TESE Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
TESE Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
TESE Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
CURSO DE DOUTORADO
RECIFE-PE
2021
PAULO FERNANDO DE VASCONCELOS DUTRA
RECIFE-PE
2021
Catalogação na fonte
Bibliotecária Natalia Nascimento, CRB-4/1743
PAULO FERNANDO DE VASCONCELOS DUTRA
BANCA EXAMINADORA
Dedico este estudo primeiramente a Deus, pela vida e pela possibilidade de realizar essa
pesquisa. À minha avó, professora Benedita de Morais Guerra, por ter me inspirado e
incentivado a seguir a carreira de educador. À minha mãe, Maria Estelita Vasconcelos, pela
presença educativa e por acreditar no meu potencial. A todos os meus familiares, pela
compreensão e apoio incondicional. Ao amigo Alexandre de Arruda Ricardo, pelo incentivo
durante todo esse percurso.
Dedico também ao ex-governador Eduardo Henrique Accioly Campos (in memoriam)
pelo exemplo de coragem, resiliência e ética, pois graças a sua liderança e a sua iniciativa
visionária nosso estado tornou-se pioneiro na implantação da política pública de Educação
Integral para o Ensino Médio; hoje, referência no Brasil.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos aqueles que de alguma forma contribuíram com uma educação de
qualidade social, lutando incansavelmente por essa causa e, por esse motivo, não podem ficar
de fora num momento de retrocesso educacional pelo qual passa nosso país.
É tempo de luta, e acredito que esse trabalho lançará luz e evidenciará alguns caminhos
possíveis para continuarmos avançando e encontrando soluções para os desafios encontrados,
sejam eles históricos ou inusitados, sempre haverá conquistas, inovação e crescimento, pois,
como veremos, sempre houve pessoas comprometidas que lutaram para que a educação
cumprisse seu papel transformador em uma sociedade cada vez mais injusta e separatista, na
qual vivemos e sobrevivemos.
Agradeço a todo o corpo docente do Programa de Pós-graduação em Educação, em
especial, ao Professor Edilson Fernandes de Souza, que, além de aceitar me orientar, contribuiu
em toda construção desta tese, que passou a ser coletiva. Hoje, considero-o um amigo. E aos
colegas de turma com quem pude trocar conhecimentos e enriquecer meu aprendizado.
Agradeço aos ex-Secretários de Educação do estado de Pernambuco, Danilo Jorge de
Barros Cabral, Nilton da Mota Silveira Filho, Anderson Stevens Leonidas Gomes,
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira e Frederico da Costa Amâncio, que me apoiaram
durante o período em que atuei como Secretário Executivo de Educação Integral.
A Sandra Maria Soares, que tem me acompanhado e assessorado diariamente e que me
apresentou ao meu orientador. À Professora Maria do Socorro Rodrigues dos Santos, pelo apoio
e profissionalismo, em especial no período de implantação da Política Pública de Educação
Integral em Pernambuco.
À Professora Maria de Araújo Medeiros Souza, pela contribuição na Superintendência
Pedagógica da Secretaria Executiva de Educação Profissional e por dar prosseguimento a
missão de gerir as Escolas Integrais ao assumir a Secretaria Executiva de Educação Integral e
Profissional.
À Professora Ana Maria Pádua Walfrido, que tanto me ouviu e ajudou na mudança de
rumo.
Agradeço à Professora Zélia Oliveira da Silva Pereira, por ter contribuído com este
estudo e disposto do seu tempo e esforço para ajudar na articulação dos participantes dos
Seminários de Educação Integral, realizados durante a fase final da pesquisa.
Ao assessor Tiago Lins, que, além de dialogar comigo, acompanhou-me até aqui,
contribuindo na parte técnica desta pesquisa. A Dulce Cristina Arcoverde de Souza Santana,
com quem tenho dialogado todos esses anos, pela extrema paciência durante as mudanças de
rumo que tomou a pesquisa, sem esse apoio e diálogo constante não teria sido possível avançar
em sua construção.
Agradeço também à Professora e amiga Ana Rita Lorenzini, que durante os mais de 20
anos de convivência tem me estimulado, discutido e dialogado sobre a construção do
conhecimento e que está sempre presente em todas as etapas de minha vida acadêmica –
especialização, mestrado e agora no doutorado. Meus agradecimentos à Professora Doutora
Marly Oliveira, que com muita dedicação fez a correção desta tese.
Registro meus agradecimentos a todas as 2.417 pessoas que responderam à pesquisa
realizada, em que houve representação de gestores, educadores de apoio, professores e
estudantes atuais e egressos, e aos pais ou responsáveis. Agradeço, em especial, os gestores das
51 primeiras Escolas de Referência em Ensino Médio, implantadas no ano 2008, e aos
participantes dos Seminários realizados durante este estudo, que contribuíram para um melhor
entendimento e avaliação da Educação Integral em Pernambuco.
Enfim, a você, educadora e educador, que lutou e continua lutando para reforçar a
contínua luta de todos nós para uma educação de melhor qualidade.
RESUMO
This study originated in the Nucleus of Identities and Memories, of the Graduate Program of
the Federal University of Pernambuco and intends to answer the following question: What are
the historical landmarks of integral education present in Brazilian society and what can we learn
from Pernambuco's experience from 2004 to 2021? This is an investigation of the
historiography of Integral Education based on the experience of the implementation process in
the state of Pernambuco from 2004 to 2021, the period when the first experience of this offer
in Pernambuco started until the present day. The choice of the studied object was due to the
author's deep interest in understanding the development process of the Integral Education offer
in Pernambuco, as well as his professional trajectory, being ahead of the management of this
Policy from 2008 to 2018. As an assumption, we maintain that the results of Integral Education
in Pernambuco result from the political decision to expand the experience of implementing
Integral Schools, transforming the Experimental Teaching Centers into Public Policy from
2008. To answer the research problem, objectives are proposed that delimit and guide the
procedures to be used in the research at hand, such as identifying and analyzing the main
historical moments of Integral Education in Brazil and in Pernambuco, analyzing the official
documentation on the history in Brazil and how the emergence of Integral Education in
Pernambuco took place. We sought to register the iconography about Integral Education in
Pernambuco by bringing evidence through articles published in printed newspapers,
government plans, and documents concerning its historiography. Having as main authors: Costa
(2000, 2001, 2008), Freire (1987, 1992, 1996, 2001), Frigotto (2001), Gadotti (2009), Saviani
(2008, 2011, 2020). The study carried out a qualitative research, with the participation of 2,417
people, in order to observe the school community's perception about Integral Education in
Pernambuco, analyzing how the process of its implementation happened and understanding its
social impacts, as well as the understanding about the differentiation between Integral
Education and full-time education. In a second step, two seminars were held with the
participation of managers from the 51 Schools of Reference in High School implemented in
2008. The conclusion is that the school community accepts and understands the proposal of the
State Educational Network for Comprehensive Education, as well as its implementation
brought significant improvements for the educational results obtained in external evaluations.
he study clarified that the school community differentiates the concept of Integral Education
and Full-Time Education, highlighted the need for qualitative improvements of the Integral
Schools and the improvement of this policy, which includes valuing the professionals working
in these schools, improving infrastructure, reducing the daily workload, reviewing the
curriculum, better use of new technologies. The thesis proved that in Pernambuco there is a
State Policy for Integral Education.
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E METODOLÓGICA ............................................... 28
2.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS ......................................................................................... 28
2.2 O PAPEL DOS INTELECTUAIS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
EDUCACIONAIS .................................................................................................................... 33
2.3 FUNDAMENTOS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................... 37
3 PRODUÇÃO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL E EM PERNAMBUCO
ENTRE ANÁLISES E DEBATES ........................................................................................ 44
3.1 LEVANTAMENTO DE TESES E DISSERTAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO
INTEGRAL EM PERNAMBUCO DE 2011 A 2021 .............................................................. 45
4 HISTÓRICO DOCUMENTAL DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL .............. 65
4.1 MARCOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL .......................... 65
4.2 PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL EM
PERNAMBUCO ...................................................................................................................... 76
4.2.1 Pilares educacionais estruturadores da educação integral em Pernambuco ........... 86
4.2.2 Bases psicopedagógicas da Educação Integral em Pernambuco ............................... 87
4.2.3 Formação continuada em educação interdimensional na educação integral em
Pernambuco ............................................................................................................................ 91
4.2.4 Desenvolvimento do protagonismo juvenil na Educação Integral em Pernambuco
.................................................................................................................................................. 94
4.2.5 Histórico da educação profissional em Pernambuco.................................................. 95
4.2.6 Financiamento da educação integral e profissional em Pernambuco ..................... 100
5 A PERCEPÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL EM
PERNAMBUCO DE 2004 A 2021 ....................................................................................... 103
5.1 ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA DE
EDUCAÇÃO INTEGRAL EM PERNAMBUCO ................................................................. 103
5.1.1 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2004....................... 113
5.1.2 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas integrais 2005 ....................... 115
5.1.3 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2006....................... 116
5.1.4 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2007....................... 118
5.1.5 Aceitação e conceito da Educação Integral – Escolas Integrais 2008 ..................... 120
5.1.6 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2009....................... 122
5.1.7 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2010....................... 125
5.1.8 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2011....................... 127
5.1.9 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2012....................... 130
5.1.10 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2013..................... 133
5.1.11 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2014..................... 134
5.1.12 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2015..................... 137
5.1.13 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2016..................... 138
5.1.14 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2017..................... 140
5.1.15 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2018..................... 141
5.1.16 Aceitação e conceito da Educação Integral – Escolas Integrais 2019 ................... 143
5.1.17 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2020..................... 145
5.1.18 Educação Integral em Pernambuco no ano 2021.................................................... 149
5.2 RESPOSTAS QUALITATIVAS AO QUESTIONÁRIO ................................................ 150
5.2.1 Análise de conteúdo das respostas à questão aberta ................................................ 152
5.3 SEMINÁRIOS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL ............................................................... 154
5.3.1 Seminário de Educação Integral – Fase 01 ............................................................... 159
5.3.2 Análise de conteúdo do seminário de educação integral – Fase 01 ......................... 161
5.3.3 Seminário de Educação Integral – Fase 02 ............................................................... 163
5.3.4 Análise de conteúdo do Seminário de Educação Integral – Fase 02 ....................... 165
5.3.5 Análise de conteúdo do seminário de educação integral – Fase 01 e 02 ................. 166
5.4 A EDUCAÇÃO INTEGRAL EM PERNAMBUCO: UMA POLÍTICA DE
ESTADO ................................................................................................................................ 168
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 173
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 178
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO EDUCAÇÃO INTEGRAL EM PERNAMBUCO 189
APÊNDICE B – RESPOSTAS DA OPÇÃO “OUTROS” DA QUESTÃO 04 DO
QUESTIONÁRIO APLICADO .......................................................................................... 192
APÊNDICE C – RESPOSTAS DA QUESTÃO 12 DO QUESTIONÁRIO APLICADO
................................................................................................................................................ 194
APÊNDICE D – Nuvem de palavras ................................................................................... 221
APÊNDICE E – TRANSCRIÇÃO DAS FALAS, APRESENTAÇÃO IMAGENS E
CHAT DO SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL – FASE 01 – DATA:
10/05/2021 .............................................................................................................................. 223
APÊNDICE F – APRESENTAÇÃO DO DOUTORANDO REALIZADA NO DIA 10 DE
MAIO DE 2021 ..................................................................................................................... 228
APÊNDICE G – APRESENTAÇÃO EM HOMENAGEM AO GESTOR ANTÔNIO
JOSÉ BARBOZA DOS SANTOS (TONY) ........................................................................ 231
ANEXO A – IMAGENS DO SEMINÁRIO FASE 01 – REALIZADO DIA 10/05/2021236
ANEXO B – APRESENTAÇÃO IMAGENS E CHAT DO SEMINÁRIO DE
EDUCAÇÃO INTEGRAL – FASE 02 – DATA: 17/05/2021 ............................................ 242
ANEXO C – TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
PARTICIPANTES DOS SEMINÁRIOS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL .............. 248
18
1 INTRODUÇÃO
anterior ao fazer apenas uma breve menção da Educação Integral, limitando seu objetivo a
desenvolver potencialidades e qualificação para o exercício da cidadania.
Com o fim do período dos governos militares, que vigorou de 1964 a 1985, e o advento
da Nova República, emerge a discussão e necessidade de reformular o sistema educacional no
Brasil. Já na década de 1990, os debates sobre reformulação da legislação educacional
ganharam destaque, fortalecendo ainda mais o processo gradual de universalização da escola
pública e o debate sobre Educação Integral. Assim, em 20 de dezembro de 1996, foi promulgada
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96.
Desde então, considerando a importância dada a Educação Integral na última LDBEN,
foram retomadas as discussões sobre o tema, que passou a ser reconhecido como meio para o
alcance de melhorias na qualidade da educação brasileira. Como exemplo, podemos citar o
Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2014-2024, que estabeleceu objetivos, metas
e estratégias para a expansão da oferta de Educação Integral no Brasil.
Dentro desta perspectiva, o objeto de investigação desta tese revela-se importante tanto
por esmiuçar nuances acerca da concepção filosófica e pedagógica da Educação Integral quanto
por estudá-lo a partir da experiência de escolas de ensino médio de Pernambuco no período de
2004 a 2021, momento em que houve a expansão dessa forma de oferta, partindo do ano em
que a primeira escola passou a funcionar, ainda em caráter experimental, até o ponto em que a
rede estadual chega com uma infraestrutura de 470 Escolas Integrais.
Em volta deste tema – a experiência da implantação da Educação Integral em Pernambuco –
converteu-se em uma política pública de referência tanto para Pernambuco quanto para outros
estados, em particular para os estados do Nordeste. Desta forma, estudar a importância desta
experiência educacional e desta política pública em Pernambuco é, para o escopo desta tese e
do ponto de vista de uma avaliação institucional, fundamental para compreender sua
historiografia.
À luz deste horizonte de discussão, nas primeiras décadas do século XXI, o Estado
brasileiro tem desenvolvido ações voltadas à Educação Integral na tentativa de difundir e
ampliar a referida oferta e de consubstanciar uma prática educacional de qualidade e cidadã.
Como exemplo, pode-se citar a iniciativa do Ministério da Educação (MEC) que, no ano de
2017, lançou o Programa de Fomento à Educação em Tempo Integral com a finalidade de
difundir a Educação em Tempo Integral no país. O programa, previsto para ser implementado
entre os anos de 2017 a 2020, constitui uma das iniciativas no âmbito da reforma do ensino
médio, estabelecido pela Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017.
21
em outros termos, que permitem uma avaliação institucional da referida política educacional
apontado resultados, possibilidades e expectativas de horizontes.
Apesar da importância da Educação Integral, os estudos no campo da educação ainda
apresentam carências, lacunas e problemáticas que precisam ser esclarecidas, debatidas e
aprofundadas. Nesta perspectiva, Ribeiro e Maurício (2009), em uma publicação da revista Em
Aberto, no artigo Duas décadas de educação em tempo integral: dissertações, teses, artigos e
capítulos de livros, indicam que a vitalidade e constância do tema ao longo do tempo
demonstram a importância e necessidade dessa questão estar sempre sendo revista. Para estes
autores, essas idas e vindas demonstram uma (des)continuidade histórica na implantação e na
existência de diferentes significados teóricos, educacionais e políticos nos estudos abordados.
Neste sentido, alternam-se argumentos contrários e favoráveis em relação à educação em
horário integral junto ao sistema público de ensino.
A respeito do tema, o MEC, a partir de 2009, lançou um programa indutor para a
Educação Integral, instituído pela Portaria nº 971, de 9 de outubro daquele ano. A referida
política, denominada de Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), passou a integrar o
campo de ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), acrescentando 600 horas
ao currículo a serem distribuídas nos três anos do Ensino Médio. A iniciativa capilarizou uma
rede de ações em todos os estados por meio da articulação de ações das Secretarias Estaduais
de Educação que aderiram ao programa. Pernambuco, por exemplo, aderiu ao Programa,
inicialmente, com 17 Escolas Integrais e, posteriormente, em 2011, todas as Escolas Integrais
foram incluídas no referido programa – constituindo-se referência para outros estados do
Nordeste e do país, é o que consta diversos estudos publicados. Semis (2019), por exemplo, cita
como Pernambuco se destaca no cenário nacional no que diz respeito à ampliação da
implantação de Escolas Integrais. Também no estudo de Teixeira (2017), é destacado como
Pernambuco tornou-se um modelo de educação integral para o Brasil devido ao crescimento
alcançado no IDEB, estudo que atribui como um dos fatores determinantes para tais resultados
a política pública implantada na gestão do governador Eduardo Campos.
Estudar como essa política educacional tem sido constituída – a partir das estratégias,
desafios, contradições e possibilidades – demanda compreender a importância de uma avaliação
histórica, acadêmica e institucional das experiências e dos horizontes de expectativas acerca da
implantação da Educação Integral em Pernambuco entre 2004 e 2021. Desta forma, seja como
pesquisador, seja como gestor, participei desta experiência e busquei compreender – a partir do
referido histórico e a avaliação institucional – o fazer-se e o vir a ser da política educacional de
Educação Integral em Pernambuco.
24
Neste sentido, a partir de minha experiência profissional na Rede Pública Estadual, pude
participar da implantação da Política Pública Estadual de Educação Integral em Pernambuco
desde seu início, quando assumi o cargo de Gerente Geral do Programa de Desenvolvimento
dos Centros de Ensino Experimental, órgão da Secretaria de Educação de Pernambuco,
nomeado pelo Ato nº 1344, de 05 de maio de 2008, após a implantação desta Política Pública,
foi criada a Secretaria Executiva de Educação Profissional, onde passei a assumir o cargo de
Secretário Executivo de Educação Profissional, nomeado pelo Ato nº 982, de 09 de abril de
2010. Nesta Secretaria, pude participar do planejamento da expansão da oferta de Educação
Integral pela Rede Estadual, bem como da gestão de tais escolas em nível estadual.
Em minha trajetória profissional, pude vivenciar momentos no que diz respeito à
adaptação às mudanças na oferta do ensino médio. Na condição de diretor da Escola Almirantes
Soares Dutra, por exemplo, houve a extinção da Educação Profissional e, posteriormente,
reimplantação dessa forma de oferta, desafios que pude vencer e vieram a me habilitar a estar
à frente da nova, inovadora e desafiadora missão de implantar o Ensino Médio Integral para
rede estadual de ensino de Pernambuco; inclusive, oferta da Educação Integral integrada à
Educação Profissional, nas Escolas Técnicas Estaduais.
Desde então acompanhei a Experiência de Educação Integral em Pernambuco, que
começou com a criação e implantação dos Centros de Ensino Experimental (CEE) entre os anos
de 2004 e 2007. Ainda no ano de 2007, começou a se estruturar o que mais tarde se tornou a
maior rede de Educação Integral do país. Conforme Pernambuco (2014), foi a partir dos
resultados das avaliações externas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB),
principalmente ao que se refere ao Ensino Médio, que o governo de Pernambuco resolveu
realizar um estudo do quantitativo necessário de escolas de Ensino Médio integral do estado
que possibilitasse o atendimento a toda demanda de jovens nessa faixa de ensino.
Assim, em estudos que realizei anteriormente (DUTRA, 2014), em 2007 a TREVISAN
Consultoria foi contratada para realizar um estudo com o objetivo de viabilizar a expansão da
implantação das escolas integrais, cujo relatório trouxe um cenário futuro, para o ano 2010,
quando o número de estudantes para essa etapa de ensino seria cerca 320 mil jovens. Após a
análise do relatório, o governo do estado de Pernambuco estabeleceu como meta a criação
progressiva de escolas integrais até alcançar o quantitativo de 160 unidades em funcionamento
no ano de 2010.
Fundado neste estudo e articulado à tomada de decisões das políticas públicas para
25
1
Alterada pela Lei Complementar nº 364, de 30 de junho de 2017.
26
Balizado por essa discussão, retomemos o problema central desta tese: quais os marcos
históricos da Educação Integral presentes na sociedade brasileira e o que se pode apreender a
partir da experiência de Pernambuco no período de 2004 a 2021?
Sendo assim, sustento como hipótese que os primeiros registros da Educação Integral
em Pernambuco datam de 2003, quando, ainda no governo de Jarbas Vasconcelos, foi planejada
essa oferta em caráter experimental, que iniciou no ano seguinte com a reabertura do Ginásio
Pernambucano, cuja gestão e financiamento foram provenientes da iniciativa privada. Contudo,
com a eleição de Eduardo Campos ao governo do Estado em 2006, já constava em seu plano
de gestão o fortalecimento da educação. Havia uma clara concordância no aumento de vagas
no Ensino Médio e profissionalização dos jovens.
Nesse sentido, durante a periodização já definida e documentação analisada, constata-
se que, entre 2004 e 2021, não só a Política de Educação Integral foi ampliada, com novas
instalações físicas e reformas de adequação arquitetônica das escolas antigas, como também se
disseminou a base filosófica da Educação Interdimensional, vista como novo paradigma de
ensino no Estado. No entanto, apesar de todos os esforços no sentido da estruturação, na
concepção e formas de atuar, ainda há resquícios de uma concepção tradicional de ensino por
parte da comunidade escolar, inclusive, na diferenciação entre Educação Integral e Educação
em Tempo Integral. Apesar de tudo, este estudo constatou que se trata de uma política de estado.
Desta forma, tendo em vista a necessidade de pesquisas acadêmicas sobre a Educação
Integral no Brasil, este estudo lança luz sobre o processo de implementação dessa modalidade
inovadora da educação, seus impactos a curto, médio e longo prazo para a qualidade da
educação ofertada no país e para o alcance dos objetivos sociais nela envolvidos, focando na
experiência do estado de Pernambuco de 2004 a 2021. Além disso, pretendemos contribuir
junto ao processo de (re)avaliação e de formação continuada a respeito desta política no estado.
Assim, os objetivos que delimitam e orientam os procedimentos a serem utilizados na
presente investigação buscam trazer novos conhecimentos para o campo da historiografia da
educação brasileira, tendo como objetivo geral compreender o início e os marcos históricos da
Educação Integral no Brasil, tomando como referência a experiência de Pernambuco, entre
2004 e 2021.
Nos objetivos específicos, o estudo passa a identificar os principais momentos históricos
da Educação Integral no Brasil e em Pernambuco, analisar a documentação oficial sobre a
história da Educação Integral no Brasil e como se deu sua emergência em Pernambuco; analisar
a iconografia sobre a Educação Integral em Pernambuco e, por fim, levantar a percepção da
comunidade escolar sobre a Educação Integral em Pernambuco.
27
“Nenhum educador faz sua caminhada indiferente ou apesar das ideias pedagógicas de
seu tempo ou de seu espaço. Pelo contrário, faz sua caminhada desafiado por essas ideias que
combate ou defende.” (FREIRE, 2001, p. 72)
Pensando no que diz Paulo Freire (2001), este capítulo tem como objetivo discutir os
aspectos teóricos que fundamentam a análise do objeto deste estudo, bem como apresentar os
procedimentos que permitiram a análise das diferentes fontes que possibilitaram a compreensão
da memória da Política Pública de Educação Integral em Pernambuco entre 2004 e 2021.
Para realização deste estudo, um dos principais teóricos em que baseio a análise da
Educação Integral é o educador Paulo Freire. Suas reflexões trazem a importância da educação
na transformação de pessoas e, consequentemente, como as pessoas podem transformar a
sociedade. Assim, fundamentar este estudo a partir de Freire (2001) traz uma alegria
imensurável, especialmente no ano de seu centenário, porque constato que suas ideias são
compatíveis em todos os aspectos com este estudo
De maneira antecipada, posso garantir que analisar o objeto desta investigação, ou seja,
o planejamento e a Política Pública de Educação Integral em Pernambuco, suas conquistas,
tensões e contradições, só foi possível devido à realização da avaliação dessa oferta, pois o
processo contínuo de ação e reflexão, segundo Freire (1987), resulta em uma práxis capaz de
transformar e impactar positivamente a sociedade, como pode-se observar a seguir:
A realidade social, objetiva, que não existe por acaso, mas como produto da
ação dos homens, também não se transforma por acaso. Se os homens são os
produtores desta realidade e se está, na “invasão da práxis”, se volta sobre eles
e os condiciona, transformar a realidade opressora é tarefa histórica, é tarefa
dos homens. (FREIRE 1987, p. 24)
As teorias defendidas por Paulo Freire também são compatíveis com o conceito da
Educação Integral, cuja base filosófica será abordada de forma detalhada no terceiro capítulo
desta tese. Já a Educação Interdimensional, de acordo com Costa (2000), traz a reflexão sobre
o tipo de escola que precisamos criar, buscando transpor os limites que separam a teoria da
prática. Essa reflexão trouxe orientações para a prática de uma educação alicerçada por
inovações em conteúdo, método e gestão.
29
Essa é uma reflexão importante, como afirmam Galian e Sampaio (2012). Ao tratar de
questões sobre as implicações da Educação Integral para o currículo, as autoras reconhecem
que é essencial que se esclareça, desde o início de qualquer reflexão sobre esse tema, a diferença
entre Educação Integral e o tempo integral, pois a primeira trata de uma formação integral do
indivíduo, enquanto o tempo integral se restringe à ampliação do tempo na escola.
Em A produtividade da escola improdutiva, Gaudêncio Frigotto (2001) analisa com
profundidade a importância da escola pública no Brasil. Na referida obra, o autor discute a
precarização do ensino público, a dificuldade de manutenção de uma escola pública de
qualidade e a importância de ampliar a oferta de conteúdos curriculares que ultrapassem as
fronteiras da escola tradicional. Ele ainda critica que se atribua à pobreza existente a culpa pela
falta de mérito individual. Neste sentido, apresenta argumentos que evidenciam que o que deve
ser defendido é a implantação de reformas sociais que contemplem as classes mais pobres de
modo inclusivo e socialmente referenciado.
Seguindo o pensamento de Frigotto (2001), a Educação Integral deve ser fortalecida
enquanto política educacional, já que por meio dela é possível criar condições de ampliar a
cidadania e diminuir a disparidade entre elites e os setores menos abastados da população no
que tange ao acesso à educação de qualidade.
Freire (2001), por sua vez, entende que a educação não é o ato de depositar
conhecimentos, mas o momento de partilha, de encontro entre sujeitos no mundo e com o
mundo que, através da palavra, pronunciam sua realidade. Desta forma, possibilita o
conhecimento transformador e crítico, pois rompe com a alienação fragmentadora e bancária
do currículo antidialógico. Concordamos com essa assertiva de Freire. Aliás, aprofundar a
discussão que Paulo Freire faz sobre acesso à educação faz-se necessário na consecução desta
investigação.
A Educação Integral pressupõe que a formação dos estudantes precisa estar além da
construção de conteúdos específicos. Educar também envolve discutir ética, direitos humanos
e sociais, cidadania, democracia, desigualdades sociais de raça, de gênero, entre tantas outras
necessidades, motivações e outros horizontes de expectativas. A educação em seus propósitos
e fundamentos é, portanto, um desafio que abarca a inclusão social, a formação holística, o
humanismo e o desenvolvimento crítico dos diferentes sujeitos sociais, da(s) comunidade(s) e
da sociedade que os envolvem e nas quais são partícipes constituintes e constitutivos.
Ainda nesse contexto, Gonçalves (2006) considera a Educação integral como direito à
aprendizagem e afirma que a implantação de escolas de educação integral só faz sentido se
proporcionar mais oportunidades aos estudantes. Para o autor, escolas integrais devem
32
promover aprendizagens significativas, de forma que não venham a ser um mero aumento da
quantidade de horas na escola, e sim a oferta de uma educação de qualidade, em que é possível
a ressignificação dos conteúdos e que todos que fazem parte do ambiente escola estejam
engajados para que os estudantes possam ser protagonistas pelo fato de participarem ativamente
do processo de ensino-aprendizagem.
É preciso, portanto, trabalhar a afetividade, a corporeidade e espiritualidade destas
crianças, adolescentes e jovens no contexto do saber escolar e do aprendizado sócio-histórico e
cultural. Trabalhar e reunir esforços em favor destes propósitos é necessário, essencial e
fundamental para manter a saudosa utopia de uma sociedade mais justa, menos desigual,
socialmente referenciada e realimentada pelo ethos do humanismo, democracia e cidadania.
Para Manacorda (1991), a função social da educação está na luta para garantir o
conhecimento sistematizado e científico, acumulado historicamente pela humanidade e que
ainda é útil e necessário à existência das atuais e futuras gerações, fazendo-as avançar na direção
da emancipação humana e da formação omnilateral. A omnilateralidade trata da formação do
sujeito histórico, ou seja, trata do homem em sua totalidade “de capacidades de consumo e
prazeres, em que se deve considerar, sobretudo, o gozo daqueles bens espirituais, além dos
materiais, e dos quais o trabalhador tem estado excluído em consequência da divisão do
trabalho” (MANACORDA, 1991, p. 79).
Nesta concepção de formação humana, o homem não nasce humano, mas torna-se
humano ao se apropriar do que foi desenvolvido historicamente, acumulado socialmente e que
vem sendo distribuído de acordo com a situação de classe dos produtores. Portanto, o direito ao
patrimônio cultural da humanidade mora na necessidade de produção e reprodução em cada ser
humano (estudante, docente e/ou cidadão) do que é próprio da humanidade – no ser, ter e estar
no mundo.
