Alimentação de Tilápias
Alimentação de Tilápias
Alimentação de Tilápias
BOTUCATU - SP
Julho – 2008
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
CÂMPUS DE BOTUCATU
BOTUCATU - SP
Julho – 2008
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO
DA INFORMAÇÃO – SERVIÇO TÉCNICO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - UNESP - FCA
- LAGEADO - BOTUCATU (SP)
Agradecimentos
A Deus, por iluminar meu caminho, pelas forças para persistir e por ter permitido o feliz
sucesso.
Ao Prof. Luiz Edivaldo Pezzato, pelo acolhimento, orientação, e amizade que permitiram
meu crescimento profissional;
Aos membros das bancas examinadoras professores doutores Dirlei Antonio Berto, Pedro
de Magalhães Padilha, Teresa Cristina Ribeiro Dias Koberstein, Claudio Luiz Bock e Luiz
Edivaldo Pezzato pelos consideráveis aportes para o aperfeiçoamento deste trabalho;
Aos professores Pedro de Magalhães Padilha, Antonio Celso Pezzato, Dirlei Antonio Berto,
Margarida Maria Barros, e Ricardo de Oliveira Orsi, pelo ensino, respeito e incentivo;
A minha esposa Blanca pelo amor, amizade e apoio incondicional, pelas contribuições no
desenvolvimento desta pesquisa, pela paciência; aos meus filhos Ana María Carolina e
Camilo Andrés e à minha sogra Estrella pelo amor, carinho, apoio e incentivo.
Aos meus colegas do laboratório AquaNutri da FMVZ, André, Willian Vicente, Geisa
Karine, Daniel, Fernando, Altevir, Ademir, João Fernando, Caroline, Dario, Igo, Vivian,
ii
Júlia, Giovanni, Leonardo, Rosângela, Martha, Graziela, pela amizade, respeito, auxilio e
contribuições prestadas na hora certa;
Aos colegas e amigos Gil, Marleide, Maria Antonieta e família, Doris e família, Fábio e
Lucia, Guido e Andréia, Edwin, Carlos, Gabriel, Luciana, Cláudia, Lucinei, Juan, Janaína,
Bruno, Cristina, Charli, Camila, Patrícia, Daniel e Luana, a todos eles meu muito obrigado
pelo alegre convívio.
A todos aqueles que de uma ou outra forma contribuíram para a realização de este
trabalho e com a nossa estadia no Brasil muito obrigado.
iii
SUMÁRIO
Página
INTRODUÇÃO GERAL ....................................................................... 01
Capitulo – I ..................................................................................... 03
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1. Nutrição mineral em peixes .............................................................. 04
1.1. Essencialidade e exigências nutricionais de minerais em peixes ......... 05
1.2. Disponibilidade dos minerais para peixes ........................................ 07
1.3. Critérios de avaliação do estado nutricional mineral em peixes .......... 08
2. Nutrição mineral em tilápias ............................................................. 09
2.1. Exigências nutricionais de minerais em tilápia .................................. 09
2.2. O fósforo na nutrição das tilápias ................................................... 11
2.2.1. Importância ............................................................................. 11
2.2.2. Funções e metabolismo .............................................................. 12
2.2.3. Exigências ................................................................................ 13
2.3. Disponibilidade/digestibilidade de fósforo para peixes ....................... 14
2.4. Relação Cálcio/Fósforo no balanceamento das rações ....................... 19
3. REFERÊNCIAS ................................................................................ 22
Capitulo – II .................................................................................... 30
Resumo …………………………………………………………………………………………………………. 55
Summary ………………………………………………………………………………………………………. 56
Introdução ........................................................................................ 56
Material e Métodos ............................................................................. 58
Resultados e Discussão ....................................................................... 61
Experimento – I (Fase de Crescimento) ................................................ 61
Experimento – II (Fase de Engorda) ..................................................... 63
Experimento – III (Fase de Acabamento) .............................................. 64
Conclusões ........................................................................................ 69
Literatura Citada …………………………………………………………………………………………… 70
Capitulo – IV ................................................................................... 84
Implicações ..................................................................................... 85
v
SUMÁRIO
Tabelas Página
Capitulo - I
Capitulo - II
Capitulo - III
SUMÁRIO
Figuras Página
Capitulo - II
Capítulo - I
4
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
cálcio, magnésio, sódio, potássio, ferro, zinco, cobre, cobalto e selênio. Outros
minerais como fósforo, cloro, enxofre, manganês e iodo, são absorvidos mais
efetivamente de fontes alimentares (Lall, 1989; Watanabe et al., 1997).
Segundo Davis & Gatlin III (1996) e Shiau (2002) existem, para diferentes
espécies de peixes, informações na literatura sobre as exigências quantitativas para
quatro macro minerais: cálcio, fósforo, magnésio e potássio. Em condições normais de
criação esses minerais podem ser absorvidos diretamente da água. Porém, o fósforo
por ser limitante deve ser suplementado nas rações. Por outro lado, o sódio, o
potássio e o cloro são os eletrolíticos mais abundantes no corpo animal e também são
absorvidos diretamente da água, desse modo sinais de deficiência são difíceis de
acontecer. O enxofre faz parte da estrutura dos aminoácidos sulfurados, pelo que é
também considerado elemento essencial.
Nem todos os minerais micro ou traço essenciais para vertebrados superiores
têm sido demonstrados como essenciais em peixes de criação (NRC, 1993; Watanabe
et al., 1997; Lall, 2002; 2007). Segundo NRC (1993) e Watanabe et al. (1997),
embora a maioria dos minerais essenciais conhecidos para animais terrestres também
sejam considerados necessários para algumas das espécies de peixes criados, deve-se
considerar exigências quantitativas apenas para cinco micro minerais (ferro, cobre,
manganês, zinco, e iodo) e dois minerais traço (selênio e cobalto).
Pode-se afirmar que são onze os minerais confirmados como essenciais para os
peixes: cálcio, fósforo, magnésio, ferro, cobre, manganês, zinco, selênio, iodo (NRC,
1993), potássio (Davis & Gatlin III, 1996) e cobalto (Watanabe et al., 1997). As
exigências quantitativas de minerais informadas para algumas espécies de peixes de
criação são resumidas na Tabela 1.
2.2.1. Importância
Na natureza o fósforo se encontra amplamente distribuído em combinação com
outros elementos. O fosfato se encontra em equilíbrio com o ácido fosfórico (H3PO4),
com o dihidrogenofosfato (H2PO4-) e com o hidrogenofosfato (HPO42-). O fosfato
pentavalente é a forma mais comum (PO43-), sendo componente essencial do
protoplasma; portanto, presente nos tecidos vegetais e animais (Strain & Cashman,
2002). A hidroxiapatita, Ca10 (PO4)6 (OH)2, tem o papel importante de ser o principal
material cristalino dos ossos, conferindo rigidez, resistência e suporte (Lall, 2002).
O fosfato livre também é chamado de fosfato inorgânico (fósforo inorgânico). O
fosfato covalentemente ligado aos açúcares, às proteínas e a outros componentes da
célula é chamado fosfato orgânico (fósforo orgânico). As concentrações de fósforo
total nos tecidos variam entre 7,8 e 20,2 mg/g de proteína, com exceção das células
especializadas de alto conteúdo de ácido ribonucléico (RNA) e dos tecidos nervosos de
alto teor de mielina onde o fósforo é mais abundante (Da Silva & Cozzolino, 2007).
Este mineral esta presente praticamente em todos os ingredientes alimentícios,
como mistura das formas inorgânica e orgânica. As fosfatases intestinais hidrolisam a
forma orgânica, e assim a maior parte da absorção acontece como fósforo inorgânico,
ocorrendo maior porcentagem de absorção total nos animais jovens do que nos
adultos (McDowell, 1992).
