Estrategia de Desenvolvimento Rural
Estrategia de Desenvolvimento Rural
Estrategia de Desenvolvimento Rural
REPBLICA DE MOAMBIQUE
____
CONSELHO DE MINISTROS
(EDR)
SUMRIO EXECUTIVO
TABELA DE CONTEDOS
1 INTRODUO............................................................................................. 1
1.1 DEFINIO OPERACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL ..................................................... 3
1.2 ENQUADRAMENTO, METODOLOGIA E PROCESSO DE CONSULTA ............................................... 4
1 INTRODUO
1
A distino entre populao urbana e rural no obedece a um critrio internacional rgido e uniforme.
No caso de Moambique, a definio oficial define populao urbana as aglomeraes de 23 cidades e 68
vilas especficas do Pas. No caso especfico deste documento, as projeces sobre o urbano e o rural
consideram tambm estimativas das Naes Unidas, associadas mobilidade e mudanas nos
assentamentos populacionais.
2
Segundo o IDS 2003 a taxa de fecundidade rural no s maior mas aumentou no perodo 1997-2003
(de 5.8 para 6.6 filhos por mulher). J a taxa de fecundidade urbana reduziu de 5.1 para 4.4 filhos,
entre 1997-2003 (INE, 2003).
3
O PARPA II (p. 69) refere que em 2003 a populao rural rondava os 64%. Isto consistente com
estimativas, segundo as quais em 2005 a populao rural deveria rondar os 60% (UN, 2006).
30.0
25.0
12.4
20.0 12.5
12.6
Pop (Milhes)
12.4
15.0
12.1
12.2
10.0
10.6 16.1
10.5 14.0
11.9
5.0 8.8 9.5
7.3 7.4
6.3 5.8
0.2 0.3 0.5 1.6 2.8
0.0
1950 1970 1990 2005Proj. 2015Proj. 2025Proj.
Anos
Series2 Series3
Fonte: INE, 2004; UN, 2006
impedidas de frequentar as 50 - 59
40 - 49
escolas, ou acabam por 30 - 39
20 - 29
abandonar os estudos para 10 - 19
as possibilidades de superar 20 15 10 5 0 0 5 10 15 20
as suas condies de
pobreza. Fonte:INE,2002:2
disponvel no Pas.
100
55. Em
50
reconhecimento desta
situao especfica, o 0
Governo considera 1961 1970 1980 1990 2000 2003
(organizativas,
tecnolgicas, institucionais e culturais) para uma gesto,
simultaneamente produtiva e sustentvel, dos recursos naturais
rurais, sobretudo dos recursos agrrios e agro-florestais.
56. Atravs duma gesto eficaz e eficiente dos recursos das
comunidades rurais (humanos, fundirios, financeiros e naturais),
ser possvel, dispensar gradualmente as crianas e jovens, para que
sejam orientados para a sua capacitao, diversificao e
enriquecimento profissional, laboral e social. O prprio xodo rural,
como alternativa falta de oportunidades econmicas locais, poder
4
Esta percentagem pode ser relativamente maior quando se considera a terra em pousio que, nas
actuais condies de produo agrcola, tambm faz parte do uso agrcola. Porm, a parte de terra em
pousio, como o prprio nome indica, no conta como uso efectivo.
Mozambique 0.391
Sul 0.515
Maputo Cid. 0.634
Maputo Prov. 0.563
Gaza
Inhambane
Centro 0.365
Sofala
Manica
Tere
Zambezia
Norte 0.315
Nampula
Source: INE,2006
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tete 72.2
Niassa 67.9
Norte 66.5
Nampula 63.1
Inhambane 58.9
Centro 58.6
Zambzia 57.9
Manica 55.0
Gaza 44.1
Sul 42.1
Maputo Prov. 40.1
5
SWOT o termo internacionalmente conhecido na designao em Ingls: strenghts (pontos fortes),
sobre as vantagens internas em relao a outras reas; weaknesses, ou pontos fracos e desvantagens
internas; opportunities (oportunidades), aspectos positivos e potencial para fazer crescer a vantagem
competitiva; e threats, ou ameaas, aspectos negativos com potencial de comprometer a vantagem
competitiva.
campo.
Fraco incentivo do sector privado,
nomeadamente do sector bancrio, Possibilidade de acesso a mercados
para investir na zona rural. regionais potencialmente
Reduzida sensibilidade e percepo significativos, em termos
dos riscos associados manuteno e demogrficos e procura.
conservao do ambiente.