Já em relação a sua legalidade, a Educação Integral está regida a partir da Constituição
Federal de 1988, que estabelece no seu artigo 205 a educação como direito de todos e dever do
Estado, declarando como princípios a igualdade de condições de acesso e permanência, a
obrigatoriedade da oferta de uma escola com padrão de qualidade, sem distinção de gênero,
raça ou condição social (BRASIL, 1988).
A este respeito, o Plano Nacional de Educação (PNE) (Lei n° 13.005/2014), citado
anteriormente, corrobora a Constituição Federal quando, na meta 6, propõe a oferta da
Educação Integral de no mínimo 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas e com
atendimento a 25% (vinte e cinco por cento) dos estudantes da educação básica até 2024,
33
precisam fazer e, portanto, defendo que é apropriado a implementação do tempo integral nessa
etapa da educação básica. Assim, é possível que os jovens tenham a possibilidade de prosseguir
com seus estudos e ingressar no mundo do trabalho. Dessa forma, não descarta as motivações
exercidas por parte dos intelectuais orgânicos, o que defendi (DUTRA, 2014) está em total
acordo com o que defende Gramsci, conforme cita Monasta:
Quadro 01 – Trabalhos sobre Educação Integral em Pernambuco publicados pelo autor entre
2014 e 2020
ANO TÍTULO EVENTO/REFERÊNCIA
2020 Educação Integral e Profissional no DUTRA, Paulo Fernando de Vasconcelos; SOUZA,
Estado de Pernambuco: formas Edilson Fernandes. Educação Integral e Profissional no
distintas de ofertas Estado de Pernambuco: formas distintas de
ofertas. Revista Brasileira Do Ensino Médio, v. 3, pp.
60-73, 2020. Disponível em:
https://phprbraem.com.br/ojs/index.php/RBRAEM/artic
le/view/40.
2019 Ensino Médio em Foco: Uma Década DUTRA, Paulo Fernando de Vasconcelos. Ensino Médio
da Política Pública de Educação em Foco: Uma Década da Política Pública de Educação
Integral no Estado de Pernambuco Integral no Estado de Pernambuco. In: ______ (Org.).
Além do Olhar: Práticas, Relatos e Pesquisas sobre as
Políticas Públicas de Educação Integral e Profissional em
Pernambuco. Recife: Ed. do Autor, 2019.
2019 Além do Olhar: Práticas, Relatos e DUTRA, Paulo Fernando de Vasconcelos (Org.). Além
Pesquisas Sobre as Políticas Públicas do Olhar: Práticas, Relatos e Pesquisas sobre as
de Educação Integral e Profissional Políticas Públicas de Educação Integral e Profissional
em Pernambuco em Pernambuco. Recife: Ed. do Autor, 2019.
36
2018 A Educação Integral no Brasil: XXXII Congreso Internacional Alas Peru 2019 e
Marcos Históricos e Análise Crítica de também publicada na Revista Semana Pedagógica:
sua Constituição entre 1932 e 1996 A Educação Integral no Brasil: Marcos Históricos e
Análise Crítica de sua Constituição entre 1932 e 1996.
Revista Semana Pedagógica, v. 1, n. 1, 2019. ISSN
2595-1572 (on-line). Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistasemanapedago
gica/article/view/236563.
2017 EAD Pernambuco – A Construção de DUTRA, Paulo F. V.; BENTO, George; RODRIGUES,
uma Política Pública de Educação a Socorro; BELTRÃO, Terezinha. EAD Pernambuco – A
Distância. Construção de uma Política Pública de Educação a
Distância. 1. ed., 2017.
2017 Ensino Médio em Foco: A Política de DUTRA, Paulo Fernando de Vasconcelos. Ensino Médio
Educação Integral e Profissional no em foco: a política pública de Educação Integral e
Estado de Pernambuco Profissional no estado de Pernambuco. Revista Com
Censo: Estudos Educacionais do Distrito Federal, [s.l.],
v. 4, n. 4, pp. 132-139, nov. 2017. ISSN 2359-2494.
Disponível em:
http://www.periodicos.se.df.gov.br/index.php/comcenso
/article/view/258.
Foi com minha experiência com a Educação Integral, inicialmente como Gerente Geral
do Programa de Educação Integral e, posteriormente, Secretário Executivo de Educação
Integral e Profissional, como já detalhei anteriormente, que pude me inspirar e contribuir com
tais publicações, pois “a elaboração do saber implica expressar de forma elaborada o saber que
surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de
elaboração e sistematização.” (SAVIANI, 2011, p. 67).
A história da Educação Integral no Brasil tem seu ponto inicial com o movimento da
Escola Nova, divulgado no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, que defendia
37
a universalização da escola pública laica e gratuita e que se propôs a trabalhar com os alunos
de forma integral. Na década de 1950, a criação da Escola Parque, em Salvador, idealizada por
Anísio Teixeira, constituiu-se como a primeira experiência sistematizada do gênero no Brasil.
Nesta perspectiva, destaca-se também a implantação da Educação Integral no Rio de Janeiro,
na década de 1980, com o Programa dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEP) e em
São Paulo com o Programa de Formação Integral da Criança (PROFIC), no qual as prefeituras
realizavam parcerias com outras secretarias de estado ou organizações não governamentais a
fim de complementar a formação das crianças.
Para Gadotti (2009), essas experiências contemplaram não só a dimensão do tempo na
escola, mas também a dimensão qualitativa; ou seja, para ele, “as diversas experiências de
Educação Integral têm em comum tanto uma dimensão quantitativa (mais tempo na escola e no
entorno) quanto uma dimensão qualitativa (a formação integral do ser humano). Essas duas
dimensões são inseparáveis.” (GADOTTI, 2009, p. 32). Assim, o autor chega à conclusão de
que a Educação Integral contempla de fato a ampliação do tempo do estudante na escola; no
entanto, não se resume a esse aspecto.
Algumas iniciativas para implantação do Ensino Integral foram criadas a partir de
Programas do Governo Federal, como, por exemplo, o Programa Mais Educação, criado pela
Portaria Interministerial nº 17/2007 (BRASIL, 2007), voltado para o Ensino Fundamental. Para
atender ao Ensino Médio, foi instituído pela Portaria nº 971/2009 (BRASIL, 2009), o Programa
Ensino Médio Inovador (ProEMI), que orientou a implantação de um Ensino Médio com uma
carga horária de 3.000 horas no decorrer dos três anos.
O ProEMI ocorreu por adesão dos estados, que indicavam as escolas que iriam ser
contempladas. Em Pernambuco, houve adesão no ano de 2010. Inicialmente, foi implementado
em 17 escolas e, em 2011, foram incluídas nesse programa as Escolas de Referência em Ensino
Médio que faziam parte da Política Pública de Ensino Médio Integral, já implantada no estado
desde o ano de 2008. Em 2016, houve a criação do Programa de Fomento a Implementação de
Escolas de Tempo Integral, através da Portaria nº 1.145, de 10 de outubro de 2016 (BRASIL,
2016), que permitiu a continuação da expansão da Educação Integral no Brasil.
a fim de ditar profecias sobre o futuro, mas tinham de antemão suas próprias ideias sobre o
porvir”.
Assim, esse estudo debruça um olhar para a memória e história da Educação Integral,
com o objetivo de entender como se deu a constituição deste fenômeno social relevante para
área da educação, da gestão pública e do alto interesse da sociedade, sobretudo, a experiência
do estado de Pernambuco no período de 2004 a 2021.
Em suma, a partir da análise documental, foi construída uma abordagem historiográfica
sobre a Educação Integral, inicialmente no contexto nacional, seguindo com a análise da
experiência em Pernambuco. Foram levantados documentos oficiais que tratam da Educação
Integral, incluindo a Legislação Nacional e Estadual, Leis e Decretos que tratam diretamente
dessa modalidade da Educação Básica, identificando, assim, conforme orienta a metodologia
adotada, uma linha temporal de como a Educação Integral foi oficialmente abordada na
Legislação Nacional e os impactos para sua implantação em nível estadual, trazendo
detalhadamente como se deu o processo de sua implantação no estado de Pernambuco.
Diante do objeto de estudo, da problemática delineada e dos objetivos propostos,
optamos por uma abordagem investigativa que prevê e valoriza o diálogo com as teses e
dissertações disponíveis na base de dados da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações
(BDTD), a legislação acerca da Educação Integral, a literatura sobre o tema da Educação
Integral, especificamente dos autores: Demerval Saviani, Moacir Gadotti, Gaudêncio Frigotto,
Paulo Freire e outros. Além desses autores, investigamos artigos de periódicos importantes da
área de História da Educação, em particular, a Revista Brasileira de História da Educação, a
fim de levantar a produção teórica que trata da Educação Integral.
A Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (Nacional), portal que reúne teses e
dissertações defendidas e depositadas nas bibliotecas setoriais das Universidades Federais,
possibilitou a realização de uma busca avançada na temática que pesquisamos. A partir deste
levantamento, conseguimos estudar e analisar as teses e dissertações que investigaram a
História da Educação Integral no Brasil.
O levantamento e análise documental da legislação sobre Educação Integral no Brasil é
fundamental para esmiuçar o processo de avanço histórico e direção política da oferta de
Educação Integral. A revisão de literatura na Revista Brasileira de História da Educação e de
outros periódicos no campo da educação que tenham publicações que discutam a temática da
Educação Integral foi outro elemento fundamental na organização da pesquisa. Em suma, além
de estudar importantes teóricos da História da Educação, citados anteriormente, periódicos da
área foram visitados, catalogados e analisados.
41
A metodologia proposta sugere a construção de uma pesquisa que vai além de mero
levantamento histórico sobre o tema. Apresentamos a necessidade de um aprofundamento sobre
os dados levantados, uma análise do seu contexto social e da legislação educacional, uma
compreensão global do problema e uma crítica com base no processo construído
historicamente.
Antes de iniciar a análise historiográfica da Educação Integral, é importante salientar
que foi considerado o processo político e social que levou a inserção dessa forma de oferta na
legislação brasileira. Assim, o próximo subtópico traz uma reflexão à luz da Teoria Gramsciana
da Educação e da Escola, conforme escritos de Monasta (2010) e Saviani (2010), com o objetivo
de alcançar um melhor entendimento da visão de homem como um ser intelectual por natureza,
assim como as intencionalidades que levam à atual organização social.
Após essa temática, será apresentado o processo de implantação da Educação Integral
no Brasil e em Pernambuco, destacando que, nesse estado, embora a Educação Integral não
tenha a concepção gramsciana, surgiu inicialmente de uma parceria público-privada que seguia
a lógica do mercado, tendo, posteriormente, tornado-se uma política pública e tomado rumos
que se justificam os estudos para compreender a filosofia que embasa tal política.
Como procedimento metodológico, priorizamos a abordagem qualitativa com a
utilização de questionário aplicado a 2.417 participantes da comunidade escolar. O questionário
contempla todos os anos da implantação da Política Pública de Educação Integral em
Pernambuco, permitindo, assim, um distanciamento dessa política e facilitando a análise entre
o que foi planejado e sua prática. Essa metodologia será essencial nessa etapa do estudo, pois,
segundo Richardson (1999):
Profissional, órgão que compõe a estrutura da Secretaria de Educação e que responde pelas
Escolas Integrais da Rede Estadual de Pernambuco.
O questionário foi enviado para os gestores de todas as Escolas de Referência em Ensino
Médio (EREMs) e Escolas Técnicas Estaduais (ETEs), que, por sua vez, mobilizaram sua
comunidade escolar para que pudessem respondê-lo. A aplicação se deu no período de 12 a 21
de agosto de 2020, totalizando 2.417 pessoas participantes, representando diferentes atores da
comunidade escolar, entre eles: gestores, educadores de apoio, professores, estudantes egressos,
estudantes matriculados e pais ou responsáveis. Em síntese, esta tese foi realizada a partir dos
procedimentos detalhados no quadro a seguir.
200 187
150
100
46
50
0
Total ocorrências Dissertações Teses
200
150
115
100 88
50 30
0
Total ocorrências Educação Integral Outras formas de Não tem relação
em PE oferta com Educação
Integral
O banco de dados utilizado permite a consulta consolidada dos estudos, de forma que
apresentarei a seguir os 30 temas encontrados que têm relação direta com o objeto central desta
tese. O próximo subtópico apresentará o resumo desses estudos, conforme disponibilizados no
Banco de Dados de Teses e Dissertações, na pesquisa sobre o descritor “Educação Integral em
Pernambuco”.
indicações do Governo Federal e do Banco Mundial, e também constatou que neste programa
há uma forte utilização política com o sentido de desmobilizar e enfraquecer a organização
dos(as) professores(as), permitindo que cada vez mais o governo controle a determinação das
políticas educacionais, provocando, assim, a inserção de setores privados na educação com o
objetivo de atender aos interesses do capital.
A pesquisa conclui também que a Educação Integral é oferecida como uma solução aos
problemas da violência, a qual os jovens pobres estão expostos, o que superficializa a discussão
sobre os problemas estruturais da sociedade capitalista e apresenta as Escolas de Referência em
Ensino Médio (EREMs) como a solução dos problemas educacionais e sociais do Estado.
Em 2013, o trabalho Reformas pró-capital na educação escolar: a reestruturação do
ensino médio pelo programa de educação integral de Pernambuco foi defendido por Jadilson
Miguel da Silva, na Universidade Federal de Pernambuco. O estudo abordou a reforma expressa
pela reestruturação do Ensino Médio na rede estadual de Pernambuco através do Programa de
Educação Integral. Para aprofundar a compreensão da natureza dessa reforma, foram
investigados determinantes históricos de ordem econômica, política e ideológica, munidos da
hipótese de que o referido programa foi criado com a intenção de atender aos requisitos político-
pedagógicos postos a partir da crise do capital mais recente, para a educação dos trabalhadores.
O autor defende que essas reformas estão articuladas aos desígnios de uma educação cada vez
mais orientada, no sentido de dar respostas à vida produtiva capitalista atual.
Concluiu-se que a reestruturação do Ensino Médio através do Programa de Educação
Integral guarda fortes relações com os aspectos das reformas educacionais impulsionadas pelas
injunções do capital, em suas estratégias de saída da crise. Longe de ser uma escola que veio
ofertar uma educação centrada na emancipação humana em relação ao trabalho alienado, o
projeto em curso representa uma aproximação mais eficaz entre a educação e a vida produtiva
capitalista nos limites atuais.
A dissertação apresentada em 2014 por Jorge de Lima Beltrão, pela Universidade
Federal de Juiz de Fora, com o título O desempenho das escolas de referência no litoral sul de
Pernambuco, trata diretamente da Política Pública de Educação Integral, criada pela Lei
Complementar 125/2008, definida pelo autor como sendo uma estratégia de melhoria do Ensino
Médio e qualificação profissional em regime integral ou semi-integral, ofertando a preparação
para o trabalho e a inclusão social. Tendo como objeto de estudo cinco EREMs e três escolas
regulares semi-integrais, todas localizadas no Litoral Sul de Pernambuco, o objetivo era o de
verificar quais as ações adotadas pelos gestores dessas escolas que influenciaram na melhoria
dos resultados educacionais. O estudo propõe ações a serem adotadas pela Secrataria de
48
entorno, ultrapassando os muros da escola, coadunando-se com os princípios que norteiam uma
educação de qualidade. E ainda sinalizou a preocupação com a preparação do aluno para o
mercado de trabalho, para universidade e para vida.
Ainda em 2014, Oberlan da Silva defendeu a dissertação pelo Mestrado em Ensino de
Física, da Universidade Federal da Paraíba. Intitulado Uma trajetória de educação integral em
Pernambuco: os limites e as possibilidades de opções metodológicas e organizações de espaço
e tempo, o autor trouxe um inventário da Educação Integral em Pernambuco, seus idealizadores
e projetos no Brasil e abordou as políticas públicas de incentivo e financiamento e o avanço
desta modalidade de ensino.
Neste estudo foi traçado um panorama histórico para discutir os impactos deste modelo
a partir da literatura e analisar o referido programa e o perfil comparativo entre as escolas de
único turno e a escola integral, onde pesquisou a Escola de Referência em Ensino Médio
Professora Benedita de Morais Guerra, implantada na cidade de Macaparana. Ao final, ele
constatou que os índices educacionais, as metas projetadas, o acesso a outros níveis de ensino,
o sucesso em avaliações externas e a formação para a cidadania têm diferenças significativas
entre as que são de tempo integral e as que são de turno único.
Em 2015, foi apresentada a dissertação O estudo da eficácia nas escolas técnicas do
programa de educação integral do governo do Estado de Pernambuco, defendida por Michael
Lucena de Souza, na Universidade Federal Rural de Pernambuco. O estudo teve como objetivo
principal avaliar a eficácia do Programa de Educação Integral, do governo do estado de PE, nas
escolas técnicas estaduais, e está fundamentado nos conceitos do planejamento estratégico e
Balanced Scorecard (BSC). A pesquisa refere-se à mudança de percepção no âmbito público
com relação à educação. O autor mostra que as organizações públicas tinham a necessidade de
diminuir as suas despesas devido à escassez de recursos financeiros e avaliar seus desempenhos
por meio de indicadores. Assim, criou-se um novo modelo de gestão chamado de Nova Gestão
Pública.
Os dados coletados pela pesquisa aplicada indicaramque os recursos humanos percebem
no dia a dia que o modelo de gestão com fundamentos no Balanced Scorecard (BSC), adotado
pelo Governo do Estado, está tendo efetividade na sociedade. Além da percepção, os achados
da pesquisa também mostraram que o BSC, adaptado à realidade das organizações públicas,
torna-se uma excelente ferramenta aos gestores a fim de conseguir resultados almejados no
planejamento estratégico.
A dissertação Desafios do ingresso e permanência dos professores no programa de
educação integral de Pernambuco, foi defendida em 2015 por Edjane Ribeiro dos Santos, na
51
Universidade Federal de Juiz de Fora. O estudo tratou dos desafios de acesso e permanência
dos professores da Rede Estadual de Pernambuco nas Escolas de Tempo Integral da Regional
Vale do Capibaribe. Os resultados evidenciaram que o principal motivo que leva o professor a
ingressar no Programa é que eles acreditam em sua proposta pedagógica. Contudo, a
infraestrutura insuficiente, seguida de “alunos desmotivados”, “salário defasado”, e “formação
docente”, além de muitos elementos referentes ao currículo, são fatores que acabam
desmotivando e levando ao abandono do cargo nessas escolas.
Na conclusão, foi apresentado um Plano de Ação Educacional cujo foco principal foi
apresentar ações que venham a melhorar, ampliar e produzir resultados positivos para o
Programa de Educação Integral do Estado.
Na dissertação intitulada A relação entre o perfil do diretor escolar e os resultados
educacionais, defendida em 2015, na Universidade Federal de Santa Catarina, Dulce Cristina
Arcoverde de Souza Santana, analisou os fatores que contribuíram para os resultados
educacionais obtidos pelas Escolas de Educação Integral da rede estadual de ensino de
Pernambuco no Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE), na etapa do
ensino médio.
Para a pesquisa foi considerado o processo seletivo específico para o provimento ao
cargo de diretor das Escolas de Educação Integral realizado em 2013, que estabeleceu e pontuou
critérios específicos, além de ter sido feita uma análise do perfil do diretor selecionado e de sua
contribuição para a melhoria dos resultados educacionais alcançados. Como complementação
da pesquisa, foram incluídos outros fatores que, estatisticamente, explicam os resultados
obtidos, tais como o tempo de implantação da educação integral, número de integrantes da
equipe gestora e o número de salas da escola. O resultado da análise mostra estatisticamente
que o diretor escolar exerce papel estratégico e que contribui positivamente para melhoria dos
resultados alcançados pelas escolas.
A gestão pedagógica nas escolas integrais e a implantação do sistema de informações
educacionais de Pernambuco: uma abordagem à luz da perspectiva sociotécnica é uma
dissertação de autoria de Juliana Maria Rosilda de Oliveira, apresentada em 2016, na
Universidade Federal da Paraíba. No trabalho, a autora faz uma investigação sobre a gestão
pedagógica das escolas de tempo integral a partir da implantação do SIEPE, com base em uma
abordagem sociotécnica que estuda as dimensões: pessoas, tarefas, tecnologias e estruturas.
Esse estudo buscou identificar quais as mudanças pedagógicas concebidas pelo gestor escolar
após a implantação do SIEPE. Trata-se, portanto, de um estudo quantitativo, realizado através
de questionário online enviado para os 125 gestores.
52
As análises indicaram que o SIEPE contribui para integração entre escola e comunidade,
o que possibilitou aos gestores uma melhor organização das escolas na realização de
intervenções pedagógicas.
A tese intitulada Ensino (em tempo) integral: as propostas oficiais na dinâmica do real,
de Andréa Giordanna Araújo da Silva, elaborada para o Programa de Pós-Graduação em
Educação, da Universidade Federal de Pernambuco, em 2016, trata da ampliação da jornada
escolar e como a multiplicação e a diversificação das ações pedagógicas no interior das escolas
públicas brasileiras têm sido consideradas estratégias políticas capazes de promover a
requalificação da Educação Básica. Além disso, o estudo apresenta as análises do processo de
implantação do ensino de tempo integral nas escolas de ensino médio da rede pública de
Pernambuco, no período de 2010 a 2015, os programas federal e estadual de reformulação do
currículo do ensino médio e seus interesses políticos e concepções pedagógicas, partindo da
hipótese de que eles seriam potencialmente capazes de induzir a criação de movimentos
múltiplos e divergentes no interior das escolas públicas.
O estudo identificou a existência de um movimento de destituição da participação dos
sujeitos da escola na formulação das práticas curriculares, de silenciamento do significado
político e social da escola pública e da perspectiva política do ato de ensino, de fetichização do
tempo escolar e do método de gestão. Também verificou que a criação de práticas pedagógicas
diversas pode ser um espaço de produção de processos de qualificação e de desqualificação do
trabalho docente.
A tese Juventudes, formação humana e escola pública: uma análise dos sentidos da
integralidade no programa de educação integral de Pernambuco, foi defendida em 2016, na
Universidade Federal de Pernambuco, por Luiza Cristina Pereira de Araújo. O estudo
problematizou a formação humana na escola pública brasileira, analisando os sentidos da
integralidade nos parâmetros normativos e pedagógicos do Programa de Educação Integral do
Estado de Pernambuco. Ainda analisou o referencial normativo e pedagógico de três programas
governamentais que tomam a integralidade como eixo das intervenções educativas voltadas
para os jovens, seguindo os procedimentos da análise de conteúdos/temáticas. No entanto,
focou principalmente o Programa de Educação Integral do Estado de Pernambuco, explicitando
sua situação de produção e suas intencionalidades formativas, bem como delimitando três eixos
de tematização: concepções de juventude, concepções de integralidade e concepções de
formação humana.
A discussão dos resultados foi complementada com dados oriundos de entrevistas
realizadas com os gestores do Programa de Educação Integral do Estado de Pernambuco. Nas
53
considerações finais, a autora situou as principais questões apontadas pelo estudo, refletindo
em que medida as propostas formativas atuais, endereçadas aos jovens, e orientadas pela noção
reguladora de integralidade, de fato, conseguem avançar na formulação de concepções mais
alargadas dos sujeitos jovens e no seu processo de formação humana.
Pela Universidade Federal da Paraíba, no ano de 2016, foi apresentada a dissertação
Inovação, aprendizagem organizacional e capacidade de absorção: evidências em escolas
públicas integrais de Pernambuco, de Elisângela da Silva Araújo Carvalho. O estudo teve por
objetivo analisar como as escolas públicas integrais de Pernambuco, subsidiadas pela
aprendizagem organizacional e pela capacidade de absorção, estão inovando na educação do
ensino médio. Segundo a autora, a pesquisa buscou compreender as características das
principais inovações das escolas públicas integrais, diagnosticar o papel da aprendizagem
organizacional no favorecimento das inovações e analisar como a capacidade de absorção
contribui para as inovações nessas escolas.
Os resultados evidenciaram que as escolas pesquisadas estão inovando com o
empreendimento de várias inovações educacionais, cuja maioria é classificada como
incremental e de melhorias em serviços. Essas inovações são subsidiadas pela aprendizagem
organizacional e pela capacidade de absorção. Foram encontrados vários fatores que atuam para
os processos inovadores, como, por exemplo, o aproveitamento dos conhecimentos internos e
externos, o trabalho em equipe, o sentimento de pertencimento e a conectividade entre os
diferentes segmentos escolares, que fomentaram inovações nas dimensões pedagógicas e de
gestão escolar.
A dissertação intitulada De escola regular a escola de referência: trajetória de mudança
da Escola Severino Farias em Surubim – PE, de 2017, com autoria de Lúcia de Fátima Farias
da Silva, investiga como o Programa de Educação Integral da Universidade Estadual da Paraíba
repercutiu nas práticas educativas e no cotidiano da Escola de Referência em Ensino Médio
(EREM) Severino Farias, em Surubim-PE. A autora descreve as mudanças ocorridas na práxis
escolar, advindas da implementação do Programa de Educação Integral. O estudo ainda
possibilitou a análise histórica da construção da memória institucional e contribuiu para o
debate educacional em Pernambuco, na medida em que expõe a visão dos professores sobre as
políticas educacionais, assim como os conflitos, insatisfações e dúvidas dos mesmos.
Assim, foram registradas as expectativas dos professores em relação à valorização
profissional, tanto no sentido da melhoria salarial como no da formação docente, além da
esperança em melhorar os resultados educacionais. Também apontou paradoxos, os professores
citaram haver um monitoramento, exigido como garantia de qualidade na implementação do
54
obtidos em diferentes escolas integrais, ensejando respostas que conduzam à explicação das
causas da variabilidade do desempenho.
Os resultados evidenciaram que os dois casos pesquisados possuem distinção quanto à
execução das estratégias e ações necessárias à obtenção dos resultados que garantam a eficácia
da implementação do Programa de Educação Integral. Enquanto um caso apresentou estratégias
e ações integradas à proposta pedagógica do Programa Integral, o outro se manteve indiferente,
deixando de elaborar e executar estratégias e ações no período considerado. Além disso, outros
fatores contribuíram para a variabilidade do desempenho dos casos analisados, entre eles: a
estrutura organizacional, tendo como destaque o tempo pedagógico e as atribuições de cada
segmento; a cultura organizacional, num processo de integração e adaptação da comunidade
escolar; e a liderança do gestor como principal fator responsável pela eficácia da implementação
de estratégias e ações, estimulando o alinhamento entre os aspectos que influenciam no
desempenho escolar. Por fim, este estudo apresenta subsídios para que gestores escolares
aprimorem o exercício da liderança e revejam suas práticas, propiciando a troca de experiências
exitosas, a disseminação de ações e o diálogo acerca de problemas comuns, com o objetivo de
contribuir para o fortalecimento da política implantada e a melhoria dos resultados.
A dissertação intitulada As Tecnologias da Informação e Comunicação e Sua
Contribuição para o Desempenho da Gestão Escolar: Um Estudo de Caso foi apresentada por
Aldineide Lilian Gomes de Queiroz, em 2017, pela Universidade Federal da Bahia. O estudo
objetivou a análise da contribuição das tecnologias da informação e comunicação no
desempenho da gestão escolar a partir de um estudo de caso da Escola Técnica Estadual Cícero
Dias de Recife em Pernambuco. Por meio de uma abordagem qualitativa, esta pesquisa baseou-
se em análises de documentos, além de entrevistas semiestruturadas aplicadas à gestora, aos
coordenadores e professores.
adotado pelo Programa de Educação Integral (PEI), da Rede Estadual de Pernambuco, para a
relação entre o docente e seu trabalho.
Em suma, conclui-se que a gestão por resultados do PEI acarreta uma série de situações
degradantes para a relação do docente com o seu trabalho: as cobranças constantes por melhores
resultados nas avaliações externas; o estímulo à competição entre professores e instituições; as
sanções públicas que tendem mais a desmotivar o professor do que a servir de estímulo; além
de outras questões de natureza burocrática e infraestrutural, que condicionam o trabalho docente
a situações de intensificação, podendo desencadear situações de sofrimento ou adoecimento
pelo trabalho.
A dissertação intitulada Ensino médio integral ou integrado e a gestão por resultados:
entre a mercadorização do ensino e a educação pública de qualidade, de 2019, também
realizado na Universidade Federal de Pernambuco, de autoria de Thamyrys Fernanda Cândido
de Lima do Nascimento, segue uma linha de pesquisa bem semelhante a anterior, no que diz
respeito a uma crítica ao modelo de gestão adotado para as Escolas Integrais, já que a noção de
qualidade adotada pelo modelo de gestão por resultados é importada do mundo empresarial e
importante fundamento do processo de responsabilização (accountability). A autora
problematiza a relação que se estabelece nas escolas de Ensino Médio Integral e Integrado da
Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, entre a perspectiva da gestão por resultados e a
educação pública de qualidade. O estudo teve como campo de pesquisa duas escolas da Rede
Estadual de Ensino de Pernambuco: a EREM Austro Costa e a ETE José Humberto de Moura
Cavalcanti.
