Geograifa A 2023 2024 Teste 1

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Agricult

ura: Atividade
económica
incluída no setor
primário,
através do qual As fragilidades dos sistemas agrários
se explora
recursos do solo Funçaõ económica:
com vista á Disponibilidade. Segurança e
 Produção: Bens alimentares, recursos, diversidade alimentar, emprego
produção de
bens de origem
serviços
vegetal ou  Emprego: direto, indireto
animal. Estes
Função ambiental:
bens podem ser
utilizados como  Proteção e manutenção de recursos naturais chave:
matérias-primas Preservação dos recursos naturais
 Fertilidade do solo, água e ar, manutenção e criação de biótipos
de diversas de valor Sustentabilidade
indústrias ou
canalizados Manutenção do ecossistema: Biodiversidade
diretamente á
alimentação  manutenção e promoção da biodiversidade, reintegração de nutrientes
humana.
função social:
SAU: superfície Ocupação, desenvolvimento e
 Cultural: preservação do património rural
agrícola atratividade do meio rural
 Espacial: aprovisionamento de recursos do solo,
utilizada
preservação de recursos paisagísticos e culturais únicos
SANU:
superfície sistema agrário: Modo de exploração do meio. Envolve um conjunto
agrícola não diversificado de meios de produção, adaptados aos condicionalismos bioclimáticos de
utilizada um determinado espaço, que visa dar resposta ás condições e ás necessidades sociais
do momento.
Paisagem
agrícola: A paisagem rural portuguesa é constituída por sistemas agrários que neste último ano
SAU+SANU têm sofrido grandes desafios, relacionados com as fragilidades do setor agrícola
Paisagem nacional. (pag.13 do manual)
agrária:
SAU+SANU+to A ocupação do solo nos espaços rurais: Características
das as
infraestruturas
com fim para a
predominancia do
agricultura natural

Paisagem
rural:
população
maioritariamente povoação de

espaços
Paisagens ocupada com o menor dimensão
agrárias + trabalho agricola
infraestruturas
(hospitais, rurais
escolas, rede social mais
elevada ou elevado baixa dimensão
centros grau de ajuda populacional(poucos
comerciais… mútua habitantes por km2
A ocupação do solo nos espaços rurais: Fatores físicos/naturais e humanos

Fatores físicos:

 clima (temperatura, precipitação, humidade)


 relevo (acidentado, ou plano)
 solo (condições edofoclimáticas)

Fatores humanos:

 distribuição da população
 características da mão-de-obra
 atratividade da população e atividades económicas pelas áreas litorais
 razões históricas

As paisagens agrárias tradicionais

Caracteristicas das paisagens agrárias:

Aspeto dos campos agricolas: morfologia agrária

Dimensão: minifúndio ou latifúndio

Forma: irregular ou regular

Limites/ vedações: aberto ou fechado

Densidade da rede de caminhos

Distribuição das casas no espaço: povoamento

Disperso ou concentrado ou misto ou linear

Que espécies se cultivam e como? - sistemas de cultura

Intensivo ou extensivo- aproveitamento do solo

Regadio ou sequeiro- necessidade de água

Policultura ou monocultura – variedade

Continuo ou descontinuo- afolhamento

Morfologia agrária:

No Norte predomina os minifúndios organizados em campos fechados, vulgarmente fechados


por sebes (muros, cercas, árvores, arame …), muito parcelados e irregulares.

No sul do país, sobretudo no Alentejo e no Ribatejo e Oeste predominam os latifúndios,


tradicionalmente em forma de campos abertos e espaço de forma continua e regular ou
geométrico.
Povoamento:

Concentrado: aglomerado de casas formando aldeias rodeadas pelos espaços de cultivo. Ex:
Alentejo

Disperso: Distribuição das casas de forma dispersa pelos campos agrícolas. Ex: Madeira e EDM.

Misto: Alternância entre aglomeração e dispersão, Ex: Açores e Beira Litoral

Sistemas de cultura:

Intensivo: ocupação total e continua do solo, onde origina várias colheitas anuais originando
grande rendimento, regime de policultura, associado às culturas de regadio. Predomina-se nas
regiões agrárias EDM, BL, RO, Madeira e Açores.

Extensivo: ocupação descontinua do solo, com recurso frequento ao pousio, predomínio do


regime de monocultura, associado às culturas de sequeiro. Predomina-se nas regiões agrárias
do Alentejo e no TDM, BI.