Como relatado por Martini (2006) e Da Silva & Cozzolino (2007) a absorção do
fósforo é feita no intestino delgado. No duodeno é absorvido por mecanismo de
transporte ativo com co-transporte do íon sódio. A taxa de transporte ativo é
aumentada pela presença do hormônio calcitrol, forma ativa da vitamina D3 (1,25
(OH)2D3). O transporte do fósforo no jejuno e íleo ocorre por mecanismo passivo. A
taxa de transporte do fósforo nesse caso é dependente principalmente da sua
concentração no lúmen e é independente dos níveis de outros nutrientes e da energia.
Cerca de dois terços do fósforo total são absorvidos pelo intestino, dependendo dos
ingredientes usados na mistura alimentar.
O fósforo se encontra nas rações como componente natural de moléculas
biológicas e com aditivo alimentar na forma de sais. Segundo Da Silva & Cozzolino
(2007) o fósforo inorgânico é rapidamente absorvido, com tendência a ser excretado
na urina. O fósforo presente nos ingredientes de origem animal se apresenta,
principalmente, na forma inorgânica hidroxiapatita, componente estrutural dos ossos,
de menor disponibilidade do que o conteúdo nos fosfatos de rocha (Steffens, 1987).
O fósforo dos vegetais ocorre principalmente na forma de ácido fítico
12
mg/dL se concentra na forma fósforo inorgânico (Da Silva & Cozzolino, 2007).
Os ácidos nucléicos, responsáveis pela informação genética, são polímeros
lineares de monômeros e nucleotídeos unidos por ligações fosfodiéster contendo de
um a três grupos fosfato (Martini, 2006). Muitas enzimas, hormônios e moléculas de
sinalização celular dependem da fosforilação para sua ativação. O fósforo também
auxilia a manutenção do equilíbrio ácido-básico e atua como importante tampão. A
molécula 2,3-difosfoglicerato (2,3-DPG) se liga à hemoglobina influenciando o
transporte de oxigênio para os tecidos. Portanto, o íon fosfato representa importante
papel no metabolismo de carboidratos, lipídeos, e aminoácidos; no metabolismo dos
tecidos musculares e nervosos; e nos processos metabólicos que envolvem função
tampão em fluidos de corpo (Lall, 2002). A deficiência de fósforo tem como
conseqüência aumento da gliconeogênese no fígado e, com isso, incremento na
síntese de ácidos graxos a partir dos aminoácidos (Takeuchi & Nakazoe, 1981).
Resultados experimentais destes mesmos autores e de Onishi et al. (1987),
comprovaram que baixas concentrações de fósforo no alimento originaram
quantidades elevadas de gordura em carpa comum (Cyprinus carpio).
Ogino & Kamizono (1975) alimentaram trutas arco-íris (Oncorhynchus mykiss)
com dietas isentas de minerais e, após duas semanas observaram diminuição do
apetite, retardo no crescimento e anemia hipocrômica microcítica e, em certa
porcentagem dos peixes, convulsão e morte. Os peixes sobreviventes apresentaram
escoliose, lordose e descamação de ossos craniais. Chow & Schell (1980) resumiram
os sintomas de deficiência e as exigências de 16 minerais para diversas espécies de
peixes e demonstraram que somente a deficiência de quatro deles, fósforo, magnésio,
ferro e iodo produziram sintomas evidentes.
2.2.3. Exigências
O fósforo é um mineral importante na nutrição animal, devido principalmente a
sua grande necessidade para crescimento, mineralização óssea e para o metabolismo
dos lipídios. A inclusão recomendada na dieta para evitar deficiências varia entre 0,29
e 0,75% de fósforo disponível, para a maioria dos peixes (Tabela 1). Na maioria das
espécies pesquisadas, os testes foram feitos com alevinos ou animais juvenis, sem
diferenciação criteriosa aparente dessas fases. Nas espécies, que apresentam
resultados em função do tamanho corporal, observam-se exigências diferenciadas,
com tendência de serem maiores para animais mais novos. De igual maneira, o
critério de avaliação influi nos resultados, sendo que variáveis de desempenho e
eficiência alimentar sugerem exigências mais baixas do que as variáveis de
composição das carcaças, músculos e ossos.
14
para o caso dos peixes), resistência dos ossos à compressão, deposição do mineral no
corpo, nos órgãos ou nos tecidos, níveis plasmáticos ou séricos desse elemento, são
expressos em proporções relativas aos obtidos com uma fonte teoricamente 100 %
disponível, normalmente um fosfato (NRC, 1993, 1994, 1998). As dietas usadas para
esse tipo de testes podem ser purificadas, semi-purificadas ou práticas. As principais
limitações desse tipo de teste são que os valores obtidos são comparativos e não
estimam a facção que sería utilizável (absorvida ou retida) pelo animal, e que as
respostas são dependentes do critério de avaliação escolhido (Jongbloed et al., 1999;
Rodehutscord et al., 2000). Desse modo deve ser descrita a fonte de referencia e o
critério (variável) escolhido (Jongbloed et al., 1999). As variáveis de desempenho não
são bons indicadores de disponibilidade entre grupos de fontes, uma vez que
precisamos de grandes diferenças para revelar resultados práticos.
Disponibilidade também é usada para descrever a fração de nutriente que é
retida no corpo do animal (ARC, 1981). Quantifica-se as frações do mineral excretadas
nas fezes e na urina, e por diferença pode ser estimada a fração retida no ganho.
Ambas as excreções fecal e urinaria podem ser quantificadas por colheita direta. A
fração urinária também pode ser calculada indiretamente conhecendo o consumo, a
excreção fecal e a retenção.
O fósforo está presente na maioria das fontes alimentares, porém sua
disponibilidade varia para as diferentes espécies de peixes. A maioria dos compostos
naturais de fósforo não é solúvel na água, somente em ácidos. A apatita e o fosfato
tricálcico presentes nos ossos somente se dissociam em meio ácido forte. Assim, há
diferença entre os peixes com estômago, onde ocorre secreção ácida e os que não os
têm (Hepher, 1993). Outros fatores que também afetam a disponibilidade do fósforo
são a relação Ca/P, as interação com outros minerais (Ca, Zn, Cu, Mg, Cu, F e Mn da
dieta), a Vitamina D3, o estado fisiológico do peixe, a fonte e processamento e a
presença e relação fósforo fítico / fitase, principalmente (Lall, 2002).
Alguns alimentos contêm quantidades suficientes de minerais. As leveduras de
petróleo e de cana são ricas em fósforo, porém deficientes em cálcio (Arai et al. 1975;
Pardo-Gamboa, 2008). Nesse sentido, Hepher (1993) destacou que o fosfato orgânico
da caseína e da levedura de petróleo é assimilado com alta eficiência tanto pela carpa
comum como pela truta arco-íris.
Nos vegetais, os minerais são menos disponíveis devido à presença do ácido
fítico que forma complexos (quelatos) e imobiliza os minerais tornando-os
inaproveitável (Cunha, 1967). Ketola (1975) adicionou 6 g de fósforo/kg a partir de
hidrogeno fosfato de cálcio (CaHPO4) em dietas para salmão e observou melhora no
crescimento, na conversão alimentar e no teor mineral dos ossos, quando comparado
16
nível de fósforo da ração, mas não com o nível de cálcio. Segundo esse autor, é difícil
estudar os efeitos da deficiência de cálcio em peixes devido ao fato do mesmo ser
absorvido ativamente da água, através das brânquias. Considerando que o cálcio é
absorvido diretamente da água e que ocorre em quantidades razoáveis nas dietas dos
peixes, a relação entre cálcio e fósforo não parece ser tão importante nas dietas dos
peixes quanto nas dos monogástricos terrestres, e a atenção deve ser direcionada às
exigências nutricionais de fósforo (Lall et al., 2007).
3. REFERÊNCIAS
ARAI, S.; MUELLER, R.; SHIMMA, Y.; NOSE, T. Effect of calcium supplement to yeast
grow on hidrocarbons as feedstuffs for rainbow trout. Bulletin of Freshwater
Fish Research Laboratory, v.25, p.33-40, 1975.
