TESE Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
CURSO DE DOUTORADO

PAULO FERNANDO DE VASCONCELOS DUTRA

MARCOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL ANALISADOS


A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DE PERNAMBUCO 2004-2021

RECIFE-PE
2021
PAULO FERNANDO DE VASCONCELOS DUTRA

MARCOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL ANALISADOS


A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DE PERNAMBUCO 2004-2021

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação,


da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito para o
título de doutor no curso de Doutorado em Educação.
Linha de pesquisa: Identidades e Memórias;
Orientador: Prof. Dr. Edilson Fernandes de Souza;
Coorientador: Prof. Dr. José Vieira da Cruz.

RECIFE-PE
2021
Catalogação na fonte
Bibliotecária Natalia Nascimento, CRB-4/1743
PAULO FERNANDO DE VASCONCELOS DUTRA

MARCOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL ANALISADOS


A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DE PERNAMBUCO 2004-2021

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de


Pernambuco como requisito para o título de doutor no curso de Doutorado em Educação.
Linha de pesquisa: Identidades e Memórias

Aprovada em: 10/12/2021

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Edilson Fernandes de Souza


Orientador
(Universidade Federal de Pernambuco)

Prof. Dr. Fernando Marinho Mezzadri


Membro Titular Externo
(Universidade Federal do Paraná)

Prof. Dr. José Vieira da Cruz


Membro Titular Externo
(Universidade Federal de Sergipe)

Prof. Dr. Edvaldo Francisco do Nascimento


Membro Titular Externo
(Secretaria Estadual de Educação do Estado de Alagoas)

Prof. Dr. Marcos André Nunes Costa


Membro Titular Externo
(Universidade Federal Rural de Pernambuco)

Prof.ª Dr.ª Aurenéa Maria de Oliveira


Membro Titular Interno
(Universidade Federal de Pernambuco)
DEDICATÓRIA

Dedico este estudo primeiramente a Deus, pela vida e pela possibilidade de realizar essa
pesquisa. À minha avó, professora Benedita de Morais Guerra, por ter me inspirado e
incentivado a seguir a carreira de educador. À minha mãe, Maria Estelita Vasconcelos, pela
presença educativa e por acreditar no meu potencial. A todos os meus familiares, pela
compreensão e apoio incondicional. Ao amigo Alexandre de Arruda Ricardo, pelo incentivo
durante todo esse percurso.
Dedico também ao ex-governador Eduardo Henrique Accioly Campos (in memoriam)
pelo exemplo de coragem, resiliência e ética, pois graças a sua liderança e a sua iniciativa
visionária nosso estado tornou-se pioneiro na implantação da política pública de Educação
Integral para o Ensino Médio; hoje, referência no Brasil.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos aqueles que de alguma forma contribuíram com uma educação de
qualidade social, lutando incansavelmente por essa causa e, por esse motivo, não podem ficar
de fora num momento de retrocesso educacional pelo qual passa nosso país.
É tempo de luta, e acredito que esse trabalho lançará luz e evidenciará alguns caminhos
possíveis para continuarmos avançando e encontrando soluções para os desafios encontrados,
sejam eles históricos ou inusitados, sempre haverá conquistas, inovação e crescimento, pois,
como veremos, sempre houve pessoas comprometidas que lutaram para que a educação
cumprisse seu papel transformador em uma sociedade cada vez mais injusta e separatista, na
qual vivemos e sobrevivemos.
Agradeço a todo o corpo docente do Programa de Pós-graduação em Educação, em
especial, ao Professor Edilson Fernandes de Souza, que, além de aceitar me orientar, contribuiu
em toda construção desta tese, que passou a ser coletiva. Hoje, considero-o um amigo. E aos
colegas de turma com quem pude trocar conhecimentos e enriquecer meu aprendizado.
Agradeço aos ex-Secretários de Educação do estado de Pernambuco, Danilo Jorge de
Barros Cabral, Nilton da Mota Silveira Filho, Anderson Stevens Leonidas Gomes,
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira e Frederico da Costa Amâncio, que me apoiaram
durante o período em que atuei como Secretário Executivo de Educação Integral.
A Sandra Maria Soares, que tem me acompanhado e assessorado diariamente e que me
apresentou ao meu orientador. À Professora Maria do Socorro Rodrigues dos Santos, pelo apoio
e profissionalismo, em especial no período de implantação da Política Pública de Educação
Integral em Pernambuco.
À Professora Maria de Araújo Medeiros Souza, pela contribuição na Superintendência
Pedagógica da Secretaria Executiva de Educação Profissional e por dar prosseguimento a
missão de gerir as Escolas Integrais ao assumir a Secretaria Executiva de Educação Integral e
Profissional.
À Professora Ana Maria Pádua Walfrido, que tanto me ouviu e ajudou na mudança de
rumo.
Agradeço à Professora Zélia Oliveira da Silva Pereira, por ter contribuído com este
estudo e disposto do seu tempo e esforço para ajudar na articulação dos participantes dos
Seminários de Educação Integral, realizados durante a fase final da pesquisa.
Ao assessor Tiago Lins, que, além de dialogar comigo, acompanhou-me até aqui,
contribuindo na parte técnica desta pesquisa. A Dulce Cristina Arcoverde de Souza Santana,
com quem tenho dialogado todos esses anos, pela extrema paciência durante as mudanças de
rumo que tomou a pesquisa, sem esse apoio e diálogo constante não teria sido possível avançar
em sua construção.
Agradeço também à Professora e amiga Ana Rita Lorenzini, que durante os mais de 20
anos de convivência tem me estimulado, discutido e dialogado sobre a construção do
conhecimento e que está sempre presente em todas as etapas de minha vida acadêmica –
especialização, mestrado e agora no doutorado. Meus agradecimentos à Professora Doutora
Marly Oliveira, que com muita dedicação fez a correção desta tese.
Registro meus agradecimentos a todas as 2.417 pessoas que responderam à pesquisa
realizada, em que houve representação de gestores, educadores de apoio, professores e
estudantes atuais e egressos, e aos pais ou responsáveis. Agradeço, em especial, os gestores das
51 primeiras Escolas de Referência em Ensino Médio, implantadas no ano 2008, e aos
participantes dos Seminários realizados durante este estudo, que contribuíram para um melhor
entendimento e avaliação da Educação Integral em Pernambuco.
Enfim, a você, educadora e educador, que lutou e continua lutando para reforçar a
contínua luta de todos nós para uma educação de melhor qualidade.
RESUMO

Este estudo teve origem no Núcleo de Identidades e Memórias, do Programa de Pós-Graduação


da Universidade Federal de Pernambuco, e pretende responder ao seguinte questionamento:
quais os marcos históricos da Educação Integral presentes na sociedade brasileira e o que
podemos apreender a partir da experiência de Pernambuco de 2004 a 2021? Trata-se de uma
investigação da historiografia da Educação Integral a partir da experiência do processo de
implantação no estado de Pernambuco no período de 2004 a 2021, período em que teve início
a primeira experiência desta oferta em Pernambuco. A escolha do objeto estudado se deu pelo
profundo interesse do autor em entender o processo de desenvolvimento da oferta de Educação
Integral em Pernambuco, bem como sua trajetória profissional, estando à frente da gestão desta
Política de 2008 a 2018. Como pressuposto, sustentamos que os resultados da Educação Integral
em Pernambuco resultam da decisão política de expandir a experiência de implantação de
Escolas Integrais, transformando os Centros de Ensino Experimental em Política Pública a
partir de 2008. Para responder ao problema desta pesquisa, são propostos objetivos que
delimitam e orientam os procedimentos a serem utilizados na investigação em pauta, como
identificar e analisar os principais momentos históricos da Educação Integral no Brasil e em
Pernambuco, analisar a documentação oficial sobre a história no Brasil e como se deu a
emergência da Educação Integral em Pernambuco. Buscamos registrar a iconografia sobre a
Educação Integral em Pernambuco trazendo evidências por meio de matérias publicadas em
jornais impressos, planos de governo e documentos relativos à sua historiografia. Tendo como
principais autores Costa (2000, 2001, 2008), Freire (1987, 1992, 1996, 2001), Frigotto (2001),
Gadotti (2009), Saviani (2008, 2011, 2020), o estudo realizou uma pesquisa qualitativa, com a
participação de 2.417 pessoas, com o objetivo de observar a percepção da comunidade escolar
sobre a Educação Integral em Pernambuco, analisando o processo de sua implantação e
entendendo os impactos sociais causados, bem como a compreensão sobre a diferenciação entre
a Educação Integral e a educação em tempo integral. Em uma segunda etapa foram realizados
dois seminários com a participação dos gestores das 51 Escolas de Referência em Ensino Médio
implantadas no ano de 2008. Conclui-se que a comunidade escolar aceita e compreende a
proposta da Rede Estadual de Ensino para a Educação Integral, bem como sua implantação
trouxe significativas melhorias para os resultados educacionais obtidos em avaliações externas.
O estudo esclareceu que a comunidade escolar diferencia o conceito de Educação Integral e
Educação em Tempo Integral, evidenciou a necessidade de melhorias qualitativas das Escolas
Integrais e o aperfeiçoamento da referida política, o que inclui valorização dos profissionais
atuantes nessas escolas, melhorias de infraestrutura, diminuição da carga horária diária, revisão
do currículo e melhor utilização do uso de novas tecnologias. A tese comprovou que em
Pernambuco há uma Política de Estado para o Ensino Integral.

Palavras-chave: Educação Integral. Ensino Médio. Política Pública. Pernambuco.


ABSTRACT

This study originated in the Nucleus of Identities and Memories, of the Graduate Program of
the Federal University of Pernambuco and intends to answer the following question: What are
the historical landmarks of integral education present in Brazilian society and what can we learn
from Pernambuco's experience from 2004 to 2021? This is an investigation of the
historiography of Integral Education based on the experience of the implementation process in
the state of Pernambuco from 2004 to 2021, the period when the first experience of this offer
in Pernambuco started until the present day. The choice of the studied object was due to the
author's deep interest in understanding the development process of the Integral Education offer
in Pernambuco, as well as his professional trajectory, being ahead of the management of this
Policy from 2008 to 2018. As an assumption, we maintain that the results of Integral Education
in Pernambuco result from the political decision to expand the experience of implementing
Integral Schools, transforming the Experimental Teaching Centers into Public Policy from
2008. To answer the research problem, objectives are proposed that delimit and guide the
procedures to be used in the research at hand, such as identifying and analyzing the main
historical moments of Integral Education in Brazil and in Pernambuco, analyzing the official
documentation on the history in Brazil and how the emergence of Integral Education in
Pernambuco took place. We sought to register the iconography about Integral Education in
Pernambuco by bringing evidence through articles published in printed newspapers,
government plans, and documents concerning its historiography. Having as main authors: Costa
(2000, 2001, 2008), Freire (1987, 1992, 1996, 2001), Frigotto (2001), Gadotti (2009), Saviani
(2008, 2011, 2020). The study carried out a qualitative research, with the participation of 2,417
people, in order to observe the school community's perception about Integral Education in
Pernambuco, analyzing how the process of its implementation happened and understanding its
social impacts, as well as the understanding about the differentiation between Integral
Education and full-time education. In a second step, two seminars were held with the
participation of managers from the 51 Schools of Reference in High School implemented in
2008. The conclusion is that the school community accepts and understands the proposal of the
State Educational Network for Comprehensive Education, as well as its implementation
brought significant improvements for the educational results obtained in external evaluations.
he study clarified that the school community differentiates the concept of Integral Education
and Full-Time Education, highlighted the need for qualitative improvements of the Integral
Schools and the improvement of this policy, which includes valuing the professionals working
in these schools, improving infrastructure, reducing the daily workload, reviewing the
curriculum, better use of new technologies. The thesis proved that in Pernambuco there is a
State Policy for Integral Education.

Key words: Comprehensive Education. High School. Public Policy. Pernambuco.


RESUMEN

Este estudio se originó en el Núcleo de Identidades y Memorias, del Programa de Postgrado de


la Universidad Federal de Pernambuco y pretende responder a la siguiente pregunta: ¿Cuáles
son los hitos históricos de la educación integral presentes en la sociedad brasileña y qué
podemos aprender de la experiencia en Pernambuco desde 2004 hasta 2021? Se trata de una
investigación de la historiografía de la Educación Integral a partir de la experiencia del proceso
de implementación en el estado de Pernambuco desde 2004 hasta 2021, período en el que se
inició la primera experiencia de esta oferta en Pernambuco hasta los días actuales. La elección
del objeto de estudio se debió al profundo interés del autor por comprender el proceso de
desarrollo de la oferta de Educación Integral en Pernambuco, así como a su trayectoria
profesional, estando al frente de la gestión de esta Política desde 2008 hasta 2018. Como
hipótesis, sostenemos que los resultados de la Educación Integral en Pernambuco resultan de la
decisión política de ampliar la experiencia de implementación de las Escuelas Integrales,
transformando los Centros Experimentales de Enseñanza en Política Pública a partir de 2008.
Para responder al problema de investigación, se proponen objetivos que delimitan y orientan
los procedimientos a utilizar en la investigación en cuestión, como identificar y analizar los
principales momentos históricos de la Educación Integral en Brasil y en Pernambuco, analizar
la documentación oficial sobre la historia en Brasil y cómo se produjo el surgimiento de la
Educación Integral en Pernambuco. Buscamos registrar la iconografía sobre la Educación
Integral en Pernambuco aportando evidencias a través de artículos publicados en periódicos
impresos, planes gubernamentales y documentos relativos a su historiografía. Teniendo como
autores principales: Costa (2000, 2001, 2008), Freire (1987, 1992, 1996, 2001), Frigotto (2001),
Gadotti (2009), Saviani (2008, 2011, 2020). El estudio realizó una investigación cualitativa,
con la participación de 2.417 personas, con el fin de observar la percepción de la comunidad
escolar sobre la Educación Integral en Pernambuco, analizando cómo ocurrió el proceso de su
implementación y entendiendo sus impactos sociales, así como la comprensión sobre la
diferenciación entre la Educación Integral y la educación a tiempo completo. En una segunda
etapa se celebraron dos seminarios con la participación de los directores de las 51 escuelas de
referencia en educación secundaria implantadas en 2008. Se concluye que la comunidad escolar
acepta y comprende la propuesta de la Red Estatal de Educación a Tiempo Completo, así como
su implementación trajo mejoras significativas para los resultados educativos obtenidos en las
evaluaciones externas. El estudio aclaró que la comunidad escolar diferencia el concepto de
Educación Integral y de Educación a Tiempo Completo, destacó la necesidad de mejoras
cualitativas de las Escuelas Integrales y la mejora de esa política, que incluye la valoración de
los profesionales que trabajan en estas escuelas, la mejora de la infraestructura, la reducción de
la carga de trabajo diario, la revisión del currículo, el mejor uso de las nuevas tecnologías. La
tesis demostró que en Pernambuco existe una Política de Estado para la Educación Integral.

Palabras clave: Educación Integral. Escuela Secundaria. Políticas Públicas. Pernambuco.


RÉSUMÉ

Cette étude est issue du Noyau d'Identités et de Mémoires, du Programme de Postgraduation


de l'Université Fédérale de Pernambuco et se propose de répondre à la question suivante : Quels
sont les jalons historiques de l'éducation intégrale présents dans la société brésilienne et que
pouvons-nous apprendre de l'expérience de Pernambuco de 2004 à 2021 ? Il s'agit d'une
investigation de l'historiographie de l'éducation intégrale basée sur l'expérience du processus
de mise en œuvre dans l'état de Pernambuco de 2004 à 2021, période dans laquelle la première
expérience de cette offre à Pernambuco a commencé jusqu'aux jours actuels. Le choix de l'objet
étudié est dû au profond intérêt de l'auteur pour la compréhension du processus de
développement de l'offre d'éducation intégrale à Pernambuco, ainsi qu'à sa trajectoire
professionnelle, étant en avance sur la gestion de cette Politique de 2008 à 2018. Comme
hypothèse, nous soutenons que les résultats de l'éducation intégrale à Pernambuco résultent de
la décision politique d'étendre l'expérience de mise en œuvre des écoles intégrales, en
transformant les centres d'enseignement expérimental en politique publique à partir de 2008.
Pour répondre au problème de recherche, des objectifs sont proposés qui délimitent et guident
les procédures à utiliser dans la recherche en question, comme l'identification et l'analyse des
principaux moments historiques de l'éducation intégrale au Brésil et à Pernambuco, l'analyse
de la documentation officielle sur l'histoire au Brésil et comment l'émergence de l'éducation
intégrale à Pernambuco a eu lieu. Nous avons cherché à enregistrer l'iconographie de l'éducation
intégrale à Pernambuco en apportant des preuves à travers des articles publiés dans des journaux
imprimés, des plans gouvernementaux et des documents concernant son historiographie. Ayant
comme auteurs principaux: Costa (2000, 2001, 2008), Freire (1987, 1992, 1996, 2001),
Frigotto (2001), Gadotti (2009), Saviani (2008, 2011, 2020). L'étude a mené une recherche
qualitative, avec la participation de 2 417 personnes, afin d'observer la perception de la
communauté scolaire sur l'éducation intégrale à Pernambuco, en analysant le processus de sa
mise en œuvre et en comprenant ses impacts sociaux, ainsi que la compréhension de la
différenciation entre l'éducation intégrale et l'éducation à plein temps. Dans un deuxième temps,
deux séminaires ont été organisés avec la participation des gestionnaires des 51 écoles de
référence de l'enseignement secondaire mises en place en 2008. Il est conclu que la communauté
scolaire accepte et comprend la proposition du réseau d'éducation nationale pour l'enseignement
à temps plein, et que sa mise en œuvre a apporté des améliorations significatives aux résultats
éducatifs obtenus dans les évaluations externes. L'étude a clarifié que la communauté scolaire
différencie le concept d'éducation intégrale et d'éducation à temps plein, a souligné la nécessité
d'améliorer la qualité des écoles intégrales et l'amélioration de cette politique, ce qui inclut la
valorisation des professionnels travaillant dans ces écoles, l'amélioration des infrastructures, la
réduction de la charge de travail quotidienne, la révision du programme d'études, une meilleure
utilisation des nouvelles technologies. La thèse a prouvé qu'il existe à Pernambuco une politique
d'État pour l'éducation intégrale.
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Tipos de estudo encontrados ……………………………………………. 44


Gráfico 02 – Resultados para o descritor “Educação Integral em Pernambuco”……… 45
Gráfico 03 – Linha do tempo dos valores executados pela UG 14108100……………. 101
Gráfico 04 – Qual sua relação com a escola?.................................................................. 104
Gráfico 05 – Em que ano sua escola passou a ser Escola de Referência em Ensino
Médio?............................................................................................................................. 105
Gráfico 06 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar?............................................................................... 106
Gráfico 07 – O que você entende por Educação Integral? ............................................. 107
Gráfico 08 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para
valorização do professor.................................................................................................. 108
Gráfico 09 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para
melhoria da estrutura da escola....................................................................................... 109
Gráfico 10 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para
melhoria da qualidade da educação pública.................................................................... 110
Gráfico 11 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para
melhoria da qualidade de vida dos estudantes................................................................. 111
Gráfico 12 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para
auxiliar os estudantes a ter um projeto de vida................................................................ 111
Gráfico 13 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para
diminuição das desigualdades sociais.............................................................................. 112
Gráfico 14 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2004) .......................................................... 113
Gráfico 15 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2004) .......................... 114
Gráfico 16 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2005) .......................................................... 115
Gráfico 17 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2005) .......................... 115
Gráfico 18 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2006) .......................................................... 116
Gráfico 19 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2006) .......................... 117
Gráfico 20 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2007) .......................................................... 118
Gráfico 21 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2007) .......................... 118
Gráfico 22 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2008) .......................................................... 120
Gráfico 23 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2008) .......................... 121
Gráfico 24 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2009) .......................................................... 122
Gráfico 25 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2009) .......................... 123
Gráfico 26 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2010) .......................................................... 125
Gráfico 27 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2010) .......................... 125
Gráfico 28 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? .............................................................................. 127
Gráfico 29 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2011) .......................... 128
Gráfico 30 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? .............................................................................. 131
Gráfico 31 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2012) .......................... 131
Gráfico 32 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2013) .......................................................... 133
Gráfico 33 – O que você entende por Educação Integral (Ano 2013) ........................... 133
Gráfico 34 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? .......................................................... 134
Gráfico 35 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2014) .......................... 135
Gráfico 36 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2015) .......................................................... 137
Gráfico 37 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2015) .......................... 137
Gráfico 38 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? .............................................................................. 138
Gráfico 39 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2016) 139
Gráfico 40 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2017) .......................................................... 140
Gráfico 41 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2017) 141
Gráfico 42 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2018) .......................................................... 141
Gráfico 43 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2018) 142
Gráfico 44 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2019) .......................................................... 143
Gráfico 45 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2019)………………... 143
Gráfico 46 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em
sua escola pela comunidade escolar? (Ano 2020) .......................................................... 145
Gráfico 47 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2020)...……………… 146
Gráfico 48 – Evolução do Estado de Pernambuco no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB) ..........................................................……………………….. 147
Gráfico 49 – Evolução da implantação de Escolas Integrais na rede estadual de
Pernambuco..................................................................................................................... 150
LISTA DE QUADROS

Quadro 01 – Trabalhos sobre Educação Integral em Pernambuco publicados entre


2014 e 2020 .................................................................................................................. 35
Quadro 02 – Procedimentos para realização da Tese.................................................... 42
Quadro 03 – Resumo das Teses e Dissertações sobre Educação Integral em
Pernambuco................................................................................................................... 60
Quadro 04 – Decretos de Criação dos Centros de Ensino Experimentais..................... 77
Quadro 05 – Decretos de Criação das 51 Escolas de Referência em Ensino Médio…. 81
Quadro 06 – Valores financeiros da Unidade Gestora do Programa de Educação
Integral 2007 a 2012...................................................................................................... 101
Quadro 07 – Participação de Gestores no Seminário de Educação Integral................. 155
Quadro 08 – Total de Escolas Integrais por modalidade de oferta em 2022................. 172
LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Programa de Governo Eduardo Campos 2007– 2010…………………..... 80


Figura 02 – Fórum debate ensino oferecido nas 103 Escolas de Referência do Estado... 88
Figura 03 – Termo de Convênio firmado entre o Programa Integral e a Modus
Faciendi………………………………………………………………………………... 92
Figura 04 – Matriz Curricular das Escolas Integrais....................................................... 98
Figura 05 – PE: mais de 57 Escolas de Referência........................................................... 124
Figura 06 – Referências para Educação........................................................................... 126
Figura 07 – Ensino Integral conquista meta..................................................................... 129
Figura 08 – Escolas Integrais alcançam o IDEB de 2021................................................ 130
Figura 09 – Mais 52 Escolas Integrais no Estado............................................................. 132
Figura 10 – PE tem maior crescimento do Brasil no Ensino Médio................................. 136
Figura 11 – Estado ampliará ensino integral.................................................................. 144
Figura 12 – Indicadores Selecionados do Ensino Médio Segundo a Rede de Ensino e
a Localização da Escola – UF – BRASIL – 2019............................................................ 147
Figura 13 – Tela principal do site Worldclouds.com....................................................... 152
Figura 14 – Nuvem de Palavra a partir das respostas da Questão 12 do questionário...... 153
Figura 15 – Nuvem de Palavra do Seminário de Educação Integral – Fase 01 ............... 162
Figura 16 – Nuvem de Palavra do Seminário de Educação Integral – Fase 02 ............... 165
Figura 17 – Nuvem de Palavra do Seminário de Educação Integral – Fase 01 e 02......... 167
Figura 18 – Programa de Governo Eduardo Campos 2010-2014……............................ 169
Figura 19 – Projeto de Lei 26/21 Institui o Dia Estadual da Educação Integral................ 171

Figura 20 – Pernambuco lidera universalização do ensino médio integral.................... 171


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem


BDTD Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações
CEE Centros de Ensino Experimental
CAPES Portal de Periódicos, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior
CEEGP Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano
CIE Programa dos Centros Integrados de Educação Pública
EAD Educação à Distância
EREM Escola de Referência em Ensino Médio
ETE Escola Técnica Estadual
EI Educação Integral
EF Ensino Fundamental
ICE Instituto de Corresponsabilidade pela Educação
IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC Ministério da Educação
PNE Plano Nacional de Educação
PPGEdu Programa de Pós-Graduação em Educação
PP Política Pública
Procentro Programa de Desenvolvimento dos Centros de Ensino Experimental
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E METODOLÓGICA ............................................... 28
2.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS ......................................................................................... 28
2.2 O PAPEL DOS INTELECTUAIS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
EDUCACIONAIS .................................................................................................................... 33
2.3 FUNDAMENTOS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................... 37
3 PRODUÇÃO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL E EM PERNAMBUCO
ENTRE ANÁLISES E DEBATES ........................................................................................ 44
3.1 LEVANTAMENTO DE TESES E DISSERTAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO
INTEGRAL EM PERNAMBUCO DE 2011 A 2021 .............................................................. 45
4 HISTÓRICO DOCUMENTAL DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL .............. 65
4.1 MARCOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL .......................... 65
4.2 PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL EM
PERNAMBUCO ...................................................................................................................... 76
4.2.1 Pilares educacionais estruturadores da educação integral em Pernambuco ........... 86
4.2.2 Bases psicopedagógicas da Educação Integral em Pernambuco ............................... 87
4.2.3 Formação continuada em educação interdimensional na educação integral em
Pernambuco ............................................................................................................................ 91
4.2.4 Desenvolvimento do protagonismo juvenil na Educação Integral em Pernambuco
.................................................................................................................................................. 94
4.2.5 Histórico da educação profissional em Pernambuco.................................................. 95
4.2.6 Financiamento da educação integral e profissional em Pernambuco ..................... 100
5 A PERCEPÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL EM
PERNAMBUCO DE 2004 A 2021 ....................................................................................... 103
5.1 ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA DE
EDUCAÇÃO INTEGRAL EM PERNAMBUCO ................................................................. 103
5.1.1 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2004....................... 113
5.1.2 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas integrais 2005 ....................... 115
5.1.3 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2006....................... 116
5.1.4 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2007....................... 118
5.1.5 Aceitação e conceito da Educação Integral – Escolas Integrais 2008 ..................... 120
5.1.6 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2009....................... 122
5.1.7 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2010....................... 125
5.1.8 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2011....................... 127
5.1.9 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2012....................... 130
5.1.10 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2013..................... 133
5.1.11 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2014..................... 134
5.1.12 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2015..................... 137
5.1.13 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2016..................... 138
5.1.14 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2017..................... 140
5.1.15 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2018..................... 141
5.1.16 Aceitação e conceito da Educação Integral – Escolas Integrais 2019 ................... 143
5.1.17 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2020..................... 145
5.1.18 Educação Integral em Pernambuco no ano 2021.................................................... 149
5.2 RESPOSTAS QUALITATIVAS AO QUESTIONÁRIO ................................................ 150
5.2.1 Análise de conteúdo das respostas à questão aberta ................................................ 152
5.3 SEMINÁRIOS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL ............................................................... 154
5.3.1 Seminário de Educação Integral – Fase 01 ............................................................... 159
5.3.2 Análise de conteúdo do seminário de educação integral – Fase 01 ......................... 161
5.3.3 Seminário de Educação Integral – Fase 02 ............................................................... 163
5.3.4 Análise de conteúdo do Seminário de Educação Integral – Fase 02 ....................... 165
5.3.5 Análise de conteúdo do seminário de educação integral – Fase 01 e 02 ................. 166
5.4 A EDUCAÇÃO INTEGRAL EM PERNAMBUCO: UMA POLÍTICA DE
ESTADO ................................................................................................................................ 168
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 173
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 178
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO EDUCAÇÃO INTEGRAL EM PERNAMBUCO 189
APÊNDICE B – RESPOSTAS DA OPÇÃO “OUTROS” DA QUESTÃO 04 DO
QUESTIONÁRIO APLICADO .......................................................................................... 192
APÊNDICE C – RESPOSTAS DA QUESTÃO 12 DO QUESTIONÁRIO APLICADO
................................................................................................................................................ 194
APÊNDICE D – Nuvem de palavras ................................................................................... 221
APÊNDICE E – TRANSCRIÇÃO DAS FALAS, APRESENTAÇÃO IMAGENS E
CHAT DO SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL – FASE 01 – DATA:
10/05/2021 .............................................................................................................................. 223
APÊNDICE F – APRESENTAÇÃO DO DOUTORANDO REALIZADA NO DIA 10 DE
MAIO DE 2021 ..................................................................................................................... 228
APÊNDICE G – APRESENTAÇÃO EM HOMENAGEM AO GESTOR ANTÔNIO
JOSÉ BARBOZA DOS SANTOS (TONY) ........................................................................ 231
ANEXO A – IMAGENS DO SEMINÁRIO FASE 01 – REALIZADO DIA 10/05/2021236
ANEXO B – APRESENTAÇÃO IMAGENS E CHAT DO SEMINÁRIO DE
EDUCAÇÃO INTEGRAL – FASE 02 – DATA: 17/05/2021 ............................................ 242
ANEXO C – TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
PARTICIPANTES DOS SEMINÁRIOS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL .............. 248
18

1 INTRODUÇÃO

Este estudo teve origem no Núcleo Identidades e Memórias do Programa de Pós-


Graduação em Educação (PPGEdu), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e
pretende responder ao seguinte questionamento: quais foram os marcos históricos da Educação
Integral presentes na sociedade brasileira e o que se pode apreender a partir da experiência de
Pernambuco no período de 2004 a 2021? Em torno desta problemática, foi feita uma análise
historiográfica desta oferta educacional no Brasil, evidenciando, no campo empírico, a
singularidade da experiência do estado de Pernambuco a partir de uma considerável
documentação e da percepção de gestores, estudantes e outros membros da comunidade escolar.
O período estudado inicia no ano de 2004, quando o estado de Pernambuco implantou
o primeiro Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano (CEEGP), sob o então
governo de Jarbas Vasconcelos. É importante destacar que essa iniciativa foi feita por meio de
uma parceria público-privada, o que fez o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro)
se posicionar contra a proposta. A referida parceria trazia em seu bojo uma participação efetiva
do setor privado representado pelo Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE); e no
setor público, pelo governo estadual com a participação dos municípios, que doaram o terreno
para a construção da futura Escola Integral. Naquele período, no cenário político federal, o
Brasil estava no segundo ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O estudo se estende até o ano 2021, em que finalizo esta pesquisa. O intervalo de tempo
estudado foi marcado por mudanças de governo; atualmente, no âmbito estadual, temos o
governador Paulo Henrique Saraiva Câmara, já finalizando seu segundo mandato, e no cenário
federal, o presidente Jair Messias Bolsonaro.
O estudo traz o detalhamento do histórico de implantação e de expansão dessa
modalidade de educação, detalhando a base filosófica adotada para as Escolas Integrais – a
educação interdimensional como prática educativa voltada para as quatro dimensões do ser
humano: racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade. Aborda a integração da
Educação Profissional, a partir de 2010, quando todas as Escolas Técnicas Estaduais (ETEs)
passaram a ofertar a Educação Integral na forma Integrada à Educação Profissional. Destaca
também os progressivos resultados educacionais alcançados em avaliações externas, tais como
a do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), evidenciando, inclusive, sua
contribuição efetiva para melhoria da Educação Pública, levando o estado de Pernambuco a
alcançar, no ano 2015, o primeiro lugar no ranking nacional.
19

Inicialmente, esta pesquisa surge como um projeto apresentado ao Núcleo de


Identidades e Memórias da Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu)
da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com a perspectiva de contribuir com o campo
de conhecimento da História da Educação no Brasil, mas ainda sem uma delimitação precisa
do objeto e do recorte espaço-temporal. Após sua aprovação, foi iniciada a análise de como se
deu o processo de materialização da oferta de educação integral no período destacado, de forma
a identificar condicionantes, determinantes e possibilidades, a partir de um olhar sócio-
histórico.
No contexto nacional, é inegável que o objeto de estudo aqui apresentado recebe
contorno significativo da preocupação de intelectuais, pesquisadores e agentes públicos. Assim,
a partir de 1930, com o fim da República Velha e ascensão do Governo de Getúlio Vargas,
amplia-se a discussão sobre a universalização da educação pública no Brasil. De acordo com
Frigotto (2001), Gadotti (2009) e Ramos (2008), desde a referida década a Educação Integral é
objeto de debates acadêmicos, parlamentares e de intervenções governamentais. A este respeito,
a defesa da universalização da escola pública, laica e gratuita, realizada pelo “Manifesto dos
Pioneiros da Educação Nova”, divulgado em 1932, constitui-se um dos marcos mais
importantes dos debates sobre o tema no Brasil.
Dessa maneira, a partir da década de 1930, os denominados “Pioneiros da Educação”
tornaram pública a necessidade de uma revisão da legislação, concepção e políticas
educacionais no país. Nas décadas seguintes, segundo estudos de Sanfelice (2007), os
educadores que participaram deste movimento, mesmo enfrentando resistências, insistiram na
construção de um projeto modernizador para a educação e para sociedade brasileira. Dentro
desta perspectiva, é importante discutir como os participantes do Escola Nova contribuíram
com os intensos e disputados debates sobre a centralização e/ou descentralização do emprego
de políticas públicas para ampliar e otimizar recursos financeiros, pedagógicos e humanos – da
União e dos demais entes federados – destinados à educação. Um longo debate, estendido por
quase três décadas, resultou na elaboração da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN) nº 4.024/1961.
Essa proposta foi modificada posteriormente, no contexto da ditadura civil-militar, pela
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 5.692/1971, cuja proposta curricular,
segundo Jacomeli (2010), focava temas que refletiam os valores “cívicos” da “Ideologia da
Segurança Nacional”. Naquele interstício, como era de se esperar, no que tange a Educação
Integral, não houve priorização para sua implantação. Sob este aspecto, a nova versão da
LDBEN apresentou o que se pode classificar como um retrocesso em relação ao documento
20

anterior ao fazer apenas uma breve menção da Educação Integral, limitando seu objetivo a
desenvolver potencialidades e qualificação para o exercício da cidadania.
Com o fim do período dos governos militares, que vigorou de 1964 a 1985, e o advento
da Nova República, emerge a discussão e necessidade de reformular o sistema educacional no
Brasil. Já na década de 1990, os debates sobre reformulação da legislação educacional
ganharam destaque, fortalecendo ainda mais o processo gradual de universalização da escola
pública e o debate sobre Educação Integral. Assim, em 20 de dezembro de 1996, foi promulgada
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96.
Desde então, considerando a importância dada a Educação Integral na última LDBEN,
foram retomadas as discussões sobre o tema, que passou a ser reconhecido como meio para o
alcance de melhorias na qualidade da educação brasileira. Como exemplo, podemos citar o
Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2014-2024, que estabeleceu objetivos, metas
e estratégias para a expansão da oferta de Educação Integral no Brasil.
Dentro desta perspectiva, o objeto de investigação desta tese revela-se importante tanto
por esmiuçar nuances acerca da concepção filosófica e pedagógica da Educação Integral quanto
por estudá-lo a partir da experiência de escolas de ensino médio de Pernambuco no período de
2004 a 2021, momento em que houve a expansão dessa forma de oferta, partindo do ano em
que a primeira escola passou a funcionar, ainda em caráter experimental, até o ponto em que a
rede estadual chega com uma infraestrutura de 470 Escolas Integrais.
Em volta deste tema – a experiência da implantação da Educação Integral em Pernambuco –
converteu-se em uma política pública de referência tanto para Pernambuco quanto para outros
estados, em particular para os estados do Nordeste. Desta forma, estudar a importância desta
experiência educacional e desta política pública em Pernambuco é, para o escopo desta tese e
do ponto de vista de uma avaliação institucional, fundamental para compreender sua
historiografia.
À luz deste horizonte de discussão, nas primeiras décadas do século XXI, o Estado
brasileiro tem desenvolvido ações voltadas à Educação Integral na tentativa de difundir e
ampliar a referida oferta e de consubstanciar uma prática educacional de qualidade e cidadã.
Como exemplo, pode-se citar a iniciativa do Ministério da Educação (MEC) que, no ano de
2017, lançou o Programa de Fomento à Educação em Tempo Integral com a finalidade de
difundir a Educação em Tempo Integral no país. O programa, previsto para ser implementado
entre os anos de 2017 a 2020, constitui uma das iniciativas no âmbito da reforma do ensino
médio, estabelecido pela Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017.
21

Cabe esclarecer que há uma diferença sobre os conceitos de Educação Integral e


Educação em Tempo Integral, conforme será esclarecido no decorrer do estudo. A este respeito,
é preciso definir o entendimento e diferenciação entre os dois termos. Ao tratar de Educação
Integral, trato de ações educativas sistemáticas voltadas para as quatro dimensões do ser
humano: racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade, ou seja, de acordo com
Galian e Sampaio (2012), trata-se da formação integral do indivíduo. Na outra ponta, a menção
do termo Educação em Tempo Integral restringe-se aos aspectos da ampliação do tempo do
estudante na escola.
Nos últimos anos, o debate sobre a Educação Integral retornou à pauta de discussão,
resgatando os significados educacionais da importância do princípio da integralidade a ser
estendido para toda educação, tal como recomenda os artigos 29, 31, 33 e 35 da LDBEN de
1996. Sob esse foco, o Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024 determina, na meta de
número 6, a oferta de Educação Integral, no mínimo, em 50% das escolas públicas e com o
atendimento a 25% dos estudantes da educação básica até 2024. Essa meta exige ações
interligadas entre os entes federados, explicitadas nos planos estaduais e distrital de educação.
Assim, o conjunto de iniciativas e de fomento governamental – da União e dos entes federados
– defende que não só haverá mais tempo de aulas, mas também será desenvolvida uma visão
integrada do estudante, conforme previsto na LDBEN de 1996. Nesse sentido, atualmente,
todos os estados brasileiros têm escolas de ensino médio em tempo integral fazendo parte deste
programa de fomento do MEC. Porém, como já esclarecido anteriormente, o funcionamento
destas escolas não significa que elas estejam exercitando uma Educação Integral.
Demarcada a centralidade que a temática da Educação Integral vem assumindo na
atualidade, vemos que não é de hoje que ela tem se constituído como um dos focos do debate
na educação brasileira. A este respeito, observamos essa discussão ao longo dos anos, desde
incursões de experiências na Educação Infantil, no Ensino Fundamental até o Ensino Médio.
Contudo, dependendo do contexto em que estas experiências são desenvolvidas, percebe-se que
o tema é atrelado a diversas outras questões, como a democratização do acesso ao processo de
escolarização, cabendo retirar as pessoas da ignorância e conduzi-las à cidadania plena, até seu
caráter assistencial, oportunizando mais de quatro horas diárias no ambiente escolar como
forma de suprir lacunas na formação intelectual, cultural e social. Esta última perspectiva,
associada à necessidade de assistir crianças, adolescentes e jovens em situação de
vulnerabilidade econômica, social e cultural.
Além das questões mencionadas – do acesso à escola e assistência estudantil –, é
necessário analisar a pressão social pelo atendimento às demandas do mercado de trabalho e,
22

sobretudo, os anseios da sociedade e dos direitos humanos. Neste sentido, os interesses


imediatistas do mercado têm exigido um perfil mais técnico, prático e de formação curta e
rápida de trabalhadores que se adaptem constantemente aos avanços e mudanças tecnológicas.
No entanto, não devemos desconsiderar o que, segundo Ramos (2008), constitui-se uma
dualidade educacional, a divisão entre a educação para os que produzem a vida e a riqueza da
sociedade usando sua força de trabalho e outra para as elites dirigentes do país.
Observando-se a realidade concreta, Gadotti (2009) mostra como iniciativas
governamentais para diminuir as diferenças culturais, sociais e/ou econômicas, pela extensão
do tempo de permanência na escola, quase sempre não têm sido acompanhadas pela oferta de
uma educação de qualidade, crítica e socialmente referenciada. Este é o principal argumento
governamental para combater os desconfortantes números de classificação dos estudantes
brasileiros tanto em avaliações nacionais, a exemplo do Sistema de Avaliação da Educação
Básica (SAEB), como em avaliações internacionais, através, por exemplo, do Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), isso porque os indicadores demonstram um
desempenho descendente dos estudantes nas áreas avaliadas. Não obstante esta crítica, é preciso
ressaltar que a educação não pode ser resumida apenas aos sistemas institucionalizados de
educação, pois é um processo humano dialógico, significativo e complexo.
Esta tese considera, conforme Cruz e Santos (2020), o espaço escolar como um ambiente
que potencializa a aprendizagem nas mais diversas áreas do conhecimento, além de diminuir as
diferenças socioeconômicas, culturais e de linguagem, ampliando o diálogo entre estudantes,
professores e o conjunto da comunidade escolar e de seu entorno.
Assim, a escolha do objeto estudado justifica-se tanto pelo profundo interesse em
entender o processo de desenvolvimento da oferta de Educação Integral em Pernambuco como
também pela necessidade de promover uma avaliação institucional desta referida política. E,
em ambas as motivações, busca contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre o
objeto do planejamento pedagógico e institucional de políticas educacionais voltadas para esta
oferta.
Em face destes objetivos, que têm como um dos fundamentos o Manifesto do Pioneiros
da Educação Nova, de 1932, pretende-se analisar a documentação – federal e de Pernambuco
– que tem embasado as políticas educacionais associadas à Educação Integral, além de proceder
à sistematização de uma pesquisa qualitativa dos dados coletados – nos seminários realizados,
nos questionários aplicados e/ou nos documentos acessados – para observar, sob o ponto de
vista tanto da gestão quanto da comunidade escolar, como ocorreu o processo de sociogênese e
os marcos históricos que possibilitaram esta experiência em Pernambuco entre 2004 e 2021. E,
23

em outros termos, que permitem uma avaliação institucional da referida política educacional
apontado resultados, possibilidades e expectativas de horizontes.
Apesar da importância da Educação Integral, os estudos no campo da educação ainda
apresentam carências, lacunas e problemáticas que precisam ser esclarecidas, debatidas e
aprofundadas. Nesta perspectiva, Ribeiro e Maurício (2009), em uma publicação da revista Em
Aberto, no artigo Duas décadas de educação em tempo integral: dissertações, teses, artigos e
capítulos de livros, indicam que a vitalidade e constância do tema ao longo do tempo
demonstram a importância e necessidade dessa questão estar sempre sendo revista. Para estes
autores, essas idas e vindas demonstram uma (des)continuidade histórica na implantação e na
existência de diferentes significados teóricos, educacionais e políticos nos estudos abordados.
Neste sentido, alternam-se argumentos contrários e favoráveis em relação à educação em
horário integral junto ao sistema público de ensino.
A respeito do tema, o MEC, a partir de 2009, lançou um programa indutor para a
Educação Integral, instituído pela Portaria nº 971, de 9 de outubro daquele ano. A referida
política, denominada de Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), passou a integrar o
campo de ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), acrescentando 600 horas
ao currículo a serem distribuídas nos três anos do Ensino Médio. A iniciativa capilarizou uma
rede de ações em todos os estados por meio da articulação de ações das Secretarias Estaduais
de Educação que aderiram ao programa. Pernambuco, por exemplo, aderiu ao Programa,
inicialmente, com 17 Escolas Integrais e, posteriormente, em 2011, todas as Escolas Integrais
foram incluídas no referido programa – constituindo-se referência para outros estados do
Nordeste e do país, é o que consta diversos estudos publicados. Semis (2019), por exemplo, cita
como Pernambuco se destaca no cenário nacional no que diz respeito à ampliação da
implantação de Escolas Integrais. Também no estudo de Teixeira (2017), é destacado como
Pernambuco tornou-se um modelo de educação integral para o Brasil devido ao crescimento
alcançado no IDEB, estudo que atribui como um dos fatores determinantes para tais resultados
a política pública implantada na gestão do governador Eduardo Campos.
Estudar como essa política educacional tem sido constituída – a partir das estratégias,
desafios, contradições e possibilidades – demanda compreender a importância de uma avaliação
histórica, acadêmica e institucional das experiências e dos horizontes de expectativas acerca da
implantação da Educação Integral em Pernambuco entre 2004 e 2021. Desta forma, seja como
pesquisador, seja como gestor, participei desta experiência e busquei compreender – a partir do
referido histórico e a avaliação institucional – o fazer-se e o vir a ser da política educacional de
Educação Integral em Pernambuco.
24

Neste sentido, a partir de minha experiência profissional na Rede Pública Estadual, pude
participar da implantação da Política Pública Estadual de Educação Integral em Pernambuco
desde seu início, quando assumi o cargo de Gerente Geral do Programa de Desenvolvimento
dos Centros de Ensino Experimental, órgão da Secretaria de Educação de Pernambuco,
nomeado pelo Ato nº 1344, de 05 de maio de 2008, após a implantação desta Política Pública,
foi criada a Secretaria Executiva de Educação Profissional, onde passei a assumir o cargo de
Secretário Executivo de Educação Profissional, nomeado pelo Ato nº 982, de 09 de abril de
2010. Nesta Secretaria, pude participar do planejamento da expansão da oferta de Educação
Integral pela Rede Estadual, bem como da gestão de tais escolas em nível estadual.
Em minha trajetória profissional, pude vivenciar momentos no que diz respeito à
adaptação às mudanças na oferta do ensino médio. Na condição de diretor da Escola Almirantes
Soares Dutra, por exemplo, houve a extinção da Educação Profissional e, posteriormente,
reimplantação dessa forma de oferta, desafios que pude vencer e vieram a me habilitar a estar
à frente da nova, inovadora e desafiadora missão de implantar o Ensino Médio Integral para
rede estadual de ensino de Pernambuco; inclusive, oferta da Educação Integral integrada à
Educação Profissional, nas Escolas Técnicas Estaduais.
Desde então acompanhei a Experiência de Educação Integral em Pernambuco, que
começou com a criação e implantação dos Centros de Ensino Experimental (CEE) entre os anos
de 2004 e 2007. Ainda no ano de 2007, começou a se estruturar o que mais tarde se tornou a
maior rede de Educação Integral do país. Conforme Pernambuco (2014), foi a partir dos
resultados das avaliações externas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB),
principalmente ao que se refere ao Ensino Médio, que o governo de Pernambuco resolveu
realizar um estudo do quantitativo necessário de escolas de Ensino Médio integral do estado
que possibilitasse o atendimento a toda demanda de jovens nessa faixa de ensino.
Assim, em estudos que realizei anteriormente (DUTRA, 2014), em 2007 a TREVISAN
Consultoria foi contratada para realizar um estudo com o objetivo de viabilizar a expansão da
implantação das escolas integrais, cujo relatório trouxe um cenário futuro, para o ano 2010,
quando o número de estudantes para essa etapa de ensino seria cerca 320 mil jovens. Após a
análise do relatório, o governo do estado de Pernambuco estabeleceu como meta a criação
progressiva de escolas integrais até alcançar o quantitativo de 160 unidades em funcionamento
no ano de 2010.
Fundado neste estudo e articulado à tomada de decisões das políticas públicas para
25

educação em Pernambuco, em 2008 foi promulgada a Lei Complementar nº 125/20081 – marco


legal da Política Pública de Educação Integral no Estado –, transformando a iniciativa
experimental, que atendia uma minoria, em uma Política Pública Educacional para o Ensino
Médio, voltada ao atendimento de todos os jovens pernambucanos.
Assim, Pernambuco havia avançado e conseguido atingir a meta específica estabelecida
no Plano Nacional de Educação (PNE) e no Plano Estadual de Educação, além de conseguir
atender 62% (sessenta e dois por cento) das escolas públicas com a Educação Integral em cinco
diferentes formas de oferta: Educação Integral com 45 horas/aulas semanais; com 35
horas/aulas semanais, integrada à Educação Profissional; com 45 horas/aulas semanais,
Educação Integral; 35 horas/aulas semanais de dupla jornada; e o Ensino Fundamental.
Atualmente a rede estadual já possui 420 Escolas de Referência em Ensino Médio e 50
Escolas Técnicas Estaduais, totalizando 470 Escolas Integrais, cujos dados demonstram o
impulso inovador na forma e no conteúdo de conceber essa política pública em Pernambuco.
Um diferencial da rede estadual de ensino em Pernambuco na implantação da Educação
Integral são os fundamentos teóricos e metodológicos que se baseiam nos princípios da
Educação Interdimensional, concepção educacional defendida pelo professor Antônio Carlos
Gomes da Costa, que contempla uma proposta de educação sustentada na vivência de valores.
Com o intuito de disseminar a proposta filosófica da Educação Interdimensional,
formações sobre o tema são oferecidas aos educadores que atuam nas Escolas Integrais.
Segundo Costa (2008), essa formação aborda a essência da proposta de três métodos inerentes
à formação de adolescentes: a educação para valores, o protagonismo juvenil e a cultura da
trabalhabilidade. Em todas as Escola Integrais da Rede Estadual de Pernambuco, as ações
educativas propostas são voltadas para o desenvolvimento das quatro dimensões do ser humano
– racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade –, aspectos pedagógicos
fundamentais na base filosófica da Educação Integral em Pernambuco.
Os resultados educacionais obtidos pelo estado em nível nacional, a exemplo da
avaliação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), comprovam que a Política
Pública de Educação Integral tem contribuído para a conquista de avanços significativos na
educação em nosso estado. Na referida avaliação, o estado passou da 21.ª posição em 2007 para
1.ª posição em 2015; inclusive, no resultado da última avaliação, realizada em 2017, o estado
alcançou o índice 4,0, continuando em crescimento e mantendo-se entre as primeiras
colocações no ranking nacional.