Os problemas estruturais da agricultura portuguesa:

 Composição e distribuição da SAU


 Formas de exploração da SAU
 Natureza Jurídica da SAU
 Estrutura Fundiária
 Dimensão económica das explorações
 Irrigação
 Mecanização
 Mão de obra agrícola

Composição e distribuição da SAU

A SAU tem sofrido grandes alterações ao longo dos anos refletindo a evolução da conjuntura
socioeconómica do país e das políticas agrícolas e comunitárias. A SAU é constituída pelas:

 Terras aráveis-terras destinadas a culturas temporárias de sementeira anual (cereais,


batata, hortícolas, etc.) geralmente associadas a um tipo de sistemas de rotação de
culturas, incluindo o pousio.
 Horta familiar- superfície agrícola (geralmente inferior a 0,2 hectares) ocupada com
produtos agrícolas para autoconsumo.
 Culturas permanentes- culturas que ocupam o solo durante vários anos, fornecendo
várias colheitas, como as árvores.
 Pastagens permanentes- superfícies semeadas ou espontâneas, em geral herbáceas,
destinada á alimentação do gado. Não estão incluídas na rotação de culturas e ocupam
o solo por um período superior a 5 anos.

A percentagem de terras aráveis tem vindo a diminuir com a diminuição das culturas
temporárias e ao aumento das culturas e pastagens permanentes.

A distribuição da SAU revela fortes contrastes: nas regiões insulares, no algarve e no


noroeste do continente tem a menor percentagem de SAU, enquanto o Alentejo, é onde se
localiza mais de metade das terras agrícolas do país.
Em Portugal há uma fraca expressividade da área ocupada com hortas familiares em
todas as regiões agrárias. Há uma maior expressividade das culturas temporárias na BI, RO,
EDM. Predomínio das culturas permanentes no Alentejo, na Madeira e EDM. Prevalência dos
prados e das pastagens permanentes na Região dos Açores, praticando um regime de
monocultura, dada a importância do gado nesse arquipélago.

Formação e exploração da SAU:

Conta própria Arrendamento


Potencialidades O dono é o proprietário da exploração, É uma mais-valia para evitar o
logo, há uma maior preocupação em abandono das terras, quando os
cuidar do solo e investir em proprietários por algum motivo
melhoramentos fundiários, como deixam de as cultivar. Ao prevenir o
instalações de rega. abandono, atenua-se os custos
sociais e económicos que poderiam
resultar como o desemprego,
incêndios, degradação da paisagem,
a redução da biodiversidade, etc.
Fragilidades Ameaça a valorização económica e O produtor usa uma terra alheia, e
ambiental da SAU, com risco a abandono pode praticar práticas agrícolas
das terras devido às características dos intensivas e pouco cuidadas,
proprietários: pessoas envelhecidas, podendo assim aumentar o risco de
baixo nível de instrução e formação, esgotamento do solo.
baixo conhecimento de novas
tecnologias e resistência á mudança no
sentido de inovação e modernização.

A natureza Jurídica da SAU:

Personalidade jurídica do responsável jurídico e económico da exploração que pode assumir


duas formas principais:

 Produtor singular-produtor autónomo que recorre á mão de obra familiar na sua


exploração, e o produtor empresário que utilizada a mão de obra assalariada.
 Sociadas agrícolas- forma de vários agricultores. Que em conjunto dirigem uma ou
mais explorações agrícolas, que empregam mão de obra assalariada.

As empresas agrícolas:

Produzem mais de metade dos efetivos pecuários do país

Recorrem a menos mão de obra, mas mais eficiente

Empregam mais de três quartos de mão de obra agrícola assalariada regular

Gerem uma dimensão da SAU muito maior que á das explorações agrícolas geridas pelos
produtores singulares.

Estrutura fundiária:

O Alentejo concentra, o maior número de explorações de grande dimensão.


A beira litoral apresenta em média, menos de 3 hectares da SAU, valores que descem ainda
mais no caso da Madeira, para cerca de 0,3 hectares.

O predomínio dos minifúndios junta-se á excessiva fragmentação das explorações


agrícolas, dada a sua distribuição espacial muito irregular, em regiões EDM e da BL. Esta
estrutura fundiária cria fortes obstáculos á introdução da maquinaria e á modernização dos
sistemas de produção, o que contribui para um baixo nível de produtividade e rendimento e
reforça a fraca competitividade do setor agrícola nacional.