2. Gesto
5. Boa Governao Produtiva e
Sustentvel
e Planeamento
dos Recursos
para o Mercado
Naturais e do
Ambiente
4. Expanso do 3. Diversificao e
Eficincia do
Capital Humano,
Capital Social, de
Inovao e
Infra-estruturas
Tecnologia
e Institucional
Mauritius
com os fornecedores de
Gam bia
Egypt
Ghana
Malaw i
pas. Senegal
Uganda
Zam bia
Ethiopia
Zim babw e
Chad
de vida at 2025, o PIB real per capita rural teria de crescer a uma
taxa mdia real de 16% ao ano.
115. Estes exemplos so reveladores da dimenso do esforo que as
reas rurais necessitaro de realizar, nem que seja para evitar que o
hiato e assimetrias rurais-urbanas diminuam lentamente. Ou seja,
mesmo para poderem alcanar um padro de vida digno e reduzir aos
poucos o hiato e assimetrias em relao s zonas urbanas mais
desenvolvidas no Pas, ser preciso um esforo adicional e
substantivo.
116. Para melhor exemplificar o tipo de mudana necessrio no
padro de acumulao na economia nacional, apresentam-se
seguidamente trs cenrios ilustrativos das alternativas, possveis e
mais ou menos desejveis. A Figura 9 ilustra a ideia principal em
cada cenrio.
117. Cenrio 1 O Crescimento espontneo actual pro-urbano: No
perodo 1995-2005, o PIB real per capita de Moambique cresceu a
uma taxa mdia de 8,6% ao ano. Se este ritmo de crescimento e a
mesma estrutura da economia se mantiverem como na dcada
passada, o PIB real per capita poder aumenta de $308 em 2005,
para $1.084 em 2025.
118. Alm disso, se a economia nacional mantiver o mesmo padro
de acumulao observado no perodo 2000-2005, o crescimento
econmico permanecer predominantemente pro-urbano; o PIB real
per capita urbano aumentar de $486 em 2005, para $1.492 em
2025, enquanto o PIB real per capita rural aumentar de $200 para
$555.
119. Cenrio 2 Intensificao do Crescimento Acelerado Pro-Urbano:
possvel imaginar um crescimento econmico relativamente maior
do que aquele que previsto no Cenrio 1. Mas um crescimento na
ordem dos 10 ou mais por cento ser irrealista e improvvel, a no
ser que se consiga mobilizar um investimento produtivo na economia
rural muito acima do que aquele que agora imaginvel.
120. Mesmo que o crescimento da economia nacional atinja os 10 por
cento, o desafio que necessita de ser considerado sobre o
contributo da economia rural. No Cenrio 2, projecta-se um
crescimento mais acelerado, mas ainda assente no mesmo tipo de
estrutura e padro do que se considera no Cenrio 1. Neste caso,
registar-se-ia uma melhoria do padro de vida tanto nas zonas rurais
como nas zonas urbanas. Contudo, a parte significativa e principal do
valor acrescentado continuaria a concentra-se nas zonas urbanas. Na
pior das hipteses, dependendo das diferenas no crescimento
regional, a assimetria urbano-rural poderia mesmo aumentar.
$3.000
C3-Urbana; $2.770
$2.500
C1-Urbana; $1.492
$1.500
C3-Rural; $1.344
$1.000
C3-Rural; $168
$0
2000 2004 2005 2010 2015 2020 2025
A) Desafio
B) Como?
C) Meta
TABELA 5:
Indicadores
Objectivos Especficos Aces Prioritrias de
Referncia
1. Criar indicadores macro e Definir indicadores para a monitoria do crescimento
micro econmicos econmico, rural e urbano, incluindo produto global bruto por
Indicadores
relevantes para o rural e distrito, preos correntes e salrios, entre outros.
urbano, distritos e a definir
Actualizar os indicadores de medida da mobilidade e
localidades
variaes nos assentamentos populacionais, urbano e rural.