1
Alterada pela Lei Complementar nº 364, de 30 de junho de 2017.
26

Balizado por essa discussão, retomemos o problema central desta tese: quais os marcos
históricos da Educação Integral presentes na sociedade brasileira e o que se pode apreender a
partir da experiência de Pernambuco no período de 2004 a 2021?
Sendo assim, sustento como hipótese que os primeiros registros da Educação Integral
em Pernambuco datam de 2003, quando, ainda no governo de Jarbas Vasconcelos, foi planejada
essa oferta em caráter experimental, que iniciou no ano seguinte com a reabertura do Ginásio
Pernambucano, cuja gestão e financiamento foram provenientes da iniciativa privada. Contudo,
com a eleição de Eduardo Campos ao governo do Estado em 2006, já constava em seu plano
de gestão o fortalecimento da educação. Havia uma clara concordância no aumento de vagas
no Ensino Médio e profissionalização dos jovens.
Nesse sentido, durante a periodização já definida e documentação analisada, constata-
se que, entre 2004 e 2021, não só a Política de Educação Integral foi ampliada, com novas
instalações físicas e reformas de adequação arquitetônica das escolas antigas, como também se
disseminou a base filosófica da Educação Interdimensional, vista como novo paradigma de
ensino no Estado. No entanto, apesar de todos os esforços no sentido da estruturação, na
concepção e formas de atuar, ainda há resquícios de uma concepção tradicional de ensino por
parte da comunidade escolar, inclusive, na diferenciação entre Educação Integral e Educação
em Tempo Integral. Apesar de tudo, este estudo constatou que se trata de uma política de estado.
Desta forma, tendo em vista a necessidade de pesquisas acadêmicas sobre a Educação
Integral no Brasil, este estudo lança luz sobre o processo de implementação dessa modalidade
inovadora da educação, seus impactos a curto, médio e longo prazo para a qualidade da
educação ofertada no país e para o alcance dos objetivos sociais nela envolvidos, focando na
experiência do estado de Pernambuco de 2004 a 2021. Além disso, pretendemos contribuir
junto ao processo de (re)avaliação e de formação continuada a respeito desta política no estado.
Assim, os objetivos que delimitam e orientam os procedimentos a serem utilizados na
presente investigação buscam trazer novos conhecimentos para o campo da historiografia da
educação brasileira, tendo como objetivo geral compreender o início e os marcos históricos da
Educação Integral no Brasil, tomando como referência a experiência de Pernambuco, entre
2004 e 2021.
Nos objetivos específicos, o estudo passa a identificar os principais momentos históricos
da Educação Integral no Brasil e em Pernambuco, analisar a documentação oficial sobre a
história da Educação Integral no Brasil e como se deu sua emergência em Pernambuco; analisar
a iconografia sobre a Educação Integral em Pernambuco e, por fim, levantar a percepção da
comunidade escolar sobre a Educação Integral em Pernambuco.
27

O primeiro capítulo desta tese apresenta a fundamentação teórica e metodológica,


detalhando os procedimentos e as principais fontes de análise. Este estudo tem em seu quadro
teórico autores como: Aróstegui (2006), Freire (1987, 1992, 1996, 2001), Monasta (2010),
Saviani (2008, 2011, 2020), Frigotto (2001), Gadotti (2009), Manacorda (1991), Costa (2000,
2001, 2008), entre outros. E tem, inclusive, como referência o Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova e outros documentos históricos, focando na experiência pernambucana, na
perspectiva de formatação de política de governo e sua transformação em política de estado.
O segundo capítulo tem como título Produção da Educação Integral no Brasil e em
Pernambuco entre análises e debates, que traz uma revisão bibliográfica sobre o objeto de
pesquisa com a análise de dissertações e teses que tratam desta oferta educacional.
A seguir, no terceiro capítulo, concentro a análise na trajetória da Educação Integral em
Pernambuco e trago o levantamento documental, a iconografia e o histórico detalhado da sua
implantação na etapa do Ensino Médio no período de 2004 a 2021.
Por fim, no quarto capítulo, apresento a percepção da comunidade escolar sobre a
Educação Integral em Pernambuco, inicialmente com os resultados de uma pesquisa qualitativa
realizada em agosto de 2020. De maneira descritiva, analisei os dados gerais e os recortes ano
a ano, desde 2004, quando se iniciou ainda de forma experimental a primeira escola integral do
estado, até 2020, bem como uma visão da expansão desta modalidade de ensino em 2021. No
fechamento do capítulo, analiso os resultados do Seminário de Educação Integral, promovido
de maneira exclusiva enquanto fonte e memória deste estudo, realizado em 10 e 17 de maio de
2021 com a participação de gestores das escolas integrais existentes até o ano de 2008, quando
a Educação Integral em Pernambuco passou de uma experiência para uma política pública. Este
é o capítulo em que se consolida a ideia de que em Pernambuco a Política Pública de Educação
Integral constitui-se uma política de estado.
28

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E METODOLÓGICA

“Nenhum educador faz sua caminhada indiferente ou apesar das ideias pedagógicas de
seu tempo ou de seu espaço. Pelo contrário, faz sua caminhada desafiado por essas ideias que
combate ou defende.” (FREIRE, 2001, p. 72)

Pensando no que diz Paulo Freire (2001), este capítulo tem como objetivo discutir os
aspectos teóricos que fundamentam a análise do objeto deste estudo, bem como apresentar os
procedimentos que permitiram a análise das diferentes fontes que possibilitaram a compreensão
da memória da Política Pública de Educação Integral em Pernambuco entre 2004 e 2021.

2.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Para realização deste estudo, um dos principais teóricos em que baseio a análise da
Educação Integral é o educador Paulo Freire. Suas reflexões trazem a importância da educação
na transformação de pessoas e, consequentemente, como as pessoas podem transformar a
sociedade. Assim, fundamentar este estudo a partir de Freire (2001) traz uma alegria
imensurável, especialmente no ano de seu centenário, porque constato que suas ideias são
compatíveis em todos os aspectos com este estudo
De maneira antecipada, posso garantir que analisar o objeto desta investigação, ou seja,
o planejamento e a Política Pública de Educação Integral em Pernambuco, suas conquistas,
tensões e contradições, só foi possível devido à realização da avaliação dessa oferta, pois o
processo contínuo de ação e reflexão, segundo Freire (1987), resulta em uma práxis capaz de
transformar e impactar positivamente a sociedade, como pode-se observar a seguir:

A realidade social, objetiva, que não existe por acaso, mas como produto da
ação dos homens, também não se transforma por acaso. Se os homens são os
produtores desta realidade e se está, na “invasão da práxis”, se volta sobre eles
e os condiciona, transformar a realidade opressora é tarefa histórica, é tarefa
dos homens. (FREIRE 1987, p. 24)
As teorias defendidas por Paulo Freire também são compatíveis com o conceito da
Educação Integral, cuja base filosófica será abordada de forma detalhada no terceiro capítulo
desta tese. Já a Educação Interdimensional, de acordo com Costa (2000), traz a reflexão sobre
o tipo de escola que precisamos criar, buscando transpor os limites que separam a teoria da
prática. Essa reflexão trouxe orientações para a prática de uma educação alicerçada por
inovações em conteúdo, método e gestão.
29

O aprofundamento dessa experiência entre os anos 2004 a 2021 evidencia de fato a


transformação da realidade citada por Freire, pois a continuidade e expansão desta oferta exige
a necessidade de um fazer permanente, conforme pode-se observar:

Aí se encontram as raízes da educação mesma, como manifestação


exclusivamente humana. Isto é, na inconclusão dos homens e na consciência
que dela têm. Daí que seja a educação um que-fazer permanente. Permanente,
na razão da inconclusão dos homens e do devenir da realidade. Desta maneira,
a educação se refaz constantemente na práxis. Para ser tem que estar sendo.
(FREIRE, 1987, p. 47)
Daí a necessidade da práxis tanto por parte dos que estão à frente da Política Pública,
com o objetivo de avaliá-la constantemente e buscar a melhoria contínua e o fortalecimento da
Educação Integral, quanto por parte dos educadores que estão no contato diário com os
educandos, praticando a Educação Integral em sua essência, não como mera ampliação do
tempo na escola. É isso que impacta e transforma, em nível individual, as vidas destes jovens
e, consequentemente, toda a sociedade.
Uma visão de Educação Integral que é considerada neste estudo é a de Saviani (2008),
que aborda múltiplas dimensões da vida das crianças, adolescentes e jovens. Segundo este
estudioso da educação brasileira, eles precisam de um tipo de escola que promova a
sistematização dos saberes escolares e que se interesse pela aprendizagem do saber sócio-
histórico. Neste sentido, os saberes escolares são aqueles que emergem enquanto resultado do
“processo de aprendizagem, como resultado do trabalho educativo”. Mas, conforme alerta o
autor supracitado, “para chegar a esse resultado, a educação tem que partir, tem que tomar como
referência, como matéria-prima de sua atividade, o saber objetivo produzido historicamente”
(SAVIANI, 2008, p. 26).
Saviani (2011) compreende que a natureza da educação está configurada por um
trabalho não material, inter-relacionado à construção do conhecimento. Este é um produto que
não se separa do ato da própria produção, concepção e usufruto do saber ensinado e aprendido,
algo imanente à especificidade da educação em si. Para ele, este conhecimento é produzido de
forma deliberada, dialética e intencional por meio de relações pedagógicas realizadas
historicamente pelos homens e pelas mulheres ao longo do seu fazer-se na história. A
repercussão da experiência de aprendizado histórico, cultural e educativo da sociedade humana
tem sentido na expressão “histórico-dialética”. Em outros termos, tem como expressão uma
“concepção dialética da história”. Isto, por sua vez, “envolve a possibilidade de se compreender
a educação escolar tal como ela se manifesta no presente, mas entendida essa manifestação
30

presente como resultado de um longo processo de transformação histórica” (SAVIANI, 2011,


p. 80).
Desta forma, as escolas devem ser um espaço que favoreça atividades científicas,
artísticas, filosóficas, cooperativas e conjuntas, ou seja, que possam levar à construção, partilha
e desenvolvimento do aprendizado sócio-histórico e do autodesenvolvimento do conhecimento
humano em sociedade. Neste aspecto, é interessante considerar que a escola é “um meio social
intencionalmente preparado, uma micro-sociedade, em permanente mudança, em função da
também permanente mudança nos objetivos a serem alcançados” (CAVALIERE, 2007, p.
1022).
Ainda para a autora, a ampliação do tempo na escola é uma oportunidade de tornar este
ambiente um aliado para a preparação de indivíduos para a vida democrática em um cenário
social tão complexo como o que vivemos. Mas é necessário que as escolas tenham condições e
sejam preparadas para oportunizar momentos para compartilhar experiências e reflexões.
Para Cavaliere (2007. p.1023), o tempo escolar contribui para uma experiência escolar
mais qualitativa, mas essas escolas precisam dispor de um currículo específico, uma
organização do uso do tempo que proporcione a ação educativa em todas as atividades
vivenciadas, pois, para a autora, “numa escola de tempo integral, as atividades ligadas às
necessidades ordinárias da vida (alimentação, higiene, saúde), à cultura, à arte, ao lazer, à
organização coletiva, à tomada de decisões, são potencializadas e adquirem uma dimensão
educativa”. Essa é uma compreensão acertada do que significa a Educação Integral, pois não se
trata apenas da determinação da ampliação do tempo, mas que esse tempo seja uma estratégia
para oportunizar uma educação de qualidade, que venha a contribuir positivamente na
sociedade.
Dialogando com este campo de discussões, Zanardi (2016) esclarece que a Educação
Integral tem sido marcada por experiências que dicotomizam as atividades pedagógicas em
turno e contraturno, modificando a “integração curricular” convencional. Para ele, a questão a
ser enfrentada é, portanto, que a Educação Integral deve ser mais que a permanência prolongada
do estudante na escola, deve ser um projeto educativo dialógico e transformador, que possibilite
um redimensionamento do conhecimento a partir de um currículo crítico, tendo como alicerce
a realidade existente, que necessita de transformação. Portanto, há escolas que, além da
ampliação do tempo, praticam a filosofia da Educação Integral, mas também há aquelas que se
limitam a ser escolas de tempo integral, ou seja, escola de tempo estendido, que avançam em
contraturno e que tem maior carga horária.
31

Essa é uma reflexão importante, como afirmam Galian e Sampaio (2012). Ao tratar de
questões sobre as implicações da Educação Integral para o currículo, as autoras reconhecem
que é essencial que se esclareça, desde o início de qualquer reflexão sobre esse tema, a diferença
entre Educação Integral e o tempo integral, pois a primeira trata de uma formação integral do
indivíduo, enquanto o tempo integral se restringe à ampliação do tempo na escola.
Em A produtividade da escola improdutiva, Gaudêncio Frigotto (2001) analisa com
profundidade a importância da escola pública no Brasil. Na referida obra, o autor discute a
precarização do ensino público, a dificuldade de manutenção de uma escola pública de
qualidade e a importância de ampliar a oferta de conteúdos curriculares que ultrapassem as
fronteiras da escola tradicional. Ele ainda critica que se atribua à pobreza existente a culpa pela
falta de mérito individual. Neste sentido, apresenta argumentos que evidenciam que o que deve
ser defendido é a implantação de reformas sociais que contemplem as classes mais pobres de
modo inclusivo e socialmente referenciado.
Seguindo o pensamento de Frigotto (2001), a Educação Integral deve ser fortalecida
enquanto política educacional, já que por meio dela é possível criar condições de ampliar a
cidadania e diminuir a disparidade entre elites e os setores menos abastados da população no
que tange ao acesso à educação de qualidade.
Freire (2001), por sua vez, entende que a educação não é o ato de depositar
conhecimentos, mas o momento de partilha, de encontro entre sujeitos no mundo e com o
mundo que, através da palavra, pronunciam sua realidade. Desta forma, possibilita o
conhecimento transformador e crítico, pois rompe com a alienação fragmentadora e bancária
do currículo antidialógico. Concordamos com essa assertiva de Freire. Aliás, aprofundar a
discussão que Paulo Freire faz sobre acesso à educação faz-se necessário na consecução desta
investigação.
A Educação Integral pressupõe que a formação dos estudantes precisa estar além da
construção de conteúdos específicos. Educar também envolve discutir ética, direitos humanos
e sociais, cidadania, democracia, desigualdades sociais de raça, de gênero, entre tantas outras
necessidades, motivações e outros horizontes de expectativas. A educação em seus propósitos
e fundamentos é, portanto, um desafio que abarca a inclusão social, a formação holística, o
humanismo e o desenvolvimento crítico dos diferentes sujeitos sociais, da(s) comunidade(s) e
da sociedade que os envolvem e nas quais são partícipes constituintes e constitutivos.
Ainda nesse contexto, Gonçalves (2006) considera a Educação integral como direito à
aprendizagem e afirma que a implantação de escolas de educação integral só faz sentido se
proporcionar mais oportunidades aos estudantes. Para o autor, escolas integrais devem
32

promover aprendizagens significativas, de forma que não venham a ser um mero aumento da
quantidade de horas na escola, e sim a oferta de uma educação de qualidade, em que é possível
a ressignificação dos conteúdos e que todos que fazem parte do ambiente escola estejam
engajados para que os estudantes possam ser protagonistas pelo fato de participarem ativamente
do processo de ensino-aprendizagem.
É preciso, portanto, trabalhar a afetividade, a corporeidade e espiritualidade destas
crianças, adolescentes e jovens no contexto do saber escolar e do aprendizado sócio-histórico e
cultural. Trabalhar e reunir esforços em favor destes propósitos é necessário, essencial e
fundamental para manter a saudosa utopia de uma sociedade mais justa, menos desigual,
socialmente referenciada e realimentada pelo ethos do humanismo, democracia e cidadania.
Para Manacorda (1991), a função social da educação está na luta para garantir o
conhecimento sistematizado e científico, acumulado historicamente pela humanidade e que
ainda é útil e necessário à existência das atuais e futuras gerações, fazendo-as avançar na direção
da emancipação humana e da formação omnilateral. A omnilateralidade trata da formação do
sujeito histórico, ou seja, trata do homem em sua totalidade “de capacidades de consumo e
prazeres, em que se deve considerar, sobretudo, o gozo daqueles bens espirituais, além dos
materiais, e dos quais o trabalhador tem estado excluído em consequência da divisão do
trabalho” (MANACORDA, 1991, p. 79).
Nesta concepção de formação humana, o homem não nasce humano, mas torna-se
humano ao se apropriar do que foi desenvolvido historicamente, acumulado socialmente e que
vem sendo distribuído de acordo com a situação de classe dos produtores. Portanto, o direito ao
patrimônio cultural da humanidade mora na necessidade de produção e reprodução em cada ser
humano (estudante, docente e/ou cidadão) do que é próprio da humanidade – no ser, ter e estar
no mundo.
Já em relação a sua legalidade, a Educação Integral está regida a partir da Constituição
Federal de 1988, que estabelece no seu artigo 205 a educação como direito de todos e dever do
Estado, declarando como princípios a igualdade de condições de acesso e permanência, a
obrigatoriedade da oferta de uma escola com padrão de qualidade, sem distinção de gênero,
raça ou condição social (BRASIL, 1988).
A este respeito, o Plano Nacional de Educação (PNE) (Lei n° 13.005/2014), citado
anteriormente, corrobora a Constituição Federal quando, na meta 6, propõe a oferta da
Educação Integral de no mínimo 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas e com
atendimento a 25% (vinte e cinco por cento) dos estudantes da educação básica até 2024,
33

visando a proporcionar um avanço significativo para diminuir as desigualdades sociais e


ampliar democraticamente as oportunidades de aprendizagem (BRASIL, 2014).
Assim, aprofundar o debate sobre a História da Educação, em especial sobre a História
da Educação Integral no Brasil, é fundamental para compreender seus marcos históricos, em
particular, a partir da experiência desenvolvida em Pernambuco entre 2004 e 2021. Um capítulo
importante do atual estágio de desenvolvimento da educação pública de qualidade social,
inclusiva e socialmente referenciada da sociedade brasileira.

2.2 O PAPEL DOS INTELECTUAIS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS

A definição de Políticas Públicas Educacionais, como nas demais áreas, envolve um


processo político e social que inclui atuação de intelectuais e partícipes desta área de
conhecimento, gestão e ensino-aprendizagem. De acordo com trabalho anterior que realizei
(DUTRA, 2014), percebi que, para implantação de políticas públicas, é necessário o
alinhamento entre os entes federados, principalmente a União, responsável por sugerir políticas
públicas a serem aplicadas em todo país.
Cabe neste momento destacar o papel dos intelectuais em todo esse processo, conforme
explana Saviani (2010) ao fazer uma análise sobre os estudos sistemáticos de Gramsci em
relação à educação. Esse é um tema pertinente – considerar a visão de que o homem é um
conjunto de relações sociais. Analisar primeiramente esse ponto de vista fará com que seja
possível entender o que é denominado como a “sociedade das coisas", ou seja, o
desenvolvimento da sociedade que vivemos. Assim, Saviani (2010) traz a reflexão de que, para
Gramsci, todos os humanos são intelectuais, já que toda atividade humana exige pensamento.
No entanto, o autor categoriza-os como orgânicos e tradicionais e detalha o papel que cada um
ocupa na sociedade, como podemos analisar no trecho abaixo:

[…] os intelectuais orgânicos gozam de uma autonomia relativa em relação à


classe dominante e dirigente a que estão vinculados, os intelectuais
tradicionais se sentem portadores de uma autonomia por assim dizer absoluta.
Na verdade, a autonomia dos intelectuais orgânicos é relativa porque exercida
dentro dos limites necessários para que possam apresentar como universais os
interesses particulares da classe que representam à qual, de fato, permanecem
organicamente ligados, aliás, como sua própria adjetivação o indica; são eles
orgânicos em dois sentidos: porque gerados pelo próprio organismo
constitutivo da classe dominante e porque desempenham, perante ela, a função
de organizá-la, de conferir-lhe unidade, coerência e homogeneidade; numa
palavra, desempenham a função de dar organicidade à classe à qual se
encontram umbilicalmente ligados. (SAVIANI, 2010, p. 15)
34

É possível identificar o papel daqueles que contribuíram para a formulação de leis, o


que inclui as educacionais. Do ponto de vista de Gramsci, nas relações sociais existentes há
predominância dos interesses da classe dominante, destacando o papel dos intelectuais
orgânicos, que se articulam com os intelectuais tradicionais, aqueles dos demais grupos da
sociedade civil. Assim, os interesses da classe dirigente passam a ser expressos como uma visão
universal, um senso comum. Isso fica claro ao verificar o papel desempenhado pelos
intelectuais orgânicos, conforme continua o autor:

Em suma, pode-se considerar que os intelectuais orgânicos desempenham


quatro funções fundamentais: a) organizar a função econômica provendo os
quadros técnicos, economistas, tecnocratas e similares; b) organizar as
concepções heteróclitas dos membros e setores da classe que representam e
do conjunto do corpo social numa visão de mundo coerente e homogênea; c)
favorecer o consenso espontâneo das grandes massas da população à classe
hegemônica na medida em que estabelecem a correspondência entre a referida
concepção de mundo coerente e orgânica e a direção que sua classe imprime
à vida social; d) assegurar legalmente a disciplina social atuando como
funcionários da sociedade política (aparelho governamental) nos postos de
ministros, juízes, militares, parlamentares etc. (SAVIANI, 2010, p. 15)
No Brasil, intelectuais iniciaram os estudos sobre Gramsci já na década de 1960, Saviani
(2010) fez um levantamento desses estudos e dos motivos pelos quais eles não se tornaram
públicos, dentre os quais está o contexto político desfavorável. O autor também identifica a
discussão levantada sobre as intenções que levaram à busca da valorização da educação, com
políticas que a constituíram um agente de institucionalização e fortalecimento do modelo
brasileiro. Para ele, os estudos evidenciaram que os conceitos de Gramsci levam a uma
superação desse quadro, em que a escola é tida como aparelho ideológico do estado, levando-a
a um conceito emancipatório da educação, pois, para ele, a escola deverá cumprir a dupla função
de conservar e minar as estruturas capitalistas.
Com essa visão esclarecedora, vemos que, de fato, como citei anteriormente (DUTRA,
2014), quando se trata da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN) nº. 9.394/96, houve o fortalecimento da educação ao trazer mudanças como a prevista
no artigo 34, que trata da implantação progressiva da Educação Integral no Ensino
Fundamental, e no artigo 35, que define o Ensino Médio como etapa final da Educação Básica
e tem como algumas de suas finalidades consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos
no Ensino Fundamental e a de vincular-se ao mundo do trabalho (BRASIL, 1996).
Observa-se, no entanto, que para garantir a prática dessas finalidades, de acordo com o
que publiquei anteriormente (DUTRA, 2014), uma possibilidade é a oferta da Educação
Integral no Ensino Médio, considerado o momento determinante para as escolhas que os jovens
35

precisam fazer e, portanto, defendo que é apropriado a implementação do tempo integral nessa
etapa da educação básica. Assim, é possível que os jovens tenham a possibilidade de prosseguir
com seus estudos e ingressar no mundo do trabalho. Dessa forma, não descarta as motivações
exercidas por parte dos intelectuais orgânicos, o que defendi (DUTRA, 2014) está em total
acordo com o que defende Gramsci, conforme cita Monasta:

A crítica à distinção tradicional entre o “trabalho manual” e o “trabalho


intelectual” é um dos elementos mais importantes para a elaboração de uma
nova teoria da educação. Segundo Gramsci, essa distinção é ideológica, na
medida em que desvia a atenção das funções reais, no interior da vida social e
produtiva, para os “aspectos técnicos” do trabalho. Em qualquer trabalho
físico, até mesmo no mais degradante e mecânico, existe um mínimo de
atividade intelectual. Assim, portanto, podemos dizer que todos os homens
são intelectuais: porém nem todos exercem a função de intelectuais na
sociedade. Não existe atividade humana da qual se possa excluir
absolutamente alguma participação intelectual: não é possível separar o homo
faber do homo sapiens. (MONASTA, 2010, p. 21)
A Educação Integral defendida em meu estudo (DUTRA, 2014) condiz com essa visão
emancipadora, já que é proposto não apenas a ampliação do tempo pedagógico, mas,
principalmente, que o Ensino Médio integral seja atrelado a um currículo que dialogue com o
mundo do trabalho. O Quadro 01 traz outras publicações de minha autoria diretamente
relacionadas ao tema.

Quadro 01 – Trabalhos sobre Educação Integral em Pernambuco publicados pelo autor entre
2014 e 2020
ANO TÍTULO EVENTO/REFERÊNCIA
2020 Educação Integral e Profissional no DUTRA, Paulo Fernando de Vasconcelos; SOUZA,
Estado de Pernambuco: formas Edilson Fernandes. Educação Integral e Profissional no
distintas de ofertas Estado de Pernambuco: formas distintas de
ofertas. Revista Brasileira Do Ensino Médio, v. 3, pp.
60-73, 2020. Disponível em:
https://phprbraem.com.br/ojs/index.php/RBRAEM/artic
le/view/40.

2019 Ensino Médio em Foco: Uma Década DUTRA, Paulo Fernando de Vasconcelos. Ensino Médio
da Política Pública de Educação em Foco: Uma Década da Política Pública de Educação
Integral no Estado de Pernambuco Integral no Estado de Pernambuco. In: ______ (Org.).
Além do Olhar: Práticas, Relatos e Pesquisas sobre as
Políticas Públicas de Educação Integral e Profissional em
Pernambuco. Recife: Ed. do Autor, 2019.

2019 Além do Olhar: Práticas, Relatos e DUTRA, Paulo Fernando de Vasconcelos (Org.). Além
Pesquisas Sobre as Políticas Públicas do Olhar: Práticas, Relatos e Pesquisas sobre as
de Educação Integral e Profissional Políticas Públicas de Educação Integral e Profissional
em Pernambuco em Pernambuco. Recife: Ed. do Autor, 2019.
36

2019 Módulo de Educação Integral e DUTRA, Paulo Fernando de Vasconcelos. Módulo de


Profissional: Progepe [Programa de Educação Integral e Profissional: Progepe [Programa
Formação de Gestores Educacionais de Formação de Gestores Educacionais de
de Pernambuco] Pernambuco]. 2.ed. Recife: Secretaria de Educação e
Esportes de Pernambuco, 2019.

2018 A Educação Integral no Brasil: XXXII Congreso Internacional Alas Peru 2019 e
Marcos Históricos e Análise Crítica de também publicada na Revista Semana Pedagógica:
sua Constituição entre 1932 e 1996 A Educação Integral no Brasil: Marcos Históricos e
Análise Crítica de sua Constituição entre 1932 e 1996.
Revista Semana Pedagógica, v. 1, n. 1, 2019. ISSN
2595-1572 (on-line). Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistasemanapedago
gica/article/view/236563.

2018 A Política Pública de Educação ANPAE – VI Congresso Ibero-Americano de Política e


Profissional no Estado de Pernambuco Administração da Educação / IX Congresso Luso-
Brasileiro de Política e Administração da Educação
Lleida / Barcelona, Catalunha, Espanha (Comunicação
Oral)

2017 EAD Pernambuco – A Construção de DUTRA, Paulo F. V.; BENTO, George; RODRIGUES,
uma Política Pública de Educação a Socorro; BELTRÃO, Terezinha. EAD Pernambuco – A
Distância. Construção de uma Política Pública de Educação a
Distância. 1. ed., 2017.

2017 Ensino Médio em Foco: A Política de DUTRA, Paulo Fernando de Vasconcelos. Ensino Médio
Educação Integral e Profissional no em foco: a política pública de Educação Integral e
Estado de Pernambuco Profissional no estado de Pernambuco. Revista Com
Censo: Estudos Educacionais do Distrito Federal, [s.l.],
v. 4, n. 4, pp. 132-139, nov. 2017. ISSN 2359-2494.
Disponível em:
http://www.periodicos.se.df.gov.br/index.php/comcenso
/article/view/258.

2014 Educação Integral no Estado de DUTRA, Paulo Fernando de Vasconcelos. Educação


Pernambuco: política pública para o Integral no Estado de Pernambuco: uma política
ensino médio pública para o ensino médio. Recife: UFPE, 2014.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Foi com minha experiência com a Educação Integral, inicialmente como Gerente Geral
do Programa de Educação Integral e, posteriormente, Secretário Executivo de Educação
Integral e Profissional, como já detalhei anteriormente, que pude me inspirar e contribuir com
tais publicações, pois “a elaboração do saber implica expressar de forma elaborada o saber que
surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de
elaboração e sistematização.” (SAVIANI, 2011, p. 67).
A história da Educação Integral no Brasil tem seu ponto inicial com o movimento da
Escola Nova, divulgado no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, que defendia
37

a universalização da escola pública laica e gratuita e que se propôs a trabalhar com os alunos
de forma integral. Na década de 1950, a criação da Escola Parque, em Salvador, idealizada por
Anísio Teixeira, constituiu-se como a primeira experiência sistematizada do gênero no Brasil.
Nesta perspectiva, destaca-se também a implantação da Educação Integral no Rio de Janeiro,
na década de 1980, com o Programa dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEP) e em
São Paulo com o Programa de Formação Integral da Criança (PROFIC), no qual as prefeituras
realizavam parcerias com outras secretarias de estado ou organizações não governamentais a
fim de complementar a formação das crianças.
Para Gadotti (2009), essas experiências contemplaram não só a dimensão do tempo na
escola, mas também a dimensão qualitativa; ou seja, para ele, “as diversas experiências de
Educação Integral têm em comum tanto uma dimensão quantitativa (mais tempo na escola e no
entorno) quanto uma dimensão qualitativa (a formação integral do ser humano). Essas duas
dimensões são inseparáveis.” (GADOTTI, 2009, p. 32). Assim, o autor chega à conclusão de
que a Educação Integral contempla de fato a ampliação do tempo do estudante na escola; no
entanto, não se resume a esse aspecto.
Algumas iniciativas para implantação do Ensino Integral foram criadas a partir de
Programas do Governo Federal, como, por exemplo, o Programa Mais Educação, criado pela
Portaria Interministerial nº 17/2007 (BRASIL, 2007), voltado para o Ensino Fundamental. Para
atender ao Ensino Médio, foi instituído pela Portaria nº 971/2009 (BRASIL, 2009), o Programa
Ensino Médio Inovador (ProEMI), que orientou a implantação de um Ensino Médio com uma
carga horária de 3.000 horas no decorrer dos três anos.
O ProEMI ocorreu por adesão dos estados, que indicavam as escolas que iriam ser
contempladas. Em Pernambuco, houve adesão no ano de 2010. Inicialmente, foi implementado
em 17 escolas e, em 2011, foram incluídas nesse programa as Escolas de Referência em Ensino
Médio que faziam parte da Política Pública de Ensino Médio Integral, já implantada no estado
desde o ano de 2008. Em 2016, houve a criação do Programa de Fomento a Implementação de
Escolas de Tempo Integral, através da Portaria nº 1.145, de 10 de outubro de 2016 (BRASIL,
2016), que permitiu a continuação da expansão da Educação Integral no Brasil.

2.3 FUNDAMENTOS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este estudo se insere no campo de identidades e memórias da educação e para tanto se


utilizou a análise documental a partir de evidências que permitam, em linhas gerais, identificar
os principais momentos históricos da Educação Integral no Brasil, com foco na experiência de
38

Pernambuco, a partir de documentos oficiais, em particular, no período de 2004 a 2021. Nesse


sentido, foram seguidas as orientações de Aróstegui (2006), na perspectiva da fiabilidade e
adequação, ou seja, da autenticidade, datação e origem da fonte, bem como da massa
documental disponível na resolução do problema investigado. A pesquisa histórica, na
perspectiva deste estudioso, liga “peculiaridades e constrangimentos que não se apresentam, ou
não se apresentam da mesma forma, em outras ciências sociais”. Para ele, as peculiaridades
evidenciadas no exame da documentação apontam “problemas derivados de observação e
documentação, da temporalidade e os que provêm da globalidade de todo o devir histórico.
Estamos, portanto, diante da realidade com maior número de variáveis que se pode conceber”
(ARÓSTEGUI, 2006, p.94).
Já segundo Malerba (2006), uma característica do método historiográfico baseado na
pesquisa de documentos é a de que ele leva em consideração a prática cultural, a estrutura
mental e a experiência profissional e social do historiógrafo e/ou pesquisador, de forma que o
autor define a historiografia como sendo o produto intelectual dos historiadores. Para este
pesquisador, no campo dos estudos históricos, as práticas culturais de narração histórica e das
diferentes manifestações do construto mental chamado história, “historiografia pode ser
caracterizada como uma espécie de prática cultural e de estrutura mental”. Deste modo, a
compreensão da experiência histórico-social registrada na documentação externa também o
conhecimento e a “experiência social de um historiógrafo, caracterizada por certo grau de
especialização e eventualmente de profissionalização e sua função em uma ordem política e
social” (MALERBA, 2006, p. 22).
Seguindo o método historiográfico proposto por Malerba (2006), os fatos sociais foram
estudados sempre em relação com seu comportamento temporal. Dessa forma, esta investigação
temporal será baseada em fontes materiais diretas e indiretas, como, por exemplo, leis,
documentos, relatos, matérias informativas e tudo que comprove como se deu o processo da
implantação da Educação Integral no Brasil, com foco na experiência de Pernambuco.
Nessa metodologia, deve-se proceder com a análise documental respeitando sua
cronologia e considerando os fenômenos no interior da variável tempo. Como disse Adam
Schaff (1976), em History and Truth, a História não é algo concluso ou acabado e ponto final.
A história está aberta para constantes reinterpretações.
Para um aprofundamento sobre a história da Educação Integral, outra metodologia que
se mostra compatível com a da historiografia aqui adotada e que também embasou o presente
estudo é a sociogênese, perspectiva utilizada pelo sociólogo Norbert Elias ao analisar o
processo de longo prazo que levou a corte francesa a se tornar uma aristocracia. Conforme Elias
39

(2001), o processo de modificação da sociedade envolve vários aspectos, como a modernização


urbana, a modernização das instituições, as desigualdades sociais existentes e as lutas pelo
poder. Desta investigação da sociedade de corte, o autor retoma a questão sobre em quais
circunstâncias se dá o deslocamento de poder de longa duração, evidenciando as complexas
tensões entre burguesia e nobreza, lutas pelo poder, em especial entre formações sociais de
origem burguesa e as de origem nobre.
Assim, o estudo da sociogênese de Norbert Elias contribui para uma compreensão da
formação da sociedade, embora não trate diretamente das formas contemporâneas da sociedade.
Além disso, seus estudos têm sido amplamente utilizados em pesquisas que abordam
comportamentos sociais, interesses políticos, lutas, tensões, coerções por parte dos que estão
no poder e abrem os olhos do leitor para uma visão mais realista e crítica da sociedade em que
vivemos.
Com o objetivo de entender a sociogênese de comportamentos sociais, é importante
levar em consideração o impacto das intervenções humanas. Norbert Elias (2006, p. 31) afirma
que “Os próprios processos sociais possuem, sem dúvida, maior ou menor autonomia relativa
frente a determinadas ações de seres humanos singulares, seus planos e ações (por exemplo, o
surto atual de integração da humanidade)”. Para esse autor, se “os seres humanos parassem de
planejar e de agir, então não haveria mais nenhum processo social” (ELIAS, 2006, p. 31).
A análise histórica da Educação Integral, resguardadas suas especificidades, evidencia
que não foi diferente. De fato, a Educação Integral passou a ter maior ênfase a partir de
iniciativas que despertaram sua importância para as ações governamentais e para o
planejamento de políticas públicas do Estado Moderno a de médio e longo prazo, em particular,
no curso de seu processo civilizador a serviço do desenvolvimento da sociedade capitalista.
Nesta analogia metodológica, ao estudar um aspecto social, é necessário identificar sua
aplicabilidade. A este respeito, na perspectiva elisiana:

os especialistas não conseguem demonstrar que a matéria sobre a qual versam


seus trabalhos constitui uma área específica, dotada de uma lógica própria e
cujo estudo requer determinadas habilidades, sua raison d'être como grupo
relativamente autônomo no universo acadêmico vê-se ameaçada. (ELIAS,
2006, p. 179)
Seguindo essa linha de estudo, cabe ressaltar a singularidade do termo “Educação
Integral”, que é uma área específica da educação que necessita de estudos científicos e cujas
práticas despertam interesse de profissionais da área, tendo em vista os diversos aspectos
positivos e resultados observados por sua prática. Dentro desta perspectiva, Elias (2006, p. 195),
ao descrever o trabalho dos sociólogos acrescenta que eles “voltavam os olhos para o passado,
40

a fim de ditar profecias sobre o futuro, mas tinham de antemão suas próprias ideias sobre o
porvir”.
Assim, esse estudo debruça um olhar para a memória e história da Educação Integral,
com o objetivo de entender como se deu a constituição deste fenômeno social relevante para
área da educação, da gestão pública e do alto interesse da sociedade, sobretudo, a experiência
do estado de Pernambuco no período de 2004 a 2021.
Em suma, a partir da análise documental, foi construída uma abordagem historiográfica
sobre a Educação Integral, inicialmente no contexto nacional, seguindo com a análise da
experiência em Pernambuco. Foram levantados documentos oficiais que tratam da Educação
Integral, incluindo a Legislação Nacional e Estadual, Leis e Decretos que tratam diretamente
dessa modalidade da Educação Básica, identificando, assim, conforme orienta a metodologia
adotada, uma linha temporal de como a Educação Integral foi oficialmente abordada na
Legislação Nacional e os impactos para sua implantação em nível estadual, trazendo
detalhadamente como se deu o processo de sua implantação no estado de Pernambuco.
Diante do objeto de estudo, da problemática delineada e dos objetivos propostos,
optamos por uma abordagem investigativa que prevê e valoriza o diálogo com as teses e
dissertações disponíveis na base de dados da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações
(BDTD), a legislação acerca da Educação Integral, a literatura sobre o tema da Educação
Integral, especificamente dos autores: Demerval Saviani, Moacir Gadotti, Gaudêncio Frigotto,
Paulo Freire e outros. Além desses autores, investigamos artigos de periódicos importantes da
área de História da Educação, em particular, a Revista Brasileira de História da Educação, a
fim de levantar a produção teórica que trata da Educação Integral.
A Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (Nacional), portal que reúne teses e
dissertações defendidas e depositadas nas bibliotecas setoriais das Universidades Federais,
possibilitou a realização de uma busca avançada na temática que pesquisamos. A partir deste
levantamento, conseguimos estudar e analisar as teses e dissertações que investigaram a
História da Educação Integral no Brasil.
O levantamento e análise documental da legislação sobre Educação Integral no Brasil é
fundamental para esmiuçar o processo de avanço histórico e direção política da oferta de
Educação Integral. A revisão de literatura na Revista Brasileira de História da Educação e de
outros periódicos no campo da educação que tenham publicações que discutam a temática da
Educação Integral foi outro elemento fundamental na organização da pesquisa. Em suma, além
de estudar importantes teóricos da História da Educação, citados anteriormente, periódicos da
área foram visitados, catalogados e analisados.
41

A metodologia proposta sugere a construção de uma pesquisa que vai além de mero
levantamento histórico sobre o tema. Apresentamos a necessidade de um aprofundamento sobre
os dados levantados, uma análise do seu contexto social e da legislação educacional, uma
compreensão global do problema e uma crítica com base no processo construído
historicamente.
Antes de iniciar a análise historiográfica da Educação Integral, é importante salientar
que foi considerado o processo político e social que levou a inserção dessa forma de oferta na
legislação brasileira. Assim, o próximo subtópico traz uma reflexão à luz da Teoria Gramsciana
da Educação e da Escola, conforme escritos de Monasta (2010) e Saviani (2010), com o objetivo
de alcançar um melhor entendimento da visão de homem como um ser intelectual por natureza,
assim como as intencionalidades que levam à atual organização social.
Após essa temática, será apresentado o processo de implantação da Educação Integral
no Brasil e em Pernambuco, destacando que, nesse estado, embora a Educação Integral não
tenha a concepção gramsciana, surgiu inicialmente de uma parceria público-privada que seguia
a lógica do mercado, tendo, posteriormente, tornado-se uma política pública e tomado rumos
que se justificam os estudos para compreender a filosofia que embasa tal política.
Como procedimento metodológico, priorizamos a abordagem qualitativa com a
utilização de questionário aplicado a 2.417 participantes da comunidade escolar. O questionário
contempla todos os anos da implantação da Política Pública de Educação Integral em
Pernambuco, permitindo, assim, um distanciamento dessa política e facilitando a análise entre
o que foi planejado e sua prática. Essa metodologia será essencial nessa etapa do estudo, pois,
segundo Richardson (1999):

o objetivo fundamental da pesquisa qualitativa não reside na produção de


opiniões representativas e objetivamente mensuráveis de um grupo; está no
aprofundamento da compreensão de um fenômeno social por meio de
entrevistas em profundidade e análises qualitativas da consciência articulada
dos atores envolvidos no fenômeno. (RICHARDSON, 1999, p. 102)
Assim, observa-se sua compatibilidade com as metodologias da historiografia. A análise
dos dados coletados enriqueceu o estudo, permitindo a observação do processo social e sua
formação, sua credibilidade, clareza e contribuições para sociedade.
Nesse sentido foi realizada uma pesquisa qualiquantitativa. Conforme questionário
apresentado no Apêndice A, a pesquisa foi elaborada de acordo com os objetivos propostos e
aprovada pelo orientador. A aplicação deste questionário, com questões quantitativas e
qualitativas, teve também o apoio e a parceria da Secretaria Executiva de Educação Integral e
42

Profissional, órgão que compõe a estrutura da Secretaria de Educação e que responde pelas
Escolas Integrais da Rede Estadual de Pernambuco.
O questionário foi enviado para os gestores de todas as Escolas de Referência em Ensino
Médio (EREMs) e Escolas Técnicas Estaduais (ETEs), que, por sua vez, mobilizaram sua
comunidade escolar para que pudessem respondê-lo. A aplicação se deu no período de 12 a 21
de agosto de 2020, totalizando 2.417 pessoas participantes, representando diferentes atores da
comunidade escolar, entre eles: gestores, educadores de apoio, professores, estudantes egressos,
estudantes matriculados e pais ou responsáveis. Em síntese, esta tese foi realizada a partir dos
procedimentos detalhados no quadro a seguir.

Quadro 02 – Procedimentos para realização da tese


PASSOS PROCEDIMENTOS
01 A tese inicia com um levantamento de autores que trazem contribuições sobre a Educação
Integral, entre eles: Aróstegui (2006), Freire (1987, 1992, 1996, 2001); Monasta (2010);
Saviani (2008, 2011, 2020); entre outros tais como Frigotto (2001), Gadotti (2009),
Manacorda (1991); Costa (2000, 2001, 2008). Tomamos como referência o Manifesto dos
Pioneiros e outros documentos históricos sobre o tema, focando na experiência de
Pernambuco entre os anos de 2004 a 2021.
02 Levantamento de estudos defendidos em teses e dissertações sobre a Educação Integral em
Pernambuco, pesquisa realizada no Portal Capes e Biblioteca Digital de Teses e Dissertações
(BDTD) de 2011 a 2021.
03 Levantamento de documentos oficiais – com pesquisas de leis, decretos Federais e Estaduais
que tenham impactado na oferta da Educação Integral.
04 Levantamento de Noticiários Impressos – buscas por matérias publicadas em jornais locais,
do estado de Pernambuco, referente à oferta da Educação Integral em Pernambuco.
05 Realização de Pesquisa Aplicação de questionário junto a 2.417 pessoas, representantes da
comunidade escolar, realizada em agosto de 2020, trazendo os dados gerais e os recortes
ano a ano desde 2004, quando se iniciou ainda de forma experimental a primeira Escola
Integral do estado, até 2020, bem como uma visão da expansão desta modalidade de ensino
em 2021.
06 Realização do Seminário de Educação Integral com a participação de 51 gestores das
Escolas Integrais implantadas no ano de 2008. O evento foi realizado em duas etapas, no
dia 10 e no dia 17 de maio de 2021, e teve o objetivo de aprofundar o entendimento sobre o
processo de implantação da Política Pública de Educação Integral e avaliar tanto a
experiência pedagógica e filosófica relacionada à Educação Integral quanto em relação à
prática da Educação Integral.
43

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

O estudo seguiu os procedimentos teóricos e metodológicos acima detalhados, o que


possibilitou uma visão histórica da Educação Integral no contexto nacional e estadual,
comprovando a aceitação e reconhecimento, por parte da comunidade escolar, da oferta da
Educação Integral para melhoria da educação pública, além de comprovar sua consolidação
enquanto Política Pública a partir do ano de 2008.
No próximo capítulo, consta uma revisão bibliográfica de teses e dissertações
defendidas que tratam da Educação Integral no Brasil, com o resumo dos estudos que têm como
cenário a experiência do estado de Pernambuco.
44

3 PRODUÇÃO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL E EM PERNAMBUCO


ENTRE ANÁLISES E DEBATES

A construção ou a produção do conhecimento do objeto implica o exercício


da curiosidade, sua capacidade crítica de “tomar distância” do objeto, de
observá-lo, de delimitá-lo, de cindi-lo, de “cercar” o objeto ou fazer sua
aproximação metódica, sua capacidade de comparar, de perguntar. (FREIRE,
1996, p. 44)
Considerando as reflexões de Freire (1996), este capítulo tem por objetivo obter uma
visão dos estudos que vêm sendo realizados sobre a temática da Educação Integral em
Pernambuco, com recorte de defesas entre os anos de 2004 a 2021. A pesquisa realizada junto
à Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), portal que reúne todas as publicações de
pós-graduação defendidas e depositadas nas bibliotecas setoriais das Universidades Federais e,
consequentemente, permite uma visão geral sobre a produção do conhecimento objeto de estudo
desta tese.
Utilizando o descritor “Educação Integral” para realizar a revisão bibliográfica, com
correspondência a todos os termos de indexação no campo de título, no recorte temporal dos
dez últimos anos (2011 a 2021), foram encontrados 296 estudos, dos quais 243 são dissertações
e 53 são teses. Ao fazer a pesquisa com o descritor “Educação Integral em Pernambuco”,
também com correspondência a todos os termos de indexação no campo de título, foram
disponibilizadas 233 ocorrências, das quais 187 são dissertações e 46 são teses. A leitura da
bibliografia registra que 30 destas pesquisas referem-se ao tema pesquisado "Educação Integral
em Pernambuco", 115 são relativas a outras formas de oferta da educação e 88 não têm relação
com a área educacional.

Gráfico 01 – Tipos de estudo encontrados


250 233

200 187

150

100

46
50

0
Total ocorrências Dissertações Teses

Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.


45

Gráfico 02 – Resultados para o descritor “Educação Integral em Pernambuco”


250 233

200

150
115
100 88

50 30

0
Total ocorrências Educação Integral Outras formas de Não tem relação
em PE oferta com Educação
Integral

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

O banco de dados utilizado permite a consulta consolidada dos estudos, de forma que
apresentarei a seguir os 30 temas encontrados que têm relação direta com o objeto central desta
tese. O próximo subtópico apresentará o resumo desses estudos, conforme disponibilizados no
Banco de Dados de Teses e Dissertações, na pesquisa sobre o descritor “Educação Integral em
Pernambuco”.