BOSCOLO, W.R.; FEIDEN, A.; REIDEL, A.; BROLL, F.; HOLDEFER, A.M.; DOS SANTOS,
R.V.; MARANHÃO, T.C.F. Exigência de fósforo da tilápia do Nilo (Oreochromis
niloticus) na fase de crescimento. Varia Scientia, Cascavel, v.3, n.1, p.115-
124, 2003.
CHOW, K.W.; SCHELL, W.R. The minerals. In: Fish Feed Technology. Aquaculture
development and cordination programme. FAO/UNDP, Italia-Roma: 1980.
p.104-108.
COON,C.; LESKE, K.; SEO, S. The availability os calcium and phosphorus in feedstuffs.
IN: McNab, M.J. & Boormn, K.N. (Eds). Poultry feddstuffs: supply,
composition and nutritive value. Cab International, 2002, p.151-179.
CUNHA, T.J. Present status on swine feeding and nutrition. Hoffmann La Roche.
Basle. 1967. 20p.
23
DAVIS, D.A.; GATLIN III, D.E. Dietary mineral requirements of fish and marine
crustaceans. Reviews in Fisheries Science, v.4, n.1, p.75-99, 1996.
DE SILVA S.S.; ANDERSON, T.A. Fish Nutrition in Aquaculture, Chapman & Hall,
London, 1995, 319p.
EID, A.E.; GHONIM, S.I. Dietay zinc requirement of fingerling Oreochromis niloticus.
Aquaculture, v.119, n.2-3, p.259-264, 1994.
EYA, J.C.; LOVELL, R.T. Net absorption of dietary phosphorus from various inorganic
sources and effect of fungal phytase on net absorption of plant phosphorus by
channel catfish, Ictalurus punctatus. Journal of world aquaculture society,
v.28, p.386-391, 1997.
GARROD, D.J.; NEWELL, B.S. Ring formation in Tilapia esculenta. Nature, v.181,
p.1411-1412, 1958.
24
HALVER, J.E. Fish nutrition and aquaculture diets - Fish nutrition consultancy
report. FAO. Seatle, Washington. 1991, 24p.
HILTON, J.W. The interaction of vitamins, mineral and diet composition in the diet of
fish. Aquaculture, v.79, p.223–244, 1989.
JOBLING, M. Fish Bioenergetics. Fish and fisheries. Series 13. London: Chapman &
Hall Eds. 1994. 309p.
VALLE, J.B.; FREIRE, E.S.; ZUANON, J.A.S. Iron requirement for Nile tilapia
Oreochromis niloticus. In: World Aquaculture 2003, Salvador – BA, Book of
Abstracts… Salvador – BA, WAS, 2003, v.1, p.82.
LALL, S.P. The Minerals. In: Halver, J.E. Ed. Fish Nutrition, San Diego: Academic
Press, p. 219-257, 1989.
LALL, S.P. The Minerals. In: Halver, J.E. & Hardy, R.W. Eds. Fish Nutrition, Third
Edition, Elsevier Science (USA), p.259-308, 2002.
LIM, C.; WEBSTER, C.D. Tilapia: Biology, Culture and Nutrition. Haworth Press,
New York. 2006, 705p.
MARTINI, L.A. Cálcio e fósforo. In: Vannucchi, H; Cardoso, M.A. Eds. Nutrição
Humana. Ed. Rio de Janeiro, RJ: Gaunabara koogan, 2006, v.1, p.219-236.
McDOWELL, L.R. Minerals in animal and human nutrition. Academic Press Limited, San
Diego, California, 1992, 524p.
MCKAY, L.R., GJERDE, B. Genetic variation for spinal deformity in Atlantic salmon
Salmo salar. Aquaculture, v.52, p.263–272, 1986.
McCLAIN, W.R.; GATLIN III, D.M. Dietary zinc requirement of Oreochromis aureus and
effects of dietary calcium and phytate on zinc bioavailability. Journal of the
World Aquaculture Society, v.19, p.103–108, 1988.
McDOWELL, L.R. Minerals in animal and human nutrition. Academic Press Limited,
26
MIRANDA, E.C; PEZZATO, A.C; PEZZATO, L.E; GRANER, C.F; ROSA, G.J; QUINTERO-
PINTO, L.G. Relação Cálcio/Fósforo Disponível em Rações para Tilápia do Nilo
(Oreochromis niloticus). Revista Brasileira de Zootecnia, v.29, n.6, p.2162-
2171, 2000.
NOSE, T.; ARAI, S. Recent advances on studies on mineral nutrition of fish in Japan.
In: T.V.R. Pillay and W.A. Dill. Eds. Advances in aquaculture. Farnham.
England: Fishing News, p.584-590, 1978.
O´CONNELL, J.P.; GATLIN, D.M. Effects of dietary calcium and vitamin D3 on weight
gain and mineral composition of the blue tilapia (Oreochromis aureus) in-
calcium water. Aquaculture, v.125, p.107–117, 1994.
PEZZATO, L.E; SANTA ROSA, M.J; BARROS, M.M; GOMES, I. Exigência em fósforo
disponível para alevinos de tilápia do Nilo. Ciência Rural, Santa Maria, v.36,
n.5, p.1600- 605, 2006.
RICHIE, M.; BROWN, P.B. Availability of phosphorus from feedstuffs fed to rainbow
trout, Oncorhynchus mykiss. Aquaculture, v.142, p.269-282, 1996.
ROBINSON, E.H.; RAWLES, S.D.; YETTE, H.E.; GREENE, L.W. An estimate of the
dietary calcium requirement of fingerling Tilapia aureus reared in calcium-free
water. Aquaculture, v.41, p.389–393, 1984.
ROBINSON, E.H.; LABOMASCUS, D.; BROWN, P.B.; LINTON, T.L. Dietary calcium and
phosphorus requirements of Oreochromis aureus reared in calcium-free water.
Aquaculture, v.64, p.267–276, 1987.
SÁ, M.B. DO C.; PEZZATO, L.E.; BARROS, M.M.; PADILHA, P.M. Optimum zinc
supplementation level in Nile tilapia Oreochromis niloticus juveniles diets.
Aquaculture, v.238, n.1-4, p.385-401, 2004.
SCOTT, M.L.; NESHEIR, M.C.; YOUNG, R.J. Nutrition of the chicken. M.L. Scott and
Associates. Ithaca, New York, USA. 1976.
SHIAU, S.Y.; HSIEH, J.F. Quantifying the dietary potassium requirement of juvenile
hybrid tilapia, Oreochromis niloticus × O. aureus. British Journal of
Nutrition, v.85, p.213–218, 2001.
SHIAU, S.Y. Tilapia, Oreochromis spp. In: Webster, C.D.; Lim, C. Eds. Nutrients
requirements and feeding of finfish for aquaculture. New York, USA: CAB
Internacional, 2002. p.273–292.
SHIAU, S.Y; SU, S.W. Ferric citrate is half as effective as ferrous sulfate in meeting
the iron requirement of juvenile tilapia, Oreochromis niloticus x O. aureus. The
Journal of Nutrition, v. 133, p. 483-488, 2003.
STRAIN, J.J. & CASHMAN, K.D. Minerais e oligoelementos. In: Gibney, J.; Vorster,
H.H.; Kok, F.J. Ed. Introdução à nutrição humana. Rio de Janeiro, RJ:
Guanabara – koogan, p.162-205. 2002.
SUGIURA, S.H.; DONG, F.M.; RATHBONE, C,K.; HARDY, R.W. Apparent protein
digestibility and mineral availabilities in various feeds ingredients for salmonid
feeds. Aquaculture, v.159, p.177-202, 1998.
SUGIURA, S.H.;. DONG, F.M.; HARDY, R.W. Primary responses of rainbow trout to
dietary phosphorus concentrations. Aquaculture Nutrition, v.6, p.235-245,
2000.