Criar uma Autoridade da Concorrncia para promoo da
cultura estratgica empresarial e concorrncia de mercado Termos de
eficiente e justa, com destaque para: Referncia
1.Identificar as falhas quer do mercado quer do Governo, da
com respeito ao poder de escassez, s externalidades, Autoridade
informao imperfeita e a equidade; da
2.Enfoque da direco empresarial inovadora, criativa e
Concorrncia
2. Promover a cultura flexvel;
estratgica empresarial a definir,
3.Tomar decises profissionais e relaes de comunicao
envolvendo
caracterizadas por: brevidade, variedade, competncia
tcnica e sensibilidade ao risco e imprevistos. entidades
4.Princpios estratgicos relevantes: 1) Concentrar foras; como MPD,
2) Edificar sobre os pontos fortes e utilizar os potenciais CTA, IPI/MIC
sinergticos; 3) Utilizar as oportunidades de retorno e do e outros a
mercado; 4) Harmonizar os objectivos e os meios em definir
funo dos riscos; 5) Unidade de doutrina.
Identificar formas de minimizar dificuldades nos fluxos e 9% da taxa
servios transfronteirios e alfandegrios para fomento da mdia de
3. Melhoria da poltica economia rural ( as taxas mdias de importao encontram- importao
comercial se acima de 9%, nvel elevado internacionalmente). elevada a
Tornar mais clere, eficiente e barata a tramitao nvel
aduaneira. internacional
Menos de
10%
Racionalizar os gastos do Governo como percentagem do
4. Reduzir a carga tributria contribuiu
PIB que actualmente esto acima de 30%.
do Governo com
Aumentar a cobertura dos impostos.
impostos
directos
Aumentar a interveno do Governo na Economia. Esta Consumo do
5. Apoio Eficaz do Governo avaliao da interveno do Estado diferente do papel Governo
Economia Rural regulador do governo e complementa a avaliao da carga inferior a
tributria. 15% do PIB
Taxa de
Adoptar medidas de controle inflacionrio. Entre 1995 e 2004 inflao
a taxa mdia anual de inflao foi moderada alta. Mas esta
6. Melhoria da poltica superior a
medida baseia-se unicamente na economia urbana (Maputo,
monetria 6% mas
Beira e Nampula). No existem dados sobre inflao na
economia rural. inferior a
15%
7. Aumento dos fluxos de Criar condies para o aumento dos investimentos no meio
% de fluxos
capital e investimento rural. Os indicadores disponveis no mostram a proporo
estrangeiro nas reas de
do fluxo de capitais e investimentos estrangeiros aplicados
rurais investimento
nas zonas rurais. Os obstculos ao investimento so baixos,
1,5
1,99
2,0
2,55
2,5
2,85
3,0
3,34
3,5
3,95
4,0
4,39
4,5
5,0
Projeco 2005-2025 Evoluo 1995-2005 (Pior/Worst)
A) Desafio
B) Como?
TABELA 6:
Indicadores
Objectivos Especficos Aces Prioritrias
de Referncia
Identificar as terras nos seus diferentes usos, com
1. Emancipar poltica destaque para quatro situaes principais:
e economicamente Situao 1: Zonas densamente ocupadas e com Divulgao
as comunidades elevada utilizao de recursos; pblica
com base na Situao 2: Zonas com baixa ocupao e utilizao; peridica do
segurana de Situao 3: zonas com recursos protegidos ou a zoneamento
posse sobre os proteger; (por Distrito)
recursos Situao 4: Zonas com recursos virtualmente no
explorados
Implementar o DUAT (Direito de Uso e
Aproveitamento da Terra), para fomento de
parcerias triangulares, entre Estado (proprietrio da
terra), Comunidades (usurios e possuidores
efectivos da terra) e Privados (gestores e parceiros At 2010 cada
econmicos). Governo
2. Implementar Legalizar as comunidades semelhana das boas Distrital deve
efectivamente a Lei experincias em Sofala, entre outras; atribuir pelo
da Terra, Preparar condies nos distritos para titulao menos 50% dos
nomeadamente do fundiria, com prioridade para comunidades com ttulos s
DUAT, com necessidade de entrar em parcerias com agentes comunidades
prioridade para as econmicos ou empresas privadas e pblicas (para rurais e pelo
comunidades que o tringulo no uso e aproveitamento seja eficaz e menos 20% a
rurais eficiente o Estado deve proceder titulao que proprietrios
permita s comunidades fazer uso de instrumentos individuais e
documentais de negociao em parcerias privados
comunitrio/privadas).
Fomentar o apoio jurdico no processo de legalizao
fundiria comunitria, bem como na criao de
comits de gesto de terras.
