são próprios nas situações em que se
sentir coagido ou em que houver descaso por parte dos seus superiores. Tais situações são
atendidas por meio do direito de petição.
O direito de requerer prescreve:
a) em 5 anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponi-
bilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;
b) em 120 dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Enquadram-se no conceito de responsabilidade
civil todas as ações ou omissões do servidor público que, agindo em nome da administração,
cause algum dano ao particular ou ao próprio Poder Público. A responsabilidade penal abran-
ge os crimes e contravenções imputadas ao servidor. A responsabilidade administrativa, por
sua vez, resulta de ato omissivo ou comissivo praticado pelo servidor no desempenho do cargo
ou função.
São as seguintes as penalidades passíveis de aplicação aos servidores públicos federais:
I – advertência; II – suspensão; III – demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibili-
dade; V - destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função comissionada.
Antes da aplicação de toda e qualquer penalidade deve ser garantido o contraditório e a
ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
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Assim como informado, a reversão é uma forma de provimento de cargo público, implicando no
retorno à atividade do servidor aposentado. Nos termos legais, uma das hipóteses de reversão
é quando a junta médica declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria por invalidez.
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A exoneração causa a vacância do cargo público, mas pode ocorrer tanto a pedido do servidor
quanto de ofício. De acordo com a Lei 8.112/1990, a exoneração de ofício ocorrerá em duas
situações: a) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; b) quando, tendo to-
mado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por ses-
senta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.
Errado.
Nos termos do artigo 134, temos a previsão de que “Será cassada a aposentadoria ou a dispo-
nibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão”.
Certo.
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Apenas a nomeação realizada em caráter efetivo é que depende da aprovação prévia em con-
curso público de provas ou de provas e de títulos. Nos cargos em comissão, em sentido opos-
to, não há necessidade de aprovação em concurso público.
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de
prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de
classificação e o prazo de sua validade.
Errado.
Toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade,
tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou
impor obrigações aos administrados ou a si própria.
Os fatos administrativos, por sua vez, são realizações materiais e concretas da adminis-
tração, podendo ser alcançados tanto por meio da edição de atos administrativos quanto pela
realização de eventos alheios à vontade do Poder Público. Nota-se, desta forma, que temos
duas formas distintas de chegarmos ao fato administrativo: por meio da edição de um ato
administrativo ou por meio de um evento externo, alheio à vontade do Poder Público.
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Ainda que a administração pública seja quem mais pratique atos administrativos, devemos
ter em mente que todos os demais poderes também o fazem, ainda que de maneira atípica.
Assim, os atos administrativos não são uma exclusividade do Poder Executivo.
Cinco são os requisitos dos atos administrativos: competência, finalidade, forma, motivo e
objeto. Dos requisitos presentes, apenas a competência, a finalidade e a forma sempre estão
presentes em todo e qualquer ato administrativo. O motivo e o objeto, dessa forma, caracte-
rizam o chamado mérito administrativo, que é a valoração da conveniência e da oportunidade
que a lei deixa a cargo dos agentes competentes.
A competência pode ser conceituada como o poder, definido em lei, para que um agente
público possa realizar determinados atos administrativos.
A finalidade é uma das características que norteia toda a administração pública, sendo, in-
clusive, uma das hipóteses de utilização do princípio da impessoalidade. No que se refere aos
atos administrativos, podemos identificar duas finalidades:
a) finalidade geral (mediata), que é aquela que norteia toda a administração pública em
todas as suas atividades. Tal finalidade pode ser definida como a obrigação que os entes pú-
blicos possuem de garantir o bem-estar da população, não estando restrita a uma determinada
manifestação ou ato, mas sim a todas as atividades do Poder Público.
b) finalidade específica (imediata), que é aquela que o ato administrativo deseja alcançar.
Tal finalidade está diretamente relacionada com um ato específico editado pela administra-
ção pública.
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Os requisitos são elementos para que os atos administrativos possam existir, ao passo
que os atributos são prerrogativas que os atos dispõem para atingir seus objetivos.
Sobre as formas de desfazimento do ato administrativo, temos três clássicas maneiras:
anulação, revogação e convalidação.
