Interprofissionalidade
Interprofissionalidade
Interprofissionalidade
1) Inter
no interior de dois; no espaço comum de dois; ponto de cruzamento/ligação/conexão
2) Profissionalidade
caráter do que é profissional, procedimento característico dos profissionais (sua maneira de ver e agir), competência profissional (conhecimento, habilidade,
responsabilidade)
Educação Interprofissional
Formação de profissionais de saúde para o trabalho em equipe, com foco nos usuários. Aprendizagem colaborativa entre estudantes de diferentes carreiras.
Prática Interprofissional
Articulação e integração das ações de saúde, tendo em vista aumentar a resolubilidade dos serviços
e a qualidade da atenção à saúde. Práticas colaborativas no trabalho entre 2 ou mais profissionais.
Entrada na Agenda Internacional:
10 anos de Relatório Flexner (1910 – 2010)
FRENK, J.; CHEN, L.; BHUTTA, Z.A. et alii. Health professionals for a new century: transforming education to strengthen health systems in an
interdependent world. The Lancet, v. 376, n. 9756, 2010, p. 1923–1958.
Comissão Global Independente do Lancet: Profissionais de saúde para um novo século - transformar a educação para fortalecer os sistemas de
saúde em um mundo interdependente
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Department of Human Resources for Health. Framework for action on interprofessional education
and collaborative practice. Geneva: WHO, 2010.
Departamento de Recursos Humanos da OMS: “Linha de Base” para a ação sobre educação interprofissional e prática colaborativa
Desde 2005, publicações internacionais produzidas, sobretudo pela CAIPE – Centro para o Avanço da Educação Interprofissional, do Reino Unido
CAIPE (1997)
Educação Interprofissional: ocasião em que duas ou mais profissões aprendem com, desde e sobre cada uma para melhorar a colaboração e
a qualidade do cuidado.
Educação Multiprofissional: ocasião em que duas ou mais profissões aprendem lado a lado.
É possível individuar três grandes fases da reforma da educação médica/dos profissionais de saúde
1) Science based learning: tal reforma é subsequente à publicação do Relatório Flexner, na qual se põem pela primeira vez as bases para um
aprendizado moderno, baseado nas mais recentes descobertas científicas,
2) Problem based learning: nos anos 1960, a Universidade de Mc Master no Canadá propõe uma nova modalidade de ensino baseada sobre os
problemas, centrada no estudante e com metodologias de aprendizado ativas em pequenos grupos,
3) System based learning: tal modelo, proposto para a formação dos profissionais do novo milênio, se baseia em uma forte interdependência
entre o contexto local e global, e entre sistema formativo e sistema de saúde, graças à geração de conhecimentos especificamente gerados
pelo contexto local.
As três gerações de reforma da formação dos profissionais de saúde
Fonte: Frenk J et al. 2010. Health professionals for a new century: transforming education to strengthen health
systems in an interdependent world. The Lancet. 2010; 376:1923–1958.
No Brasil
Cronologia das principais ações de redirecionamento da formação dos profissionais de saúde brasileiros
Fonte: Dias, HS, Lima, LD; Teixeira, M. A trajetória da política nacional de reorientação da formação profissional em
saúde no SUS. Cienc Saude Colet. 2013; 18(6):1613-24.
1910 – 2010: história dos movimentos de mudança na formação, reforma sanitária e movimentos de mudança das práticas
Antecedentes
Rede IDA - 1985
Projetos UNI
Rede UNIDA – 1º Congresso - 1989
multiprofissionalidade e interdisciplinaridade
Ricardo Burg Ceccim, Alcindo Antônio Ferla. Residência integrada em saúde: uma resposta da formação e desenvolvimento profissional para montagem do
projeto de integralidade da atenção à saúde. In: Pinheiro R, Mattos RA, organizadores. Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde.
Rio de Janeiro: Abrasco; 2003. p. 212-226.
Danielle D’Amour (Canadá) – estrutura da colaboração interprofissional entre profissionais de saúde (1997); modelo e tipologia da colaboração entre
profissionais das organizações de saúde (2008)
Gastão Wagner de Souza Campos. Equipes de referência e apoio especializado matricial: um ensaio sobre a reorganização do trabalho em saúde. Ciência e
Saúde Coletiva. 1999; 4(2):393-403.
Marina Peduzzi. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia. Rev Saúde Pública. 2001; 35(1):103-109. (Equipe agregado e Equipe integração)
Ricardo Burg Ceccim. Equipe de saúde: a perspectiva entredisciplinar na produção dos atos terapêuticos. In: PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A. Cuidado: as
fronteiras da integralidade. Rio de Janeiro: Abrasco, 2004, p. 259-278.
Juarez Pereira Furtado. Equipes de referência: arranjo institucional para potencializar a colaboração entre disciplinas e profissões. Interface - comun. saúde
educ. 2007; 11(22):239-255.
Ana Ecilda Lima Ellery. Campo comum de atuação dos profissionais da Estratégia Saúde da Família no Brasil: um cenário em construção. Physis Revista de
Saúde Coletiva. 2013; 23(2):415-437.
Experiência brasileira
Acolhimento Humanizado
Trabalho Protegido
Entredisciplinaridade
Fronteiras flexíveis e permeáveis seriam uma melhor orientação para lidar com objetos de conhecimento complexos, que pertencem a diferentes
níveis de realidade e que apresentam contradições, paradoxos e conflitos. Futuras atividades de desenvolvimento de capacidades
interprofissionais, interdisciplinares, de integralidade da atenção, sob a integração ensino e sistema de saúde e sob a interação universidade-
sociedade representarão parceria baseada em realizações passadas e atuais.
Nossas energias são mais potentes na fronteira, quando o fazer depende de criar, porque não temos as garantias do já sabido, tal como acontece
quando estamos aboletados no centro de nosso conhecimento prévio e antecedente, onde somos talvez a majestade em nosso reino, quando
milhões de reinos corroem todo dia cada fronteira até que este centro não possua mais qualquer sentido.
https://www.youtube.com/watch?v=wE03bMygbjQ