A pesquisa conclui que existe uma relação antagônica entre a qualidade da educação da
gestão por resultados adotada no PEI (aquisição de resultados, rankings) e a perspectiva de
educação pública de qualidade (qualidade social). Isso porque a política educacional do Estado
está pautada em pressupostos empresariais (eficiência, eficácia e produtividade) que têm uma
dupla finalidade: criar indicadores de qualidade para fomentar o debate eleitoral e a competição
e o ranqueamento das escolas e das redes de ensino, no sentido de criar a ambiência para a
privatização do ensino, no caso atual, através das parcerias público-privadas na gestão das
escolas, avaliação e monitoramento.
A tese Educação emocional integral: análise de uma proposta formativa continuada de
estudantes e professores em uma escola pública de Pernambuco apresentada em 2019 por
Mariana Marques Arantes, pela Universidade Federal de Pernambuco, defende que uma
educação emocional integral no ambiente escolar favorece processos de humanização na
medida em que promove o cultivo do manejo das emoções através da alfabetização emocional,
59
Integral em Pernambuco, na etapa do Ensino Médio, desde seu início, como uma iniciativa
experimental, até se tornar uma Política Pública voltada para o atendimento dos jovens
pernambucanos.
De modo geral, alguns estudos abordaram as contribuições desta Política Pública para
qualidade da educação; outros trouxeram visões críticas, em especial no que diz respeito a
questões políticas a ela vinculada. Alguns autores debateram sobre o modelo de gestão, tipos
de oferta, repercussão em questões sociais, inovações e práticas educativas a ela relacionadas.
Dessa forma, esse levantamento bibliográfico resultou na consideração de diferentes visões e
análises sobre a Educação Integral em Pernambuco, inclusive, guardadas as devidas
proporções, evidenciou o êxito dessa Política Pública no que tange a melhorias educacionais e
sociais, bem como a repercussão e reconhecimento dessa iniciativa no cenário nacional.
Uma vez identificada a produção científica relacionada ao objeto deste estudo, no
próximo capítulo, ainda de forma sucinta, apresentarei o levantamento documental da Educação
Integral no Brasil, seguindo a análise historiográfica já detalhada nas páginas iniciais dest tese.
Assim, é possível obter uma visão mais geral dos vestígios deixados na linha do tempo das
gerações pretéritas acerca do objeto aqui investigado.
65
A educação nova, alargando a sua finalidade para além dos limites das classes,
assume, com uma feição mais humana, a sua verdadeira funcção social,
preparando-se para formar “a hierarchia democrática” pela “hierarchia das
capacidades”, recrutadas em todos os grupos sociaes, a que se abrem as
mesmas oportunidades de educação. Ella tem, por objeto, organizar e
desenvolver os meios de acção durável com o fim de “dirigir o
desenvolvimento natural e integral do ser humano em cada uma das etapas de
seu crescimento”, de acôrdo com uma certa concepção de mundo.
(AZEVEDO, 2010, p. 411)
Como vimos, o Manifesto dos Pioneiros da Educação traz princípios científicos que, ao
se basearem no sistema educacional, tornam possível a transformação da educação pública para
que ela seja capaz de desenvolver os indivíduos em sua integralidade. É um documento que até
hoje serve de base para estudos na área educacional e tem contribuído para as diversas
experiências na implantação da educação integral em todo país. Vemos assim, uma
comprovação do que foi estudado acima, no que tange ao papel dos intelectuais, pois
profissionais especializados em educação puderam elaborar um documento científico que
trouxe relevantes impactos sociais ao passo que tratam de objetivos e princípios que devem
guiar a prática educacional.
Na década de 1950, identificamos a experiência da implantação da educação integral no
Centro Educacional Carneiro Ribeiro, que passou a ser conhecida como Escola Parque de
67
Art. 27. Desenvolver-se-ão, ao nível de uma ou mais das quatro últimas séries
do ensino de 1º grau, cursos de aprendizagem, ministrados a alunos de 14 a 18
anos, em complementação da escolarização regular, e, a esse nível ou ao de 2º
grau, cursos intensivos de qualificação profissional. (BRASIL, 1961,6).
Um importante marco para Educação Integral acontece na década de 1980, com a
implantação de Centros Integrados de Educação Pública (CIEP), idealizados por Darcy Ribeiro,
no primeiro governo de Leonel Brizola, no Rio de Janeiro, entre os anos 1983 a 1987. Essa
implementação tinha um compromisso político com as classes populares e com a Escola Pública
que fazia parte do inventário desses profissionais que irão compor também as equipes de
implantação do projeto dos CIEP.
Faria (2017) traz o contexto político, mostrando que em 1982, quando se realizaram as
eleições diretas para governadores em todo o país e no Rio de Janeiro foi eleito Leonel de Moura
Brizola, tendo como vice-governador o antropólogo Darcy Ribeiro, também secretário estadual
de cultura e presidente do I Programa Especial de Formação (PEE). Esse programa tinha dentre
suas metas a construção dos CIEP, que o povo passou a chamar de Brizolões, que tinha previsão
de atendimento a 1.000 crianças em horário integral.
O principal objetivo dos CIEP era o de oferecer uma escola pública de qualidade em
horário integral contendo uma série de atividades culturais, esportivas e de lazer, tendo por
características: localização estratégica e participação comunitária; professores especializados;
redefinição dos conteúdos curriculares para estimular a reflexão crítica e a prática cidadã. Essas
instituições ofereciam atendimento a crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
abrangendo a construção do conhecimento e o bem-estar social da criança, incluindo os
cuidados nutricional e médico. Nesse período, o termo Educação Integral era então relacionado
à saúde das crianças.
72
§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser
ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas
horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco
anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de
2017. (BRASIL, 2017, p.1)
75
Além das alterações referentes à carga horária anual, citadas nos parágrafos acima, a
reforma proposta incluiu, além das áreas de conhecimento, uma parte diversificada, divididas
em cinco áreas do conhecimento que devem estar em harmonia com a Base Nacional Comum.
Considero muito significativo que no texto foi incluído de forma direta a recomendação de que
os currículos do Ensino Médio devem levar em consideração a formação integral do aluno e
considerar aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais:
dúvida, num desafio e obrigação para quem esteve, nos últimos anos, participando dessa
realidade. O estudo evidencia, portanto, o comprometimento com o desenvolvimento dessa
memória, a vontade de contribuir para sua continuidade e para o avanço na oferta de uma
educação pública de qualidade social. No próximo tópico, mostrarei como essa base legal se
deu na prática, com as tratativas legais da implantação da Educação Integral no estado de
Pernambuco.
parceiros dispostos a participar e colaborar com a iniciativa e obter o apoio das comunidades
locais à iniciativa. Para o autor, era principalmente a parceria com as prefeituras que gerava a
corresponsabilidade por essa implantação, garantindo sua sustentabilidade.
Dentro desta perspectiva, foram definidas as responsabilidades para cada instituição
parceira a fim de dar clareza ao princípio da corresponsabilidade. Tais obrigações foram
detalhadas no Termo de Cooperação Técnica, então formalizado entre a Secretaria de Educação
e o Instituto de Corresponsabilidade Pela Educação (ICE), que foram assim definidas: ao
Governo do Estado cabia a responsabilidade de ceder professores com a devida pré-
qualificação, liberação de recursos financeiros para custeio dos Centros, cogestão dos Centros
e cessão e manutenção da infraestrutura física dos prédios escolares estaduais; ao ICE, cabia a
responsabilidade pela mobilização da comunidade local, do meio empresarial e de instituições
nacionais e internacionais, pelo financiamento de infraestrutura específica dos Centros
(biblioteca, laboratórios e salas temáticas), por consultorias, transferência de novas tecnologias
em conteúdo, método e gestão e pela cogestão dos Centros; às prefeituras/autarquias, cabia a
responsabilidade pela cessão e manutenção da infraestrutura física dos prédios cedidos e
cogestão dos Centros.
Com a implantação da primeira escola experimental de ensino médio, o Centro de
Ensino Experimental Ginásio Pernambucano (CEEGP), em 2004, a função de gestor, que em
todas as escolas estaduais era exercida por professores da própria rede estadual
(PERNAMBUCO, 2003, p.7), passou a ser ocupada por cargos comissionados. No período de
2004 a 2006, foram implantados 20 Centros de Ensino Experimental, o quadro abaixo traz os
decretos de criação dos desses Centros nesse período:
do que foi submetido ao crivo das urnas em 2007. Não havendo nenhuma menção à Educação
Integral, bem diferente do que vamos verificar no Programa de Governo de 2010 a 2014.
De acordo com dados que apresentei em estudos anteriores (DUTRA, 2014), no ano de
2007, o governador contratou a empresa TREVISAN Consultoria com o objetivo de realizar
um diagnóstico e planejar ações para reestruturar o Ensino Médio. O relatório trouxe um cenário
futuro, para o ano 2010, quando o número de estudantes para essa etapa de ensino seria cerca
de 320 mil jovens. Foi somente após a análise daquele relatório que o governo do estado de
Pernambuco estabeleceu como meta a criação progressiva, ano após ano, de escolas integrais
até alcançar o quantitativo de 160 unidades em funcionamento em 2010.
Fundada neste estudo e articulada à tomada de decisões das políticas públicas para
educação em Pernambuco, em 2008 foi promulgada a Lei Complementar nº 125/2008, marco
legal da Política Pública de Educação Integral no Estado, priorizando a melhoria da qualidade
da educação e tendo como uma das metas a ampliação de matrículas no Ensino Médio Integral.
Nesse sentido, fazia-se necessário o reordenamento da rede estadual para viabilizar a criação
das Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs), que passaram a atender os jovens
estudantes pernambucanos oriundos de escolas públicas de ensino fundamental de várias
regiões do estado.
Com essa iniciativa, no ano de 2021, o estado de Pernambuco avançou e atingiu a meta
estabelecida no Plano Nacional de Educação e no Plano Estadual de Educação, conseguindo
81
atender 62% (sessenta e dois por cento) das escolas públicas com a educação integral.
As EREMs foram criadas visando à formação de jovens autônomos, capazes de avaliar
e decidir, baseados nas suas crenças, valores e interesses; solidários, capazes de atuar como
parte da solução, e não apenas do problema, de se tornarem fonte de iniciativa, liberdade e
compromisso; e competentes, capazes de compreender as exigências do novo mundo do
trabalho, de apropriar-se de conhecimentos essenciais e de adquirir habilidades específicas
requeridas pelo seu Projeto de Vida. Cabe ressaltar que já em 12 de março de 2008 foi publicada
no Diário Oficial a Instrução Normativa 002/2008, com as instruções para localização de
Professores nas Escolas de Referência em Ensino Médio, em preparação para a nova Política
Pública implantada naquele ano.
Essa política pública de Ensino Médio Integral de Pernambuco sucedeu a experiência
desenvolvida de 2004 a 2006, até então por meio do Programa de Desenvolvimento dos Centros
de Ensino Experimental (Procentro). O Quadro 05 traz a Lei Complementar e os Decretos de
criação dessas primeiras 51 Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs).
respeitou-se o que havia feito até aquele momento e redenominou-se o Ensino Médio, com
expectativa de outra marca de governo.
Nessa perspectiva, a primeira experiência com a Educação Integral em Pernambuco,
com o Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano, serviu de base para ampliação
dessa oferta, de forma que em 2008 também estava entre as primeiras Escolas de Referência
em Ensino Médio. Assim, o governo planejou e priorizou essa transição, o que antes era uma
experiência voltada para uma minoria, passou a ser uma Política Pública a ser expandida de
forma a atender a todos os jovens pernambucanos. Já em 2008, Pernambuco havia passado de
20 para 51 Escolas Integrais, sendo 33 em jornada integral e 18 em jornada semi-integral.
Segundo a Lei Complementar nº 125/2008, o Programa de Educação Integral (PEI) tem como
objetivo o desenvolvimento de políticas direcionadas à melhoria da qualidade do ensino médio
e à qualificação profissional dos estudantes da Rede Pública de Educação do Estado de
Pernambuco. Como resultado da expansão anual da rede estadual de Escolas de Referência, em
2014, todos os 184 municípios do estado e no distrito de Fernando de Noronha passaram a ter,
pelo menos, uma escola ancorada nessa Política Pública. Atualmente, no ano de 2021, a rede
estadual já oferta a Educação Integral em 420 EREMs, 50 ETEs, totalizando 470 Escolas
Integrais.
Considerando os aspectos de transição dos Centros de Ensino Experimental em Escolas
de Referência em Ensino Médio, em linhas gerais, o PEI 2008 apresentava em seus artigos e
respectivos incisos as seguintes finalidades:
No ano seguinte, o PEI planejou ações formativas com objetivo de fortalecer a rede de
Escolas Integrais do Estado. Uma destas ações foi o Fórum de Educação Integral que passou a
ser promovido anualmente, no início do segundo semestre letivo, com a participação de todos
os professores das escolas de ensino médio integral e com oferta de formação continuada por
meio de debates com palestrantes renomados sobre temas socioeducacionais da atualidade.
Essa ação pedagógica tem a finalidade de proporcionar subsídio à promoção de uma
educação pública inovadora e de qualidade. Apresento a figura abaixo, parte do material que
possuo em meus arquivos pessoais e que traz uma matéria sobre o Fórum de Educação Integral
realizado no ano de 2009.
Figura 02 – Fórum debate ensino oferecido nas 103 Escolas de Referência do estado
A programação contou com uma palestra específica sobre o tema da avaliação, realizada
pela professora Fátima Maria Leite Cruz, da Universidade Federal de Pernambuco. Além da
professora, o evento contou também com o palestrante motivacional Roberto Carlos Ramos,
que tratou do tema Pedagogia do Amor. Este foi o primeiro evento formativo que passou a fazer
parte da programação anual da Secretaria Executiva de Educação Profissional; inclusive, é um
evento de grande importância para a formação continuada, como previsto no Art. 3º, inciso IV
do PEI 2008.
De acordo com a pesquisa realizada por Souza (2014), gestores e coordenadores
consideraram relevante a realização de ações formativas anuais, como o Fórum de Educação
Integral. Assim, o autor constatou em seu estudo que os colaboradores da Educação Integral
percebiam nesse tipo de formação uma oportunidade para trocas de experiências entre as
escolas, já que eram partícipes desse novo momento da política educacional no estado de
Pernambuco.
A definição clara de direitos e deveres dessa nova comunidade educacional e a
regulamentação da finalidade e dos objetivos do Programa de Educação Integral (PEI) traziam
um respaldo indispensável ao desenvolvimento de uma proposta educativa capaz de atender às
necessidades e expectativas dos estudantes, educadores, familiares e sociedade, envolvidos no
desafio da corresponsabilidade desse processo educativo inovador do ensino médio em nosso
Estado.
Além desses consideráveis aspectos formativos, o programa se propunha a fortalecer as
ações direcionadas ao ensino médio integral, trazendo uma grande contribuição ao novo
alinhamento institucional da Secretaria de Educação, o que delineava caminhos para a busca de
novas parcerias e disponibilizava ferramenta como as competências legais indispensáveis ao
controle social das ações do próprio programa em análise.
A Lei Complementar 125/2008 também definiu as competências da unidade
administrativa responsável pelo ensino médio integral na Secretaria de Educação. É importante
registrar que até 2009 a Educação Integral era um programa especial vinculado diretamente ao
gabinete do secretário de Educação. Somente em 2010 foi que a Política de Educação Integral
para o ensino médio passou a ser uma Secretaria Executiva, como veremos mais adiante.
Em linhas gerais, as competências da referida Secretaria Executiva ficaram definidas,
conforme decreto abaixo:
Por ocasião dos estudos, pesquisas e debates que antecederam a implantação da política
pública de ensino médio integral em Pernambuco, fortaleceu-se a ideia de que o novo
paradigma que deveria nuclear as propostas educacionais do século XXI, poderia ser
encontrado no conceito de desenvolvimento humano, ou seja, do desenvolvimento integral do
ser humano em todas as suas dimensões. Na busca por uma concepção que atendesse a esse
propósito, optamos por adotar a educação interdimensional como concepção educacional
sustentadora do ensino médio integral do nosso Estado. Isso porque essa concepção atende ao
desafio da Educação Integral e ao fortalecimento da necessária integração entre os diversos
espaços educativos por onde nossos adolescentes circulam: escola, família, comunidade etc.
Seu conceito foi estudado e desenvolvido pelo educador Antonio Carlos Gomes da
Costa, professor, pedagogo, consultor nacional e internacional, escritor, ganhou o Prêmio
Nacional de Direitos Humanos e que contribuiu, como poucos, no processo da discussão sobre
os direitos da infância e da juventude na UNICEF e no país. Além disso, ele é autor de livros
sobre a infância e a juventude; inclusive, compõe a comissão elaboradora do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA).
Essa concepção desenvolvida pelo professor Antônio Carlos Gomes da Costa atendia a
necessidade de consolidar a ação educativa das escolas e lançava luzes para resposta a três
88
indispensáveis indagações, de acordo com Costa (2000): em que tipo de educação acreditamos?
Que tipo de jovem queremos formar? Que tipo de escola precisamos criar?
A primeira indagação – em que tipo de educação acreditamos? – foi respondida quando
optamos pela educação interdimensional que abrange as quatro dimensões do ser humano.
Segundo Costa (2000), essas quatro grandes dimensões do humano foram buscadas na "infância
feliz da humanidade", expressa na Paideia, ou seja, nos conceitos e práticas que presidiram a
construção do ideal do homem grego, as quais, posteriormente, fundiram-se com os conceitos
e práticas do mundo judaico-cristão, dando origem à civilização ocidental. Essas quatro
dimensões são: racionalidade, afetividade, espiritualidade e corporeidade.
Ainda segundo Costa (2000), essas dimensões foram trabalhadas no processo educativo
de nossas escolas. Conforme o seguinte entendimento, a racionalidade (domínio
cognitivo/razão) é a dimensão do pensamento, conceito dominador da realidade pela razão, a
ciência e a técnica e envolve todos os objetivos associados ao desempenho intelectual do
educando. Já a afetividade (domínio afetivo/sentimento) envolve a atitude básica diante da vida,
sentimentos, valores, crenças, capacidade de liderança, gostos, preferências, tendências, estados
emocionais, competências pessoais e relacionais.
Por outro lado, o Pathos é a dimensão do sentimento, da afetividade, geradora da
simpatia, da empatia, da antipatia e da apatia na relação do homem consigo mesmo e com os
outros. A corporeidade (domínio dos sentidos/desejos) envolve os objetivos associados à
impulsos, desejos, paixões, expressões artísticas, das emanações vitais básicas, do élan vital. E,
por fim, mas não menos importante, a espiritualidade (domínio espiritual) que envolve os
objetivos associados à fé, experiência mística. O Mytho é a dimensão da relação do homem com
o mistério da vida, do bem e do mal.
Em relação à segunda indagação – que tipo de jovem queremos formar? —, nosso
objetivo sempre esteve direcionado para a formação do jovem autônomo, solidário e produtivo,
alinhado com a visão de homem expressa na LDB, no artigo 2º, ou seja, “A educação, dever da
família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade: o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania, sua qualificação para o trabalho”. Também respaldados nos Quatro
Pilares da Educação da UNESCO, que constituem o núcleo do ideal formativo do Relatório
Jacques Delors: Educação, um Tesouro a Descobrir (1996), sinalizando quatro aprendizagens,
que foram desdobradas em suas respectivas competências pelo professor Antonio Carlos
Gomes da Costa.
89
de tomada de decisão e ação, que tem significado positivo (valor) ou negativo (antivalor) para
uma pessoa. Trabalhamos para que educadores escolares, familiares e estudantes entendessem
e aceitassem que os valores em si mesmos são intangíveis, que eles só ganham significado
quando praticados, quando se expressam através de atitudes e comportamentos. Caso contrário,
não passarão de intenção. Isso não foi um objetivo com pretensão de ser alcançado fácil, rápida
e definitivamente nos três anos do ensino médio. Mas significou um importante investimento
na direção da necessária quebra de paradigmas.
Complementando o tripé da ressignificação sobre conteúdo, procuramos definir,
coletivamente, alinhamento conceitual e operacional com respeito ao entendimento educacional
sobre competência e habilidade. Em termos gerais, chegamos ao consenso conceitual de que
a competência representa a entrada do conhecimento, ou seja, o saber; e a habilidade, à saída
do conhecimento, o fazer.
A partir desses conceitos, foi adotada a classificação de habilidade apresentada por
Costa (2000). Para ele, habilidades específicas, que são as habilidades requeridas para a pessoa
exercer uma determinada ocupação, serviço ou profissão no mundo do trabalho; e as
habilidades básicas, que são habilidades que servem ao ser humano nos planos da vida pessoal,
social e produtiva e que o acompanham ao longo de toda sua existência. Essas classificações
correspondem às estabelecidas no Código da Modernidade, do educador colombiano Bernardo
Toro, que relaciona as competências e capacidades indispensáveis à participação produtiva no
século XXI. Conforme Toro (1997), são elas: dominar a leitura e a escrita; fazer cálculos e
resolver problemas; analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações; compreender e
operar o entorno social; receber criticamente os meios de comunicação; acessar informações e
trabalhar em grupo.
Quanto ao método, ainda seguindo as orientações da educação interdimensional de
Costa (2000), foi adotado como base do trabalho pedagógico o conceito de metacognição, que
abrange: o aprender a aprender (autodidatismo), o ensinar a ensinar (didatismo) e o aprender a
conviver (didatismo cooperativo). Utilizamos como instrumental pedagógico teórico-prático de
forma balanceada, monitorada e com avaliação no processo o Projeto Pedagógico, o Plano de
curso e os Projetos disciplinares e interdisciplinares, que combinam didatismo (quando o
professor apresenta o conhecimento), didáticas cooperativas (quando o educando ajuda outros
educandos a construir o conhecimento) e autodidatismo (quando o educando constrói o próprio
conhecimento).Outras mudanças metodológicas foram introduzidas como o rompimento da
sala de aula como espaço exclusivo da docência, a ênfase à pedagogia da presença, o
desenvolvimento do protagonismo juvenil, a educação profissional, a cultura da
91
acerca do instrumental teórico-prático apresentado no curso, para que eles venham a praticar
a proposta da educação interdimensional (nível atitudinal).
O conteúdo programático, além dos ideais antropológico (visão de homem), sociológico
(visão de mundo) e epistemológico (visão de conhecimento), aborda a essência da proposta dos
três métodos inerentes à formação de adolescentes: a educação para valores, o protagonismo
juvenil e a cultura da trabalhabilidade. A metodologia interativa adotada no desenvolvimento
desse conteúdo inclui palestra, intercâmbio de pontos de vista e experiências com os
participantes, utilização de recurso audiovisual, dinâmicas de práticas e vivências e avaliações
coletiva e individual.
Com essa formação, buscou-se fortalecer nos educadores a convicção de que a boa
educação não é aquela que satisfaz necessidades, mas, sim, aquela que cria novas e mais
complexas necessidades na vida dos estudantes. É sobre esta ética e ótica que se inscreve a
educação interdimensional, proposta que considera o estudante na visão 360°, ou seja, leva em
conta seu desenvolvimento nas dimensões da afetividade, racionalidade, corporeidade e
espiritualidade. Conforme relata Lopes e Silva (2020), ao realizarem uma pesquisa para avaliar
o Programa de Educação integral em Pernambuco, chegaram à conclusão de que “a grande
importância da educação integral para o educando está no campo dos valores
preconizados pela pedagogia da presença e pela educação interdimensional.” (LOPES, SILVA,
2020, p. 71) Para os autores, essa proposta é a principal diferença entre as escolas integrais e as
de ensino tradicional.
Referente a essa formação, Santana (2015) realizou uma pesquisa de caráter quantitativo
que abrangeu 242 Escolas Integrais, um estudo estatístico da correlação e regressão entre os
resultados do processo seletivo de gestores das Escolas de Educação Integral de Pernambuco
e os resultados educacionais obtidos no IDEPE 2014. Essa análise da relação entre o perfil dos
gestores escolares e os resultados educacionais obtidos pela Escolas Integrais na avaliação do
Sistema de Avaliação da Educação Básica de Pernambuco (SAEPE) evidenciou que as escolas
que obtiveram melhores resultados foram aquelas que seus gestores haviam realizado a
formação em Educação Interdimensional e que apresentaram melhores planos de ação, aspectos
que fazem parte da seleção de gestores realizada pela rede Estadual no ano 2013, sendo
recomendada a expansão da rede de Escolas Integrais. Esse e outros trabalhos citados na tese
evidenciam que a Política Pública de Educação Integral está consolidada no Estado de
Pernambuco.
Segundo detalhado por Dutra (2014), além das formações acima descritas, diversas
iniciativas foram tomadas com o objetivo de promover a formação e a prática da filosofia da
94
Educação Interdimensional:
passou a responder diretamente pela Política Pública de Educação Profissional. Nesse mesmo
ano, por meio do Decreto nº 33.989, de 02 de outubro de 2009, o governo do estado de
Pernambuco criou a Secretaria Executiva de Educação Profissional.
Posteriormente, o Decreto Estadual nº 35.284, de 06 de julho de 2010, alterava a
vinculação da Unidade Técnica de Coordenação do Programa de Educação Integral que
funcionava desde 2004. A partir dessa data, suas atribuições passavam para o âmbito da
Secretaria recém-criada, que iria dar conta dos desafios do alcance das metas para a educação
profissional, especialmente no que se refere à interiorização das ações mediante ampliação do
número de Escolas Técnicas Estaduais (ETE) e da crescente ampliação da rede de Escolas de
Referência em Ensino Médio (EREMs). O regulamento dessa nova Secretaria foi definido pelo
Decreto nº 35.681, de 13 de outubro de 2010.
As competências da Secretaria Executiva de Educação Profissional definidas no
capítulo III, inciso IV, do referido decreto, passavam a ser conforme citação a seguir:
ao Ensino Médio, em horário integral; e, à noite, na forma subsequente, para aqueles estudantes
que concluíram o Ensino Médio.
Em linhas gerais, a Educação Interdimensional tem baseado as reflexões para intervir
nos eixos do seguinte currículo:
Como o leitor pode observar, o currículo das Escolas Integrais possui uma carga horária
maior para disciplinas como Arte, Educação Física, Filosofia e Sociologia, que passam a ser
ofertadas em todos os anos do Ensino Médio, esse é um diferencial do currículo ofertado nas
escolas regulares. Observa-se aqui o que defende Saviani (2011) quando declara que o processo
de construção do conhecimento é feito de forma deliberada, dialética e intencional por meio de
relações pedagógicas realizadas historicamente pelos homens e pelas mulheres ao longo do seu
fazer-se na história. Essa organização curricular foi feita de forma a proporcionar a prática da
99
de Educação Integral de 2007 a 2012, o que pode ajudar o leitor a compreender um pouco mais
o empenho do poder executivo articulado ao legislativo para impulsionar o projeto da Educação
Integral no estado.
Essa fonte revela uma pequena amostra do erário para a manutenção, investimento e a
valorização profissional com o objetivo de impulsionar o Programa Educação Integral em
Pernambuco. O gráfico abaixo traz os valores totais com os Decretos de Criação, a Lei
Complementar nº 125/2008 e de extinção da Unidade Gestora nº 14108, o Decreto nº
50.403/2021.
Escolas Integrais, ainda que essa rede específica tenha se expandido e consolidado enquanto
política pública.
Nesse contexto, mesmo considerando a importância dos documentos até aqui analisados
para efeito de compreensão do objeto de estudo desta tese, no próximo capítulo analisarei a
percepção dos estudantes, gestores, professores e responsáveis dos estudantes com o objetivo
de obter informações mais refinadas da comunidade escolar acerca da Educação Integral em
Pernambuco.
103
Se, na verdade, o sonho que nos anima é democrático e solidário, não é falando
dos outros, de cima para baixo, sobretudo, como se fôssemos os portadores da
verdade a ser transmitida aos demais, que aprendemos a escutar, mas é
escutando que aprendemos a falar com eles. (FREIRE, 1996, p. 58)
Esta citação de Paulo Freire, originalmente aplicada à relação entre os docentes e
discentes, pode ser aplicada àqueles que estão em posição de liderança política, que ao ouvirem
a comunidade serão mais assertivos em implantar Políticas Públicas que tragam benefícios
sociais. Assim, este capítulo tem por objetivo obter uma avaliação da Política Pública de
Educação Integral de Pernambuco por parte da comunidade escolar, detalhando o procedimento
da pesquisa realizada. Na primeira fase, foi feita uma pesquisa qualitativa junto às diferentes
representações da comunidade escolar de Escola Integral implantadas entre o ano 2004 até
2020. Na segunda fase, houve a realização de um seminário com a participação dos gestores
das 51 Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs), implantadas no ano de 2008, ano
que teve início a Política Pública de Educação Integral no estado de Pernambuco, conforme já
abordado no capítulo anterior.
Conforme se propõe neste estudo, com vistas a obter uma visão dos diversos
componentes da comunidade escolar em que houve a implantação de Escolas Integrais em
Pernambuco, foi realizada uma pesquisa qualiquantitativa, cujo questionário consta no
Apêndice A. A pesquisa foi elaborada após a aprovação do orientador e buscou uma parceria
com a Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional (SEIP), órgão que compõe a
estrutura da Secretaria de Educação e que responde pelas Escolas Integrais da Rede Estadual
de Pernambuco.
