Luis Age
Luis Age
Luis Age
DIVISÃO DE AGRICULTURA
CURSO DE ENGENHARIA ZOOTECNICA
TEMA
Mercados fnanceiros rurais
Crediro e poupanca nas familias rurais
Sistema financeiro rural em moçambique
Discentes
Luis Jose Mahacha
Objectivo Geral
Objectivos específicos
2. Em 1977 , Dale W. Adams referia: ocada vez mais os MFR's sâo chamados a
desempenhar um papel activo na consecução de objectivos de desenvolvimento. Em
1984, o mesmo autor vinha a referir: O rápido crescimento dos serviços financ€iros que
acompanha o progresso económico num pâÍs é uma indicâção clara de que existe
procura pâra esses serviços. Geralmente as pessoas não são obrigadas â fazer
depósitos e a recorreÌ ao crédito.
O facto é que a procura cresce muito rapidamente o que mostra que as p€ssoas numa
sociedade têm benefícios com esse serviçor. Por seu lado, C. Bourne e D. H. Graham,
em 1980, manifestam uma certa expectativa em relação à contribuição dos MFR's para
o desenvolvimento rural nos países em desenvolvimento. Eles podem melhorar a
quantidade e a qualidade das poupanças rurais e fornecer crédito em montântes e
formas que aumentem a capa cidade produtiva e a equidade rural. Tal questão tem sido
alvo de aÌgumas abordagens, das quars destacamos a dos investigadores do
Departamento de Economia AgrÍcoÌa e Sociologia Rural, da Ohio State University, nos
Estados Unidos da América. Dele fazem parte muitos dos nomes que temos vindo a
referir.
Nos últimos anos, a economia informal tem recebido atenção crescente dos
estudiosos. Sabe-se que a sua participação não é desprezível e, por isso, análises mais
profundas, visando a qualificar agentes e operações do setor informal, têm sido
estimuladas. No tocante à agricultura e, mais especifica mente, à questão do
financiamento rural, essa preo cupação mostra-se bastante difundida. Produtores,
instituições financeiras públicas e/ou privadas, associações e cooperativas de
produtores têm promo vido discussões e financiado projetos de pesquisa para melhor
compreensão do funcionamento dos mercados financeiros informais na agricultura
brasileira. Contudo, para entender essa questão cabe, inicialmente, diferenciar o crédito
formal do crédito informal e, ainda, realçar as principais características de ambos.
Considere-se crédito rural formal o emprés timo efetuado pelas instituições do sistema
financeiro, no âmbito do Sistema Nacional de Crédito Rural e sob o controle direto do
governo. Diante dessa definição, pode-se estabelecer que as formas de financiamento
realizadas fora do sistema financeiro, não previstas no SNCR e fora do controle
governamental, são consideradas informais. Tais operações compõem, desta forma, os
mercados financeiros rurais informais (ARAÚJO & ALMEIDA, 1992). Dentre as
operações financeiras informais, pode-se citar quatro tipos bastante comuns entre os
agricultores: a) empréstimos em dinheiro obtidos fora do sistema bancário, ou seja, de
particulares ou firmas ligados à atividade agropecuária; b) operações de escambo do
tipo insumo/ produto ou serviço/produto, realizadas entre fornece Informações
Econômicas, SP, v.23, n.04, abr. 1993. 32 dores de insumos/serviços e produtores
rurais; c) compras e/ou vendas antecipadas de produção, realizadas entre produtores e
comer ciantes ou beneficiadores de produto agrícola; e d) poupança e empréstimo
realizados por grupos de poupança ou associações de poupança e crédito rotativos,
organizados pelos próprios agricul tores. Enquanto no crédito formal os principais
agentes responsáveis pela concessão de empréstimos são os bancos e as
cooperativas de crédito, nos mer cados informais existe uma grande variedade de
intermediários a realizar essa tarefa. Nesse caso, den tre os mais comuns pode-se
destacar: vendedores de insumos, compradores de produtos, associações de
produtores, casas de penhor, corretores de emprésti mos, parentes e até mesmo
agiotas (ADAMS, 1989).
Sistema Financeiro
O sistema financeiro de um país inclui seus bancos, credores não bancários; mercados
de valores mobiliários; fundos de pensão, mútuos e outros fundos de investimento;
seguradoras; e infraestruturas de mercado, como contrapartes centrais de
compensação, provedores de pagamento e bancos centrais, bem como suas
autoridades reguladoras e supervisoras. Essas instituições e mercados fornecem uma
estrutura para a realização de transacções económicas e política monetária e ajudam a
canalizar a poupança para o investimento, apoiando assim o crescimento económico
(FMI, 2021). Um sistema financeiro estável é capaz de alocar recursos de forma
eficiente, avaliar e gerenciar riscos financeiros, manter níveis de emprego próximos da
taxa natural da economia e eliminar movimentos relativos de preços de activos reais ou
financeiros que afectarão a estabilidade monetária ou os níveis de emprego. Um
sistema financeiro está em uma faixa de estabilidade quando dissipa desequilíbrios
financeiros que surgem endogenamente ou como resultado de eventos adversos e
imprevistos significativos. Na estabilidade, o sistema absorverá os choques
principalmente por meio de mecanismos autocorrectivos, evitando que eventos
adversos 8 tenham um efeito disruptivo na economia real ou em outros sistemas
financeiros.
De acordo com as alíneas b) e c), do artigo 3 do Estatuto Geral das Micro, Pequenas e
Médias Empresas aprovado pelo Conselho de Ministros da República de Moçambique
em Setembro de 2011:
. (BdM, 2012).
A crise econômica, bem como a crise em que se encontra o atual modelo de crédito
rural, torna necessária a busca de novas fontes e instrumentos de financiamento e
comercialização que venham contri buir efetivamente para a constituição de um novo
sistema capaz de prover crédito, de acordo com as necessidades da agricultura. Além
disso, a utilização de um fundo suporte pode, possivelmente, reduzir os riscos do
agente e do mutuário envolvidos na operação. Porém, considera-se necessário que
esse fundo seja principal mente mantido pelo setor privado. Os mercados financeiros
informais, na sua grande diversidade de agentes e formas de operação, podem servir
prontamente ao produtor necessitado de recursos. A facilidade e a rapidez na obtenção
do crédito são alguns dos pontos fortes desses mercados, compensando em parte os
altos custos cobrados pelos intermediários.
CENTRAL DE REGISTROS S/A. Certi ficado de mercadoria com emissão ga rantida CM-
G. São Paulo, Central de Registro, 1992. (mimeo).