A anulação pode ser feita pela própria administração, baseada no seu poder de autotute-
la, ou pelo judiciário, desde que provocado. A anulação sempre é um controle de Legalidade,
jamais entrando no Mérito Administrativo. A anulação possui efeitos retrospectivos, sendo
que seus efeitos retroagem até a data da prática do ato. Por isso mesmo, costuma-se dizer
que seus efeitos são ex-tunc. No entanto, mesmo em caso de anulação, os efeitos produzidos
pelos atos, para terceiros de boa-fé, devem prevalecer.
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A revogação, por sua vez, é a possibilidade da administração que produziu o ato (e apenas
ela) retirar o mesmo do mundo jurídico por razões de conveniência e oportunidade. A revo-
gação adentra no mérito administrativo, possuindo efeitos prospectivos, também chamados
pela doutrina de ex-nunc;
A revogação pode incidir apenas sobre atos discricionários, sendo um controle de mérito.
Já a anulação pode incidir sobre atos vinculados ou discricionários, desde, claro, que seja para
analisar a ilegalidade dos mesmos;
A convalidação decorre da teoria dualista, através da qual os atos poderiam ser sana-
dos quando o vício decorresse dos requisitos competência (em razão da pessoa) e da forma
(quando esta não for indispensável).
A anulação, a revogação e a convalidação podem ser mais bem visualizadas por meio da
tabela a seguir:
Opera
Opera retroativamente Opera retroativamente
prospectivamente
(eficácia ex-tunc) (eficácia ex-tunc)
(eficácia ex-nunc)
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Direitos Deveres
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Direitos Deveres
O processo administrativo não pode ser confundido com o processo judicial. Assim, inde-
pendente da fase de tramitação do processo administrativo, este sempre poderá ser levado ao
crivo do Poder Judiciário, uma vez que vigora, em nosso ordenamento, o princípio da inafas-
tabilidade de jurisdição. Podemos visualizar as diferenças entre os dois tipos de processo da
seguinte forma:
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No âmbito federal, a regra é que os recursos não possuam efeito suspensivo. Caso, no en-
tanto, haja receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação, a autoridade poderá dar ao recurso
efeito suspensivo.
Uma vez interposto o recurso (cujo prazo é, em regra, de 10 dias), a autoridade compe-
tente possui o prazo de 30 dias para tomar a decisão. Em caso de necessidade, o prazo para
decisão poderá ser prorrogado por igual período.
A competência pode ser conceituada como o poder, definido em lei, para que os agentes
públicos possam realizar todos os atos administrativos necessários à resolução do processo
administrativo. A competência poderá ser objeto de delegação ou avocação do seu exercício.
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A regra é que a competência possa ser delegada, salvo nas hipóteses em que a lei veda
tal possibilidade. Em sentido oposto, a avocação não poderá ser utilizada, salvo nas hipóteses
previstas em lei.
As diferenças entre a avocação e a delegação podem ser mais bem visualizadas no qua-
dro abaixo:
Delegação Avocação
Três são as espécies de pessoas que possuem o direito à prioridade de tramitação no âm-
bito do processo administrativo federal:
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Noções de Direito Administrativo
Diogo Surdi
A decisão coordenada:
a) não exclui a responsabilidade originária de cada órgão ou autoridade envolvida;
b) obedecerá aos princípios da legalidade, da eficiência e da transparência;
c) utilizará, sempre que necessário, a simplificação do procedimento e a concentração das
instâncias decisórias;
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Noções de Direito Administrativo
Diogo Surdi
Prazo Evento
Prática de qualquer ato processual, quando 5 dias, podendo ser dilatado por igual
não houver um prazo específico período em caso de motivo justificado
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Noções de Direito Administrativo
Diogo Surdi
Assim como afirma a questão, o motivo, enquanto requisito ou elemento, pode ser entendido
como o pressuposto de fato ou de direito que fundamenta o ato administrativo.
Certo.
A competência não é atributo, mas sim um elemento ou requisito dos atos administrativos.
Errado.
O ato administrativo realmente pode ser posto em execução pela própria administração públi-
ca. Contudo, o atributo que fundamenta esta possibilidade é a autoexecutoriedade.
Errado.
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Noções de Direito Administrativo
Diogo Surdi
A questão corretamente elenca duas situações em que a decisão coordenada não poderá
ser aplicada.
Em caso de ilegalidade, o que deve ocorrer é a anulação, e não a revogação. Ao passo que a
anulação trata-se de um juízo de legalidade, a revogação é aplicada quando o ato não for mais
conveniente para os interesses da Administração Pública.
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Errado.