TAKEUCHI, M.; NAKAZOE, J. Effect of dietary phosphorus on lipid content and its
composition in carp. Bulletin of the Japanese Society of Scientific
Fisheries, v.47, p.347-352, 1981.
ULLREY, D.E. Fish. In: Pond, W.G.; Church, D.C.; Pond, K.R. Basic animal nutrition
and feeding. New York: J.W.S. Editor, p.547-565. 1995.
VAN DER PLOEG, M.; BOYD, C.E. Geosmin production by cyanobacteria (blue green
algae) in fish ponds at Auburn, Alabama. Journal of the World Aquaculture
Society, v.22, p.207-216, 1991.
VAN DER PLOEG, M.; TUCKER, C.S. Seasonal trends in flavor quality of channel
29
VIOLA, S.; ZOHAR, G.; ARIELI, Y. Phosphorus requirements and its availability from
different sources for intensive pond culture species in Israel. Part 1. Tilapia.
Bamidgeh. v.38, p.3-12, 1986a.
VIOLA, S.; ZOHAR, G.; ARIELI, Y. Requirements of phosphorus and its availability
from different sources for intensive pond culture species in Israel. Part 2: Carp
culture. Bamidgeh, v.38, p.44-54, 1986b.
WATANABE, T.; MURAKAMI, A.; TAKEUCHI, L.; NOSE, T.; OGINO, C. Requirement of
chum salmon held in freswater for dietary phosphorus. Bulletin of the
Japanese Society of Scientific Fisheries, v.46, p.361-367, 1980a.
WATANABE, T.; TAKEUCHI, T.; MURAKAMI, A.; OGINO, C. The availability to Tilapia
nilotica of phosphorus in white fish meal. Bulletin of the Japanese Society
of Scientific Fisheries, v.46, p.897–899, 1980b.
WATANABE, T.; KIRON, V.; SATOH, S. Trace mineral in fish nutrition. Aquaculture, v.
151, p.185–207, 1997.
WILSON, R.R.; ROBINSON, E.H.; GATLIN III, D.M.; POE, W.E. Dietary requirement of
channel catfish. Journal of Nutrition, v.112, p.1197-1202, 1982.
YAMADA, J. On the mechanism of the appearance of the scale structure: VI. Some
observations associating with the absorption of scale in the goldfish. Bulletin
of Faculty of Fisheries Hokkaido University, v.7, p.202-207, 1956.
YONE, Y.; FUJII, M.; TOSHIMA, N. The utilization of phosphorus in fish meal by carp
and black sea bream. Bulletin of the Japanese Society of Scientific
Fisheries, v.45, p.735-756, 1979.
30
Capítulo - II
Introdução
Material e Métodos
apresentarem com diâmetro menor que 0,42 mm (Mesh 40). As rações foram
extrusadas de forma a se apresentarem com comprimento de 4,0 mm e diâmetro de
4, 8 e 12 mm, conforme o tamanho do peixe nas três fases de estudo (crescimento,
engorda e de acabamento). Apos extrusão as rações foram esfriadas, desidratadas e
armazenadas a temperatura de -20°C até a utilização.
A análise bromatológica e do teor em minerais dos alimentos, das rações e das
fezes foram feitos, respectivamente, no Laboratório de Bromatologia da FMVZ e, no
Laboratório de Química do Instituto de Biociências, da Unesp - Campus de Botucatu-
SP. Para a análise bromatológica empregou-se a metodologia descrita pela AOAC
(2000). O teor de matéria seca foi calculado após secagem em estufa a temperatura
de 105oC, durante seis horas; a proteína bruta foi determinada pelo método clássico
de micro Kjedahl, utilizando o fator 6,25 na conversão do N para proteína e a energia
bruta com bomba calorimétrica. Para determinação da concentração dos minerais, os
ingredientes, rações e fezes foram digeridos com ácido nítrico e ácido perclórico
concentrados para posterior quantificação. As concentrações de crômio, cálcio e
magnésio foram determinadas por Espectrometria de Absorção Atômica em Chama
(FAAS) (Cookbook Shimadzu, 2002) e a do fósforo por espectrofotometria no visível
(Markzenk, 1976).
Para determinação dos coeficientes de digestibilidade dos nutrientes e da
disponibilidade dos minerais, foi adotada a metodologia recomendada por Suguira et
al. (1998) e Pezzato et al. (2004). Foi avaliado um dos alimentos protéicos ou um dos
suplementos inorgânicos por vez, em quatro repetições simultâneas.
Os coeficientes de digestibilidade/disponibilidade aparente dos nutrientes das
rações experimentais foram calculados pela técnica de proporções, com base nos
teores de óxido de cromio-III e do nutriente nas rações e nas fezes, utilizando a
fórmula descrita por Cho & Slinger (1979):
⎡ ⎛ %Cr2 03 R ⎞ ⎛ % N F ⎞⎤
CDa( N ) = 100 − ⎢100⎜⎜ ⎟⎟ x⎜⎜ ⎟⎟⎥
⎣ ⎝ %Cr 03 F ⎠ ⎝ % N R ⎠⎦
Onde:
CDa(N) = Coeficiente de digestibilidade/disponibilidade aparente do nutriente;
%Cr2O3R e %Cr2O3F = % de óxido de cromio-III na ração e % de óxido de cromio-III nas fezes;
%NR e %NF = % Nutriente na ração e % nutriente nas fezes.
CDa NI =
[CDaRT * N RT − (CDaRB * N RB * % I )]
% RB * N I
Onde:
CDaNI = coeficiente de digestibilidade/disponibilidade aparente do nutriente no ingrediente;
CDaRT = coeficiente de digestibilidade/disponibilidade aparente do nutriente na ração teste;
CDaRB = coeficiente de digestibilidade/disponibilidade aparente do nutriente na ração basal
(referência);
NRT, NRB e NI = teor de nutrientes contidos nas rações teste e basal e no ingrediente testado;
%I e %RB = % de inclusão do ingrediente teste e da ração basal (referência).
Resultados e Discussão
aves, com essa espécie, também foi destacada por Pezzato et al. (2002) com peixes
de 100g e por Guimaraes et al. (2007) com peixes de 86g.
Observa-se que a farinha de vísceras de aves e a farinha de peixe
apresentaram tendências semelhantes para os coeficientes de digestibilidade para
matéria seca e energia, com superioridade a favor da energia. Esses dois ingredientes
apresentaram digestibilidade maior (p<0,05) para a matéria seca e para a energia na
fase de crescimento que nas fases de engorda e de acabamento. Tal diferença pode
ser atribuída à maior exigencia dos peixes mais novos.
O coeficiente de digestibilidade de 88,47% para a matéria seca apresentada na
fase de crescimento para farinha de peixe, foi semelhante aos determinados, com
essa mesma espécie por Meurer et al. (2003) (87,63%, peixes de 87g) e Koprucu &
Ozdemir (2005) (91,60%, peixes de 25g). Entretanto, esse coeficiente se mostrou
maior que os observados, também com a tilápia do Nilo, por Furuya et al. (2001) de
79,78% (peixes de 25g), Pezzato et al. (2002) de 57,46% (peixes de 100g) e
Guimarães et al. (2007) de 66,58% (peixes de 86g).
Os coeficientes de digestibilidade da farinha de vísceras de aves para a matéria
seca, apresentadas nas três fases: crescimento de 93,13%, engorda de 84,75% e
acabamento de 84,27%, foram superiores aos verificados também com essa mesma
espécie por Pezzato et al. (2002) de 73,87% (peixes de 100g), Meurer et al. (2003)
de 62,21% (peixes de 87g) e Guimarães et al. (2007) de 81,09% (peixes de 86g).
Observa-se (Tabela 3) que entre os alimentos protéicos de origem animal, a
farinha de carne e ossos apresentou os mais baixos coeficientes de digestibilidade,
especialmente para a matéria seca e para a energia bruta. A digestibilidade da matéria
seca para essa farinha foi similar (p > 0,05) entre as três fases de peso estudadas, se
mostrando menor dentre os protéicos (media geral de 68,97%). Entretanto, tal
resultado se mostra bem superior ao apresentado por Pezzato et al. (2002) de
46,97% e Guimarães et al. (2007) de 47,58%.