Para aplicação do questionário, foi utilizado o Google Forms2. Assim, o questionário
foi enviado para os gestores de todas as Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs) e
Escolas Técnicas Estaduais (ETEs). Os gestores, por sua vez, mobilizaram sua comunidade
escolar para que todos respondessem ao questionário. A aplicação se deu no período de
Observa-se que houve uma boa representatividade da comunidade escolar com respostas
de diferentes atores, o que torna possível uma visão que se aproxima da realidade da Educação
Integral ofertada pela rede pública de ensino de Pernambuco, possibilitando, assim, a análise
das respostas obtidas tanto referente à aceitação dessa forma de ensino como pelo entendimento
do conceito da Educação Integral. Além, é claro, de algumas críticas e sugestões feitas à própria
política analisada.
Gráfico 05 – Em que ano sua escola passou a ser Escola de Referência em Ensino Médio?
O gráfico acima traz uma representatividade de pessoas que têm alguma relação com as
escolas que passaram a ser integrais em diferentes momentos, desde o ano de 2004 até o ano
atual de 2020, o que irá atender ao objetivo da pesquisa referente à análise do processo de
implantação da Política Pública em Pernambuco, possibilitando identificar o seu impacto para
qualidade social e sua constituição histórica.
Durante esse período, houve mudanças que impactaram o planejamento e oferta da
Educação Integral no estado; entre elas, podemos destacar, entre o ano 2007 e 2008, o que
passou de uma experiência experimental para uma Política Pública, mudança de governo e de
gestão da Educação Integral. Também, após o ano 2008, quando a Educação Integral passou a
ser uma Política Pública, metas de expansão foram estabelecidas, aumentando
significativamente o número de Escolas que passaram a ofertar a Educação Integral. Esses são
dados importantes ao analisar essa forma de oferta com o objetivo de entender seu início.
106
Por meio dos resultados obtidos, observamos que a Política Pública de Educação
Integral é muito bem aceita por comunidades de escolas de diferentes anos. Conforme podemos
observar no gráfico acima, 49,5% dos entrevistados consideram a aceitação ótima e 36,1%
consideram boa; o restante considera regular, ruim ou não souberam responder. Esses dados
indicam o reconhecimento da sociedade quanto a importância da oferta da Educação Integral
pela rede pública, o que será analisado ano a ano mais a frente, dado importante para um melhor
entendimento do objetivo dessa pesquisa.
Acrescenta-se a essas informações, dados dos resultados educacionais alcançados pela
Rede Estadual de Ensino de Pernambuco e obtidos na etapa do ensino médio desde o início da
implantação da Política Pública de Educação Integral, conforme observados nas avaliações
externas, elevando Pernambuco das últimas colocações no país, antes de sua implantação, em
2015, até atingir a primeira colocação no ranking nacional, na avaliação do IDEB. Isso só
fortalece a convicção de que o investimento nessa Política Pública pode ser o caminho para os
avanços educacionais necessários à Educação Pública pernambucana.
Mais adiante, no próximo tópico, os dados da aceitação da implantação da Educação
Integral serão analisados ano a ano, com o objetivo de entender como a comunidade considera
107
essa forma de oferta pela Rede Pública Estadual, trazendo o contexto de sua implantação
naquele momento.
Esse gráfico traz uma informação essencial para este estudo, pois observamos que uma
grande variedade de atores da comunidade escolar (58,4%) respondeu a alternativa que condiz
com a proposta filosófica da Educação Interdimensional, adotada pela Rede Estadual de
Pernambuco desde que se tornou Política Pública, ou seja, as ações educativas voltadas para as
quatro dimensões do ser humano: racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade.
Um número considerável, que corresponde a 29,7%, respondeu que considera integral pelo fato
de o estudante passar mais tempo na escola e uma pequena parte considera como uma política
assistencialista ou não souberam responder. Ainda 45 participantes apresentaram outros
conceitos, conforme pode-se observar no Apêndice B.
A análise das respostas registradas na opção “outros”, presentes no Apêndice B, reforça
a análise que as demais questões respondidas nos trazem, mostrando que há de fato o
reconhecimento da comunidade escolar em relação à importância desta Política Pública para
melhorias da qualidade da educação pública ofertada e que merece ser fortalecida com
investimentos que contemplem a melhoria da estrutura dessas escolas.
108
Observa-se que, para a comunidade escolar, a Política Pública de Educação Integral tem
contribuição significativa para a valorização dos professores, pois 1.237 pessoas responderam
que contribui muito, 771 consideram que contribui pouco, 94 opinaram que não contribui e 315
não souberam responder. Neste item pode ser verificado um aspecto que reflete a realidade das
reivindicações dos profissionais da educação localizados em Escolas Integrais, no que tange à
obtenção de benefícios permanentes. Desde sua implantação, conforme estabelece os Artigo 5º,
parágrafos 4 e 5, da Lei Complementar 125/008, houve o entendimento que a dedicação
exclusiva dos profissionais localizados nas Escolas Integrais daria o direito a uma gratificação
de localização especial, de forma que, ao se aposentar, os professores não recebem o valor que
vêm recebendo, mesmo aqueles que têm atuado de forma exclusiva e integral durante anos. Os
dados acima evidenciam esse descontentamento por parte da comunidade escolar, já que
109
Observa-se que 59,7% dos participantes da pesquisa consideram que a Política Pública
de Educação Integral contribui muito para diminuição das desigualdades sociais, 26,5%
acreditam que contribui pouco e uma minoria responderam que não contribui ou não souberam
responder. Esse dado coletado evidencia a importância da continuação e expansão da oferta de
Educação Integral, considerando o papel social que desempenha. A luta dos profissionais da
educação sempre é pautada na busca por melhores condições na educação pública, que venham
a beneficiar as classes sociais historicamente prejudicadas pelo sistema capitalista, objeto de
muitos estudos. Em Pernambuco, observa-se significativos avanços no Ensino Médio ofertado
113
pela rede estadual, ao passo que as Escolas Integrais foram implantadas em todos os municípios,
atendendo a maioria da juventude e contemplando diversas classes sociais. Os dados
observados sobre a contribuição para diminuição de desigualdades sociais, mais uma vez, estão
de acordo com a realidade observada.
Nas respostas sobre o que entende sobre Educação Integral, destaca-se a comunidade
escolar da primeira escola integral, implantada em 2004. Segundo os dados, 48,9% relacionam
a Educação Integral ao tempo de permanência na escola e 35,6% têm o entendimento de que se
trata de ações educativas sistemáticas voltadas para as quatro dimensões do ser humano:
racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade.
Com o objetivo de sempre identificar o entendimento do significado da Educação
Integral para sociedade pernambucana e, consequentemente, acompanhar sua sociogênese, foi
no ano de 2004 que houve a implantação da primeira Escola Integral, cabe aqui ressaltar o que
está descrito detalhadamente no item 4.1, que trata da análise dos antecedentes da educação
integral em Pernambuco. Naquele ano, o governo do estado criou o Programa de
Desenvolvimento dos Centros de Ensino Experimental (Procentro), essa ação já tinha o objetivo
de garantir o planejamento e a execução de um conjunto de ações inovadoras em conteúdo,
método e gestão, direcionadas à melhoria da oferta e da qualidade do Ensino Médio na Rede
Pública do Estado, mediante a implantação de Centros de Ensino Experimental. Em 2004, foi
criado o Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano (CEEGP), baseado no modelo
de gestão público-privada, que pretendia criar uma rede formada por esses Centros.
115
Para o ano 2006, em relação à aceitação, 15 participantes consideraram que foi ótima,
8 consideraram boa e apenas 2 avaliaram como regular.
117
opção que traz o conceito de que são ações educativas que consideram as quatro dimensões do
ser humano, ao passo que 32% entendem que a Educação Integral se relaciona ao tempo na
escola.
Cabe ressaltar que em 2007 iniciou o primeiro período da gestão do governador de
Pernambuco Eduardo Campos (2007 a 2010), quando foi implantado um mapa estratégico de
acompanhamento mensal das ações desenvolvidas, incluindo as da Secretaria de Educação.
Naquele ano, já se planejava como uma meta pré-estabelecida para a criação do Programa de
Educação Integral com a finalidade de reestruturar o Ensino Médio.
Conforme já citei anteriormente (DUTRA, 2014), também em 2007, a Secretaria de
Educação contratou a TREVISAN Consultoria para realizar um estudo para viabilizar a
expansão da implantação das escolas integrais, que concluiu que, para atender 50% (cinquenta
por cento) dos jovens de 15 a 17 anos matriculados na etapa do Ensino Médio, seria necessário
que o estado de Pernambuco tivesse 160 Centros Experimentais com capacidade para atender
1.000 estudantes, contemplando todas as regiões do estado. Naquele ano, o relatório trouxe um
cenário futuro para o ano 2010, quando o número de estudantes para essa etapa de ensino seria
de cerca 320 mil jovens. Após análise do relatório, o estado de Pernambuco passou a estabelecer
a meta de implantar 160 escolas integrais até 2010.
Esse ano passa a ser um ano de transição, o que é importante ser destacado, tendo em
vista o estudo da 119ociogénese da Educação Integral em Pernambuco, é que era um cenário
de ruptura do governo anterior, com uma proposta que consistia em parcerias público-privadas
realizadas de forma experimental em poucas escolas, para uma nova visão, que, por ser
desafiadora, exigiu a criação de Políticas Públicas com vistas a garantir sua continuidade e a
estrutura necessária para sua execução, que teve por meta sua expansão para todo estado. Do
ponto de vista da 119ociogénese, esse processo é explicado no trecho abaixo, em que Elias
(1993, p. 124), analisa as mudanças de hábitos da sociedade francesa:
Para o ano 2008, nas respostas relacionadas à aceitação, 185 pessoas, o que equivale a
50,4% dos participantes, consideraram ótima, 125 pessoas avaliaram como sendo boa, 43
avaliaram como regular e uma minoria considerou a aceitação ruim ou não soube responder.
121
Quando se observa a resposta quanto ao conceito, 54,8% responderam a opção que traz
o conceito proposto pela rede estadual de ensino, relacionado à Educação Interdimensional, e
33,2 % consideram que está relacionado ao tempo na escola. Destaca-se que foi nesse ano que
a Educação Integral passou da fase experimental para uma Política Pública, com considerável
aumento no número de escolas integrais no estado. Observa-se que desde o início a implantação
dessa modalidade de ensino foi reconhecida e entendida pela comunidade escolar.
No ano de 2008, foi criado o Programa de Educação Integral a partir da Lei
Complementar nº 125, de 10 de julho de 2008. Nesse ano, Pernambuco contava com uma
Política Pública de Educação Integral. Conforme estabelecido na Lei, foram implantadas 51
escolas Integrais, das quais 20 já funcionavam como Centros de Ensino Experimental. A partir
desse ano, elas passaram a se denominar Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs).
Segundo Dutra (2014), 33 escolas tinham a jornada escolar integral, que funcionava em dois
turnos, com 9 horas aulas diárias, totalizando 45 horas/aula semanais, e 18 escolas em jornada
semi-integral, que funcionava semanalmente com cinco turnos e dois contraturnos, com cinco
horas/aula diárias em cada turno, totalizando 35 horas/aula semanais.
Cabe esclarecer que, apesar destas nomenclaturas, as escolas integrais e semi-integrais
foram utilizadas apenas no estado de Pernambuco. Para o Ministério da Educação, todas se
enquadram como Escolas Integrais por já ofertarem 1.400 horas anuais, conforme estabelece a
Lei 13.415 Brasil (2017) horas/aulas semanais. Após esse estudo e escuta da comunidade
escolar, uma revisão da Lei Complementar 125/2021 deverá incluir uma nova proposta de
122
Para o ano 2009, observa-se que houve uma melhoria na aceitação em relação aos de
2008; nesse ano, 120 pessoas, que equivale a 65,2%, avaliaram como ótima a implantação da
Educação Integral na Escola, 51 avaliaram como sendo boa e a minoria avaliou como regular,
ruim ou não souberam responder.
3O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). É uma das primeiras iniciativas brasileiras para medir
nacionalmente a qualidade do aprendizado e estabelecer metas para a melhoria do ensino.
123
Dos participantes que responderam sobre as escolas implantadas no ano 2010, observa-
se o alto número de aceitação positiva quanto a essa modalidade de ensino, 161 pessoas, ou
seja, 55,1% avaliaram como ótima, 100 pessoas avaliaram como boa e 31 como regular ou
ruim.
A imagem acima traz o exemplo de países como França, Suécia e Canadá, que vêm
resolvendo problemas sociais por meio da oferta de uma educação de qualidade. A matéria
destaca os investimentos feitos por parte do então gestão do governador Eduardo Campos para
expansão da oferta a Educação Integral, com a implantação de mais 57 EREMs. Assim, em
2010, a Rede Estadual de Pernambuco foi expandida para mais 35 municípios e já contava com
160 Escolas Integrais, atendendo naquele ano cerca de 19 mil estudantes.
Ainda segundo a matéria, foram investidos aproximadamente 55 milhões com a reforma
e ampliação dessas Escolas, também 211 milhões investidos com pessoal, materiais diversos e
equipamentos. Essa matéria é uma evidência dos investimentos em educação feitos no decorrer
da implantação da Educação Integral em Pernambuco.
Para o ano de 2011, houve uma boa aceitação da Política Pública de Educação Integral,
29 pessoas avaliaram como ótima e 11 pessoas como boa, somando 80% das opiniões ótimas e
boas, 6 pessoas avaliaram como regular e 4 pessoas avaliaram como ruim ou não souberam
responder.
128
Para o ano de 2013, 81 pessoas avaliaram como ótima e 57 como boa, o que totaliza
86,7% das pessoas que consideraram ótima ou boa a aceitação da Política Pública de Educação
Integral; 14 pessoas consideram regular e 6 avaliaram como ruim ou não souberam responder.
Dos participantes de escolas do ano 2014, observa-se mais uma vez que a maioria
avaliou como ótima, enquanto 147 pessoas avaliaram como sendo boa, totalizando 85,5% que
consideravam ótima ou boa a aceitação da Política Pública de Educação Integral. Apenas 43
pessoas avaliaram como regular e 7 como sendo ruim ou não souberam responder.
135
Dos participantes de escolas do ano 2016, observa-se, mais uma vez, que a maioria, 76
pessoas, ou seja, mais de 86,3% consideram ótima ou boa a aceitação da Política Pública de
Educação Integral, enquanto 7 avaliaram como regular, 2 como ruim e 3 não souberam
responder.
139
Para o ano de 2017, observa-se que 50 pessoas avaliaram como ótima, 41 responderam
boa, 15 avaliaram como regular a aceitação da Política Pública de Educação Integral, ao passo
que apenas 3 avaliaram como ruim ou não souberam responder.
relacionado ao tempo na escola. Nesse ano, podemos observar uma consolidação do conceito
desejado, o reconhecimento que a Educação Integral não se trata apenas do maior tempo do
estudante na escola, mas são ações educativas sistemáticas voltadas para as quatro dimensões
do ser humano: racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade.
Em 2017, o estado voltou a expandir sua rede de Escolas Integrais, passando a ter 332
Escolas de Referência em Ensino Médio e 37 Escolas Técnicas Estaduais. Havia a necessidade
de focar na melhoria da qualidade da rede existente.
Para o ano de 2019, verifica-se que 30 pessoas avaliaram como ótima, 43 avaliaram
como boa, 20 como regular e 9 como sendo ruim a aceitação da Política Pública de Educação
Integral.
relação às demandas da comunidade escolar no que diz respeito à estrutura e valorização dos
profissionais e na intensificação na formação em Educação Interdimensional para os
profissionais localizados nas Escolas Integrais a cada ano, garantindo a continuidade da
essência filosófica em que ela é baseada. Ainda outra área que merece atenção é a ampla
divulgação dos resultados obtidos na qualidade social por ela trazidos, não só nos resultados de
avaliações externas, mas também nos impactos positivos trazidos para a vida de jovens e
estudantes egressos dessa rede.
Em 2019, o estado volta a expandir sua rede de Escolas Integrais, passando a ter 368
Escolas de Referência em Ensino Médio e 44 Escolas Técnicas Estaduais. A Figura 11 mostra
publicação na Folha de Pernambuco sobre a ampliação da rede de Escolas Integrais em
Pernambuco.
no IDEB 2019 passa a ser de 4,5, o que evidencia de fato a importância da Educação Integral
para os avanços educacionais alcançados desde sua implantação.
Além das questões registradas anteriormente, a pesquisa incluiu uma questão aberta para
que os participantes relatassem informações sobre a Educação Integral que consideravam não
estar contempladas nas demais questões, esse registro consta na íntegra no Apêndice C. Uma
análise de tais considerações evidencia diferentes visões e indica áreas em que a Política Pública
de Educação Integral em Pernambuco pode ser melhorada e fortalecida.
Esse espaço aberto da pesquisa foi utilizado por 647 participantes, muitos concordaram
com a importância da Educação Integral, sua contribuição para melhoria da educação e
relataram questões já abordadas nas questões anteriores; outras questões identificadas abordam
algumas solicitações para investimento em infraestrutura dessas escolas, manutenção, aquisição
de laboratórios, melhoria na alimentação, solicitação de atendimentos psicológico, incentivo
para formação de professores e oportunidades para que possam cursar Mestrado e Doutorado.
A observação das respostas ano a ano, no que diz respeito à aceitação e ao conceito
relacionados a implantação de Escolas Integrais, indica que a comunidade escolar considera
importante essa Política Pública, merecendo, portanto, um fortalecimento de suas bases
filosóficas e o investimento em relação à valorização dos profissionais da educação nela
atuantes e na estrutura das escolas.
A cada ano, foi trazido o contexto da expansão da Rede Estadual de Educação Integral
em Pernambuco e os respectivos resultados obtidos na avaliação externa do SAEB, o que
facilita o acompanhamento historiográfico que esse estudo propõe.
Ao analisar as questões de aceitação da Educação Integral pela Comunidade Escolar, é
observada uma média acima de 84% ao somar as opiniões ótimas e boas de 2004 a 2020, esse
dado, em comparação com a realidade vivenciada no decorrer desse período, mostra-se
divergente, já que no decorrer da implantação da Política Pública houve o enfrentamento de
resistência por parte da comunidade escolar, em especial no início da implantação e expansão
da Política Pública de Educação Integral.
No entanto, como já mencionado, a pesquisa realizada com comunidades de escolas
implantadas todos os anos não apontou essa falta de aceitação inicial. Assim, considerando que
a pesquisa foi realizada no ano de 2020, ou seja, 12 anos após a implantação da Educação
Integral como Política Pública, houve alterações do ponto de vista da sociedade como um todo
em relação a essa forma de oferta da educação. Isto posto, mesmo com toda complexidade e
aspectos identificados como pontos a serem melhorados e fortalecidos nessa rede, no contexto
mais geral, há uma excelente aceitação.
Já ao analisar a questão do conceito de Educação Integral, observa-se uma grande
mudança na percepção a partir do momento de sua expansão; ou seja, em 2006, quando ainda
149
era uma iniciativa experimental, nos dois primeiros anos, prevaleceu o entendimento de que a
Educação Integral estava relacionada ao maior tempo na escola. Após a implantação da Política
Pública de Educação Integral, no ano 2008, a Educação Integral passa de fato a ser reconhecida
pela sociedade pernambucana como ações educativas sistemáticas voltadas para as quatro
dimensões do ser humano (racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade),
retratando a base filosófica adotada para Educação Integral no Estado.
Essa análise, tanto em relação à aceitação como ao conceito da Educação Integral por
parte dos diversos representantes da comunidade escolar durante o período de 2004 a 2020,
torna possível, parafraseando Elias (1993), um olhar “sociogenético” da Educação Integral em
Pernambuco. Ou seja, é perceptível as alterações conceituais desenvolvidas pela comunidade
escolar sobre a Educação Integral.
proposto neste estudo, 2004 a 2021, os dados qualitativos e o seminário constituem fontes
importantes na composição da memória do objeto de estudo.
Dando continuidade à expansão da rede estadual de ensino, em 2021, Pernambuco conta
com 420 Escolas de Referência em Ensino Médio e 50 Escolas Técnicas Estaduais. Dessa
forma, o Gráfico 49 traz o histórico de implantação da Educação Integral no Estado de
Pernambuco de 2004 a 2021; nele, consta o total de Escolas Integrais, composto das Escolas de
Referência em Ensino Médio e Escolas Técnicas Estaduais, onde é ofertado o Ensino Médio
Integral integrado à Educação Profissional.
Integrais trabalham o projeto de vida dos estudantes, o que lhes dá autonomia e projeção para
o mundo do trabalho.
Por outro lado, muitas respostas contêm a solicitação de melhoria na infraestrutura das
escolas e sugerem o fortalecimento de uma educação dialógica como uma perspectiva de
aprendizagem que precisa ser mais aplicada nas escolas integrais.
Uma fala recorrente diz respeito à solicitação de estudantes para a diminuição do tempo
de sua permanência no ambiente escolar como uma forma de melhoria na qualidade de vida.
Embora já seja observado na rede estadual que algumas escolas integrais funcionam com uma
carga horária semanal de 35 horas, denominadas Escolas Semi-integrais.
Contudo, com o advento da pandemia da covid-19, em que o ensino híbrido passou a
ser vivenciado de forma estruturada e com orientações da Secretaria de Educação, vemos como
possibilidade viável o planejamento de um novo formato, especificamente em relação ao tempo
escolar. Neste respeito, conforme já citado no subtópico 4.1.5, sugerimos uma revisão da Lei
Complementar nº 125/2021, incluindo uma nova proposta de organização curricular com a
definição de 40 horas/aula semanais para todas as Escolas Integrais.
Paralelamente ao problema do tempo de permanência do estudante no ambiente escolar,
também apareceram sugestões e críticas quanto à necessidade de investimentos e valorização
dos profissionais que trabalham nas Escolas Integrais. Observamos, no entanto, que na opinião
dos estudantes “é muito cansativo o horário integral no atual formato”, o que pressupõe um
estudo para a revisão do currículo, possibilitando a diminuição da carga horária para 7h diárias.
Essa é uma ação possível e já há na rede estadual iniciativas semelhantes, implantadas em
escolas semi-integrais.
Todavia, cabe ressaltar que este é um momento propício para considerar soluções a esta
solicitação, considerando que, após a promulgação da Lei nº 13.415/2017, que altera a Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, a reforma para o Ensino Médio já introduz uma nova lógica
curricular. Outra possibilidade evidenciada durante a pandemia da covid-19 é a implementação
de ações para utilização de tecnologias que possibilitem o ensino híbrido como alternativa para
diminuição da jornada diária.
A análise da pesquisa aplicada evidenciou ainda que a comunidade escolar aceita e
compreende a proposta da Rede Estadual de Ensino para a Educação Integral, de forma que
esta é uma Política Pública que deve ser priorizada e fortalecida, embora seja evidente que após
13 anos de sua implantação haja a necessidade de melhorias qualitativas das Escolas Integrais,
além de melhorias em relação à valorização dos profissionais atuantes nessas escolas, melhorias
152
de infraestrutura, diminuição da carga horária diária, atualmente vivenciada pela maioria das
Escolas Integrais, que têm seu funcionamento das 7h30min às 17h.
Continuando com as reflexões da questão de número doze, no próximo tópico,
prosseguiremos com a análise de conteúdo desta questão, seguindo a metodologia indicada por
Alves, Figueiredo e da Silva (2015), que recomendam a utilização de análise sistemática do
conteúdo para a produção de inferências a partir de pesquisas qualitativas.
Com base na ferramenta acima, iniciei a análise das respostas da questão aberta, questão
de número doze do questionário aplicado. Para isso, carreguei o arquivo em formato Microsoft
Word contendo as respostas obtidas no site supracitado. Após esse envio, o programa
apresentou 2.500 (duas mil e quinhentas) palavras mais frequentes. Trata-se de uma contagem
153
simples das ocorrências dos vocábulos no texto e as 100 palavras mais frequentes podem ser
vistas no Apêndice D.
A partir desta análise, percebe-se que o aplicativo gera a mesma palavra em várias
frequências na sua variação maiúscula/minúscula ou plural. Considerando que a palavra “que”
teve frequência de 357 vezes, mas não tem relevância para o presente estudo, então decidimos
excluí-la para a construção da nuvem (Figura 14).
A nuvem de palavras traz os vocábulos mais recorrentes, numa contagem rápida temos:
“escola” (186), “integral” (170), “educação”(115), “alunos” (110), “professores” (87),
“estudantes” (78), “escolas” (71), “Educação” (68), “vida” (62), seguida de palavras como:
ensino, estrutura, valorização, formação, qualidade. Essas palavras de fato traduzem bem o
objetivo do questionário e da própria questão, que se propôs a deixar um espaço livre para que
todos os participantes pudessem se expressar.
Todos se colocaram sempre no sentido de reconhecimento ou de sugestões que venham
a fortalecer a Educação Integral, a importância da escola e dos que a constituem, ou seja, seus
professores e estudantes. Os colaboradores também dão indicação de que percebem que é
“educação que transforma vidas”, daí a importância deste estudo, de trazer a Educação Integral
não só na perspectiva histórica, mas também ouvindo os que estão vivenciando-a no dia a dia,
154
como forma de possibilitar sugestões de ações com vistas a sua continuidade de melhoria
contínua.
Por se tratar de uma investigação de um tema atual e de grande relevância para a
memória e a historiografia da educação, a origem organizacional e surgimento institucional,
filosófico e pedagógico.
A Educação Integral na rede estadual de ensino de Pernambuco configura uma das
experiências inovadoras de implantação de um processo educativo deste gênero no país e, por
essa razão, pelos erros, acertos, limitações e avanços é, não raras vezes, objeto de contraposição,
comparação e ou referência.
Nesta perspectiva, a rede estadual de ensino de Pernambuco, não obstante críticas e/ou
comparações, passou a ser um marco na história da implantação da Educação Integral no Brasil.
Desta forma, o exame da documentação tem permitido a efetivação de políticas educacionais
centradas em torno da referida experiência, que vai além da implantação da Educação em
Tempo Integral, mas que desperta o debate pedagógico e filosófico sobre a oferta da Educação
Integral em seu verdadeiro sentido. Isso demanda não apenas uma sistematização dos estudos
relacionados, mas também um aprofundamento acerca da dinâmica institucional quanto a sua
implantação, consolidação, reavaliação e de novos desafios.
Abordar e compreender a Educação Integral exige envolvimento, consulta e diálogo
junto à comunidade de gestores públicos, isto é, diretores de escolas, coordenadores de escolas
e o conjunto das equipes administrativa e pedagógica. Manter esse diálogo é importante para
estabelecer uma relação qualitativa e quantitativa de suas percepções, avaliações, críticas,
demandas e horizontes em relação à experiência da Educação Integral e/ou de tempo integral
em Pernambuco.
O subtópico a seguir irá detalhar a realização dos Seminários de Educação Integral que
tiveram a participação de gestores das Escolas Integrais implantadas no ano 2008.
enquanto construção de fonte, o seminário foi uma oportunidade para aprofundar, junto com os
gestores públicos que participaram deste processo, a experiência pedagógica e filosófica
relacionada à Educação Integral e a prática da educação em tempo integral.
O evento foi realizado em duas etapas. A primeira, dia 10 de maio de 2021, teve como
objetivo identificar o conceito dos gestores sobre a Educação Integral, educação de tempo
integral e Educação Interdimensional. A segunda etapa foi realizada no dia 17 de maio de 2021
e teve um caráter avaliativo, isso porque os participantes puderam responder três questões: 1)
há relação entre a experiência de Educação Integral das EREMs de Pernambuco e os resultados
alcançados pelo IDEB do ensino médio no estado?; 2) você considera que a Educação Integral
está consolidada enquanto política pública?; 3) e quanto às iniciativas da Secretaria de
Educação para a implantação da Educação Integral no ensino fundamental, você considera que
essa implantação trará impactos positivos na educação pública?
Para realização do seminário, inicialmente foi necessário buscar as localizações atuais
desses servidores, que no ano 2008 estavam exercendo o cargo de gestores das 51 Escolas de
Referência em Ensino Médio, com o objetivo de convidá-los a participar do evento. O quadro
07 detalha a relação dos mesmos e o registro da participação no seminário.
Ao realizar o convite aos 51 gestores, observamos que desse total, apenas onze
permanecem na mesma escola desde então, 07 continuam exercendo o cargo de gestão em outra
escola, 13 ocupam cargo de Assistentes de Gestão ou assumiram a Coordenação da Educação
Integral em Gerências Regionais de Educação, 04 são Gerentes de Gerência Regionais de
Educação, 01 está cedido para Prefeitura, 05 voltaram à regência de aula, 09 estão aposentados
e 01 faleceu. Esse último, trata-se do Gestor Antônio José Barbosa dos Santos da EREM de
Timbaúba. Assim, a segunda fase do seminário culminou com uma homenagem ao Gestor
Antônio José Barbosa dos Santos da EREM de Timbaúba, que pode ser vista no Apêndice I.
159
A primeira fase do seminário foi realizada no dia 10 de maio de 2021 por meio do
aplicativo Google Meet 4 , cujo convite foi enviado através do contato telefônico de cada
convidado. Nesse primeiro dia do evento, houve a participação de 34 gestores, que representam
68% dos convidados.