Identificar zonas com grande potencial mineiro,
turstico e reas ambientalmente sensveis e frgeis.
Identificar e mapear as reas potenciais para o
3. Gerir
desenvolvimento da aquacultura.
sincronizadamente
Identificar e mapear as reas potenciais para o Zoneamento
os recursos
desenvolvimento da pesca artesanal comercial, de
naturais
subsistncia e as zonas a proteger.
Fazer o levantamento, identificar locais de
concentrao de pescadores (aldeias).
4. Poltica ambiental Controlar os agentes nocivos e factores ambientais Indicadores de
que articule uma de mortalidade, como seja a malria, guas medida de
conservao e contaminadas, eroso, etc. impacto
transformao Desenvolver programas ambientais explicitamente negativo no ser
ambiental favorvel relevantes para a reduo da mortalidade, reduzindo humano:
ao bem-estar as condies ambientais nocivas sade pblica: controle de
humano malria, clera, guas estagnadas e lixo, pulmes malria, clera,
C) Metas
Mauritius
Namibia
Kenya
Uganda
humano a caractersticas fsicas e Gambia
Nigeria
convertem em capital quando Ghana
Zambia
multiplicado em mais riqueza e Mozambique
Malawi
Angola
Chad
HPI-Probreza Humana
100
90
80
70 70
60
50
40
Crianas com Peso Deficiente 30 28 66
Probab. de no-Sobreviver at 40 anos
20
10
27,1 7,9 0 40
8
9,5
86
83
Pop. Sem gua Potvel Analfabetismo
162. Esta mudana pode ser alcanada se, nas prximas duas
dcadas, as privaes nas zonas rurais diminurem nas propores
seguintes: 1) o nmero de pessoas privadas de gua potvel diminuir
de 86% para menos de 10%; 2) O analfabetismo reduzir de 83%
B) Metas
C) Como?
TABELA 7:
OBJECTIVO 3
Expanso do Capital Humano, Inovao e Tecnologia
Objectivos Indicadores de
Aces Prioritrias
Especficos Referncia
Combater a malria, as doenas respiratrias e
diarreicas. A chave para a melhoria da esperana de
vida a reduo da mortalidade infantil, com Dados de
incidncia nas causas externas de morte. Os esperana de
Governos Distritais devem esboar planos anuais para vida,
reduo das mortes causadas por: mortalidade
Malria distribuir redes mosquiteiras nas zonas infantil,
rurais. prevalncia e
Infeces respiratrias incidncia de
Uso de gua imprpria para consumo HIV/SIDA
Assegurar adicionalmente, o combate das epidemias,
sobretudo o HIV-SIDA.
Assegurar a concretizao destas prioridades
garantindo o acesso a recursos pblicos, melhoria das
condies habitacionais, do acesso gua potvel,
mas tambm a mudana de hbitos e
comportamentos individuais.
1. Longevidade
Reduzir a Razo da Mortalidade Materna:
1. Aumentar a Taxa de Cobertura de Partos 1. Taxa de
Institucionais Mortalidade
2. Aumentar o nmero de unidades sanitrias (US) Materna:
que prestam Cuidados Obsttricos de Emergncia 2003
Bsicos (nos Centros de Sade tipo I e II) e 408/100.000
Completos (nos Hospitais Rurais) 2009
3. Treinar e colocar pessoal treinado em nessas US 358/100.000
4. Apetrechar as US em equipamento e e colocar 2. Taxa de
medicamentos essenciais Cobertura de
5. Afectar ambulncias e Rdios de Comunicao nas Partos
US para transferncia de doentes e comunicao Institucionais:
quando haja complicaes 2005 49%
6. Construir Casas de Espera, prximo da Maternidade 2009 55%
para as mulheres grvidas esperarem no fim da 3. % de sedes
gravidez e terem o parto na Maternidade. distritais em
7. Educao para a Sade aos lderes comunitrios, que existem
Casas de
homens e mulheres para mobilizarem as mulheres
Espera:
para iniciarem as Consultas Pr Natais
0 20 40 60 80 100 120
mais elevada e prestigiante a
nvel Africano.