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Noções de Direito Administrativo
Diogo Surdi
O Governo destina-se à formulação das políticas públicas, sendo formado por agentes po-
líticos que atuam com amplo grau de liberdade.
A Administração Pública destina-se à execução das políticas públicas, sendo formada por
agentes administrativos subordinados hierarquicamente.
Em sentido amplo, a administração compreende tanto as atividades de elaboração das po-
líticas públicas quanto a sua respectiva execução. Em sentido estrito, a administração pública
possui um conceito bem mais limitado, não compreendendo em seu campo de atuação os
agentes políticos e as atividades destinadas à elaboração das políticas públicas. Trata-se do
sentido adotado em nosso ordenamento jurídico.
Em sentido subjetivo, orgânico ou formal, a administração pública compreende todos os
órgãos, entidades e agentes que desempenham, de alguma forma, a atividade administrativa.
Em sentido objetivo, funcional e material, por outro lado, temos que nos preocupar em saber
“o que” é administração pública em nosso ordenamento.
Trata-se de uma
Trata-se da atividade de
Trata-se de uma pessoa expressão política
executar as políticas públicas
jurídica de direito público destinada a formular
elaboradas pelo Governo
políticas públicas
É composta pelos
É composta pela
É composto pelos agentes políticos, tais
administração direta, pela
elementos povo, território como os Chefes do
administração indireta e
e governo soberano. Poder Executivo e os
pelos agentes públicos
Parlamentares.
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Noções de Direito Administrativo
Diogo Surdi
A origem do Direito Administrativo, bem como a sua definição como um ramo autônomo
do Direito, está intimamente ligada à Revolução Francesa, ocorrida em 1789, e com os ideais
de “liberdade, igualdade e fraternidade”.
O Direito Administrativo pode ser conceituado como o ramo do Direito Público que disci-
plina as atividades e os órgãos estatais para o funcionamento da Administração Pública. O
objetivo do Direito Administrativo é a manutenção do bem-estar de toda a coletividade.
Pode-se dizer que o Direito Administrativo é formado, essencialmente, de elementos dou-
trinários e jurisprudenciais, ainda que existam, em nosso ordenamento jurídico, diversas leis
que tratam de assuntos estritamente ligados a este ramo do direito.
E por tratar-se de um ramo jurídico formado, basicamente, por elementos formulados pelos
autores administrativistas, nada mais natural do que o seu objeto se modificar substancial-
mente com o passar do tempo, uma vez que as necessidades da sociedade e os direitos por
ela exigidos não são uniformes no tempo, exigindo, por isso mesmo, uma constante modifica-
ção das prerrogativas e sujeições conferidas ao Estado.
De acordo com o critério legalista (também conhecido como escola legalista), o Direito
Administrativo compreenderia apenas as leis de um determinado ordenamento jurídico. Sa-
lienta-se que o vocábulo lei compreendia todas as normas que tinham como objetivo regula-
mentar as relações jurídicas firmadas entre o Estado e os particulares.
Por intermédio do critério do Poder Executivo, o objeto do Direito Administrativo compreen-
deria as leis e demais normas destinadas a regulamentar as atividades do Poder Executivo.
De acordo com o critério do serviço público, o Direito Administrativo regularia apenas as
normas referentes a estes serviços, não compreendendo as atividades administrativas nega-
tivas (limitadoras de direito) desempenhadas pelo Estado, tal como as decorrentes do poder
de polícia ou da intervenção.
Pelo critério das relações jurídicas, o Direito Administrativo é reconhecido como o conjunto
das relações travadas entre a administração pública e os particulares.
O critério teleológico foi proposto pelo professor italiano Vitório Emanuelle Orlando, que
afirmava que o objeto do Direito Administrativo era “o sistema dos princípios que regulam a
atividade do Estado para o cumprimento de seus fins”.
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De acordo com o critério negativo, o objeto do Direito Administrativo seria encontrado por
exclusão, ou seja, após a retirada das atividades legislativa e judicial.
De acordo com o critério da administração pública, o objeto do Direito Administrativo seria
o conjunto de princípios e normas que regem a administração pública e a relação desta com
os administrados.