As fontes protéicas de origem animal não revelaram diferenças estatísticas (p >
0,05) para os coeficientes de digestibilidade da proteína bruta em função dos
tamanhos de peixes avaliados. Os coeficientes de digestibilidade da proteína bruta da
farinha de peixe (média geral de 91,35%) foram similares dos reportados por Deganni
et al. (1997) de 92,26% e Sklan et al. (2004) de 90,02% em pesquisas com o hibrido
O. niloticus x O. aureus e por Meurer et al. (2003) de 90,66% e Koprucu & Ozdemir
(2005) de 90,50% com tilápia do Nilo. Os demais valores encontrados na literatura
foram inferiores, na faixa de 78,55 a 86,49%, para juvenis de tilápia do Nilo (Hanley,
1987; NRC, 1993; Furuya et al., 2001; Lovell, 2002 e Pezzato et al., 2002).
A digestibilidade da proteína da farinha de vísceras de aves com média geral de
38
92,08% foi similar ao valor de 91,55% estabelecido por Deganni et al. (1997) para
tilápia hibrida e superior dos demais resultados da literatura na faixa de 73,87 a
87,24% com tilápia do Nilo (Hanley, 1987; Pezzato et al., 2002 e Meurer et al., 2003),
e para tilápia hibrida de 87,10% por Sklan et al. (2004).
O coeficiente de digestibilidade aparente da proteína bruta da farinha de carne
e ossos se mostrou um pouco inferior em relação aos demais alimentos do grupo, com
média de 88,27% para as três fases de peso dos peixes. Entretanto, essa média foi
superior à apresentada, também para a tilápia do Nilo com peso de 100g, por Lovell
(2002) de 77,70% e Pezzato et al. (2002) de 73,19%.
Para a farinha de carne e ossos houve diferença (p<0,05) nos coeficientes de
digestibilidade da energia entre as três diferentes fases avaliadas, sendo melhor a
digestibilidade na fase de engorda e pior na primeira fase (crescimento). Destaca-se,
ainda, que os coeficientes de digestibilidade para a energia da farinha de carne e
ossos foram os menores dos alimentos de origem animal, com valores de 56,42,
64,55 e 60,80% par as três fases avaliadas, respectivamente. Esses resultados
confirmam aqueles obtidos, com essa espécie, por Lovell (2002) de 68,70%; Pezzato
et al. (2002) de 75,35% e Guimarães et al. (2007) de 65,17%.
Para a farinha de peixe e a farinha de vísceras de aves, semelhante ao
observado para matéria seca na fase de crescimento se apresentou os melhores
coeficientes de digestibilidade (p<0,05) da energia. O coeficiente de digestibilidade
médio da energia (97,53%) da farinha de peixe na fase de crescimento se mostrou
maior que o encontrado com essa mesma espécie (72,24 a 92,10%) por Hanley
(1987), Furuya et al. (2001), Lovell (2002), Pezzato et al. (2002), Meurer et al.
(2003), Koprucu & Ozdemir (2005) e Guimarães et al. (2007) e, ainda, similar (p >
0,05) nas fases de engorda (91,09%) e acabamento (91,58%) e revelaram-se
próximos dos encontrados para fase de engorda dos híbridos (O. niloticus x O. aureus)
por Degani et al. (1997) de 90,40% e Sklan et al. (2004) de 89,20%.
Dentre os alimentos protéicos de origem vegetal (Tabela 3), para a matéria
seca e para a energia bruta se destaca os altos coeficientes de digestibilidade
aparente apresentados pelo glúten de milho e pelo farelo de algodão e, por outro lado,
os baixos coeficientes obtidos com o farelo de soja. Tal resposta foi especialmente
exibida pelos peixes mais novos (fase de crescimento). Entretanto, os três alimentos
de origem vegetal apresentaram altos coeficientes de digestibilidade (maiores que
92,0%) para a proteína bruta.
Deve-se destacar (Tabela 3), os excelentes valores dos coeficientes de
digestibilidade da proteína observados para o glúten de milho nas fases de
crescimento e de engorda. Os demais coeficientes encontrados para a proteína se
39
89,55% (peixes de 27g). Valores semelhantes aos encontrados nesta pesquisa, com
os peixes nas fases de crescimento e de engorda foram obtidos, também com essa
espécie, por Pezzato et al. (2002) de 95,96% (peixes de 100g), por Meurer et al.
(2003) de 97,61% (peixes de 87g) e para o hibrido por Sklan et al. (2004) de 96,50%
(pesos entre 100 e 150g).
O farelo de soja apresentou coeficientes de digestibilidade para a proteína
bruta, semelhantes para as três fases, com media geral de 94,02%. Esse valor se
mostra próximo ao apresentado, para essa mesma espécie, pelo NRC (1993) de
94,0% e por Lovell (2002) de 94,40%. Entretanto, coeficiente superior foi obtido por
Sklan et al. (2004) de 96,20% (tilápia hibrida com pesos entre 100-150g). Em
pesquisas feitas também com a tilápia do Nilo (25 a 100 g de peso), Furuya et al.
(2001), Boscolo et al. (2002), Pezzato et al. (2002), Gonçalves (2003) e Koprucu &
Ozdemir (2005) encontraram coeficientes entre 87,40 e 92,72%.
O farelo de algodão, da mesma forma que o farelo de soja, não revelou
diferenças no coeficientes de digestibilidade da proteína bruta, em função das fases
estudadas, apresentando média geral de 92,59%. Tal coeficiente se mostra superior
aos encontrados por Pezzato et al. (2002) de 74,87% (peixes de 100g) e próximo ao
obtido por Gonçalves (2003) de 89,75% (peixes de 100g).
Os alimentos protéicos de origem vegetal, glúten de milho e farelo de soja
(tabela 3), apresentaram melhores coeficientes de digestibilidade da energia para os
animais mais pesados. O farelo de algodão apresentou os mais altos coeficientes de
digestibilidade para energia seguida do glúten de milho. O farelo de soja apresentou
os menores coeficientes de digestibilidade da energia, semelhante ao revelado para a
matéria seca. Os coeficientes de digestibilidade para a energia, apresentados pelo
farelo de algodão nesta pesquisa para as três fases (89,83, 88,66 e 91,90%), foram
superiores aos encontrados com essa espécie por Pezzato et al. (2002) de 45,35%
(com peixes de 100g), por Guimarães et al. (2007) de 44,85% (peixes de 86g) e por
Gonçalves (2003) de 73,36% (peixes de 100g).
O glúten de milho apresentou (Tabela 3) inferior (p<0,05) coeficiente de
digestibilidade da energia para a fase de crescimento (80,60%), quando comparada
com as fases de engorda (84,70%) e de acabamento (87,24%), que se apresentaram
similares entre elas. Esses valores se mostram superiores aos encontrados com o
glúten, com essa mesma espécie, por Pezzato et al. (2002) (64,07%) e Gonçalves
(2003) (66,87%), foram inferiores ao encontrado em tilápia do Nilo por Meurer et al.
(2003) de 93,52% e; próximos do apresentado por Koprucu & Ozdemir (2005) de
89,00%, Guimarães et al. (2007) de 88,07% para tilápia do Nilo e Sklan et al. (2004)
de 83,40% para tilápia hibrida.
41
24,88%, valor próximo ao encontrado (28,20%) por Koprucu & Ozdemir (2005) com
peixes dessa mesma espécie (peso médio de 27g) e, do obtido (22,2%) por Gonçalves
(2007) com tilápias pesando 100g.