A) Desafio
TABELA 8:
OBJECTIVO 4 Diversificao e Eficincia do Capital Social, de Infra-Estruturas e
Institucional
Objectivos Indicadores
Aces Prioritrias
Especficos de Referncia
187. Para a EDR existe uma diferena muito importante entre promover
mercados e promover empresas, sobretudo privadas mas tambm
pblicas e com fins no-lucrativos. O planeamento para o mercado visa
priorizar o papel importante que a concorrncia livre e saudvel
desempenha, sobretudo no sentido de se evitar que as empresas
consigam demasiado poder de escassez.
188. Em contrapartida, um planeamento do mercado tende a agravar
as distores do mercado e fica sujeito influncia e presses de
grupos de presso empresarial.
189. Uma boa governao e o planeamento para o mercado
promovem o fortalecimento duma economia de mercado produtiva,
competitiva, dinmica, ambientalmente equilibrada e socialmente
estvel. Isto acontece, pelo facto do planeamento para o mercado
procurar minimizar as falhas do mercado, quer pela via da reduo do
poder de escassez por parte dos agentes econmicos, quer pela
minimizao das externalidades ou efeitos secundrios sobre terceiros,
quer ainda pela falta de informao adequada e actualizada.
190. O planeamento para o mercado fomenta a competio legal e
eficiente entre os agentes econmicos, a confiana e segurana nos
acordos comerciais, tica comercial e a participao dinmica dos
agentes privados, associativos e comunitrios.
191. Recentemente, duas reas importantes registaram passos
fundamentais em termos de descentralizao e desconcentrao de
funes e responsabilidades: uma no exerccio de funes e poder de
deciso, e a outra na gesto de recursos pblicos.
192. Estas duas reas proporcionam exemplos concretos do que neste
objectivo estratgico se entende por boa governao e planeamento
para o mercado.
A) Desafio
6
Os 7 milhes de MTn (aproximadamente 300 mil USD) que, a partir de 2006, o Governo Central passou
a atribuir gesto directa dos Distritos representa menos de 2% do Oramento de Estado. Importa,
entretanto, desmistificar e evitar a ideia de que apenas esse valor alocado aos Distritos como recurso
de investimento. Diversos Ministrios possuem oramentos com vista a serem aplicados nos Distritos, se
bem que as decises e gesto seja da responsabilidade central e/ou provincial.
TABELA 9:
OBJECTIVO 5
Boa Governao e Planeamento para o Mercado
Indicadores de
Objectivos Especficos Aces Prioritrias
Referncia
Assegurar a proteco do bem pblico, da
segurana do cidado e dos seus bens; Percentagem da
Minimizar as imperfeies do mercado em cobertura policial;
1. Papel do Estado
trs reas: poder da escassez das Sondagens de
empresas, externalidades negativas e opinio
insuficincia de informao.
Fomentar parcerias entre actores no
processo de desenvolvimento rural;
Criar mecanismos de mtua
responsabilizao, com configuraes
variveis quanto ao nmero e tipo de
participantes (Estado, privados, sociedade
civil e ONGs), durao (calendrio de
realizao preciso ou aberto, etc.) e
finalidade.
Assegurar mecanismos eficazes de parceria: - Modalidade de
grandes parcerias oficiais (alianas parcerias
estratgicas, na forma de parcerias realizadas.
jurdicas), acordos de colaborao (ou
2. Criao de
protocolos) com clareza de competncias, - Monitoria do
parcerias
direitos e obrigaes das partes. Alguns tipo e natureza
pblico-privadas
representantes dos agentes produtivos, das parcerias
como a CTA, os sindicatos, associaes de locais feita pelos
trabalhadores por conta prpria, etc., Governos
possuem j certas parcerias especficas com Distritais.
o Governo ( exemplo da Concertao
Social tripartida entre Governo, Sindicatos,
Comisso de Administrao Pesqueira
(CAP), Comits de Co-Gesto (CCG),
Conselho Comunitrios de Pesca (CCP) e
Associaes Empresariais para negociar o
salrio mnimo). Esta parceria poderia ser
ampliada para fins relevantes preconizado
pela EDR.