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Derivam das normas tanto os princípios quanto as regras, de forma que conseguimos di-
ferenciar as duas espécies por meio das seguintes características:
Princípios Regras
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Indisponibilidade do Interesse
Supremacia do Interesse Público
Público
Abrange não só as leis, como também Abrange apenas as leis que forem
as medidas provisórias e os decretos editadas de acordo com o processo
autônomos legislativo
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Noções de Direito Administrativo
Diogo Surdi
Menor densidade, uma vez que a Maior densidade, pois devem observar
edição de um decreto autônomo, todos os trâmites estabelecidos no
por exemplo, é menos complexa que processo legislativo (quórum, maioria
uma lei de votação)
A impessoalidade pode ser vista sob três aspectos: como a finalidade de toda e qualquer
atividade administrativa, como a obrigatoriedade de tratamento isonômico para os adminis-
trados e como a vedação à promoção pessoal do Agente Público com base nas atividades da
Administração Pública.
A moralidade liga-se diretamente aos conceitos de probidade, decoro e boa-fé. Ao elencar
a moralidade como princípio, o legislador constitucional pretendeu que o administrador público
não obedecesse apenas aos comandos expressos em lei, originando o termo não juridicização.
A publicidade pode ser vista sob dois aspectos: como a necessidade de que todos os atos
administrativos sejam publicados para que possam produzir seus efeitos e como a necessida-
de de transparência, por parte da Administração Pública, no exercício de suas funções.
A eficiência está ligada à ideia de administração gerencial, objetivando a redução de des-
perdícios e um melhor resultado na relação custo x benefício.
Controle realizado nas atividades meio Controle realizado nas atividades fins
Pela autotutela, a administração pode anular ou revogar os seus próprios atos, sem ne-
cessidade de recorrer ao Poder Judiciário. Tal princípio está presente na Súmula 473 do STF:
JURISPRUDÊNCIA
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
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Noções de Direito Administrativo
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Através da segurança jurídica, são protegidos o direito adquirido, ato jurídico perfeito e a
coisa julgada.
A razoabilidade e a proporcionalidade obrigam que exista uma relação entre os meios e
fins empregados.
Pelo princípio da especialização, ocorre a criação das entidades da Administração Indireta,
que se tornam especialistas em suas áreas de atuação.
Pela continuidade dos serviços públicos, estes, em regra, não podem ser paralisados, uma
vez que tal situação poderia prejudicar toda a coletividade.
A motivação exige que a Administração Pública indique os fundamentos de fato e de direi-
to de suas decisões. Como regra, todos os atos administrativos devem ser motivados, sendo
exceção a demissão de agentes públicos ad nutum.
A sindicabilidade configura a possibilidade de qualquer lesão ou ameaça de lesão ser
levada ao controle do Poder Público, tanto pela administração que editou o ato quanto pelo
Poder Judiciário.
De acordo com a responsividade, cumpre aos gestores públicos a prestação de contas da
sua gestão para com o povo, verdadeiro titular do múnus público.
A sancionabilidade, no Direito Administrativo, pode estar presente em todas as suas atua-
ções, de forma a incentivar determinadas condutas por meio de sanções premiais (benefícios)
e desencorajar outras condutas por meio das sanções aflitivas (Punições).
De acordo com a subsidiariedade, as atividades essenciais à coletividade ficariam sob
a responsabilidade do Estado, uma vez que sua delegação poderia pôr em risco o bem-estar
social e a segurança jurídica da coletividade.
Os serviços públicos não podem ser confundidos com a atividade do poder de polícia, ain-
da que o resultado alcançado por ambos seja o mesmo: o bem-estar de toda a coletividade.
Podemos relacionar as diferenças entre os dois institutos por meio do seguinte gráfico:
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Três são os critérios utilizados para que possamos identificar uma atividade como servi-
ço público;
Por meio do critério subjetivo, é levado em conta a pessoa que está prestando o serviço,
só sendo considerado serviço público, por isso mesmo, aqueles prestados pela administra-
ção pública;
Com base no critério material, a atividade é que tem importância, sendo que apenas as
atividades de maior importância para a população é que são consideradas serviço público;
O critério formal é o que considera serviço público apenas as atividades regidas pelo di-
reito público;
Nos dias atuais, não há necessidade de obedecermos aos três critérios para que a ativida-
de seja considerada serviço público, bastando para tal a obediência a um ou mais dos critérios;
Por sermos um Estado democrático de direito, em nosso país, apenas será serviço público
as atividades que o nosso ordenamento jurídico identifique como tal;
Importante mandamento constitucional afirma que a titularidade dos serviços públicos
pertence ao poder público, que pode executar os mesmos diretamente ou mediante delega-
ção à particulares. Tal disposição encontra-se presente no artigo 175 da Constituição Federal,
de seguinte teor: “Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de con-
cessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.”
