Para Comer Rezando
Para Comer Rezando
Para Comer Rezando
1 INTRODUÇÃO
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Graduanda do Curso de Tecnologia em Gastronomia do Centro Universitário Academia.
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Professores orientadores e avaliadores do Curso de Tecnologia em Gastronomia do Centro
Universitário Academia.
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2 CONTEXTUALIZAÇÃO
o Brasil, tiveram então que se adaptar, alimentos foram substituídos, novas técnicas
foram implementadas como a técnica de extrair o leite de coco e misturar aos
alimentos. Então a alimentação votiva, que é o ritual de preparar alimentos para serem
consumidos com intenção religiosa, adaptou-se incluindo alimentos nacionais, como
por exemplo, o milho que será destinado a Óxossi.
Ribeiro (2009) diz ainda que a religião umbandista tem um caráter agregador
e pluralista e é miscigenado como o povo brasileiro. A relação que possui com a
cultura alimentar é forte e não tem como passar despercebida, o rito de conexão com
os Orixás é através do cuidado com o alimento e o preparo da alimentação para fazer
d’Ele forte e detentor de poder.
Ribeiro (2009) ainda coloca que o culto afro não é uno por isso há várias
diferenças quanto às preferências alimentares dos Orixás, de acordo com a nação a
qual pertence e qual o terreiro segue, contudo, essa especificidade não será tratada
aqui. O trabalho se baseará em alimentos gerais. O que vai determinar os insumos
utilizados no preparo são as qualidades do Orixá, elas que determinam como será
preparada essa comida e como será oferecida e onde será servida, uma vez que se
pode apenas usar de materiais naturais e biodegradáveis.
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É a mulher responsável por preparar os alimentos sagrados da umbanda. RIBEIRO, Pedro Henrique
Mendes. Comida e religiosidade: dos cultos afro-brasileiros para a história da alimentação brasileira.
In: Semana de Humanidades, 12., 2009, Natal. Anais... Natal: UFRN, 2009. Disponível em:
https://www.cchla.ufrn.br/humainidades209/Anais/GT23/23. 1. Pdf Acesso em: 11 maio 2023.
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Óxossi. Esse prato utiliza dois ingredientes citados anteriormente, o milho e o coco, o
axoxó, prato que pode ser doce ou salgado, é um preparo simples de milho debulhado
e cozido, com lascas de coco. O milho representa a fartura, é o alimento que conecta
o homem ao sagrado. Acompanhado do feijão, a mandioca e o milho, que estão nos
hábitos alimentares formando a identidade do povo brasileiro (LODY, 2004).
A cultura culinária dos povos africanos vêm através da oralidade, passa de
geração em geração, o ato de se alimentar e alimentar os deuses não é só o ato físico
de comer; o modo de preparo, os alimentos, o tempo destinado a esse preparo, a reza
e os cantos fazem parte da história da alimentação dentro da umbanda. A escolha
dos alimentos e como são preparados é fundamental para que o orixá aceite a
oferenda. Sendo assim quando se oferta a Oxossi é importante valorizar a fartura, o
axoxó, pode ser salgado, com coco e camarão, ou doce, embebido no melado de
cana, já que Oxossi tem quizila com mel, e não pode consumi-lo (SANTOS, 2008).
3 METODOLOGIA E DISCUSSÃO
Para chegar na espuma de coco vista no quadro 2 abaixo, os testes foram mais
longos, pois em um primeiro momento o elemento a ser apresentado seria uma
mousse4 a base de purê de fruta, no caso o coco, utilizado de métodos vistos no livro
Le Cordon Bleu de pães e confeitaria; porém, não foi possível encontrar a textura
desejada, que é um creme, leve, homogêneo e saboroso. No primeiro teste o uso
excessivo de gelatina deixou a mousse como um flan, o que não era o esperado,
acertando no segundo teste a quantidade de gelatina, o sabor do coco não estava
presente e em meio a esses testes não foi possível encontrar a textura e o sabor ideal
ao elemento, sendo assim a mudança para a espuma utilizando o sifão culinário foi a
solução encontrada para apresentar um sabor marcante de coco e uma textura leve
que vão valorizar o empratamento e completar os sabores que precisam ser
encontrados no prato.