O farelo de soja apresentou (Tabela 4), coeficiente de disponibilidade aparente
do fósforo na fase de crescimento de 24,01%. Esse coeficiente se mostra inferior
àqueles determinados, com essa espécie, por Miranda et al. (2000) de 35,13% (peixes
de 16g), por Furuya et al. (2001) de 47,14% (peixes de 25g) e, Koprucu & Ozdemir
(2005) de 30,10% (peixes de 27g). Valores semelhantes aos obtidos nesta pesquisa
foram encontrados por Gonçalves et al. (2007) de 22,30% (peixes de 100g) e
Guimarães et al. (2007) de 26,96% (peixes de 86g).
Para os três alimentos protéicos de origem vegetal, os coeficientes de
disponibilidade aparente do cálcio foram negativos. Isso se relaciona com o balanço
negativo causado pelos baixos níveis desse mineral, tanto na ração basal quanto nos
alimentos teste. Além disso, nesses alimentos o calcio apresenta-se pouco disponível
aos peixes. Esses coeficientes negativos foram apresentados na tabela 4 com valor de
zero segundo as recomendações de Sugiura et al. (1998).
Os coeficientes de disponibilidade negativos do cálcio podem, ainda, ser
conseqüência da presença desse mineral na água, que pode ter sido utilizado para
suprir, mesmo que parcialmente, as necessidades dos peixes (Steffens, 1987).
Problema semelhante foi observado por Gonçalves et al. (2005) quando avaliaram a
disponibilidade do cálcio no farelo de soja, soja extrusada, farelo de algodão, glúten
de milho e farelo de girassol e, por Guimarães et al. (2007) com o farelo de soja e o
farelo de algodão. Entretanto, esses resultados diferem daqueles apresentados, com a
tilápia do Nilo (peixes de 27g), por Koprucu & Ozdemir (2005) de 20,3% para o glúten
de milho e 29,0% para farelo de soja. Contrariam, ainda, Furuya et al. (2001) que
obtiveram com essa mesma espécie (peixes de 25g) coeficientes de disponibilidade
para esse mineral de 85,04% para o farelo de soja.
A Tabela 4 mostra que os coeficientes de disponibilidade aparente do magnésio
foram semelhantes para um mesmo alimento, entre as três classes de peso. Destaca-
se que o farelo de algodão apresentou a maior média geral de coeficiente de
disponibilidade de magnésio (76,64%), o farelo de soja coeficientes intermediários
(68,23% em média), enquanto os menores coeficientes médios foram apresentados
pelo glúten de milho (média de 39,94%). Tal resposta confirma aquela encontrada por
Gonçalves et al. (2005) para o magnésio do glúten de milho (38,91%), em pesquisa
com essa espécie (peixes de 100g).
Os coeficientes de disponibilidade de magnésio, determinados nas três classes
de peso (média geral de 68,23%) com o farelo de soja (Tabela 4) se mostram um
44
pouco inferiores àqueles obtidos por Guimarães et al. (2007) e Gonçalves et al.
(2005), os quais obtiveram coeficientes de disponibilidade de 72,62 e 75,61% (peixes
com peso médio entre 86 e 100g).
Os coeficientes de disponibilidade de magnésio, determinados nas três fases de
peso (média de 76,64%) com o farelo de algodão (Tabela 4) se mostram semelhantes
ao apresentado por Gonçalves et al. (2005), quando obtiveram coeficientes de
disponibilidade média para esse mineral de 73,43%, em pesquisa com tilápias
também em fase de crescimento e engorda. Por outro lado, os coeficientes obtidos na
presente pesquisa se mostraram superiores aos determinados no farelo de algodão
por Guimarães et al. (2007) (37,49%).
As fontes inorgânicas (Tabela 4) apresentaram os mais altos coeficientes de
disponibilidade de fósforo. Destacam-se os melhores resultados do ácido fosfórico,
seguidos do fosfato bicálcico, fosfato mono potássico e fosfato mono bicálcico. Os
coeficientes médios de disponibilidade do fósforo nesse grupo de fontes variaram
entre 88,76% (fosfato mono bicálcico na fase de engorda) até 99,60% (ácido fosfórico
na fase de crescimento).
O fosfato mono bicálcico e o fosfato mono potássico apresentaram os maiores
coeficientes de disponibilidade do fósforo na fase de crescimento (93,56 e 93,91%,
respectivamente). Considerando o fosfato mono potássico como fonte de referencia, o
segundo suplemento de fósforo, em importância para a tilápia do Nilo seria o fosfato
bicálcico, o qual revelou maior facilidade de homogeneização nas rações, quando
comparado com o ácido fosfórico, além do aporte de cálcio. Deve-se destacar, ainda,
que a disponibilidade aparente de fósforo apresentada por essa fonte foi superior
aquela encontrada por Miranda et al. (2000) de 74,23% para peixes com 16g.
Observa-se na tabela 4 que o cálcio do fosfato bicálcico apresentou coeficientes
de disponibilidade superiores aos do fosfato mono bicálcico e que foi melhor absorvido
pelos animais nas fases de crescimento e engorda.
45
Conclusões
Literatura Citada
DEGANI, G.; VIOLA, S.; YEHUDA, Y. Apparent digestibility of protein and carbohydrate
in feed ingredients for adult tilapia (Oreochromis aureus x O. niloticus).
Bamidgeh, v.49, n.3, p.115-123, 1997.
EYA, J.C.; LOVELL, R.T. Net absorption of dietary phosphorus from various inorganic
sources and effect of fungal phytase on net absorption of plant phosphorus by
channel catfish, Ictalurus punctatus. Journal of world aquaculture society,
v.28, p.386-391, 1997.
FURUYA, W.M.; PEZZATO, L.E MIRANDA, E.C.; ROSSETTO, B.V.; BARROS, M.M.
Coeficientes de digestibilidade aparente da energia e nutrientes de alguns
ingredientes pela tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus (L.) (Linhagem
Tailandesa) Acta Scientiarum, Maringá, v.23, n.2, p.465-469, 2001.
KOPRUCU, K. & OZDEMIR, Y. Apparent digestibility of selected feed ingredients for Nile
tilapia (Oreochromis niloticus). Aquaculture, v.250, p.308– 316, 2005.
LALL, S.P. The Minerals. In: Halver, J.E. & Hardy, R.W. Eds. Fish Nutrition, Third
Edition, Elsevier Science (USA), p.259-308, 2002.
LOVELL, R.T. Diets and fish husbandry. In: Halver, J.E. & Hardy, R.W. Fish Nutrition,
Third Edition, Elsevier Science (USA), p.703-754, 2002.
48
McDOWELL, L.R. Minerals in animal and human nutrition. Academic Press Limited,
San Diego, California, 1992, 524p.
PEZZATO, L.E.; BARROS, M.M.; FRACALOSSI, D.; CYRINO, J.E.P. Nutrição de Peixes.
In: Cyrino, J.E.P. et al. Tópicos Especiais em Piscicultura de água Doce
Tropical Intensiva. São Paulo: Aquabil, v.1, p.75-170, 2004.
RICHIE, M.; BROWN, P.B. Availability of phosphorus from feedstuffs fed to rainbow
trout, Oncorhynchus mykiss. Aquaculture, v.142, p.269-282, 1996.
SAEG Sistema para Análises Estatísticas, Versão 9.1: Fundação Arthur Bernardes
- UFV - Viçosa, 2007.
SKLAN, D.; PRAG, T.; LUPATSCH, I. Apparent digestibility of selected feed ingredients
and their prediction in diets for tilapia Oreochromis niloticus x Oreochromis
aureus (Teleostei, Cichlidae). Aquaculture Research, v.35, p.358-364, 2004.
SUGIURA, S.H.; DONG, F.M.; RATHBONE C.K.; HARDY R.W. Apparent protein
digestibility and mineral availabilities in various feed ingredients for salmonid
feeds. Aquaculture, v.159, p.177-202, 1998.
SUGIURA, S.H.; DONG, F.M.; HARDY R.W. A new approach to estimating the minimum
dietary requirement of phosphorus based on non-fecal excretions of
phosphorus and nitrogen. Journal of nutrition, v.130, p.865-872, 2000.