No tocante à classificação dos serviços públicos, temos que memorizar o seguin-
te esquema:
Utilidade pública:
Públicos: indispensáveis para ainda que não sejam
Essencialidade a manutenção do bem-estar indispensáveis, são
da coletividade. comodidades que são
oferecidas aos cidadãos.
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Concessão Permissão
Pode ser celebrado com pessoas Pode ser celebrado com pessoa física
jurídicas ou consórcio de empresas ou jurídica
O contrato não pode ser revogado O contrato pode ser revogado pelo
unilateralmente poder concedente
Com relação às formas de extinção dos serviços públicos, temos que saber o conceito e a
diferenciação entre as diferentes possibilidades.
O advento do termo contratual ocorre com o término do prazo anteriormente contratado.
A encampação ocorre com a retomada do serviço público pela administração, por razões
de interesse público;
A caducidade, ao contrário do que ocorre com os atos administrativos, implica na inexecu-
ção total ou parcial, por parte do particular, das normas de contrato;
Já a rescisão ocorre quando o poder público deixa de obedecer às normas contratuais,
sendo sempre judicial em virtude do princípio da continuidade do serviço público.
A anulação não oferece maiores complicações, ocorrendo quando a administração verifi-
car vícios insanáveis e operando retroativamente;
A falência ou falecimento do empresário individual também acarreta a extinção do serviço
público, uma vez que os contratos administrativos possuem como uma de suas principais ca-
racterísticas o fato de serem intuitu personae.
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De acordo com o princípio da autotutela, a Administração Pública pode tanto anular quanto
revogar os atos administrativos por ela editados. Esta possibilidade de revisão, por sua vez,
pode ser melhor visualizada através da Súmula 473 do STF, de seguinte redação:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 473 – STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressal-
vada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Certo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
Errado.
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A concessão não pode ser realizada com pessoas físicas, mas sim apenas com pessoas jurí-
dicas ou com consórcios de empresas.
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A teoria da irresponsabilidade afirmava que o rei era uma entidade enviada por Deus e que,
por isso mesmo, não cometia erros. Assim, ainda que houvesse situações em que a adminis-
tração pública causasse danos à população, a responsabilização jamais ocorreria. Importante
salientar que a teoria da irresponsabilidade não chegou a vigorar majoritariamente em nosso
país. No entanto, a mesma é utilizada, nos dias atuais, para a responsabilização dos atos le-
gislativos e judiciários.
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Ainda que seja uma teoria de caráter subjetivo (com a necessidade da comprovação de
dolo ou culpa no desempenho do serviço público prestado), a teoria da culpa administrativa
foi um dos maiores avanços no âmbito da responsabilização estatal. Basta observarmos, por
exemplo, que tal teoria é a utilizada, em nosso ordenamento, para as hipóteses de omissão ou
falha na prestação dos serviços públicos, sendo exigidos, para sua configuração, os seguintes
elementos:
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Obs.: As situações em que a teoria do risco integral são admitidas são as seguintes:
a) o dano decorrente de operações nucleares;
b) os atentados terroristas em aeronaves;
c) o dano ambiental;
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A teoria do risco social pode ser entendida como a coletivização da responsabilidade ob-
jetiva. Nestas situações, ainda que o particular tenha sofrido um dano, é a coletividade (nor-
malmente por meio das contribuições tributárias) que financia a responsabilização.
As teorias de responsabilização apresentadas podem ser resumidas por meio do seguinte
quaro sinótico:
Teoria da
O Estado jamais era responsabilizado pelos danos
irresponsabilidade
causados.
estatal
As teorias subjetivas são assim chamadas pelo fato de haver a necessidade de compro-
vação da culpa do agente público ou da falha ou omissão dos serviços prestados. O sujeito
da prestação do serviço público deve ter atuado com culpa ou dolo.
Nas teorias objetivas, ao contrário, não há a necessidade de tal comprovação. Uma vez
ocorrido o dano, ainda que este não seja resultante de culpa ou dolo do Poder Público, caberá
ao Estado indenizar o particular.