A dimensão económica das estruturas agrícolas:

Muito pequenas-Madeira

Pequenas- Açores e resto do país

Médias- Açores e resto do país

Grandes- Alentejo, RO, EDM

Irrigação:

Quase metade das explorações nacionais apresenta infraestruturas de rega, podendo


ser rega por aspersão, micro aspersão, sulco, gota a gota, drones tecnológicos…, verificando-se
um aumento da superfície regada de 20%, devido á modernização de pomares, vinhas e olivais.

A pesar deste aumento a superfície regada só corresponde a uma pequena parte da


SAU. Atendendo às condições edofoclimáticas de Portugal, o regadio é crucial para reduzir a
vulnerabilidade dos sistemas de produção agrícola, permitindo combater a erosão e a
desmistificação das terras, sobretudo num contexto de alterações climáticas e da intensificação
dos fenómenos de seca.

Mecanização:

O processo de mecanização intensificou-se devido a adesão de Portugal á EU,


tendo sido apoiado por diversos fundos comunitários. As explorações agrícolas começaram
mais a usar os tratores próprios, coisa que antigamente era utilizado tratores de outros em que
os agricultores pagavam para os utilizar. O problema reside na idade destes tratores e falta de
formação, pois muitos dos agricultores são pessoas envelhecidas, com falta de formação para
usar estas máquinas, em que também já são antigas e não oferecem segurança aos agricultores
comprometendo á sua saúde.

A nível regional o índice de mecanização é mais elevado nas regiões agrárias da BL,
EDM, reflexo da estrutura fundiária e das práticas associadas aos vários sistemas de produção.

A mão de obra agrícola:

A mão de obra agrícola em Portugal é envelhecida, escassa, com pouca formação


especifica, e predominância da mão de obra masculina, trazendo consequências como fraco
investimento, fraco rendimento e produtividade, falta de autoaprovisionamento, dependência
externa.

Causas do decréscimo da mão de obra:

 Deslocação para outros setores de atividade


 Diminuição do número de explorações
 Menor dimensão média do agregado do agricultor
 Progressiva modernização no setor
 Envelhecimento da população agrícola

A mão de obra assalariada predomina-se nas regiões agrárias do Alentejo e RO. Nas restantes
regiões agrárias, predomina a mão de obra familiar.

Consequências:

Fraco investimento, na tecnologia, ciência, energias renováveis…

Fracos rendimentos e produtividade, pouca produção e mão de obra e muita superfície


agrícola

Falta de autoaprovisionamento em muitos produtos alimentares

Dependência externa, balança comercial negativa

Soluções:

Emparcelamento- O redimensionamento das explorações, principalmente no que diz respeito á


pequena apropriada. Só a adequação da dimensão das explorações às culturas dominantes e
aos respetivos sistemas de produção, permitirá racionalizar a utilização da mão de obra e
introduzir técnicas e tecnologias modernas, no sentido de aumentar o rendimento e
produtividade agrícola. O setor tornar-se-á dessa forma, mais competitivo e menos
dependente do exterior. O processo de emparcelamento consiste no agrupamento de
pequenas explorações ou dos blocos que as constituem, de modo a formarem-se conjuntos
mais vastos, que permitam a utilização de tecnologias modernas.

Promover o associativismo- ajudando á organização dos agricultores em cooperativas e


associações de forma a garantir: a defesa dos seus direitos, o acesso ao crédito, a melhoria das
redes de comercialização e armazenamento e o acesso á formação profissional ou o
escoamento dos produtos, entre outros.

Incentivar á especialização produtiva- introduzir ou desenvolver novas culturas, de acordo


comas condições diferentes das regiões e com a procura do mercado.

Apostar na instrução- tornar os agricultores competentes para a utilização de novas técnicas e


tecnologias.

Rejuvenesces- incentivos às reformas antecipadas ou atrair os jovens para a agricultura, através


da criação de facilidades ao crédito, de apoio técnico ou outros criando um clima de abertura á
inovação.

Modernizar os meios de produção- promover a aquisição de máquinas e divulgar as técnicas


das suas utilizações para o cultivo moderno, utilizar as formas de irrigação eficientes para a
gestão de água existente.

Adequar a qualidade do solo às culturas produzidas- de forma a aumentar o rendimento e a


produtividade

Utilizar de forma equilibrada os fundos comunitários.


Promover sistemas de produção amigos do ambiente, para garantir a conservação dos recursos
naturais e, simultaneamente a qualidade dos produtos. A agricultura biológica constitui um
sistema de produção que, neste âmbito é apoiado pela PAC- politica de agricultura comum.

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