3.1 LEVANTAMENTO DE TESES E DISSERTAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO


INTEGRAL EM PERNAMBUCO DE 2011 A 2021

Conforme compreende Freire (1996) sobre a produção do conhecimento que implica


curiosidade, distanciamento e comparações, a busca realizada junto ao Banco de Dados de
Teses e Dissertações (BDTD) trouxe, dentre outros estudos, a dissertação de minha autoria,
Educação integral no estado de Pernambuco: uma realidade no ensino médio, trabalho
defendido em 2013 pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Esse estudo analisou a
implementação da Política Pública de Ensino Médio Integral em duas escolas estaduais de
Pernambuco sob o ponto de vista da gestão escolar e apresentou um Plano de Ação Educacional
com o objetivo de contribuir com a qualificação da referida política.
Para o desenvolvimento da pesquisa, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com
os gestores e três professores de cada escola, também houve uma análise documental da Política
Pública e de revisão bibliográfica sobre o Ensino Médio. Como resultado, concluí que os
índices obtidos pelas escolas têm relação com a permanência de um único gestor durante o ciclo
completo do Ensino Médio e com a transformação da unidade escolar em Escola Integral. Foi
46

evidenciado também a necessidade de um processo de formação continuada permanente. Ao


final, foi apresentado um Plano de Ação Educacional com propostas de direcionamentos que
poderiam ser adotados pela Secretaria de Educação e pelas escolas em prol da qualificação da
política em questão.
O estudo Modelos de ensino público, eficiência e gestão escolar: uma análise da escola
de ensino médio regular de Quixaba e da escola de ensino médio integral de Timbaúba, no
estado de Pernambuco, de autoria de Valdemberg Dias da Silva, em seu mestrado feito pela
Universidade Federal da Paraíba, no ano de 2013, trata dos diferentes mecanismos avaliativos
que colocam a prova os diferentes modelos de gestão e de ensino nas escolas públicas. O autor
identifica que as escolas regulares e integrais da rede estadual de Pernambuco adotam modelos
qualitativos da escola pública a partir de mecanismos quantitativos de avaliação e colocam os
gestores para definir metas para garantir a inserção de suas escolas nas melhores posições do
ranking estadual e nacional.
No entanto, o estudo busca explicar o desempenho de uma escola regular diante de uma
de tempo integral que recebe maior apoio da gestão pública e privada, comparando o
desempenho de uma escola regular e outra de tempo integral no Estado de Pernambuco e
considerando seus aspectos espaciais, sociais e econômicos. O estudou concluiu que não basta
o jovem ter uma vida quase integral na escola, mas o desempenho passa por maior investimento
na formação e qualificação, disciplina e interação escola-família, não importando a região e as
condições sociais e econômicas.
A dissertação Utilizações das escolas de referência em ensino médio pelo governo do
estado de Pernambuco: uma análise do programa de educação integral, de autoria de Edima
Verônica de Morais, realizada em 2013, pela Universidade Federal de Pernambuco, foca na
formação da juventude através da Educação Integral e propõe-se a compreender as utilizações,
por parte do Governo do Estado de Pernambuco, das Escolas de Referência em Ensino Médio
no contexto das Políticas Educacionais Públicas desenvolvidas para a juventude. A autora
defende a necessidade de um maior aprofundamento frente às novas configurações do processo
produtivo assentado numa tecnologia digital-molecular, que requer um tipo de trabalhador que
atenda a essas novas demandas, e coloca as questões referentes à baixa qualidade da educação
pública nas agendas dos governos, dos “homens de negócios” e dos trabalhadores.
A referida pesquisa concluiu que a utilização da gestão público-privada encontrou, em
Pernambuco, terreno favorável devido às reformas neoliberais empreendidas pelos
governantes. Para a autora, as Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs) cumprem o
papel de passar a promessa de integração do jovem ao mercado de trabalho, conforme
47

indicações do Governo Federal e do Banco Mundial, e também constatou que neste programa
há uma forte utilização política com o sentido de desmobilizar e enfraquecer a organização
dos(as) professores(as), permitindo que cada vez mais o governo controle a determinação das
políticas educacionais, provocando, assim, a inserção de setores privados na educação com o
objetivo de atender aos interesses do capital.
A pesquisa conclui também que a Educação Integral é oferecida como uma solução aos
problemas da violência, a qual os jovens pobres estão expostos, o que superficializa a discussão
sobre os problemas estruturais da sociedade capitalista e apresenta as Escolas de Referência em
Ensino Médio (EREMs) como a solução dos problemas educacionais e sociais do Estado.
Em 2013, o trabalho Reformas pró-capital na educação escolar: a reestruturação do
ensino médio pelo programa de educação integral de Pernambuco foi defendido por Jadilson
Miguel da Silva, na Universidade Federal de Pernambuco. O estudo abordou a reforma expressa
pela reestruturação do Ensino Médio na rede estadual de Pernambuco através do Programa de
Educação Integral. Para aprofundar a compreensão da natureza dessa reforma, foram
investigados determinantes históricos de ordem econômica, política e ideológica, munidos da
hipótese de que o referido programa foi criado com a intenção de atender aos requisitos político-
pedagógicos postos a partir da crise do capital mais recente, para a educação dos trabalhadores.
O autor defende que essas reformas estão articuladas aos desígnios de uma educação cada vez
mais orientada, no sentido de dar respostas à vida produtiva capitalista atual.
Concluiu-se que a reestruturação do Ensino Médio através do Programa de Educação
Integral guarda fortes relações com os aspectos das reformas educacionais impulsionadas pelas
injunções do capital, em suas estratégias de saída da crise. Longe de ser uma escola que veio
ofertar uma educação centrada na emancipação humana em relação ao trabalho alienado, o
projeto em curso representa uma aproximação mais eficaz entre a educação e a vida produtiva
capitalista nos limites atuais.
A dissertação apresentada em 2014 por Jorge de Lima Beltrão, pela Universidade
Federal de Juiz de Fora, com o título O desempenho das escolas de referência no litoral sul de
Pernambuco, trata diretamente da Política Pública de Educação Integral, criada pela Lei
Complementar 125/2008, definida pelo autor como sendo uma estratégia de melhoria do Ensino
Médio e qualificação profissional em regime integral ou semi-integral, ofertando a preparação
para o trabalho e a inclusão social. Tendo como objeto de estudo cinco EREMs e três escolas
regulares semi-integrais, todas localizadas no Litoral Sul de Pernambuco, o objetivo era o de
verificar quais as ações adotadas pelos gestores dessas escolas que influenciaram na melhoria
dos resultados educacionais. O estudo propõe ações a serem adotadas pela Secrataria de
48

Educação Estadual de Pernambuco (SEE/PE) para favorecer o aprimoramento do desempenho


das escolas estaduais regulares, com base naquilo que foi verificado como relevante nas escolas
analisadas.
A dissertação Educação integral e gestão escolar: análise do Programa Mais Educação
em duas escolas estaduais de Pernambuco foi defendida por Everdelina Maria Meneses de
Lima, no mestrado realizado pela Universidade Federal de Juiz de Fora em 2014. O estudo fez
uma análise da ampliação do tempo escolar e como isso tem sido compreendido através da
concepção de educação integral em duas escolas da rede estadual de Pernambuco, situadas na
região metropolitana do Recife, com contextos socioeconômicos semelhantes.
Neste trabalho, foi considerada a concepção da proposta do Programa Mais Educação,
instituído em 2007, como parte integrante do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE),
que foi implementado desde 2008 em todo o Brasil, objetivando fomentar as práticas
pedagógicas desenvolvidas em unidades escolares do ensino fundamental – anos finais. Os
resultados evidenciaram a necessidade de um processo de formação permanente envolvendo
todos os atores, além de medidas voltadas para a integralização das ações entre os grupos
(coordenadores, gestores, professores e monitores). Ao final, foi apresentado um Plano de Ação
Educacional (PAE), baseado nos resultados da pesquisa, direcionando ações efetivas e
propostas de fortalecimento e ressignificação da proposta do Mais Educação.
A dissertação A política de ensino médio no estado de Pernambuco: um protótipo de
gestão da educação em tempo integral, de autoria de Valéria Lima Andrioni Benittes, foi
realizada pela Universidade Federal de Pernambuco e apresentada em 2014. A pesquisa trata
da política de modernização da gestão e de Educação integral implementada pelo Governo de
Pernambuco nas Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs) e procurou compreender
os nexos e as contradições estabelecidas entre o Programa de Modernização da Gestão Pública
- Metas para Educação (PMGP-ME) e o Programa de Educação Integral (PEI).
Partindo da premissa de que a Política de Ensino Médio em Pernambuco ao articular os
objetivos do Programa de Modernização da Gestão Pública com os objetivos do Programa de
Educação Integral inverteu a prioridade dos fins pelos meios, a análise comprovou que a
Política de Ensino Médio de Pernambuco produz um deslocamento dos objetivos educacionais
básicos da formação humana. Ao final, foi constatado que a Política de Ensino Médio em
Pernambuco prevê o estabelecimento de mediações que trazem um viés favorável à adaptação
dos perfis formativos dos jovens em relação à crescente desqualificação do trabalho, mediante
uma reestruturação administrativa, centrada no gerencialismo e no accountability, e uma
proposta curricular baseada na pedagogia das competências para a empregabilidade.
49

Em 2014, Frederico Marcio Leandro Santiago apresentou, na Universidade Federal de


Pernambuco, a dissertação Educação e desenvolvimento em Pernambuco entre 2004 e 2014:
desvelando os nexos do programa de educação integral com o rejuvenescimento da teoria do
capital humano. O estudo abordou a relação entre educação e o desenvolvimento do Programa
de Educação Integral de Pernambuco (PEI) e demonstrou que a implantação do Programa de
Educação Integral de Pernambuco, em 2008, significou, em vários aspectos, um
aprofundamento da visão empresarial da educação através da política de parceria do Estado
com entidades do setor privado.
A investigação também evidenciou que, com da implantação do Programa de Educação
Integral, o governo de Campos empreendeu um processo de rejuvenescimento dos pressupostos
da Teoria do Capital Humano (TCH), o que implicou em um processo de desqualificação da
escola, na medida em que reduziu a formação escolar ao atendimento das demandas imediatas
das relações de produção capitalistas contemporâneas. O estudo também demonstrou que o
papel do Estado na relação entre educação e desenvolvimento é o de mediar essa relação através
de medidas que visem garantir a reprodução do capital, além de apresentar que esse modelo de
Estado está vinculado ao que se denomina de Neoliberalismo de Terceira Via, em que o estado
articula e conduz políticas públicas, incluindo as educacionais, a partir dos pressupostos da
lógica do setor privado, institucionalizando as diretrizes oriundas da agenda empresarial.
Comprovamos ainda que a agenda do Ensino Médio Integral do governo Campos tem profundas
vinculações com as orientações para a educação contidas nos documentos dos organismos
multilaterais.
O estudo O Programa de Educação Integral das Escolas de Referência em Ensino
Médio da rede pública Estadual de Pernambuco (2008-2013), de autoria de Uiara do Carmo
Wanderley Lima, foi o título da dissertação defendida em 2014, na Universidade Federal de
Pernambuco. A autora analisou o Programa de Educação Integral nas Escolas de Referência em
Ensino Médio da rede pública estadual de Pernambuco, no período de 2008 a 2013, buscando
identificar aspectos de contribuição para a qualidade da educação. Baseado no entendimento
dos problemas enfrentados na educação brasileira e considerando a proposta do Governo de
Pernambuco de aplicar os princípios da gestão voltada aos resultados em escolas que
funcionariam integralmente, o estudo investigou até que ponto as Escolas de Referência
contribuíram para a melhoria da qualidade da Educação em Pernambuco.
Os resultados apontaram para uma realidade educacional voltada para uma gestão
democrática e práticas pedagógicas inovadoras, como práticas interdisciplinares, presença
pedagógica e protagonismo juvenil, além do trabalho da escola com a comunidade em seu
50

entorno, ultrapassando os muros da escola, coadunando-se com os princípios que norteiam uma
educação de qualidade. E ainda sinalizou a preocupação com a preparação do aluno para o
mercado de trabalho, para universidade e para vida.
Ainda em 2014, Oberlan da Silva defendeu a dissertação pelo Mestrado em Ensino de
Física, da Universidade Federal da Paraíba. Intitulado Uma trajetória de educação integral em
Pernambuco: os limites e as possibilidades de opções metodológicas e organizações de espaço
e tempo, o autor trouxe um inventário da Educação Integral em Pernambuco, seus idealizadores
e projetos no Brasil e abordou as políticas públicas de incentivo e financiamento e o avanço
desta modalidade de ensino.
Neste estudo foi traçado um panorama histórico para discutir os impactos deste modelo
a partir da literatura e analisar o referido programa e o perfil comparativo entre as escolas de
único turno e a escola integral, onde pesquisou a Escola de Referência em Ensino Médio
Professora Benedita de Morais Guerra, implantada na cidade de Macaparana. Ao final, ele
constatou que os índices educacionais, as metas projetadas, o acesso a outros níveis de ensino,
o sucesso em avaliações externas e a formação para a cidadania têm diferenças significativas
entre as que são de tempo integral e as que são de turno único.
Em 2015, foi apresentada a dissertação O estudo da eficácia nas escolas técnicas do
programa de educação integral do governo do Estado de Pernambuco, defendida por Michael
Lucena de Souza, na Universidade Federal Rural de Pernambuco. O estudo teve como objetivo
principal avaliar a eficácia do Programa de Educação Integral, do governo do estado de PE, nas
escolas técnicas estaduais, e está fundamentado nos conceitos do planejamento estratégico e
Balanced Scorecard (BSC). A pesquisa refere-se à mudança de percepção no âmbito público
com relação à educação. O autor mostra que as organizações públicas tinham a necessidade de
diminuir as suas despesas devido à escassez de recursos financeiros e avaliar seus desempenhos
por meio de indicadores. Assim, criou-se um novo modelo de gestão chamado de Nova Gestão
Pública.
Os dados coletados pela pesquisa aplicada indicaramque os recursos humanos percebem
no dia a dia que o modelo de gestão com fundamentos no Balanced Scorecard (BSC), adotado
pelo Governo do Estado, está tendo efetividade na sociedade. Além da percepção, os achados
da pesquisa também mostraram que o BSC, adaptado à realidade das organizações públicas,
torna-se uma excelente ferramenta aos gestores a fim de conseguir resultados almejados no
planejamento estratégico.
A dissertação Desafios do ingresso e permanência dos professores no programa de
educação integral de Pernambuco, foi defendida em 2015 por Edjane Ribeiro dos Santos, na
51

Universidade Federal de Juiz de Fora. O estudo tratou dos desafios de acesso e permanência
dos professores da Rede Estadual de Pernambuco nas Escolas de Tempo Integral da Regional
Vale do Capibaribe. Os resultados evidenciaram que o principal motivo que leva o professor a
ingressar no Programa é que eles acreditam em sua proposta pedagógica. Contudo, a
infraestrutura insuficiente, seguida de “alunos desmotivados”, “salário defasado”, e “formação
docente”, além de muitos elementos referentes ao currículo, são fatores que acabam
desmotivando e levando ao abandono do cargo nessas escolas.
Na conclusão, foi apresentado um Plano de Ação Educacional cujo foco principal foi
apresentar ações que venham a melhorar, ampliar e produzir resultados positivos para o
Programa de Educação Integral do Estado.
Na dissertação intitulada A relação entre o perfil do diretor escolar e os resultados
educacionais, defendida em 2015, na Universidade Federal de Santa Catarina, Dulce Cristina
Arcoverde de Souza Santana, analisou os fatores que contribuíram para os resultados
educacionais obtidos pelas Escolas de Educação Integral da rede estadual de ensino de
Pernambuco no Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE), na etapa do
ensino médio.
Para a pesquisa foi considerado o processo seletivo específico para o provimento ao
cargo de diretor das Escolas de Educação Integral realizado em 2013, que estabeleceu e pontuou
critérios específicos, além de ter sido feita uma análise do perfil do diretor selecionado e de sua
contribuição para a melhoria dos resultados educacionais alcançados. Como complementação
da pesquisa, foram incluídos outros fatores que, estatisticamente, explicam os resultados
obtidos, tais como o tempo de implantação da educação integral, número de integrantes da
equipe gestora e o número de salas da escola. O resultado da análise mostra estatisticamente
que o diretor escolar exerce papel estratégico e que contribui positivamente para melhoria dos
resultados alcançados pelas escolas.
A gestão pedagógica nas escolas integrais e a implantação do sistema de informações
educacionais de Pernambuco: uma abordagem à luz da perspectiva sociotécnica é uma
dissertação de autoria de Juliana Maria Rosilda de Oliveira, apresentada em 2016, na
Universidade Federal da Paraíba. No trabalho, a autora faz uma investigação sobre a gestão
pedagógica das escolas de tempo integral a partir da implantação do SIEPE, com base em uma
abordagem sociotécnica que estuda as dimensões: pessoas, tarefas, tecnologias e estruturas.
Esse estudo buscou identificar quais as mudanças pedagógicas concebidas pelo gestor escolar
após a implantação do SIEPE. Trata-se, portanto, de um estudo quantitativo, realizado através
de questionário online enviado para os 125 gestores.
52

As análises indicaram que o SIEPE contribui para integração entre escola e comunidade,
o que possibilitou aos gestores uma melhor organização das escolas na realização de
intervenções pedagógicas.
A tese intitulada Ensino (em tempo) integral: as propostas oficiais na dinâmica do real,
de Andréa Giordanna Araújo da Silva, elaborada para o Programa de Pós-Graduação em
Educação, da Universidade Federal de Pernambuco, em 2016, trata da ampliação da jornada
escolar e como a multiplicação e a diversificação das ações pedagógicas no interior das escolas
públicas brasileiras têm sido consideradas estratégias políticas capazes de promover a
requalificação da Educação Básica. Além disso, o estudo apresenta as análises do processo de
implantação do ensino de tempo integral nas escolas de ensino médio da rede pública de
Pernambuco, no período de 2010 a 2015, os programas federal e estadual de reformulação do
currículo do ensino médio e seus interesses políticos e concepções pedagógicas, partindo da
hipótese de que eles seriam potencialmente capazes de induzir a criação de movimentos
múltiplos e divergentes no interior das escolas públicas.
O estudo identificou a existência de um movimento de destituição da participação dos
sujeitos da escola na formulação das práticas curriculares, de silenciamento do significado
político e social da escola pública e da perspectiva política do ato de ensino, de fetichização do
tempo escolar e do método de gestão. Também verificou que a criação de práticas pedagógicas
diversas pode ser um espaço de produção de processos de qualificação e de desqualificação do
trabalho docente.
A tese Juventudes, formação humana e escola pública: uma análise dos sentidos da
integralidade no programa de educação integral de Pernambuco, foi defendida em 2016, na
Universidade Federal de Pernambuco, por Luiza Cristina Pereira de Araújo. O estudo
problematizou a formação humana na escola pública brasileira, analisando os sentidos da
integralidade nos parâmetros normativos e pedagógicos do Programa de Educação Integral do
Estado de Pernambuco. Ainda analisou o referencial normativo e pedagógico de três programas
governamentais que tomam a integralidade como eixo das intervenções educativas voltadas
para os jovens, seguindo os procedimentos da análise de conteúdos/temáticas. No entanto,
focou principalmente o Programa de Educação Integral do Estado de Pernambuco, explicitando
sua situação de produção e suas intencionalidades formativas, bem como delimitando três eixos
de tematização: concepções de juventude, concepções de integralidade e concepções de
formação humana.
A discussão dos resultados foi complementada com dados oriundos de entrevistas
realizadas com os gestores do Programa de Educação Integral do Estado de Pernambuco. Nas
53

considerações finais, a autora situou as principais questões apontadas pelo estudo, refletindo
em que medida as propostas formativas atuais, endereçadas aos jovens, e orientadas pela noção
reguladora de integralidade, de fato, conseguem avançar na formulação de concepções mais
alargadas dos sujeitos jovens e no seu processo de formação humana.
Pela Universidade Federal da Paraíba, no ano de 2016, foi apresentada a dissertação
Inovação, aprendizagem organizacional e capacidade de absorção: evidências em escolas
públicas integrais de Pernambuco, de Elisângela da Silva Araújo Carvalho. O estudo teve por
objetivo analisar como as escolas públicas integrais de Pernambuco, subsidiadas pela
aprendizagem organizacional e pela capacidade de absorção, estão inovando na educação do
ensino médio. Segundo a autora, a pesquisa buscou compreender as características das
principais inovações das escolas públicas integrais, diagnosticar o papel da aprendizagem
organizacional no favorecimento das inovações e analisar como a capacidade de absorção
contribui para as inovações nessas escolas.
Os resultados evidenciaram que as escolas pesquisadas estão inovando com o
empreendimento de várias inovações educacionais, cuja maioria é classificada como
incremental e de melhorias em serviços. Essas inovações são subsidiadas pela aprendizagem
organizacional e pela capacidade de absorção. Foram encontrados vários fatores que atuam para
os processos inovadores, como, por exemplo, o aproveitamento dos conhecimentos internos e
externos, o trabalho em equipe, o sentimento de pertencimento e a conectividade entre os
diferentes segmentos escolares, que fomentaram inovações nas dimensões pedagógicas e de
gestão escolar.
A dissertação intitulada De escola regular a escola de referência: trajetória de mudança
da Escola Severino Farias em Surubim – PE, de 2017, com autoria de Lúcia de Fátima Farias
da Silva, investiga como o Programa de Educação Integral da Universidade Estadual da Paraíba
repercutiu nas práticas educativas e no cotidiano da Escola de Referência em Ensino Médio
(EREM) Severino Farias, em Surubim-PE. A autora descreve as mudanças ocorridas na práxis
escolar, advindas da implementação do Programa de Educação Integral. O estudo ainda
possibilitou a análise histórica da construção da memória institucional e contribuiu para o
debate educacional em Pernambuco, na medida em que expõe a visão dos professores sobre as
políticas educacionais, assim como os conflitos, insatisfações e dúvidas dos mesmos.
Assim, foram registradas as expectativas dos professores em relação à valorização
profissional, tanto no sentido da melhoria salarial como no da formação docente, além da
esperança em melhorar os resultados educacionais. Também apontou paradoxos, os professores
citaram haver um monitoramento, exigido como garantia de qualidade na implementação do
54

Programa Integral, e uma certa incompatibilidade entre os princípios da Educação


Interdimensional e os rankings e cobranças por metas assumidas pelo estado, com vistas à
melhoria dos índices educacionais. O estudo sugere que a política de educação integral deve
apropriar-se das particularidades de cada escola e reconhecer que a fonte de qualquer mudança
está nas pessoas.
Em 2017, Fernanda Cavalcante da Silva apresentou a dissertação Relações de gênero
no contexto do Programa de Educação Integral (PEI): os desafios dos conteúdos da jornada
ampliada, mestrado realizado pela Universidade Federal de Pernambuco. O estudo teve como
objetivo compreender quais são as influências da Política de Educação Integral e/ou de
ampliação da jornada escolar em implementação nas EREMs do Estado de Pernambuco no
processo de (des)construção das desigualdades de gênero.
Após desenvolvimento da pesquisa, identificou-se que os conteúdos da jornada
ampliada em relação às questões de gênero se revelaram apenas em situações em que as
desigualdades se acirraram em sala de aula, suscitando intervenções ds professores, pois mesmo
em disciplinas especialmente construídas para essas questões, não foram abordadas e, muito
menos, nas questões que se apresentaram fora do contexto de sala de aula; também as ações em
conjunto com a Secretaria da Mulher não se mostraram presentes a partir do estudo realizado.
Assim, concluiu-se que o tempo pedagógico, na experiência observada, não vem possibilitando
a desconstrução das desigualdades de gênero, e sim acirrando desigualdades.
Intitulado Desvelando identidades: a identidade profissional dos professores de língua
portuguesa pertencentes ao programa de educação integral da rede pública estadual de
Pernambuco, a dissertação de Agenor Facundes de Albuquerque Júnior, apresentada em 2017,
pela Universidade Federal da Paraíba, analisou os discursos dos professores de Língua
Portuguesa pertencentes ao Programa de Educação Integral da Rede Pública Estadual de
Pernambuco sobre a luz da Análise do Discurso de tradição francesa (AD). O estudo abordou
a história do trabalho docente no Brasil, colocou a concepção de identidade e identidade
docente, ressaltou o processo de formação profissional docente, apresentou o entendimento
sobre educação integral e a implementação do Programa de Educação Integral da Rede Pública
Estadual de Pernambuco. Ao analisar os discursos dos docentes, buscou identificar elementos
e características responsáveis pela construção de suas identidades enquanto professores.
Em 2017, foi apresentada a tese intitulada Uma análise do significado do tema
“qualidade” em duas escolas de referência da rede pública do Estado de Pernambuco, de João
Carlos Zirpoli Leite, realizada pela Universidade Federal de Pernambuco. Este trabalho
analisou a qualidade na educação com base nos resultados de uma pesquisa realizada em duas
55

escolas públicas do estado de Pernambuco, localizadas no município do Recife, com o objetivo


de verificar quais os significados que o tema da qualidade adquiriu no interior dessas escolas
selecionadas.
Os resultados demonstram que a herança cultural se tornou uma característica
predominante para a obtenção da qualidade, caracterizada, no estudo, pela qualidade formal.
Ao final, o estudo concluiu que as diretrizes do ensino médio, um documento pré-elaborado
nacionalmente, foi mais bem aceito nessas escolas do que o Projeto Político-Pedagógico
produzido em cada uma delas. Em suma, para o autor, somente efetuando uma reforma na
qualidade do atendimento dos serviços públicos básicos – que são oferecidos pelo Estado às
comunidades e têm rebatimento direto nas famílias que têm os filhos estudando nos respectivos
Sistemas Públicos de Ensino – é que fará sentido tratar com deferência a qualidade voltada para
o ensino público.
Com o tema Condições de trabalho docente e processo de implementação do programa
de educação integral no ensino médio da rede estadual de Pernambuco, Pedro Henrique de
Melo Teixeira apresentou, em 2017, na Universidade Federal de Pernambuco, sua dissertação.
Neste estudo, o autor evidencia que Pernambuco tornou-se modelo de educação integral para o
Brasil porque os índices do IDEB têm demonstrado crescimento que colocam o estado nas
primeiras colocações no ranqueamento entre os entes da federação. O Programa de Educação
Integral (PEI), implantado na gestão Eduardo Campos, foi apontado como fator importante para
tal crescimento nestes índices.
O objetivo geral da pesquisa foi o de avaliar as condições de trabalho docente envolvidas
no processo de implementação do PEI como uma política de educação integral e demonstrou
que o sentido do trabalho docente no PEI é o da responsabilização para obter resultados
positivos, mesmo em meio a precarização presente no programa. Desvelou ainda que aquilo
que os documentos oficiais do estado anunciaram como sendo condições de trabalho adequadas
ao funcionamento do programa não estava em consonância com a realidade das EREMs
apresentadas pelos professores de todo o estado nas entrevistas e seminários utilizados na
construção deste trabalho. Por fim, concluiu que o PEI não oferece essas condições de forma
suficiente para garantir a implementação de uma educação integral na Rede Estadual de Ensino.
A dissertação Ensino médio integral no agreste de Pernambuco: um diagnóstico à luz
da implementação de estratégias, foi defendida por Maria Sandra da Conceição, em 2017, pela
Universidade Federal da Paraíba. Neste estudo, a autora defende que, embora a política pública
de Educação Integral implantada em Pernambuco tenha contribuído para a melhoria dos
indicadores educacionais no Estado, evidenciam-se fortes discrepâncias entre os resultados
56

obtidos em diferentes escolas integrais, ensejando respostas que conduzam à explicação das
causas da variabilidade do desempenho.
Os resultados evidenciaram que os dois casos pesquisados possuem distinção quanto à
execução das estratégias e ações necessárias à obtenção dos resultados que garantam a eficácia
da implementação do Programa de Educação Integral. Enquanto um caso apresentou estratégias
e ações integradas à proposta pedagógica do Programa Integral, o outro se manteve indiferente,
deixando de elaborar e executar estratégias e ações no período considerado. Além disso, outros
fatores contribuíram para a variabilidade do desempenho dos casos analisados, entre eles: a
estrutura organizacional, tendo como destaque o tempo pedagógico e as atribuições de cada
segmento; a cultura organizacional, num processo de integração e adaptação da comunidade
escolar; e a liderança do gestor como principal fator responsável pela eficácia da implementação
de estratégias e ações, estimulando o alinhamento entre os aspectos que influenciam no
desempenho escolar. Por fim, este estudo apresenta subsídios para que gestores escolares
aprimorem o exercício da liderança e revejam suas práticas, propiciando a troca de experiências
exitosas, a disseminação de ações e o diálogo acerca de problemas comuns, com o objetivo de
contribuir para o fortalecimento da política implantada e a melhoria dos resultados.
A dissertação intitulada As Tecnologias da Informação e Comunicação e Sua
Contribuição para o Desempenho da Gestão Escolar: Um Estudo de Caso foi apresentada por
Aldineide Lilian Gomes de Queiroz, em 2017, pela Universidade Federal da Bahia. O estudo
objetivou a análise da contribuição das tecnologias da informação e comunicação no
desempenho da gestão escolar a partir de um estudo de caso da Escola Técnica Estadual Cícero
Dias de Recife em Pernambuco. Por meio de uma abordagem qualitativa, esta pesquisa baseou-
se em análises de documentos, além de entrevistas semiestruturadas aplicadas à gestora, aos
coordenadores e professores.

Os resultados obtidos apresentam o fato de que todos os entrevistados são unânimes ao


reconhecer as inúmeras possibilidades de tecnologia disponíveis no ambiente escolar e sua
contribuição para o desempenho da gestão, uma vez que essas ferramentas contribuíram para o
processo de ensino-aprendizagem e monitoramento das ações, refletindo positivamente nos
resultados internos e externos.

Em 2018, o trabalho intitulado Diferencial de desempenho dos estudantes no ENEM:


uma avaliação do Programa Escola em Tempo Integral da rede pública do estado de
Pernambuco no período de 2009 a 2016 foi defendido por Diego Palmiere Fernandes, na
Universidade Federal de Pernambuco. O trabalho evidencia a necessidade, diante a escassez de
57

recursos, da avaliação da eficiência de Políticas Públicas. Nesse sentido, o governo Federal


apontou para a ampliação da oferta de escolas em tempo integral como uma prioridade no
Ministério da Educação. Assim, o trabalho buscou identificar a eficiência da política de
educação em tempo integral, adotada pelo Estado de Pernambuco, por meio das Escolas
Estaduais de Tempo Integral no aumento da habilidade cognitiva dos alunos no ENEM no
período de 2009 a 2016. Os resultados evidenciaram que, o estado de Pernambuco apresentou
crescimento nos indicadores do ensino médio ao longo do tempo, chegando a conclusão de que
a política de ampliação da oferta de escolas de tempo integral consegue apresentar resultados
melhores que as escolas tradicionais.
A dissertação, apresentada em 2018 e intitulada A formação continuada dos/as docentes
das escolas de referência do ensino médio de Pernambuco: uma análise do programa de
educação integral, de Lucimar Avelino da Silva, foi realizada pela Universidade Federal Rural
de Pernambuco e analisou a Formação Continuada oferecida aos docentes do Programa de
Educação Integral de Pernambuco (PEI) no âmbito da Gerência Regional de Educação
Metropolitana Sul, da Secretaria de Educação de Pernambuco, tendo em vista a importância
dessas formações para a valorização profissional, bem como sua relação com a Educação
Integral na perspectiva dos docentes formadores e das coordenações da Formação Continuada
da Gerência Regional de Educação Metropolitana Sul e do Programa de Educação Integral. A
pesquisa apontou a ausência de uma Formação Continuada específica para os docentes que
integram o PEI. Essa formação evidencia a lógica de resultados e visa a elevar os índices
educacionais estabelecidos nacional e localmente. Além disso, a Formação Continuada é feita
de forma contingente, sem corresponder ao que objetiva o programa de Educação Integral. Por
fim, ficou clara a existência de duas redes educacionais em funcionamento no contexto da
Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco com propostas pedagógicas diferenciadas,
tratamento docente diferenciado, organização do tempo e espaço e matrizes curriculares
diferentes.
A dissertação apresentada em 2018 com tema A relação entre docente do ensino médio
(em tempo) integral e seu trabalho, no contexto da gestão por resultados, de Adriano Carvalho
Cabral da Silva, feita pela Universidade Federal de Pernambuco, inicialmente faz o
detalhamento da implantação do Ensino Integral no estado de Pernambuco, destacando o
aspecto da dedicação exclusiva dos docentes e uma crítica quanto ao conceito de qualidade da
educação adotado pelo governo, a gestão por resultados importada do mundo empresarial. O
estudo teve por objetivo geral analisar os determinantes do modelo de gestão por resultados,
58

adotado pelo Programa de Educação Integral (PEI), da Rede Estadual de Pernambuco, para a
relação entre o docente e seu trabalho.
Em suma, conclui-se que a gestão por resultados do PEI acarreta uma série de situações
degradantes para a relação do docente com o seu trabalho: as cobranças constantes por melhores
resultados nas avaliações externas; o estímulo à competição entre professores e instituições; as
sanções públicas que tendem mais a desmotivar o professor do que a servir de estímulo; além
de outras questões de natureza burocrática e infraestrutural, que condicionam o trabalho docente
a situações de intensificação, podendo desencadear situações de sofrimento ou adoecimento
pelo trabalho.
A dissertação intitulada Ensino médio integral ou integrado e a gestão por resultados:
entre a mercadorização do ensino e a educação pública de qualidade, de 2019, também
realizado na Universidade Federal de Pernambuco, de autoria de Thamyrys Fernanda Cândido
de Lima do Nascimento, segue uma linha de pesquisa bem semelhante a anterior, no que diz
respeito a uma crítica ao modelo de gestão adotado para as Escolas Integrais, já que a noção de
qualidade adotada pelo modelo de gestão por resultados é importada do mundo empresarial e
importante fundamento do processo de responsabilização (accountability). A autora
problematiza a relação que se estabelece nas escolas de Ensino Médio Integral e Integrado da
Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, entre a perspectiva da gestão por resultados e a
educação pública de qualidade. O estudo teve como campo de pesquisa duas escolas da Rede
Estadual de Ensino de Pernambuco: a EREM Austro Costa e a ETE José Humberto de Moura
Cavalcanti.
A pesquisa conclui que existe uma relação antagônica entre a qualidade da educação da
gestão por resultados adotada no PEI (aquisição de resultados, rankings) e a perspectiva de
educação pública de qualidade (qualidade social). Isso porque a política educacional do Estado
está pautada em pressupostos empresariais (eficiência, eficácia e produtividade) que têm uma
dupla finalidade: criar indicadores de qualidade para fomentar o debate eleitoral e a competição
e o ranqueamento das escolas e das redes de ensino, no sentido de criar a ambiência para a
privatização do ensino, no caso atual, através das parcerias público-privadas na gestão das
escolas, avaliação e monitoramento.
A tese Educação emocional integral: análise de uma proposta formativa continuada de
estudantes e professores em uma escola pública de Pernambuco apresentada em 2019 por
Mariana Marques Arantes, pela Universidade Federal de Pernambuco, defende que uma
educação emocional integral no ambiente escolar favorece processos de humanização na
medida em que promove o cultivo do manejo das emoções através da alfabetização emocional,
59

do autoconhecimento, do autocuidado e da tomada de decisões responsáveis. O estudo contribui


com propostas educacionais que lutam para que o processo de formação humana não seja
reduzido unicamente à dimensão cognitiva nem à intenção de servir a interesses majoritários e
reforçadores de práticas não inclusivas, mercantilistas e utilitárias. Foi realizado um projeto
formativo continuado intitulado Conecte-se: Sentindo, Pensando e Agindo, realizado em
parceria com o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, a Universidade
Federal de Pernambuco e uma Escola Estadual de Referência em Ensino Médio da região
metropolitana do Recife. Nele, os participantes foram estimulados a cultivar o manejo das
emoções na escola.
O resultado apontou que houve êxito no processo de aprendizagem do manejo das
emoções nos participantes que encontraram no programa um lugar de fala e de escuta sobre os
próprios sentimentos. Por fim, propõe uma abordagem educativa sobre o cultivo das emoções
no ambiente escolar intitulada Educação Emocional Integral (EEI), que explicita a importância
da dimensão emocional na formação humana, organiza bases epistemológicas alinhadas com a
humanização, como a espiritualidade, a multidimensionalidade, a integralidade e a
transdisciplinaridade com o objetivo de nortear futuros projetos e programas de educação
emocional nas escolas. A EEI ainda aponta objetivos que visa estimular o aprendizado capaz
de dar sentido à experiência do conhecimento formado e adquirido sobre o manejo das emoções.
A dissertação intitulada Avaliação dos resultados da política de educação integral para
o ensino médio em Pernambuco (2008-2018) foi defendida em 2019 por Josefa Rita de Cássia
Lima Serafim, na Universidade Federal de Pernambuco, e abordou os antecedentes históricos
e filosóficos da educação integral no país, desde os Pioneiros da Educação até a Reforma do
novo Ensino Médio, subsidiado pelas teorias críticas da educação. O estudo verificou em que
medida a implementação dessa política trouxe, ou não, resultados positivos, convincentes e
significativos para a melhoria da educação pública de Pernambuco.
A dissertação Impactos da Política de Educação Integral no Ensino Médio de
Pernambuco: um olhar nas Escolas de Referência em Ensino Médio dos municípios de Cedro
e Orobó, de Sandra Maria Soares, defendida na Universidade Federal de Pernambuco, no ano
2019, fez a análise e buscou identificar não só as características da Política Pública de Educação
Integral no Estado de Pernambuco a partir do perfil socioeconômico dos municípios de Cedro,
no sertão do estado de Pernambuco, e Orobó, no Planalto da Borborema, localizado na região
do agreste do estado, mas também os indicadores de desempenho nas avaliações externas dos
estudantes dessas escolas. O estudo apresentou os impactos da educação integral na vida dos
estudantes dos municípios de Cedro e de Orobó.
60

A pesquisa constatou que a implantação das EREMs melhorou o desempenho dos


educandos, possibilitou o acesso de jovens carentes à universidade pública e contribuiu com
sua formação e o projeto de vida. Além disso, o modelo de gerencialismo utilizado na gestão
educacional traz contribuições de qualidade para o processo educacional, redireciona
concepção e o acompanhamento de gestão, destacando o tratamento pedagógico. Na conclusão,
a pesquisa vislumbra como uma política de educação cujo viés da qualidade social seja ofertado
para todo o Brasil.
O quadro a seguir traz o resumo dos 31 estudos acima citados:

Quadro 03 – Resumo das teses e dissertações sobre Educação Integral em Pernambuco


Nº TÍTULO AUTOR INSTITUIÇÃO ANO/
TIPO
01 Educação integral no estado de Paulo Fernando de Universidade 2013 /
Pernambuco: uma realidade no ensino Vasconcelos Dutra Federal de Juiz de Dissertação
médio Fora.
02 Modelos de ensino público, eficiência e Valdemberg Dias da Universidade 2013 /
gestão escolar: uma análise da escola de Silva Federal da Dissertação
ensino médio regular de Quixaba e da Paraíba
escola de ensino médio integral de
Timbaúba, no estado de Pernambuco
03 Utilizações das escolas de referência em Edima Verônica de Universidade 2013 /
ensino médio pelo governo do estado de Morais Federal de Dissertação
Pernambuco: uma análise do programa Pernambuco
de educação integral
04 Reformas pró-capital na educação Jadilson Miguel da Universidade 2013 /
escolar: a reestruturação do ensino Silva Federal de Dissertação
médio pelo programa de educação Pernambuco
integral de Pernambuco
05 O desempenho das escolas de referência Jorge de Lima Beltrão Universidade 2014 /
no litoral sul de Pernambuco Federal de Juiz de Dissertação
Fora
06 Educação integral e gestão escolar: Everdelina Maria Universidade 2014 /
análise do Programa Mais Educação em Meneses de Lima Federal de Juiz de Dissertação
duas escolas estaduais de Pernambuco Fora
61

07 A política de ensino médio no estado de Valéria Lima Andrioni Universidade 2014 /


Pernambuco: um protótipo de gestão da Benittes Federal de Dissertação
educação em tempo integral” Pernambuco
08 Educação e desenvolvimento em Frederico Marcio Universidade 2014 /
Pernambuco entre 2004 e 2014: Leandro Santiago Federal de Dissertação
desvelando os nexos do programa de Pernambuco
educação integral com o
rejuvenescimento da teoria do capital
humano

09 O Programa de Educação Integral das Uiara do Carmo Universidade 2014 /


escolas de referência em ensino médio Wanderley Lima Federal de Dissertação
da rede pública Estadual de Pernambuco Pernambuco
(2008-2013)
10 Uma trajetória de educação integral em Oberlan da Silva Universidade 2014/
Pernambuco: os limites e as Estadual da Dissertação
possibilidades de opções metodológicas Paraíba
e organizações de espaço e tempo.
11 O estudo da eficácia nas escolas técnicas Michael Lucena de Universidade 2015 /
do programa de educação integral do Souza Federal Rural de Dissertação
governo do Estado de Pernambuco Pernambuco.
12 Desafios do ingresso e permanência dos Edjane Ribeiro dos Universidade 2015 /
professores no programa de educação Santos na Federal de Juiz de Dissertação
integral de Pernambuco Fora.
13 A Relação entre o perfil do diretor Dulce Cristina Universidade 2015 /
escolar e os resultados educacionais. Arcoverde de Souza Federal de Santa Dissertação
Santana Catarina
14 A gestão pedagógica nas escolas Juliana Maria Rosilda Universidade 2016/
integrais e a implantação do sistema de de Oliveira Federal da Dissertação
informações educacionais de Paraíba
Pernambuco: uma abordagem à luz da
perspectiva sociotécnica
15 Ensino (em tempo) integral: as Andréa Giordanna Universidade 2016 /
propostas oficiais na dinâmica do real Araujo da Silva Federal de Tese
Pernambuco
62

16 Juventudes, formação humana e escola Luiza Cristina Pereira Universidade 2016 /


pública: uma análise dos sentidos da de Araújo Federal de Tese
integralidade no programa de educação Pernambuco
integral de Pernambuco
17 Inovação, aprendizagem organizacional Elisângela da Silva Universidade 2016 /
e capacidade de absorção: evidências em Araújo Carvalho Federal da Dissertação
escolas públicas integrais de Paraíba,
Pernambuco
18 De escola regular a escola de referência: Lúcia de Fátima Farias Universidade 2017 /
trajetória de mudança da Escola da Silva Estadual da Dissertação
Severino Farias em Surubim – PE Paraíba
19 Relações de gênero no contexto do Fernanda Cavalcante Universidade 2017 /
Programa de Educação Integral (PEI): da Silva Federal de Dissertação
os desafios dos conteúdos da jornada Pernambuco.
ampliada
20 Desvelando identidades: a identidade Agenor Facundes de Universidade 2017/
profissional dos professores de língua Albuquerque Júnior Federal da Dissertação
portuguesa pertencentes ao programa de Paraíba
educação integral da rede pública
estadual de Pernambuco
21 Uma análise do significado do tema João Carlos Zirpoli Universidade 2017 /
“qualidade” em duas escolas de Leite Federal de Tese
referência da rede pública do Estado de Pernambuco
Pernambuco
22 Condições de trabalho docente e Pedro Henrique de Universidade 2017 /
processo de implementação do Melo Teixeira Federal de Dissertação
programa de educação integral no Pernambuco
ensino médio da rede estadual de
Pernambuco
23 Ensino médio integral no agreste de Maria Sandra da Universidade 2017/
Pernambuco: um diagnóstico à luz da Conceição Federal da Dissertação
implementação de estratégias Paraíba
24 As Tecnologias da Informação e Aldineide Lilian Universidade 2017/
Comunicação e Sua Contribuição para o Gomes de Queiroz Federal da Bahia Dissertação
Desempenho da Gestão Escolar: Um
Estudo de Caso
63

25 Diferencial de desempenho dos Diego Palmiere Universidade 2018 /


estudantes no ENEM: uma avaliação do Fernandes Federal de Dissertação
Programa Escola em Tempo Integral da Pernambuco
rede pública do estado de Pernambuco
no período de 2009 a 2016
26 A formação continuada dos/as docentes Lucimar Avelino da Universidade 2018 /
das escolas de referência do ensino Silva Federal Rural de Dissertação
médio de Pernambuco: uma análise do Pernambuco
programa de educação integral
27 A relação entre docente do ensino médio Adriano Carvalho Universidade 2018 /
(em tempo) integral e seu trabalho, no Cabral da Silva Federal de Dissertação
contexto da gestão por resultados Pernambuco
28 Ensino médio integral ou integrado e a Thamyrys Fernanda Universidade 2019/
gestão por resultados: entre a Cândido de Lima do Federal de Dissertação
mercadorização do ensino e a educação Nascimento. Pernambuco
pública de qualidade

29 Educação emocional integral: análise de Mariana Marques Universidade 2019 /


uma proposta formativa continuada de Arantes Federal de Tese
estudantes e professores em uma escola Pernambuco
pública de Pernambuco

30 Avaliação dos resultados da política de Josefa Rita de Cássia Universidade 2019/


educação integral para o ensino médio Lima Serafim Federal de Dissertação
em Pernambuco (2008-2018) Pernambuco
31 Impactos da Política de Educação Sandra Maria Soares Universidade 2019/
Integral no Ensino Médio de Federal de Dissertação
Pernambuco : um olhar nas Escolas de Pernambuco
Referência em Ensino Médio dos
municípios de Cedro e Orobó

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Os estudos acima mencionados trazem debates acerca da oferta de Educação Integral


em Pernambuco, abrangendo vários aspectos a ela relacionados, tendo, assim, contribuído para
o levantamento da sua construção historiográfica. Iniciando com a análise de minha dissertação
de mestrado que contribuiu neste debate ao abordar o histórico da implantação da Educação
64

Integral em Pernambuco, na etapa do Ensino Médio, desde seu início, como uma iniciativa
experimental, até se tornar uma Política Pública voltada para o atendimento dos jovens
pernambucanos.
De modo geral, alguns estudos abordaram as contribuições desta Política Pública para
qualidade da educação; outros trouxeram visões críticas, em especial no que diz respeito a
questões políticas a ela vinculada. Alguns autores debateram sobre o modelo de gestão, tipos
de oferta, repercussão em questões sociais, inovações e práticas educativas a ela relacionadas.
Dessa forma, esse levantamento bibliográfico resultou na consideração de diferentes visões e
análises sobre a Educação Integral em Pernambuco, inclusive, guardadas as devidas
proporções, evidenciou o êxito dessa Política Pública no que tange a melhorias educacionais e
sociais, bem como a repercussão e reconhecimento dessa iniciativa no cenário nacional.
Uma vez identificada a produção científica relacionada ao objeto deste estudo, no
próximo capítulo, ainda de forma sucinta, apresentarei o levantamento documental da Educação
Integral no Brasil, seguindo a análise historiográfica já detalhada nas páginas iniciais dest tese.
Assim, é possível obter uma visão mais geral dos vestígios deixados na linha do tempo das
gerações pretéritas acerca do objeto aqui investigado.
65

4 HISTÓRICO DOCUMENTAL DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL

“Através de sua permanente ação transformadora da realidade objetiva, os homens,


simultaneamente, criam a história e se fazem seres histórico-sociais.” (FREIRE, 1987, p. 59)

A Educação Integral é um exemplo de uma ação transformadora da realidade; logo,


esse capítulo tem o objetivo de apresentar alguns aspectos históricos das tentativas de ofertá-
la à população, no sentido de uma educação de qualidade e necessária a nossa realidade social.
Para isso, foi realizada uma análise de alguns documentos relativos à Educação Integral no
Brasil e no estado de Pernambuco, cenário deste estudo. Os documentos são indícios da
preocupação da sociedade civil e seus governantes em relação à necessidade de se instaurar
uma educação que atendesse às necessidades da sociedade brasileira.

4.1 MARCOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL

Seguindo o método historiográfico que orienta o estudo seguindo a temporalidade,


apresento neste tópico os principais marcos históricos da Educação Integral desde sua origem,
pois conforme Saviani (2006):

Considerando-se que as fontes são o ponto de origem, a base e o ponto de


apoio para a produção historiográfica que nos permite atingir o conhecimento
da história da educação brasileira, releva de importância o desenvolvimento
de uma preocupação intencional e coletiva com a geração, manutenção,
organização, disponibilização e preservação das múltiplas formas de fontes da
história da educação brasileira. (SAVIANI, 2006, p. 33)
Assim, com vistas a propiciar uma visão geral da Educação Integral no Brasil, embora
o foco desta tese seja na experiência desta oferta pela rede estadual de ensino de Pernambuco
entre os anos de 2004 a 2021, iremos nos aprofundar inicialmente em sua fonte, ou seja, nas
primeiras experiências observadas no Brasil.
Iniciando o estudo no ano de 1932, quando foi publicado o Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova, documento que, de acordo com Azevedo (2010) tem contribuído
significativamente para o início dos trabalhos na área da educação, ao analisá-lo observamos
que o documento supracitado trata de questões que estão diretamente relacionadas à educação
integral. Inicialmente sob o subtítulo de A reconstrução educacional no Brasil: ao povo e ao
governo, o manifesto propõe uma educação nova com enfoque mais humano e social, visando
a uma educação não voltada para os interesses das classes, mas vinculada ao meio social e
eminentemente pública, conforme trecho a seguir:
66

Mas, a educação que, no final de contas se resume logicamente numa reforma


social, não pode, ao menos em grande proporção, realizar-se senão pela acção
extensa e intensiva da escola sobre o indivíduo e deste sobre si mesmo, nem
produzir-se, do ponto de vista das influências exteriores, senão por uma
evolução contínua, favorecida e estimulada por todas as forças organizadas de
cultura e de educação. As surprezas e os golves de theatro são impotentes para
modificarem o estado psychologico e moral de um povo. É preciso, porém,
atacar essa obra, por um plano integral, para que ella não se arrisque um dia a
ficar no estado framentado, semelhante a essas muralhas pelasgicas,
inacabadas, cujos blocos enormes, esparsos ao longe sobre o solo,
testemunham gigantes que os levantaram, e que a morte surprehendeu antes
do cocôamento de seus esforços… (AZEVEDO, 2010, p. 410)
O documento traz princípios que devem basear o planejamento do sistema educacional,
o que irá proporcionar a necessária transformação. Entre os princípios norteadores está o da
educação como uma função essencialmente pública, com a cooperação de todas as instituições
sociais, recomendando, principalmente, a importância de fortalecer a relação família e escola.
Há também o princípio do direito biológico de cada indivíduo à sua educação integral, que torna
a escola acessível em todos os seus graus, possibilitando o desenvolvimento de cidadãos de
forma igualitária, o que leva ao princípio da escola para todos. Ainda é enfatizado os princípios
da laicidade, gratuidade, obrigatoriedade e coeducação, ou seja, da educação comum. Sobre
essa nova proposta educacional, destaca-se o seguinte trecho na íntegra:

A educação nova, alargando a sua finalidade para além dos limites das classes,
assume, com uma feição mais humana, a sua verdadeira funcção social,
preparando-se para formar “a hierarchia democrática” pela “hierarchia das
capacidades”, recrutadas em todos os grupos sociaes, a que se abrem as
mesmas oportunidades de educação. Ella tem, por objeto, organizar e
desenvolver os meios de acção durável com o fim de “dirigir o
desenvolvimento natural e integral do ser humano em cada uma das etapas de
seu crescimento”, de acôrdo com uma certa concepção de mundo.
(AZEVEDO, 2010, p. 411)
Como vimos, o Manifesto dos Pioneiros da Educação traz princípios científicos que, ao
se basearem no sistema educacional, tornam possível a transformação da educação pública para
que ela seja capaz de desenvolver os indivíduos em sua integralidade. É um documento que até
hoje serve de base para estudos na área educacional e tem contribuído para as diversas
experiências na implantação da educação integral em todo país. Vemos assim, uma
comprovação do que foi estudado acima, no que tange ao papel dos intelectuais, pois
profissionais especializados em educação puderam elaborar um documento científico que
trouxe relevantes impactos sociais ao passo que tratam de objetivos e princípios que devem
guiar a prática educacional.
Na década de 1950, identificamos a experiência da implantação da educação integral no
Centro Educacional Carneiro Ribeiro, que passou a ser conhecida como Escola Parque de
67

Salvador. Essa experiência na implantação da educação integral, na Bahia, para Teixeira


(1967), era motivo de preocupação que as crianças brasileiras não frequentassem a escola em
horário integral. Para ele, esse tempo fora da escola desfaz o trabalho realizado no ambiente
escolar, defendendo, assim, a escola em tempo integral, de forma que ao atuar como Secretário
de Educação daquele estado, durante o governo de Otávio Mangabeira, defensor do regime
democrático, obteve apoio para instalar o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, localizado no
bairro da Liberdade, um bairro populoso e com grande demanda para essa vivência.
A experiência da Escola Parque em Salvador chegou a ser implantada em apenas três
escolas; no entanto, até hoje serve de inspiração para outras iniciativas. Ao analisar o
documento de Anísio Teixeira é possível ter uma visão do contexto político e social da época,
bem como sua experiência ao atuar tanto com Secretário de Educação no estado da Bahia como
na presidência do INEP, onde Teixeira (1967) detalha as dificuldades encontradas, seja de
ordem burocrática, seja relacionada a precariedade do sistema educacional. A leitura mostra a
importância da institucionalização de um sistema para oferta de educação integral, pois
reconhece que, apesar de todas as dificuldades encontradas, só foi possível vivenciar essa
experiência graças aos recursos Federais e ao comprometimento e experiência dos educadores
envolvidos.
Nesse modelo, durante um turno, a criança estuda numa das escolas-classe, onde eram
ministrados os conteúdos propedêuticos; no entanto, Teixeira (1967) reforça que esse ensino
seguia a mais avançada doutrina pedagógica. Já no outro turno, os estudantes iam para a escola-
parque, onde tinham acesso às atividades educativas diversas, tais como: trabalhos manuais,
artes industriais, educação artística, educação física e atividades socializantes com professores
especializados. Para isso, o Professor Anísio Teixeira contou com a disponibilidade de um
quadro de professores experientes, os quais foram formados e receberam incentivos para iniciar
esse trabalho, permitindo a plena integração com os objetivos da nova escola.