Assim, a mesma configuração foi mantida e às 14h, do dia 10 de maio de 2021, foi dado
início ao seminário. Neste primeiro momento, optamos por uma explanação geral do presente
estudo: justificativa, pergunta, objetivos e detalhamento da proposta desta primeira fase do
seminário que consistiu nas perguntas:
1 – O que entende por Educação Integral?
2 – O que você entende por tempo integral?
3 – O que você entende por Educação Interdimensional?
O seminário foi mediado pelo meu orientador, o professor doutor Edilson Fernandes de
Souza, que em sua fala inicial informou a dinâmica de tempo de intervenção dos participantes
e sobre o envio posterior de documentos para a autorização de uso dos relatos coletados durante
o evento. Para o orientador, trata-se de um momento memorável devido ao grupo ser o
responsável pela implantação da educação integral em Pernambuco.
Seguindo os procedimentos propostos neste estudo, na minha primeira intervenção, fiz
um relato do status em que se encontrava a investigação, ou seja, a análise histórica da Educação
Integral, para entender como se deu a constituição deste fenômeno social no Brasil.
Assim, ao analisar as falas com as respostas das três perguntas acima descritas,
conseguimos observar que há um alinhamento no que diz respeito ao entendimento do conceito
de Educação Integral e um entendimento sobre a diferença entre a Educação Integral e a
Educação em tempo integral, assim como um reconhecimento, por parte dos colabores, da
importância da base filosófica da Educação Interdimensional.
Neste momento, não vou me estender nas apresentações das falas, mas os exemplos são
muitos, como o relato da professora Socorro Rodrigues. Para ela, “[...] a Educação Integral
envolve o desenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões [..]”. Sua fala, juntamente
com outras que a sucederam, marca o alinhamento conceitual com a base filosófica da Educação
Interdimensional, conforme Costa (2000). Para a gestora, a educação em tempo integral se
4
Ferramenta gratuita oferecida pela plataforma Google. Na fase, 01 realizada em 10 de maio de 2021, foi
disponibilizado o link: https://meet.google.com/son-ccix-gok.
160
vida identificado pela colaboradora também pode ser percebido como um desafio, conforme
está presente na fala da professora Daniele Freitas, que destacou a importância da Educação
Integral no enfrentamento dos desafios diários, fazendo uma aplicação da atual pandemia do
Covid-19; ela disse que “[...] estamos vivendo uma pandemia e os estudantes podem contar
com educadores que se preocupam com eles como pessoa [...]”. São importantes registros que
comprovam a prática das premissas da Educação Interdimensional, conforme Costa (2000)
orienta. As ações educativas devem ser sistemáticas e voltadas para as quatro dimensões do ser
humano: racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade, neste caso destacando a
importância da afetividade que, segundo o autor, refere-se à dimensão do sentimento, da
afetividade, geradora da simpatia, da empatia, da antipatia e da apatia na relação do homem
consigo mesmo e com os outros.
Ainda com esse olhar, na análise do conjunto das alegações feitas pelas gestoras,
destacamos uma fala que parece resumir bem as demais intervenções. A professora Maria
Amorim disse que “[...] a Educação Integral é um diferencial, pois nessas escolas há um olhar
humano, zelo na prática pedagógica e como é gratificante ver os resultados dessa educação na
vida dos jovens [...]”.
Nesse contexto das falas, após análise do que foi discutido pelos colaboradores, nesta
primeira fase do seminário, é possível concluir que há uma homogeneidade e um entendimento
comum dos termos Educação Integral, Educação de tempo integral e Educação
Interdimensional, ou seja, todas as falas estão alinhadas com os conceitos de Costa (2000).
Desse modo, a apresentação para o evento, registros das imagens, transcrição das falas na
íntegra e o chat podem ser vistos no Apêndice V.
Assim, podemos concluir que após treze anos da implantação da Política Pública de
Educação Integral em Pernambuco, há um pleno entendimento e diferenciação sobre tais
conceitos, evidenciando que a sociedade pernambucana avalia positivamente a Política Pública.
5
Ferramenta gratuita oferecida pela plataforma Google. A Fase 02 foi realizada em 17 de maio de 2021 através
do link: https://meet.google.com/cbq-jomu-ycm.
164
Para o leitor conferir o volume das fontes orais, as respostas dos participantes, o registro
de imagens do seminário, a transcrição do chat e a apresentação final em homenagem ao diretor
falecido Antônio José Barbosa dos Santos podem ser vistos no Apêndice VI.
Nesta segunda fase do Seminário, o objetivo principal foi o de obter uma avaliação dos
gestores sobre a Política Pública de Educação Integral. Foi assim que eles puderam expressar
sua visão acerca da relação existente entre a experiência de Educação Integral das EREMs de
Pernambuco e os resultados alcançados pelo IDEB do ensino médio no Estado. Ainda foram
questionados se consideram que a Educação Integral está consolidada enquanto Política Pública
de governo e, por fim, se as iniciativas da Secretaria de Educação para implantação da Educação
Integral no ensino fundamental trarão impactos positivos na educação pública.
As palavras mais frequentes usadas pelos gestores mostram que as falas estavam
contextualizadas com o objetivo proposto. Foram falas que trataram dos resultados obtidos
pelas Escolas Integrais, sobre a necessidade de melhorias das escolas já implantadas e a essência
da Educação Integral. No entanto, mesmo com essas necessidades de atualização e melhorias,
observa-se como a principal característica o reconhecimento de que a Política Pública de
Educação Integral está consolidada em nosso Estado. Todos acreditam que a implantação da
Educação Integral, nos moldes adotados para o ensino médio, deveria ser considerada para a
expansão da implantação dessa oferta no nível fundamental, o que irá fortalecer ainda mais a
Educação Integral em Pernambuco. Foram essas as percepções.
Após a análise dos seminários, procedemos com a análise de conteúdo das duas fases
dos seminários. Melhor dizendo, procuramos sintetizar em uma só nuvem o que foi construído
em dois dias, com o objetivo de obter uma visão geral dos vocábulos mais recorrentes na
memória dos gestores que estiveram nos primeiros momentos de implantação da Educação
Integral no estado.
167
Educação Integral, o documento expressa 40 ETEs até 2014. Entretanto, a Educação Integral
passou da meta, tendo em vista que toda ETE oferta Educação Integral.
Neste programa de governo, outras ações voltadas para melhoria da qualidade da
educação foram divulgadas, tais como investimentos em infraestrutura, aquisição de kits
escolares, oferta de merenda, aquisição de equipamentos para laboratórios e a expansão da rede
de Escolas Técnicas. A figura abaixo traz a capa e o índice com ações estratégicas propostas.
Dessa forma, acreditamos que o Programa de Educação Integral pode ser considerado
uma Política Pública de Estado, considerando o que diz Oliveira (2011):
educação pública fosse atingida e, mesmo não sendo inicialmente uma ação do seu programa
de governo, deu continuidade às ações já em andamento, fortalecendo, expandindo e
transformando-a em Política Pública. Assim, a Educação Integral foi posteriormente incluída
diretamente em seu segundo programa de governo, passando de uma Política de Governo para
uma Política de Estado.
Outra referência que baseia na afirmação de que a Educação Integral em Pernambuco é
uma Política de Estado é a de Lima, Maciel e Pazolini (2019),quando define que as políticas de
estado são ações tem efetividade social atingem atividades fins e têm aplicação de longo prazo,
ao passo que as de governo são efêmeras e beneficiam atividades meio.
Já para Barros e Pimentel (2012), a política de Estado “constituiria por meio de ações
de cunho estruturante, nas quais os governantes que se alternam no poder devem garantir que
tal política seja efetivada”, enquanto as políticas de governo “podem sofrer quebra de
continuidade e estão articuladas em função de conjunturas” (BARROS; PIMENTEL, 2012, p.
9).
Assim, após a análise destes conceitos, pode-se afirmar que em Pernambuco há uma
política de estado, pois houve uma continuidade, independentemente de governos, e a política
tem efetividade, como também tem reconhecimento pela categoria dos professores em todo o
país.
É importante traçar uma linha do tempo. No ano de 2004, temos a primeira escola
pública de ensino médio integral do estado de Pernambuco e do Brasil, implantada de forma
experimental. Foi o Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano, chegando ao ano
de 2007 com 20 Centros Experimentais implantados. A partir de 2008, houve a implantação de
51 EREMs; hoje, Pernambuco contabiliza 470 EREMs e ETEs com oferta de Educação Integral
para o Ensino Médio.
É gratificante ver que a Educação Integral continua a obter significativas conquistas em
Pernambuco. Para marcar a importância desta Política Pública de Estado, foi aprovado o Projeto
de Lei nº 2621, de 10 de setembro de 2021, de minha autoria, que em seu Artigo 195 institui no
Calendário Oficial de Pernambuco o dia 10 de julho como o Dia Estadual da Educação Integral,
data que faz referência à promulgação da Lei Complementar nº 125/2008.
171
Ainda um importante marco para Educação Integral foi o anúncio do governador Paulo
Câmara sobre a universalização da Educação Integral, conforme pode ser observado na Figura
20.
305 55 47 69 42 58 576
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É nesse contexto que este estudo cumpre seu papel de aprofundar a análise
historiográfica da Educação Integral, abordando e identificando também sua sociogênese no
Brasil com uma vasta variedade de aspectos inerentes à área da educação, e espero, que possam
servir de inspiração para outros profissionais e estudiosos, sempre com o objetivo de contribuir
para superação de desafios apresentados historicamente, assim como para os novos desafios, os
quais só serão superados com o comprometimento e incansável empenho de profissionais e
intelectuais que ingressam nessa nobre e fundamental área do conhecimento.
Fica evidente, com a análise da aplicação do questionário e seminários realizados, que
a comunidade escolar aceita e compreende a proposta da Rede Estadual de Ensino para a
Educação Integral. Além disso, concordam que sua implantação trouxe significativas melhorias
para os resultados educacionais obtidos em avaliações externas. Mas, para colaborar com a
possibilidade de outros estudos, inclusive, para efeito de contestação do que até agora foi dito,
além de instrumentos necessários aos procedimentos específicos desta pesquisa, deixamos, nas
páginas finais desta tese, os apêndices, com uma farta documentação para futuras
interpretações.
Considerando o que foi levantado e construído enquanto fonte, analisado sob o crivo da
literatura aqui exposta, a Política Pública de Educação Integral foi fortalecida e expandida
durante três governos do mesmo partido (PSB), constituindo-se, claramente, uma Política de
Estado. Hoje, após 13 anos de sua implantação, a Educação Integral já contempla todos os
municípios do Estado, consolidando-se na formação de recursos humanos e sua infraestrutura,
fazendo, inclusive, Paulo Câmara, governador entre os anos 2015 e 2021, anunciar a
universalização de sua oferta para o Ensino Médio.
Destarte, quando se aprofunda no manuseio do corpus documental, há de se afirmar,
com tudo que analisei, e as ações governamentais assim evidenciam, que Pernambuco passa a
ter uma Política de Estado quando o assunto é Educação Integral. Esse aspecto é tão relevante
que, considerando ainda os elementos até aqui analisados, será possível observar que essa
unidade da federação, devido as Políticas Públicas já vivenciadas desde o ano de 2008, terá
melhores condições de realizar as adequações às reformas constantes na Lei 13.415/2017.
No entanto, a pesquisa também evidenciou a necessidade de melhorias qualitativas das
Escolas Integrais e o aperfeiçoamento da referida política, o que inclui uma revisão da Lei
Complementar 125/2008, com valorização dos profissionais localizados nas Escolas Integrais,
revisão dos repasses financeiros de modo a dar mais autonomia às escolas, a incorporação da
gratificação de localização especial no salário, melhorias de infraestrutura, diminuição da carga
horária diária, atualmente vivenciada pela maioria das instituições educacionais, revisão do
177
currículo e melhor utilização do uso de tecnologias, com vistas a fortalecer o ensino híbrido e
o investimento na formação dos educadores com foco no fortalecimento da sua base filosófica,
a educação interdimensional.
É gratificante ver a continuidade desta Política de Estado, com a sinalização do atual
governador para a universalização da oferta de Educação Integral no ano 2022 e a expansão da
implantação desta oferta no nível fundamental, de forma que Pernambuco tem cada vez mais
consolidada a Política Pública de Educação Integral.
Assim, após finalizar esta tese, fica claro que a oferta da Educação Integral é um
caminho para melhoria da qualidade da educação pública. Tenho orgulho de fazer parte da
implantação da Política Pública de Educação Integral em Pernambuco e também de poder
concluir minha tese no ano do centenário do educador pernambucano Paulo Freire, em quem
me inspirei durante todo o estudo. Hoje, sinto-me feliz de poder expressar como se fossem
minhas as palavras que o próprio Paulo Freire registrou ao refletir sobre que herança poderia
deixar depois que não estivesse mais neste mundo. Então, foi a curiosidade e o amor pela
Educação que me fizeram escrever esta tese.
178
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Luiza Cristina Pereira de. Juventudes, formação humana e escola pública: uma
análise dos sentidos da integralidade no programa de educação integral de Pernambuco. 2016.
193 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2016.
AZEVEDO, Fernando et al. Manifesto dos pioneiros da Educação Nova (1932) e dos
educadores (1959). Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.
BARROS, Maria Elizabeth Barros de; PIMENTEL, Ellen Horato do Carmo. Políticas
públicas e a construção do comum: interrogando práticas PSI. Revista Polis e Psique, Porto
Alegre, RS, v. 2, n. 2, pp. 3-22, 2012. ISSN 2238-152X. Disponível em:
https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/35746%26gt%3B. Acesso em: 05 nov. 2021.
______. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e
2º graus, e dá outras providências. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, 1971. Disponível em:
179
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-
publicacaooriginal-1-pl.html.
COSTA, Antônio Carlos Gomes da; COSTA, Alfredo Gomes da. Programa de Educação
Integral. Belo Horizonte: Modus Faciendi, 2010.
______. Educação. São Paulo: Editora Canção Nova, 2008. (Coleção Valores.)
CRUZ, José Vieira da; SANTOS, Fábio Alves dos. Aprendizagem histórica: espaços,
suportes e experiências. 1. ed. Recife: Editora Universidade de Pernambuco – EDUPE, 2020.
______. Ensino Médio em Foco: Uma Década da Política Pública de Educação Integral no
Estado de Pernambuco. In: ______ (Org.). Além do Olhar: Práticas, Relatos e Pesquisas
sobre as Políticas Públicas de Educação Integral e Profissional em Pernambuco. Recife: Ed.
do Autor, 2019.
______. Educação Integral no Estado de Pernambuco: uma política pública para o ensino
médio. Recife: UFPE, 2014.
______. Norbert Elias por ele mesmo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001b.
_______. Escritos & Ensaios: Estado, processo, opinião pública. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed., 2006.
FARIA, Lia. A utopia possível: revisitando os CIEPs do Rio de Janeiro. Revista Interinstitucional
Artes de Educar, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2 (Especial Darcy Ribeiro), pp. 98-112, jul./out. 2017.
Disponível em: http://docplayer.com.br/210192014-A-utopia-possivel-revisitando-os-cieps-do-rio-
de-janeiro-the-possible-utopia-revisiting-the-cieps-of-rio-de-janeiro.html. Acesso em: 09 mar. 2020.
______. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
______. A educação na cidade. Prefácio de Moacir Gadotti e Carlos Alberto Torres; notas de
Vicente Chel. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
GALIAN, Cláudia V. A.; SAMPAIO, Maria das Mercês F. Educação em tempo integral:
implicações para o currículo da escola básica. Currículo sem Fronteiras, v. 12, n. 2, pp. 403-
422, maio/ago. 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Claudia-Galian-
2/publication/267226491_EDUCACAO_EM_TEMPO_INTEGRAL_implicacoes_para_o_cu
rriculo_da_escola_basica/links/5616f5f008ae839f3c7d6efd/EDUCACAO-EM-TEMPO-
INTEGRAL-implicacoes-para-o-curriculo-da-escola-basica.pdf . Acesso em 19 maio 2021.
LEITE, João Carlos Zirpoli. Uma análise do significado do tema “qualidade” em duas escolas
de referência da rede pública do Estado de Pernambuco. 2017. 199 f. Tese (Doutorado em
Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco,
Recife, 2017.
LIMA, Everdelina Maria Meneses de. Educação integral e gestão escolar: análise do Programa
Mais Educação em duas escolas estaduais de Pernambuco. 2014. Dissertação (Mestrado em Gestão
e Avaliação da Educação Pública) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2014.
https://revistaselectronicas.ujaen.es/index.php/reid/article/view/4981/4626. Acesso em 20
mai. 2021.
MAGALHÃES, Marcos. A juventude brasileira ganha uma nova escola de Ensino Médio:
Pernambuco cria, experimenta e aprova. 1. ed. São Paulo: Abatroz; Loqui, 2008.
MALERBA, Jurandir (Org.). A história escrita: teoria e história da historiografia. São Paulo:
Contexto, 2006.
MONASTA, Attilio. Antonio Gramsci. Tradução: Paolo Nosella. Recife: Fundação Joaquim
Nabuco, Editora Massangana, 2010.
MORAIS, Edima Verônica de. Utilizações das escolas de referência em ensino médio pelo
governo do estado de Pernambuco: uma análise do programa de educação integral. 2013.
198 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação
Contemporânea, Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, 2013.
OLIVEIRA. Juliana Maria Rosilda de. A gestão pedagógica nas escolas integrais e a
implantação do sistema de informações educacionais de Pernambuco: uma abordagem à
luz da perspectiva sociotécnica. 2016. 130 f. Dissertação (Mestrado em Gestão de
Organizações Aprendentes) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2016.
______. Secretaria de Educação. Balanço das Ações 2014. Recife: Secretaria de Educação e
Esportes: Governo do Estado de Pernambuco, 2014. Disponível em:
http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/8015/BalancoDaEducacao_2014_site.pd
f. Acesso em: 29 maio 2021.
RAMOS, Marise Nogueira. Concepção de Ensino Médio Integrado. 2008. Disponível em:
http://forumeja.org.br/go/sites/forumeja.org.br.go/files/concepcao_do_ensino_medio_integrad
o5.pdf. Acesso em: 15 jul. 2017.
SANTANA, Dulce Cristina Arcoverde de Souza. Relação entre o perfil do diretor escolar e
os resultados educacionais. 2015. 87 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Métodos e
Gestão em Avaliação) – Programa de Pós-Graduação em Métodos e Gestão em Avaliação,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.
SAVIANI, Demerval. Breves considerações sobre fontes para a história da educação. Revista
HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial, p. 28-35, ago. 2006. ISSN: 1676-2584.
Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/pf-fe/publicacao/4913/art5_22e.pdf. Acesso em:
06 out. 2021.
SCHAFF, Adam. History and Truth: Pergamon international library of science, technology,
engineering, and social studies. First Edition. Oxford: Headington Hill Hall, 1976.
SEMIS, Lais. Tempo integral: o que muda a Educação não são as horas a mais na escola.
Nova Escola. 29 de maio de 2019. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/17560/tempo-integral-em-pernambuco-o-que-muda-a-
educacao-nao-sao-as-horas-a-mais-na-escola. Acesso em: 11 ago. de 2021.
SERAFIM, Josefa Rita de Cássia Lima. Avaliação dos resultados da política de educação
integral para o ensino médio em Pernambuco (2008-2018). 2019. 167 f. Dissertação
(Mestrado Profissional em Gestão Pública para o Desenvolvimento do Nordeste) –
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
SILVA, Adriano Carvalho Cabral da. A relação entre docente do ensino médio (em tempo)
integral e seu trabalho, no contexto da gestão por resultados. 2018. 120 f. Dissertação
(Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea,
Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, 2018.
SILVA, Andréa Giordanna Araujo da. Ensino (em tempo) integral: as propostas oficiais na
dinâmica do real. 2016. 326 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de
Pernambuco, Recife, 2016.
SILVA, Valdemberg Dias da. Modelos de ensino público, eficiência e gestão escolar: uma
análise da escola de ensino médio regular de Quixaba e da escola de ensino médio integral de
Timbaúba, no estado de Pernambuco. 2013. 80 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) –
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2013.
SOUZA, Michael Lucena de. O estudo da eficácia nas escolas técnicas do programa de
educação integral do governo do Estado de Pernambuco. 2015. 167 f. Dissertação
(Mestrado em Administração e Desenvolvimento Rural) – Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Recife, 2015.
Este questionário tem por objetivo coletar informações para o estudo: A Sociogênese da
Educação Integral no Brasil, foco em Pernambuco, do pesquisador Paulo Fernando de
Vasconcelos Dutra, do Grupo de Pesquisa de Identidades e Memórias da
Educação/UFPE/CNPq e estudante do Doutorado da Universidade Federal de Pernambuco.
Por questões éticas, todos os dados coletados serão utilizados apenas com a finalidade da
pesquisa, e não constarão do nome e identificação do informante, cujo objetivo geral se
concentra em identificar, descrever e analisar as primeiras tratativas da Educação Integral em
Pernambuco, bem como os principais avanços e retrocessos dessa política pública no Estado
desde 2004 a 2020.
a- Gestor
b- Educador de Apoio
c- Professor
d- Aluno Egresso
e- Aluno matriculado atualmente
f- Pai/Responsável
3- Em que ano sua escola passou a ser escola de referência em ensino médio:
a- 2004
b- 2005
c- 2006
d- 2007
e- 2008
f- 2009
g- 2010
h- 2011
i- 2012
j- 2013
k- 2014
l- 2015
m- 2016
n- 2017
o- 2018
p- 2019
q- 2020
190
4- Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua escola pela
comunidade escolar:
a- Ótima
b- Boa
c- Regular
d- Ruim
e- Não sei responder
a- Contribui muito
b- Contribui pouco
c- Não Contribui
d- Não sabe responder
a- Contribui muito
b- Contribui pouco
c- Não Contribui
d- Não sabe responder
a- Contribui muito
b- Contribui pouco
191
c- Não Contribui
d- Não sabe responder
a- Contribui muito
b- Contribui pouco
c- Não Contribui
d- Não sabe responder
11- Quanto a contribuição da Política Pública de Educação Integral para diminuição das
desigualdades sociais:
a- Contribui muito
b- Contribui pouco
c- Não Contribui
d- Não sabe responder
12- Há alguma informação sobre a Educação Integral que deseja relatar por não estar
contemplada nas questões acima?
Escolher: Sim/Não
Telefone:
E-mail:
192
21 É uma política de ensino na qual o aluno têm mais oportunidades de aprendizagem e com isso é
elevados a forma de interação efetivando o aprendizado ainda mais.
22 Educação Integral para mim é o fato do aluno passar 2 "turnos" na escola
23 Ela é uma forma para a preparação do indivíduo, para sua concepção intelectual e dar
oportunidade no crescimento em conhecimento cultural e evolução em suas inter-relações de
ideias/ideais.
24 Estudar feito um escravo. Sendo que nem 10% dos alunos vão fazer faculdade, e nem 80% dos
assuntos agente vai levar para a vida no dia a dia...
25 Eu estudo em uma escola de tempo integral... É MUITA ENROLAÇÃO E PERDA DE
TEMPO(CONVERSAMOS MAIS DQ APRENDEMOS COISAS NOVAS), É UM DESGASTE
MENTAL ENORME, PRINCIPALMENTE PARA NÓS QUE MORAMOS EM LOCAIS
DISTANTES, SAÍMOS DE CASA 6:00 DA MANHÃ CHEGAMOS NA ESCOLA DE
7:40(ATRASADOS) SAIMOS DE LÁ 5:00 E SÓ CHAGAMOS EM CASA 6:30! É UM SACO
26 Eu já estudei integral e não consegui me adaptar. Os alunos só conseguem aprender no período da
manhã quando não está tão sobrecarregado.
27 Forma encontrada para juntar educação com políticas assistencialistas. Como por exemplo tirar os
jovens das ruas.
28 Maior assistência ao estudante
29 Mais horas de estudo em sala de aula para que o rendimento seja maior, as notas sejam melhores,
já que você apenas estuda durante o dia, as matérias sejam passadas mais rapidamente (já que há
mais tempo para que isso seja feito)
30 Medida tomada para diminuir a discrepância de ensino em comparação com a rede privada
31 Muito boa essa integralidade e amplia os conhecimentos dos alunos
32 Na minha opinião, a educação integral veio para melhorar o ensino. Pois passando um tempo à
mais na escola, iremos aprender mais, ter mais conteúdos... E assim ter um aprendizado ótimo
para o futuro.
33 Não só porque passa mais tempo na escola, como tem mais aulas, longos horários...
34 O estudante passar o dia todo na escola
35 Para mais aprendizado
36 Para mim é um sistema íntegra pois o estudante passa mais tempo em relação aos estudos, pois
quanto mais tempo se passa nesse sistema, o estudante tem mais contribuição com os conteúdos e
mais tempo para estudar a matéria!
37 Para o aluno aprender mais.
38 Passamos mais tempo estudando, e é muito bom para preparatório de vestibulares, tipo: ENEM e
SSA
39 Porque é uma escola que oferece aos alunos cursos técnicos, exigindo assim mais tempo para
estudar
40 São ações educativas sistemáticas voltadas para o ser humano.
41 São atividade voltadas a melhor educação para o aluno com uma boa didática, voltada a melhor
forma explicar o que é abordado.
42 Seria outro meio horário onde podemos estender as aulas podendo assim , passando mais tempo
no colégio ( aprendendo a lidar com as pessoas educação mental e etc. )
43 Tem o intuito de impulsionar as 4 dimensões propostas na alternativa 3, entretanto tem também o
ensino ser feito de forma pouco mais dinâmica, para que, deste modo, o ensino não se torne algo
maçante.
44 Visa maior aprendizado e mais tempo na escola, tendo como objetivo uma maior ligação de
alunos e professores e outros funcionário.
45 Você passa a ter mais disciplinas para estudar.
194
Nº Há alguma informação sobre a Educação Integral que deseja relatar por não estar contemplada
nas questões acima?
1 Em relação ao primeiro questionamento, terceira pergunta, marquei a terceira opção porque elas
oferecem uma boa qualidade de vida aos seus estudantes, mas, em contrapartida, há questões como a
estrutura ruim, por exemplo[...] Quero deixar claro, realizei esta pesquisa me baseando na instituição
de ensino na qual estou matriculado.
2 A Exportividade,deveria ter mais recurso para o exporte.
3 A modalidade semi integral de dois turnos foi bem aceito pela comunidade escolar. Foi uma boa
iniciativa da Secretaria de educação integral, pois o aluno pode ter a experiência do jovem aprendiz e
tem garantida a qualidade da educação integral.
4 Apenas acho que a educação tanto no Estado como Nacional poderia e pode ser melhor, claro que nós
Alunos também temos que cumprir com a nossa responsabilidade de manter o patrimônio público em
GERAL (escolas, praças, ônibus etc.) intacto cumprindo nossas responsabilidades de cidadãos e de
estudantes.
5 Infraestrutura de algumas Escolas que não oferecem condições.
6 Para mim, em minha opinião, a Educação Integral é desnecessária e desgastante. Além dos alunos, os
professores também acabam se desgastando. As aulas poderiam ser aplicadas da mesma forma apenas
no horário da manhã, mesmo que não fosse o dia todo, os alunos aprenderiam da mesma forma e
ficariam menos sobrecarregados... Um exemplo é o IF, que tem os cursos e as aulas normais, e é
extremamente eficiente (tanto que dizem que é mais complicado passar na prova de um IF do que na
de uma escola técnica).
Quando chegam as últimas aulas, não consigo mais me concentrar, fico extremamente ansiosa para ir
embora descansar, e finalmente, "viver" (nós adolescentes somos assim, não que nós não queremos
nada da vida, mas a pressão dos pais, a pressão da escola... Apenas queremos fugir um pouquinho dos
problemas clássicos da adolescência, e passar o dia todo preso em um colégio mesmo que ao lado de
"amigos", se torna uma rotina muito desgastante).
Ou seja: em minha opinião (e tenho certeza que de boa parte também), pode-se aprender da mesma
forma, sendo ou não integral, seria extremamente melhor tanto para os alunos, quanto para os nossos
educadores. E na questão de horários, creio que uma boa estratégia para os ajustar ao longo da semana
seria bem eficiente. Sei que é meio impossível mudar, mas gostaria que a secretária de educação
pudesse ouvir o que acho, e com certeza o que muitos alunos do Integral também acham. Agradecida.
7 A Educação Integra transforma vidas
8 A abordagem sobre o tema respeito que tem sido pouco explorado na escola
9 A alimentação e higiene (das escolas e dos estudantes durante o período em que estão nas escolas) são
pontos que precisam melhorar muito. Sem dúvida alguma poderiam contribuir muito na adaptação ao
ensino integral.
10 A alimentação integral também é importante para o aluno, pois ajuda na aprendizagem.
11 A alimentação que é oferecida aos estudantes é pouca, nós horários dos lanches.
12 A ampliação da carga horária possibilita aos alunos uma formação completa e repleta de opções e
vivências que mudam a vida dos jovens
13 A ampliação dessa política pública com adesão de novas escolas não foi acompanhada pela
infraestrutura das escolas e nem pela formatação dos professores. E desta forma foi perdendo sua
essência e seu potencial de transformação.