Estabelece a Constituição Federal (artigo 37, §6º) que
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A previsão estabelece a teoria do risco administrativo. De acordo com esta teoria, as pes-
soas que estão obrigadas a responder pelos danos causados a particulares podem ser dividi-
das em dois grupos:
a) pessoas jurídicas de direito público: toda a administração direta, as autarquias e funda-
ções públicas e as empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de servi-
ços públicos.
b) pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos: são as delegatá-
rias de serviço público (concessionárias, permissionárias e autorizatárias).
O fluxo da ação de responsabilização civil pode ser visualizado da seguinte forma:
a) Inicialmente, o agente público, agindo em nome do Estado, pratica uma ação (indepen-
dente de ser ou não com dolo ou culpa) que resulta em dano ao particular.
b) Comprovado o dano, o Estado deve indenizar o particular pelos prejuízos causados,
conforme ação de indenização proposta por este.
c) Tendo indenizado o particular, o Poder Público pode, nos casos em que tiver ocorrido
dolo ou culpa do agente público, ajuizar a competente ação regressiva.
Enquanto a ação de indenização proposta pelo particular lesado possui natureza objetiva
(uma vez que independe de dolo ou culpa do agente público para a sua configuração), a ação
regressiva possui natureza subjetiva (de forma que apenas poderá ser proposta caso o Estado
comprove que o seu agente praticou a ação com dolo (intenção) ou culpa).
Diferentemente do que ocorre com os danos decorrentes de ações do Poder Público, não
há uma disposição constitucional que regulamente qual a teoria a ser utilizada quando esta-
mos diante de omissão de serviço público por parte do Estado. Coube à jurisprudência, neste
sentido, estabelecer que a teoria a ser utilizada seria a da culpa administrativa.
Por meio de tal teoria, temos que o Estado está obrigado a indenizar os particulares que ti-
verem sofrido danos decorrentes de omissão do serviço público ou de falha na sua prestação.
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Diferentemente do que ocorre com os atos emanados pela administração pública, os atos
legislativos e judiciais não admitem, em regra, a responsabilização estatal. Vigora para tais
atos, por isso mesmo, a teoria da irresponsabilidade estatal.
No tocante aos atos legislativos, duas são as possibilidades apontadas pela doutrina em
que cabe a responsabilização estatal:
a) leis de efeitos concretos: Normalmente, as normas editadas pelo poder legislativo pos-
suem as características da generalidade (destinadas a toda a coletividade) e da abstração
(não tratarem de situações concretas, mas sim de casos em tese).
b) leis declaradas inconstitucionais pelo STF: No âmbito do Direito Constitucional, temos que
o controle de constitucionalidade das leis pode ser exercido de duas formas: por meio do controle
difuso (onde a declaração de inconstitucionalidade atinge apenas aquele que ajuizou a ação) e por
meio do controle concentrado (onde a declaração tem efeitos para toda a coletividade).
Em ambos os casos, caso haja a declaração de inconstitucionalidade pelo STF (e apenas
por este), poderá haver a responsabilização pelos danos causados aos particulares.
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Para que o Estado seja responsabilizado pelos danos causados por João, há a necessidade de
que este tenha agido na condição de servidor público. Isso implica em afirmar que os atos pra-
ticados na vida particular de João não serão objeto de responsabilização por parte do Poder
Público, uma vez que não estão relacionados com a condição de agente estatal.
Certo.
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Se um agente público causar dano a determinada pessoa, deverá o Estado, como regra geral,
indenizar o particular. No entanto, caso a conduta do particular lesado tiver contribuído para o
resultado, a indenização devida pelo Estado deverá sofrer redução proporcional à extensão da
conduta do particular que tiver contribuído para o resultado danoso, sendo esta, inclusive, uma
situação de atenuação da responsabilidade.
Certo.
Na situação apresentada, o particular foi lesado em razão de uma omissão do Poder Público
(a falta de manutenção da placa de sinalização de trânsito). Sendo assim, o proprietário do
automóvel deverá ser indenizado em razão da conduta omissiva do Estado.
Certo.