3. Organizaes Assegurar que as organizaes civis, tanto
civis com (ou profissionais como cvicas, religiosas, do Divulgao de
sem) fins consumidor, etc. tm funes ticas e iniciativas
lucrativos sociais fundamentais (ex. Observatrio da
(%)
Produto Interno Bruto (PIB) 5.989 9.808 16.919 30.905 60.121 12,2
% de variao anual 10,9 12,8 14,2
Produto Global Bruto (PGB) Rural 2.407 4.017 6.641 10.721 17.534 10,4
Produto Global Bruto (PGB) Urbano 3.582 5.791 10.278 20.184 42.587 13,2
% do PGB Rural sobre o PIB 40% 41% 39% 35% 29% 40%
Populao de Moambique 19.420 37.355 39.282 41.467 3,9
Populao Rural 12.050 21.890 24.538 26.435 28.420 4,4
Populao Urbana 7.370 12.484 12.817 12.847 13.046 2,9
PGB per capita de Moambique $308 $448 $689 $1.169 $2.115 10,1
PGB per capita Rural $200 $322 $518 $835 $1.344 10,0
PGB per capita Urbana $486 $616 $877 $1.485 $2.770 9,1
2025 Out r o s
2025
O ut ro s
2015 2015
R est aur ant es e Ho t eis 2010
R e s t a ura nt e s e H o te is 2010
T ra ns po rt e s e T r ansp o r t es e
C o m unic a e s C o munica es
C o m rc io C o mr cio
C o ns t ru o C o nst r uo
M ina s M inas
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000
2025
O ut ro s
2015
R e st a urant es e H o t eis 2010
T ranspo rt e s e
C o m unica es
C o m rcio
C o ns t ru o
M inas
Cenrio 1 (Crescimento Espontneo) - Projeco do PIB Rural SEM EDR, Moambique 2005-2025
6 6
PGB em USD 10 Growth % PGB em USD 10
(Preos constantes 1996) 1995 2000 2004 2005 2000-05 2010 2015 2020 2025
60% 42% 40% 34% 29% 25% 22%
Produto Interno Bruto 2.021 3.973 5.638 5.989 8,6 9.029 13.612 20.522 30.938
Produto Interno Bruto 2.021 3.973 5.638 5.989 8,6 9.973 15.041 25.275 42.886
Cenrio 3 (Crescimento Acelerado Pro-Rural) - Projeco do PIB Rural COM EDR, Moambique 2005-2025
Produto Interno Bruto 2.021 3.973 5.638 5.989 8,6 9.808 16.919 30.905 60.121
Investimento Total (Milhes de USD)
3.433 5.922 10.817 21.042
Investimento Rural (35%) 1.406 2.324 3.752 6.137
Investimento Urbano (35%)
2.027 3.597 7.064 14.906
7
As experincias regionais de identificao de projectos ncora e desenvolvimento espacial est assente
no Princpio de Pareto, segundo o qual cerca de 20% de inputs e recursos mais produtivos geram
geralmente 80% dos resultados. As evidncias empricas indicam que o rcio de produtividade de 20%
dos factores de produo pelo menos 16 vezes superior aos restantes 80% menos produtivos (Koch,
1989).
Projectos ncora
Pblicos
Projectos ncora
Privados
Multiplicador da
Parceria
PROJECTO C1: Sistema agrcola integrado PROJECTO C14: Linha de Sena e outras
para o planalto de Angnia infra-estruturas relacionadas, como os
PROJECTO C2: Desenvolvimento pecurio porturios
PROJECTO C3: Produo intensiva de arroz PROJECTO C15: Construo das auto-
PROJECTO C4: Processamento de carne estradas Tete-Chiuta e Chifunde
PROJECTO C5: Horticultura baseada no PROJECTO C16: Comunicaes
estudo elaborado pela TechnoServe e PROJECTO C17: O turismo de Aventura e
lanado a nvel nacional sobre a conservao considerando a Reserva
horticultura no corredor da Beira. de Chimanimani, Parque Nacional da
PROJECTO C6: Desenvolvimento da pesca Gorongosa, Reserva do Gil e
artesanal (PPABAS) e aquacultura. coutadas 6 e 9 entre outros.
PROJECTO C7: Desenvolvimento de infra-
estruturas de apoio pesca.
turismo cultural.
No Corredor de Mutwara:
MPD-NACIONAL PARPA
EDR
A DEFINIR APS
IMPLEMENTA0 DA FASE 1A DA EDR: CONSOLIDAO DA AVALIAO
Aces Imediatas Prioritrias EXECUO DA EDR DA ETAPA I
8
Esses dois instrumentos ainda esto em fase de elaborao.
9
A oramentao em USD visa facilitar a considerao e melhor converso dos valores financeiros pelos
diferentes utilizadores, ainda em processo de adaptao ao Metical da nova famlia.