14 A Biblioteca pode conter mais livros referentes a ciências jurídicas.
15 A composição da equipe no meu caso.
16 A contribuição da educação integral nos índices da segurança pública.
17 A contribuição da política pública na educação ainda é muito precária devido o governo não dar uma
atenção maior ao ensino público no Brasil.
18 A contribuição para o cansaço e o estresse
195
46 A educação integral ela transcende os seus pilares. Pois os impactos reais, sociais e outros só são
sentidos por quem vive. E isso no todo, do aluno, professor, pai até comunidade.
47 A Educação Integral elevou a Educação Pública de Pernambuco ao patamar de melhor Ensino Médio
do Brasil e a mais atrativa.
48 A Educação Integral em Pernambuco possibilitou aos Educadores ingressarem em cursos de Mestrado
em várias Universidades do Brasil.
49 A educação integral está mudando o contexto sócio econômico e cultural dos alunos que por ela
passaram
50 A educação integral estimula o desenvolvimento do protagonismo juvenil.
51 A educação integral foi importante na vida do meu filho, os gestores,da
52 A Educação Integral foi uma maneira como o governo encontrou para alavancar a educação em
Pernambuco.
53 A Educação Integral já foi mais eficiente, não em relação aos professores, mas as políticas públicas
que ultimamente tratam as Escolas Integrais com muita diferença do início do Programa. Para uma
Escola ser Integral os professores têm que ter os meios para agir, hoje temos que nos virar com o que
tem na escola, não temos laboratório onde os alunos possam vivenciar os conteúdos na prática, seja de
Biologia, Química, Física, Matemática e assim por diante. Por isso eu acho que falta muito para voltar
a ser a Educação Integral sonhada pelo inesquecível Eduardo Campos.
54 A Educação Integral nada mais passa de mais tempo na escola. Quanto à outros aspectos, em nada
contribui. Minha escola não tem estrutura, nem equipamento para uma educação integral. Não temos
laboratório, mal temos uma quadra (é chamado de 'espaço') além de pouca aula dinâmica, tudo não
passa de um jeito tradicional de dar aula, porém passando mais tempo na escola!
55 A educação integral nos proporciona maior contato com alunos, professores, gestão, auxiliares, e com
isso acaba se tornando uma segunda casa
56 A educação integral pensa os processos educativos para além dos muros das escolas
57 A educação integral pensa os processos educativos para além dos muros das escolas
58 A educação integral precisa atender melhor as peculiaridades de cada comunidade. Muitos estudantes
precisam de estágios ou cursos profissionalizantes para preparar melhor o seu projeto de vida.
59 A educação integral precisa de mais recursos como ambientes acolhedores e adequados. Espaços de
estudo, espaços de convivência, mais formação integral e menos conteúdismo.
60 A educação integral preocupa-se também com o humano, não somente com a formação profissional do
educando,respeita,valoriza o histórico de vida de cada um,as crenças, os valores etc.
61 A educação Integral promove um maior protagonismo aos estudantes.
62 A educação integral proporciona um desenvolvimento bom aos alunos .
63 A educação integral se torna muito válida principalmente na vida de estudantes de baixa renda.
64 A educação integral também contribui para o desenvolvimento profissional.
65 A Educação Integral Tem Mudado A Vida De Muitos Estudantes Devido O Acolhimento Da Gestão
Da Escola Determinada e o Desenvolvimento
66 A educação integral tem promovido uma forma de padronização do aluno, afastando-os de suas raízes
e tradições. Produzindo um aluno com pensamento sistemémico e pouco envolvido em sua
comunidade.
67 A Educação Integral tem que se tornar algo que não seja monótono e nem cansativo, mas sim atrativo
para os estudantes e que eles sintam prazer em permanecerem o dia inteiro na escola. Que possam
aprender novas técnicas e principalmente colocá-las em práticas no dia a dia da sua vida familiar para
mudar a rotina e projetar novas perspectivas para um futuro próspero e que traga mudanças para a
sociedade.
68 A educação integral tem suas falhas e acertos, um ponto a destacar é a melhora na qualidade de vida
do estudante uma vez que estão sujeitos a três refeições por dia e todo os benefícios do ensino integral.
Porém, com a carga horária prolongada a qualidade de aprendizado diminui, tendo em vista a
quantidade de matéria e conteúdo a ser aplicado. Por isso, muitos alunos se sentem cansados e
desmotivados, tornando-se, dessa forma, menos produtivos e atenciosos.
197
69 A Educação Integral trabalha o Projeto de vida de nossos estudantes dando-lhe autonomia e projeção
de mercado de trabalho.
70 A Educação integral transforma a vida dos alunos
71 A Educação integral veio dar oportunidade aqueles alunos da zona rural que eles eram capazes de
vencer na vida através do estudo, diminuindo assim a desigualdade social.
72 A Educação Integral veio para fortalecer o Ensino Médio em nosso Estado, dando condições para o
desenvolvimento dos estudantes de forma holística, preparando -os desde cedo para serem
protagonistas da sua história, auxiliando-os na construção do seu projeto de vida.
73 A educação integral vem transformando vidas, colocando pessoas de uma camada da sociedade antes
esquecida em um patamar nunca antes imaginado, vejo isso todos os dias, todos os anos, em nossa
comunidade a visão de mundo mudou e vem mudando gradativamente, e isso é maravilhoso e dá
sentido ao trabalho.
74 A Educação Integral, estimula o protagonismo juvenil.
75 A escola deveria ter um corpo técnico mais amplo e focado para o mercado.
76 A escola é muito boa estou gostando bastante
77 A escola é muito boa estou gostando bastante
78 A escola integral apesar de suas limitações , diminuiu a Evasão Escolar .
79 A escola n tem estrutura
80 A escola que trabalho é EREF, quero acrescentar que estamos no primeiro ano do processo de
transformação, mas já identifico as melhoras, principalmente nos professores, mesmo em tempos de
pandemia.
81 A estreita relação escola e família contribui bastante na melhoria da qualidade do ensino e
aprendizagem.
82 A estrutura da escola é a mesma a 10 anos (tempo que a escola foi construída), o governo não dá
dinheiro a escola para manutenções básicas como consertar o ar condicionado (tendo muitas vezes que
o próprio diretor, tirar de seu bolso, o dinheiro para essa manutenção, e mesmo assim é horrível), a
comida não tem quaisquer qualidades, a segurança da escola é simplesmente ridícula!
83 A estrutura da escola, eles deveriam ajeitar a escola, sei que por ser um prédio antigo, não pode mudar,
mas pintar, ajeitar ou colocar acondicionados, por janelas, ajeitar a quadra e outras coisas, só iria
ajudar, já que é uma escola de referência, deveria ter uma melhor manutenção, e ao ver das pessoas
uma melhor imagem de qualidade.
84 A estrutura da escola, eles deveriam ajeitar a escola, está faltando muita coisa, sei que não pode mudar
a estrutura porque é um prédio antigo, mas pintar, colocar janelas, ajeitar os acondicionados e outras
coisas, já estaria ajudando muito. Porque por ser uma escola de referência, ela está muito acabada.
85 a estrutura do plano estadual.
86 A estrutura física de algumas Escolas não está de acordo com a quantidade de alunos que nelas
estudam. Ex: Refeitório, Ginásio de Esporte, áreas de convivência.
87 A ESTRUTURA FÍSICA PRECISA SER MELHOR ASSISTIDA EM ALGUMAS ESCOLAS.
88 A ETE que trabalho de péssimas condições na estrutura física, não facilita o trabalho do professor e o
bem-estar dos estudantes. Banheiros dos alunos precários, sem espaço adequado para os laboratórios,
um único banheiro para uso dos profs/masculino e feminino/ sem chuveiro, sinal fraco de internet,
salas dos profs sem computador, impressora e sem internet. Salas de aulas sem ventiladores, escola
sem água da Compesa (usamos água de poço) e para bebermos os funcionários da escola vai buscar
numa fonte com o trator fornecido pela prefeitura.
89 A falta de assistencialismo com os alunos e com os professores.
90 A FALTA DE ENFERMARIA E CONSULTA PSICOLOGICA.
91 A falta de organização do estado com relação a distribuição de carga horária de acordo com a
formação do professor.
Por exemplo: Grande parte dos professores que lecionam matemática são biólogos e Boa parte dos que
lecionam física são matemáticos, alguns historiadores lecionam geografia enquanto geógrafos
lecionam história, etc. E isso com certeza prejudica um pouco o processo de ensino-aprendizagem.
198
112 A infraestrutura e a valorização dos professores deveriam receber uma atenção maior. Um
planejamento adequado para a infraestrutura da escola para proporcionar conforto aos seus estudantes.
113 A interrelação dos eixos, sistemátizados na vivência real do educando
114 A melhoria e aumento das possibilidades de transformação do estudante e de seus familiares.
115 A merenda é ruim 😎😎
116 A minha escola não tem estrutura para ensino integral
117 A mudança de visão e postura dos profissionais que de fato, trabalham dentro das dimensões dessa
política pública.
118 A necessidade de mais apoio e pessoal capacitado a exemplo de psicólogo.
119 A necessidade de quadra poliesportiva
120 A necessidade de uma melhor valorização do profissional em educação que trabalha nas unidades
escolares de referência e uma maior atenção nos cuidados com a infraestrutura dos prédios escolares.
121 A parte diversificada, deveria ser tratada com mais zelo, por parte do Estado. Pois muitas das oficinas
se fosse gerida por um profissional especializado daria melhores resultados e traria mais significância
pra vida dos estudantes. Se houvesse profissionais especializado na área de esportes, cultura e
empreendedorismo, ministrando as oficinas traria resultados mais significativos para vida dos
estudantes. Poderia ser por municipio ou por núcleo para reduzir os custos.
122 A participação da família na escola no acompanhamento desta Educação Integral
123 A política de educação integral auxilia na maior integração do aluno com a vida escolar, atraindo o
aluno ao conhecimento!
124 A política de educação integral contribui de forma significativa com a formação social dos alunos,
tornando hábeis a serem pensamente, questionadores e participativos em quaisquer quaisquer
contextos sociais.
125 A Política Pública de Educação Integral contribui muito para a compreensão do papel fundamental da
educação por parte de todos os educadores que trabalham nas escolas em tempo integral.
126 A pouca contribuição para melhoria da estrutura da escola, provavelmente está atrelada ao grande
número de escolas atendidas pelo estado, melhorias estás importante para política pública, más que
mesmo assim a política implantada, causou um impacto muito positivo em toda comunidade.
127 A pratica é bem aquém da teoria.
128 A preocupação do Estado com o projeto de futuro da juventude é lógico e racional, visto que é um
projeto de futuro do próprio Estado.
129 A produtividade e empenho do professor qdo está integral na escola
130 A qualidade do ensono ofertado e a estrutura dos prédios são destaque e comentado por todos na
região
131 A qualidade do ensono ofertado e a estrutura dos prédios são destaque e comentado por todos na
região
132 A Qualidade na alimentação terceirizada;
Apoio qualificado para os professores e Equipe Gestora;
Manutenção constante das demandas escolares, como materiais didáticos para aulas práticas,
atividades extra classe etc.
133 A Qualidade na alimentação terceirizada;
Apoio qualificado para os professores e Equipe Gestora;
Manutenção constante das demandas escolares, como materiais didáticos para aulas práticas,
atividades extra classe etc.
134 A quantidade de comida oferta, tem dias que falta.
135 A questão da contribuição para o entendimento da pedagogia da afetividade
136 A questão da inclusão social
137 A questão da inclusão social de estudantes especiais.
138 A questão de melhorar a biblioteca da minha escola... tanto na parte física, quanto na parte da leitura.
139 A reforma da escola que deixou muito a desejar. A falta de segurança, um verdadeiro abandono pelo
governo estadual.
200
161 Acho que todas as escolas de ensino integral deveria ter uma estrutura melhor para a recepção de todos
os alunos.
Muitas das escolas públicas ainda não tem ar condicionado e nem ventiladores necessários para a
quantidade de alunos.
162 Acho uma excelente iniciativa, para assim acabarmos com as desigualdades sociais, já, que escolas
assim ñ fazem diferença entre ricos, pobres, negros ou brancos, todos tem que conviver juntos .
163 Acontecer com frequência quando houver oportunidades para visitas técnicas com alunos / professores
e coordenadores.
164 Acreditamos que Política de Educação Integral foca no mais importante, no estudante e no seu Projeto
de Vida, apontando ferramentas para ele atuar como verdadeiro protagonista
165 Acreditamos que Política de Educação Integral foca no mais importante, no estudante e no seu Projeto
de Vida, apontando ferramentas para ele atuar como verdadeiro protagonista
166 Acreditamos que Política de Educação Integral foca no mais importante, no estudante e no seu Projeto
de Vida, apontando ferramentas para ele atuar como verdadeiro protagonista
167 Acredito q a Carga horária e o currículo devem ser revisitadas com maior frequência, para uma
constante adequação das realidades sempre mutantes.
168 Acredito que a carga horária, sobretudo nas ETE's, seja muito alta para os estudantes, implicando
numa perda de rendimento.
169 Acredito que a carga horária, sobretudo nas ETE's, seja muito alta para os estudantes, implicando
numa perda de rendimento.
170 Acredito que a educação integral não é para todos, pois não visa a profissionalização do aluno, o / a
qual necessita mts vzs ajudar sua família trabalhando e ao invés disso está na escola o dia td, sem
projetos principalmente mini empresas onde profissões possam ser ensinadas!
171 Acredito que a escola de tempo integral é muito boa, só que a logo prazo, qual melhor estudar o dia
inteiro para conseguir uma faculdade e um emprego, ou passar o ensino médio estudando meio
período e tralhando o outro período para quando terminar poder pagar um faculdade? Ir pelo duvidoso
ou ir por algo mais certo.
172 Acredito que a intenção é muito boa. Mas nem todos se adequam a um horário integral
173 Acredito que a política de educação integral atende a diversas dimensões de aprendizagem do
estudante. No entanto, isto está muito relacionado a como cada escola compreende esta filosofia. Já
atuei em escolas integrais de diferentes municípios e percebo que cada uma compreende a educação
integral de uma maneira diferente. No entanto, isto não implica dizer que uma escola seja melhor que
outra, apenas enxergam e atuam de maneira diferente. Além disso, percebo também que falta
atividades extra classe para desenvolver habilidades educacionais voltadas à interesses dos alunos.
Pois, se não for desta forma, pode acontecer da educação integral virar apenas um aumento de carga
horária educacional sem uma efetividade.
174 Acredito que as escolas semi integrais tem mais efetividade, uma vez em que a demanda de atividades
do ensino integral deixa os alunos estafados. Eles não tem tempo de descansar nem nos fins de semana
pois toda segunda-feira tem prova, muitos tem problemas de ansiedade, outros acabam desistindo e
fazendo o mínimo. No final do dia o aluno não tem quase nenhum rendimento
175 Acredito que educação integral não deveria apenas ser em sala de aula com professores das disciplinas
do currículo básico. Deveriam ter acesso a cursos livres como dança, música, teatro e/ou outras
possibilidades lúdicas.
176 Acredito que escolas integrais não contribui tanto, Pois alem de limitar a quantidade de estudantes em
ate 50%, não melhora nos estudos, pois de 5 pessoas que conheço que estudaram em escola integrais e
hoje estão na faculdade, 4 deles falaram que escola integral não ajuda muito e ainda relatavam que
estudavam muito em casa pois na escola eles não conseguia consentrar nos estudos por ser muito
tediante e cansativo (Passar 10horas sentado).
177 Acredito que há muitas coisas para ser adicionado, no íntegral temos bastante tempo. Então é preciso
de mais coisas que seja "fora do comum".
178 Acredito que não só a educação integral quanto a regular precisava pagar melhor a seus profissionais
para que eles tivessem dedicação exclusiva, não apenas oferecer gratificações, só assim não
202
179 Acredito que o tempo extra poderia ser melhor utilizado para cursos e competências mais específicas,
além da base.
180 Acredito que os governantes poderiam contribuir e dar mais assistência as escolas integrais .
181 Acredito que seja oportuno comentar sobre o trabalho em equipe, o alinhamento entre gestão e o grupo
discente.
182 Afastamento do mundo das drogas.
183 Afetividade entre todos os envolvidos na escola e comunidade
184 Agravamento da saúde da comunidade escolar.
185 Ainda existe pouca estrutura nas escolas para que profissionais e estudantes passem o dia todo nas
mesmas.
186 Ajuda na integração social dos jovens, por passar mais tempo socializando e convivendo com
diferenças.
187 Além das supracitadas, vale salientar a contribuição da Escola Integral para o município . Uma vez
que , grande parte dos alunos ingressam nas universidades e muitos regressam após formação
acadêmica, passam a atuar profissionalmente em sua cidade natal , contribuindo para o
desenvolvimento de sua cidade .
188 Algumas escolas não são bem preparadas para manter os alunos em tempo integral
189 Alimentação
190 Alimentação de melhor qualidade.
191 Alimentação de péssima qualidade. Já que é integral deveria haver uma alimentação de boa qualidade.
192 Aparecia da escola da vergonha,eu sou mãe imagina os alunos.😎😎♀️
193 Apenas deixar relatado que o sistema integral de ensino abrange o aluno de forma diferenciada,
auxiliando os mesmos no direcionamento de seus projetos de vida e norteaando-os no
desenvolvimento de competências e habilidades que precisam desenvolver para tornarem-se cidadãos
de bem, qualificados, éticos e pensantes. Logo, é um excelente sistema de ensino.
194 Apenas um elogio, pois na Educação integral extraí coisas extremamente importantes para construção
da minha conduta enquanto cidadão. Aprendi além de conteúdos didáticos, lições de vida que
impactam diretamente no meu dia a dia. Sou o que sou hoje, por causa de Deus, primeiramente, e
depois, por todos os que estavam ao meu lado, tanto família, amigos como o corpo escolar.
195 Apenas uma observação: a escola integral assim que surgiu tinha melhores investimentos de modo
geral.
196 Apesar de se ter um projeto interessante e um corpo docente muito preparado, as escolas, em seu
estado físico, fica - em muito - a desejar. Impossibilitando uma melhor desenvoltura dos educadores.
197 Apesar dos alunos passarem tempo integral na escola, a preparação para ENEM e vestibulares não é
explorada como poderia.
198 Apoio psicológico aos alunos que necessitam com um profissional da área e incorporação da
gratificação ao salário do professor.
199 Aproxima muito a escola das famílias.
200 As EREM's também colaboram para melhorias nas comunidades onde estão inseridas. Na COHAB
onde está a Erem Margarida Falcão, em Pesqueira, a presença da escola é sentida pelas famílias, pelo
comércio do bairro e por toda a comunidade em geral como algo positivo.
201 As escola gosta de colocar coisas inúteis na sua cabeça, Eles deveriam ficar no que o aluno mais se
interessa assim o aluno pode ter um futuro fazendo oq gosta
202 As escolas ainda não tem uma estrutura adequada para a educação integral.
203
203 As escolas integrais em Pernambuco deveriam ser mais evoluída para o que a comporta, por exemplo,
vejo que o aluno não deve estar todo o tempo sentado numa carteira estudando somente em sala,
deveria haver modalidades esportivas, a tarde por exemplo, algumas aulas diferentes, pois, não vejo o
aluno pernambucano saindo do espaço com várias visões do mundo real, e, as vezes saem com o
intuito de desistir de vida de estudante e começam a fazer o que todo mundo faz, pouquíssimos
evoluem suas cabeças depois de mais ou menos 14 anos estudados na vida.
A educação integral ajuda muito, mas atrapalha demais devido ao estudante ficar preso somente em
uma coisa, aquela velha forma de ensinar.
204 As escolas precisam de mais estrutura para fazer um trabalho ainda melhor
205 As experiências exitosas dos nossos educandos.
206 As gratificações pagas ao professor não o valoriza, pois não é salário já que é retirada nas licenças e na
aposentadoria e isso desestimula porque prende o professor a um trabalho onde ele não pode gozar do
direito de fazer um mestrado/doutorado, passar mais que 90 dias de licença médica, gozar licença
prêmio haja vista que, por estar numa escola integral, não tem outro vínculo e se torna dependente
dessa gratificação para sua subsistência. Isso precisa ser revisto porque é desumano e um professor
estimulado rende muito muito mais. Já presenciei inúmeros se negando a exercer a "Presença
Pedagógica" por não se sentirem valorizados nesse tocante.
207 As GRE's devem supervisionar mais efetivamente as suas escolas e não simplesmente crer na palavra
da gestão.
208 As políticas públicas têm contribuído muito para a educação integral e isso tem sido de grande valia.
209 As políticas públicas têm contribuído muito para a educação integral e isso tem sido de grande valia.
210 as questões acima DEVERIAM estar sendo aplicadas. mas, não são devidamente aplicadas.
211 Assim a educação integral nós ajuda como lidar futuramente em um ambiente de trabalho , seguindo
orientação e regras que nos possbilitam ter relações afetivas com várias pessoas nos auxiliando no
nosso protagonismo e facilitando nossas expressões publicamente em ter facilidade em falar e se
posicionar , e por isso a edição integral não é só passar o dia na escola mas é necessário para o nosso
desenvolvimento .
212 Assistência psicológica.
213 Atendimento Odontológico e Afitomologico para os alunos, que deviria ter nas escolas.
214 Atividades profissionalizantes variadas
215 Atualizar a gratificação dos professores que está estagnada a muito tempo.
216 Atualizar a gratificação dos professores que está estagnada a muito tempo.
217 Aulas práticas
218 Ausência material didático e tecnológico.
219 Auxilia na integração social.
220 Avaliação atitudinal é componente fundamental na Educação Integral .
221 Boas
222 Bom
223 Bom eu acho que está bom porém poderia está melhor
224 Bom não concordo com período integral na escola
225 Buscar qualidade de ensino e aprendizado. Diminuir a quantidade de alunos analfabetos funcionais.
Exigir respeito de alunos perante professores.
226 Capacitação efetiva e incentivos curriculares aos professores da base técnica. Nas suas áreas
específicas.
227 Centralidade do estudante
228 Coisas que poderiam melhorar na contribuição da Política Pública de Educação Integral.
Como diminuição dos horários de almoço, para aplicar esse tempo em clubes, projetos, etc... que não
tomassem seu horário de almoço e sim 1 ou 2 aulas do currículo.
229 Coloca um ventilador que bata em todo a sala
204
230 Com relação a tempo para estágio curricular. O estudante das técnicas integrais não possuem esta
exigência entrando no mercado de trabalho com prejuízo
231 Como posso me informar a respeito dos projetos implantados para melhorar a educação integral
232 Como sugestão a implementação de atividades culturais na grade curricular como cinema teatro
música
233 Condição de trabalho para os professores, tecnologias...
234 Condição de trabalho para os professores, tecnologias...
235 Considero que a Educacão Integral veio transformar não só a forma de preparação do estudante ao
conhecimento propedêutico, como à formação do cidadão para sua completude como ser humano para
a vida em família, sociedade e mercado de trabalho. Essa política pública foi e é o maior investimento
e oportunidade para oferecer igualdade de acesso às melhores formações e escolhas à vida do
estudante.
236 Construções das quadras horríveis e falta reajustar as gratificações. Como também colocar aulas de
treinamentos.
237 Contempla ótimos projetos pedagógicos
238 Contratação de um psicólogo para atender os alunos.
239 Contribui bastante para o preparo profissional dos alunos.
240 CONTRIBUI MUITO NA EDUCAÇÃO PARA VALORES DOS ESTUDANTES
241 Contribui muito pata o desenvolvimento do município, pois leva muitos estudantes as universidades,
aumentando a quantidade e qualidade de profissionais do próprio município.
242 Contribui para a ampliação do convívio social, dos estudantes. Elevando sua capacidade de
convivência em determinados grupos sociais.
243 Contribui para a melhoria dos resultados educacionais.
244 Contribuí para melhorar o acesso ao Ensino Superior
245 Contribui para melhoria do ensino aprendizagem
246 Contribui para o respeito mútuo, para a valorização do outro, da ética, do comprometimento, da
criticidade, e assim, projeta pessoas e profissionais muito mais conscientes na sociedade.
247 Contribuição com o bem estar dos alunos
248 Contribuição da família sendo com parceira da escola na educação/formação do estudante.
249 Criar mais escolas!
250 Cursos voltados para o mercados de trabalho
251 De fundamental importância para a vida dia estudantes, porém precisamos de melhores condições de
trabalho
252 dentre as contribuições contribuíram um pouco nem tanto e nem tão pouco ,gradativamente poderá
contribuir mto mais para tal necessita novos investimentos para se ter mais agregados a essa educação
253 Desejo mencionar a contribuição do Programa Integral no amparo a menores em condição de
vulnerabilidade e no incentivo ao protagonismo.
254 Desvalorização do Professor, em relação à quantidade de serviços prestados por esse profissional que
se dedica integralmente à escola.
255 deve ser assumida por todos os agentes envolvidos no processo formativo das crianças, jovens e
adultos. Nesse contexto, a escola se converte em um espaço essencial para assegurar que todos e todas
tenham garantida uma formação integral.
256 Deveria criar uma estrutura melhor como por exemplo: internet acessível a todos os alunos e
professores e equipamentos eletro-eletrônico para oferta de uma educação melhor e mas atrativa. (Data
show a todos professores, notebook a todos professores , melhoria no salário de todos os professores
sem distinção se é contrato ou não).
257 Deveria haver mais investimentos
258 Deveria haver políticas públicas de acompanhamento psicopedagógico/psicológico, pois descuidaram
da saúde mental e também de possíveis problemas para adaptação da longa carga horária para os
estudantes.
205
259 Deveria melhorar as refeições. E os professores serem mais compreensíveis e a gestão também!
260 Deveria melhorar mas
261 Deveria ter projetos, deveria dividir grupos para alguns alunos se enturmarem porque tem muitos
excluídos
262 Deveria ter uma disciplina de LIBRAS
263 Deveria ter uma melhoria nos prédios escolares para um melhor acolhimento dos alunos e funcionários
gerando maior conforto, já que ficamos boa parte do dia na escola.
264 Deveria todos ter um curso técnico, para os alunos seria ótimo.
265 Deveria todos ter um curso técnico, para os alunos seria ótimo.
266 Deveriam fazer manutenções na escola. Ex: ventilador
267 Devido à formação interdimensional que é praticada na escola, não só os estudantes têm um notável
crescimento pessoal, como os profissionais que trabalham na escola, também se posicionam de forma
diferenciada, a qual passa fazer parte de suas vidas.
268 Dificuldades relacionadas ao processo de implantação por não haver estrutura adequada nem horários
equivalentes com as outras turmas e modalidades oferecidas pela escola.
269 Dificulta o acesso de quem não pode passar o período integral na escola.
270 Diminui a ansiedade e a possibilidade da depressão porque deixa os alunos ocupados, além da
companhia de uns com os outros.
271 Diminui a vulnerabilidade social na adolescência devido a sua permanência em horário integral na
escola.
272 Diono Silva Cordeiro
273 Disponibilidade de recursos quanto a longevidade dá escola ao estudo com pouca base financeira.
274 Disponibilização de alguns meios para que os alunos tenham oportunidade de higiene nas escolas de
períodos integrais.
275 Disponibilizar mais professores para atuar nos componentes curriulares caso alguns sejam afastados.
276 Do jeito que está continua sempre dando resultado positivo
277 É de fundamental importância para a região como um todo
278 É bem satisfatória quanto ao desempenho educacional e a interação social dos estudantes e melhora
gradativamente seus conhecimentos e a autoconfiança do estudante e porque não dizer sua autoestima,
como pai/ responsável achei muito bom. Pois tinha uma adolescente insegura, triste que odiava ter que
ir a escola, hoje ela adora! Não gosta de perder um dia de aula.
279 É cansativa. É cientificamente comprovado que o ser humano precisa descansar para armazenar as
informações corretamente, mas estudar o dia inteiro na escola e ter que estudar em casa para
vestibulares/olimpíadas/por fora e ainda ter seus afazeres dificulta no aprendizado.
280 é cansativo
281 É certo que a Educação Integral contribui imensamente com a valorização de todos os envolvidos, mas
é preciso continuarmos com a investigação, aprimoramento, renovação, zelo e pontuação de atitudes
que mantenha o foco na racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade de toda estrutura,
principalmente do corpo docente e discente.
282 É de impressionar o quanto ajuda ao projeto de vida dos estudantes estar em uma Escola em tempo
integral.
283 É essencial para diminuir a desigualdade!!
284 É extremamente cansativa, principalmente para professores com dois vínculos. Os estudantes também
se queixam de excesso de atividades e falta de estrutura das escolas. Os horários de aulas vagas ou
estudo dirigido são mal aproveitadas por falta de laboratórios e salas de aula adequadas. Fala-se tanto
em metodologias ativas, mas em uma sala lotada não dá nem para fazer pequenos grupos interativos.
Não é atrativa para o professor, pois a gratificação não constará para fins de cálculo da aposentadoria.
A escola semi-integral se adequa melhor às necessidades da comunidade escolar.
285 É imprescindível e necessário que os estudantes tenham um acompanhamento psicólogo, no convívio
na escola de forma integral.
206
286 É muito cansativo, pois ocupa maior parte do nosso dia, e não sobra tempo para arrumar um emprego
no programa Jovem Aprendiz, nem tão pouco fazer um curso por fora da escola, pois só sobraria
horário para o final de semana, levando assim uma sobrecarga escolar.