VIOLA, S.; ZOHAR, G.; ARIELI, Y. Phosphorus requirements and its availability from
different sources for intensive pond culture species in Israel. Part 1. Tilapia.
Bamidgeh. v.38, p.3-12, 1986a.
VIOLA, S.; ZOHAR, G.; ARIELI, Y. Requirements of phosphorus and its availability
from different sources for intensive pond culture species in Israel. Part 2: Carp
culture. Bamidgeh, v.38, p.44-54, 1986b.
50
Inorgânicas de minerais
1
MS = matéria seca;
2
PB = proteína bruta;
3
EB = energia bruta.
51
Tabela 2. Composição percentual e nutricional da ração de referencia e composição porcentual das rações
teste (Base 100% da MS).
Ração-teste
(1)
Suplemento vitamínico - Supremais: níveis de garantia por kg do produto: Vit. A, 1.200.000 UI; Vit.
D3, 200.000 UI; Vit. E, 12.000 mg; vit. K3, 2.400 mg; vit. B1, 4.800 mg; vit. B2, 4.800 mg; vit. B6,
4.000 mg; vit. B12, 4.800 mg; ácido fólico, 1.200 mg; pantotenato de Ca, 12.000 mg; vit. C, 48.000
mg; biotina, 48 mg; colina, 65.000 mg; niacina, 24.000 mg.
(2)
X = substituições em base seca de: farinha de peixe (16,00%); farinha de vísceras de aves (17,50%);
farinha de carne e ossos (7,00%); glúten de milho (30,00%); farelo de soja (30,00%); farelo de algodão
(30,00%); fosfato mono bicálcico (2,00%); fosfato bicálcico (2,00%); fosfato potássico (2,00%); ácido
fosfórico (1,85%).
52
Tabela 3. Coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca, proteína bruta e energia bruta de fontes
protéicas pela tilápia do Nilo em função do peso do peixe.
Valores de um nutriente na mesma linha e fonte com diferentes letras são estatisticamente diferentes
(Tukey, p<0,05).
1
Fase de crescimento (± 25g);
2
Fase de engorda (± 250g);
3
Fase de acabamento (± 500g);
4
FP= Farinha de peixe;
5
FVA= Farinha de vísceras de aves;
6
FCO= Farinha de carne e ossos;
7
GM= Glúten de milho;
8
FS= Farelo de soja;
9
FA= Farelo de algodão;
10
FMBC= Fosfato mono bicálcico;
11
FBC= Fosfato bicálcico;
12
FMK= Fosfato mono potássico;
13
AF= Acido fosfórico.
54
Capítulo - III
Introdução
Material e Métodos
Resultados e Discussão
Nas três pesquisas, os peixes submetidos ao mais baixo nível de fósforo (TI) na
ração, apresentaram sintomas de deficiência característicos como letargia, diminuição
do apetite, baixa taxa de crescimento, coloração escura da pele, maior depósito de
gordura nos tecidos moles, foto-sensibilidade, alta agressividade, reação de fuga
diante do tratador e, em alguns casos, deformações e presença de nódulos nas
espinhas dorsais das vértebras. Semelhantes sintomas também foram descritas por
Sugiura et al. (2004) na revisão das patologias das deficiências nutricionais de fósforo
em peixes. Destaca-se que os peixes que foram alimentados com a dieta do mais alto
teor de P (T5) apresentaram também apetite diminuído, alta agressividade e reação
de fuga na aproximação do tratador.
para desempenho produtivo também são garantidos os valores mínimos para normal
funcionamento e homeostase.
Para as variáveis classificadas nesta pesquisa como parâmetros hematológicos
e metabólicos, não se encontraram trabalhos semelhantes para discussão dos
resultados obtidos. Porém, na sua grande maioria essas variáveis estão
compreendidas nas faixas reportadas como normais para sistemas produtivos de alta
densidade do híbrido O. niloticus x O. mossambicus x O. aureus (Hrubec et al., 2000).
Esses autores também reportaram valores de química plasmática normais para tilápias
de 240g criadas em sistemas de baixa densidade (biomassas de 4g/L) tais como,
proteína plasmática de 2,3 a 3,6 g/dL, fosfatase alcalina de 16 a 38 u/L e fósforo
plasmático de 3,5 a 7,2 mg/dL. O valor total de proteína plasmática determinado
nesta pesquisa para os peixes da Fase de Engorda (Experimento – II) se apresentou
dentro da faixa normal da espécie, com exceção dos peixes submetidos ao tratamento
T4 (0,88% Pdisp), que foi de 2,03 g/dL. A atividade da fosfatase alcalina das tilápias da
Fase de Engorda, para todos os tratamentos, foi inferior ao intervalo da faixa normal
da tilápia híbrida. Os níveis de fósforo plasmático das tilápias dessa mesma faixa
etária foram sensivelmente superiores dos reportados como normais para tilápia
híbrida cultivada a baixa densidade.
Os níveis exigidos de Pdisp para máxima mineralização das vertebras
determinados nestas pesquisas (Tabelas 4, 6 e 8) foram em média 49, 44 e 54%
superiores das exigências para máximo desempenho produtivo. Essa tendência de
maior exigência para máxima mineralização óssea em tilápia do Nilo, também tem
sido destacada por Watanabe et al. (1980), Robinson et al. (1987) e Pezzato et al.
(2006) entre outros. Porém, salientando que a finalidade principal dos sistemas de
criação é maximizar as taxas de rendimento produtivo, os valores exigidos para
crescimento podem ser utilizados com segurança na formulação de alimentos para
tilápia do Nilo.
Os resultados da presente pesquisa, mesmo com diferenças nas condições
experimentais, especialmente da Fase de Crescimento (Experimento – I) (aquários de
menor capacidade e temperatura levemente superior) e a justaposição dos intervalos
de peso contemplados, permitem inferir que as exigências nutricionais de fósforo
digestível para tilápia do Nilo são altas na fase de estruturação corporal,
aproximadamente de 0,77% Pdisp para animais entre 15 a 40g, diminuem
progressivamente a valores de 0,53% e 0,5% na fase de crescimento exponencial,
para animais entre 40-126g(Fase de Crescimento) e 126-250g (Fase de Engorda) e de
0,45% Pdisp para animais adultos entre 250-350g (Fase de Acabamento - Experimento
– III).
68
Conclusões
Literatura Citada
BOSCOLO, W.R.; FEIDEN, A.; REIDEL, A.; BROLL, F.; HOLDEFER, A.M.; DOS SANTOS,
R.V.; MARANHÃO, T.C.F. Exigência de fósforo da tilápia do Nilo (Oreochromis
niloticus) na fase de crescimento. Varia Scientia, Cascavel, v.3, n.1, p.115-
124, 2003.
HRUBEC, T.C.; CARDINALE, J.L.; SMITH, S.A. Hematology and plasma chemistry
reference intervals for cultured tilapia (Oreochromis Hybrid), Veterinary
Clinical, v.29, n.1, p.7-12, 2000.
LALL, S.P. The Minerals. In: Halver, J.E. & Hardy, R.W. Fish Nutrition, Third Edition,
Elsevier Science (USA), p. 259-308, 2002. 443p.
71
LIM, C.; WEBSTER, C.D. Tilapia: Biology, Culture and Nutrition. Haworth Press,
New York. 2006, 705p.
MIRANDA, E.C.; PEZZATO, A.C; PEZZATO, L.E; GRANER, C.F; ROSA, G.J; QUINTERO-
PINTO, L.G. Relação Cálcio/Fósforo disponível em rações para tilápia do Nilo
(Oreochromis niloticus). Revista Brasileira de Zootecnia, v.29, n.6, p.2162-
2171, 2000.
PEZZATO, L.E; SANTA ROSA, M.J; BARROS, M.M; GOMES, I. Exigência em fósforo
disponível para alevinos de tilápia do Nilo. Ciência Rural, Santa Maria, v.36,
n.5, p.1600- 1605, 2006.