A organização da escola, pela forma prevista, daria ao aluno a oportunidade


de participar, como membro da comunidade escolar, de um conjunto rico e
diversificado de experiências, em que se sentiria: o estudante na escola-classe,
o trabalhador nas oficinas de atividades industriais, o cidadão nas atividades
sociais, o esportista no ginásio, o artista no teatro e nas demais atividades de
arte, pois todas essas atividades podiam e deviam ser desenvolvidas, partindo
da experiência atual das crianças para os planejamentos elaborados com a sua
plena participação e depois executados por elas próprias. Seriam experiências
educativas, pelas quais as crianças iam: adquirir hábitos de observação,
desenvolver a capacidade de imaginar e ter idéias, examinar como podiam ser
executados e executar o projeto, ganhando, assim, habilitação para a ação
inteligente e eficiente em sua vida atual, a projetar-se para o futuro. Se a
escola-classe se mantinha, em essência, a antiga escola convencional, as
68

condições de trabalho na escola-parque iriam facilitar sobremodo a aplicação


dos melhores princípios de educação moderna. (TEIXEIRA, 1967, p. 11)
Como se observa, embora tenha sido uma experiência vivenciada ainda na década de
1960, já foi comprovado que problemas educacionais podem ser resolvidos, desde que haja
investimentos e envolvimento de profissionais experientes, sendo ainda mais fortalecido
quando esses profissionais são da própria comunidade escolar, valorizam sua cultura e
conhecem suas peculiaridades e necessidades. Mais uma vez observamos o papel essencial
desempenhado por educadores e intelectuais comprometidos, que se dedicaram a encontrar
soluções inovadoras para os problemas educacionais, que com investimentos e
estabelecimentos de Políticas Públicas direcionadas a resolver problemas sociais que, até hoje,
são comuns em todo país.
Nessa mesma década, foi promulgada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN) Nº. 4.024/1961. Inicialmente, é importante analisarmos o contexto político
e o papel dos intelectuais no processo de formulação desta primeira LDBEN. A Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi aprovada em 1961 e o seu processo de elaboração
foi longo, pois alguns obstáculos se apresentaram nesse percurso, como, por exemplo, questões
relativas à centralização e descentralização do ensino, emprego de recursos públicos para
instituições privadas, entre outros, como detalha MARCHELLI (2014):

O período de formulação da LDB/1961 e sua tramitação política deu-se entre


os anos de 1947 e 1961 à sombra de um exasperado conflito de interesses
envolvendo por um lado os liberais escolanovistas que defendiam a escola
pública e a centralização do processo educativo pela União e, por outro, os
católicos cujo mote era a escola privada e a não interferência do estado nos
negócios educacionais. No entanto, o poder de conciliação do regime liberal
populista dentro do qual a LDB foi concebida e aprovada, que se instalou no
país em 1945 com o fim da ditadura Vargas e perdurou até o golpe militar de
1964, soube conciliar muito bem os interesses em jogo. Considerando que a
educação nacional está voltada para os princípios de liberdade e os ideais de
solidariedade que têm, por fim, a preservação dos direitos e deveres
individuais, da família, das instituições sociais e do estado (Art. 1º, item a),
tanto liberais quanto conservadores foram contemplados em relação aos seus
desejos historicamente instituídos. (MARCHELLI, 2014, p. 6)
Para o autor, o surgimento da LDB permitiu a democratização do ensino secundário,
respondendo à demanda advinda então do crescimento do setor industrial e da urbanização, e o
formato adotado oferecia uma formação especializada aos alunos provindos das classes menos
favorecidas economicamente.
Vale ressaltar que essa oferta da educação em massa e a da educação de nível superior,
até então restrita às classes dominantes, criou um dualismo no interior da sociedade e tinha a
premissa de que assim assim seria alcançado o desenvolvimento nacional.
69

Ainda do ponto de vista de Marchelli (2014), ao analisar a produção intelectual sobre


as mudanças educacionais, a LDBEN de 1961 contemplou suas aspirações, mesmo que
parcialmente. Dentre esses intelectuais destaca-se Anísio Teixeira, escritor que ingressou na
política e protagonizou discussões sobre a nova educação, conforme já detalhado no item
anterior.
Ao analisar o teor dessa legislação, buscando suas contribuições para a implantação da
educação integral no Brasil, encontramos vários artigos que tratam da oferta da educação
integral, conforme consta já no primeiro artigo:
Art. 1º - A educação nacional, inspirada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, tem por fim:
a) a compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do
Estado, da família e dos demais grupos que compõem a comunidade;
b) o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do homem;
c) o fortalecimento da unidade nacional e da solidariedade internacional;
d) o desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação
na obra do bem comum;
e) o preparo do indivíduo e da sociedade para o domínio dos recursos
científicos e tecnológicos que lhes permitam utilizar as possibilidades e
vencer as dificuldades do meio;
f) a preservação e expansão do patrimônio cultural;
g) a condenação a qualquer tratamento desigual por motivo de convicção
filosófica, política ou religiosa, bem como a quaisquer preconceitos de
classe ou de raça. (BRASIL, 1961, p. 1)
Além da análise documental sobre a Educação Integral, foco principal deste estudo,
também foi observada a oferta da educação profissional, pois mais a frente será detalhada a
experiência do Estado de Pernambuco, que implantou a educação integral no nível médio,
incluindo a forma integrada à educação profissional, e a última alteração da LDBEN, Lei
13.415/2017, que será detalhada à frente e também estabelece a oferta de diferentes itinerários
formativos nessa etapa da educação básica.
Na Lei 4.024/1961, é interessante destacar os capítulos I – Do Ensino Médio, II- Do
Ensino Secundário e III – Do Ensino Técnico, que estão previstas a oferta de disciplinas
optativas e a informação de que cada estabelecimento de ensino poderia escolher livremente
até duas dessas disciplinas, sendo designado pelos Conselhos Federais e Estaduais de Educação
essas definições:

Art. 35. Em cada ciclo haverá disciplinas e práticas educativas, obrigatórias e


optativas.

§ 1º Ao Conselho Federal de Educação compete indicar, para todos os


sistemas de ensino médio, até cinco disciplinas obrigatórias, cabendo aos
conselhos estaduais de educação completar o seu número e relacionar as de
caráter optativo que podem ser adotadas pelos estabelecimentos de ensino.
70

§ 2º O Conselho Federal e os conselhos estaduais, ao relacionarem as


disciplinas obrigatórias, na forma do parágrafo anterior, definirão a amplitude
e o desenvolvimento dos seus programas em cada ciclo. (BRASIL, 1961, p.
1)
Vale ressaltar que a promulgação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional representa uma importante conquista para área educacional, seu processo de
elaboração levou décadas, devido a necessidade de conciliar áreas conflitantes, assim como as
intensas discussões dos intelectuais, a demanda da sociedade – classe dominante e proletariado
– e os interesses Políticos. A legislação se mostrou aquém dos ideais revolucionários dos
intelectuais, ideais ainda sonhados e discutidos acaloradamente até nossos dias.
Seguindo a cronologia, chegamos à década de 1970, quando uma nova versão da
LDBEN foi promulgada, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº.
5.692/1971. No contexto político, o Brasil vivia a ditadura Militar, cuja característica era a
repressão da sociedade civil. O estado tinha intervenção direta nas escolas, considerando que
havia mecanismos de controle de liberdade, tais como o Ato Institucional AI-5 de 1968. Assim,
uma forte característica da Lei 5.692/71 é a abordagem de temas sociais por meio do currículo,
a exemplo da disciplina de Educação Moral e Cívica que tinha o objetivo de divulgar valores
daquela nova realidade social. Conforme descreve Jacomeli (2010):

E foi, no interior dos embates políticos, sociais e econômicos, que a educação


foi reformada para forjar o “novo” cidadão, obediente e pacífico e que a
ditadura militar almejava para a sociedade. Nessa reforma educacional, os
Estudos Sociais, que englobavam as disciplinas de História e Geografia e a
disciplina de Educação Moral e Cívica, teriam a função de “inculcar” os
valores sociais desejáveis para o governo militar. (JACOMELI, 2010, p. 3)
Ainda outra característica dessa Lei foi a definição de um núcleo-comum para o
currículo, algo que não havia sido definido na versão anterior. Ainda segundo Jacomeli (2010),
embora tenha sido idealizado para escolas organizadas por governos militares, a formulação
dessa lei contou com a influência Piagetiana e teorias escolanovistas na proposta de estruturação
do currículo.
Já em relação à educação integral, essa versão da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional apresenta um retrocesso em relação à Lei Nº. 4.024/1961, pois a menção direta ao
desenvolvimento integral dos estudantes aparece apenas no capítulo II, que trata do Ensino de
2º grau; no entanto, no capítulo I, que abrange tanto o 1º como o 2º grau, teve seu primeiro
artigo bastante resumido em relação ao anterior.
Observa-se que há apenas menção ao objetivo de desenvolver potencialidades e
qualificação para o exercício da cidadania, como prescreve o Artigo 1º, “O ensino de 1º e 2º
71

graus tem por objetivo geral proporcionar ao educando a formação necessária ao


desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização, qualificação para
o trabalho e preparo para o exercício consciente da cidadania” (BRASIL,1961,p.1). E,
posteriormente, no capítulo II, que trata especificamente do Ensino do 2º grau, há uma menção
direta à formação integral dos adolescentes, no Artigo 21, “O ensino de 2º grau destina-se à
formação integral do adolescente” (BRASIL, 1961, p.6).
Referente à educação profissional, não há nenhum artigo que faça referência ao ensino
técnico, nem foram mais citadas as disciplinas optativas como previa a versão anterior.
Observamos que no capítulo IV, que trata do Ensino Supletivo, foi mencionado a necessidade
de incluir a qualificação profissional:

Art. 27. Desenvolver-se-ão, ao nível de uma ou mais das quatro últimas séries
do ensino de 1º grau, cursos de aprendizagem, ministrados a alunos de 14 a 18
anos, em complementação da escolarização regular, e, a esse nível ou ao de 2º
grau, cursos intensivos de qualificação profissional. (BRASIL, 1961,6).
Um importante marco para Educação Integral acontece na década de 1980, com a
implantação de Centros Integrados de Educação Pública (CIEP), idealizados por Darcy Ribeiro,
no primeiro governo de Leonel Brizola, no Rio de Janeiro, entre os anos 1983 a 1987. Essa
implementação tinha um compromisso político com as classes populares e com a Escola Pública
que fazia parte do inventário desses profissionais que irão compor também as equipes de
implantação do projeto dos CIEP.
Faria (2017) traz o contexto político, mostrando que em 1982, quando se realizaram as
eleições diretas para governadores em todo o país e no Rio de Janeiro foi eleito Leonel de Moura
Brizola, tendo como vice-governador o antropólogo Darcy Ribeiro, também secretário estadual
de cultura e presidente do I Programa Especial de Formação (PEE). Esse programa tinha dentre
suas metas a construção dos CIEP, que o povo passou a chamar de Brizolões, que tinha previsão
de atendimento a 1.000 crianças em horário integral.
O principal objetivo dos CIEP era o de oferecer uma escola pública de qualidade em
horário integral contendo uma série de atividades culturais, esportivas e de lazer, tendo por
características: localização estratégica e participação comunitária; professores especializados;
redefinição dos conteúdos curriculares para estimular a reflexão crítica e a prática cidadã. Essas
instituições ofereciam atendimento a crianças nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
abrangendo a construção do conhecimento e o bem-estar social da criança, incluindo os
cuidados nutricional e médico. Nesse período, o termo Educação Integral era então relacionado
à saúde das crianças.
72

Para Moll (2012), os Centros Integrados de Educação Pública (CIEP) constituíram-se


como uma das principais marcas de políticas públicas da década de 1980 no Estado do Rio de
Janeiro, tendo como referência pedagógica as ideias e experiências lideradas por Darcy Ribeiro.
Destaca ainda a importância de teses apreciadas pelos professores e lideranças sindicais no
Encontro de Mendes, realizado em 25 e 26 de novembro de 1983, onde foi consagrada no livro
dos CIEP a expressão “vamos passar a escola a limpo”. Para a autora, a educação integral é
uma forma de dar resposta à necessidade de qualificar o tempo escolar, superando o caráter
parcial e limitado das poucas horas diárias, dando condições de universalidade.
Finalizando o espaço temporal estudado, chegamos a década de 1990, quando houve a
promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) Nº. 9.394/96. O
contexto em que se deu o processo de aprovação da LDBEN precisou levar em consideração a
globalização, que então já influenciava todos os setores da vida social. Não diferente das
versões anteriores, havia uma disputa ideológica entre o público e o privado cujo foco, segundo
Brzezinski (2010), era a defesa da escola pública laica, gratuita e de qualidade para todos os
níveis e para todos os brasileiros e o ensino privado, administrado pelos empresários.
Tais disputas acirradas e polêmicas resultaram em negociações, lideradas pelo então
deputado Florestan Fernandes, que, embora não atendesse à maioria das aspirações do primeiro
grupo, resultou em um anteprojeto de lei n.º 1.258-C3, aprovado pelo plenário dos deputados
federais em 13/05/1993. Mais tarde, foi rejeitado e substituído por um novo anteprojeto de
autoria do senador Darcy Ribeiro, favorecido pelo então Ministro da Educação.
De acordo com Brzezinski (2010, p.192), o referido deputado “exercitou seu poder de
barganha e de ‘troca de favores’, conseguindo, assim, a adesão de senadores para defender
casuisticamente a entrada nessa ‘casa’ de um novo anteprojeto de lei n.º 67/1992, de autoria do
senador Darcy Ribeiro”, que recebeu o número PLC n.º 101/1993, sendo o único projeto
encaminhado à Câmara dos Deputados pelo então Presidente da República Fernando Henrique
Cardoso em 20/12/1996. Houve então uma repercussão negativa entre os educadores, pois, para
eles, o senador Darcy Ribeiro havia se rendido à autoridade do Executivo, sendo ele até então
um dos protagonistas da luta contra as políticas educacionais autoritárias da ditadura militar e
defensor da democracia e da educação pública.
Referente à Educação Integral, foi a partir desta versão da LDBEN que grandes avanços
foram observados, por isso esse é um importante marco legal para educação brasileira. A partir
daí é possível observarmos na prática importantes avanços na oferta de educação integral, com
destaque a alguns estados como Pernambuco, o qual iremos relatar mais a frente. Abaixo,
seguem os artigos que contemplam essa modalidade de oferta:
73

● Artigo 3º – Trata da finalidade da educação nacional, esse artigo determina


princípios que devem ser considerados no processo de ensino, dentre os quais está a
“valorização da experiência extra-escolar” e “vinculação entre a educação escolar, o
trabalho e as práticas sociais”.
● Artigo 29 – Determina a finalidade da educação Infantil “desenvolvimento integral
da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e
social, complementando a ação da família e da comunidade”. Esta finalidade está de
acordo com a proposta da Educação Integral, quando contempla a integralidade do ser
bem como a ação corresponsabilidade, ao evidenciar a responsabilidade da família e da
comunidade no processo educativo das crianças.
● Artigo 34 – Indica a implantação progressiva da Educação Integral no Ensino
Fundamental, “A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro
horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período
de permanência na escola”, também que “o ensino fundamental será ministrado
progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino”. Esse é um artigo
importante pois, embora apenas contemple a questão do tempo escolar, como esse
estudo comprova, este é um aspecto que propicia a prática da educação integral.
● Artigo 35 – Define o Ensino Médio como etapa final da Educação Básica e tendo
como algumas de suas finalidades consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos
no Ensino Fundamental, “a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,
para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores”. Outra finalidade importante
para implementação da Educação Integral é “o aprimoramento do educando como
pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico”.
● Artigo 36 – Traz entre as diretrizes do Ensino Médio que esta etapa do ensino
“adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos
estudantes”, essa diretriz é condizente com a premissa do Protagonismo Juvenil, adotada
como base para as Escolas Integrais de Pernambuco.
● Artigo 87 – Institui a Década da Educação, tendo como uma de suas metas “a
progressão das redes escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o regime
de escolas de tempo integral”. Uma meta que ainda se constitui um desafio para as redes
públicas de ensino. Em Pernambuco, a implantação da Educação Integral na etapa do
74

Ensino Fundamental ainda tem muito a avançar, no entanto, iniciativas já foram


implementadas neste respeito.
● Seção IV – Pode-se observar também grande ênfase à educação profissional, a
partir desta Seção, que trata especificamente do Ensino Médio, contando também com
um capítulo específico para a educação profissional, tendo sido enfatizada sua
articulação com o ensino regular. “Art. 40. A educação profissional será desenvolvida
em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação
continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho.
Em consonância com a LDBN 9.394/96, para implementação da educação integral e
profissional, em um estudo que desenvolvi no ano 2013, percebi as possibilidades e os desafios
da oferta da educação integral no Ensino Médio, considerado o momento determinante para as
escolhas que os jovens precisam fazer; portanto, defendo que é apropriado a implementação da
educação integral nessa etapa da educação básica. O próximo capítulo irá abordar a experiência
do estado de Pernambuco cuja oferta da educação integral iniciou nesta etapa da educação
básica e cujos resultados têm se mostrado exitosos desde sua implantação. (DUTRA, 2014)
A Lei 13.415/2017, que altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, traz uma
reforma para o Ensino Médio e introduz uma nova lógica curricular. Conforme Brasil (2017),
60% do currículo dos três anos do Ensino Médio serão preenchidos pelo conteúdo obrigatório
previsto na Base Nacional Comum Curricular, mas divididos em cinco áreas de conhecimento:
Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Formação Técnica e
Profissional. O restante da grade curricular, ou seja, os outros 40%, será cursada conforme os
chamados itinerários formativos, de acordo com as preferências de cada estudante, que poderá
escolher, entre essas cinco áreas, a qual dará ênfase.
Encontramos mudanças que incluem o aumento progressivo da carga horária anual,
exemplificamos no:
Art. 24

I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino


fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos
dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais,
quando houver;

§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser
ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas
horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco
anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de
2017. (BRASIL, 2017, p.1)
75

Além das alterações referentes à carga horária anual, citadas nos parágrafos acima, a
reforma proposta incluiu, além das áreas de conhecimento, uma parte diversificada, divididas
em cinco áreas do conhecimento que devem estar em harmonia com a Base Nacional Comum.
Considero muito significativo que no texto foi incluído de forma direta a recomendação de que
os currículos do Ensino Médio devem levar em consideração a formação integral do aluno e
considerar aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais:

Art. 35 - A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos


de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho
Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhecimento:

I - linguagens e suas tecnologias;


II - matemática e suas tecnologias;
III - ciências da natureza e suas tecnologias;
IV - ciências humanas e sociais aplicadas.

§ 1º A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26,


definida em cada sistema de ensino, deverá estar harmonizada à Base
Nacional Comum Curricular e ser articulada a partir do contexto histórico,
econômico, social, ambiental e cultural....
§ 7º Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral
do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu
projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e
socioemocionais... (BRASIL, 2017, p.1)
A Reforma do Ensino Médio, conforme exemplificado nos artigos acima, irá incentivar
a ampliação da oferta de ensino integral no Brasil, já que estabelece a ampliação do tempo
escolar e determina que os currículos do Ensino Médio considerem a formação integral do
educando. Nas redes onde esse processo já está avançado, como é o caso da Rede Estadual de
Pernambuco, não haverá empecilhos para adaptação da nova legislação.
Foram definidos cinco itinerários formativos para compor a Base Nacional Comum
Curricular, sendo necessário:
Art. 4º O art. 36 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar
com as seguintes alterações:
"Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional
Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão ser organizados
por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino, a saber:

I - linguagens e suas tecnologias;


II - matemática e suas tecnologias;
III - ciências da natureza e suas tecnologias;
IV - ciências humanas e sociais aplicadas;
V - formação técnica e profissional. (BRASIL, 2017, p.2)

Estudar como essa realidade foi e vem se constituindo, levantando as contradições e


relações estabelecidas para melhor compreender o contexto atual dessa história, consiste, sem
76

dúvida, num desafio e obrigação para quem esteve, nos últimos anos, participando dessa
realidade. O estudo evidencia, portanto, o comprometimento com o desenvolvimento dessa
memória, a vontade de contribuir para sua continuidade e para o avanço na oferta de uma
educação pública de qualidade social. No próximo tópico, mostrarei como essa base legal se
deu na prática, com as tratativas legais da implantação da Educação Integral no estado de
Pernambuco.

4.2 PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL EM PERNAMBUCO

Para o entendimento das primeiras tratativas governamentais de um dado fenômeno


social, conforme detalhado nos procedimentos metodológicos, esta seção terá como base a
memória da Educação Integral em Pernambuco com o objetivo de entender a sua constituição
e a relevância social desta política pública educacional nessa unidade da federação, cenário
deste estudo.
Trazendo a análise dos antecedentes da Educação Integral para o contexto do estado
pernambucano, observa-se que, desde o advento da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei nº 9394/96), a referida unidade da federação vinha se defrontando com o desafio
de oferecer, à sua juventude, uma nova instituição escolar.
Naquele momento, início dos anos 2000, para estabelecer a institucionalização da
experiência, o Governo do Estado criou o Programa de Desenvolvimento dos Centros de Ensino
Experimental (Procentro), por meio do Decreto de nº 25.596, de 1 de julho de 2003. No entanto,
foi somente no ano seguinte, em 2004, que a primeira Escola Integral iniciou suas atividades.
O Procentro estava vinculado à Secretaria de Educação e tinha como objetivo garantir o
planejamento e a execução de um conjunto de ações inovadoras em conteúdo, método e gestão,
direcionadas à melhoria da oferta e da qualidade do Ensino Médio na Rede Pública do Estado,
mediante a implantação de Centros de Ensino Experimental.
Assim, em 2004, passou a funcionar o Centro de Ensino Experimental Ginásio
Pernambucano (CEEGP) a partir do Termo de Cooperação Técnica firmado com o Instituto de
Corresponsabilidade para a Educação (ICE), baseado no modelo de gestão público-privado, que
pretendia criar uma rede formada por esses centros.
Segundo Magalhães (2008), presidente do ICE, as definições sobre a localização e
abertura dos Centros de Ensino Experimental seriam determinadas pela Secretaria de Educação
juntamente com o referido instituto após a realização de estudos para identificação das
necessidades e conveniências de sua implantação. Tudo isso, sob duas condições: encontrar
77

parceiros dispostos a participar e colaborar com a iniciativa e obter o apoio das comunidades
locais à iniciativa. Para o autor, era principalmente a parceria com as prefeituras que gerava a
corresponsabilidade por essa implantação, garantindo sua sustentabilidade.
Dentro desta perspectiva, foram definidas as responsabilidades para cada instituição
parceira a fim de dar clareza ao princípio da corresponsabilidade. Tais obrigações foram
detalhadas no Termo de Cooperação Técnica, então formalizado entre a Secretaria de Educação
e o Instituto de Corresponsabilidade Pela Educação (ICE), que foram assim definidas: ao
Governo do Estado cabia a responsabilidade de ceder professores com a devida pré-
qualificação, liberação de recursos financeiros para custeio dos Centros, cogestão dos Centros
e cessão e manutenção da infraestrutura física dos prédios escolares estaduais; ao ICE, cabia a
responsabilidade pela mobilização da comunidade local, do meio empresarial e de instituições
nacionais e internacionais, pelo financiamento de infraestrutura específica dos Centros
(biblioteca, laboratórios e salas temáticas), por consultorias, transferência de novas tecnologias
em conteúdo, método e gestão e pela cogestão dos Centros; às prefeituras/autarquias, cabia a
responsabilidade pela cessão e manutenção da infraestrutura física dos prédios cedidos e
cogestão dos Centros.
Com a implantação da primeira escola experimental de ensino médio, o Centro de
Ensino Experimental Ginásio Pernambucano (CEEGP), em 2004, a função de gestor, que em
todas as escolas estaduais era exercida por professores da própria rede estadual
(PERNAMBUCO, 2003, p.7), passou a ser ocupada por cargos comissionados. No período de
2004 a 2006, foram implantados 20 Centros de Ensino Experimental, o quadro abaixo traz os
decretos de criação dos desses Centros nesse período:

Quadro 04 – Decretos de criação dos Centros de Ensino Experimentais

Nº DECRETO DATA Centro de Ensino Experimental – CEE


25.596/2003 01/07/2003 CEE Ginásio Pernambucano
28.069/2005 29/06/2005 CEE de Bezerros
28.436 a 28.440/2005 04/10/2005 CEE de Palmares, Panelas, Timbaúba, Arcoverde e Serra
Talhada
28.472 a 28.474/2005 11/10/2005 CEE de Abreu e Lima, Garanhuns e Petrolina.
28.830/2006 a 28.832 18/01/2006 CEE de Boa Viagem – Recife, Ipojuca e no Cabo de
Santo Agostinho.
29.812/2006 01/11/2006 CEE de Salgueiro
30.070/2006 22/12/2006 CEE Belo Jardim, Nóbrega- Recife, Santa Maria da Boa
Vista
78

30.079/2006 26/12/2006 CEE de Gravatá


30.097/2006 28/12/2006 CEE Porto Digital – Recife
30.098/2006 28/12/2006 CEE Josias Inojosa – Araripina

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

O primeiro Centro de Ensino Experimental implantado foi o Centro de Ensino


Experimental Ginásio Pernambucano (CEEGP), conforme justifica Magalhães (2008). Essa
escolha se deu por motivo da importância histórica desta escola, pois é uma das mais antigas
do Brasil, tendo iniciado suas atividades no ano de 1825. Além disso, é reconhecida em toda
região e foi onde o próprio autor, Marcos Magalhães, havia estudado. Assim, ao ver que aquele
prédio estava em condições precárias, tomou a iniciativa de mobilizar um grupo de empresários
para recuperação do imóvel e, posteriormente, lançou uma proposta experimental de
implantação do Ensino Integral, experiência que subsidiou a criação de outros centros
experimentais.
Posteriormente, em 2005, a partir de convênio firmado com o Ministério de Educação
e o Instituto Alcides Andrade Lima (IAAL), organização não governamental localizada no
município de Bezerros, foi implantado o Centro de Ensino Experimental de Bezerros. Ainda no
mesmo ano, com início de funcionamento em 2006, foram criados mais onze Centros
Experimentais em parceria com governos municipais, instituições de ensino superior e
empresas nacionais. E, no final de 2006, foram inaugurados mais sete Centros Experimentais,
mesmo há um curto período para o início do funcionamento em 2007.
Após a definição dos Centros de Ensino Experimentais a serem implantados, surgiram
desafios na implantação experimental do Ensino Médio Integral em Pernambuco, entre eles
destacam-se: inexistência de referencial local a ser utilizada como guia norteador; descrédito
da comunidade na escola pública; resistência à implantação da proposta pela comunidade e
pelos órgãos de classe; quantidade reduzida de professores graduados e capacitados
interessados na proposta; lacunas na formação dos educadores; compreensão/aceitação e prática
pelos educadores da proposta gerencial e pedagógica; lacunas na formação dos estudantes;
baixa autoestima dos estudantes; dificuldade de aceitação/adaptação dos estudantes, educadores
e funcionários ao horário integral; liberação de servidores para formação das equipes
pedagógica, administrativa e de serviços gerais dos centros.
Passando para o contexto legal que deu suporte ao desenvolvimento da educação
integral em Pernambuco, é importante citar que, durante a primeira gestão do governador
Eduardo Campos (2007-2010), foi criado um mapa estratégico de acompanhamento mensal das
79

ações desenvolvidas pelas secretarias estaduais de Saúde, Segurança e Educação,


materializando essa prioridade por meio do Programa de Modernização da Gestão Pública. Para
a Secretaria de Educação, elegeu-se dez eixos estratégicos acompanhados e monitorados pela
Secretaria de Planejamento e Gestão e pelo governador do estado. Dentre as metas pré-
estabelecidas, encontrava-se a criação do Programa de Educação Integral, com a finalidade de
reestruturar o Ensino Médio, que foi instituído em 2008 por meio da Lei Complementar de nº
125, de 10 de julho de 2008 (PERNAMBUCO, 2008a).
Sobre a criação dessa Lei e, consequentemente, o Programa de Educação Integral,
Araújo, Nogueira e Araújo (2020), ao retomar o quadro social daquele momento, mostra que o
Governo de Pernambuco criou políticas educacionais com vistas a atender o que as autoras
definem como “linhas programáticas da Política de Juventude”, já que o governo havia
implantado por meio da Lei de nº 13.608/2008 (PERNAMBUCO, 2008, p.4) o Plano Estadual
de Juventude, que abrangia vários atores, inclusive a escola, e tinha como um de seus objetivos
“a melhoria da qualidade de vida dos jovens e no desenvolvimento das suas potencialidades
como cidadãos plenos e ativos”.
O Programa de Governo de Eduardo Campos, publicado no ano 2007, cuja capa e índice
podem ser observados na figura 01, apresenta as principais ações implantadas durante seu
primeiro mandato, de 2007 a 2010, como ações para melhoria da qualidade da educação. Como
pode ser lido, o texto propõe um planejamento consistente, capaz de alterar a situação da rede
educacional de ensino por que passava naquela ocasião.

O desafio de ampliar a escolaridade e a qualidade da educação em


Pernambuco ainda deve ser visto como uma meta fundamental e obrigatória
para todo o sistema de planejamento educacional de uma gestão de governo
estadual. A expansão do grau de instrução médio da população é um requisito
fundamental para o desenvolvimento do estado, é uma garantia efetiva para
que a cidadania se exerça de modo pleno, e é também um mecanismo vital
para a equalização das oportunidades de obter-se uma vida digna em
sociedade. (FRENTE POPULAR DE PERNAMBUCO, 2006, p. 21)
Conforme explicitado no Programa de Governo, a ampliação do grau médio de ensino
estava pautada como um desafio e meta fundamental no planejamento educacional da futura
gestão; inclusive, era vista como um instrumento para o desenvolvimento social e econômico
do próprio Estado. Assim, ações com vistas a melhorias educacionais passaram a ser planejadas
já no primeiro ano de governo, o que incluiu a criação do Programa de Educação Integral. Não
cabe aqui a exaustiva análise da proposta apresentada à sociedade naquele momento, mas, para
o leitor ter uma ideia, ainda que vaga, exponho a seguir a capa e o sumário dos eixos centrais
80

do que foi submetido ao crivo das urnas em 2007. Não havendo nenhuma menção à Educação
Integral, bem diferente do que vamos verificar no Programa de Governo de 2010 a 2014.

Figura 01 – Programa de Governo Eduardo Campos (2007 – 2010)

Fonte: Frente Popular de Pernambuco (2006).

De acordo com dados que apresentei em estudos anteriores (DUTRA, 2014), no ano de
2007, o governador contratou a empresa TREVISAN Consultoria com o objetivo de realizar
um diagnóstico e planejar ações para reestruturar o Ensino Médio. O relatório trouxe um cenário
futuro, para o ano 2010, quando o número de estudantes para essa etapa de ensino seria cerca
de 320 mil jovens. Foi somente após a análise daquele relatório que o governo do estado de
Pernambuco estabeleceu como meta a criação progressiva, ano após ano, de escolas integrais
até alcançar o quantitativo de 160 unidades em funcionamento em 2010.
Fundada neste estudo e articulada à tomada de decisões das políticas públicas para
educação em Pernambuco, em 2008 foi promulgada a Lei Complementar nº 125/2008, marco
legal da Política Pública de Educação Integral no Estado, priorizando a melhoria da qualidade
da educação e tendo como uma das metas a ampliação de matrículas no Ensino Médio Integral.
Nesse sentido, fazia-se necessário o reordenamento da rede estadual para viabilizar a criação
das Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs), que passaram a atender os jovens
estudantes pernambucanos oriundos de escolas públicas de ensino fundamental de várias
regiões do estado.
Com essa iniciativa, no ano de 2021, o estado de Pernambuco avançou e atingiu a meta
estabelecida no Plano Nacional de Educação e no Plano Estadual de Educação, conseguindo
81

atender 62% (sessenta e dois por cento) das escolas públicas com a educação integral.
As EREMs foram criadas visando à formação de jovens autônomos, capazes de avaliar
e decidir, baseados nas suas crenças, valores e interesses; solidários, capazes de atuar como
parte da solução, e não apenas do problema, de se tornarem fonte de iniciativa, liberdade e
compromisso; e competentes, capazes de compreender as exigências do novo mundo do
trabalho, de apropriar-se de conhecimentos essenciais e de adquirir habilidades específicas
requeridas pelo seu Projeto de Vida. Cabe ressaltar que já em 12 de março de 2008 foi publicada
no Diário Oficial a Instrução Normativa 002/2008, com as instruções para localização de
Professores nas Escolas de Referência em Ensino Médio, em preparação para a nova Política
Pública implantada naquele ano.
Essa política pública de Ensino Médio Integral de Pernambuco sucedeu a experiência
desenvolvida de 2004 a 2006, até então por meio do Programa de Desenvolvimento dos Centros
de Ensino Experimental (Procentro). O Quadro 05 traz a Lei Complementar e os Decretos de
criação dessas primeiras 51 Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs).

Quadro 05 – Decretos de criação das 51 Escolas de Referência em Ensino Médio

Nº LEI COMPLEMENTAR DATA ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO (EREM)


(LC) / DECRETO
01 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM Ginásio Pernambucano – Recife
02 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM de Bezerros
03 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM Maria Vieira Muliterno – Abreu e Lima
04 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM do Cabo de Santo Agostinho

05 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM de Ipojuca


06 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM de Timbaúba
07 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM de Palmares
08 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM de Panelas
09 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM de Garanhuns
10 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM de Arcoverde
11 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM Prof. Adauto Carvalho – Serra Talhada
12 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM Clementino Coelho – Petrolina
13 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM Nóbrega – Recife
14 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM Porto Digital – Recife
15 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM de Gravatá
16 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM de Boa Viagem
17 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM de Belo Jardim
18 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM Profª Edite Matos – Santa Maria da Boa Vista
82

19 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM de Salgueiro


20 LC nº 125/2008 10/07/2008 EREM Josias Inojosa De Oliveira – Araripina
21 31.310/2008 11/01/2008 EREM Silva Jardim – Recife
22 31.311/2008 11/01/2008 EREM Arnaldo Assunção – Caruaru
23 31.312/2008 11/01/2008 EREM Tito Pereira de Oliveira – Camaragibe
24 31.313/2008 11/01/2008 EREM Natalícia Maria Figueiroa da Silva – Surubim
25 31.314/2008 11/01/2008 EREM Joaquim Olavo – Carpina
26 31.315/2008 11/01/2008 EREM Beberibe – Recife
27 31.316/2008 11/01/2008 EREM Joaquim Mendes – Carnaíba
28 31.318/2008 11/01/2008 EREM Dr. Sebastião de Vasconcelos Galvão – Limoeiro
29 31.319/2008 11/01/2008 EREM Deolinda Amaral – Lajedo
30 31.320/2008 11/01/2008 EREM Augusto Gondim – Goiana
31 31.321/2008 11/01/2008 EREM Capitão Nestor Valgueiro de Carvalho –Floresta
32 31.322/2008 11/01/2008 EREM Desembargador Renato Fonseca –Olinda
33 32.399/2008 30/09/2008 EREM Dom Sebastião Leme – Recife
34 32.399/2008 30/09/2008 EREM Austro Costa – Limoeiro
35 32.399/2008 30/09/2008 EREM Aura Sampaio Parente Muniz – Salgueiro
36 32.399/2008 30/09/2008 EREM José Caldas Cavalcanti – Cabrobó
37 32.399/2008 30/09/2008 EREM João Pessoa Souto Maior – Sairé
38 32.399/2008 30/09/2008 EREM Dom Miguel de Lima Valverde – Caruaru
39 32.399/2008 30/09/2008 EREM Don Vieira – Nazaré da Mata
40 32.399/2008 30/09/2008 EREM Professor Mardônio de Andrade de Lima Coelho – Recife
41 32.399/2008 30/09/2008 EREM Senador Paulo Pessoa Guerra – Recife
42 32.399/2008 30/09/2008 EREM Epitácio Pessoa – Cabo de Santo Agostinho
43 32.399/2008 30/09/2008 EREM Othon Paraíso – Recife
44 32.399/2008 30/09/2008 EREM Wilson De Andrade Barreto – Rio Formoso
45 32.399/2008 30/09/2008 EREM Prof. Carlos José Dias da Silva - São José da Coroa Grande
46 32.399/2008 30/09/2008 EREM Dr. Eurico Chaves – Serinhaém
47 32.399/2008 30/09/2008 EREM Monsenhor Abílio Américo Galvão – Palmares
48 32.399/2008 30/09/2008 EREM Gil Rodrigues – Vertentes
49 32.399/2008 30/09/2008 EREM Senador Vitorino Freire – Arcoverde
50 32.399/2008 30/09/2008 EREM Professora Osa Santana de Carvalho – Petrolina
51 32.120/2008 21/07/2008 EREM José do Patrocínio Mota

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Como detalhado na página anterior, em 2008, as Escolas de Referência em Ensino


Médio substituíram os antigos Centros de Ensino Experimental, de acordo com o que estabelece
a Lei Complementar nº 125/2008 em seu artigo 4º, que diz: “Os atuais Centros de Ensino
Experimental ficam redenominados ‘Escolas de Referência em Ensino Médio’”. Ou seja,
83

respeitou-se o que havia feito até aquele momento e redenominou-se o Ensino Médio, com
expectativa de outra marca de governo.
Nessa perspectiva, a primeira experiência com a Educação Integral em Pernambuco,
com o Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano, serviu de base para ampliação
dessa oferta, de forma que em 2008 também estava entre as primeiras Escolas de Referência
em Ensino Médio. Assim, o governo planejou e priorizou essa transição, o que antes era uma
experiência voltada para uma minoria, passou a ser uma Política Pública a ser expandida de
forma a atender a todos os jovens pernambucanos. Já em 2008, Pernambuco havia passado de
20 para 51 Escolas Integrais, sendo 33 em jornada integral e 18 em jornada semi-integral.
Segundo a Lei Complementar nº 125/2008, o Programa de Educação Integral (PEI) tem como
objetivo o desenvolvimento de políticas direcionadas à melhoria da qualidade do ensino médio
e à qualificação profissional dos estudantes da Rede Pública de Educação do Estado de
Pernambuco. Como resultado da expansão anual da rede estadual de Escolas de Referência, em
2014, todos os 184 municípios do estado e no distrito de Fernando de Noronha passaram a ter,
pelo menos, uma escola ancorada nessa Política Pública. Atualmente, no ano de 2021, a rede
estadual já oferta a Educação Integral em 420 EREMs, 50 ETEs, totalizando 470 Escolas
Integrais.
Considerando os aspectos de transição dos Centros de Ensino Experimental em Escolas
de Referência em Ensino Médio, em linhas gerais, o PEI 2008 apresentava em seus artigos e
respectivos incisos as seguintes finalidades:

[...] executar a Política Estadual de Ensino Médio em consonância com as


diretrizes das políticas educacionais fixadas pela Secretaria de Educação,
sistematizar e difundir inovações pedagógicas e gerenciais; difundir o modelo
de educação integral no Estado, com foco na interiorização das ações do
governo e na adequação da capacitação de mão de obra, conforme a vocação
econômica da região; integrar as ações desenvolvidas nas Escolas de
Referência em Ensino Médio em todo o Estado, oferecendo atividades que
influenciem no processo de aprendizagem e enriquecimento cultural;
promover e apoiar a expansão do ensino médio integral para todas as
microrregiões do Estado; consolidar o modelo de gestão para resultados nas
Escolas de Referência em Ensino Médio do Estado com o aprimoramento dos
instrumentos gerenciais de planejamento, acompanhamento e avaliação;
estimular a participação coletiva da comunidade escolar na elaboração do
projeto político-pedagógico da Escola; viabilizar parcerias com instituições de
ensino e pesquisa, entidades públicas ou privadas que visem a colaborar com
a expansão do Programa de Educação Integral no âmbito Estadual; integrar o
ensino médio à educação profissional de qualidade como direito à cidadania,
componente essencial de trabalho digno e do desenvolvimento sustentável
[...]. (PERNAMBUCO, 2008, p.1)
84

No ano seguinte, o PEI planejou ações formativas com objetivo de fortalecer a rede de
Escolas Integrais do Estado. Uma destas ações foi o Fórum de Educação Integral que passou a
ser promovido anualmente, no início do segundo semestre letivo, com a participação de todos
os professores das escolas de ensino médio integral e com oferta de formação continuada por
meio de debates com palestrantes renomados sobre temas socioeducacionais da atualidade.
Essa ação pedagógica tem a finalidade de proporcionar subsídio à promoção de uma
educação pública inovadora e de qualidade. Apresento a figura abaixo, parte do material que
possuo em meus arquivos pessoais e que traz uma matéria sobre o Fórum de Educação Integral
realizado no ano de 2009.

Figura 02 – Fórum debate ensino oferecido nas 103 Escolas de Referência do estado

Fonte: Diario de Pernambuco, 08 de junho de 2009, p. 2.

O I Fórum de Educação Integral teve por tema a Formação de Educadores do Ensino


Médio: Desafios Contemporâneos, realizado com o objetivo de transformar a formação do
educador como meio sustentador de uma Política Pública de qualidade. Sua programação
contou com a participação de palestrantes como a do Professor Antônio Carlos Gomes da Costa,
que em sua fala definiu o desenvolvimento do Ensino Médio em Pernambuco como uma causa.
Para ele, em sua fala do referido Fórum, há três elementos que quando aparecem juntos, o Brasil
acaba fazendo uma coisa que dá certo: o compromisso ético com uma causa, a vontade política
de lutar por ela e a competência técnica para dar certo, fazendo certo aquilo que é certo.
85

A programação contou com uma palestra específica sobre o tema da avaliação, realizada
pela professora Fátima Maria Leite Cruz, da Universidade Federal de Pernambuco. Além da
professora, o evento contou também com o palestrante motivacional Roberto Carlos Ramos,
que tratou do tema Pedagogia do Amor. Este foi o primeiro evento formativo que passou a fazer
parte da programação anual da Secretaria Executiva de Educação Profissional; inclusive, é um
evento de grande importância para a formação continuada, como previsto no Art. 3º, inciso IV
do PEI 2008.
De acordo com a pesquisa realizada por Souza (2014), gestores e coordenadores
consideraram relevante a realização de ações formativas anuais, como o Fórum de Educação
Integral. Assim, o autor constatou em seu estudo que os colaboradores da Educação Integral
percebiam nesse tipo de formação uma oportunidade para trocas de experiências entre as
escolas, já que eram partícipes desse novo momento da política educacional no estado de
Pernambuco.
A definição clara de direitos e deveres dessa nova comunidade educacional e a
regulamentação da finalidade e dos objetivos do Programa de Educação Integral (PEI) traziam
um respaldo indispensável ao desenvolvimento de uma proposta educativa capaz de atender às
necessidades e expectativas dos estudantes, educadores, familiares e sociedade, envolvidos no
desafio da corresponsabilidade desse processo educativo inovador do ensino médio em nosso
Estado.
Além desses consideráveis aspectos formativos, o programa se propunha a fortalecer as
ações direcionadas ao ensino médio integral, trazendo uma grande contribuição ao novo
alinhamento institucional da Secretaria de Educação, o que delineava caminhos para a busca de
novas parcerias e disponibilizava ferramenta como as competências legais indispensáveis ao
controle social das ações do próprio programa em análise.
A Lei Complementar 125/2008 também definiu as competências da unidade
administrativa responsável pelo ensino médio integral na Secretaria de Educação. É importante
registrar que até 2009 a Educação Integral era um programa especial vinculado diretamente ao
gabinete do secretário de Educação. Somente em 2010 foi que a Política de Educação Integral
para o ensino médio passou a ser uma Secretaria Executiva, como veremos mais adiante.
Em linhas gerais, as competências da referida Secretaria Executiva ficaram definidas,
conforme decreto abaixo:

[...] participar da elaboração, implantação e implementação do Plano Estadual de


Educação; elaborar, implantar e implementar a Política de Educação Profissional e de
Educação Integral, de acordo com a legislação vigente e normas do Sistema Estadual
de Ensino e do Conselho Estadual de Educação, nas diversas formas e na modalidade
86

presencial e a distância visando ao atendimento das demandas sociais por educação e


trabalho, em consonância com as políticas de governo ; acompanhar e avaliar a oferta
da Educação Profissional e de Educação Integral no Sistema Estadual de Ensino;
assegurar a expansão da Educação Integral e da Educação Profissional para todas as
microrregiões do Estado, atendendo às especificidades dos arranjos produtivos locais,
regionais e nacionais; coordenar os processos, programas, projetos, procedimentos e
ações desenvolvidas na Política da Educação Profissional e Integral [...]. (Decreto
nº 35.681/2010).
Conforme pode ser lido na citação acima, a Secretaria Executiva foi criada para ter um
papel significativo e destacado na implantação da Educação Integral no Estado. Essa fonte,
como um todo, expressa o empenho governamental na viabilização do que estava previsto no
plano de governo anteriormente, desde 2007. Desse modo, seguindo uma linha de tempo
referente ao processo de expansão da rede de escolas estaduais de ensino médio integral em
Pernambuco, observamos que até 2008 a maioria das escolas estaduais ofertava tanto o ensino
fundamental como o ensino médio. Assim, a Lei Complementar nº 125/2008 favoreceu a
conquista e identidade própria dessas unidades escolares por meio de um reordenamento da
Rede Estadual de Ensino. São, portanto, esses e outros elementos de memória que compõem a
base desta tese.

4.2.1 Pilares educacionais estruturadores da educação integral em Pernambuco

Conforme análise da seção anterior, a partir da implantação da política pública de


Ensino Médio Integral nas redes de escolas estaduais de ensino médio integral e de educação
profissional de Pernambuco, iniciava-se um processo de organização e funcionamento
diferenciados dessas duas redes de escolas de ensino médio integral que as diferenciava das
escolas tradicionais de ensino médio. Esse processo ancorou-se em dois pilares estruturadores:
as bases sustentadoras psicopedagógicas e gerenciais, que configuram os marcos
representativos do diferencial do trabalho desenvolvido na rede escolar de ensino médio
integral, e as estratégias inovadoras pedagógicas e gerenciais, que são estratégias que foram
sendo incorporadas ao dia a dia das escolas de referência e técnicas, representando a busca
permanente por um saber como fazer novo.
Esses pilares apresentaram como destaques, em sua base psicopedagógica sustentadora,
de acordo com Costa (2000), a concepção da Educação Interdimensional, a formação
continuada em Educação Interdimensional, a avaliação socioemocional do estudante, o
desenvolvimento do protagonismo juvenil, o acolhimento dos novos estudantes, a proposta
curricular diferenciada, a matriz curricular diferenciada, o monitoramento de resultados da
aprendizagem e a avaliação externa do Sistema de Avaliação da Educação Básica de
87

Pernambuco (SAEPE), na base gerencial sustentadora o Planejamento Estratégico (TEAR),


conforme Lima (2011). Além disso, também apresentava a jornada escolar diferenciada, a
parceria gerencial, a avaliação institucional, a composição da equipe gestora, o processo de
ingresso e vantagem salarial do professor e da equipe gestora, o Bônus de Desenvolvimento
Educacional (BDE), o padrão mínimo de infraestrutura das escolas e a alimentação escolar
diferenciada.
Com respeito às estratégias inovadoras, são adotadas pelas escolas integrais estratégias
pedagógicas inovadoras, tais como: a iniciação científica dos estudantes, o desenvolvimento do
empreendedorismo juvenil, a vivência de valores culturais, a participação em intercâmbios
internacionais, a realização do Fórum Estadual de Educação Integral, a monitoria estudantil e
o horário de estudo semanal na Escola. Como estratégias gerenciais inovadoras incluem-se: os
critérios de implantação das escolas, o Projeto Piloto - Escola de Gestores, as parcerias
institucionais, o Portal Avança Mais – PE. A seguir, apresentamos uma descrição de cada um
desses pilares.