287 É muito estressante, pelo fato do aluno passar o dia inteiro na escola longe dos pais e familiares, mas
por outro lado ao menos se é possível suportar graças ao fato do aluno passar o dia inteiro na
companhia dos amigos e colegas
288 É muito importante para a vida dos estudantes e para a comunidade.
289 É muito positiva no desenvolvimento do estudante integralmente.
290 É necessário ainda que haja avanços, visto que mesmo com tantas melhorias que a educação integral
trás, ainda são necessários ajustes e atualização no sistema de ensino, havendo a integração de
métodos digitais, não somente em tempo de pandemia como passamos, mas sempre, pois a educação
deve ser feita pensando no contexto atual do mundo: um mundo tecnológico, desenvolvido e digital.
291 É necessário ampliar a inserção de atividades complementares que possam contribuir para a formação
integral do sujeito.
292 É ótima e nos ajuda na educação profissional
293 É preciso que a educação integral seja composta apenas por professores efetivos.
294 É top...
310 Em 2019, tive a oportunidade iniciada por um professor de Química de participar de uma olimpíada
brasileira, a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) realizada em todo o Brasil que
tive o prazer de avançar nas atapas classificatórias e ter ganho bronze no Rio de Janeiro. A escola teve
um papel fundamental nessa conquista, pois foi ela que me auxiliou desde as primeiras ideias até a
volta pra casa. Além disso, a escola EREM Quintino Bocaiúva tem vários projetos liderados por
professores que visam o sucesso dos alunos não só nas matérias didáticas, mas também, em várias
áreas do conhecimento próprio. Foi um prazer ter feito o ensino médio com e educação que é hoje (que
pode melhorar sempre) e ter feito na EREM Quintino Bocaiúva.
311 Em países mais desenvolvidos há mais programas escolares de esportes e outras atividades, nosso país
está indo a caminho disso mas ainda não vejo tantos projetos de desenvolvimento.
312 Em Poção só temos uma escola que oferta o ensino médio, prejudicando com isso o direito de escolha
do estudante se quer ou não frequentar uma escola de tempo integral e em alguns casos afastando esse
estudando da escola por necessitar trabalhar.
313 em questão dos interação com familia
314 Em relação a melhoria da estrutura da escola afetar a qualidade de vida dos estudantes pois as salas de
aula do 1 ano(anexo) não oferecem uma boa estrutura,como por exemplo,o fato de não ter janelas,isso
dificulta a circulação de ar principalmente no período da tarde,que o calor e demais que afeta e muito a
concentração e por consequência o nosso aprendizado
315 Em relação ao professor, seu ingresso na escola através da seleção interna mais bem definida e clara:
ele deveria ser avaliado anualmente e se não tivesse o perfil, não correspondesse, não se identificasse
com a filosofia da Educação Integral, o mesmo seria redirecionado normalmente a GRE para ser
lotado no Ensino Regular.
316 Em tempos de implantação de educação híbrida, a escola deve ter uma internet poderosa. A
gratificação dos professores deve ser revista, pois está congelada há anos.
317 Ensino de qualidade
318 Ensino de qualidade
319 Ensino extremamente cansativo, às vezes a pressão passa dos limites, prejudicando o estado emocional
do aluno e, consequentemente, seu aprendizado.
320 Ensino mais voltado a realidade do aluno.
321 Envolver mais projetos que desperte e curiosidades dos adolescentes.
322 Equidade.
323 Escola integral tem uma interação e participação melhor com a familia.
324 Escolas melhor equipadas p o turno integral ofertando mais confortável p os jovens q passam Gde
parte do seu dia na escola
325 Espaço para uso de maconha esta faltando nas escolas
326 Especificamente não
327 Especifico que minha escola já era integral na época que entrei, se não me engano ela foi criada em
2006, pois eu fui a terceira turma e entrei em 2008. Estudei na escola Cícero Dias.
328 Essa integração do estudante, professor e gestão durante o período de estada do estudante tem um
significado marcante para o estudante. A aprendizagem se processa em grupo constantemente !!!
329 Essa pesquisa visa a possibilidade de transformar todo o estudo em integral. Não concordo acho que o
semiintegral é suficiente.
330 Está contemplada!
331 Está falta mais corpo docente nas escolas para trabalhar e fazer o acompanhamento dos educandos em
relação à questão:
* psicóloga; *Sociológica;*Afetiva;*Emocional;*Econômica Por que o professor ele já faz esse
trabalho, mais pra se ter um bom resultado é necessário também ter profissionais habilitados para essas
áreas como por exemplo:*Psicólogos;*Psicopedagogos;*Assistentes Sociais;* Terapeutas;
sicanalistas.
332 Está fazendo a diferença na vida de muitos estudantes!
333 Está tudo indo bem, mais poderia melhora
208
344 Eu tenho certeza que pra dar tudo certo na escola é fundamental o diretor ser excelente e o diretor do
erem margarida falcão é nota mil por isso tudo caminha muito bem pois são muitas as dificuldades que
o mesmo enfrenta quero agradecer imensamente a ele
345 Eu trabalho há 12 anos com a Educação Integral em Pernambuco e sou apaixonada por ela. Eu
participei da implantação do Ensino Médio Integral em 2008 na EREM Nestor Valgueiro, em Floresta,
e ajudei na implantação da EREM PMMG de Itacuruba, em 2012, onde trabalho desde 2015.
A Educação Integral nos dá várias possibilidade que o tempo do ensino regular nos limita. É um
horário que você pode criar várias possibilidades para o desenvolvimento de competências e
habilidades em favor do desenvolvimento integral dos nossos estudantes, tornando-os seres mais
completos, mais preparados para a vida. Uma educação que vai muito além dos muros da escola. Que
vai dar oportunidades de melhorar a vida dos estudantes, das pessoas que estão ao seu redor e de toda
a sociedade. É um leque de possibilidades que a gente vê resultado. A diferença do estudante que
chega no 1 ano e do estudante que sai no 3 ano é gratificante. É o que nos move, nos emociona e nos
motiva a querer fazer sempre mais e melhor pelo ensino público de qualidade, através da Política
Pública de Educação Integral.
346 Evasão escolar devido ao "ritmo" da Educação Integral;
Acompanhamento psicológico para alunos e professores (melhorar o acesso);
Qualidade das refeições;
Aquisição de materiais básicos as atividades escolares e materiais de laboratório;
Reforma e manutenção dos prédios escolares.
347 Evidenciar: 1.Pedagogia da Presença / Protagonismo / Projeto de Vida. 2. Destacar que só foi possível
devido a decisão Política de Eduardo Campos e sua equipe (mostra a necessidade de continuarmos
presentes nos destinos de Pernambuco). 3.Mostrar a grande contribuição das Formações sistemáticas e
continuadas, inclusive os diversos fóruns de Educação e parcerias com Instituições Educacionais.
348 Excesso de aluno por turma
349 Faço minhas as palavras do saudoso Eduardo Campos: "No dia em que os filhos do pobre e do rico, do
político e do cidadão, do empresário e do trabalhador, estudarem na mesma escola… Nesse dia o
Brasil será o país que queremos. " A educação integral foi o começo de um sonho que não terá fim em
Pernambuco, se Deus assim permitir.
350 Falar mais do lado do professor
351 Falta a valorização dos profissionais!
352 Falta assistência psicológica para os alunos
353 Falta de espaço adequado para a prática de atividades físicas.
354 Falta de estrutura tecnológica para alunos e professores.
355 Falta de manutenção do ar-condicionado
209
356 Falta de organização, a política pública não contribui de maneira correta e falta verba para o colégio
investir mais em educação
357 Falta de recursos para os professores/alunos
358 Falta de tempo para estar com a família e amigos externos, além de retirar uma grande quantidade de
tempo para estudar, fazer atividade de casa etc. Escola totalmente integral pode ser muito funcional em
relação ao avanço de assuntos adquiridos, mas os alunos precisam ter seu tempo. Não adianta um nível
auto ascensão em passar assunto, se o aluno não aprender em seu tempo, exatamente tudo deveria
existir um limite. No entanto existe também altas cobranças dos alunos, porque a gente além de manter
uma vida estudantil, temos que manter uma vida social, o problema é que a escola integral tira a
maioria desse tempo, talvez se uma escola semi integral seria melhor, seria bom até pra verba que
diminuiria, exemplo: dois dias de semi integral, diminuiria a quantidade de comida comprada e
também refeições etc., (certamente não sei se estou falando atoa, mas é meu direito como aluno
discutir sobre). Enfim, mas se alguém estiver realmente lendo, que tome minhas palavras como
relevante, agradeço a compreensão.
359 Falta de verbas para passeios culturais regulares e necessários.
360 falta melhoria na estrutura escolar para os alunos.
361 Falta nas escolas integrais profissionais de saúde ex. psicólogos exercendo esse apoio psicológico
tanto para ouvir e trabalhar as questões emocionais de educandos e educadores.
362 Falta sala de computação ,ampliação do refeitório e armário para os estudantes guarda os materiais.
363 Falta um planejamento mais adequado às necessidades dos alunos e uma valorização por igual dos
professores e não somente daqueles que cumprem um tempo a mais na escola, muitas vezes sem fazer
nada.
364 Faz um diferencial cognitivo enorme na vida do jovem.
365 Filosofia da Educação Integral e política gerencialista (política de resultado)
366 Formação da equipe escolar
367 Formação de grande família
368 Formamos um laço familiar muito grande dentro do colégio, afinal passamos mais tempo nele do que
na nossa própria casa, nessa quarentena, eu sinto falta dos almoços com toda a turma, sinto falta da
amizade que tínhamos com a gestão da escola, das risadas, dos abraços, acredito que ter uma relação
saudável com colegas, professores e gestão é tão importante quanto aprender qualquer outra coisa.
369 Fortalece a relação família, escola e aluno.
370 FORTALECIMENTO E UNIÃO DA EQUIPE DOCENTE.
371 Funciona muito bem
372 Gasta muito do nosso tempo e dos professores e é pouco eficaz na vida profissional dos alunos
373 Gasta muito do nosso tempo e dos professores e é pouco eficaz na vida profissional dos alunos
374 Gostaria de menos bullying
375 Gostaria de professores mais qualificados e didáticos , principal em geografia que nos meu 3 anos de
ensino integral , não tive um bom !
376 Gostaria de professores mais qualificados e didáticos , principal em geografia que nos meu 3 anos de
ensino integral , não tive um bom !
377 Gostaria do acompanhamento de um psicólogo para nossos alunos e a incorporação da gratificação no
nosso salário.
378 Gostaria que o ensino integral fosse mais valorizado, mais incentivado e que oferecesse mais opções
de cursos e quem sabe assistência médica aos alunos e professores, já que a maior parte do tempo
deles é na escola.
379 Gostaria que o ensino integral fosse mais valorizado, mais incentivado e que oferecesse mais opções
de cursos e quem sabe assistência médica aos alunos e professores, já que a maior parte do tempo
deles é na escola.
380 Graças à Deus estão todas contempladas
381 Há uma melhoria na autonomia do estudante, na sua vida pessoal e para sua vida profissional também.
Incentiva o auto didatismo, senso de equipe, sua responsabilidade e competência.
210
382 Hj, a remuneração do Professor está aquém dos 200% de gratificação pois a mesma encontra-se num
valor fixo que deveria já ser reajustado.
383 Hoje infelizmente vejo escolas entrando no programa de educ Integral sem estrutura física adequada,
sem formação inicial para equipe e docentes....aliás desde 2013,com minha escola foi assim,iniciamos
já com a mão na massa como se diz....no popular.É muito desafiador principalmente pq se vive no
mínimo duas realidades no momento da transição. Em relação a valorização dos professores também
há que se rever jornada,gratificação,formação.
384 Hoje o ensino híbrido seria mais interessante para a dinâmica escolar no período de PANDEMIA
385 Implantação urgente nas escolas de Ensino Fundamental.
386 Implementação da gratificação ao salário.
Psicólogo exclusivo na escola para atendimento da comunidade escolar.
387 Implementar mais horário de aulas práticas e menos aulas conteudistas
388 Importante investir na infraestrutura da escola,na verdade nossa escola não possui refeitório
adequado,nem laboratórios,exceto o de informática.
389 Importante para o desenvolvimento humano e social do estudante
390 Incorporação das gratificação.
391 Interação completa
392 Internet de qualidade para auxiliar no ensino-aprendizagem
393 Investimento maior na estrutura da escola.
394 INVESTIR EM INSTRUMENTOS MUSICAIS PARA DESENVOLVER COMPETÊNCIA
HABILIDADES DE ATENÇÃO, CONCENTRAÇÃO, INTERAÇÃO, RESPONSABILIDADE.....
395 Investir mais na formação continuada dos professores. E ter políticas para diminuir a rotatividade de
pessoal, principalmente de professores.
396 Logística para os alunos.
397 Maior indice de estudantes inseridos na vida acadêmica
398 Maior indice de estudantes inseridos na vida acadêmica
399 Maior integração ESCOLA - FAMÍLIA
400 Maior investimento na estrutura física e valorização da equipe técnica
401 Maior investimento por parte do governo nas escolas,esse é o verdadeiro caminho para uma educação
que transforma.
402 Maior respaldo de trabalho ao docente, em infraestrutura escolar, capacitação em todas as áreas.
403 Mais concursos públicos para a Base Diversificada das Escolas Técnicas.
404 Mais encontros familiares, com apresentação dos alunos
405 Mais estrutura em laboratório
406 Mais formação para os gestores
407 Mais investimento .
408 Mais investimento nas áreas tecnológicas.
409 Mais investimento nas áreas tecnológicas.
410 Manter a formação dos docentes
411 Mas oportunidades para os estudantes.
412 Melhor qualificação profissional para os professores das disciplinas específicas da matriz curricular do
Integral.
413 Melhora a comida
414 Melhora na merenda
415 Melhorar a alimentação, referente aos vegetarianos e veganos .
416 Melhorar a comida
417 Melhorar a comida
418 Melhorar a estrutura da Escola.
211
447 Não, mas gostaria de citar aqui toda minha gratidão a todos os professores, intérpretes e Libraire que
fazem parte da escola Erem Joaquim Olavo Carpina Pe , devido a essa triste realidade q estamos
vivendo q é essa pandemia os professores , intérpretes e Libraire vem se renovando , buscando o
máximo para transmitir uma educação de qualidade , com aulas remotas para seus alunos , tbm eles
quando sentem a falta do aluno em nas aulas remotas , ligam , procuram saber do aluno , pq ele está
ausente , sem contar q eu Flávia de Araújo Macêdo mãe do aluno surdo Rafael Victor Hugo Macêdo
daCúnha do segundo ano A do Erem Joaquim Olavo tive ajuda psicológica das intérpretes Kátia ,
Cristine , e Jucineide da coordenadora Roseli e apoio de professores durante essa pandemia , naquele
momento foi super importante pra mim o apoio , dedicação , respeito , compreensão , carinho e etc de
cada profissional dessa escola . Desde já deixo agradecimento , respeito e etc a todos da família Erem
Joaquim Olavo.
#gratidão!!!
448 Não, não é ótima.
449 Não acho muito eficiente.
450 Não acho q seja um método legal
451 Não acho q seja um método legal
452 Não acho que essa metodologia de escola integral seja boa, pois isso só beneficia o governo.
453 Não adianta oferecer integral nas escolas sem sequer ter uma aula flexível para a mente dos estudantes
pelo fato do integral ser muito cansativo
454 Não basta ter um horário integral, tem que investir nos professores, na estrutura física da escola, em
materiais didáticos, formações, é acompanhamento social e psicológico dos estudantes !
455 Não contempla jovens que precisam trabalhar. Deveria haver uma escola integral que funcionasse pela
tarde e noite.
456 não contribui nada para a saúde mental.
457 Não contribuição para o melhoramento da estrutura da escola.
458 Não oferece dinamismo nem estrutura adequada para um ensino integral
459 Não oferece dinamismo nem estrutura adequada para um ensino integral
460 Não pensar em inteligência emocional
461 Não pois estamos iniciando
462 Não que me venha a mente no momento.
463 Não quero acrescentar nada
464 Não se faz necessário, diante das que já foram contempladas.
465 Não só precisa de melhoria a escolas .
466 Não tem como eu dizer que contribui muito até porque eu mal entrei na escola.
467 Não tem nada mais que eu queira tratar no momento.
468 Não, só enfatizar que a escola integral visa formar o cidadão para o bem social, não apenas ensinar as
disciplinas curriculares.
469 Não, tive todas as informações relatadas acima.
470 Não, todas as informações em evidência são suficientes para descrever a importância e efetividade da
educação integral.
471 Não, todas as perguntas correspondem as necessidades desempenhadas pelo ministério educacional.
472 Não, todas as questões fazem o resumo do que é uma educação integral
473 Não! Apenas faço a ressalva da formação cidadã para à vida. Tento essa formação o Estudante como
centro e corresponsável do caminhar por uma sociedade mais justa, solidária e humanizada.
474 Não! Todas as informações foram bem nescessárias.
475 NÃO. ACREDITO QUE CONTEMPLADA ACIMA.
476 Não. As questões foram muito abrangentes e estou satisfeito com o foi implantado até o momento.
Melhorias sempre serão necessárias, mas estamos no caminho certo.
477 Necessário pensar as adequações estruturais antes de implementar o modelo íntegral.
213
505 O integral é uma perda de tempo. A pessoa poderia estar trabalhando para ajudar em casa mas
infelizmente removeram isto da gente.
506 O projeto em si da Educação Integral para os estudantes que realmente querem aprofundar nos estudos
contribui muito. Mas nas comunidades carentes onde os estudantes vão a escola no intuito de apenas
concluir o ensino médio, ficar na escola o dia inteiro tem sido massacrante. E também para as famílias
que necessitam da ajuda desses jovens para garantir o sustento de cada dia não tem sido nada fácil. Na
verdade muitos alunos estão se sentido prisioneiro do sistema. Outro ponto que gostaria destacar é
sobre o ambiente escolar, em salas lotadas de estudantes fica difícil a convivência e as práticas
educativas. E com relação aos professores acho que deveriam ser mais valorizados e respeitados.
Deveria haver capacitações, e nos preparar para esse novo modelo de Educação e sermos tratados com
mais dignidade e como um ser humano. O professor é a chave para tudo isso dê certo! A realidade é
que isso tudo tá mexendo com a cabeça de professores e tem muito professor adoencendo e alunos
também, e não tem nenhum acompanhamento psicológico dentro da escola. Contudo, não estou
dizendo que o projeto é ruim, o que estou dizendo é que deveriam ter preparado a escola fisicamente,
capacitado os professores e gestores, ter analisado os locais mais indicados para esse modelo de
Educação.
507 O projeto em si da Educação Integral para os estudantes que realmente querem aprofundar nos estudos
contribui muito. Mas nas comunidades carentes onde os estudantes vão a escola no intuito de apenas
concluir o ensino médio, ficar na escola o dia inteiro tem sido massacrante. E também para as famílias
que necessitam da ajuda desses jovens para garantir o sustento de cada dia não tem sido nada fácil. Na
verdade muitos alunos estão se sentido prisioneiro do sistema. Outro ponto que gostaria destacar é
sobre o ambiente escolar, em salas lotadas de estudantes fica difícil a convivência e as práticas
educativas. E com relação aos professores acho que deveriam ser mais valorizados e respeitados.
Deveria haver capacitações, e nos preparar para esse novo modelo de Educação e sermos tratados com
mais dignidade e como um ser humano. O professor é a chave para tudo isso dê certo! A realidade é
que isso tudo tá mexendo com a cabeça de professores e tem muito professor adoencendo e alunos
também, e não tem nenhum acompanhamento psicológico dentro da escola. Contudo, não estou
dizendo que o projeto é ruim, o que estou dizendo é que deveriam ter preparado a escola fisicamente,
capacitado os professores e gestores, ter analisado os locais mais indicados para esse modelo de
Educação.
508 O que eu percebi trabalhando com o integral é a mudança dos estudantes com relação ao projeto de
vida deles e de comportamento diante de como eles entraram e quando eles saem no 3 ano.
509 O que eu percebi trabalhando com o integral é a mudança dos estudantes com relação ao projeto de
vida deles e de comportamento diante de como eles entraram e quando eles saem no 3 ano.
510 O respeito e amizade que se cria entre a escola (todos que trabalham na escola) e os alunos
511 O sistema de educação integral permite maior conexão com a comunidade escolar.
512 O sistema de educação integral total, prejudica os alunos do terceiro ano.
513 O trabalho acerca da afetividade, respeito ao próximo e cooperação.
514 O trabalho acerca da afetividade, respeito ao próximo e cooperação.
515 O uso de matérias tecnológicos
516 O valor salarial não está integrado, ele não será agregado na aposentadoria
517 Oferece uma formação q contribui p melhoria da qualidade de vida dos estudantes proporcionando
melhor preparação p o mercado de trabalho, cidadania e inserção nas universidades
518 Olhar mais as estruturas das escolas.
519 Oportunidades de igualdade
520 Oportunizar a equidade entre os sistemas de ensino, promovendo assim uma educação mais efetiva e
direcionada.
521 Oportunizar o estudante com estágio profissional, principalmente nas Escolas técnicas integrais.
522 Organização
523 Os novos professores precisam de mais formação
524 Os Núcleos Socioeducacionais contribuem muito para a formação dos/as estudantes.
215
525 Os pais ficam mais tranquilos para trabalharem porque seus estão na escola estudando num tempo
maior e recebendo todos os cuidados necessários.
526 Os poderes público deveriam englobar todos os estudantes e não apenas alguns.
Sou de curso técnico e estudo em escola que os alunos do integral recebem refeições e nos do curso
técnico não. Nem um lanche recebemos, acho isso discriminatório
527 Os profissionais da educação ainda não são bem remunerados em relação ao programa de Educação
Integral
528 Os Recursos aplicados na escola e a valorização do Professor
529 Ótima oportunidade para o aluno conseguir bons resultados em provas como o Enem.
530 Pelo menos na minha escola, os alunos assistem aulas do currículo regular nós dois turnos (manhã e
tarde). Para essa modalidade ser realmente considerada integral, a modalidade deveria proporcionar,
no horário da tarde, aulas diversificadas, fora do currículo comum.
531 Penso que a política de educação integral, da forma como é colocada em prática, pode constituir-se
muito mais como um obstáculo para um processo de ensino e aprendizagem significativo. É preciso
repensar a formação docente nesta direção, a infraestrutura da escola e atentar para o que a literatura
fala sobre o tempo de permanência do estudante em uma sala de aula. "Prender" estudantes e
professores por 9 horas diárias em um espaço unicamente com a finalidade de elevar a carga horária
das disciplinas não me parece um sistema de educação muito promissor. É preciso fomentar a
formação de grêmios estudantis, clubes de artes, clubes de ciências, dentre outros, criando, dentro do
tempo de permanência do estudante na escola, horários livres para que eles possam escolher dentre
estas atividades oferecidas por professores.
532 Perdeu muito da essência de quando iniciou o programa. Diminuíram os investimentos. Muitas escolas
denominadas EREM que estão muito longe de serem de referência. Aumentou a quantidade e caiu
qualidade.
533 Pernambuco mostra os resultados da Educação Integral nos dados das avaliações externas, sempre
com as maiores médias.
534 Péssimo
535 Poder de transformar vidas.
536 Política pública
537 Políticas públicas para valorização salarial.
538 Politização dos cargos de gestor (apadrinhamento político)
539 Por ter uma eficácia de tamanha abrangência mediante análise das inúmeras contribuições, se faz
necessário entender que este modelo deve se tornar uma realidade permanente nāo apenas em nosso
Estado mas, em todo território nacional.
540 Porém a escola integral deveria ser mais estruturada e fornecer mais subsídios aos professores e acesso
melhores alunos.
541 Possibilita o protagonismo juvenil
542 Possui uma proposta excelente, mas na prática ainda é muito deficiente.
543 Poucas escolas que não tinham boa estrutura física se tornaram integrais e deveria ser o contrário para
melhor as condições de ensino das piores escolas.
Diversos problemas vivenciados na educação competem a outros órgãos de governo e a falta de ações
conjuntas para atuarem nas necessidades da população possibilitam apenas soluções paliativas.
544 Pouco recurso tecnológico
545 Pra mim estão tudo certo
546 Precisa avançar no Ensino Fundamental.
547 Precisa da uma melhorada, mais a escola faz o possível pra agradar a todos
548 Precisa de mais qualidade nas estrutura físicas dos espaços da escola, melhorar a alimentação, investir
em laboratórios, quadra esportiva e valorizar o professor com salários mais justos.
549 Precisa de mais recursos para projetos que incentivem o aluno a querer estar na escola
550 Precisa de melhorias no espaço.fisico Escolar; e melhor valorização do profissional
216
603 Sim . A Educação Integral contribui muito, com certeza, mas o professor poderia ter ao menos um dia
na semana livre pra ir ao médico... ter acesso a computador (ganhar notebook), microfone por conta da
voz...
Os alunos no período da tarde ter acesso as oficinas de desenhos para iniciantes, curso sobre
financeiros, como poupar, ministrar seu dinheiro ( eu acho importante porque senti muitas dificuldades
pra me organizar financeiramente), aula de informática, academia na Escola, aulas de dança, música,
oratória, lutas, jogos de uma maneira geral, nataçao,teatro...com profissionais da área e que o professor
tivesse acesso também a fazer os cursos. No período da tarde tivesse acesso também a cursos de
encanador, eletricista, pintor...cursos profissionalizantes, isso ajuda pra vida.
Que os alunos pudessem sair da escola com todos os documentos organizados.
Uma biblioteca informatizada e com livros de interesse dos alunos, onde os mesmo pudessem escolher
os temas atualizados e o bibliotecário sempre informatizado e sempre reciclado, com direito a
notebook, cursos de oratória... passe livres em bibliotecas, livrarias, entrevistas com escritores, etc.(
Isso todo mês) , com direito a cultura de uma maneira geral.
Se eu fosse aluno, essa seria a escola dos meus sonhos e isso não é pedir muito.
604 Sim, a educação integral contribui para a interação social, tendo professores, alunos e funcionários da
escola como uma segunda família
605 Sim, a educação integral é muito cansativa
606 Sim, a educação integral na atualidade é contemplada colocando o aluno em tempo integral na escola,
mais deveria contemplar o desenvolvimento integral do ser, explorando a sua dimensão como ser
integral .
607 Sim, aqui na minha instituição é semi integral
608 Sim, deveria ser extendida para todos o níveis.
609 Sim, melhoria na acessibilidade as coisas da escola.
610 Sim, no decorrer dos anos a política vem perdendo suas qualidades e características, além da
desvalorização profissional!
611 Sim, que os Laboratórios tenham materiais/equipamentos para atender os nossos estudantes em suas
escolhas proficionais conforme consta na BNCC que o aluno saia do ensino médio com uma base
prática que fortaleça e o estimule ao curso superior.
612 Sim, sobre a gestão da escola integral não saber administrar a verba escola assim faltando matérias
para trabalhos proposto pela equipe, como também o fato de não aceitarem dar o dispositivo (o
notebook) para os estudantes assim o deixando com problemas técnicos dentro da escola.
613 Sim,o ensino é semi integral
614 Sim.
615 Sim. A educação integral busca também a afetividade com estudantes, entretanto a carga horária é
muito puxada para o pouco investimento que se têm nessa modalidade, afetando assim a aprendizagem
do estudante, pois, a quantidade de horas não está associdada a "mais aprendizado". Portanto, se quer
manter esse modalidade do integral terá que investir muito para suprir esse excesso de carga horária.
616 Sim. A educação integral também reforça os laços entre a família e escola.
617 Sim. Deveria implantar projetos que valorizassem a cultura dos valores do município que o aluno está
inserido e nas horas vagas aulas criativas e empreendedoras para auxiliar no desenvolvimento
empreendedor do aluno.
618 sim. É de grande relevância segurança nas escolas.
619 Sim. Em relação a estrutura das escolas. Algumas escolas, como a que eu trabalho, não possui
estrutura adequada para atender a demanda dos estudantes, por ser única na cidade e a muitos anos,
opera acima da capacidade, tornando o trabalho bem mais pesado. Pra que a educação integral, tenha
resultados mais abrangentes na cidade, é imprescindível mais uma escola na cidade, com toda a
estrutura necessária para o desenvolvimento integral de nossos educandos. Esse pedido, é antigo, já
mobilizou todo o poder público local, restando apenas a vontade do Estado em cumprir com a
promessa que a quase 8 anos, espera autorização para se concretizar.
É certo que não é a estrutura que faz a integralidade do programa acontecer, mas quando podemos
fazer perfeito, por que ficar só no feito?
219
620 Sim. O Ensino Médio Integral de deu um salto positivo de credibilidade em todo o Estado de
Pernambuco.
621 Sim. O tempo destinado às reuniões pedagógicas são insuficientes. Além disso, o professor deveria ter
uma manhã ou tarde livre destinada a resoluções de assuntos pessoais. O horário de permanência do
estudante na escola deveria ser das 7h30 às 16h.
622 Sinto falta de um incentivo e um olhar no que diz respeito a formação do professor em mestrado e
doutorado.