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Sobremesa de base cremosa com creme de leite batido, ou clara em neve para adquirir uma textura leve e
aerada. Gisslen, Wayne Panificação e confeitaria profissionais / Wayne Gisslen ; [tradução Elisa Duarte
Teixeira]. -- 1. ed. -- Barueri, SP : Manole, 2011.
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1. Retirar a água do coco, colocar o mesmo na chama do fogão até que a casca rache e solte
da polpa, descascar e bater a polpa com metade da água e coar em um pano limpo e
reservar.
2. Derreter o chocolate em banho maria no fogão, com atenção para a temperatura do
chocolate para não passar de 45ºC.
EXECUÇÃO:
1. Hidratar a gelatina em 20 ml de água até que dissolva, misturar no chocolate ainda quente
para que ela se agregue ao chocolate completamente.
2. Bater no mixer até ficar homegeneo o leite de coco, o creme de leite fresco e o chocolate e
deixar esfriar.
3. Após o creme estar frio, colocar a mistura no sifão, fechar corretamente, usar uma capsula
de gás N2O (oxido nitroso), no sifão, balançar pra que o mesmo se misture com o creme
deixar na geladeira, por no mínimo 30 minutos, na posição horizontal para que no
momento da utilização a espuma fique aerada e firme.
Fonte: A aluna.
Fonte: A autora.
MODO DE PREPARO:
MISE-EN-PLACE:
8. Retirar a água do coco, colocar o mesmo na chama do fogão até que a casca rache e solte
da polpa, descascar, picar em cubos de 2 centímetros e reservar.
9. Pesar a agua e o açúcar e reservar.
10. Cobrir um tabuleiro com papel manteiga para colocar os coquinhos.
EXECUÇÃO:
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8. Misturar todos os ingredientes e levar em fogo baixo deixar cozinhar por cerca de 30
minutos.
9. Quando a agua secar, o açúcar vai cristalizar, é necessário mexer sempre, até que o açúcar
comece a caramelizar e então é necessário desligar o fogo.
10. Despejar os coquinhos no tabuleiro espalhar bem para não grudarem e deixar esfriar, após
frio, guardar em pote fechado.
NOTAS, REFERÊNCIAS CULTURAIS E INFORMAÇÕES HISTÓRICAS
Fonte: A autora.
MODO DE PREPARO:
MISE-EN-PLACE:
1. Retirar a água do coco e reserve, abrir o coco, retirar a polpa e reservar.
EXECUÇÃO:
2. Cortar a polpa do coco em lascas de 3 centímetros e reservar na água de coco até o
momento do empratamento.
3. Aquecer o óleo, fritar a pipoca.
4. Triturar a pipoca na ponta da faca, até formar uma farofa grossa, reservar.
NOTAS, REFERÊNCIAS CULTURAIS E INFORMAÇÕES HISTÓRICAS
Fonte: A aluna
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4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
CAMARGO, Hertz Wendell de; COSTA, João Emerson da; ULBRICH, Terri. Cultura
alimentar: a linguagem da fé e relação entre alimento e divindade e Umbanda.
Ecolinguistica: Revista Brasileira de Ecologia E Linguagem, Brasília, v. 07, n.
03, p. 120-135, 2021. Disponível em : Vista do Cultura alimentar: a linguagem da fé
e a relação entre alimento divindade e Umbanda (unb.br) Acesso em: 11 maio 2023.
FARELLI, Maria Helena. Comida de Santo. 9.ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2009.
GONÇALVES, Fábio da Silva; OLIVEIRA, Daniel Coelho de. A comida dos homens
e a comida dos espíritos: um estudo sobre práticas alimentares no Candomblé
na Umbanda. VIII ENcontro Nacional de Estudos do Consumo. Universidade
Federal Fluminense em Niterói/RJ nov 2016. Disponível em:
http://www.enec2016.sinteseeventos.com.br/resources/anais/7/1475806817_ARQUI
VO_artigosobrealimentacao(1).pdf Acesso em 21 mar 2023
LODY, Raul. Santo também come. 2.ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2004.
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