4.2.2 Bases psicopedagógicas da Educação Integral em Pernambuco

Por ocasião dos estudos, pesquisas e debates que antecederam a implantação da política
pública de ensino médio integral em Pernambuco, fortaleceu-se a ideia de que o novo
paradigma que deveria nuclear as propostas educacionais do século XXI, poderia ser
encontrado no conceito de desenvolvimento humano, ou seja, do desenvolvimento integral do
ser humano em todas as suas dimensões. Na busca por uma concepção que atendesse a esse
propósito, optamos por adotar a educação interdimensional como concepção educacional
sustentadora do ensino médio integral do nosso Estado. Isso porque essa concepção atende ao
desafio da Educação Integral e ao fortalecimento da necessária integração entre os diversos
espaços educativos por onde nossos adolescentes circulam: escola, família, comunidade etc.
Seu conceito foi estudado e desenvolvido pelo educador Antonio Carlos Gomes da
Costa, professor, pedagogo, consultor nacional e internacional, escritor, ganhou o Prêmio
Nacional de Direitos Humanos e que contribuiu, como poucos, no processo da discussão sobre
os direitos da infância e da juventude na UNICEF e no país. Além disso, ele é autor de livros
sobre a infância e a juventude; inclusive, compõe a comissão elaboradora do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA).
Essa concepção desenvolvida pelo professor Antônio Carlos Gomes da Costa atendia a
necessidade de consolidar a ação educativa das escolas e lançava luzes para resposta a três
88

indispensáveis indagações, de acordo com Costa (2000): em que tipo de educação acreditamos?
Que tipo de jovem queremos formar? Que tipo de escola precisamos criar?
A primeira indagação – em que tipo de educação acreditamos? – foi respondida quando
optamos pela educação interdimensional que abrange as quatro dimensões do ser humano.
Segundo Costa (2000), essas quatro grandes dimensões do humano foram buscadas na "infância
feliz da humanidade", expressa na Paideia, ou seja, nos conceitos e práticas que presidiram a
construção do ideal do homem grego, as quais, posteriormente, fundiram-se com os conceitos
e práticas do mundo judaico-cristão, dando origem à civilização ocidental. Essas quatro
dimensões são: racionalidade, afetividade, espiritualidade e corporeidade.
Ainda segundo Costa (2000), essas dimensões foram trabalhadas no processo educativo
de nossas escolas. Conforme o seguinte entendimento, a racionalidade (domínio
cognitivo/razão) é a dimensão do pensamento, conceito dominador da realidade pela razão, a
ciência e a técnica e envolve todos os objetivos associados ao desempenho intelectual do
educando. Já a afetividade (domínio afetivo/sentimento) envolve a atitude básica diante da vida,
sentimentos, valores, crenças, capacidade de liderança, gostos, preferências, tendências, estados
emocionais, competências pessoais e relacionais.
Por outro lado, o Pathos é a dimensão do sentimento, da afetividade, geradora da
simpatia, da empatia, da antipatia e da apatia na relação do homem consigo mesmo e com os
outros. A corporeidade (domínio dos sentidos/desejos) envolve os objetivos associados à
impulsos, desejos, paixões, expressões artísticas, das emanações vitais básicas, do élan vital. E,
por fim, mas não menos importante, a espiritualidade (domínio espiritual) que envolve os
objetivos associados à fé, experiência mística. O Mytho é a dimensão da relação do homem com
o mistério da vida, do bem e do mal.
Em relação à segunda indagação – que tipo de jovem queremos formar? —, nosso
objetivo sempre esteve direcionado para a formação do jovem autônomo, solidário e produtivo,
alinhado com a visão de homem expressa na LDB, no artigo 2º, ou seja, “A educação, dever da
família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade: o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania, sua qualificação para o trabalho”. Também respaldados nos Quatro
Pilares da Educação da UNESCO, que constituem o núcleo do ideal formativo do Relatório
Jacques Delors: Educação, um Tesouro a Descobrir (1996), sinalizando quatro aprendizagens,
que foram desdobradas em suas respectivas competências pelo professor Antonio Carlos
Gomes da Costa.
89

A partir dos fundamentos da educação interdimensional, com base no Paradigma de


Desenvolvimento Humano desenvolvido pela ONU (PNUD, 1990), alguns princípios básicos
deram sustentação ao trabalho desenvolvido pelos educadores. São eles: todo ser humano nasce
com um potencial e tem direito a desenvolvê-lo; para desenvolver o seu potencial, as pessoas
precisam ter oportunidades e ser preparadas para fazer escolhas; somente as oportunidades
educativas, ou seja, o ato de educar, transforma o potencial do ser humano em competência,
habilidades e capacidades de ser, conviver, aprender e fazer; não basta que o jovem tenha
oportunidades, é preciso que, diante delas, ele saiba decidir o rumo a seguir, isto é, saiba tomar
decisões, tenha bons critérios para avaliar e decidir.
Para tanto, as escolas foram orientadas a oferecer aos jovens uma educação inspirada
em valores. Trabalhamos para que, ao final do ensino médio, os jovens que formamos tenham
se tornado autônomos enquanto pessoas – capazes de atuar como protagonistas de suas vidas,
inspirando em valores positivos ao fazer suas escolhas. Capazes de aprender a ser,
demonstrando competência pessoal; solidários enquanto cidadãos – capazes de apoiar e
cooperar com os outros. Capazes de aprender a conviver, demonstrando competência social,
relacional; produtivos e competentes enquanto futuros profissionais – capazes de produzir, de
saber fazer, de colocar em prática os conhecimentos e habilidades adquiridas.
O desafio de responder à indagação proposta por Costa (2000) – que tipo de escola
precisamos criar? – exigiu um esforço permanente e muita resiliência para transpor os limites
que separam a teoria da prática, o antigo paradigma do novo paradigma. Sabíamos que a nova
escola de ensino médio a ser criada precisaria ser alicerçada por inovações em conteúdo,
método e gestão.
O conteúdo do ensino-aprendizagem refere-se aos conhecimentos, os valores/atitudes e
as competências/habilidades com base na orientação contida na Declaração da Conferência de
Jomtien, Educação para Todos, Todos pela Educação (Tailândia, março, 1990). Esse
conhecimento pressupõe: a organização do conhecimento pelo educando com base em diversas
fontes de consulta – que exigiu mudança no papel do professor que passou a ser o de consultor
— libertando-se do monopólio do livro didático, enquanto fonte exclusiva do conhecimento,
em prol da utilização sistemática de outras fontes de consulta (biblioteca, internet, entrevistas,
visitas de pesquisa ou observação etc.); e a organização da turma em grupos, com vistas a
promover a competência relacional, a solidariedade e o intercâmbio de conhecimentos e de
experiência.
Em relação ao entendimento sobre valores, inspiramo-nos na afirmação de Costa (2000)
de que o valor é tudo aquilo que tira o ser humano de sua indiferença, que pesa no seu processo
90

de tomada de decisão e ação, que tem significado positivo (valor) ou negativo (antivalor) para
uma pessoa. Trabalhamos para que educadores escolares, familiares e estudantes entendessem
e aceitassem que os valores em si mesmos são intangíveis, que eles só ganham significado
quando praticados, quando se expressam através de atitudes e comportamentos. Caso contrário,
não passarão de intenção. Isso não foi um objetivo com pretensão de ser alcançado fácil, rápida
e definitivamente nos três anos do ensino médio. Mas significou um importante investimento
na direção da necessária quebra de paradigmas.
Complementando o tripé da ressignificação sobre conteúdo, procuramos definir,
coletivamente, alinhamento conceitual e operacional com respeito ao entendimento educacional
sobre competência e habilidade. Em termos gerais, chegamos ao consenso conceitual de que
a competência representa a entrada do conhecimento, ou seja, o saber; e a habilidade, à saída
do conhecimento, o fazer.
A partir desses conceitos, foi adotada a classificação de habilidade apresentada por
Costa (2000). Para ele, habilidades específicas, que são as habilidades requeridas para a pessoa
exercer uma determinada ocupação, serviço ou profissão no mundo do trabalho; e as
habilidades básicas, que são habilidades que servem ao ser humano nos planos da vida pessoal,
social e produtiva e que o acompanham ao longo de toda sua existência. Essas classificações
correspondem às estabelecidas no Código da Modernidade, do educador colombiano Bernardo
Toro, que relaciona as competências e capacidades indispensáveis à participação produtiva no
século XXI. Conforme Toro (1997), são elas: dominar a leitura e a escrita; fazer cálculos e
resolver problemas; analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações; compreender e
operar o entorno social; receber criticamente os meios de comunicação; acessar informações e
trabalhar em grupo.
Quanto ao método, ainda seguindo as orientações da educação interdimensional de
Costa (2000), foi adotado como base do trabalho pedagógico o conceito de metacognição, que
abrange: o aprender a aprender (autodidatismo), o ensinar a ensinar (didatismo) e o aprender a
conviver (didatismo cooperativo). Utilizamos como instrumental pedagógico teórico-prático de
forma balanceada, monitorada e com avaliação no processo o Projeto Pedagógico, o Plano de
curso e os Projetos disciplinares e interdisciplinares, que combinam didatismo (quando o
professor apresenta o conhecimento), didáticas cooperativas (quando o educando ajuda outros
educandos a construir o conhecimento) e autodidatismo (quando o educando constrói o próprio
conhecimento).Outras mudanças metodológicas foram introduzidas como o rompimento da
sala de aula como espaço exclusivo da docência, a ênfase à pedagogia da presença, o
desenvolvimento do protagonismo juvenil, a educação profissional, a cultura da
91

trabalhabilidade e o foco do trabalho docente na aprendizagem do educando, extrapolando os


limites do tradicional e focando no ensino. Nesse plano metodológico, a pedagogia da presença
trata da relação educador-estudante inspirada na abertura, reciprocidade e compromisso, onde
o educador dedica ao educando exemplo, presença, experiência, tempo, conhecimento.
Quanto à gestão/planejamento estratégico, a grande mudança é a organização escolar
em Centros de Resultado e a adoção de uma tecnologia de gestão, baseada em Lima (2011), a
Tecnologia Empresarial Aplicada à Educação (TEAR), que coordena e integra as diversas
tecnologias específicas, gerando alinhamento conceitual, estratégico e operacional entre os
integrantes da comunidade educativa, o qual nos deteremos mais adiante.

4.2.3 Formação continuada em educação interdimensional na educação integral em


Pernambuco

A implantação da educação interdimensional como concepção pedagógica da política


de ensino médio integral da rede estadual de ensino foi precedida por uma fase experimental
vivenciada na atual Escola Técnica Cícero Dias, em 2006. Naquela ocasião, os educadores
candidatos a atuar na referida escola haviam participado, em 2005, de um processo seletivo, no
qual constava formação em Educação Interdimensional com duração de quatro meses —
realizada pela MODUS FACIENDI, sob a batuta do autor da concepção, professor Antônio
Carlos Gomes da Costa.
Contudo, somente após a implantação da política pública, em 2008, retomava-se esse
processo de formação que passava a ser oferecido a todos os educadores de todas as escolas
que tinham o ensino médio integral implantado. A Figura 03 traz a fotografia da primeira página
do Termo de Convênio firmado com a referida empresa para formação em Educação
Interdimensional, com a vigência de 2008 a 2010. O documento formalizou a contratação da
empresa fundada pelo Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, autor desta filosofia, que
passou a ser a principal base filosófica da Educação Integral em Pernambuco.

Figura 03 – Termo de Convênio firmado entre o Programa Integral e a Modus Faciendi


92

Fonte: Secretaria de Educação de Pernambuco (2008).

O termo acima teve como objetivo a contratação de formações em Educação


Interdimensional, inicialmente ministrada pelo professor Antônio Carlos Gomes da Costa; em
seguida, em 2010, passou a ser realizada por seu irmão, o professor Alfredo Carlos Gomes da
Costa, com a mesma estrutura, conteúdo e metodologia. O propósito central dessa formação foi
proceder a uma ampla e aprofundada abordagem das concepções sustentadoras da ação
educativa.
Este curso foi vocacionado para influir na preparação de educadores, para que estes
pudessem contribuir com o desenvolvimento do potencial que os estudantes trazem consigo,
nos níveis pessoal, relacional, produtivo e cognitivo. E tem como objetivo geral promover
alinhamentos (conceitual, estratégico, operativo e essencial) com os participantes acerca das
diretrizes conceituais e metodológicas da Educação Interdimensional, visando contribuir para
a otimização de trabalhos a favor do desenvolvimento do potencial de adolescentes; mais
especificamente, contribuir para que os educadores escolares possam compreender os
fundamentos da proposta da Educação Interdimensional (nível cognitivo); criar condições para
que os participantes possam aceitar a Educação Interdimensional, comprometendo-se com ela
para além dos planos da racionalidade e do profissionalismo (nível afetivo); favorecer o
aprimoramento e o desenvolvimento de novas habilidades e competências dos participantes
93

acerca do instrumental teórico-prático apresentado no curso, para que eles venham a praticar
a proposta da educação interdimensional (nível atitudinal).
O conteúdo programático, além dos ideais antropológico (visão de homem), sociológico
(visão de mundo) e epistemológico (visão de conhecimento), aborda a essência da proposta dos
três métodos inerentes à formação de adolescentes: a educação para valores, o protagonismo
juvenil e a cultura da trabalhabilidade. A metodologia interativa adotada no desenvolvimento
desse conteúdo inclui palestra, intercâmbio de pontos de vista e experiências com os
participantes, utilização de recurso audiovisual, dinâmicas de práticas e vivências e avaliações
coletiva e individual.
Com essa formação, buscou-se fortalecer nos educadores a convicção de que a boa
educação não é aquela que satisfaz necessidades, mas, sim, aquela que cria novas e mais
complexas necessidades na vida dos estudantes. É sobre esta ética e ótica que se inscreve a
educação interdimensional, proposta que considera o estudante na visão 360°, ou seja, leva em
conta seu desenvolvimento nas dimensões da afetividade, racionalidade, corporeidade e
espiritualidade. Conforme relata Lopes e Silva (2020), ao realizarem uma pesquisa para avaliar
o Programa de Educação integral em Pernambuco, chegaram à conclusão de que “a grande
importância da educação integral para o educando está no campo dos valores
preconizados pela pedagogia da presença e pela educação interdimensional.” (LOPES, SILVA,
2020, p. 71) Para os autores, essa proposta é a principal diferença entre as escolas integrais e as
de ensino tradicional.
Referente a essa formação, Santana (2015) realizou uma pesquisa de caráter quantitativo
que abrangeu 242 Escolas Integrais, um estudo estatístico da correlação e regressão entre os
resultados do processo seletivo de gestores das Escolas de Educação Integral de Pernambuco
e os resultados educacionais obtidos no IDEPE 2014. Essa análise da relação entre o perfil dos
gestores escolares e os resultados educacionais obtidos pela Escolas Integrais na avaliação do
Sistema de Avaliação da Educação Básica de Pernambuco (SAEPE) evidenciou que as escolas
que obtiveram melhores resultados foram aquelas que seus gestores haviam realizado a
formação em Educação Interdimensional e que apresentaram melhores planos de ação, aspectos
que fazem parte da seleção de gestores realizada pela rede Estadual no ano 2013, sendo
recomendada a expansão da rede de Escolas Integrais. Esse e outros trabalhos citados na tese
evidenciam que a Política Pública de Educação Integral está consolidada no Estado de
Pernambuco.
Segundo detalhado por Dutra (2014), além das formações acima descritas, diversas
iniciativas foram tomadas com o objetivo de promover a formação e a prática da filosofia da
94

Educação Interdimensional:

● a realização de atividades estratégicas, executadas pelas escolas, como a


elaboração participativa da proposta curricular da Educação Integral;
● o acolhimento de novos estudantes;
● o monitoramento psicopedagógico presencial de resultados da
aprendizagem;
● a realização anual de fóruns de Educação Integral;
● a avaliação institucional e do desempenho docente realizada
semestralmente e
● a realização anual da Mostra de Inovações Pedagógicas. (DUTRA, 2014,
p. 100)
Essas ações foram sistematizadas e passaram a fazer parte do planejamento anual da
Secretaria Executiva de Educação Integral, responsável pela gestão das Escolas Integrais no
estado, conforme detalhado no item 4.1.5. Ainda são citadas outras ações estratégicas
implementadas com vistas ao fortalecimento dessas escolas.

Tais ações têm sido realizadas sistematicamente e outras ações estratégicas


têm sido criadas e implementadas desde então, tais como: projeto Dialogando
com os estudantes, que tem por objetivo fortalecer o sentimento de
pertencimento dos estudantes da Educação Integral e Profissional; o projeto
Dialogando com professores, para apoio das escolas que participaram das
avaliações externas; criação do Portal Avança Mais PE, ferramenta que vem
sendo amplamente utilizada desde 2015 para implementar ações de formação
em serviço, à distância, oferecer simulados e proporcionar troca virtual de
experiências entre as escolas com a disseminação de boas práticas. Além do
incentivo a diversos projetos em parceria com outras Secretarias e instituições
cujo objetivo esteja de acordo com os objetivos do Programa de Educação
Integral. (DUTRA, 2019, p. 28)

4.2.4 Desenvolvimento do protagonismo juvenil na Educação Integral em Pernambuco

Como já citamos ao descrever a concepção da Educação Interdimensional, o professor


Antônio Carlos Gomes da Costa criou uma publicação destinada aos jovens denominada Guia
do Educando, distribuido nas Escolas Integrais pela Secretaria de Educação. No texto da
introdução desta publicação, ele apresenta o seguinte questionamento: "... você sabe por que
está nesta escola?”. E ele mesmo responde: “... você não está nessa escola para ser educado.
Você está nessa escola para educar-se e colaborar solidariamente na educação de seus
colegas.” (grifos nossos). Esse diálogo singular representa toda a intencionalidade da formação
de jovens autônomos, solidários e produtivos das escolas estaduais de ensino médio integral de
Pernambuco.
Para concretizar essa formação, nossas escolas têm desenvolvido um inovador método
de ação educativa com foco no protagonismo juvenil, no qual o educando tem a oportunidade
de vivenciar acontecimentos e situações que são favoráveis à sua formação e para o exercício
95

solidário da cidadania. Trata-se de um método de trabalho educativo, dirigido a adolescentes e


jovens que tem a participação como base, a colaboração como meio e a autonomia como fim.
Essa proposta está baseada no entendimento de que é na adolescência que duas tarefas
cruciais precisam ser trabalhadas pelo estudante: construir sua identidade (compreender-se e
aceitar-se), procurando responder a indagação "quem sou?"; e construir seu projeto de vida
(traçar um caminho viável entre o seu ser e o seu querer ser), indagando-se "o que eu vou ser?
O que eu quero ser?".
Nessa perspectiva, nossos educadores consideram o estudante como um interlocutor e
um parceiro no planejamento e desenvolvimento de projetos sociais e educativos, para intervir
construtiva e solidariamente em determinada dimensão da realidade. Ele não é visto apenas
como parte do problema, mas, antes e acima de tudo, como parte da solução; na verdade, ele é
confrontado e desafiado com problemas reais, ligados ao contexto da sala de aula, da escola,
da sua vida familiar, do seu entorno sociocomunitário e da sua vida social mais ampla.
Assim, procura-se motivar o estudante para ser um coautor, coator e um coprodutor de
projetos sociais e educativos, fazendo com que ele seja fonte de: iniciativa, porque ele age;
liberdade, porque ele faz escolhas; e compromisso, porque ele responde pelos resultados do
projeto do qual participa. Levando as escolas a obter o discernimento sobre a diferença existente
entre os níveis da Escala da Participação, COSTA (2000) apresenta os caminhos e os
descaminhos da participação dos estudantes em projetos de protagonismo juvenil. A partir disso
é possível identificar as formas de não participação (manipulada, simbólica e/ou decorativa),
participação (decisão, planejamento, execução, avaliação e apropriação dos resultados) e
participação autônoma dos estudantes. Isso tem exigido uma difícil mudança de atitude dos
educadores, que precisam entender, aceitar e praticar o fazer com e, consequentemente, libertar-
se do fazer para os estudantes.
Isso mudou inteiramente a abordagem dos trabalhos em relação à proposta de se
desenhar, implementar e desenvolver projetos para intervir em determinadas situações-
problema. Os educadores deixam para os estudantes o papel de atores e assumem o papel de
consultores responsáveis pela mediação dos trabalhos, procurando levar em conta as reais
demandas que brotam dos desejos, sonhos, interesses, expectativas, perspectivas e projetos dos
jovens.

4.2.5 Histórico da educação profissional em Pernambuco


96

Para retomar a trajetória da educação profissional em Pernambuco, é necessário partir


de uma cronologia que acompanhe o histórico das secretarias responsáveis por essa modalidade
de ensino e compreender as mudanças institucionais e legais ocorridas ao longo do tempo de
sua implantação e desenvolvimento.
Tenho grande orgulho de incluir neste estudo o histórico da Educação Profissional em
Pernambuco, já que desde a criação da Secretaria Executiva de Educação Profissional, por meio
do Decreto nº 33.989, de 02 de outubro de 2009, atuei como Secretário Executivo de Educação
Profissional. Nesta função, pude implantar ações de fortalecimento da Educação Integral e da
Educação Profissional, definindo que todas as Escolas Técnicas Estaduais também ofertassem
a Educação Integral, de forma que, a partir daquele ano, Pernambuco passasse a ser a única
Rede Estadual do país em que todas as Escolas Técnicas Estaduais também fossem Escolas de
Educação Integral, com a mesma base filosófica, a da Educação Interdimensional. Nas escolas,
há oferta da educação profissional nas formas articuladas médio integrado, articulado
concomitante e subsequente.
Nesse contexto, no início dos anos 2000, com base no Decreto Federal nº 2.208/97, o
estado de Pernambuco passou a responsabilidade da Educação Profissional para a Secretaria de
Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente. Em seguida, as ações de educação profissional ficaram
vinculadas à Secretaria de Educação do Estado. No entanto, em 2003, retornaram para a
Secretaria de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente através de um acordo de Cooperação
Técnica nº 09 de 2003, que visava ao reordenamento da rede pública de ensino e à orientação,
monitoramento e avaliação da rede privada, que compõem o Subsistema de Educação
Profissional, integrado ao Sistema Educacional do Estado de Pernambuco. Pelo acordo, em
atendimento às definições do Conselho Estadual de Educação (CEE/PE), a oferta dessa
modalidade de ensino passou a ser, exclusivamente, de forma concomitante e subsequente.
No final de 2006, o atendimento apresentava um total de 06 escolas técnicas, com
matrícula total de 231 estudantes. Em 2007, esse número evoluiu para 1.341 alunos, mantendo-
se o mesmo número de escolas. Em 2008, a Lei Federal n° 11.741/2008 tornava possível a
articulação entre o ensino propedêutico e a Educação Profissional. Mais tarde, foram criadas as
condições para que, no ano de 2009, o governo do estado indicasse novamente a Secretaria de
Educação de Pernambuco para gerenciar a Educação Profissional. Esse quantitativo de seis
escolas permaneceu inalterado até 2010, quando passou a funcionar a Secretaria Executiva de
Educação Profissional.
Na sequência, em 2009, o Decreto nº 13.989 modificou a denominação e a competência
dos órgãos e entidades do Poder Executivo; entre eles, a Secretaria Estadual de Educação, que
97

passou a responder diretamente pela Política Pública de Educação Profissional. Nesse mesmo
ano, por meio do Decreto nº 33.989, de 02 de outubro de 2009, o governo do estado de
Pernambuco criou a Secretaria Executiva de Educação Profissional.
Posteriormente, o Decreto Estadual nº 35.284, de 06 de julho de 2010, alterava a
vinculação da Unidade Técnica de Coordenação do Programa de Educação Integral que
funcionava desde 2004. A partir dessa data, suas atribuições passavam para o âmbito da
Secretaria recém-criada, que iria dar conta dos desafios do alcance das metas para a educação
profissional, especialmente no que se refere à interiorização das ações mediante ampliação do
número de Escolas Técnicas Estaduais (ETE) e da crescente ampliação da rede de Escolas de
Referência em Ensino Médio (EREMs). O regulamento dessa nova Secretaria foi definido pelo
Decreto nº 35.681, de 13 de outubro de 2010.
As competências da Secretaria Executiva de Educação Profissional definidas no
capítulo III, inciso IV, do referido decreto, passavam a ser conforme citação a seguir:

[...] participar da elaboração, implantação e implementação do Plano Estadual


de Educação; elaborar, implantar e implementar a Política de Educação
Profissional e de Educação Integral, de acordo com a legislação vigente e
normas do Sistema Estadual de Ensino e do Conselho Estadual de Educação,
nas diversas formas e na modalidade presencial e a distância, visando ao
atendimento das demandas sociais por educação e trabalho, em consonância
com as políticas de governo; acompanhar e avaliar a oferta da Educação
Profissional e de Educação Integral no Sistema Estadual de Ensino; assegurar
a expansão da Educação Integral e da Educação Profissional para todas as
microrregiões do Estado, atendendo às especificidades dos arranjos
produtivos locais, regionais e nacionais; coordenar os processos, programas,
projetos, procedimentos e ações desenvolvidas na Política da Educação
Profissional e Integral [...]. (Decreto 35.681, de 13 de outubro de 2010)
No âmbito das referidas competências, surgia, em 2010, na estrutura organizacional da
então criada Secretaria Executiva de Educação Profissional, a Gerência Geral de Educação
Profissional, responsável pela Educação a Distância (EAD) e gestão das Escolas Técnicas
Estaduais (ETEs), nas quais também eram oferecidos cursos técnicos de ensino médio integral.
Diversificava-se, assim, a oferta de formação técnica que passava a ser organizada da seguinte
forma: na modalidade presencial, passavam a ser oferecidos cursos presenciais subsequentes,
concomitantes, o ensino médio integrado à educação profissional, funcionando em horário
integral, e a Educação a Distância.
Cabe ressaltar o que destaca Dutra (2019), as ETEs oferecem a Educação Integral sob
as mesmas concepções e orientações de funcionamento das escolas de Referência em Ensino
Médio. O currículo dessas escolas integra o ensino propedêutico (formação geral) e a formação
profissional. Já ass ETEs ofertam a Educação Profissional durante o dia e na forma integrada
98

ao Ensino Médio, em horário integral; e, à noite, na forma subsequente, para aqueles estudantes
que concluíram o Ensino Médio.
Em linhas gerais, a Educação Interdimensional tem baseado as reflexões para intervir
nos eixos do seguinte currículo:

Figura 04 – Matriz Curricular das Escolas Integrais


SÉRIES
BASE LEGAL COMPONENTES CURRICULARES CH
1ª 2 ª 3ª
LÍNGUA PORTUGUESA 6 6 6 720
LINGUAGENS,
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 240
CÓDIGOS E SUAS
TECNOLOGIAS ARTE 2 1 1 160
MATEMÁTICA E
SUAS MATEMÁTICA (1) 6 6 6 720
TECNOLOGIAS
CIÊNCIAS DAQUÍMICA (1) 3 3 3 360
LEI BASE NATUREZA,
FEDERAL NACIONAL MATEMÁTICA E FÍSICA (1) 3 4 4 440
º
N 9394/96; COMUM SUAS
PARECER BIOLOGIA (1) 3 3 3 360
TECNOLOGIAS
CNE/CCEB
Nº 05/2011; HISTÓRIA 2 2 2 240
PARECER CIÊNCIAS GEOGRAFIA 2 2 2 240
CNE / CEB HUMANAS E SUAS FILOSOFIA 1 1 1 120
Nº 07/2010; TECNOLOGIAS
RESOLUÇÃO SOCIOLOGIA 1 1 1 120
CNE / CEB TOTAL DE AULAS DISCIPLINARES 31 31 31 3.720
Nº 02/2012;
RESOLUÇÃO LÍNGUA
CNE / CEB E STRANGEIRA 2 2 2 240
Nº 4/2010 - INGLÊS / ESPANHOL
PARTE DIVERSIFICADA
EMPREENDEDORISMO 1 1 1 120
DIREITOS HUMANOS 1 1 1 120
SUB-TOTAL 4 4 4 480
ATIVIDADES COMPLEMENTARES (2) 10 10 10 1.200
TOTAL DA CARGA HORÁRIA 45 45 45 5.400

Fonte: Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional (2021).

Como o leitor pode observar, o currículo das Escolas Integrais possui uma carga horária
maior para disciplinas como Arte, Educação Física, Filosofia e Sociologia, que passam a ser
ofertadas em todos os anos do Ensino Médio, esse é um diferencial do currículo ofertado nas
escolas regulares. Observa-se aqui o que defende Saviani (2011) quando declara que o processo
de construção do conhecimento é feito de forma deliberada, dialética e intencional por meio de
relações pedagógicas realizadas historicamente pelos homens e pelas mulheres ao longo do seu
fazer-se na história. Essa organização curricular foi feita de forma a proporcionar a prática da
99

Educação Interdimensional, com oportunidades para o desenvolvimento dos jovens em todas


as suas dimensões.
As Escolas Técnicas Estaduais seguem esse mesmo currículo; no entanto, de acordo
com o curso técnico ofertado, a parte diversificada é composta das disciplinas da base técnica.
Essa matriz curricular vigora para turmas do Ensino Médio iniciadas até o ano letivo de 2021.
A partir do ano 2022, entra em vigor a nova matriz curricular, conforme orienta a Lei nº
13.415/2017, já considerada no item 3.1 deste estudo.
Neste aspecto, Souza (2014) recomenda a formatação da proposta curricular para o
Ensino Médio Integrado que “avancem, a partir do modelo atual dos planos de curso disponíveis
nas escolas, para um documento que, mais do que elencar as ementas das disciplinas, apresente os
pontos de intersecção entre elas e as possíveis vinculações práticas dos conteúdos com os princípios
do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura.” (SOUZA, 2014, p. 90). Além dessas ofertas
na modalidade presencial, as Escolas Integrais e Escolas Técnicas Estaduais funcionam como
polos de Educação a Distância (EAD).
No que diz respeito ao desafio da oferta de educação a distância, ela surge como uma
forma alternativa de levar conhecimento aos estudantes residentes em lugares distantes.
Paralelamente, oferece ao estudante a oportunidade de dedicar-se à sua formação técnica no
momento em que lhe for mais apropriado, no local de sua escolha e de evoluir no estudo dos
conteúdos de acordo com o tempo disponível e seu ritmo de aprendizagem. Ressaltamos que a
trajetória da Educação à Distância (EAD) no Brasil indica que ela já vinha sendo impulsionada
após a publicação do Decreto nº 5622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamentou o art.80
da LDB, o qual trata da oferta de cursos nessa modalidade para todos os níveis de ensino.
No período de 2005 a 2010, já acontecia uma importante mudança na concepção
didática de Educação a Distância (EAD). Substituiu-se o modelo instrucionista, focado na
autoaprendizagem, por uma nova estratégia didática de ensino-aprendizagem mais abrangente
e que passava a utilizar diferentes mídias no processo de construção do conhecimento. Nesse
contexto, a partir de 2010, ela foi inserida na Secretaria Executiva de Educação Profissional,
promovendo, assim, uma nova lógica educativa. Passaram a ser utilizados ambientes interativos
e tecnologia avançada para oferecer cursos em nível técnico, organizados segundo a
metodologia de ensino semipresencial, estruturados por meio da internet, via Ambiente Virtual
de Aprendizagem (AVA), e com momentos presenciais.
Esses cursos se embasaram em propostas pedagógicas inovadoras que minimizavam a
distância entre o professor e o estudante. Assim, passaram a ser oferecidos onze cursos técnicos
a distância, que, atualmente, funcionam com o apoio presencial de 116 polos, localizados em
100

todas as regiões do estado e contemplando estudantes de todos os municípios. Atualmente, os


cursos ofertados são: Administração, Biblioteconomia, Design de Interiores, Design Gráfico,
Desenvolvimento de Sistemas, Logística, Multimídia, Recursos Humanos, Secretaria Escolar,
Segurança do Trabalho e Tradução e Interpretação de LIBRAS.
Assim, pudemos ver o histórico da Educação Integral tanto no Brasil como a experiência
em Pernambuco, onde foi detalhado vários aspectos do funcionamento das Escolas Integrais no
estado, incluindo informações sobre a Educação Profissional, já que todas as Escolas Técnicas
Estaduais, ofertam o ensino médio integrado à Educação Profissional, com as mesmas bases
que fundamentam as demais Escolas Integrais.
Em outro capítulo, será detalhada a pesquisa realizada com o objetivo de identificar os
impactos da Política Pública de Educação Integral, implantada no Estado de Pernambuco, bem
como compreendermos o início da Educação Integral, considerando também a metodologia da
historiografia, adotadas para esse estudo. A pesquisa teve a participação de diversas
representações da comunidade escolar de todo estado, inicialmente por meio de questionário
aplicado eletronicamente e, na segunda fase, por um Seminário com a participação dos gestores
das 51 escolas integrais implantadas em 2008, ano da promulgação da Lei Complementar
125/2008.

4.2.6 Financiamento da educação integral e profissional em Pernambuco

Não obstante a importância dos fundamentos filosóficos e pedagógicos conforme preceituados


por Costa (2000, 2010) e o aparato de governança até analisado, a Lei Complementar 125/2008,
conforme trata o artigo 3º, criou “a Unidade Técnica de Coordenação do Programa de Educação
Integral, dotada de autonomia técnica e financeira” com o objetivo de planejar e executar ações
ligada a esta oferta. Conforme meu estudo em Dutra (2014):

Um ano após o início do referido Programa, foi criada a Secretaria Executiva


de Educação Profissional, com a função específica de cuidar dessas escolas
integrais (PERNAMBUCO, 2009). Essa secretaria, dotada de autonomia
administrativa e financeira, é responsável pelos Programas de Educação
Integral e de Educação Profissional do Estado. Do primeiro Programa, fazem
parte as Escolas de Referência em Ensino Médio (EREM) e, do segundo, as
Escolas Técnicas Estaduais (ETE), todas com atendimento em horário
integral. (DUTRA, 2014, p. 24)
Cabe ressaltar que esta autonomia administrativa e financeira permitiu o planejamento
de ações específicas voltadas para a Educação Integral e da Educação Profissional, incluindo
verbas para manutenção, investimento, a valorização profissional, entre outros.
O quadro abaixo traz dados dos valores repassados a essa Unidade Gestora do Programa
101

de Educação Integral de 2007 a 2012, o que pode ajudar o leitor a compreender um pouco mais
o empenho do poder executivo articulado ao legislativo para impulsionar o projeto da Educação
Integral no estado.

Quadro 06 – Valores financeiros da Unidade Gestora do Programa de Educação Integral


(2007 a 2012)
ANO MANUTENÇÃO INVESTIMENTO VALORIZAÇÃO TOTAL NÍVEL DE
R$ R$ PROFISSIONAL R$ EXECUÇÃO
R$ %
2007 20.824.403,52 1.499.893,48 299.912,00 22.624.209,00 99,95
2008 18.733.861,86 10.158.833,72 498.105,00 29.390.800,58 94,38
2009 31.047.847,15 4.978.264,16 977.350,45 37.003.461,76 96,75
2010 47.363.793,49 13.040.272,27 1.250.601,16 61.654.666,92 97,43
2011 60.409.735,73 13.741.679,53 936.773,00 75.088.188,26 95,14
2012 53.520.739,47 3.392.172,70 1.055.343,00 57.968.245,07 97,05
Fonte: Secretaria de Educação (2021).

Essa fonte revela uma pequena amostra do erário para a manutenção, investimento e a
valorização profissional com o objetivo de impulsionar o Programa Educação Integral em
Pernambuco. O gráfico abaixo traz os valores totais com os Decretos de Criação, a Lei
Complementar nº 125/2008 e de extinção da Unidade Gestora nº 14108, o Decreto nº
50.403/2021.

Gráfico 03 – Linha do tempo dos valores executados pela UG 14108

Fonte: Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional (2021).

Embora de grande importância para o desenvolvimento da política educacional sob


análise, essa Unidade Gestora permaneceu em atuação até o ano 2012. A partir do ano 2013,
não houve mais repasses por meio desta fonte, de forma que todo planejamento orçamentário e
sua execução passou a ser unificado no âmbito da Secretaria de Educação. Inicialmente, esta
decisão trouxe muitos entraves e comprometeu a agilidade no que tange às necessidades das
102

Escolas Integrais, ainda que essa rede específica tenha se expandido e consolidado enquanto
política pública.
Nesse contexto, mesmo considerando a importância dos documentos até aqui analisados
para efeito de compreensão do objeto de estudo desta tese, no próximo capítulo analisarei a
percepção dos estudantes, gestores, professores e responsáveis dos estudantes com o objetivo
de obter informações mais refinadas da comunidade escolar acerca da Educação Integral em
Pernambuco.
103

5 A PERCEPÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL EM


PERNAMBUCO DE 2004 A 2021

Se, na verdade, o sonho que nos anima é democrático e solidário, não é falando
dos outros, de cima para baixo, sobretudo, como se fôssemos os portadores da
verdade a ser transmitida aos demais, que aprendemos a escutar, mas é
escutando que aprendemos a falar com eles. (FREIRE, 1996, p. 58)
Esta citação de Paulo Freire, originalmente aplicada à relação entre os docentes e
discentes, pode ser aplicada àqueles que estão em posição de liderança política, que ao ouvirem
a comunidade serão mais assertivos em implantar Políticas Públicas que tragam benefícios
sociais. Assim, este capítulo tem por objetivo obter uma avaliação da Política Pública de
Educação Integral de Pernambuco por parte da comunidade escolar, detalhando o procedimento
da pesquisa realizada. Na primeira fase, foi feita uma pesquisa qualitativa junto às diferentes
representações da comunidade escolar de Escola Integral implantadas entre o ano 2004 até
2020. Na segunda fase, houve a realização de um seminário com a participação dos gestores
das 51 Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs), implantadas no ano de 2008, ano
que teve início a Política Pública de Educação Integral no estado de Pernambuco, conforme já
abordado no capítulo anterior.

5.1 ANÁLISE DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA DE


EDUCAÇÃO INTEGRAL EM PERNAMBUCO

Conforme se propõe neste estudo, com vistas a obter uma visão dos diversos
componentes da comunidade escolar em que houve a implantação de Escolas Integrais em
Pernambuco, foi realizada uma pesquisa qualiquantitativa, cujo questionário consta no
Apêndice A. A pesquisa foi elaborada após a aprovação do orientador e buscou uma parceria
com a Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional (SEIP), órgão que compõe a
estrutura da Secretaria de Educação e que responde pelas Escolas Integrais da Rede Estadual
de Pernambuco.
Para aplicação do questionário, foi utilizado o Google Forms2. Assim, o questionário
foi enviado para os gestores de todas as Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs) e
Escolas Técnicas Estaduais (ETEs). Os gestores, por sua vez, mobilizaram sua comunidade
escolar para que todos respondessem ao questionário. A aplicação se deu no período de

2 Ferramenta gratuita disponibilizada pela plataforma Google, por meio do link:


https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfaI7NL0dCZQ3h3Q7TZxE-Ja3O45wRYs94Dgou1UAxwfISiKg/
closedform
104

12/08/2020 até 21/08/2020, totalizando 2.417 pessoas participantes, representando diferentes


atores da comunidade escolar, entre eles: gestores, educadores de apoio, professores, estudantes
egressos, estudantes atualmente matriculados e pais ou responsáveis.
As questões que tratam da aceitação da implantação da educação integral e do conceito
de educação integral foram analisados por ano de implantação com vistas a obter uma visão da
constituição do conceito e aceitação da Educação Integral no decorrer dos anos, conforme prevê
o estudo de sua sociogênese, que tem por objetivo compreender os fenômenos sociais. Segundo
Elias (1993), ao realizar uma pesquisa de processos sociais, é imprescindível que sejam
considerados a própria sociedade, os relacionamentos dela inerentes e os movimentos gerados
pelo aspecto estudado, bem como o impacto das intervenções humanas sobre eles. Dessa forma,
esse questionário é apenas uma ferramenta da representatividade expressa da comunidade
escolar e sua relação com a Educação Integral em Pernambuco.
Gráfico 04 – Qual sua relação com a escola?

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

A pesquisa contou com a participação de professores, pais ou responsáveis, gestores,


estudantes matriculados, estudantes egressos e educadores de apoio. Cabe ressaltar que a função
de Educador de Apoio foi incluída por se tratar de uma função técnico pedagógica e, de acordo
com a Portaria 063/2008, são profissionais que têm entre suas atribuições a participação na
construção, implementação e avaliação do Projeto Político Pedagógico da Escola; além de
coordenar, sistematizar, acompanhar e avaliar as ações pedagógicas e de docência e contribuir
com a ação docente em relação aos processos do ensino e aprendizagem.
105

Observa-se que houve uma boa representatividade da comunidade escolar com respostas
de diferentes atores, o que torna possível uma visão que se aproxima da realidade da Educação
Integral ofertada pela rede pública de ensino de Pernambuco, possibilitando, assim, a análise
das respostas obtidas tanto referente à aceitação dessa forma de ensino como pelo entendimento
do conceito da Educação Integral. Além, é claro, de algumas críticas e sugestões feitas à própria
política analisada.

Gráfico 05 – Em que ano sua escola passou a ser Escola de Referência em Ensino Médio?

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

O gráfico acima traz uma representatividade de pessoas que têm alguma relação com as
escolas que passaram a ser integrais em diferentes momentos, desde o ano de 2004 até o ano
atual de 2020, o que irá atender ao objetivo da pesquisa referente à análise do processo de
implantação da Política Pública em Pernambuco, possibilitando identificar o seu impacto para
qualidade social e sua constituição histórica.
Durante esse período, houve mudanças que impactaram o planejamento e oferta da
Educação Integral no estado; entre elas, podemos destacar, entre o ano 2007 e 2008, o que
passou de uma experiência experimental para uma Política Pública, mudança de governo e de
gestão da Educação Integral. Também, após o ano 2008, quando a Educação Integral passou a
ser uma Política Pública, metas de expansão foram estabelecidas, aumentando
significativamente o número de Escolas que passaram a ofertar a Educação Integral. Esses são
dados importantes ao analisar essa forma de oferta com o objetivo de entender seu início.
106

Gráfico 06 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar?

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Por meio dos resultados obtidos, observamos que a Política Pública de Educação
Integral é muito bem aceita por comunidades de escolas de diferentes anos. Conforme podemos
observar no gráfico acima, 49,5% dos entrevistados consideram a aceitação ótima e 36,1%
consideram boa; o restante considera regular, ruim ou não souberam responder. Esses dados
indicam o reconhecimento da sociedade quanto a importância da oferta da Educação Integral
pela rede pública, o que será analisado ano a ano mais a frente, dado importante para um melhor
entendimento do objetivo dessa pesquisa.
Acrescenta-se a essas informações, dados dos resultados educacionais alcançados pela
Rede Estadual de Ensino de Pernambuco e obtidos na etapa do ensino médio desde o início da
implantação da Política Pública de Educação Integral, conforme observados nas avaliações
externas, elevando Pernambuco das últimas colocações no país, antes de sua implantação, em
2015, até atingir a primeira colocação no ranking nacional, na avaliação do IDEB. Isso só
fortalece a convicção de que o investimento nessa Política Pública pode ser o caminho para os
avanços educacionais necessários à Educação Pública pernambucana.
Mais adiante, no próximo tópico, os dados da aceitação da implantação da Educação
Integral serão analisados ano a ano, com o objetivo de entender como a comunidade considera
107

essa forma de oferta pela Rede Pública Estadual, trazendo o contexto de sua implantação
naquele momento.

Gráfico 07 – O que você entende por Educação Integral?

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Esse gráfico traz uma informação essencial para este estudo, pois observamos que uma
grande variedade de atores da comunidade escolar (58,4%) respondeu a alternativa que condiz
com a proposta filosófica da Educação Interdimensional, adotada pela Rede Estadual de
Pernambuco desde que se tornou Política Pública, ou seja, as ações educativas voltadas para as
quatro dimensões do ser humano: racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade.
Um número considerável, que corresponde a 29,7%, respondeu que considera integral pelo fato
de o estudante passar mais tempo na escola e uma pequena parte considera como uma política
assistencialista ou não souberam responder. Ainda 45 participantes apresentaram outros
conceitos, conforme pode-se observar no Apêndice B.
A análise das respostas registradas na opção “outros”, presentes no Apêndice B, reforça
a análise que as demais questões respondidas nos trazem, mostrando que há de fato o
reconhecimento da comunidade escolar em relação à importância desta Política Pública para
melhorias da qualidade da educação pública ofertada e que merece ser fortalecida com
investimentos que contemplem a melhoria da estrutura dessas escolas.
108

Embora com diferentes formas de se expressar, os participantes que escreveram outros


conceitos trazem o entendimento de que a Educação Integral está relacionada ao tempo do
estudante na escola e ao conceito trazido pela Educação Interdimensional, a característica
assistencialista ou a melhor preparação dos jovens para o trabalho. Também se observa que
alguns usaram esse espaço para trazer críticas no que tange a questões de estrutura ou questões
locais que causam dificuldades específicas, como é o caso dos estudantes que moram em
localidades distantes da escola.

Gráfico 08 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para valorização


do professor

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Observa-se que, para a comunidade escolar, a Política Pública de Educação Integral tem
contribuição significativa para a valorização dos professores, pois 1.237 pessoas responderam
que contribui muito, 771 consideram que contribui pouco, 94 opinaram que não contribui e 315
não souberam responder. Neste item pode ser verificado um aspecto que reflete a realidade das
reivindicações dos profissionais da educação localizados em Escolas Integrais, no que tange à
obtenção de benefícios permanentes. Desde sua implantação, conforme estabelece os Artigo 5º,
parágrafos 4 e 5, da Lei Complementar 125/008, houve o entendimento que a dedicação
exclusiva dos profissionais localizados nas Escolas Integrais daria o direito a uma gratificação
de localização especial, de forma que, ao se aposentar, os professores não recebem o valor que
vêm recebendo, mesmo aqueles que têm atuado de forma exclusiva e integral durante anos. Os
dados acima evidenciam esse descontentamento por parte da comunidade escolar, já que
109

comparado com a aceitação da implantação, verificamos que não se trata de um


descontentamento com a Educação Integral em si.

Gráfico 09 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para melhoria da


estrutura da escola

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Em relação à contribuição da Política Pública de Educação Integral para melhoria da


estrutura da escola, 1.181 pessoas responderam que contribui muito, 923 consideram que
contribui pouco, 147 acreditam que não contribui e 166 não souberam responder. Esses dados
chamam atenção pelo fato de haver uma aproximação do número de participantes que julgaram
que a Política Pública de Educação Integral contribui muito para a melhoria da estrutura da
escola com o número dos que consideram que contribui pouco. Considero que o fato de haver
diferentes representações da comunidade escolar seja o motivo de tal resultado.
Essa é uma informação que serve de base para avaliação da necessidade de
investimentos para a melhoria da estrutura dessas escolas. Evidentemente, considerando que a
comunidade vê como positiva a implantação da Educação Integral e tem um bom entendimento
de seu conceito, além de considerar os avanços na qualidade da educação trazidos ao estado
após sua implantação, verifica-se que os governantes precisam priorizar ações voltadas ao seu
fortalecimento. Já houve uma grande expansão desde o ano 2008, nesse momento a necessidade
é no investimento qualitativo dessa rede, sendo uma das ações prioritárias a melhoria de
110

infraestrutura, o que irá impactar positivamente na satisfação da comunidade escolar e em seus


resultados.

Gráfico 10 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para melhoria da


qualidade da educação pública

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Perguntados sobre a contribuição da Política Pública de Educação Integral para


melhoria da qualidade da educação pública, notamos o reconhecimento da comunidade,
observa-se que 1.526 dos entrevistados responderam que contribui muito, 648 consideram que
contribui, mesmo que pouco e os demais acreditam que não contribui ou não souberam
responder. Assim os números da pesquisa comprovam o reconhecimento que há na contribuição
para melhoria da qualidade da educação ao passo que há investimentos para oferta da Educação
Integral. Como relatado acima, os resultados educacionais obtidos desde sua implantação em
avaliações externas e no alcance antecipado de metas estabelecidas comprovam esses dados.
111

Gráfico 11 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para melhoria da


qualidade de vida dos estudantes

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Observa-se que a comunidade escolar reconhece o impacto positivo da Política Pública


de Educação Integral para melhoria da qualidade de vida dos estudantes, a grande maioria
(61,9%) acredita que contribui muito, 27,1% responderam que contribui pouco, apenas 5,4%
estão entre os que acham que não contribui e 5,6% não souberam responder. Essa é uma
informação de extrema relevância, considerando que os estudantes são o foco da oferta da
Educação Integral, que atualmente já atende 62% dos estudantes do Ensino Médio em nosso
estado.

Gráfico 12 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para auxiliar os


estudantes a ter um projeto de vida

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


112

A maioria dos participantes da pesquisa (1.664 pessoas) respondeu que a Política


Pública de Educação Integral contribui muito no auxílio aos estudantes na elaboração do seu
Projeto de Vida, ao passo que 537 acreditam que contribui pouco, e uma pequena parcela
respondeu que não contribui ou não soube responder. Essa é uma informação compatível com
o conceito que a maioria tem da Educação Integral, ou seja, de que se trata de uma educação
que preocupa-se com o estudante como pessoa, bem como cumpre seu papel previsto no Artigo
35, da LDBEN em vigor, ao definir que o Ensino Médio, por se tratar da etapa final da Educação
Básica, deve ter por finalidade consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental e a de vincular-se ao mundo do trabalho.

Gráfico 13 – Quanto à contribuição da Política Pública de Educação Integral para diminuição


das desigualdades sociais

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Observa-se que 59,7% dos participantes da pesquisa consideram que a Política Pública
de Educação Integral contribui muito para diminuição das desigualdades sociais, 26,5%
acreditam que contribui pouco e uma minoria responderam que não contribui ou não souberam
responder. Esse dado coletado evidencia a importância da continuação e expansão da oferta de
Educação Integral, considerando o papel social que desempenha. A luta dos profissionais da
educação sempre é pautada na busca por melhores condições na educação pública, que venham
a beneficiar as classes sociais historicamente prejudicadas pelo sistema capitalista, objeto de
muitos estudos. Em Pernambuco, observa-se significativos avanços no Ensino Médio ofertado
113

pela rede estadual, ao passo que as Escolas Integrais foram implantadas em todos os municípios,
atendendo a maioria da juventude e contemplando diversas classes sociais. Os dados
observados sobre a contribuição para diminuição de desigualdades sociais, mais uma vez, estão
de acordo com a realidade observada.

5.1.1 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2004

Gráfico 14 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2004)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Nas respostas relacionadas às escolas com ano de implantação de 2004, 24 pessoas


avaliaram como ótima a aceitação da Educação Integral, 11 avaliaram como boa e oito como
regular, ao passo que duas avaliaram como ruim ou não souberam responder.
114

Gráfico 15 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2004)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Nas respostas sobre o que entende sobre Educação Integral, destaca-se a comunidade
escolar da primeira escola integral, implantada em 2004. Segundo os dados, 48,9% relacionam
a Educação Integral ao tempo de permanência na escola e 35,6% têm o entendimento de que se
trata de ações educativas sistemáticas voltadas para as quatro dimensões do ser humano:
racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade.
Com o objetivo de sempre identificar o entendimento do significado da Educação
Integral para sociedade pernambucana e, consequentemente, acompanhar sua sociogênese, foi
no ano de 2004 que houve a implantação da primeira Escola Integral, cabe aqui ressaltar o que
está descrito detalhadamente no item 4.1, que trata da análise dos antecedentes da educação
integral em Pernambuco. Naquele ano, o governo do estado criou o Programa de
Desenvolvimento dos Centros de Ensino Experimental (Procentro), essa ação já tinha o objetivo
de garantir o planejamento e a execução de um conjunto de ações inovadoras em conteúdo,
método e gestão, direcionadas à melhoria da oferta e da qualidade do Ensino Médio na Rede
Pública do Estado, mediante a implantação de Centros de Ensino Experimental. Em 2004, foi
criado o Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano (CEEGP), baseado no modelo
de gestão público-privada, que pretendia criar uma rede formada por esses Centros.
115

5.1.2 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas integrais 2005

Gráfico 16 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2005)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

As respostas relacionadas à escola com ano de implantação de 2005 avaliaram


positivamente a aceitação de implantação Experimental da Educação Integral. Segundo os
resultados, cinco pessoas consideraram como sendo boa, quatro avaliaram como ótima e 2
consideraram regular essa aceitação.

Gráfico 17 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2005)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


116

Quando analisadas as respostas dos participantes deste ano em relação ao conceito, um


número expressivo de 72,7% relacionou a Educação Integral ao tempo de permanência na
escola, ao passo que apenas 18,2% consideram o conceito relacionado à filosofia da Educação
Interdimensional e 9,1% como sendo uma política assistencialista.
Em 2005, ainda no início da implantação da experiência com a Educação Integral no
estado, foi implantado o segundo Centro Experimental de Ensino Médio Integral na Escola
Técnica do Agreste (CEETA), em parceria com o Ministério da Educação e o Instituto Alcides
de Andrade Lima (IAAL). Conforme detalhado acima, no item 4.1 deste estudo, essa nova
unidade foi implantada no município de Bezerros e atendia a 320 alunos no 1.º ano do Ensino
Médio.

5.1.3 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2006

Gráfico 18 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2006)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Para o ano 2006, em relação à aceitação, 15 participantes consideraram que foi ótima,
8 consideraram boa e apenas 2 avaliaram como regular.
117

Gráfico 19 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2006)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Quando se observa as respostas em relação ao conceito, 84% já passaram a considerar


o conceito proposto pela rede estadual de ensino como relacionado à Educação
Interdimensional, 8% entendem que se relaciona ao tempo e 8% a uma política assistencialista.
No ano 2006, houve uma maior expansão na implantação dos Centros de Ensino
Experimental (CEE), em parceria com empresas, instituições de ensino superior e governos
municipais. O Quadro 01 traz o detalhamento dos novos CEE implantados. O atendimento em
tempo integral total desses novos Centros, somado aos dois já existentes, alcançava 4.656
jovens.
118

5.1.4 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2007

Gráfico 20 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2007)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Para o ano 2007, as respostas relacionadas à aceitação foram as seguintes: 15 pessoas


consideraram ótima, 6 consideraram boa e 4 avaliaram como regular a aceitação da implantação
da Educação Integral em sua escola.