623 Sistema falho onde o aluno passa mais tempo na escola e não é compensado mas que poderia, no
ensino regular, num dos turnos que o integral ocupa, trabalhar em projetos como Jovem Aprendiz para
iniciar sua independência financeira bem como ajudar sua família.
624 Só complementando , a Educação Integral amplia a capacidade de o aluno sentir-se instigado a
participar de ações que estão além dos muros da escola. Que vão desde o ingresso em uma
universidade pública, passando pela participação de competições de cunho científico e projetos
diversos- sendo institucionais ou não!
625 Só dizer q enquanto uns estudar o dia todo .muitos n tem Nem como frequenta a escola só acho q isso
deveria se correguido , no meu caso e de muitos ñ gostamos de estudar intregal .então pq no lugar de
nos estudar intregal pq ñ dá oportunidade as outros tbm que querem pelo o menos fazer o ensino
médio completo .
626 Só tem o discurso porque a prática nada se dá como deveria ser a educação integral, escolas sucateadas
e sem infra estrutura mínima como sala de aulas por exemplo
627 Sobre a comida servida na escola
628 Sobre a força e resiliência dos professores em fazer acontecer e dar certo.
629 Sobre melhor convivência entre os alunos
630 Sobre o anexo na escola, que um pouco apertado..
631 Sobre oque os alunos acham do integral
632 Sobre professores não assediar ou nao fica com mal olhado para alunas, as menina se sentem
desconfortável!
633 Sobrecarga de atividades em relação à quarentena
634 Sua contribuição para o desenvolvimento e geração de renda e emprego nos municípios onde é
implantada
635 Tempo de convivência maior ampliando as oportunidades.
636 Tempo.na Escola
637 Ter mais aulas de robótica e outras coisas voltadas para o futuro, já estudei em duas escolas de
referência e nunca tive aula de robótica.
638 Ter visitas técnicas
639 Terem artes, teatro, oficinas em geral, culinária e empreendedorismo digital nos sábados
640 Tira os adolescentes do alcance das drogas.
641 Todas as contribuições a cima completam sobre a Educação Integral.
642 Todas as escolas deveriam ser integral
643 Todas as escolas do país desde as séries iniciais deveriam adotar, a quantidade da educação seria
indiscutivelmente melhor.
644 Todas questões foram bem definidas e contempladas.
645 Tomando como norte as quatro dimensões do ser humano, temos oportunidades de implementar na
escola, um trabalho pautado em planos e projetos que propiciem o desenvolvimento do estudante em
toda a sua plenitude.
646 Torna nosso relacionamento com professores e gestão mais próximo, aumenta o ciclo de amizade dos
alunos e influencia a busca por determinados interesses oferecidos na escola. Além de ser capaz de
incluir matérias que normalmente não são trabalhadas em escolas com um ensino de meio período.
647 Torna os estudantes mais solidários
648 Trabalha o protagonismo estudantil, ainda que precise se estender para o juvenil, ultrapassando os
muros da escola
220
649 Trabalha o protagonismo estudantil, ainda que precise se estender para o juvenil, ultrapassando os
muros da escola
650 Trabalhar etnias e sexualidade seria um assunto muito importante para igualdade social, concordam?
651 Trabalhei em outra EREM que passou a ser escola de referência em 2013. Nessa atual estou há 1 ano e
6 meses.
652 Um melhor relacionamento entre professor e comunidade escolar.
653 UM REFEITÓRIO PARA ATENDER OS ESTUDANTES, POIS OS MEWSMOS SE ALIMENTAM
NA SALA DE AULA.
654 Uma educação que só serve pra prender meu filho na escola o dia todo, e não tem o mínimo de
infraestrutura para suportar os alunos em tempo integral e ocupa-los de fato com alguém que
desenvolva o conhecimento deles. Nota 0 para a educação integral!
655 Uma educação voltada para valores
656 Uma ponto que acrescento é que ajuda na economia doméstica das famílias de baixa renda em razão
do estudante passar o dia todo na escola.
657 Unifica o saber, socializa nas diferença de cada um ,contribui para retirada dos jovens da rua.
658 Valoriza o estudante na sua inteireza como pessoa.
659 Valorização da gratificação pois está muito desatualizada
660 Valorização do professor e segregação para com as escola regulares, principalmente o turno da noite.
661 Valorização do protagonismo juvenil.
Toda diferença para os estudantes o acolhimento inicial a cada ano letivo no chão da escola.
662 Valorização dos professores contratados
57 – que; 186- escola; 170- integral; 115- educação; 110- alunos; 87- professores; 78 –
estudantes; 71- escolas; 68- Educação; 62- vida; 60- ensino; 59- Integral; 55- ter; 54- estrutura;
49- aluno; 44- nas; 44- nos; 42- estudante; 39- dia; 39- professor; 38- melhor; 37- aulas; 37-
pois; 32- isso; 31- deveria; 31- valorização; 30- sua; 29- formação; 28- falta; 28- qualidade; 27-
desenvolvimento; 25- social; 24- ainda; 24- todo; 23- aos; 23- gratificação; 23- relação; 23- só;
22- assim; 22- contribui; 22- escolar; 22- já; 21- apenas; 21- forma; 21- maior; 20- anos; 20-
atividades; 20- boa; 20- profissionais; 20- profissional; 19- melhoria; 19- política; 19- projetos;
18- além; 18- pouco; 18- pra; 17- acho; 17- aula; 17; minha; 17- nem; 17- seja; 17- seria; 17-
Sim; 16- comunidade; 16- contribuição; 16- Ensino; 16- Escola; 16- grande; 16- horária; 16-
jovens; 16- Pernambuco; 15- Acredito; 15- aprendizagem; 15- carga; 15- Deveria; 15- integrais;
15- melhorar; 15- período; 15- principalmente; 15- projeto; 15- pública; 14- ajuda; 14-; esse;
14- física; 14- gestão; 14- importante; 14- menos; 14- passar; 14- suas; 14- temos; 13-cursos;
13- entre; 13- exemplo; 13- infraestrutura; 13- quantidade; 13- Que; 13- tanto; 13- tudo; 12-
cansativo.
61- que; 46- integral; 44-educação; 27- escola; 27- estudante; 20- estudantes; 18- Educação;
15- EREM;14- era; 14- Integral; 11- escolas; 11- sua; 11- vida; 10- pois; 9- professores; 8-
dimensões; 8- essa; 8- Gestora; 8- Prof; 7- aluno; 7- apenas; 7- Interdimensional; 7- já; 7-
outros; 7- professor; 7- Pública; 7- só; 7- todas; 6- desenvolver; 6- formação; 6- inteireza; 6-
isso; 6- seus; 6- suas; 5- base; 5- desafio; 5- eram; 5- grande; 5- Hoje; 5- importante; 5- jovens;
5- mesma; 5- mudou; 5- passou; 5- Paulo; 5- Política; 5- tinha; 4- ajuda; 4- aprendeu; 4- Carlos;
4- Coordenadora; 4- difícil; 4- feliz; 4- filosofia; 4- foram; 4- forma; 4- gestores; 4- história;
4- hoje; 4- humano; 4- integrais; 4- interdimensional; 4- início; 4- melhor; 4- pessoa; 4- sempre;
4- ter; 4- todo; 4- transição; 4- tudo; 4- vê; 3- algo; 3- anos; 3- Antônio; 3- aos; 3- aprendizado;
3- até; 3- Cabrobó; 3- cidade; 3- começou; 3- construção; 3- contribuindo; 3- Costa; 3- dar; 3-
diferencial; 3- diferente; 3- diferentes; 3- elementos; 3- Entende; 3- equipe; 3- estava; 3-
estudos; 3- fala; 3- família; 3- famílias; 3- filhos; 3- formações; 3- gestão; 3- Gomes; 3- havia.
101- que; 16- resultados; 14- escolas; 14- precisa; 11- escola; 11- essa; 10- era; 10- houve; 10-
pois; 9- há; 9- IDEB; 9- já; 8- estudantes; 8- processo; 8- Sim; 8- todo; 7- Agradeço; 7-
222
4 - Após análise separademente foi gerada a Nuvem de Palavras com o conteúdo das duas fases
dos Seminários, que gerou 1464 palavras com pelo menos uma frequencia. Destas, destacamos
as primeiras 100 palavras mais frequentes:
6 – ANA CLARICE( Gestora da mesma EREM Salgueiro): “Para mim a educação integral
é um divisor de águas, a escola integral é a escola dos sonhos, não é apenas integral apenas pelo
tempo, mas integral pela inteireza, olhar as pessoas ter oportunidade de conviver com outros,
224
vivenciar e trabalhar projeto de vida, protagonismo juvenil, isso fez muita diferença, saí de uma
escola que priorizava a cognição para acompanhar o aluno em outras dimensões, viver a
afetividade, vejo uma grande transformação na vida do estudante e do professor também. No
início foi difícil fazer as pessoas acreditarem que essa escola era possível, as pessoas não
acreditavam, foi difícil. Começou e deu certo. A Educação Interdimensional foi algo muito
novo para eles, aprendem todos os dias. Sou Gestora há 14 anos, e aprendi muito por procurar
ver as pessoas como um todo, envolver a família. É uma outra realidade”.
8 – HENRIQUE ( Gestor ETE São Lourenço da Mata) : “Recordo do dia em que fomos
convocados para sermos escolas integrais, indicados pelos gestores das GREs, na ocasião não
sabia como seria. Iniciou em Fevereiro de 2008 e a Lei só saiu em Julho/2008. Foi fantástico
viver esse momento, um grande aprendizado, sai de uma escola regular para uma escola
integral, com diferentes realidades, havia divisão dentro da escolas professores do integral e
outros não. Amo fazer Educação Integral. A Educação Integral não é de agora, começou na
década de 30, mas a experiência de PE é diferente devido a considerar o estudante em sua
inteireza, traz outros elementos que culminam com a Educação Interdimensional, traz outros
fatores, Educação Integral é perceber o estudante em todas suas dimensões, pessoal, afetiva,
relacional, já a educação interdimensional traz algo mais que é a educação para valores.
Incentiva a Presença Educativa, os professores são referenciais, espelho para os estudantes, ser
exemplo. Também o Protagonismo Juvenil, que vem de forma organizada e sistematizada.
Tempo integral realmente é apenas para vivenciar melhor a educação integral”.
9- SANDRA DOMITILA( Aposentada): “Concordo que era preciso não só ampliar o tempo,
mas dar oportunidades aos estudantes, todos na escola passam a ver o estudante de forma
diferente, que tinha um futuro para eles. Preparando o estudante ou para universidade ou para
o mercado de trabalho. A pedagogia da Presença, professor no horário integral, dando
orientação ao estudante também fora da sala de aula, dando orientação, tirar dúvidas, escutar a
eles. Melhora também a qualidade de vida dos estudantes. O horário integral facilitava resolver
questões do cotidiano pois todos estavam na mesma escola. Considero muito importante, pois
havia a responsabilidade, o compromisso, a filosofia da educação integral ajudou a vencer os
desafios, tudo isso fez com que os estudantes dessem conta de tantas demandas. A formação da
equipe na Secretaria de Educação foi importante pois mudou a educação da rede estadual que
precisa expandir para muito mais”.
escolas para fazer acontecer a educação integral que estava sendo proposta. Foi um
aprendizado, muitas formações foram feitas, foi uma construção coletiva. Vi a importância da
educação integral para os estudantes. Agora que trabalho na escola vejo tudo que eu falava na
prática. Mas que escuta dos professores o desejo de vivenciar a educação integral e trabalhar o
estudante como um todo. Agora na época da pandemia vejo a preocupação dos professores com
seus estudantes. O tempo integral é apenas o tempo mas não tem o cuidado com o ser humano,
como pessoa. Me sinto feliz de participar dessa construção”.
12 – KATIA MEDRADO – ( Gestora EREM Recife): “Apenas agradeço o convite para esse
seminário”.
17 – LUCÉLIA LOPES ( Gestora da mesma EREM Cabrobó): “Já começou grande, estava
assustada mas grande, porque passei por uma avaliação, uma seleção, fui entrevistada, fui
formada, preparada. A filosofia é entender, aceitar e praticar. O Integral veio para transformar
o estudante, em todos os aspectos. As Mostras Pedagógicas eram oportunidades para valorizar
o trabalho das escolas. Cabrobó era um estigma de que era o polígono da maconha, mas a
educação Integral ajudou muito aos jovens da região. Foi um desafio no início com a transição,
difícil pois os estudantes eram os menos favorecidos, as Escolas Integrais prevaleceram hoje
não tem mais escolas particulares de ensino médio. O desafio maior foi a transição, absorvendo
todos os conceitos, e hj celebra ter professores preparados e comprometidos. A escola é
acolhedora. O que marca é o aprendizado entre escolas, outros gestores foram ajudar na
implantação. A acolhida dos estudantes foi um diferencial também. Não começou pequeno pois
era uma rede. A educação integral marcou na cidade, na formação dos jovens na cidade. Ex
alunos hoje contribuindo na cidade, 20 atuando como médicos e além de outras histórias bonitas
para contar. Entendo que essa construção levou hoje a uma realidade melhor. O polo EaD é
robusto e muito bom, tem formado muitos estudantes. Em Cabrobó já conseguiu outra escola
integral, e será inaugurada uma Escola Técnica. Ninguém mais questiona a educação integral”.
20 - MINHA FALA FINAL (PAULO DUTRA): “Agradeço a todos, lembro que fui em busca
do Professir Antônio Carlos Gomes da Costa, ele era Freiriano, baseado na filosofia Freiriana
e no relatório da Unesco, ele entrelaçou e criou a educação interdimensional. Fico feliz que essa
é uma filosofia Freiriana. Trazia o protagonismo juvenil no sentido do estudante como sendo
sujeito de sua história. E fico feliz que o governo tem dado essa oportunidade aos jovens de
fazer boas escolhas. Acredito que essa Política Pública mudou a vida dos jovens, suas famílias,
dos professores e dos municípios. É uma Política Pública que tem 13 anos. Foi um grande
desafio falar de uma escola que não existia e a transição retirando o ensino fundamental. Hoje
todos os jovens estão tendo essa oportunidade. Essa pesquisa tem também o caráter institucional
e próxima semana quer ouvir a todos numa avaliação. Meu muito obrigado a todas e a todos
pela participação”.
228
Profa. Laudicéia
CHAT NA ÍNTEGRA:
1 – LADJANE TORRES
1- “Como crescer sem perder a qualidades, a resposta é sim, houve impacto no IDEB, pois
houve a gestão por resultados, havia plano de ação e indicadores , mensurava, acompanhava e
monitorava. Tinham práticas metodológicas como simulados e outros”.
2- “Consolidação, eram 13 e foi ampliado, um valor muito forte do Prof. Paulo era a
Replicabilidade e corresponsabilidade, então eram corresponsáveis por essa ampliação, as
primeiras eram mentoras, os pares de falavam, há um DNA, uma essência, muito forte e sólido,
costurado por muitas mãos. Assim criou um currículo que fez sentido. Também a valorização
profissional, no sentido de formação continuada baseada em evidências, e impactou nos
profissionais, mais que a sua graduação. Clima onde todos estavam motivados e empolgados,
com foco , centralidade, no estudante. Atrativo financeiros tb era uma valorização, havia opção
dos profissionais, que optavam por participar da seleção.
A valorização é mais que isso, é um contexto, mas a escola como produzir pessoas que fazem
escolhas. É um desafio PP crescer em larga escala e continuar com a essência para isso precisa
definir o que não pode se abrir mão, haver um planejamento estruturado. Bezerros é um
exemplo do círculo virtuoso, hoje as lideranças políticas são dos estudantes da Escola Integral,
Prefeita era aluna, vice prefeita era diretora do Integral, Secretários da cidade eram alunos da
Escola de Bezerros, e tantos outros profissionais, como médicos. Esse é o círculo virtuoso, a
escola cumpre seu papel, a escola faz uma entrega. Me emociono com essa história, não acha
que seja resultados a longo prazo, a escola transforma vida. Reconhece a diferença que faz a
educação interdimensionais para transformar vidas inclusive a dela própria”.
PROF. VIEIRA SUGERE METODOLOGIA. 3 a 5 minutos e falas adicionais que sejam feitas
no CHAT.
2 – ZÉLIA OLIVEIRA
1 – “Concordo que impacta”.
2 – “Considero sim que a Política Pública está consolidada, há reconheciemento dos pais, hoje
todos reconhecem, mas registra que precisa resgatar e há muito a fazer ainda”.
3 – “Sim, o ensino fundamental está começando, engatinhando, para ter o mesmo impacto que
teve no EM precisa que a SE pare e planeje. Hoje alguns municípios fazem de iniciativa própria.
Considera que o EM é um espelho. Não criar escola de EF por criar, mas dentro de todos os
parâmetros. O que deu certo e replicar e envolver os municípios. Pois EI não é apenas o tempo
estendido. Agradece a oportunidade”.
3 – ANA CLARICE
1 – “Sim, impactou nos resultados do IDEB, houve momento que PE chegou ao primeiro lugar.
As comunidades escolares tinham sentimento de pertencimento, iniciou em 2007 e trabalhou
baseado em premissas, resultados”.
243
2 – “Quanto a consolidação, algumas coisas não perderam a essência, mas com o cresciemento
perdeu o maior contato com a equipe central, perdeu o nível das formações, considera que o
crescimento torna necessárias serem retomadas algumas coisas. Para consolidar sem perder a
qualidade”.
3 – “EF é tudo que sempre quis e quero, pois os estudantes chegam com grande defasagem,
para transformar e ajudar esses estudantes melhor precisa que essa luta seja travada, mesmo
sendo difícil. Há o desejo, a necessidade, para que diminua essa defasagem, percebe que o
pouco já implantado não está alinhado, não vê muita diferença, reconhece que precisa abrir
essas escolas, e sabe que é complicado. Mesmo as escolas do estado , muitas ainda em precisa
ser implantado”.
1 – “Ao analisar os resultados ve a diferença das EREM, faz e está fazendo a diferença no
Estado , na vida dos jovens e na sociedade como um todo. Há credibilidade nas famílias e
sociedade, sugere a retomada da vivência dos valores da educação interdimensional.”
2 – “SIM, considero consolidada”.
3 – “Devido a consolidação, os municípios tem buscado implantar a EI e querem estruturar as
escolas, física, pedagógica, recursos humanos e considera que o caminho é a EI mesmo.
Reconheço a liderança do Professor Paulo Dutra como importante nesse processo, pois
acreditava no potencial dos gestores durante o processo”.
5 – CELIA REGINA
“Iniciando com minha trajetória onde vivenciei a implantação em Petrolina de 2006 a 2008.
Depois voltei a sala de aula, hoje atua como Assistente de Gestão e Apoio Pedagógico. Me
encanto com as ações implantadas, as formações, a Coordenação nas GRE, o projeto Semear e
que considera pertinentes essas ações. Acredito que a valorização no ponto de vista financeiro
precisa ser retomado e melhorado”.
1 – “com base nos resultados do IDEB, o destaque de PE entre os melhores do Brasil, podemos
afirmar que SIM, a EI favoreceu esse salto no IDEB. Devido ao acompanhamento,
monitoramento, gestão por resultados (Acountabilty) na média de 3,9, e na escola da escola é
5,1 com meta 5,5. Não tem nenhuma dúvida que sim”.
2-“Considero que sim, hoje é uma política, a entrada e permanência do estudante, pois não há
seleção, é o estudante que quer. A família quer, devido a história de sucesso de outros estudantes
que já passaram por essas escolas”.
3- “Com certeza trará impactos positivos, reconhece que era necessário iniciar no EM e acredita
que no EF os resultados serão ainda maiores. Isso significa que a implantação do EI no
fundamental deve ser nos moldes do que foi feito no EM e para ela isso é direito e cidadania.
Deseja que continue e que seja em larga escala’.
6- EVELINE VILAR
1-“SIM, todo suporte pedagógico, monitoramento, planejamento, que foi importante, o sonho
sempre foi ampliar para todo estado. Esse exemplo se estendeu inclusive para outros estados”.
2- “Sim, acredito que está consolidado, participei desse processo de monitoria, auxiliar outras
escolas. Sinto que precisava de uma equipe maior, pois a expansão foi rápida e não houve como
monitorar como no início”.
244
3- “Sim, observo em uma escola do município do integral já oferta uma certa diferença, ainda
falta muito mas que com certeza essa implantação é necessária e precisa manter a essência do
que é a EI”.
“Agradeço o convite para esta Seminário, há uma grande contribuição do estado de Pernambuco
com a educação do País”.
1 – “Referente a relação entre EI e IDEB – houve muitos alinhamentos com professores e
gestores da rede estadual, Antônio Carlos criou um caminho do Desenvolvimento Humano, já
trabalhava habilidades socioemcionais desde a primeira formação, citava a identidade dos
estudantes,capacitade da pessoa se compreender e se aceitar autenticamente, isso resulta em
melhoria em autoestima, autoconceito, autoconfiança, aposta mais em “seu taco”. Uma vez que
tem esse processo modificado passa a ter melhores e maiores perspectiva, passa a quer ser
alguém na vida e a construir seu projeto de vida. Isso melhora sua capacidade de crescer e
alcançar seus alvos e serem bem sucedidos, vivem momentos de plenitude humana.
Considero a Pedagogia da Presença fundamental nesse processo, entendo que a relação
estudante professor é bastante consolidada, isso favorece o aprendizado do educando.
Quanto a essa questão, a BNCC já divide conteúdos em cognitivos e socioemocionais, isso
didatismo teórico, mas na prática estudantes que fazem boas provas melhoram sua
autoconfiança”.
FALA PROF. VIEIRA: ‘Vejo esse seminário como Feedback, sua fala corrobora com o
cosntruto social que e a experiência da EI, a partir de PE, ajudando a pensar a EI de modo mais
amplo, avalia muito positiva a contribuição de todos e vê PE como horizonte para Eduação do
País”.
8- ANITA CANTARELLI
“Agradeço o convite, me sinto feliz de fazer parte de um grupo que deixa um legado e seu irmão
que está em todo esse tempo . Tenho o privilégio de ter publicado um livro em uma das oficinas
sobre as experiências da EREM Tito Pereira em Camaragibe, o que inclui o período de EI.
Concordo com as falas dos pares, no que diz respeito as respostas as questões”.
245
9 - SOCORRO RODRIGUES
1- “Em minha Dissertação de mestrado, onde analisei justamente os resultados do IDEPE, com
foco em estruturas e processos. Que bom que hj estamos em 2021, pois em 2013 fez a
comparação e viu que alcançou os resultados previstos para 2021. As EREM responderam
positivamente a proposta de melhorar a qualidade. O IDEPE é PROJEÇÃO do IDEB, na
pesquisa viu que houve ampliação dos resultados de forma exponencial.”
2- “Entendo que a implantação teve como finalizada implantação de rede com 300 escolas em
todo estado, e consolidação acontece a partir da publicação da LC 125/2008”.
3- “Entendo que qualquer ampliação do tempo já vai trazer melhorias, mas defende o modelo
da EI do EM, com base na educação interdimensional. Pois mudou método e conteúdo e
percebeu que o processo de aprendizagens é composto de conhecimentos, valores e atitudes. E
hj PE é referência e precisa manter a qualidade”.
1- “Sim, só influenciou, foi uma guinada sem prescedentes, o IDEPE é uma preparação para o
IDEB, sempre houve foco em resultado, e o resultado veio. PE alcançou primeiro lugar na
educação do país. A ação visionárias do Ex. Governador Eduardo Campos, que tinha uma
iniciativa de experiência, e quis levar para todo estado e tornou uma política pública.
Transformou algo pequeno em algo grande, para todos, ele queria que a escola pública fosse
tão boa quanto a privada e quando os filhos dos profissionais das escolas estudassem nessas
escolas’.
2- “Sim, concordo com o Professor Alfredo, é irreversível, não tem como voltar atraz, passou
a ser de larga escala, é uma Política Pública, PE é exemplo para ouros estados, as que é preciso
retomar os princípios e manter a qualidade e a essência. Lembra das formações do TEAR,
gestão por resultados. A formação fez a equipe ser coes e determinada. O trabalho era muito
sério e feito com muito afinco. Detalhe que falta as Políticas Públicas, no início houve um
grande impacto salarial, trouxe também importância econômica nos municípios. Elevou padrão
de vida, trabalhavam com mais satisfação, se sentiam valorizados, de 2008 para cá estagnou e
não houve mais uma Política Pública nesse sentido e assim tem muitos que criticam, mas era
uma opção, os professores buscavam ingressar nessas escolas. Gestores precisam ser mais
valorizados, melhor remunerados, muitos são profissionais que buscaram formações, fizeram
seleções, se especializaram para atuar nessa função, não são valorizados, pois há cobrança em
resultados, ao se aposentarem volta ao início mesmo tendo contribuído de forma diferenciada
durante toda sua carreira”.
3-“Acho muito pertinente e que será excelente, há ressalvas, esse EF já implantado precisa vir
ao molde do estado, acha complicado para os municípios, pois crê que é complicado, precisa
de investimento e acompanhamento. Tinha autonomia para trabalhar com quem quer trabalhar
e dá resultado, vê o principal os profissionais que estarão a frente desse trabalho, pois envolve
mudar cultura atual. Mas acredita que é o caminho, mas se preocupa com a interferência política
nas escolas algo que pode atrapalhar o processo”.
e avaliadas. Como as dificuldades foram superadas, que desafios ainda nos restam. É importante
criticar com objetivo de superar os desafios e alcançar novos patamares”.
11 – SANDRA DOMITILA
1-“Antes a Educação estava estagnada, houve impacto no IDEB e outros índices. PE alcançou
maior crescimento do IDEB da história, dados do INEP. A farda dos estudantes da rede estadual
trazia orgulho, eram valorizadas pelos resultados alcançados”.
2-“Sim, hoje temos 469 escolas integrais, ais de 65% de estudantes em escolas integrais, esses
números dizem tudo, a Política está consolidada. Concorda que precisa ser revista e
monitorada”.
3-“Sim, desde que trabalhos com os moldes do exemplo da Rede estadual, crianças formadas
de forma melhor’.
12 - LUCÉLIA LOPES
1-“Não tem como dizer que não, impactou sim, pois estudaram, foram impactados, a missão do
Prof. Paulo foi cumprida com seriedade, concorda que os gestores são formados, trabalham e
os resultados são impactados. Cartilhas pós-avaliação, devolutivas são analisadas, descritores
a serem trabalhados, não estão prontos e acabados, mas aprenderam a fazer. Marca muito que
resultados vem de entender e praticar . Alinhamentos das escolas, não era trabalhar só, mas toda
rede”
2-“Considero que a PP está consolidada, espero que valorize os professores, concorda com a
fala da Profa. Salomé, e vê que todo esse trabalho, profissionais integrantes desse trabalho, não
levam nada para a aposentadoria. É consolidada, precisa manter as formações, retomar a Mostra
de Inovações Pedagógicas”.
3-“Em Cabrobó, os alunos que vem da escola municipal de EI no Ens. Fundamental, já vê outro
perfil, lá a Educação Interdimensional é trabalhada e o estudante já vem com essa vivência
internalizada. Que seja ampliada dentro dessa essência”.
13 - ZORACY GUERRA
FALA PROFESSOR VIEIRA : “Fui professor em todas as etapas e agradeço estar saboreando
os relatos desse grupo que vivenciou a implantação da EI em Pernambuco.
Acredito que reconhecer é um dos atos mais nobres do ser humanos, advindo do convívio social
em especial na educação e passa a fala para as homenagens a Toni”
MINHA FALA (PAULO DUTRA): “Agradeço a todos que contribuíram nesse processo,
encerra o trabalho com homenagem a Tony.
Sobre a questão da valorização, vejo que a PP de Educação Integral é irreversível, foi construído
com vocês, e o estudo está sendo feito com a fala de todos. Convidei 51 escolas dia 10, das
quais 34 participaram, e dia 17 mais 34 participaram. Agradeço a todos, e o Professor Manoel
Joaquim e Laudicéia gestora que apoiou essa iniciativa de fazer a homenagem a Tony, como
reconheciemento a ele em nome de todos que construíram”.
247
“Agradeço e me sinto contemplado em todas as falas, agradeço a Profa Zoracy que ajudou a
escola na ação de acolhida, com o uso do guia do estudante.
Lembrar do Prof. Tony é emocionante, quanto as perguntas ele responde sim para todas as
questões e concorda com as falas dos colegas.
A apresentação dos slides a seguir é sobre o Gestor Tony, que era presente em todas as ações
da escola, ensinava que todos deviam ser respeitados igualmente, apoiava todos os projetos dos
professores, incentivava os professores a aprender, era exemplo como presença educativa. Ele
prezava por registrar , a foto oficial.
Deixou todos de forma muito brusca, foi difícil, mas deixou seu legado e o Prof. Paulo Dutra
queria uma forma de homenageá-lo e aceitou a sugestão de dar o nome da escola o nome dele
Antônio José Barboza Santos. Legado deixado que se reflete nos estudantes, uma árvore que
hoje dá bons frutos e cuja raiz veio do trabalho do Prof. Tony que foi o pioneiro”.
MINHA FALA FINAL (PAULO DUTRA): “Agradeço a participação de todos, essa pesquisa
que também é institucional, fico feliz com a fala de Professora Socorro Rodrigues e vou
incorporar a pesquisa dela”.
248