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 4: Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário-mínimo não
pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou
de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo
disciplinar não ofende a Constituição.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 6: Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração infe-
rior ao salário-mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessora-
mento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função grati-
ficada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designa-
ções recíprocas, viola a Constituição Federal.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 15: O cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor público
não incide sobre o abono utilizado para se atingir o salário-mínimo.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 16: Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição,
referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 42: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de
servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao
servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provi-
mento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 44: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de
candidato a cargo público.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 55: O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores
inativos.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 11: A vitaliciedade não impede a extinção do cargo, ficando o funcionário em dis-
ponibilidade, com todos os vencimentos.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 14: Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscri-
ção em concurso para cargo público.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 15: Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito
à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 16: Funcionário nomeado por concurso tem direito à posse.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 17: A nomeação de funcionário sem concurso pode ser desfeita antes da posse.
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 22: O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 346: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 347: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a cons-
titucionalidade das leis e dos atos do poder público.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 365: Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 429: A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o
uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 681: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores
estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 682: Não ofende a Constituição a correção monetária no pagamento com atraso
dos vencimentos de servidores públicos.
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 683: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em
face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atri-
buições do cargo a ser preenchido.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 684: É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a con-
curso público.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 685: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em
cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 686: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato
a cargo público.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 173: Compete à Justiça Federal processar e julgar o pedido da reintegração em
cargo público federal, ainda que o servidor tenha sido dispensado antes da instituição do
Regime Jurídico Único.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 218: Compete à Justiça dos Estados processar e julgar ação de servidor estadual
decorrente de direitos e vantagens estatutárias no exercício de cargo em comissão.
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula 266: O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na
posse e não na inscrição para o concurso público.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 373: É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso
administrativo.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 377: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso
público, às vagas reservadas aos deficientes.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 378: Reconhecido o desvio de função, o servidor faz jus às diferenças salariais.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 552: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiên-
cia para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 634: Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na Lei de
Improbidade Administrativa para o agente público.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 651: Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor público a pena de
demissão em razão da prática de improbidade administrativa, independentemente de
prévia condenação, por autoridade judiciária, à perda da função pública.
3. Novidades Legislativas
Ainda que os pontos exigidos no edital já tenham sido apresentados, é importante conhe-
cermos as principais novidades legislativas da disciplina de Direito Administrativo, haja vista
que o CESPE tem o costume de exigir tais alterações nas provas em que organiza.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para facilitar a compreensão, relaciono, por meio do gráfico a seguir, as novidades do Direi-
to Administrativo pertinentes ao conteúdo programático do edital:
Lei Objeto de
Principais Modificações
Alteração
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Lei Objeto de
Principais Modificações
Alteração
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Lei
Objeto de Principais Modificações
Alteração
j) O agente público será sancionado com as seguintes penas pela prática de ato de
improbidade administrativa:
- Enriquecimento ilícito: perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 anos, pagamento de
multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com
o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
pelo prazo não superior a 14 anos.
- Lesão ao Erário: perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos
políticos até 12 anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição
de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 anos.
- Violação dos Princípios da Administração Pública: pagamento de multa civil de até
24 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com
o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário,
pelo prazo não superior a 4 anos;
Lei k) É vedada a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 salários mínimos
8.429/1992 depositados em caderneta de poupança, em outras aplicações financeiras ou em conta
corrente. Também é vedada a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu,
salvo se comprovado que o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida.
l) A ação para a aplicação das sanções previstas em razão da prática de improbidade
administrativa será proposta pelo Ministério Público.
m) Não se aplicam na ação de improbidade administrativa:
- a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em caso de revelia;
- a imposição de ônus da prova ao réu;
- o ajuizamento de mais de uma ação de improbidade administrativa pelo mesmo fato,
competindo ao Conselho Nacional do Ministério Público dirimir conflitos de atribuições
entre membros de Ministérios Públicos distintos;
- o reexame obrigatório da sentença de improcedência ou de extinção sem resolução de
mérito.
n) O Ministério Público poderá, conforme as circunstâncias do caso concreto, celebrar
acordo de não persecução civil, desde que dele advenham, ao menos, os seguintes
resultados: o integral ressarcimento do dano; a reversão à pessoa jurídica lesada da
vantagem indevida obtida, ainda que oriunda de agentes privados.
o) A ação para a aplicação das sanções previstas prescreve em 8 anos, contados a
partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que
cessou a permanência.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Lei
Objeto de Principais Modificações
Alteração
Com a entrada em vigor da Nova Lei das Licitações, a concessão de serviço público
Lei e a concessão de serviço público precedida da execução de obra pública passaram a
8.987/1995 contar com a possibilidade de realização de licitação, também, na modalidade diálogo
competitivo, e não apenas na modalidade concorrência.
Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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