Gráfico 21 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2007)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Nas respostas quanto ao conceito, observamos que se manteve o início do


fortalecimento do conceito relacionado à Educação Interdimensional, 64% responderam a
119

opção que traz o conceito de que são ações educativas que consideram as quatro dimensões do
ser humano, ao passo que 32% entendem que a Educação Integral se relaciona ao tempo na
escola.
Cabe ressaltar que em 2007 iniciou o primeiro período da gestão do governador de
Pernambuco Eduardo Campos (2007 a 2010), quando foi implantado um mapa estratégico de
acompanhamento mensal das ações desenvolvidas, incluindo as da Secretaria de Educação.
Naquele ano, já se planejava como uma meta pré-estabelecida para a criação do Programa de
Educação Integral com a finalidade de reestruturar o Ensino Médio.
Conforme já citei anteriormente (DUTRA, 2014), também em 2007, a Secretaria de
Educação contratou a TREVISAN Consultoria para realizar um estudo para viabilizar a
expansão da implantação das escolas integrais, que concluiu que, para atender 50% (cinquenta
por cento) dos jovens de 15 a 17 anos matriculados na etapa do Ensino Médio, seria necessário
que o estado de Pernambuco tivesse 160 Centros Experimentais com capacidade para atender
1.000 estudantes, contemplando todas as regiões do estado. Naquele ano, o relatório trouxe um
cenário futuro para o ano 2010, quando o número de estudantes para essa etapa de ensino seria
de cerca 320 mil jovens. Após análise do relatório, o estado de Pernambuco passou a estabelecer
a meta de implantar 160 escolas integrais até 2010.
Esse ano passa a ser um ano de transição, o que é importante ser destacado, tendo em
vista o estudo da 119ociogénese da Educação Integral em Pernambuco, é que era um cenário
de ruptura do governo anterior, com uma proposta que consistia em parcerias público-privadas
realizadas de forma experimental em poucas escolas, para uma nova visão, que, por ser
desafiadora, exigiu a criação de Políticas Públicas com vistas a garantir sua continuidade e a
estrutura necessária para sua execução, que teve por meta sua expansão para todo estado. Do
ponto de vista da 119ociogénese, esse processo é explicado no trecho abaixo, em que Elias
(1993, p. 124), analisa as mudanças de hábitos da sociedade francesa:

Também se vê em que grau as forças motivadoras desse fenômeno se originam


na estrutura social, na maneira como as pessoas estão ligadas entre si. Vemos
com mais clareza como círculos relativamente pequenos iniciam o movimento
e como o processo, aos poucos, se transmite a segmentos maiores. Esta
difusão, porém, pressupõe contatos muito específicos e, por conseguinte, uma
estrutura bem definida da sociedade. Além do mais, ela certamente não
poderia ter ocorrido se não houvessem sido estabelecidas para classes mais
amplas, e não apenas para os círculos que criaram o modelo, condições de
vida ou, em outras palavras, uma situação social que tornassem possível e
necessária uma transformação gradual das emoções e do comportamento, um
avanço no patamar do embaraço.
120

Guardadas as proporções dessa fala do autor, observa-se um fenômeno semelhante no


processo de implantação da Educação Integral pela rede estadual de Pernambuco, tendo
iniciado de forma experimental e passando a ser expandida para todo estado a partir do
planejamento realizado neste ano e implantado de fato a partir de 2008 com a homologação da
Lei Complementar 125/2008.

5.1.5 Aceitação e conceito da Educação Integral – Escolas Integrais 2008

Gráfico 22 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2008)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Para o ano 2008, nas respostas relacionadas à aceitação, 185 pessoas, o que equivale a
50,4% dos participantes, consideraram ótima, 125 pessoas avaliaram como sendo boa, 43
avaliaram como regular e uma minoria considerou a aceitação ruim ou não soube responder.
121

Gráfico 23 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2008)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Quando se observa a resposta quanto ao conceito, 54,8% responderam a opção que traz
o conceito proposto pela rede estadual de ensino, relacionado à Educação Interdimensional, e
33,2 % consideram que está relacionado ao tempo na escola. Destaca-se que foi nesse ano que
a Educação Integral passou da fase experimental para uma Política Pública, com considerável
aumento no número de escolas integrais no estado. Observa-se que desde o início a implantação
dessa modalidade de ensino foi reconhecida e entendida pela comunidade escolar.
No ano de 2008, foi criado o Programa de Educação Integral a partir da Lei
Complementar nº 125, de 10 de julho de 2008. Nesse ano, Pernambuco contava com uma
Política Pública de Educação Integral. Conforme estabelecido na Lei, foram implantadas 51
escolas Integrais, das quais 20 já funcionavam como Centros de Ensino Experimental. A partir
desse ano, elas passaram a se denominar Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs).
Segundo Dutra (2014), 33 escolas tinham a jornada escolar integral, que funcionava em dois
turnos, com 9 horas aulas diárias, totalizando 45 horas/aula semanais, e 18 escolas em jornada
semi-integral, que funcionava semanalmente com cinco turnos e dois contraturnos, com cinco
horas/aula diárias em cada turno, totalizando 35 horas/aula semanais.
Cabe esclarecer que, apesar destas nomenclaturas, as escolas integrais e semi-integrais
foram utilizadas apenas no estado de Pernambuco. Para o Ministério da Educação, todas se
enquadram como Escolas Integrais por já ofertarem 1.400 horas anuais, conforme estabelece a
Lei 13.415 Brasil (2017) horas/aulas semanais. Após esse estudo e escuta da comunidade
escolar, uma revisão da Lei Complementar 125/2021 deverá incluir uma nova proposta de
122

organização curricular com a definição de 40 horas/aulas semanais para todas as Escolas


Integrais.
Essa iniciativa com foco na melhoria da qualidade do ensino médio era necessária, tendo
em vista os resultados educacionais do estado de Pernambuco nas avaliações externas, no
resultado da avaliação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), realizado no ano
2007, em que o estado estava na 21.ª posição no ranking nacional com IDEB3 de 2,7.

5.1.6 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2009

Gráfico 24 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2009)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Para o ano 2009, observa-se que houve uma melhoria na aceitação em relação aos de
2008; nesse ano, 120 pessoas, que equivale a 65,2%, avaliaram como ótima a implantação da
Educação Integral na Escola, 51 avaliaram como sendo boa e a minoria avaliou como regular,
ruim ou não souberam responder.

3O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). É uma das primeiras iniciativas brasileiras para medir
nacionalmente a qualidade do aprendizado e estabelecer metas para a melhoria do ensino.
123

Gráfico 25 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2009)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


Quanto às respostas de escolas do ano 2009 referente ao conceito de Educação Integral,
78,3% responderam a opção que traz o conceito proposto pela rede estadual de ensino,
relacionado à Educação Interdimensional, e 14,7% consideram que está relacionado ao tempo
na escola. No segundo ano em que a Educação Integral passou a ser uma Política Pública,
observa-se o fortalecimento do conceito relacionado à filosofia da Educação Interdimensional.
No contexto da expansão da rede de Educação Integral, nesse ano Pernambuco passou
de 55 para 103 escolas, uma significativa expansão. Foi dessa forma que o governo estadual
mostrava a busca pelo cumprimento das metas pré-estabelecidas já em 2007, conforme relatado
anteriormente. Foi neste ano que a Secretaria de Educação voltou a responder pela Educação
Profissional, contando também com seis Escolas Técnicas Estaduais, conforme estabelecido
pela Lei nº 13.968/2009. A Figura 05 traz a evidência documental, uma matéria publicada no
jornal Folha de Pernambuco sobre essa expansão.
124

Figura 05 – PE: mais de 57 Escolas de Referência

Fonte: Folha de Pernambuco, Recife, 11/2009.

Conforme matéria publicada no jornal Folha de Pernambuco, com a implantação de


mais 57 novas EREMs no ano 2010, o governador Eduardo Campos alcançou a meta de
implantação de 160 Escolas Integrais oferecidas pela Rede Estadual até o fim do seu mandato.
Essa expansão foi planejada para atender todas as regiões do estado, de forma que a transição
do caráter experimental para uma Política Pública de Educação Integral a partir do ano 2008 já
passou a ser planejada de forma a interiorizar a implantação das Escolas Integrais.
125

5.1.7 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2010

Gráfico 26 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2010)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Dos participantes que responderam sobre as escolas implantadas no ano 2010, observa-
se o alto número de aceitação positiva quanto a essa modalidade de ensino, 161 pessoas, ou
seja, 55,1% avaliaram como ótima, 100 pessoas avaliaram como boa e 31 como regular ou
ruim.

Gráfico 27 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2010)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


126

Ao observar as respostas quanto ao conceito, 71,2% responderam a opção que traz o


conceito proposto pela rede estadual de ensino, relacionado à Educação Interdimensional, e
20,5% consideram que está relacionado ao tempo na escola. As formações ofertadas aos
educadores localizados nas Escolas Integrais, focadas nas bases filosóficas da educação
integral, podem ser visualizadas nos dados da pesquisa. Após três anos da implantação da
Política Pública, observa-se de forma destacada o entendimento e aceitação correta da proposta
apresentada pela rede estadual de ensino.
Nesse ano, mais 57 EREMs foram implantadas, atingindo a meta prevista pela
TREVISAN Consultoria de 160 Escolas Integrais, atendendo metade da demanda dos jovens
matriculados, na rede estadual de ensino, na etapa do Ensino Médio. Além das EREMs, o estado
também expandiu sua rede de Escolas Técnicas Estaduais (ETEs), tendo construído mais 7
escolas, que começaram a funcionar nesse ano, de forma que o estado passou a ter 13 ETEs,
ofertando também o Ensino Médio Integral integrado à Educação Profissional.
Os resultados educacionais começavam aos poucos a avançar, uma das evidências pode
ser vista pelo resultado da avaliação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB),
realizada no ano 2009. Nesse ano, Pernambuco alcançou o IDEB de 3,0, passando para a 17.ª
colocação no ranking nacional. A matéria publicada no jornal Folha de Pernambuco mostra o
reconhecimento da comunidade no que se refere à qualidade da oferta da Educação Integral no
estado.

Figura 06 – Referências para a educação

Fonte: Folha de Pernambuco, Recife, 25/02/2010.


127

A imagem acima traz o exemplo de países como França, Suécia e Canadá, que vêm
resolvendo problemas sociais por meio da oferta de uma educação de qualidade. A matéria
destaca os investimentos feitos por parte do então gestão do governador Eduardo Campos para
expansão da oferta a Educação Integral, com a implantação de mais 57 EREMs. Assim, em
2010, a Rede Estadual de Pernambuco foi expandida para mais 35 municípios e já contava com
160 Escolas Integrais, atendendo naquele ano cerca de 19 mil estudantes.
Ainda segundo a matéria, foram investidos aproximadamente 55 milhões com a reforma
e ampliação dessas Escolas, também 211 milhões investidos com pessoal, materiais diversos e
equipamentos. Essa matéria é uma evidência dos investimentos em educação feitos no decorrer
da implantação da Educação Integral em Pernambuco.

5.1.8 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2011

Gráfico 28 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2011)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Para o ano de 2011, houve uma boa aceitação da Política Pública de Educação Integral,
29 pessoas avaliaram como ótima e 11 pessoas como boa, somando 80% das opiniões ótimas e
boas, 6 pessoas avaliaram como regular e 4 pessoas avaliaram como ruim ou não souberam
responder.
128

Gráfico 29 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2011)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


Ao analisar as respostas quanto ao conceito, 68% responderam a opção que traz o
conceito proposto pela rede estadual de ensino, relacionado à Educação Interdimensional, e
26% consideram que está relacionado ao tempo na escola.
Mesmo já tendo sido alcançada a primeira meta pré-estabelecida, foi dada continuidade
à expansão da Rede de Escolas Integrais. Nesse ano, o estado passou a ofertar o Ensino Médio
Integral em 173 EREMs e em 14 ETEs. Todas as formações quanto às bases filosóficas
intrínsecas à Educação Integral, adotada pela Rede Estadual de Ensino, eram planejadas e
ofertadas continuamente, de forma a fortalecer o Ensino Médio no estado.
Matérias sobre os resultados alcançados pelas Escolas Integrais eram publicadas em
jornais locais, como apresentam as figuras 07 e 08, que mostram publicações em jornais locais
sobre os resultados alcançados no IDEPE nas avaliações do ano anterior.
129

Figura 07 – Ensino Integral conquista meta

Fonte: Folha de Pernambuco, Recife, 10/06/2011.

Como podemos ver, a matéria publicada no jornal Folha de Pernambuco em 10 de junho


de 2011 divulga os resultados alcançados pelas Escolas Integrais na avaliação externa do
IDEPE, ano em que, fazendo um recorte das Escolas Integrais, o índice alcançado foi de 4,72,
bem superior ao alcançado pela rede estadual como um todo, que naquele ano foi de 3,20. A
figura a seguir mostra essa diferença entre os resultados das Escolas Integrais e os resultados
totais alcançados pela rede estadual de Pernambuco, também ocorreu na avaliação do SAEB.
130

Figura 08 – Escolas integrais alcançam o Ideb de 2021

Fonte: Diario de Pernambuco, Recife, 11/06/2011.

As matérias publicadas no jornal Diario de Pernambuco, em 11 de junho de 2011,


destacaram que no ano 2010 a meta estabelecida de 4,5 para o IDEB do ano 2021 já havia sido
alcançada pelas Escolas Integrais. Naquele ano, o estado de Pernambuco alcançou o índice de
3,10 para o Ensino Médio, o que elevou o ranking nacional do estado de Pernambuco da 27.ª
colocação em 2007 para 16.ª posição. Ao fazer um recorte das Escolas Integrais, essas escolas
alcançaram o índice de 4,5, comprovando o impacto positivo e direto dessa Política Pública
para os resultados educacionais.

5.1.9 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2012

Gráfico 30 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2012)
131

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


Para o ano de 2012, em relação à aceitação da Política Pública de Educação Integral,
162 pessoas consideraram como ótima, 124 das opiniões avaliaram como boa, 35 como regular
e 5 pessoas avaliaram como sendo ruim ou não souberam responder.

Gráfico 31 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2012)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


Quando se observa a resposta quanto ao conceito, nota-se que 66,9% das respostas
refletem o conceito relacionado à Educação Interdimensional e 23,6% consideram que está
relacionado ao tempo na escola. A Educação Integral pernambucana apresentou desde o início
uma proposta diferenciada, em que mais tempo na escola é considerado uma das estratégias
para melhoria da educação pública; no entanto, a proposta da Educação Interdimensional está
na sua essência, assim os educadores buscam compreender os estudantes considerando sua
integralidade de pessoa, conforme detalhado no item 4.1.2 das bases psicopedagógicas.
132

Conforme estabelecido pelo novo plano de governo do então governador Eduardo


Campos, Pernambuco passou a ter a meta de implantar 300 EREMs até o ano de 2014. Assim,
nesse ano, a Rede de Escolas Integrais passou a ter 217 EREMs e 19 ETEs. A matéria publicada
no Jornal do Commercio, conforme Figura 09, evidencia a ampliação ocorrida.

Figura 09 – Mais 52 escolas integrais no Estado

Fonte: Jornal do Commercio, Recife, 12/02/2012.

Os resultados educacionais obtidos na avaliação externa do Sistema de Avaliação da


Educação Básica (SAEB), realizada no ano 2011, mostraram um avanço modesto, Pernambuco
alcançou o IDEB de 3,1 na etapa do Ensino Médio, passando para a 16.ª colocação no ranking
nacional. Como analisado nos dados do ano 2011, ao fazer um recorte dos resultados alcançados
pelas Escolas Integrais, o índice alcançado foi de 4,5, o que evidenciou a importância da
expansão da oferta da Educação Integral, de forma que em 2012, conforme figura acima, o
governo estadual implantou mais 52 EREMs.
133

5.1.10 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2013

Gráfico 32 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2013)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Para o ano de 2013, 81 pessoas avaliaram como ótima e 57 como boa, o que totaliza
86,7% das pessoas que consideraram ótima ou boa a aceitação da Política Pública de Educação
Integral; 14 pessoas consideram regular e 6 avaliaram como ruim ou não souberam responder.

Gráfico 33 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2013)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


134

Quando se verifica as respostas quanto ao conceito, 63,5% responderam a opção


relacionada à Educação Interdimensional, ao passo que 25,8% consideram que está relacionado
ao tempo na escola.
Em 2013, a Rede Estadual de Ensino já havia se expandido por todo estado e contava
com 260 Escolas de Referência em Ensino Médio e 25 Escolas Técnicas Estaduais.

5.1.11 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2014

Gráfico 34 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2014)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Dos participantes de escolas do ano 2014, observa-se mais uma vez que a maioria
avaliou como ótima, enquanto 147 pessoas avaliaram como sendo boa, totalizando 85,5% que
consideravam ótima ou boa a aceitação da Política Pública de Educação Integral. Apenas 43
pessoas avaliaram como regular e 7 como sendo ruim ou não souberam responder.
135

Gráfico 35 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2014)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


Em relação às respostas quanto ao conceito, 56,8% responderam a opção do conceito
relacionado à Educação Interdimensional, ao passo que 33,9% consideram que está relacionado
ao tempo na escola. Nesse ano, Pernambuco já havia atingido a marca de 300 Escolas Integrais
em todos os municípios, os dados reforçam que o estado estava no rumo certo ao continuar
expandindo sua rede de Escolas Integrais.
Ainda em 2014, a Rede Estadual de Ensino atingiu a meta estabelecida pelo Governo
Estadual, o estado já contava com 300 Escolas de Referência em Ensino Médio, além de mais
26 Escolas Técnicas Estaduais. A Figura 10 mostra reportagem sobre o crescimento dos
resultados do Ensino Médio da rede de Escolas Integrais em Pernambuco.
136

Figura 10 – PE tem maior crescimento do Brasil no ensino médio

Fonte: Diário Oficial do Estado de Pernambuco, Recife, 12/09/2014.

A matéria publicada no Diário Oficial do Estado de Pernambuco, em 12 de setembro


de 2014, destaca os resultados alcançados pela Rede Estadual no IDEB do ano 2013, em que o
estado subiu 12 posições no ranking nacional, destacando-se como o estado que obteve maior
crescimento no Ensino Médio entre todos os estados da Federação no IDEB.
Os resultados educacionais obtidos na avaliação externa do Sistema de Avaliação da
Educação Básica (SAEB), realizada no ano 2013, evidenciaram uma melhoria nos resultados
para a etapa do Ensino Médio. Pernambuco alcançou o IDEB de 3,6, passando para a 4.ª
colocação no ranking nacional. Muito ainda havia de avançar, no entanto esse era um indicador
de que as ações planejadas para melhoria do Ensino Médio por meio da expansão da oferta da
Educação Integral estavam dando frutos e, assim, indicavam a importância dessa Política
Pública, conforme reconhecimento da comunidade escolar, observado na pesquisa.
137

5.1.12 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2015

Gráfico 36 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2015)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


Para o ano de 2015, a aceitação da Política Pública de Educação Integral somou 69
pessoas avaliando como ótima e 44 pessoas avaliando como boa, o que equivale a 94% das
opiniões, ao passo que 10 pessoas avaliaram a aceitação como regular e 2 como ruim.

Gráfico 37 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2015)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


Quando observadas as respostas quanto ao conceito, 61,3% das pessoas responderam a
opção que traz o conceito proposto pela rede estadual de ensino, relacionado à Educação
Interdimensional, e 26,3% consideram que está relacionado ao tempo na escola.
138

No que tange à expansão do número de Escolas Integrais, em 2015, a Rede Estadual de


Ensino continuou com 300 Escolas de Referência em Ensino Médio e 29 Escolas Técnicas
Estaduais. Considerando que no ano anterior a Rede Estadual de Escolas Integrais havia
atingido a meta estabelecida quanto ao número de Escolas Integrais, nesse momento o foco
estava em ações de melhoria da qualidade das escolas existentes.

5.1.13 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2016

Gráfico 38 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2016)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Dos participantes de escolas do ano 2016, observa-se, mais uma vez, que a maioria, 76
pessoas, ou seja, mais de 86,3% consideram ótima ou boa a aceitação da Política Pública de
Educação Integral, enquanto 7 avaliaram como regular, 2 como ruim e 3 não souberam
responder.
139

Gráfico 39 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2016)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


Em relação às respostas quanto ao conceito, 47,7% responderam a opção do conceito
relacionado à Educação Interdimensional, 36,4% consideram que está relacionado ao tempo na
escola, 4,5% responderam que se trata de uma política assistencialista por ofertar três refeições
diárias. Destaca-se que foi no ano anterior, em 2015, que Pernambuco chegou à primeira
colocação na avaliação externa do IDEB para o Ensino Médio. Essa significativa evolução teve
repercussão nacional e a alta aceitação da implantação dessa modalidade de ensino está de
acordo com a história da Educação Integral no estado.
A Política Pública de Educação Integral mostrou ser um meio exitoso para melhoria dos
resultados educacionais. Na avaliação do SAEB, o estado alcançou o índice de 3,9, alcançando
a primeira colocação no ranking nacional. Nesse ano, a Rede Estadual possuía 300 EREMs e
35 ETEs. Vale salientar que esse índice representa a média de toda a Rede Estadual de Ensino;
no entanto, ao fazer um recorte dos índices alcançados pela Escolas Integrais, a média se eleva
consideravelmente para 4,81 nas Escolas Integrais avaliadas e 5,21 para as Escolas Técnicas
Estaduais.
140

5.1.14 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2017

Gráfico 40 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2017)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Para o ano de 2017, observa-se que 50 pessoas avaliaram como ótima, 41 responderam
boa, 15 avaliaram como regular a aceitação da Política Pública de Educação Integral, ao passo
que apenas 3 avaliaram como ruim ou não souberam responder.

Gráfico 41 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2017)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).


Quando se verifica as respostas quanto ao conceito, 81,7% responderam a opção
relacionada à Educação Interdimensional, apenas 11,9% responderam que consideram que está
141

relacionado ao tempo na escola. Nesse ano, podemos observar uma consolidação do conceito
desejado, o reconhecimento que a Educação Integral não se trata apenas do maior tempo do
estudante na escola, mas são ações educativas sistemáticas voltadas para as quatro dimensões
do ser humano: racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade.
Em 2017, o estado voltou a expandir sua rede de Escolas Integrais, passando a ter 332
Escolas de Referência em Ensino Médio e 37 Escolas Técnicas Estaduais. Havia a necessidade
de focar na melhoria da qualidade da rede existente.

5.1.15 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2018

Gráfico 42 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2018)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Dos participantes de escolas que responderam ao questionário em 2018, observa-se que


67 pessoas, o que totaliza 79,8%, consideram ótima ou boa a aceitação da Política Pública de
Educação Integral, 11 pessoas julgaram regular e 5 responderam como sendo ruim.
142

Gráfico 43 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2018)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Em relação às respostas quanto ao conceito, 67,9% responderam a opção do conceito


relacionado à Educação Interdimensional e 20,2% consideram que está relacionado ao tempo
na escola, respostas que se assemelham às das escolas do ano anterior.
Em 2018, o estado voltou a expandir sua rede de Escolas Integrais, passando a ter 345
Escolas de Referência em Ensino Médio e 43 Escolas Técnicas Estaduais. Nos resultados da
avaliação do SAEB realizada em 2017, o estado alcançou a nota 4,0. Mesmo não tendo mantido
a primeira posição no ranking nacional, Pernambuco ficou acima da média nacional
estabelecida pelo Ministério da Educação, passando para a 4.ª posição no ranking nacional. Ao
fazer o recorte das Escolas Integrais avaliadas em 2017, a média se eleva consideravelmente
para 4,6 nas Escolas Integrais avaliadas e 5,3 para as Escolas Técnicas Estaduais, conforme
dados disponibilizados pelo INEP.
143

5.1.16 Aceitação e conceito da Educação Integral – Escolas Integrais 2019

Gráfico 44 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2019)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Para o ano de 2019, verifica-se que 30 pessoas avaliaram como ótima, 43 avaliaram
como boa, 20 como regular e 9 como sendo ruim a aceitação da Política Pública de Educação
Integral.

Gráfico 45 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2019)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Quando se observa as respostas quanto ao conceito, 56,1% responderam a opção


relacionada à Educação Interdimensional, 24,3% entendem que a escola é integral pelo fato de
o estudante passar mais tempo na escola. Esses dados indicam que com o passar do tempo há
cada vez mais a necessidade de ações com vistas a fortalecer a rede de Escolas Integrais em
144

relação às demandas da comunidade escolar no que diz respeito à estrutura e valorização dos
profissionais e na intensificação na formação em Educação Interdimensional para os
profissionais localizados nas Escolas Integrais a cada ano, garantindo a continuidade da
essência filosófica em que ela é baseada. Ainda outra área que merece atenção é a ampla
divulgação dos resultados obtidos na qualidade social por ela trazidos, não só nos resultados de
avaliações externas, mas também nos impactos positivos trazidos para a vida de jovens e
estudantes egressos dessa rede.
Em 2019, o estado volta a expandir sua rede de Escolas Integrais, passando a ter 368
Escolas de Referência em Ensino Médio e 44 Escolas Técnicas Estaduais. A Figura 11 mostra
publicação na Folha de Pernambuco sobre a ampliação da rede de Escolas Integrais em
Pernambuco.

Figura 11 – Estado ampliará ensino integral

Fonte: Folha de Pernambuco, Recife, 04/12/2019.

A matéria acima, publicada no jornal Folha de Pernambuco, em 04 de dezembro de


2019, mostra que o governo do estado continuou a expansão da rede de Escolas Integrais. Com
o título Estado ampliará ensino integral, a matéria destaca que dando continuidade à Política
Pública de Educação Integral, o estado implantou mais 25 Escolas Integrais para o ano de 2020.
145

5.1.17 Aceitação e conceito da educação integral – Escolas Integrais 2020

Gráfico 46 – Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua


escola pela comunidade escolar? (Ano 2020)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Dos participantes que responderam ao questionário em 2020, observa-se que 76,5%


consideram ótima ou boa, 13,6% consideram regular e 7,4% como ruim aceitação da Política
Pública de Educação Integral. Nesse aspecto, há uma considerável queda na aceitação da
Política Pública de Educação Integral pela comunidade escolar em relação aos anos anteriores,
deve-se constar nesse momento que o ano letivo foi iniciado em fevereiro de 2020 e, no dia 17
de março, devido à pandemia do coronavírus, houve a suspensão das aulas presenciais. No
momento da pesquisa, realizada durante o mês de agosto de 2020, as escolas ainda estavam
fechadas, com funcionamento apenas na forma virtual. Assim, pode-se considerar que essa
realidade pode ter influenciado na opinião da comunidade escolar, neste caso representada pelos
2.417 participantes da pesquisa.
146

Gráfico 47 – O que você entende por Educação Integral? (Ano 2020)

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

No mesmo contexto apresentado acima, quando perguntados sobre o conceito de


Educação Integral, 60,5% responderam a opção do conceito relacionado à Educação
Interdimensional, 24,7% consideram que está relacionado ao tempo na escola, respostas que
evidenciam a necessidade de fortalecer a base filosófica da educação interdimensional junto a
comunidade escolar.
Em 2020, o estado volta a expandir sua rede de Escolas Integrais, passando a ter 394
Escolas de Referência em Ensino Médio e 46 Escolas Técnicas Estaduais, possuindo mais duas
escolas que ofertam a Educação Integral para o Ensino Fundamental, denominadas Escolas de
Referência em Ensino Fundamental (EREF). Assim, a rede estadual de Pernambuco totaliza
440 Escolas Integrais. Esses dados demonstram o impulso dessa política para Educação Pública
em Pernambuco.
Cabe destacar que nesse ano foram divulgados os resultados obtidos na avaliação do
SAEB 2019. O estado de Pernambuco, conforme dados divulgados pelo INEP, apesar de ter
crescido de 4,0, em 2017, para 4,4, não alcançou sua meta de primeiro lugar e caiu para a 5.ª
colocação no ranking nacional. No entanto, ao realizar uma análise detalhada desses resultados,
fazendo um recorte do desempenho apenas das escolas públicas, a média do estado é de 4,4,
índice que coloca a rede estadual de Pernambuco entre as três melhores do país. A Secretaria
de Educação, por ofertar o ensino médio também em Escolas Técnicas Estaduais, fez uma
média dos índices alcançados por todas as Escolas Estaduais, considerando que o MEC não
contabiliza as Escolas Técnicas em seu cálculo. Nesse novo recorte, o índice da rede estadual
147

no IDEB 2019 passa a ser de 4,5, o que evidencia de fato a importância da Educação Integral
para os avanços educacionais alcançados desde sua implantação.

Gráfico 48 – Evolução do Estado de Pernambuco no Índice de Desenvolvimento da Educação


Básica (IDEB)

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

O estado de Pernambuco também é destaque no número de matrículas na Educação


Integral na etapa do Ensino Médio, enquanto, no Nordeste, a média é de 18,9%; no Brasil, é de
10,8%; e em Pernambuco essa matrícula chegou a 47% em 2019, conforme pode ser visto na
Figura 12.

Figura 12 – Indicadores selecionados do Ensino Médio segundo a rede de ensino e a


localização da escola – UF – Região – Brasil – 2019

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).


148

Além das questões registradas anteriormente, a pesquisa incluiu uma questão aberta para
que os participantes relatassem informações sobre a Educação Integral que consideravam não
estar contempladas nas demais questões, esse registro consta na íntegra no Apêndice C. Uma
análise de tais considerações evidencia diferentes visões e indica áreas em que a Política Pública
de Educação Integral em Pernambuco pode ser melhorada e fortalecida.
Esse espaço aberto da pesquisa foi utilizado por 647 participantes, muitos concordaram
com a importância da Educação Integral, sua contribuição para melhoria da educação e
relataram questões já abordadas nas questões anteriores; outras questões identificadas abordam
algumas solicitações para investimento em infraestrutura dessas escolas, manutenção, aquisição
de laboratórios, melhoria na alimentação, solicitação de atendimentos psicológico, incentivo
para formação de professores e oportunidades para que possam cursar Mestrado e Doutorado.
A observação das respostas ano a ano, no que diz respeito à aceitação e ao conceito
relacionados a implantação de Escolas Integrais, indica que a comunidade escolar considera
importante essa Política Pública, merecendo, portanto, um fortalecimento de suas bases
filosóficas e o investimento em relação à valorização dos profissionais da educação nela
atuantes e na estrutura das escolas.
A cada ano, foi trazido o contexto da expansão da Rede Estadual de Educação Integral
em Pernambuco e os respectivos resultados obtidos na avaliação externa do SAEB, o que
facilita o acompanhamento historiográfico que esse estudo propõe.
Ao analisar as questões de aceitação da Educação Integral pela Comunidade Escolar, é
observada uma média acima de 84% ao somar as opiniões ótimas e boas de 2004 a 2020, esse
dado, em comparação com a realidade vivenciada no decorrer desse período, mostra-se
divergente, já que no decorrer da implantação da Política Pública houve o enfrentamento de
resistência por parte da comunidade escolar, em especial no início da implantação e expansão
da Política Pública de Educação Integral.
No entanto, como já mencionado, a pesquisa realizada com comunidades de escolas
implantadas todos os anos não apontou essa falta de aceitação inicial. Assim, considerando que
a pesquisa foi realizada no ano de 2020, ou seja, 12 anos após a implantação da Educação
Integral como Política Pública, houve alterações do ponto de vista da sociedade como um todo
em relação a essa forma de oferta da educação. Isto posto, mesmo com toda complexidade e
aspectos identificados como pontos a serem melhorados e fortalecidos nessa rede, no contexto
mais geral, há uma excelente aceitação.
Já ao analisar a questão do conceito de Educação Integral, observa-se uma grande
mudança na percepção a partir do momento de sua expansão; ou seja, em 2006, quando ainda
149

era uma iniciativa experimental, nos dois primeiros anos, prevaleceu o entendimento de que a
Educação Integral estava relacionada ao maior tempo na escola. Após a implantação da Política
Pública de Educação Integral, no ano 2008, a Educação Integral passa de fato a ser reconhecida
pela sociedade pernambucana como ações educativas sistemáticas voltadas para as quatro
dimensões do ser humano (racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade),
retratando a base filosófica adotada para Educação Integral no Estado.
Essa análise, tanto em relação à aceitação como ao conceito da Educação Integral por
parte dos diversos representantes da comunidade escolar durante o período de 2004 a 2020,
torna possível, parafraseando Elias (1993), um olhar “sociogenético” da Educação Integral em
Pernambuco. Ou seja, é perceptível as alterações conceituais desenvolvidas pela comunidade
escolar sobre a Educação Integral.

Talvez aconteça que determinados indivíduos os tenham formado com base


em material linguístico já disponível de seu próprio grupo, ou pelo menos lhes
tenham atribuído um novo significado. Mas eles lançaram raízes.
Estabeleceram-se. Outros os captaram em seu novo significado e forma,
desenvolvendo-os, e polindo-os na fala e na escrita. Foram usados
repetidamente até se tornarem instrumentos eficientes para expressar o que
pessoas experimentaram em comum e querem comunicar. Tornaram-se
palavras da moda, conceitos de emprego comum no linguajar diário de uma
dada sociedade. Este fato demonstra que não representam apenas necessidades
individuais, mas coletivas, de expressão. A história coletiva neles se
cristalizou e ressoa. O indivíduo encontra essa cristalização já em suas
possibilidades de uso. (ELIAS, 1993, p. 26)
Assim, a pesquisa realizada apresenta esse processo de evolução do entendimento da
sociedade em relação ao termo “Educação Integral”, após 16 anos desde as primeiras iniciativas
experimentais e 12 anos que foi implantada como Política Pública pela Rede Estadual de Ensino
de Pernambuco. De qualquer modo, pode-se apreender que essa modalidade de ensino foi
amplamente aceita e entendida pela comunidade escolar, que expressou sua opinião em relação
aos diversos aspectos de implicação social. Além dos aspectos que foram analisados ano a ano,
tais como questões relativas à valorização dos professores, infraestrutura, contribuição para
melhoria da qualidade da educação pública, melhoria na qualidade de vida dos jovens,
diminuição das desigualdades sociais e na construção do projeto de vida dos estudantes.

5.1.18 Educação Integral em Pernambuco no ano 2021

Os dados qualitativos do subitem anterior foram realizados em agosto de 2020. No ano


2021, a pesquisa entrou em uma segunda fase a partir da realização de um seminário com
Gestores das Escolas Integrais implantadas até o ano 2008. Considerando o recorte temporal
150

proposto neste estudo, 2004 a 2021, os dados qualitativos e o seminário constituem fontes
importantes na composição da memória do objeto de estudo.
Dando continuidade à expansão da rede estadual de ensino, em 2021, Pernambuco conta
com 420 Escolas de Referência em Ensino Médio e 50 Escolas Técnicas Estaduais. Dessa
forma, o Gráfico 49 traz o histórico de implantação da Educação Integral no Estado de
Pernambuco de 2004 a 2021; nele, consta o total de Escolas Integrais, composto das Escolas de
Referência em Ensino Médio e Escolas Técnicas Estaduais, onde é ofertado o Ensino Médio
Integral integrado à Educação Profissional.

Gráfico 49 – Evolução da implantação de Escolas Integrais na rede estadual de Pernambuco

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

5.2 RESPOSTAS QUALITATIVAS AO QUESTIONÁRIO

Após aplicação do questionário, além dos dados anteriormente analisados, passamos


para a análise da questão de número doze, uma questão aberta em que os participantes puderam
relatar livremente suas percepções sobre a Educação Integral. Nela, o interesse principal era o
seguinte: há alguma informação sobre a Educação Integral que deseja relatar por não estar
contemplada nas questões acima?
O Apêndice C contém todas as respostas da pergunta de número doze do questionário
aplicado. Analisando as informações registradas pelos participantes, observei que muitas
respostas têm um conteúdo positivo com o reconhecimento de que a Educação Integral
transforma as vidas dos jovens, algumas respostas mencionaram, inclusive, que as Escolas
151

Integrais trabalham o projeto de vida dos estudantes, o que lhes dá autonomia e projeção para
o mundo do trabalho.
Por outro lado, muitas respostas contêm a solicitação de melhoria na infraestrutura das
escolas e sugerem o fortalecimento de uma educação dialógica como uma perspectiva de
aprendizagem que precisa ser mais aplicada nas escolas integrais.
Uma fala recorrente diz respeito à solicitação de estudantes para a diminuição do tempo
de sua permanência no ambiente escolar como uma forma de melhoria na qualidade de vida.
Embora já seja observado na rede estadual que algumas escolas integrais funcionam com uma
carga horária semanal de 35 horas, denominadas Escolas Semi-integrais.
Contudo, com o advento da pandemia da covid-19, em que o ensino híbrido passou a
ser vivenciado de forma estruturada e com orientações da Secretaria de Educação, vemos como
possibilidade viável o planejamento de um novo formato, especificamente em relação ao tempo
escolar. Neste respeito, conforme já citado no subtópico 4.1.5, sugerimos uma revisão da Lei
Complementar nº 125/2021, incluindo uma nova proposta de organização curricular com a
definição de 40 horas/aula semanais para todas as Escolas Integrais.
Paralelamente ao problema do tempo de permanência do estudante no ambiente escolar,
também apareceram sugestões e críticas quanto à necessidade de investimentos e valorização
dos profissionais que trabalham nas Escolas Integrais. Observamos, no entanto, que na opinião
dos estudantes “é muito cansativo o horário integral no atual formato”, o que pressupõe um
estudo para a revisão do currículo, possibilitando a diminuição da carga horária para 7h diárias.
Essa é uma ação possível e já há na rede estadual iniciativas semelhantes, implantadas em
escolas semi-integrais.
Todavia, cabe ressaltar que este é um momento propício para considerar soluções a esta
solicitação, considerando que, após a promulgação da Lei nº 13.415/2017, que altera a Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, a reforma para o Ensino Médio já introduz uma nova lógica
curricular. Outra possibilidade evidenciada durante a pandemia da covid-19 é a implementação
de ações para utilização de tecnologias que possibilitem o ensino híbrido como alternativa para
diminuição da jornada diária.
A análise da pesquisa aplicada evidenciou ainda que a comunidade escolar aceita e
compreende a proposta da Rede Estadual de Ensino para a Educação Integral, de forma que
esta é uma Política Pública que deve ser priorizada e fortalecida, embora seja evidente que após
13 anos de sua implantação haja a necessidade de melhorias qualitativas das Escolas Integrais,
além de melhorias em relação à valorização dos profissionais atuantes nessas escolas, melhorias
152

de infraestrutura, diminuição da carga horária diária, atualmente vivenciada pela maioria das
Escolas Integrais, que têm seu funcionamento das 7h30min às 17h.
Continuando com as reflexões da questão de número doze, no próximo tópico,
prosseguiremos com a análise de conteúdo desta questão, seguindo a metodologia indicada por
Alves, Figueiredo e da Silva (2015), que recomendam a utilização de análise sistemática do
conteúdo para a produção de inferências a partir de pesquisas qualitativas.

5.2.1 Análise de conteúdo das respostas à questão aberta

A análise de conteúdo já é amplamente utilizada por pesquisadores de forma manual,


no entanto, com o avanço da tecnologia, conforme Alves, Figueiredo e da Silva (2015),
atualmente existem muitos softwares para execução da análise de conteúdo que possui uma
grande quantidade de dados.
Para este estudo, utilizei uma funcionalidade simples do aplicativo Worldclouds, que
consiste na contagem estatística de vocábulos, gerando uma nuvem de palavras. Ainda de
acordo com Alves, Figueiredo e da Silva (2015), quanto mais vezes a palavra aparece no
texto, maior é o seu tamanho. Este aplicativo é encontrado na Internet através do site
https://www.wordclouds.com/.

Figura 13 – Tela principal do site Worldclouds.com

Fonte: Site https://www.wordclouds.com/.

Com base na ferramenta acima, iniciei a análise das respostas da questão aberta, questão
de número doze do questionário aplicado. Para isso, carreguei o arquivo em formato Microsoft
Word contendo as respostas obtidas no site supracitado. Após esse envio, o programa
apresentou 2.500 (duas mil e quinhentas) palavras mais frequentes. Trata-se de uma contagem
153

simples das ocorrências dos vocábulos no texto e as 100 palavras mais frequentes podem ser
vistas no Apêndice D.
A partir desta análise, percebe-se que o aplicativo gera a mesma palavra em várias
frequências na sua variação maiúscula/minúscula ou plural. Considerando que a palavra “que”
teve frequência de 357 vezes, mas não tem relevância para o presente estudo, então decidimos
excluí-la para a construção da nuvem (Figura 14).

Figura 14 – Nuvem de palavras a partir das respostas da questão 12 do questionário

Fonte: Elaborado pelo autor no site https://www.wordclouds.com/.

A nuvem de palavras traz os vocábulos mais recorrentes, numa contagem rápida temos:
“escola” (186), “integral” (170), “educação”(115), “alunos” (110), “professores” (87),
“estudantes” (78), “escolas” (71), “Educação” (68), “vida” (62), seguida de palavras como:
ensino, estrutura, valorização, formação, qualidade. Essas palavras de fato traduzem bem o
objetivo do questionário e da própria questão, que se propôs a deixar um espaço livre para que
todos os participantes pudessem se expressar.
Todos se colocaram sempre no sentido de reconhecimento ou de sugestões que venham
a fortalecer a Educação Integral, a importância da escola e dos que a constituem, ou seja, seus
professores e estudantes. Os colaboradores também dão indicação de que percebem que é
“educação que transforma vidas”, daí a importância deste estudo, de trazer a Educação Integral
não só na perspectiva histórica, mas também ouvindo os que estão vivenciando-a no dia a dia,
154

como forma de possibilitar sugestões de ações com vistas a sua continuidade de melhoria
contínua.
Por se tratar de uma investigação de um tema atual e de grande relevância para a
memória e a historiografia da educação, a origem organizacional e surgimento institucional,
filosófico e pedagógico.
A Educação Integral na rede estadual de ensino de Pernambuco configura uma das
experiências inovadoras de implantação de um processo educativo deste gênero no país e, por
essa razão, pelos erros, acertos, limitações e avanços é, não raras vezes, objeto de contraposição,
comparação e ou referência.
Nesta perspectiva, a rede estadual de ensino de Pernambuco, não obstante críticas e/ou
comparações, passou a ser um marco na história da implantação da Educação Integral no Brasil.
Desta forma, o exame da documentação tem permitido a efetivação de políticas educacionais
centradas em torno da referida experiência, que vai além da implantação da Educação em
Tempo Integral, mas que desperta o debate pedagógico e filosófico sobre a oferta da Educação
Integral em seu verdadeiro sentido. Isso demanda não apenas uma sistematização dos estudos
relacionados, mas também um aprofundamento acerca da dinâmica institucional quanto a sua
implantação, consolidação, reavaliação e de novos desafios.
Abordar e compreender a Educação Integral exige envolvimento, consulta e diálogo
junto à comunidade de gestores públicos, isto é, diretores de escolas, coordenadores de escolas
e o conjunto das equipes administrativa e pedagógica. Manter esse diálogo é importante para
estabelecer uma relação qualitativa e quantitativa de suas percepções, avaliações, críticas,
demandas e horizontes em relação à experiência da Educação Integral e/ou de tempo integral
em Pernambuco.
O subtópico a seguir irá detalhar a realização dos Seminários de Educação Integral que
tiveram a participação de gestores das Escolas Integrais implantadas no ano 2008.

5.3 SEMINÁRIOS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

A partir deste propósito, foram realizados 2 seminários, cujo público-alvo foram os


gestores das 51 Escolas Integrais existentes em Pernambuco desde 2008, ano da implantação
da Política Pública de Educação Integral no estado por meio da Lei Complementar nº 125/2008.
Richardson (1999) destaca a importância do “aprofundamento da compreensão de um
fenômeno social por meio de entrevistas em profundidade e análises qualitativas da consciência
articulada dos atores envolvidos no fenômeno" (RICHARDSON, 1999, p. 102). Dessa maneira,
155

enquanto construção de fonte, o seminário foi uma oportunidade para aprofundar, junto com os
gestores públicos que participaram deste processo, a experiência pedagógica e filosófica
relacionada à Educação Integral e a prática da educação em tempo integral.
O evento foi realizado em duas etapas. A primeira, dia 10 de maio de 2021, teve como
objetivo identificar o conceito dos gestores sobre a Educação Integral, educação de tempo
integral e Educação Interdimensional. A segunda etapa foi realizada no dia 17 de maio de 2021
e teve um caráter avaliativo, isso porque os participantes puderam responder três questões: 1)
há relação entre a experiência de Educação Integral das EREMs de Pernambuco e os resultados
alcançados pelo IDEB do ensino médio no estado?; 2) você considera que a Educação Integral
está consolidada enquanto política pública?; 3) e quanto às iniciativas da Secretaria de
Educação para a implantação da Educação Integral no ensino fundamental, você considera que
essa implantação trará impactos positivos na educação pública?
Para realização do seminário, inicialmente foi necessário buscar as localizações atuais
desses servidores, que no ano 2008 estavam exercendo o cargo de gestores das 51 Escolas de
Referência em Ensino Médio, com o objetivo de convidá-los a participar do evento. O quadro
07 detalha a relação dos mesmos e o registro da participação no seminário.