ROBINSON, E.H.; LABOMASCUS, D.; BROWN, P.B.; LINTON, T.L. Dietary calcium and
phosphorus requirements of Oreochromis aureus reared in calcium-free water.
Aquaculture, v.64, p.267–276, 1987.
SUGIURA, S.H.; DONG, F.M.; HARDY, R.W. A new approach to estimating the
minimum dietary requirement of phosphorus based on non-fecal excretions of
phosphorus and nitrogen. Journal of Nutrition, v.130, p.865-872, 2000.
SUGIURA, S.H.; HARDY, R.W.; ROBERTS, J.R. The pathology of phosphorus deficiency
in fish – a review. Journal of Fish Diseases, v.27, p.255-265, 2004.
VIOLA, S.; ZOHAR, G.; ARIELI, Y. Phosphorus requirements and its availability from
different sources for intensive pond culture species in Israel. Part 1. Tilapia.
Bamidgeh v.38, p.3-12, 1986.
WATANABE, T.; TAKEUCHI, T.; MURAKAMI, A.; OGINO, C. The availability to Tilapia
nilotica of phosphorus in white fish meal. Bulletin of the Japanese Society
of Scientific Fisheries, v.46, p.897–899, 1980.
Análise de Regressão
Nível de Fósforo disponível (% Pdisp) na ração
Variável CV Linear Response Plateau
0,17 0,41 0,65 0,88 1,12 R2 (Interseção; Plateau)
Peso inicial 38,54 38,39 38,76 38,60 38,46
Desempenho produtivo
Peso final (g) 163,51 b 220,26 ab 252,82 a 243,88 ab 239,89 ab 16,96 99,96 * (0,52; 245,30)
Ganho de peso (g) 124,96 b 181,87 ab 214,06 a 205,28 ab 201,44 ab 20,25 99,81 * (0,52; 206,93)
Taxa crescimento específico 2,40 b 2,89 ab 3,10 a 3,05 a 3,08 a 9,70 99,81 * (0,50; 3,08)
Conversão alimentar 1,41 b 1,17 ab 1,12 a 1,09 a 1,13 a 13,31 59,77 * (0,47; 1,11)
Exigência de Pdisp para máximo desempenho 0,50
Cada valor representa a média de quatro repetições. CV= coeficiente de variação. Valores na mesma linha com letras diferentes são estatisticamente diferentes através
do teste de Duncan (p < 0,05). *= variável significante através do LRP.
77
Tabela 6. Parâmetros fisiológicos e metabólicos da tilápia do Nilo com níveis crescentes de fósforo disponível na ração. Fase de Engorda (Pesquisa - II)
Análise de Regressão
Nível de Fósforo disponível (% Pdisp) na ração
Variável CV Linear Response Plateau
0,17 0,41 0,65 0,88 1,12
R2 (Interseção; Plateau)
Peso inicial 38,54 38,39 38,76 38,60 38,46
Hematológicas e química plasmática
Eritrócitos (células*106/uL) 2,21 a 2,15 a 2,11 a 2,01 a 1,76 b 10,88 - NS
Leucócitos (células/uL) 59,40 55,00 35,50 80,60 56,20 54,84 - NS
Hematócrito (%) 27,80 b 30,60 a 30,20 a 28,50 ab 26,50 b 7,95 - NS
Proteína plasmática (g/dL) 3,17 ab 3,42 a 3,04 b 2,03 b 2,86 b 10,45 - NS
Hemoglobina (g/dL) 7,58 7,93 7,91 7,85 6,96 9,17 - NS
Fósforo plasmático (mg/dL) 23,47 29,23 29,84 28,88 24,37 22,13 - NS
Fosfatase alcalina (U/L) 11,00 a 7,60 c 8,60 bc 9,40 b 8,00 c 12,20 55,12 * (0,33; 8,67)
Exigência de Pdisp para equilíbrio orgânico 0,33
Composição fígado
Umidade (%) 43,86 c 46,95 bc 48,99 b 57,01 a 60,11 a 5,62 - NS
Proteína bruta (%) 29,16 29,16 29,82 28,91 27,19 5,15 - NS
Extrato etéreo (%) 26,6 a 23,56 bc 20,62 c 13,72 d 12,30 d 12,56 - NS
Fósforo (%) 0,07 c 0,08 b 0,11 a 0,06 c 0,07 c 13,45 - NS
Composição filé
Umidade (%) 74,47 c 74,55 c 75,52 b 75,91 bc 76,68 a 0,79 - NS
Proteína bruta (%) 20,42 20,76 20,45 20,75 19,99 1,48 - NS
Extrato etéreo (%) 1,53 ab 2,13 a 1,45 b 1,29 ab 0,84 c 3,47 - NS
Fósforo (%) 0,25 0,25 0,26 0,28 0,30 18,71 - NS
Mineralização vértebras
Matéria mineral (%) 43,28 b 46,71 b 51,18 a 52,56 a 52,61 a 5,96 98,85 * (0,75; 52,59)
Fósforo (%) 9,29 c 10,03 bc 10,93 ab 11,36 a 11,49 a 8,09 99,37 * (0,80; 11,43)
Cálcio (%) 24,66 b 25,59 b 31,58 a 30,43 a 30,69 a 9,18 - NS
Magnésio (%) 0,49 c 0,58 b 0,63 ab 0,68 a 0,68 a 10,88 - NS
Exigência de Pdisp para máxima mineralização dos ossos 0,78
Cada valor representa a média de seis repetições. CV= coeficiente de variação. Valores na mesma linha com letras diferentes são estatisticamente diferentes através do
teste de Duncan (p < 0,05). *, ** = variável significante (p <0,05) ou altamente significante (p < 0,01) através do LRP. NS= na significante.
78
Tabela 7. Desempenho produtivo da tilápia do Nilo com níveis crescentes de fósforo disponível na ração. Fase de Acabamento (Experimento - III)
Análise de Regressão
Nível de Fósforo disponível (% Pdisp) na ração
Variável CV Linear Response Plateau
Análise de Regressão
Nível de Fósforo disponível (% Pdisp) na ração
Variável CV Linear Response Plateau
Cada valor representa a média de seis repetições. CV= coeficiente de variação. Valores na mesma linha com letras diferentes são estatisticamente diferentes através do
teste de Duncan (p < 0,05). *, ** = variável significante (p <0,05) ou altamente significante (p < 0,01) através do LRP. NS= na significante.
80
Figura 1. Efeito do fósforo disponível no ganho de peso da tilápia do Nilo, peso inicial de
14,99g após 30 dias de experimentação (Fase de Crescimento).
Figura 2. Efeito do nível de fósforo disponível na conversão alimentar da tilápia do Nilo, peso
inicial de 14,99g após 30 dias de experimentação (Fase de Crescimento).
81
Figura 3. Efeito do fósforo disponível no ganho de peso da tilápia do Nilo, peso inicial de
14,99g após 60 dias de experimentação (Fase de Crescimento).
Figura 4. Efeito do nível de fósforo disponível na conversão alimentar da tilápia do Nilo, peso
inicial de 14,99g após 60 dias de experimentação (Fase de Crescimento).
82
Figura 5. Efeito do fósforo disponível no ganho de peso da tilápia do Nilo, peso inicial de
38,55g após 60 dias de experimentação (Fase de Engorda).
Figura 6. Efeito do nível de fósforo disponível na conversão alimentar da tilápia do Nilo, peso
inicial de 38,55g após 60 dias de experimentação (Fase de Engorda).
83
Figura 7. Efeito do fósforo disponível no ganho de peso da tilápia do Nilo, peso inicial de
155,90g após 60 dias de experimentação (Fase de Acabamento).
Figura 8. Efeito do nível de fósforo disponível na conversão alimentar da tilápia do Nilo, peso
inicial de 155,90g após 60 dias de experimentação (Fase de Acabamento).
84
Capítulo - IV
Implicações
85
Implicações