Quadro 07 – Participação de Gestores no Seminário de Educação Integral

Nº MUNICÍPIO ESCOLA DE REFERÊNCIA EM GESTOR(A)


ENSINO MÉDIO - EREM
1 Recife EREM Ginásio Pernambucano Neuza Maria Pontes de
Mendonça
2 Bezerros EREM de Bezerros Ladjane Torres
3 Recife EREM Cícero Dias Suely Almeida Barbosa
4 Abreu e Lima EREM Maria Vieira Muliterno Luciane Alves Santos
Pulça
5 Ipojuca EREM de Ipojuca Miriam Maria da Paz
6 Cabo de Santo EREM do Cabo de Santo Agostinho Porfírio de Brito Ramos
Agostinho
7 Timbaúba EREM de Timbaúba Antônio José Barbosa dos
Santos
8 Palmares EREM de Palmares Maria José de O. dos
Santos
156

Nº MUNICÍPIO ESCOLA DE REFERÊNCIA EM GESTOR(A)


ENSINO MÉDIO (EREM)
9 Panelas EREM de Panelas Eveline Vilar
10 Garanhuns EREM de Garanhuns Josefa Maria Gomes de O.
Jardim
11 Arcoverde EREM de Arcoverde Patrícia Cursino Padilha
Pacheco
12 Serra Talhada EREM Professor Adauto Carvalho Gilva Gomes Batista
13 Petrolina EREM Clementino Coelho Célia Regina
14 Recife EREM Nóbrega Andréa Lopes Melo
Soares
15 Recife EREM Porto Digital Kártia Karina Paulo dos
Santos
16 Gravatá EREM de Gravatá Maria José da Silva
Medeiros
17 Belo Jardim EREM de Belo Jardim Marluce Maria de
Oliveira
18 Santa Maria da EREM Professora Edite Matos Katia Simone Medrado
Boa Vista
19 Salgueiro EREM de Salgueiro Ana Clarisse Gomes
Freire Souza
20 Araripina EREM Josias Inojosa de Oliveira Maria Carvalho Amorim
21 Recife EREM Silva Jardim Sandra Domitilia de
Carvalho
22 Recife EREM Beberibe Jurandir Sena de Brito
23 Recife EREM Professor Mardônio de Andrade José Rinaldo da Silva
Lima Coelho
24 Recife EREM Othon Paraíso Valmir de França Falcão
25 Recife EREM Dom Sebastião Leme Givaldo Bastos Lopes da
Silva
26 Recife EREM Paulo Pessoa Guerra Socratés Justo Ferreira de
Figueiredo
157

Nº MUNICÍPIO ESCOLA DE REFERÊNCIA EM GESTOR(A)


ENSINO MÉDIO (EREM)
27 Olinda EREM Renato Fonseca Marília Patrícia Oliveira
Silva
28 Camaragibe EREM Tito Pereira de Oliveira Maria Anita Cantarelli da
Costa
29 Cabo de Santo EREM Epitácio Pessoa Severino Henrique da
Agostinho Silva

30 Carpina EREM Joaquim Olavo Sandra Barbosa de


Santana Alves
31 Goiana EREM Augusto Gondim João Alfredo dos Santos
Neto
32 Nazaré da Mata EREM Dom Vieira Hamilton Soares Lauthier
33 Sairé EREM João Pessoa Souto Maior Maria Estelita P. de Melo
Gomes
34 Palmares EREM Monsenhor Abílio Américo Maria das Graças Lucas
Galvão da Silva
35 Vertentes EREM Gil Rodrigues Maria Salomé Bezerra
Soares
36 Limoeiro EREM Dr. Sebastião Galvão Adilson Monteiro Ribeiro
37 Limoeiro EREM Austro Costa Maria Cléa de Andrade
Barbosa Ferreira
38 Surubim EREM Natalícia Maria Figueiroa da Silva João Rodrigues dos
Santos Filho
39 Caruaru EREM Arnaldo Assunção Antônia Fabiana C. de
Andrade
40 Caruaru EREM Dom Miguel de L. Valverde Paulo Leite

41 Lajedo EREM Deolinda Amaral Eunice Ana S. Rodriges

42 São Bento do EREM José do Patrocínio Mota Maria Célia Bastos


Una Valença
158

Nº MUNICÍPIO ESCOLA DE REFERÊNCIA EM GESTOR(A)


ENSINO MÉDIO (EREM)
43 Arcoverde EREM Senador Vitorino Freire Reginaldo Rodrigues de
Amorim
44 Carnaíba EREM Joaquim Mendes da Silva Vilberto Angelo
Malaquias

45 Floresta EREM Capitão Nestor V. de Carvalho Maria Serrate Novaes de


C. Menezes
46 Petrolina EREM Prof Osa Santana de Carvalho Rosimere Correia F.
Menezez da Silva
47 Cabrobó EREM José Caldas Cavalcanti Lucélia Lopes Ferreira da
Costa
48 Salgueiro EREM Aura Sampaio Parente Muniz Ana Célia M. Reinaldo
49 São José da EREM Professor Carlos José EREM Dias Iraneide Marques de Lira
Coroa Grande da Silva Silva
50 Serinhaém EREM Eurico Chaves Zélia Oliveira da Silva
Pereira
51 Rio Formoso EREM Wilson De Andrade Barreto Maria José Santos
Ferreira

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

Ao realizar o convite aos 51 gestores, observamos que desse total, apenas onze
permanecem na mesma escola desde então, 07 continuam exercendo o cargo de gestão em outra
escola, 13 ocupam cargo de Assistentes de Gestão ou assumiram a Coordenação da Educação
Integral em Gerências Regionais de Educação, 04 são Gerentes de Gerência Regionais de
Educação, 01 está cedido para Prefeitura, 05 voltaram à regência de aula, 09 estão aposentados
e 01 faleceu. Esse último, trata-se do Gestor Antônio José Barbosa dos Santos da EREM de
Timbaúba. Assim, a segunda fase do seminário culminou com uma homenagem ao Gestor
Antônio José Barbosa dos Santos da EREM de Timbaúba, que pode ser vista no Apêndice I.
159

5.3.1 Seminário de Educação Integral – Fase 01

A primeira fase do seminário foi realizada no dia 10 de maio de 2021 por meio do
aplicativo Google Meet 4 , cujo convite foi enviado através do contato telefônico de cada
convidado. Nesse primeiro dia do evento, houve a participação de 34 gestores, que representam
68% dos convidados.
Assim, a mesma configuração foi mantida e às 14h, do dia 10 de maio de 2021, foi dado
início ao seminário. Neste primeiro momento, optamos por uma explanação geral do presente
estudo: justificativa, pergunta, objetivos e detalhamento da proposta desta primeira fase do
seminário que consistiu nas perguntas:
1 – O que entende por Educação Integral?
2 – O que você entende por tempo integral?
3 – O que você entende por Educação Interdimensional?
O seminário foi mediado pelo meu orientador, o professor doutor Edilson Fernandes de
Souza, que em sua fala inicial informou a dinâmica de tempo de intervenção dos participantes
e sobre o envio posterior de documentos para a autorização de uso dos relatos coletados durante
o evento. Para o orientador, trata-se de um momento memorável devido ao grupo ser o
responsável pela implantação da educação integral em Pernambuco.
Seguindo os procedimentos propostos neste estudo, na minha primeira intervenção, fiz
um relato do status em que se encontrava a investigação, ou seja, a análise histórica da Educação
Integral, para entender como se deu a constituição deste fenômeno social no Brasil.
Assim, ao analisar as falas com as respostas das três perguntas acima descritas,
conseguimos observar que há um alinhamento no que diz respeito ao entendimento do conceito
de Educação Integral e um entendimento sobre a diferença entre a Educação Integral e a
Educação em tempo integral, assim como um reconhecimento, por parte dos colabores, da
importância da base filosófica da Educação Interdimensional.
Neste momento, não vou me estender nas apresentações das falas, mas os exemplos são
muitos, como o relato da professora Socorro Rodrigues. Para ela, “[...] a Educação Integral
envolve o desenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões [..]”. Sua fala, juntamente
com outras que a sucederam, marca o alinhamento conceitual com a base filosófica da Educação
Interdimensional, conforme Costa (2000). Para a gestora, a educação em tempo integral se

4
Ferramenta gratuita oferecida pela plataforma Google. Na fase, 01 realizada em 10 de maio de 2021, foi
disponibilizado o link: https://meet.google.com/son-ccix-gok.
160

restringe a ampliação do tempo, a jornada dedicada pelo professor e pelo estudante e a


Educação Interdimensional é vista como sendo a essência que deixa a escola mais humana.
Por outro lado, a fala da professora Neuza Pontes descreve a Educação Integral como
“[...] algo maior que apenas a ampliação do tempo [...]”. Já para a professora Salomé Soares,
“[...] a implantação da Educação Integral fez com que os estudantes fossem acompanhados de
forma individual e permitisse aos educadores exercer a presença educativa [...]”. Nessas falas,
podemos comprovar o ponto de vista de Zanardi (2016), que defende o legado de Paulo Freire
e esclarece que a questão do tempo escolar deve ser enfrentada. Para o autor, a Educação
Integral deve ser mais que a permanência prolongada do estudante na escola. Deve ser um
projeto educativo dialógico e transformador. Nesse sentido, é gratificante observar nas falas
que as Escolas Integrais de Pernambuco vão além da mera ampliação do tempo escolar.
Na perspectiva de diferenciação conceitual, a professora Eveline Vilar entende que,
considerando a permanência do estudante na escola, “[...] a educação de tempo integral significa
desenvolver nos estudantes uma visão holística, não apenas o cognitivo [...]”, ou seja, o tempo
possibilita desenvolver melhor o estudante e a Educação Interdimensional, que orienta para o
desenvolvimento do estudante em todas suas dimensões, a parte relacional, emocional,
espiritual, corporal. Esta fala está de acordo com Gadotti (2009), “o que se propõe à educação
integral é a integralidade, isto é, um princípio pedagógico onde o ensino da língua portuguesa
e da matemática não está separado da educação emocional e da formação para a cidadania. Na
educação integral, a aprendizagem é vista sob uma perspectiva holística.” (GADOTTI, 2009,
p. 41)
Na perspectiva de construção de fonte ou da política de fontes para história da educação,
conforme Saviani (2006), as falas constituem um bom indicativo da efetividade da política
educacional em Pernambuco. Assim, para a professora Célia Regina, “[...] a Educação Integral
traz os pilares: ser, fazer, aprender e conviver, junto com a interdimensionalidade, elemento
que constitui o desenvolvimento humano, e com base nesses princípios consegue desenvolver
o trabalho da educação integral [...]”. Já sobre o tempo integral, a professora complementa “[...]
é apenas a variável tempo, já a Educação Interdimensional significa respeitar os elementos que
constituem o ser, e assim fazer intervenções na perspectiva de formação de pessoa [...]”.
Com o avanço da leitura das transcrições das falas posicionadas no seminário, observei
os esforços dos colaboradores para diferenciar os conceitos colocados inicialmente. Desse
modo, a professora Ana Clarice ressaltou que “[...] Educação Interdimensional é a base dessa
educação, de forma a acompanhar os estudantes em todas suas dimensões, não apenas a
cognitiva, mas viver a afetividade, trabalhar o projeto de vida dos jovens [...]”. Esse projeto de
161

vida identificado pela colaboradora também pode ser percebido como um desafio, conforme
está presente na fala da professora Daniele Freitas, que destacou a importância da Educação
Integral no enfrentamento dos desafios diários, fazendo uma aplicação da atual pandemia do
Covid-19; ela disse que “[...] estamos vivendo uma pandemia e os estudantes podem contar
com educadores que se preocupam com eles como pessoa [...]”. São importantes registros que
comprovam a prática das premissas da Educação Interdimensional, conforme Costa (2000)
orienta. As ações educativas devem ser sistemáticas e voltadas para as quatro dimensões do ser
humano: racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade, neste caso destacando a
importância da afetividade que, segundo o autor, refere-se à dimensão do sentimento, da
afetividade, geradora da simpatia, da empatia, da antipatia e da apatia na relação do homem
consigo mesmo e com os outros.
Ainda com esse olhar, na análise do conjunto das alegações feitas pelas gestoras,
destacamos uma fala que parece resumir bem as demais intervenções. A professora Maria
Amorim disse que “[...] a Educação Integral é um diferencial, pois nessas escolas há um olhar
humano, zelo na prática pedagógica e como é gratificante ver os resultados dessa educação na
vida dos jovens [...]”.
Nesse contexto das falas, após análise do que foi discutido pelos colaboradores, nesta
primeira fase do seminário, é possível concluir que há uma homogeneidade e um entendimento
comum dos termos Educação Integral, Educação de tempo integral e Educação
Interdimensional, ou seja, todas as falas estão alinhadas com os conceitos de Costa (2000).
Desse modo, a apresentação para o evento, registros das imagens, transcrição das falas na
íntegra e o chat podem ser vistos no Apêndice V.
Assim, podemos concluir que após treze anos da implantação da Política Pública de
Educação Integral em Pernambuco, há um pleno entendimento e diferenciação sobre tais
conceitos, evidenciando que a sociedade pernambucana avalia positivamente a Política Pública.

5.3.2 Análise de conteúdo do seminário de educação integral – Fase 01

Usando a mesma metodologia da análise de conteúdo na questão aberta da pesquisa,


procedemos com a análise de conteúdo das falas do Seminário de Educação Integral – Fase 01,
realizado no dia 10 de maio de 2020. A nuvem de palavras gerada pode ser observada na figura
abaixo:
162

Figura 15 – Nuvem de palavras do seminário de educação integral – Fase 01

Fonte: Elaborado pelo autor no site https://www.wordclouds.com/.

O arquivo gerado na primeira fase do Seminário de Educação Integral contém 801


vocábulos e as palavras mais recorrentes foram “integral” (46), “educação” (44), “escola” (27),
“estudante” (27), “estudantes” (20), “educação” (18), “EREM” (15), “integral” (14), “vida”
(11), seguida de palavras como professores, dimensões, gestora, interdimensional. Os 100
vocábulos mais recorrentes podem ser observados no Apêndice IV.
Essas palavras foram extraídas das intervenções dos gestores convidados para participar
do seminário, cujo objetivo era obter o entendimento dos mesmos sobre sua compreensão
acerca da Educação Integral, o tempo integral e sobre a base filosófica da Educação
Interdimensional.
Como analisado no subtópico anterior, as falas realmente focaram no tema proposto, e
observamos uma homogeneidade nas falas dos gestores, chegando a conclusão de que está claro
para todos que a Educação Integral vai além do tempo, sendo este necessário para viabilizar a
vivência da filosofia da Educação Interdimensional, a qual orienta que os educadores possam
considerar os estudantes em todas suas dimensões, conforme a base filosófica da Educação
Interdimensional de Costa (2000). Esse aspecto é fundamental, uma vez que a
interdimensionalidade é a principal base filosófica educacional da Rede Estadual de Escolas
Integrais de Pernambuco.
163

5.3.3 Seminário de Educação Integral – Fase 02

A segunda fase do Seminário foi realizada no dia 17 de maio de 2021, a ferramenta


utilizada foi novamente o Google Meet5. Nessa etapa, estiveram presentes 34 gestores, que
representam 68% dos convidados.
O seminário iniciou com minha fala, contextualizando para todos os presentes o objetivo
do estudo, a metodologia e o que havia sido produzido no ano de 2020. Como sugerido pelo
meu prof. Edilson, meu orientador, foi relatado de forma minuciosa sobre a possibilidade da
realização de um seminário com os 51 gestores das primeiras Escolas de Referência em Ensino
Médio implantadas em 2008. Na explicação, rememoramos o primeiro dia do seminário, 10 de
maio de 2021, com a coleta de falas sobre os conceitos e diferenciações da Educação Integral,
Educação de tempo integral e Educação Interdimensional. Portanto, nesse segundo dia do
seminário, deveríamos nos concentrar na avaliação da Política Pública de Educação Integral de
Pernambuco. Na ocasião, também registramos a presença do consultor professor Alfredo
Gomes da Costa e informamos que nessa fase a mediação seria feita pelo coorientador deste
estudo, o professor Dr. José Vieira da Cruz.
O mediador iniciou sua fala parabenizando e agradecendo ao professor Edilson e a mim,
enquanto doutorando e autor desta tese. Parabenizou também o professor Alfredo Gomes da
Costa e a todos os gestores que estão no chão da escola. Deu boas-vindas e sequência ao
seminário, contextualizando a primeira fase do seminário, realizado no dia 10 de maio de 2021,
e informando que nessa fase seria mais pragmática, institucional, com gestores de uma
experiência já bem sucedida. Dessa vez, foram consideradas as seguintes perguntas:
1 - Há relação entre a experiência de Educação Integral das EREMs de Pernambuco e os
resultados alcançados pelo IDEB do ensino médio no estado?
2- Você considera que a Educação Integral está consolidada enquanto política Pública de
governo?
3 - Quanto às iniciativas da Secretaria de Educação para implantação da Educação Integral no
ensino fundamental, você considera que essa implantação trará impactos positivos na educação
pública?
Após as transcrições do que foi discutido no seminário, percebemos que os gestores
redobraram sua atenção para o “pragmatismo”, comentado pelo coordenador da mesa, o
professor José Vieira. Dessa maneira, em relação à primeira pergunta – Há relação entre a

5
Ferramenta gratuita oferecida pela plataforma Google. A Fase 02 foi realizada em 17 de maio de 2021 através
do link: https://meet.google.com/cbq-jomu-ycm.
164

experiência de Educação Integral das EREMs de Pernambuco e os resultados alcançados pelo


IDEB do ensino médio no Estado? –, houve um entendimento geral de que sim, há essa relação.
E todos apresentaram várias justificativas para essa resposta, tais como a gestão por resultados,
adotada pelo governo estadual, os resultados educacionais alcançados após a implantação da
Política Pública de Educação Integral, bem como o suporte pedagógico, monitoramento,
planejamento exigido para essas escolas e a base filosófica da Educação Interdimensional.
Quanto à segunda questão, se eles consideravam que a Educação Integral estava
consolidada enquanto Política Pública de governo, constatamos que todos os que solicitaram a
fala entendem que sim. Ou seja, a Política Pública está consolidada. Dessa maneira, pode-se
observar que há um reconhecimento da comunidade escolar em relação à essa política. No
entanto, registraram que, com a expansão da rede, torna-se necessário “resgatar e fortalecer a
essência” da Educação Integral, referindo-se à Educação Interdimensional. Outra necessidade
é em relação ao fluxo de informações, necessitando de uma equipe maior para monitoramento
das escolas.
Ainda neste aspecto, destaco a fala do professor Alfredo Gomes da Costa, ao proferir as
palavras finais no segundo dia do seminário:

[...] Diria que a educação interdimensional na esfera do Ensino Médio gerou


uma tendência irreversível, porque nenhum gestor que participou dessa
formação, que aceitou e buscou praticar, nenhum desses voltam ao estágio
inicial. Isso que foi feito, amadurecido, atingiu um ponto que é daqui para
frente e para cima, dando esperança na aposta nessa proposta. A Educação
Integral está consolidada e madura no governo do Estado [...].
Essa compreensão é compatível com as demais falas registradas durante os dois
momentos do evento. De qualquer modo, referente à última questão, os gestores consideram
que as iniciativas da Secretaria de Educação para implantação da Educação Integral no ensino
fundamental trarão impactos positivos na educação pública. Os participantes observaram ainda
que em relação à implantação da Educação Integral no Ensino Médio, por se tratar de uma
Política Pública já consolidada, a experiência de Pernambuco, é um modelo a ser estudado e
replicado, com ênfase na adoção da sua base filosófica, ou seja, a Educação Interdimensional.
Por fim, alguns consideraram que existe uma defasagem de aprendizagem no ensino
fundamental, e a implantação da Educação Integral nessa etapa da educação básica irá diminuir
essa deficiência e, consequentemente, impactará de forma positiva. E, de fato, devemos
considerar que, se isso acontecer, será um passo importante para melhoria contínua da Educação
Pública como um todo.
165

Para o leitor conferir o volume das fontes orais, as respostas dos participantes, o registro
de imagens do seminário, a transcrição do chat e a apresentação final em homenagem ao diretor
falecido Antônio José Barbosa dos Santos podem ser vistos no Apêndice VI.

5.3.4 Análise de conteúdo do Seminário de Educação Integral – Fase 02

Usando os mesmos procedimentos para a interpretação da questão aberta da pesquisa,


procedemos com a análise de conteúdo das falas do Seminário de Educação Integral – Fase 02,
realizado no dia 17 de maio de 2021. A nuvem de palavras representa os esforços dos gestores
para responderem aos questionamentos avaliativos e propositivos à política de Escolas Integrais
em Pernambuco. Assim, o resultado do debate pode ser conferido no ícone abaixo.

Figura 16 – Nuvem de palavras do Seminário de Educação Integral – Fase 02

Fonte: Elaborado pelo autor no site https://www.wordclouds.com/.

O arquivo gerado na segunda fase do Seminário de Educação Integral contém 914


vocábulos e as palavras mais recorrentes foram: “resultados” (16), “escolas” (14), “precisa”
(14), “estudantes” (08), “processo” (08), “consolidada” (07), “educação” (07), “Integral”,
seguida de palavras como: profissionais, aprender, essência, implantação, valorização, entre
outras. O Apêndice IV contém as tabelas com as 100 palavras mais recorrentes geradas pelo
programa.
166

Nesta segunda fase do Seminário, o objetivo principal foi o de obter uma avaliação dos
gestores sobre a Política Pública de Educação Integral. Foi assim que eles puderam expressar
sua visão acerca da relação existente entre a experiência de Educação Integral das EREMs de
Pernambuco e os resultados alcançados pelo IDEB do ensino médio no Estado. Ainda foram
questionados se consideram que a Educação Integral está consolidada enquanto Política Pública
de governo e, por fim, se as iniciativas da Secretaria de Educação para implantação da Educação
Integral no ensino fundamental trarão impactos positivos na educação pública.
As palavras mais frequentes usadas pelos gestores mostram que as falas estavam
contextualizadas com o objetivo proposto. Foram falas que trataram dos resultados obtidos
pelas Escolas Integrais, sobre a necessidade de melhorias das escolas já implantadas e a essência
da Educação Integral. No entanto, mesmo com essas necessidades de atualização e melhorias,
observa-se como a principal característica o reconhecimento de que a Política Pública de
Educação Integral está consolidada em nosso Estado. Todos acreditam que a implantação da
Educação Integral, nos moldes adotados para o ensino médio, deveria ser considerada para a
expansão da implantação dessa oferta no nível fundamental, o que irá fortalecer ainda mais a
Educação Integral em Pernambuco. Foram essas as percepções.

5.3.5 Análise de conteúdo do seminário de educação integral – Fase 01 e 02

Após a análise dos seminários, procedemos com a análise de conteúdo das duas fases
dos seminários. Melhor dizendo, procuramos sintetizar em uma só nuvem o que foi construído
em dois dias, com o objetivo de obter uma visão geral dos vocábulos mais recorrentes na
memória dos gestores que estiveram nos primeiros momentos de implantação da Educação
Integral no estado.
167

Figura 17 – Nuvem de palavras do Seminário de Educação Integral – Fase 01 e 02

Fonte: Elaborado pelo autor no site https://www.wordclouds.com/.

Na primeira fase do seminário, as principais palavras, conforme detalhado no item 4.3.2,


foram: “integral”, “educação”, “escola”, “estudante”, “EREM”, “vida”. Na fase 2, detalhada no
item 4.3.4, as palavras mais recorrentes foram: “resultados”, “escolas”, “precisa”, “estudantes”,
“processo”, “consolidada”, “educação” e “integral”.
Ao unificar as duas fases, as palavras que predominam são: “educação” (51); “integral”
(47); “escola” (40); “estudante” (34); “estudantes” (28); “escolas” (25); “Educação” (23);
“resultados” (19). Assim, observa-se que o seminário atendeu ao propósito, ao passo que, de
fato, as falas dos participantes foram direcionadas à análise da Educação Integral, sua prática
nas escolas, seus impactos na vida dos estudantes e nos resultados educacionais obtidos,
comprovando a consolidação da Política Pública de Educação Integral de Pernambuco.
Considerando todos os elementos aqui analisados, para efeito de memória, este estudo
pretende reafirmar a hipótese segundo a qual os experimentos da educação integral iniciou em
2003, fundamentado no modelo de gestão e financiamento público-privado, mas teve sua
expansão e consolidação a partir do financiamento e gestão totalmente pública a partir de 2006,
quando já constava no programa de governo a ideia de desafio e fortalecimento da rede estadual
do Ensino Médio, na propositura da Educação Integral universalizada.
168

5.4 A EDUCAÇÃO INTEGRAL EM PERNAMBUCO: UMA POLÍTICA DE ESTADO

Após o estudo realizado com a análise historiográfica da Educação Integral no Brasil


em Pernambuco, considerando o levantamento histórico da legislação, as produções de teses e
dissertações, a pesquisa realizada e os seminários, que trouxeram a percepção da comunidade
escolar sobre a Política Pública de Educação Integral em Pernambuco, pode-se afirmar que se
trata de uma política do estado.
Analisando o programa de governo do primeiro mandato do governador Eduardo
Campos, de 2007 a 2010, não havia ações específicas voltadas para a Educação Integral, mas,
sim, o comprometimento com ações para o fortalecimento e melhoria na qualidade da educação
pública. Ocorre que as primeiras experiências com a Educação Integral já haviam iniciado no
estado desde o ano 2004. Assim, o governador Eduardo Campos aproveitou aquela iniciativa
experimental e transformou-a em uma Política Pública no ano de 2008 quando enviou para a
Assembleia Legislativa a proposta da Lei Complementar nº 125, de 10 de julho de 2008.
Inicialmente transformou 31 escolas regulares e 20 centros de ensino experimental em 51
Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs).
Foi posteriormente, no programa de governo do seu segundo mandato, 2011 a 2014, que
houve a menção direta para a expansão da rede de Escolas Integrais. O documento fez um
resgate histórico da oferta de Educação Integral durante o mandato 2007-2010 e destacou a
evolução dos resultados educacionais obtidos na avaliação externa do SAEB, em que
Pernambuco foi o estado que apresentou o sexto maior crescimento entre os estados do país. O
trecho abaixo traz o comprometimento com a expansão da rede de Escolas Integrais para o
próximo mandato:

Serão instaladas mais 140 Escolas de Referência em Ensino Médio,


totalizando 300 em todo o Estado. Das 160 escolas que Pernambuco já tem
em funcionamento, hoje, 60 são no regime integral, de forma que os alunos
permanecem na escola os dois turnos do dia, durante toda a semana, e outras
100 escolas funcionam no regime semi-integral, no qual apenas em dois dias
da semana as aulas ocorrem em dois turnos. Das escolas que serão
implantadas, 105 serão em regime integral e 35 no semi-integral. Cada
município pernambucano contará com pelo menos uma Escola de Referência,
um importante salto para um Estado que só possuía 13 Escolas de Referência
no início de 2007. (FRENTE POPULAR DE PERNAMBUCO, 2010, p. 15)
Assim, conforme pode-se observar no gráfico 49, do item 4.1.17, essa meta foi
alcançada no ano 2014 quando a Rede Estadual de Ensino contava com 300 Escolas de
Referência em Ensino Médio e 26 Escolas Técnicas Estaduais. Embora o foco não seja a
169

Educação Integral, o documento expressa 40 ETEs até 2014. Entretanto, a Educação Integral
passou da meta, tendo em vista que toda ETE oferta Educação Integral.
Neste programa de governo, outras ações voltadas para melhoria da qualidade da
educação foram divulgadas, tais como investimentos em infraestrutura, aquisição de kits
escolares, oferta de merenda, aquisição de equipamentos para laboratórios e a expansão da rede
de Escolas Técnicas. A figura abaixo traz a capa e o índice com ações estratégicas propostas.

Figura 18 – Programa de Governo Eduardo Campos 2011-2014

Fonte: Frente Popular de Pernambuco (2010).

Dessa forma, acreditamos que o Programa de Educação Integral pode ser considerado
uma Política Pública de Estado, considerando o que diz Oliveira (2011):

Considera-se que políticas de governo são aquelas que o Executivo decide


num processo elementar de formulação e implementação de determinadas
medidas e programas, visando responder às demandas da agenda política
interna, ainda que envolvam escolhas complexas. Já as políticas de Estado são
aquelas que envolvem mais de uma agência do Estado, passando em geral pelo
Parlamento ou por instâncias diversas de discussão, resultando em mudanças
de outras normas ou disposições preexistentes, com incidência em setores
mais amplos da sociedade. (OLIVEIRA, 2011, p. 7)
A Educação Integral em Pernambuco não constava inicialmente no programa de
governo do primeiro mandato do governador Eduardo Campos, isso porque era uma política do
governo antecedente. A análise do histórico da Educação Integral em Pernambuco evidencia
que o governador reconheceu sua importância para que sua meta de melhoria da qualidade da
170

educação pública fosse atingida e, mesmo não sendo inicialmente uma ação do seu programa
de governo, deu continuidade às ações já em andamento, fortalecendo, expandindo e
transformando-a em Política Pública. Assim, a Educação Integral foi posteriormente incluída
diretamente em seu segundo programa de governo, passando de uma Política de Governo para
uma Política de Estado.
Outra referência que baseia na afirmação de que a Educação Integral em Pernambuco é
uma Política de Estado é a de Lima, Maciel e Pazolini (2019),quando define que as políticas de
estado são ações tem efetividade social atingem atividades fins e têm aplicação de longo prazo,
ao passo que as de governo são efêmeras e beneficiam atividades meio.
Já para Barros e Pimentel (2012), a política de Estado “constituiria por meio de ações
de cunho estruturante, nas quais os governantes que se alternam no poder devem garantir que
tal política seja efetivada”, enquanto as políticas de governo “podem sofrer quebra de
continuidade e estão articuladas em função de conjunturas” (BARROS; PIMENTEL, 2012, p.
9).
Assim, após a análise destes conceitos, pode-se afirmar que em Pernambuco há uma
política de estado, pois houve uma continuidade, independentemente de governos, e a política
tem efetividade, como também tem reconhecimento pela categoria dos professores em todo o
país.
É importante traçar uma linha do tempo. No ano de 2004, temos a primeira escola
pública de ensino médio integral do estado de Pernambuco e do Brasil, implantada de forma
experimental. Foi o Centro de Ensino Experimental Ginásio Pernambucano, chegando ao ano
de 2007 com 20 Centros Experimentais implantados. A partir de 2008, houve a implantação de
51 EREMs; hoje, Pernambuco contabiliza 470 EREMs e ETEs com oferta de Educação Integral
para o Ensino Médio.
É gratificante ver que a Educação Integral continua a obter significativas conquistas em
Pernambuco. Para marcar a importância desta Política Pública de Estado, foi aprovado o Projeto
de Lei nº 2621, de 10 de setembro de 2021, de minha autoria, que em seu Artigo 195 institui no
Calendário Oficial de Pernambuco o dia 10 de julho como o Dia Estadual da Educação Integral,
data que faz referência à promulgação da Lei Complementar nº 125/2008.
171

Figura 19 – Projeto de Lei nº 002621/21. Institui o Dia Estadual da Educação Integral.

Fonte: Diário Oficial de Pernambuco, 10/09/2021.

Ainda um importante marco para Educação Integral foi o anúncio do governador Paulo
Câmara sobre a universalização da Educação Integral, conforme pode ser observado na Figura
20.

Figura 20 – Pernambuco lidera universalização do ensino médio integral

Fonte: Diário Oficial de Pernambuco, 25/11/2021.


172

Portanto, a expansão da rede de Escolas Integrais foi uma política educacional


desenvolvida entre os anos de 2004 e 2021 e que o atual governador Paulo Henrique Saraiva
Câmara deu continuidade. No Diário Oficial de 07 de janeiro de 2022, foram publicados os
decretos com a implantação das novas Escolas Integrais. O Decreto nº 52.140, de 06 de janeiro
de 2022, transforma Escolas de Referência em Ensino Médio em Escolas Técnicas Estaduais.
O Decreto nº 52.141, de 06 de janeiro de 2022, transforma Escolas de Ensino Médio e
Fundamental em Escolas de Referência em Ensino Médio e Ensino Fundamental e Médio. O
Decreto nº 52.142, de 06 de janeiro de 2022, transforma a jornada de Escolas de Referência em
Ensino Médio em Escolas de Referência em Ensino Fundamental e Ensino Médio, e o Decreto
nº 52.143, de 06 de janeiro de 2022, transforma Escolas de Ensino Fundamental em Escolas de
Referência em Ensino Fundamental. O Quadro 08 traz o total de Escolas Integrais no ano 2022
por modalidade.

Quadro 08 – Total de escolas integrais por modalidade de oferta em 2022

ESCOLAS DE REFERÊNCIA DE 35 HORAS

ESCOLAS DE 02 2 TURNOS - ESCOLAS


REFERÊNCIA CLÁSSICA TURNOS FUNDAMENTAL FUNDAMENTAL TÉCNICAS
DE 45 HORAS (EREM) - MÉDIO E MÉDIO - EREF ESTADUAIS TOTAL

305 55 47 69 42 58 576
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).

Assim, o ano de 2022 inicia com a universalização da oferta da Educação Integral na


etapa do Ensino Médio, do total de 1.055 Escolas Estaduais, 576 são Escolas Integrais, o que
faz com que Pernambuco chegue a 75% das matrículas no primeiro ano do Ensino Médio neste
formato de escola. No que tange a oferta da Educação Integral no Ensino Fundamental, o estado
passou de seis Escolas para 42 Escolas de Referência em Ensino Fundamental (EREF). Essa
expressiva expansão nesta etapa do ensino, conforme apontou a pesquisa e seminários
realizados, irá fortalecer ainda mais a Política Pública de Educação Integral e melhorar a
qualidade da educação pública, o que é muito importante no ano de implantação do novo ensino
médio no país de acordo com Lei 13.415/2017. Essas são razões que comprovam a tese de que
em Pernambuco temos uma Política de Estado para o Ensino Médio Integral.
173

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo teve origem no Núcleo de Identidades e Memórias, do Programa de Pós-


Graduação em Educação, da Universidade Federal de Pernambuco. E para atender às
especificidades do ambiente institucional onde se localiza, procedemos com uma investigação
historiográfica da Educação Integral no Brasil, centrando nosso interesse no processo de sua
implantação em Pernambuco no período de 2004 a 2021. Essa periodização corresponde às
primeiras tentativas público-privadas apresentadas ao Ensino Médio, a partir de uma instituição
histórica, o Ginásio Pernambucano. Contudo, para efeito da densidade requerida numa
investigação de doutoramento, a pergunta principal a ser respondida é a seguinte: quais os
marcos históricos da Educação Integral presente na sociedade brasileira e o que podemos
apreender a partir da experiência de Pernambuco?
Para responder ao questionamento deste estudo, foi necessário avançar na leitura de
autores que lidam com a história da Educação, Pedagogia e Sociologia, que, uma vez trazidos
à baila, contribuíram significativamente para os resultados aqui alcançados. Assim, autores
como Aróstegui (2006), Freire (1987, 1992, 1996, 2001); Saviani (2008, 2011, 2020), entre
outros, Frigotto (2001), Gadotti (2009) e Costa (2000, 2001, 2008) permitiram que atingíssemos
os objetivos propostos. Além desses e outros autores que ajudaram na análise e interpretação,
tomamos como referência o Manifesto dos Pioneiros e outros documentos históricos e, quando
necessário, construímos fontes específicas enquanto memória deste estudo, sempre focando na
experiência de Pernambuco entre os anos de 2004 a 2021.
Para compreender melhor o que já havia sido produzido sobre o tema, buscamos de
forma sistemática teses e dissertações e encontramos 31 estudos que tratam de diversos aspectos
sobre a oferta da Educação Integral no estado de Pernambuco. Esse levantamento foi
fundamental, porque a partir dos trabalhos anteriores conseguimos encontrar fundamentos às
minhas inquietações iniciais, que foram levantadas como pressupostos para direcionar a nossa
pesquisa e evidenciaram o reconhecimento e consolidação da Política Pública de Educação
Integral no cenário estudado.
Portanto, partindo do pressuposto central de que os resultados da Educação Integral em
Pernambuco são fruto da decisão política do então governador Eduardo Campos, que incluiu
como meta de seu plano de governo o fortalecimento e ampliação da rede de Escolas Integrais,
fomos levantando os primeiros registros relacionados ao tema, iniciado ainda em caráter
experimental em 2003, e sua consolidação, ao se tornar Política Pública a partir do ano de 2008.
174

Considerando o referencial teórico, os objetivos propostos alcançados foram: identificar


e analisar os principais momentos históricos da Educação Integral no Brasil e em Pernambuco;
analisar a documentação oficial sobre a história de Educação Integral no Brasil e como se deu
a emergência da Educação Integral em Pernambuco. No entanto, tais objetivos não teriam sido
alcançados se não fossem utilizadas as metodologias propostas, como a análise da
documentação oficial, impressos, leis, decretos, entre outras evidências historiográficas da
Educação Integral. A análise documental associada à escuta da comunidade escolar foi
imprescindível para obter um retrato da Educação Integral, facilitando a compreensão de todo
processo de implantação e identificando aspectos para seu fortalecimento e melhoria.
Inicialmente, como procedimento metodológico, foi aplicado um questionário, com a
participação de 2.417 pessoas, para coleta de dados e escuta a comunidade escolar das escolas
que passaram a ofertar essa modalidade de ensino. Os relatos coletados comprovam o
reconhecimento dessa política pública. Um ótimo exemplo desse reconhecimento são os trechos
em que um dos participantes escreveu sobre a Educação Integral. Para ele, a Educação Integral
“vai muito além dos muros da escola, vai dar oportunidade de melhorar a vida dos estudantes,
das pessoas que estão ao seu redor e de toda sociedade” e “a contribuição do Programa Integral
no amparo a menores em condição de vulnerabilidade e no incentivo ao protagonismo”. Ainda
sugere, por exemplo, que “deveria haver políticas públicas de acompanhamento
psicopedagógico/psicológico, pois descuidaram da saúde mental e também possíveis problemas
para adaptação da longa carga horária para os estudantes”, ainda outro participante sugeriu
“oferta da disciplina de LIBRAS”.
Na segunda fase da pesquisa, feita por meio de dois seminários, foi possível comprovar
que há um entendimento da comunidade escolar em relação à diferenciação entre o conceito de
Educação Integral, Educação em tempo integral e sobre a importância da base filosófica
adotada pelas Escolas Integrais, a Educação Interdimensional. Foi constatada, inclusive, a
necessidade do fortalecimento dessa base filosófica após a expansão da rede de Escolas
Integrais observadas no período estudado. Desta forma, este estudo lança luz sobre o processo
de implantação da Educação Integral, seus impactos a curto, médio e longo prazo para a
qualidade da educação ofertada no país.
É necessário ressaltar a importância dos Seminários como instrumento ou técnica para
construção de fonte de pesquisa. Outro instrumento utilizado para construção e análise de dados
foi o aplicativo Worldclouds, que permitiu a geração da nuvem de palavras a partir das respostas
de gestores que participaram das primeiras iniciativas relacionadas à Educação Integral.
175

Embora os vocábulos da implantação e estrutura não apareçam com muita frequência


na fala dos colaboradores e estejam expressos na nuvem de palavras, é sabido que política
pública se faz com investimentos. Identificamos na análise documental e em minha experiência
como gestor que as primeiras instalações físicas, reformas e a agilidade no aprimoramento dos
recursos humanos para a Educação Integral vieram da concentração orçamentária na Unidade
Gestora específica, criada em 2007. Essa unidade funcionou até o ano de 2012 e no ano de 2013
ela foi extinta, não havendo mais repasses por meio desse setor, de forma que todo o
planejamento orçamentário e sua execução passou a ser unificado no âmbito da Secretaria de
Educação. Embora esse fato tenha dificultado, inicialmente, por conta dos entraves
burocráticos, conforme a literatura, isso também fortalece a ideia da política de estado, quando
um programa, projeto e ou ações estão diluídas em todas as instâncias da própria máquina
estatal
Como a literatura especializada e os indicadores educacionais confirmam, a Educação
Integral é, comprovadamente, um meio eficaz para oferta de uma educação de qualidade. E por
esse e outros motivos tem sido uma estratégia cada vez mais utilizada como principal
argumento governamental para combater os desconfortantes números de classificação dos
estudantes brasileiros, tanto em avaliações nacionais, a exemplo do Sistema de Avaliação da
Educação Básica (SAEB), como em avaliações internacionais, como, por exemplo, o Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), uma vez que os indicadores demonstram um
desempenho descendente dos estudantes nas áreas avaliadas.
Nesse sentido, constatamos que em 17 anos, 2004 a 2021, não só a Política de Educação
Integral foi ampliada, com novas instalações físicas e reformas de adequação arquitetônica das
escolas antigas, como também se disseminou a base filosófica da Educação Interdimensional,
vista como um novo paradigma de ensino no Estado. Dessa maneira, os resultados das
avaliações, internas e externas à rede estadual de Pernambuco, têm se mostrado alvissareiras
em relação aos entes federativos, como o estado de São Paulo, que apresenta historicamente os
melhores indicadores.
Contudo, tenho participado de alguns eventos e, às vezes, lido um e outro artigo em que
os pesquisadores dizem não acreditar na Educação Integral. No entanto, não é uma questão de
crença. Trata-se de evidências, de avaliações externas, de vestígios das ações reveladas em uma
vasta documentação aqui analisada, que permite fazer algumas afirmações. De qualquer modo,
ainda vejo a necessidade de se fazer mais pesquisas empíricas no sentido de avaliar e
compreender a dinâmica interna dos principais atores do chão da escola, bem como identificar
os problemas estruturais da política de estado referentes à Educação Integral.
176

É nesse contexto que este estudo cumpre seu papel de aprofundar a análise
historiográfica da Educação Integral, abordando e identificando também sua sociogênese no
Brasil com uma vasta variedade de aspectos inerentes à área da educação, e espero, que possam
servir de inspiração para outros profissionais e estudiosos, sempre com o objetivo de contribuir
para superação de desafios apresentados historicamente, assim como para os novos desafios, os
quais só serão superados com o comprometimento e incansável empenho de profissionais e
intelectuais que ingressam nessa nobre e fundamental área do conhecimento.
Fica evidente, com a análise da aplicação do questionário e seminários realizados, que
a comunidade escolar aceita e compreende a proposta da Rede Estadual de Ensino para a
Educação Integral. Além disso, concordam que sua implantação trouxe significativas melhorias
para os resultados educacionais obtidos em avaliações externas. Mas, para colaborar com a
possibilidade de outros estudos, inclusive, para efeito de contestação do que até agora foi dito,
além de instrumentos necessários aos procedimentos específicos desta pesquisa, deixamos, nas
páginas finais desta tese, os apêndices, com uma farta documentação para futuras
interpretações.
Considerando o que foi levantado e construído enquanto fonte, analisado sob o crivo da
literatura aqui exposta, a Política Pública de Educação Integral foi fortalecida e expandida
durante três governos do mesmo partido (PSB), constituindo-se, claramente, uma Política de
Estado. Hoje, após 13 anos de sua implantação, a Educação Integral já contempla todos os
municípios do Estado, consolidando-se na formação de recursos humanos e sua infraestrutura,
fazendo, inclusive, Paulo Câmara, governador entre os anos 2015 e 2021, anunciar a
universalização de sua oferta para o Ensino Médio.
Destarte, quando se aprofunda no manuseio do corpus documental, há de se afirmar,
com tudo que analisei, e as ações governamentais assim evidenciam, que Pernambuco passa a
ter uma Política de Estado quando o assunto é Educação Integral. Esse aspecto é tão relevante
que, considerando ainda os elementos até aqui analisados, será possível observar que essa
unidade da federação, devido as Políticas Públicas já vivenciadas desde o ano de 2008, terá
melhores condições de realizar as adequações às reformas constantes na Lei 13.415/2017.
No entanto, a pesquisa também evidenciou a necessidade de melhorias qualitativas das
Escolas Integrais e o aperfeiçoamento da referida política, o que inclui uma revisão da Lei
Complementar 125/2008, com valorização dos profissionais localizados nas Escolas Integrais,
revisão dos repasses financeiros de modo a dar mais autonomia às escolas, a incorporação da
gratificação de localização especial no salário, melhorias de infraestrutura, diminuição da carga
horária diária, atualmente vivenciada pela maioria das instituições educacionais, revisão do
177

currículo e melhor utilização do uso de tecnologias, com vistas a fortalecer o ensino híbrido e
o investimento na formação dos educadores com foco no fortalecimento da sua base filosófica,
a educação interdimensional.
É gratificante ver a continuidade desta Política de Estado, com a sinalização do atual
governador para a universalização da oferta de Educação Integral no ano 2022 e a expansão da
implantação desta oferta no nível fundamental, de forma que Pernambuco tem cada vez mais
consolidada a Política Pública de Educação Integral.
Assim, após finalizar esta tese, fica claro que a oferta da Educação Integral é um
caminho para melhoria da qualidade da educação pública. Tenho orgulho de fazer parte da
implantação da Política Pública de Educação Integral em Pernambuco e também de poder
concluir minha tese no ano do centenário do educador pernambucano Paulo Freire, em quem
me inspirei durante todo o estudo. Hoje, sinto-me feliz de poder expressar como se fossem
minhas as palavras que o próprio Paulo Freire registrou ao refletir sobre que herança poderia
deixar depois que não estivesse mais neste mundo. Então, foi a curiosidade e o amor pela
Educação que me fizeram escrever esta tese.
178

REFERÊNCIAS

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Pernambuco: um olhar para as práticas de gestão ligadas à implementação do currículo.
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188

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ago. 2016.
189

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO EDUCAÇÃO INTEGRAL EM PERNAMBUCO

Prezado (a) Colaborador (a),

Este questionário tem por objetivo coletar informações para o estudo: A Sociogênese da
Educação Integral no Brasil, foco em Pernambuco, do pesquisador Paulo Fernando de
Vasconcelos Dutra, do Grupo de Pesquisa de Identidades e Memórias da
Educação/UFPE/CNPq e estudante do Doutorado da Universidade Federal de Pernambuco.
Por questões éticas, todos os dados coletados serão utilizados apenas com a finalidade da
pesquisa, e não constarão do nome e identificação do informante, cujo objetivo geral se
concentra em identificar, descrever e analisar as primeiras tratativas da Educação Integral em
Pernambuco, bem como os principais avanços e retrocessos dessa política pública no Estado
desde 2004 a 2020.

Quaisquer esclarecimentos adicionais podem ser feitos pelo e-mail; [email protected].

1- Qual sua relação com a escola:

a- Gestor
b- Educador de Apoio
c- Professor
d- Aluno Egresso
e- Aluno matriculado atualmente
f- Pai/Responsável

2- Qual Município você mora:

(Opções dos 185 Municípios para escolha)

3- Em que ano sua escola passou a ser escola de referência em ensino médio:
a- 2004
b- 2005
c- 2006
d- 2007
e- 2008
f- 2009
g- 2010
h- 2011
i- 2012
j- 2013
k- 2014
l- 2015
m- 2016
n- 2017
o- 2018
p- 2019
q- 2020
190

4- Como você avalia a aceitação da implantação da Educação Integral em sua escola pela
comunidade escolar:
a- Ótima
b- Boa
c- Regular
d- Ruim
e- Não sei responder

5- O que você entende por Educação Integral


a- É uma política pública assistencialista porque oferta três refeições diárias
b- É Integral porque o estudante passa mais tempo na escola a
c- São ações educativas sistemáticas voltadas para as quatro dimensões do ser humano:
racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade.
d- Não sabe responder
e- Outros
Descrever:

6- Quanto a contribuição da Política Pública de Educação Integral para valorização do


professor:
a- Contribui muito
b- Contribui pouco
c- Não Contribui
d- Não sabe responder

7- Quanto a contribuição da Política Pública de Educação Integral para melhoria da


estrutura da escola:

a- Contribui muito
b- Contribui pouco
c- Não Contribui
d- Não sabe responder

8- Quanto a contribuição da Política Pública de Educação Integral para melhoria da


qualidade da educação pública:

a- Contribui muito
b- Contribui pouco
c- Não Contribui
d- Não sabe responder

9- Quanto a contribuição da Política Pública de Educação Integral para melhoria da


qualidade de vida dos estudantes:

a- Contribui muito
b- Contribui pouco
191

c- Não Contribui
d- Não sabe responder

10- Quanto a contribuição da Política Pública de Educação Integral para auxiliar os


estudantes a ter um projeto de vida:

a- Contribui muito
b- Contribui pouco
c- Não Contribui
d- Não sabe responder

11- Quanto a contribuição da Política Pública de Educação Integral para diminuição das
desigualdades sociais:

a- Contribui muito
b- Contribui pouco
c- Não Contribui
d- Não sabe responder

12- Há alguma informação sobre a Educação Integral que deseja relatar por não estar
contemplada nas questões acima?

13- Você estaria disposto a conceder entrevista sobre a Educação Integral em


Pernambuco? Em caso positivo, preencha os campos abaixo com seu telefone e e-mail para
entrarmos em contato:

Escolher: Sim/Não
Telefone:
E-mail:
192

APÊNDICE B – RESPOSTAS DA OPÇÃO “OUTROS” DA QUESTÃO 04 DO


QUESTIONÁRIO APLICADO

Nº OUTRAS RESPOSTAS (Questão 04 – O que você entende por Educação Integral? )


01 A educação integral é a promoção do desenvolvimento integral do indivíduo em todas as suas
dimensões, ou seja, o desenvolvimento intelectual, físico, emocional, social e cultural.
02 A educação integral reconhece a pessoa como um todo e não apenas, por exemplo, o seu
intelecto.
03 A Educação Integral visa em ter um ensino mais qualificado ao aluno, por isso o sistema integral.
Mas isso acaba prejudicado, pois passamos quase 11hrs dentro da escola, ocupando maior tempo
do nosso dia (pois temos 8hrs p dormir, sobrando em cerca de 4hrs a 5hrs em casa com tempo
livre), isso acaba sendo bastante desgastante para nos estudantes, impossibilitando até de arrumar
um emprego pelo programa jovem aprendiz.
04 Acredito que é um sistema voltado para o foco do aluno, por mais tempo. Tendo assim mais
rendimento escolar, e futuro. Em conjunto com várias coisas, como conviver sociedade, regras,
responsabilidades e etc.
05 Além do ensino médio ainda oferece formação técnica facilitando a entrada do jovem no mercado
de trabalho
06 Aprender a conhecer; Aprender a fazer; Aprender a conviver; Aprender a Ser
07 Cursos bem elaborados com capacitação para o mercado de trabalho.
08 Desenvolve os pilares da educação unidimensional
09 É a iniciativa que visa aumentar a carga horária do estudante a fim de fazê-lo aumentar as
possibilidades de aprendizado, além de auxiliar a entender os processos de construção da
sociabilidade, condutas e afetividade.
10 É integral pois íntegra dois tipos de educação, a básica e a formação profissional.
11 É integral porque da ao estudante mais tempo para prepará-lo para provas vestibulares e outros
12 É Integral porque o estudante passa mais tempo na escola, Ações educativas sistemáticas voltada
em todas as dimensões
13 É Integral porque o estudante passa mais tempo na escola, Instituição em que o aluno sai
preparado tecnicamente para o mercado de trabalho
14 É Integral porque o estudante passa mais tempo numa escola com diversas atividades não só aulas
o dia todo reservando 2 aulas em alguns dia da semana ou todos para clubes, esportes, projetos,
etc...
15 É integral porque o estudante passa o dia todo na escola, e só volta para casa a noite.
16 É mais uma oportunidade para os alunos querer aprender na parte teórica e prática, para quando
terminar o ensino médio completo, ser mais além do que sonha
17 é péssimo pois a escola não tem estruturas para o integral.
18 É uma educação que quer "imitar" o sistema de educação integral de outros países, na teoria é
algo MARAVILHOSO, mas na prática a realidade é totalmente diferente! Só serve pra prender os
alunos dentro da escola, pra pensarem que estamos fazendo algo de muito útil! Tenho nada a falar
dos meus professores, mas o sistema público de ensino de Pernambuco não está pronto, não tem
estrutura pra ser integral! Principalmente a minha escola que no período da tarde alunos e
professores chegam a passar mal com o calor! Um verdadeiro, DESCASO! Se tudo que fosse dito
na teoria fosse mesmo pra prática, seria IMPECÁVEL.
19 É uma forma de educação onde o aluno passa a manhã e a tarde na escola, estudando e
convivendo com pessoas diferentes para que se adapte de melhor forma a vida adulta
20 É uma forma de manter o aluno mais tempo na escola com o intuito de que aprenda mais, porém,
muitas vezes isto não é de fato o que acontece. O cansaço e a quantidade de atividades propostas
atrapalham o desenvolvimento no âmbito escolar, de forma que debilita a aprendizagem.
193

21 É uma política de ensino na qual o aluno têm mais oportunidades de aprendizagem e com isso é
elevados a forma de interação efetivando o aprendizado ainda mais.
22 Educação Integral para mim é o fato do aluno passar 2 "turnos" na escola
23 Ela é uma forma para a preparação do indivíduo, para sua concepção intelectual e dar
oportunidade no crescimento em conhecimento cultural e evolução em suas inter-relações de
ideias/ideais.
24 Estudar feito um escravo. Sendo que nem 10% dos alunos vão fazer faculdade, e nem 80% dos
assuntos agente vai levar para a vida no dia a dia...
25 Eu estudo em uma escola de tempo integral... É MUITA ENROLAÇÃO E PERDA DE
TEMPO(CONVERSAMOS MAIS DQ APRENDEMOS COISAS NOVAS), É UM DESGASTE
MENTAL ENORME, PRINCIPALMENTE PARA NÓS QUE MORAMOS EM LOCAIS
DISTANTES, SAÍMOS DE CASA 6:00 DA MANHÃ CHEGAMOS NA ESCOLA DE
7:40(ATRASADOS) SAIMOS DE LÁ 5:00 E SÓ CHAGAMOS EM CASA 6:30! É UM SACO
26 Eu já estudei integral e não consegui me adaptar. Os alunos só conseguem aprender no período da
manhã quando não está tão sobrecarregado.
27 Forma encontrada para juntar educação com políticas assistencialistas. Como por exemplo tirar os
jovens das ruas.
28 Maior assistência ao estudante
29 Mais horas de estudo em sala de aula para que o rendimento seja maior, as notas sejam melhores,
já que você apenas estuda durante o dia, as matérias sejam passadas mais rapidamente (já que há
mais tempo para que isso seja feito)
30 Medida tomada para diminuir a discrepância de ensino em comparação com a rede privada
31 Muito boa essa integralidade e amplia os conhecimentos dos alunos
32 Na minha opinião, a educação integral veio para melhorar o ensino. Pois passando um tempo à
mais na escola, iremos aprender mais, ter mais conteúdos... E assim ter um aprendizado ótimo
para o futuro.
33 Não só porque passa mais tempo na escola, como tem mais aulas, longos horários...
34 O estudante passar o dia todo na escola
35 Para mais aprendizado
36 Para mim é um sistema íntegra pois o estudante passa mais tempo em relação aos estudos, pois
quanto mais tempo se passa nesse sistema, o estudante tem mais contribuição com os conteúdos e
mais tempo para estudar a matéria!
37 Para o aluno aprender mais.
38 Passamos mais tempo estudando, e é muito bom para preparatório de vestibulares, tipo: ENEM e
SSA
39 Porque é uma escola que oferece aos alunos cursos técnicos, exigindo assim mais tempo para
estudar
40 São ações educativas sistemáticas voltadas para o ser humano.
41 São atividade voltadas a melhor educação para o aluno com uma boa didática, voltada a melhor
forma explicar o que é abordado.
42 Seria outro meio horário onde podemos estender as aulas podendo assim , passando mais tempo
no colégio ( aprendendo a lidar com as pessoas educação mental e etc. )
43 Tem o intuito de impulsionar as 4 dimensões propostas na alternativa 3, entretanto tem também o
ensino ser feito de forma pouco mais dinâmica, para que, deste modo, o ensino não se torne algo
maçante.
44 Visa maior aprendizado e mais tempo na escola, tendo como objetivo uma maior ligação de
alunos e professores e outros funcionário.
45 Você passa a ter mais disciplinas para estudar.
194

APÊNDICE C – RESPOSTAS DA QUESTÃO 12 DO QUESTIONÁRIO APLICADO

Nº Há alguma informação sobre a Educação Integral que deseja relatar por não estar contemplada
nas questões acima?
1 Em relação ao primeiro questionamento, terceira pergunta, marquei a terceira opção porque elas
oferecem uma boa qualidade de vida aos seus estudantes, mas, em contrapartida, há questões como a
estrutura ruim, por exemplo[...] Quero deixar claro, realizei esta pesquisa me baseando na instituição
de ensino na qual estou matriculado.
2 A Exportividade,deveria ter mais recurso para o exporte.
3 A modalidade semi integral de dois turnos foi bem aceito pela comunidade escolar. Foi uma boa
iniciativa da Secretaria de educação integral, pois o aluno pode ter a experiência do jovem aprendiz e
tem garantida a qualidade da educação integral.
4 Apenas acho que a educação tanto no Estado como Nacional poderia e pode ser melhor, claro que nós
Alunos também temos que cumprir com a nossa responsabilidade de manter o patrimônio público em
GERAL (escolas, praças, ônibus etc.) intacto cumprindo nossas responsabilidades de cidadãos e de
estudantes.
5 Infraestrutura de algumas Escolas que não oferecem condições.
6 Para mim, em minha opinião, a Educação Integral é desnecessária e desgastante. Além dos alunos, os
professores também acabam se desgastando. As aulas poderiam ser aplicadas da mesma forma apenas
no horário da manhã, mesmo que não fosse o dia todo, os alunos aprenderiam da mesma forma e
ficariam menos sobrecarregados... Um exemplo é o IF, que tem os cursos e as aulas normais, e é
extremamente eficiente (tanto que dizem que é mais complicado passar na prova de um IF do que na
de uma escola técnica).
Quando chegam as últimas aulas, não consigo mais me concentrar, fico extremamente ansiosa para ir
embora descansar, e finalmente, "viver" (nós adolescentes somos assim, não que nós não queremos
nada da vida, mas a pressão dos pais, a pressão da escola... Apenas queremos fugir um pouquinho dos
problemas clássicos da adolescência, e passar o dia todo preso em um colégio mesmo que ao lado de
"amigos", se torna uma rotina muito desgastante).
Ou seja: em minha opinião (e tenho certeza que de boa parte também), pode-se aprender da mesma
forma, sendo ou não integral, seria extremamente melhor tanto para os alunos, quanto para os nossos
educadores. E na questão de horários, creio que uma boa estratégia para os ajustar ao longo da semana
seria bem eficiente. Sei que é meio impossível mudar, mas gostaria que a secretária de educação
pudesse ouvir o que acho, e com certeza o que muitos alunos do Integral também acham. Agradecida.
7 A Educação Integra transforma vidas
8 A abordagem sobre o tema respeito que tem sido pouco explorado na escola
9 A alimentação e higiene (das escolas e dos estudantes durante o período em que estão nas escolas) são
pontos que precisam melhorar muito. Sem dúvida alguma poderiam contribuir muito na adaptação ao
ensino integral.
10 A alimentação integral também é importante para o aluno, pois ajuda na aprendizagem.
11 A alimentação que é oferecida aos estudantes é pouca, nós horários dos lanches.
12 A ampliação da carga horária possibilita aos alunos uma formação completa e repleta de opções e
vivências que mudam a vida dos jovens
13 A ampliação dessa política pública com adesão de novas escolas não foi acompanhada pela
infraestrutura das escolas e nem pela formatação dos professores. E desta forma foi perdendo sua
essência e seu potencial de transformação.
14 A Biblioteca pode conter mais livros referentes a ciências jurídicas.
15 A composição da equipe no meu caso.
16 A contribuição da educação integral nos índices da segurança pública.
17 A contribuição da política pública na educação ainda é muito precária devido o governo não dar uma
atenção maior ao ensino público no Brasil.
18 A contribuição para o cansaço e o estresse
195

19 A contribuição para uma vida que visa o social e a autoestima


20 A desigualdade ainda existe! Se são estudantes de escola pública, qualquer direito, é direito de todos.
21 A desigualdade social
22 A diferença entre Educação Integral e Escola de tempo integral. No caso, é esta última que está
implementada.
23 A educação integral fortalece o empreendedorismo social
24 A educação dialógica é uma perspectiva de aprendizagem que precisa ser mais aplicada nas escolas
integrais.
25 A educação em tempo integral é um escape para muitas famílias devido às refeições que ela oferece
26 A educação em tempo integral toma muito tempo da vida do estudante, o que acaba "entupindo" sua
cabeça apenas com a escola.
27 A Educação Integral abriu novos horizontes para os estudantes, como por exemplo o PGM
28 A educação integral agrega mais oportunidades aos alunos de baixa renda, que ao contrário dos alunos
de escola particular não tem toda assistência e vivência com os professores e oportunidade de
crescimento como indivíduo e cidadão social.
29 A Educação integral contribui com a formação plena do estudante, lhe preparando para a vida como
um todo.
30 A Educação Integral contribui muito com os estudantes no exercício da cidadania socioambiental,
construindo cidadãos mais conscientes ecologicamente. Isso é possível através de aulas, pesquisas,
seminários e projetos que trabalham eixos de aprendizagem em Educação Ambiental. A consciência
ecológica é um dos princípios da Dimensão Afetiva, que faz parte da Educação Interdimensional.
31 A Educação Integral contribui muito para a segurança dos estudantes, tendo em vista o tempo que
passa na Escola.
32 A educação integral contribui muito para o desenvolvimento do estudante, nós temos muitas
oportunidades e pessoas que nos encorajam todos os dias a aproveitar cada uma delas.
33 A educação integral dá oportunidade de percebermos o quanto os adolescentes são carentes de atenção
e como seria interessante psicopedagogia nas escolas integrais.
34 A educação integral de PE contribuiu consideravelmente para a valorização da educação em minha
comunidade, permitindo vislumbrar e valorizar outros contextos dos nossos estudantes.
35 A educação Integral deve com urgência atender o ensino fundamental anos iniciais e anos finais.
36 A Educação Integral deveria contemplar o professor. Com uma folga para suas atividades poderem ser
melhor elaboradas.
37 A educação integral deveria ter início no Ensino Fundamental, pois muitos alunos chegam no Ensino
Médio sem base. Deveria também rever a questão das metas, pois muitos alunos deixaram de estudar
por ter a certeza da aprovação.
38 A educação integral é excepcional, porém alguns aspectos poderiam ser aperfeiçoados.
39 A Educação Integral é importantíssima e deve ser ampliada a todo o Ensino Fundamental.
40 A educação integral é imprescindível na vida dos estudantes, porém, ainda carece de muitos
investimentos e valorização dos profissionais que dedicam a maior parte da vida nessa tarefa.
41 A educação integral é imprescindível na vida dos estudantes, porém, ainda carece de muitos
investimentos e valorização dos profissionais que dedicam a maior parte da vida nessa tarefa.
42 A educação integral é imprescindível na vida dos estudantes, porém, ainda carece de muitos
investimentos e valorização dos profissionais que dedicam a maior parte da vida nessa tarefa.
43 A educação integral é ótima, valoriza a educação como um todo, valoriza também o estudante, mas
infelizmente o professor do programa não tem liberdade de realizar mestrado e doutorado, bem como,
participação de congressos.
44 A Educação Integral é um marco importante para Pernambuco
Pois aconteceu uma verdadeira revolução nas escolas e na educação de um modo geral.
45 A educação integral é uma ação de grande importância principalmente para os jovens que não possui
uma boa condição de vida, pois, auxilia na condução de sua vida e a uma estrutura boa ou razoável
para se passar o dia, também auxilia na educação constante durante o dia.
196

46 A educação integral ela transcende os seus pilares. Pois os impactos reais, sociais e outros só são
sentidos por quem vive. E isso no todo, do aluno, professor, pai até comunidade.
47 A Educação Integral elevou a Educação Pública de Pernambuco ao patamar de melhor Ensino Médio
do Brasil e a mais atrativa.
48 A Educação Integral em Pernambuco possibilitou aos Educadores ingressarem em cursos de Mestrado
em várias Universidades do Brasil.
49 A educação integral está mudando o contexto sócio econômico e cultural dos alunos que por ela
passaram
50 A educação integral estimula o desenvolvimento do protagonismo juvenil.
51 A educação integral foi importante na vida do meu filho, os gestores,da
52 A Educação Integral foi uma maneira como o governo encontrou para alavancar a educação em
Pernambuco.
53 A Educação Integral já foi mais eficiente, não em relação aos professores, mas as políticas públicas
que ultimamente tratam as Escolas Integrais com muita diferença do início do Programa. Para uma
Escola ser Integral os professores têm que ter os meios para agir, hoje temos que nos virar com o que
tem na escola, não temos laboratório onde os alunos possam vivenciar os conteúdos na prática, seja de
Biologia, Química, Física, Matemática e assim por diante. Por isso eu acho que falta muito para voltar
a ser a Educação Integral sonhada pelo inesquecível Eduardo Campos.
54 A Educação Integral nada mais passa de mais tempo na escola. Quanto à outros aspectos, em nada
contribui. Minha escola não tem estrutura, nem equipamento para uma educação integral. Não temos
laboratório, mal temos uma quadra (é chamado de 'espaço') além de pouca aula dinâmica, tudo não
passa de um jeito tradicional de dar aula, porém passando mais tempo na escola!
55 A educação integral nos proporciona maior contato com alunos, professores, gestão, auxiliares, e com
isso acaba se tornando uma segunda casa
56 A educação integral pensa os processos educativos para além dos muros das escolas
57 A educação integral pensa os processos educativos para além dos muros das escolas
58 A educação integral precisa atender melhor as peculiaridades de cada comunidade. Muitos estudantes
precisam de estágios ou cursos profissionalizantes para preparar melhor o seu projeto de vida.
59 A educação integral precisa de mais recursos como ambientes acolhedores e adequados. Espaços de
estudo, espaços de convivência, mais formação integral e menos conteúdismo.
60 A educação integral preocupa-se também com o humano, não somente com a formação profissional do
educando,respeita,valoriza o histórico de vida de cada um,as crenças, os valores etc.
61 A educação Integral promove um maior protagonismo aos estudantes.
62 A educação integral proporciona um desenvolvimento bom aos alunos .
63 A educação integral se torna muito válida principalmente na vida de estudantes de baixa renda.
64 A educação integral também contribui para o desenvolvimento profissional.
65 A Educação Integral Tem Mudado A Vida De Muitos Estudantes Devido O Acolhimento Da Gestão
Da Escola Determinada e o Desenvolvimento
66 A educação integral tem promovido uma forma de padronização do aluno, afastando-os de suas raízes
e tradições. Produzindo um aluno com pensamento sistemémico e pouco envolvido em sua
comunidade.
67 A Educação Integral tem que se tornar algo que não seja monótono e nem cansativo, mas sim atrativo
para os estudantes e que eles sintam prazer em permanecerem o dia inteiro na escola. Que possam
aprender novas técnicas e principalmente colocá-las em práticas no dia a dia da sua vida familiar para
mudar a rotina e projetar novas perspectivas para um futuro próspero e que traga mudanças para a
sociedade.
68 A educação integral tem suas falhas e acertos, um ponto a destacar é a melhora na qualidade de vida
do estudante uma vez que estão sujeitos a três refeições por dia e todo os benefícios do ensino integral.
Porém, com a carga horária prolongada a qualidade de aprendizado diminui, tendo em vista a
quantidade de matéria e conteúdo a ser aplicado. Por isso, muitos alunos se sentem cansados e
desmotivados, tornando-se, dessa forma, menos produtivos e atenciosos.
197

69 A Educação Integral trabalha o Projeto de vida de nossos estudantes dando-lhe autonomia e projeção
de mercado de trabalho.
70 A Educação integral transforma a vida dos alunos
71 A Educação integral veio dar oportunidade aqueles alunos da zona rural que eles eram capazes de
vencer na vida através do estudo, diminuindo assim a desigualdade social.
72 A Educação Integral veio para fortalecer o Ensino Médio em nosso Estado, dando condições para o
desenvolvimento dos estudantes de forma holística, preparando -os desde cedo para serem
protagonistas da sua história, auxiliando-os na construção do seu projeto de vida.
73 A educação integral vem transformando vidas, colocando pessoas de uma camada da sociedade antes
esquecida em um patamar nunca antes imaginado, vejo isso todos os dias, todos os anos, em nossa
comunidade a visão de mundo mudou e vem mudando gradativamente, e isso é maravilhoso e dá
sentido ao trabalho.
74 A Educação Integral, estimula o protagonismo juvenil.
75 A escola deveria ter um corpo técnico mais amplo e focado para o mercado.
76 A escola é muito boa estou gostando bastante
77 A escola é muito boa estou gostando bastante
78 A escola integral apesar de suas limitações , diminuiu a Evasão Escolar .
79 A escola n tem estrutura
80 A escola que trabalho é EREF, quero acrescentar que estamos no primeiro ano do processo de
transformação, mas já identifico as melhoras, principalmente nos professores, mesmo em tempos de
pandemia.
81 A estreita relação escola e família contribui bastante na melhoria da qualidade do ensino e
aprendizagem.
82 A estrutura da escola é a mesma a 10 anos (tempo que a escola foi construída), o governo não dá
dinheiro a escola para manutenções básicas como consertar o ar condicionado (tendo muitas vezes que
o próprio diretor, tirar de seu bolso, o dinheiro para essa manutenção, e mesmo assim é horrível), a
comida não tem quaisquer qualidades, a segurança da escola é simplesmente ridícula!
83 A estrutura da escola, eles deveriam ajeitar a escola, sei que por ser um prédio antigo, não pode mudar,
mas pintar, ajeitar ou colocar acondicionados, por janelas, ajeitar a quadra e outras coisas, só iria
ajudar, já que é uma escola de referência, deveria ter uma melhor manutenção, e ao ver das pessoas
uma melhor imagem de qualidade.
84 A estrutura da escola, eles deveriam ajeitar a escola, está faltando muita coisa, sei que não pode mudar
a estrutura porque é um prédio antigo, mas pintar, colocar janelas, ajeitar os acondicionados e outras
coisas, já estaria ajudando muito. Porque por ser uma escola de referência, ela está muito acabada.
85 a estrutura do plano estadual.
86 A estrutura física de algumas Escolas não está de acordo com a quantidade de alunos que nelas
estudam. Ex: Refeitório, Ginásio de Esporte, áreas de convivência.
87 A ESTRUTURA FÍSICA PRECISA SER MELHOR ASSISTIDA EM ALGUMAS ESCOLAS.
88 A ETE que trabalho de péssimas condições na estrutura física, não facilita o trabalho do professor e o
bem-estar dos estudantes. Banheiros dos alunos precários, sem espaço adequado para os laboratórios,
um único banheiro para uso dos profs/masculino e feminino/ sem chuveiro, sinal fraco de internet,
salas dos profs sem computador, impressora e sem internet. Salas de aulas sem ventiladores, escola
sem água da Compesa (usamos água de poço) e para bebermos os funcionários da escola vai buscar
numa fonte com o trator fornecido pela prefeitura.
89 A falta de assistencialismo com os alunos e com os professores.
90 A FALTA DE ENFERMARIA E CONSULTA PSICOLOGICA.
91 A falta de organização do estado com relação a distribuição de carga horária de acordo com a
formação do professor.
Por exemplo: Grande parte dos professores que lecionam matemática são biólogos e Boa parte dos que
lecionam física são matemáticos, alguns historiadores lecionam geografia enquanto geógrafos
lecionam história, etc. E isso com certeza prejudica um pouco o processo de ensino-aprendizagem.
198

92 A falta de recursos de ordem física, material e pessoal em muitas escolas.


93 A falta de um psicólogo da escola
94 A falta de valorização do Professor das escolas integrais, EREM e TÉCNICA, melhoria na
infraestrutura, bem como, recurso para material de apoio, como: data show, internet de qualidade,
mobiliário, tanto para estudantes como para Professores
95 A falta de valorização do Professor quanto a possibilidade de cursar mestrado e doutorado, falta
melhoria na infraestrutura da escola, material pedagógico, como: data show, material de apoio básico,
piloto, papel para Atividade, enfim a lista é grande
96 A falta hoje da voz dos alunos nas escolas públicas integrais e suas políticas, para fazer parte das
decisões dos gestores.
97 A finalidade é a integralidade da formação do indivíduo, reconhecendo suas singularidades e
conferindo multidimensionalidade no processo de ensino e aprendizagem.
98 A flexibilização para o uso das novas tecnologias; mas é necessário que o olhar para o professor seja
eficaz a ponto de lhe dar ferramentas e ensino do manuseio delas, vislumbrando possibilidades no
processo de ensinagem; ou seja precisamos de equipamentos tecnologicos em caráter de urgência
urgentíssima.
Assim. Em que pese a singular intervenção dos nobres do escalão acima, que sabem onde tem o dever
e o poder de nos entender neste ponto sine qua non. Findo agradecendo este momento de diálogo;
JUNTOS SOMOS FORTES. SIDNEY LEMOS (EREM JOAO BEZERRA).
99 A fomentação de um perfil protagonismo juvenil.
100 A forma que os professores realizam as aulas
101 A formação cidadã
102 A grande contribuição na construção de relacionamentos interpessoais, que ajudam muito no
crescimento pessoal dos alunos
103 A gratificação congelada por 10 anos
104 A ideia da educação integral é ótima, porém o plano é muito diferente da realidade no que se refere a
recursos! Se o governo realmente fizesse o que é idealizado, seria perfeito. E além do mais, os
profissionais da educação contratados são bastante desvalorizados.
105 A ideia da educação integral é ótima, porém o plano é muito diferente da realidade no que se refere a
recursos! Se o governo realmente fizesse o que é idealizado, seria perfeito. E além do mais, os
profissionais da educação contratados são bastante desvalorizados.
106 A ideia original da educação integral era muito boa, porque realmente se tratava em trabalhar com
projetos, e não simplesmente aulas teóricas conteudistas, associada à valorização do professor. Mas
com o passar dos anos, não houve mais investimentos em laboratórios, salas temáticas, e na estrutura
em geral. A gratificação dos professores ficou congelada e não incorporadora à aposentadoria embora
se desconte do funafin. Tudo isso, leva a uma desmotivação por parte tanto dos alunos como dos
professores. Como disse no início, a ideia é boa e pode realmente fazer toda diferença na vida do
estudante, mas é preciso repensar na pedagogia, na valorização do professor, e na estrutura das escolas
para dar esse salto quântico que tanto almejamos na educação.
107 A igualdade racial, de gênero e de sexo não é sistematizada, para assim, haver uma ruptura da
homeostase social.
108 A implantação de 100% de escola integral no município pode não se tornar muito viável aos
estudantes.
109 A importância da Educação Integral em tempo de distanciamento Social
110 A infra estrutura da escola apesar de pequena a gestão desde que começou o integral faz de tudo pra
atender melhor os alunos mesmo com poucas condições, por isso precisamos urgente de uma escola
nova, o município tem apenas uma que não atente todos os alunos, não tem vaga
suficiente.#EscolaNovaJá
111 A infra estrutura da escola apesar de pequena a gestão desde que começou o integral faz de tudo pra
atender melhor os alunos mesmo com poucas condições,por isso precisamos urgente de uma escola
nova,o município tem apenas uma que não atente todos os alunos, não tem vaga
suficiente.#EscolaNovaJá
199

112 A infraestrutura e a valorização dos professores deveriam receber uma atenção maior. Um
planejamento adequado para a infraestrutura da escola para proporcionar conforto aos seus estudantes.
113 A interrelação dos eixos, sistemátizados na vivência real do educando
114 A melhoria e aumento das possibilidades de transformação do estudante e de seus familiares.
115 A merenda é ruim 😎😎
116 A minha escola não tem estrutura para ensino integral
117 A mudança de visão e postura dos profissionais que de fato, trabalham dentro das dimensões dessa
política pública.
118 A necessidade de mais apoio e pessoal capacitado a exemplo de psicólogo.
119 A necessidade de quadra poliesportiva
120 A necessidade de uma melhor valorização do profissional em educação que trabalha nas unidades
escolares de referência e uma maior atenção nos cuidados com a infraestrutura dos prédios escolares.
121 A parte diversificada, deveria ser tratada com mais zelo, por parte do Estado. Pois muitas das oficinas
se fosse gerida por um profissional especializado daria melhores resultados e traria mais significância
pra vida dos estudantes. Se houvesse profissionais especializado na área de esportes, cultura e
empreendedorismo, ministrando as oficinas traria resultados mais significativos para vida dos
estudantes. Poderia ser por municipio ou por núcleo para reduzir os custos.
122 A participação da família na escola no acompanhamento desta Educação Integral
123 A política de educação integral auxilia na maior integração do aluno com a vida escolar, atraindo o
aluno ao conhecimento!
124 A política de educação integral contribui de forma significativa com a formação social dos alunos,
tornando hábeis a serem pensamente, questionadores e participativos em quaisquer quaisquer
contextos sociais.
125 A Política Pública de Educação Integral contribui muito para a compreensão do papel fundamental da
educação por parte de todos os educadores que trabalham nas escolas em tempo integral.
126 A pouca contribuição para melhoria da estrutura da escola, provavelmente está atrelada ao grande
número de escolas atendidas pelo estado, melhorias estás importante para política pública, más que
mesmo assim a política implantada, causou um impacto muito positivo em toda comunidade.
127 A pratica é bem aquém da teoria.
128 A preocupação do Estado com o projeto de futuro da juventude é lógico e racional, visto que é um
projeto de futuro do próprio Estado.
129 A produtividade e empenho do professor qdo está integral na escola
130 A qualidade do ensono ofertado e a estrutura dos prédios são destaque e comentado por todos na
região
131 A qualidade do ensono ofertado e a estrutura dos prédios são destaque e comentado por todos na
região
132 A Qualidade na alimentação terceirizada;
Apoio qualificado para os professores e Equipe Gestora;
Manutenção constante das demandas escolares, como materiais didáticos para aulas práticas,
atividades extra classe etc.
133 A Qualidade na alimentação terceirizada;
Apoio qualificado para os professores e Equipe Gestora;
Manutenção constante das demandas escolares, como materiais didáticos para aulas práticas,
atividades extra classe etc.
134 A quantidade de comida oferta, tem dias que falta.
135 A questão da contribuição para o entendimento da pedagogia da afetividade
136 A questão da inclusão social
137 A questão da inclusão social de estudantes especiais.
138 A questão de melhorar a biblioteca da minha escola... tanto na parte física, quanto na parte da leitura.
139 A reforma da escola que deixou muito a desejar. A falta de segurança, um verdadeiro abandono pelo
governo estadual.
200

140 A relação professor-aluno torna-se mais efetiva.


141 A responsabilidade com o futuro dos jovens. Mesmo com a aplicação do ensino integral nas escolas
estaduais de Pernambuco, muitos são os alunos que acabam passando três anos de suas vidas
decorando conceitos teóricos que nunca vão usar ou não saberão, pois o ensino médio que nos é
oferecido ainda forma os alunos sem uma conexão com a vida real, os ensinando fórmulas e situações
que o jovem não sabe situar em sua realidade. Terminando por ter passado três anos da sua vida sem
absorção de qualquer interpretação.
142 A socialização integral com outros estudantes e bem aplicada.
143 A TEAR é um ótimo subsídio para gerir a escola de forma mais efetiva e eficiente.
144 A única saída para a melhoria da educação básica, junto à valorização do professor.
145 A valorização do professor/profissional em regime integral passa pela questão salarial também. A
incorporação ao salário da gratificação seria o ideal para termos professores/profissionais cada vez
mais motivados.
146 A valorização do profissional
147 A valorização salarial é pouca, por exemplo o valor da gratificação que está congelado desde o início
do programa
148 A valorização salarial é pouca, por exemplo o valor da gratificação que está congelado desde o início
do programa
149 A velha tecla já batida tantas vezes... independente do modelo adotado pela escola, sem investimento
na educação, como infraestrutura, condições adequadas, alimentação, formação e capacitação
continuada para os professores... a situação continuará a mesma.
150 Acaba com o tempo ocioso que os estudantes têm
151 Acaba fazendo com que a interação social dos alunos seja mais evidente
152 Aceitação e ajuda a adolescentes LGBTs em seu ambiente escolar e nas suas casas
153 Acessibilidade que contemple todos os alunos e recursos para o trabalho do professor.
154 Acho necessário repassar certas questões com realização a quantidades de aulas, tendo uma
valorização de projetos educativos, produção de pesquisas, desenvolvimento de pesquisas de campo
sem tanta aula teóricas. Sugestão: Tirar uma tarde só para desenvolvimento de projeto, estimulando os
alunos a pesquisa, depois análise de dados, depois o desenvolvimento de um projeto de cunho social
na comunidade que se encontrar inserido.
155 Acho pertinente uma reformulação na estruturação da carga horária e na distribuição e diversificação
de atividades, pois foca-se muito em aulas, tem poucas atividades práticas e vivenciais o que torna a
jornada cansativa para professor e aluno, levando a desmotivação. Uma capacitação para os
professores trabalharem as metodologias ativas de aprendizagem e o desenvolvimento de
competências nos alunos.
156 Acho pertinente uma reformulação na estruturação da carga horária e na distribuição e diversificação
de atividades, pois foca-se muito em aulas, tem poucas atividades práticas e vivenciais o que torna a
jornada cansativa para professor e aluno, levando a desmotivação. Uma capacitação para os
professores trabalharem as metodologias ativas de aprendizagem e o desenvolvimento de
competências nos alunos.
157 Acho que a minha escola não tem uma boa base para se passar o dia todo nela! Não tem um apoio
psicológico para atender os alunos no momento em que eles precisam! Acho que isso é super
necessário num ambiente em que todos são jovens, passam por vários problemas, vários dilemas
consigo mesmo, e a disponibilidade de um psicólogo na escola seria essencial, inclusive para
contribuir com a melhora do desenvolvimento do aluno na escola.
158 Acho que deveria haver mais coisas para pessoas com deficiências, pode até ser que em algumas
escolas não tenha pessoas com isso mas poderiam implantar algo para a melhoria como por exemplo a
libra, rampas para pessoa com deficiência física e algo para pessoas com deficiência visual, as pessoas
iam se sentir mais "acolhidas".
159 Acho que é muito bom, pois faz com que o aluno tenha mais tempo nos estudos.
160 Acho que não deveria existir vestibular, deveria ser uma junção de avaliações, comportamentos e
participações dos 3 anos do segundo grau.
201

161 Acho que todas as escolas de ensino integral deveria ter uma estrutura melhor para a recepção de todos
os alunos.
Muitas das escolas públicas ainda não tem ar condicionado e nem ventiladores necessários para a
quantidade de alunos.
162 Acho uma excelente iniciativa, para assim acabarmos com as desigualdades sociais, já, que escolas
assim ñ fazem diferença entre ricos, pobres, negros ou brancos, todos tem que conviver juntos .
163 Acontecer com frequência quando houver oportunidades para visitas técnicas com alunos / professores
e coordenadores.
164 Acreditamos que Política de Educação Integral foca no mais importante, no estudante e no seu Projeto
de Vida, apontando ferramentas para ele atuar como verdadeiro protagonista
165 Acreditamos que Política de Educação Integral foca no mais importante, no estudante e no seu Projeto
de Vida, apontando ferramentas para ele atuar como verdadeiro protagonista
166 Acreditamos que Política de Educação Integral foca no mais importante, no estudante e no seu Projeto
de Vida, apontando ferramentas para ele atuar como verdadeiro protagonista
167 Acredito q a Carga horária e o currículo devem ser revisitadas com maior frequência, para uma
constante adequação das realidades sempre mutantes.
168 Acredito que a carga horária, sobretudo nas ETE's, seja muito alta para os estudantes, implicando
numa perda de rendimento.
169 Acredito que a carga horária, sobretudo nas ETE's, seja muito alta para os estudantes, implicando
numa perda de rendimento.
170 Acredito que a educação integral não é para todos, pois não visa a profissionalização do aluno, o / a
qual necessita mts vzs ajudar sua família trabalhando e ao invés disso está na escola o dia td, sem
projetos principalmente mini empresas onde profissões possam ser ensinadas!
171 Acredito que a escola de tempo integral é muito boa, só que a logo prazo, qual melhor estudar o dia
inteiro para conseguir uma faculdade e um emprego, ou passar o ensino médio estudando meio
período e tralhando o outro período para quando terminar poder pagar um faculdade? Ir pelo duvidoso
ou ir por algo mais certo.
172 Acredito que a intenção é muito boa. Mas nem todos se adequam a um horário integral
173 Acredito que a política de educação integral atende a diversas dimensões de aprendizagem do
estudante. No entanto, isto está muito relacionado a como cada escola compreende esta filosofia. Já
atuei em escolas integrais de diferentes municípios e percebo que cada uma compreende a educação
integral de uma maneira diferente. No entanto, isto não implica dizer que uma escola seja melhor que
outra, apenas enxergam e atuam de maneira diferente. Além disso, percebo também que falta
atividades extra classe para desenvolver habilidades educacionais voltadas à interesses dos alunos.
Pois, se não for desta forma, pode acontecer da educação integral virar apenas um aumento de carga
horária educacional sem uma efetividade.
174 Acredito que as escolas semi integrais tem mais efetividade, uma vez em que a demanda de atividades
do ensino integral deixa os alunos estafados. Eles não tem tempo de descansar nem nos fins de semana
pois toda segunda-feira tem prova, muitos tem problemas de ansiedade, outros acabam desistindo e
fazendo o mínimo. No final do dia o aluno não tem quase nenhum rendimento
175 Acredito que educação integral não deveria apenas ser em sala de aula com professores das disciplinas
do currículo básico. Deveriam ter acesso a cursos livres como dança, música, teatro e/ou outras
possibilidades lúdicas.
176 Acredito que escolas integrais não contribui tanto, Pois alem de limitar a quantidade de estudantes em
ate 50%, não melhora nos estudos, pois de 5 pessoas que conheço que estudaram em escola integrais e
hoje estão na faculdade, 4 deles falaram que escola integral não ajuda muito e ainda relatavam que
estudavam muito em casa pois na escola eles não conseguia consentrar nos estudos por ser muito
tediante e cansativo (Passar 10horas sentado).
177 Acredito que há muitas coisas para ser adicionado, no íntegral temos bastante tempo. Então é preciso
de mais coisas que seja "fora do comum".
178 Acredito que não só a educação integral quanto a regular precisava pagar melhor a seus profissionais
para que eles tivessem dedicação exclusiva, não apenas oferecer gratificações, só assim não
202

precisariam se desdobrar em vários vínculos empregatícios e só assim teriam condições de se dedicar


melhor ao estudo pesquisa e execução do trabalho pedagógico.

179 Acredito que o tempo extra poderia ser melhor utilizado para cursos e competências mais específicas,
além da base.
180 Acredito que os governantes poderiam contribuir e dar mais assistência as escolas integrais .
181 Acredito que seja oportuno comentar sobre o trabalho em equipe, o alinhamento entre gestão e o grupo
discente.
182 Afastamento do mundo das drogas.
183 Afetividade entre todos os envolvidos na escola e comunidade
184 Agravamento da saúde da comunidade escolar.
185 Ainda existe pouca estrutura nas escolas para que profissionais e estudantes passem o dia todo nas
mesmas.
186 Ajuda na integração social dos jovens, por passar mais tempo socializando e convivendo com
diferenças.
187 Além das supracitadas, vale salientar a contribuição da Escola Integral para o município . Uma vez
que , grande parte dos alunos ingressam nas universidades e muitos regressam após formação
acadêmica, passam a atuar profissionalmente em sua cidade natal , contribuindo para o
desenvolvimento de sua cidade .
188 Algumas escolas não são bem preparadas para manter os alunos em tempo integral
189 Alimentação
190 Alimentação de melhor qualidade.
191 Alimentação de péssima qualidade. Já que é integral deveria haver uma alimentação de boa qualidade.
192 Aparecia da escola da vergonha,eu sou mãe imagina os alunos.😎😎♀️
193 Apenas deixar relatado que o sistema integral de ensino abrange o aluno de forma diferenciada,
auxiliando os mesmos no direcionamento de seus projetos de vida e norteaando-os no
desenvolvimento de competências e habilidades que precisam desenvolver para tornarem-se cidadãos
de bem, qualificados, éticos e pensantes. Logo, é um excelente sistema de ensino.
194 Apenas um elogio, pois na Educação integral extraí coisas extremamente importantes para construção
da minha conduta enquanto cidadão. Aprendi além de conteúdos didáticos, lições de vida que
impactam diretamente no meu dia a dia. Sou o que sou hoje, por causa de Deus, primeiramente, e
depois, por todos os que estavam ao meu lado, tanto família, amigos como o corpo escolar.
195 Apenas uma observação: a escola integral assim que surgiu tinha melhores investimentos de modo
geral.
196 Apesar de se ter um projeto interessante e um corpo docente muito preparado, as escolas, em seu
estado físico, fica - em muito - a desejar. Impossibilitando uma melhor desenvoltura dos educadores.
197 Apesar dos alunos passarem tempo integral na escola, a preparação para ENEM e vestibulares não é
explorada como poderia.
198 Apoio psicológico aos alunos que necessitam com um profissional da área e incorporação da
gratificação ao salário do professor.
199 Aproxima muito a escola das famílias.
200 As EREM's também colaboram para melhorias nas comunidades onde estão inseridas. Na COHAB
onde está a Erem Margarida Falcão, em Pesqueira, a presença da escola é sentida pelas famílias, pelo
comércio do bairro e por toda a comunidade em geral como algo positivo.
201 As escola gosta de colocar coisas inúteis na sua cabeça, Eles deveriam ficar no que o aluno mais se
interessa assim o aluno pode ter um futuro fazendo oq gosta
202 As escolas ainda não tem uma estrutura adequada para a educação integral.
203

203 As escolas integrais em Pernambuco deveriam ser mais evoluída para o que a comporta, por exemplo,
vejo que o aluno não deve estar todo o tempo sentado numa carteira estudando somente em sala,
deveria haver modalidades esportivas, a tarde por exemplo, algumas aulas diferentes, pois, não vejo o
aluno pernambucano saindo do espaço com várias visões do mundo real, e, as vezes saem com o
intuito de desistir de vida de estudante e começam a fazer o que todo mundo faz, pouquíssimos
evoluem suas cabeças depois de mais ou menos 14 anos estudados na vida.
A educação integral ajuda muito, mas atrapalha demais devido ao estudante ficar preso somente em
uma coisa, aquela velha forma de ensinar.
204 As escolas precisam de mais estrutura para fazer um trabalho ainda melhor
205 As experiências exitosas dos nossos educandos.
206 As gratificações pagas ao professor não o valoriza, pois não é salário já que é retirada nas licenças e na
aposentadoria e isso desestimula porque prende o professor a um trabalho onde ele não pode gozar do
direito de fazer um mestrado/doutorado, passar mais que 90 dias de licença médica, gozar licença
prêmio haja vista que, por estar numa escola integral, não tem outro vínculo e se torna dependente
dessa gratificação para sua subsistência. Isso precisa ser revisto porque é desumano e um professor
estimulado rende muito muito mais. Já presenciei inúmeros se negando a exercer a "Presença
Pedagógica" por não se sentirem valorizados nesse tocante.
207 As GRE's devem supervisionar mais efetivamente as suas escolas e não simplesmente crer na palavra
da gestão.
208 As políticas públicas têm contribuído muito para a educação integral e isso tem sido de grande valia.
209 As políticas públicas têm contribuído muito para a educação integral e isso tem sido de grande valia.
210 as questões acima DEVERIAM estar sendo aplicadas. mas, não são devidamente aplicadas.
211 Assim a educação integral nós ajuda como lidar futuramente em um ambiente de trabalho , seguindo
orientação e regras que nos possbilitam ter relações afetivas com várias pessoas nos auxiliando no
nosso protagonismo e facilitando nossas expressões publicamente em ter facilidade em falar e se
posicionar , e por isso a edição integral não é só passar o dia na escola mas é necessário para o nosso
desenvolvimento .
212 Assistência psicológica.
213 Atendimento Odontológico e Afitomologico para os alunos, que deviria ter nas escolas.
214 Atividades profissionalizantes variadas
215 Atualizar a gratificação dos professores que está estagnada a muito tempo.
216 Atualizar a gratificação dos professores que está estagnada a muito tempo.
217 Aulas práticas
218 Ausência material didático e tecnológico.
219 Auxilia na integração social.
220 Avaliação atitudinal é componente fundamental na Educação Integral .
221 Boas
222 Bom
223 Bom eu acho que está bom porém poderia está melhor
224 Bom não concordo com período integral na escola
225 Buscar qualidade de ensino e aprendizado. Diminuir a quantidade de alunos analfabetos funcionais.
Exigir respeito de alunos perante professores.
226 Capacitação efetiva e incentivos curriculares aos professores da base técnica. Nas suas áreas
específicas.
227 Centralidade do estudante
228 Coisas que poderiam melhorar na contribuição da Política Pública de Educação Integral.

Como diminuição dos horários de almoço, para aplicar esse tempo em clubes, projetos, etc... que não
tomassem seu horário de almoço e sim 1 ou 2 aulas do currículo.
229 Coloca um ventilador que bata em todo a sala
204

230 Com relação a tempo para estágio curricular. O estudante das técnicas integrais não possuem esta
exigência entrando no mercado de trabalho com prejuízo
231 Como posso me informar a respeito dos projetos implantados para melhorar a educação integral
232 Como sugestão a implementação de atividades culturais na grade curricular como cinema teatro
música
233 Condição de trabalho para os professores, tecnologias...
234 Condição de trabalho para os professores, tecnologias...
235 Considero que a Educacão Integral veio transformar não só a forma de preparação do estudante ao
conhecimento propedêutico, como à formação do cidadão para sua completude como ser humano para
a vida em família, sociedade e mercado de trabalho. Essa política pública foi e é o maior investimento
e oportunidade para oferecer igualdade de acesso às melhores formações e escolhas à vida do
estudante.
236 Construções das quadras horríveis e falta reajustar as gratificações. Como também colocar aulas de
treinamentos.
237 Contempla ótimos projetos pedagógicos
238 Contratação de um psicólogo para atender os alunos.
239 Contribui bastante para o preparo profissional dos alunos.
240 CONTRIBUI MUITO NA EDUCAÇÃO PARA VALORES DOS ESTUDANTES
241 Contribui muito pata o desenvolvimento do município, pois leva muitos estudantes as universidades,
aumentando a quantidade e qualidade de profissionais do próprio município.
242 Contribui para a ampliação do convívio social, dos estudantes. Elevando sua capacidade de
convivência em determinados grupos sociais.
243 Contribui para a melhoria dos resultados educacionais.
244 Contribuí para melhorar o acesso ao Ensino Superior
245 Contribui para melhoria do ensino aprendizagem
246 Contribui para o respeito mútuo, para a valorização do outro, da ética, do comprometimento, da
criticidade, e assim, projeta pessoas e profissionais muito mais conscientes na sociedade.
247 Contribuição com o bem estar dos alunos
248 Contribuição da família sendo com parceira da escola na educação/formação do estudante.
249 Criar mais escolas!
250 Cursos voltados para o mercados de trabalho
251 De fundamental importância para a vida dia estudantes, porém precisamos de melhores condições de
trabalho
252 dentre as contribuições contribuíram um pouco nem tanto e nem tão pouco ,gradativamente poderá
contribuir mto mais para tal necessita novos investimentos para se ter mais agregados a essa educação
253 Desejo mencionar a contribuição do Programa Integral no amparo a menores em condição de
vulnerabilidade e no incentivo ao protagonismo.
254 Desvalorização do Professor, em relação à quantidade de serviços prestados por esse profissional que
se dedica integralmente à escola.
255 deve ser assumida por todos os agentes envolvidos no processo formativo das crianças, jovens e
adultos. Nesse contexto, a escola se converte em um espaço essencial para assegurar que todos e todas
tenham garantida uma formação integral.
256 Deveria criar uma estrutura melhor como por exemplo: internet acessível a todos os alunos e
professores e equipamentos eletro-eletrônico para oferta de uma educação melhor e mas atrativa. (Data
show a todos professores, notebook a todos professores , melhoria no salário de todos os professores
sem distinção se é contrato ou não).
257 Deveria haver mais investimentos
258 Deveria haver políticas públicas de acompanhamento psicopedagógico/psicológico, pois descuidaram
da saúde mental e também de possíveis problemas para adaptação da longa carga horária para os
estudantes.
205

259 Deveria melhorar as refeições. E os professores serem mais compreensíveis e a gestão também!
260 Deveria melhorar mas
261 Deveria ter projetos, deveria dividir grupos para alguns alunos se enturmarem porque tem muitos
excluídos
262 Deveria ter uma disciplina de LIBRAS
263 Deveria ter uma melhoria nos prédios escolares para um melhor acolhimento dos alunos e funcionários
gerando maior conforto, já que ficamos boa parte do dia na escola.
264 Deveria todos ter um curso técnico, para os alunos seria ótimo.
265 Deveria todos ter um curso técnico, para os alunos seria ótimo.
266 Deveriam fazer manutenções na escola. Ex: ventilador
267 Devido à formação interdimensional que é praticada na escola, não só os estudantes têm um notável
crescimento pessoal, como os profissionais que trabalham na escola, também se posicionam de forma
diferenciada, a qual passa fazer parte de suas vidas.
268 Dificuldades relacionadas ao processo de implantação por não haver estrutura adequada nem horários
equivalentes com as outras turmas e modalidades oferecidas pela escola.
269 Dificulta o acesso de quem não pode passar o período integral na escola.
270 Diminui a ansiedade e a possibilidade da depressão porque deixa os alunos ocupados, além da
companhia de uns com os outros.
271 Diminui a vulnerabilidade social na adolescência devido a sua permanência em horário integral na
escola.
272 Diono Silva Cordeiro
273 Disponibilidade de recursos quanto a longevidade dá escola ao estudo com pouca base financeira.
274 Disponibilização de alguns meios para que os alunos tenham oportunidade de higiene nas escolas de
períodos integrais.
275 Disponibilizar mais professores para atuar nos componentes curriulares caso alguns sejam afastados.
276 Do jeito que está continua sempre dando resultado positivo
277 É de fundamental importância para a região como um todo

278 É bem satisfatória quanto ao desempenho educacional e a interação social dos estudantes e melhora
gradativamente seus conhecimentos e a autoconfiança do estudante e porque não dizer sua autoestima,
como pai/ responsável achei muito bom. Pois tinha uma adolescente insegura, triste que odiava ter que
ir a escola, hoje ela adora! Não gosta de perder um dia de aula.
279 É cansativa. É cientificamente comprovado que o ser humano precisa descansar para armazenar as
informações corretamente, mas estudar o dia inteiro na escola e ter que estudar em casa para
vestibulares/olimpíadas/por fora e ainda ter seus afazeres dificulta no aprendizado.
280 é cansativo
281 É certo que a Educação Integral contribui imensamente com a valorização de todos os envolvidos, mas
é preciso continuarmos com a investigação, aprimoramento, renovação, zelo e pontuação de atitudes
que mantenha o foco na racionalidade, afetividade, corporeidade e espiritualidade de toda estrutura,
principalmente do corpo docente e discente.
282 É de impressionar o quanto ajuda ao projeto de vida dos estudantes estar em uma Escola em tempo
integral.
283 É essencial para diminuir a desigualdade!!
284 É extremamente cansativa, principalmente para professores com dois vínculos. Os estudantes também
se queixam de excesso de atividades e falta de estrutura das escolas. Os horários de aulas vagas ou
estudo dirigido são mal aproveitadas por falta de laboratórios e salas de aula adequadas. Fala-se tanto
em metodologias ativas, mas em uma sala lotada não dá nem para fazer pequenos grupos interativos.
Não é atrativa para o professor, pois a gratificação não constará para fins de cálculo da aposentadoria.
A escola semi-integral se adequa melhor às necessidades da comunidade escolar.
285 É imprescindível e necessário que os estudantes tenham um acompanhamento psicólogo, no convívio
na escola de forma integral.
206

286 É muito cansativo, pois ocupa maior parte do nosso dia, e não sobra tempo para arrumar um emprego
no programa Jovem Aprendiz, nem tão pouco fazer um curso por fora da escola, pois só sobraria
horário para o final de semana, levando assim uma sobrecarga escolar.
287 É muito estressante, pelo fato do aluno passar o dia inteiro na escola longe dos pais e familiares, mas
por outro lado ao menos se é possível suportar graças ao fato do aluno passar o dia inteiro na
companhia dos amigos e colegas
288 É muito importante para a vida dos estudantes e para a comunidade.
289 É muito positiva no desenvolvimento do estudante integralmente.
290 É necessário ainda que haja avanços, visto que mesmo com tantas melhorias que a educação integral
trás, ainda são necessários ajustes e atualização no sistema de ensino, havendo a integração de
métodos digitais, não somente em tempo de pandemia como passamos, mas sempre, pois a educação
deve ser feita pensando no contexto atual do mundo: um mundo tecnológico, desenvolvido e digital.
291 É necessário ampliar a inserção de atividades complementares que possam contribuir para a formação
integral do sujeito.
292 É ótima e nos ajuda na educação profissional
293 É preciso que a educação integral seja composta apenas por professores efetivos.
294 É top...

295 É um excelente programa.


296 É uma grande oportunidade para o protagonismo juvenil
297 É uma política que se não for bem trabalhada pode obter um efeito reverso e aumentar assim os
índices de evasão escolar de nosso Estado, uma vez que se o aluno não se adaptar e obter apoio tende a
desistir dos estudos por não conseguir mais enxergar um futuro dentro de uma sociedade cada vez
mais exigente.
298 É uma via de acesso importante para uma educação se qualidade.
299 Educação de qualidade, positiva e que deveria atender a todas as escolas da rede pública de
Pernambuco.
300 Educação em tempo integral é sem lógica, eu que sou estudante sei bem o que é ir para a escola de
6:00(amanhã) e chegar 7:40 (atrasado) e sair 5:00 da escola e chegar 6:30 em casa ,apenas para ver
conteúdos que bastam menos de 4 hrs de aula para aprender... Nós não somos robôs, ninguém merece
ficar com fome, cansados, estressados e preocupados todo santo dia na escola... E nos Sábados e
domingos podemos descansar? NÃO!!!! Tem atividade, tem trabalho, tem Slider tem vídeo para
fazer...
Fala sério, estamos sendo treinados a ser robôs, que só sabem trabalhar, comer, acasalar, ficar venhos e
morrer. É triste saber que as pessoas já se acostumaram a ser escravos do governo.Esquecem de sua
própria essência e abandonam sua vida para servir ao governo para ganhar pouco dinheiro e dar muito
dinheiro para comprar coisas que não precisam. Alienados😎
301 Educação Integral contribui para a formação dos estudantes em sua totalidade, seja nos aspectos,
físicos, emocionais, afetivos, cognitivos, psicológicos valorizando os saberes culturais.
302 Educação Integral e um grande avanço, mas e alguns caso prejudica a socialização externa.
303 Educação integral Poderia ser apenas duas vezes na semana Queria, Não somente eu como vários
estudantes Totalmente Cansativo.
304 Educação Integral vem contribuindo para oportunizar a entrada do alunos de classe menos favorecida
ingressar numa Universidade .
305 Educação que prepara o estudante para o mercado de trabalho.
306 Educação Transformadora.
307 Ela promove uma grande interação desses jovens com a sociedade e com o mercado de trabalho, assim
como a sociedade.
308 Ela proporcionou auto estima e autonomia do educando frente as relações educacionais e profissionais.
309 Eles mandam assistir aula de 25 minutos que nem se quer eu aprendo nada. Tem que entregar tarefa
até as 17:00hrs ou até 12:00hrs, isso é um ABSURDO
207

310 Em 2019, tive a oportunidade iniciada por um professor de Química de participar de uma olimpíada
brasileira, a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) realizada em todo o Brasil que
tive o prazer de avançar nas atapas classificatórias e ter ganho bronze no Rio de Janeiro. A escola teve
um papel fundamental nessa conquista, pois foi ela que me auxiliou desde as primeiras ideias até a
volta pra casa. Além disso, a escola EREM Quintino Bocaiúva tem vários projetos liderados por
professores que visam o sucesso dos alunos não só nas matérias didáticas, mas também, em várias
áreas do conhecimento próprio. Foi um prazer ter feito o ensino médio com e educação que é hoje (que
pode melhorar sempre) e ter feito na EREM Quintino Bocaiúva.
311 Em países mais desenvolvidos há mais programas escolares de esportes e outras atividades, nosso país
está indo a caminho disso mas ainda não vejo tantos projetos de desenvolvimento.
312 Em Poção só temos uma escola que oferta o ensino médio, prejudicando com isso o direito de escolha
do estudante se quer ou não frequentar uma escola de tempo integral e em alguns casos afastando esse
estudando da escola por necessitar trabalhar.
313 em questão dos interação com familia
314 Em relação a melhoria da estrutura da escola afetar a qualidade de vida dos estudantes pois as salas de
aula do 1 ano(anexo) não oferecem uma boa estrutura,como por exemplo,o fato de não ter janelas,isso
dificulta a circulação de ar principalmente no período da tarde,que o calor e demais que afeta e muito a
concentração e por consequência o nosso aprendizado
315 Em relação ao professor, seu ingresso na escola através da seleção interna mais bem definida e clara:
ele deveria ser avaliado anualmente e se não tivesse o perfil, não correspondesse, não se identificasse
com a filosofia da Educação Integral, o mesmo seria redirecionado normalmente a GRE para ser
lotado no Ensino Regular.
316 Em tempos de implantação de educação híbrida, a escola deve ter uma internet poderosa. A
gratificação dos professores deve ser revista, pois está congelada há anos.
317 Ensino de qualidade
318 Ensino de qualidade
319 Ensino extremamente cansativo, às vezes a pressão passa dos limites, prejudicando o estado emocional
do aluno e, consequentemente, seu aprendizado.
320 Ensino mais voltado a realidade do aluno.
321 Envolver mais projetos que desperte e curiosidades dos adolescentes.
322 Equidade.
323 Escola integral tem uma interação e participação melhor com a familia.
324 Escolas melhor equipadas p o turno integral ofertando mais confortável p os jovens q passam Gde
parte do seu dia na escola
325 Espaço para uso de maconha esta faltando nas escolas
326 Especificamente não
327 Especifico que minha escola já era integral na época que entrei, se não me engano ela foi criada em
2006, pois eu fui a terceira turma e entrei em 2008. Estudei na escola Cícero Dias.
328 Essa integração do estudante, professor e gestão durante o período de estada do estudante tem um
significado marcante para o estudante. A aprendizagem se processa em grupo constantemente !!!
329 Essa pesquisa visa a possibilidade de transformar todo o estudo em integral. Não concordo acho que o
semiintegral é suficiente.
330 Está contemplada!
331 Está falta mais corpo docente nas escolas para trabalhar e fazer o acompanhamento dos educandos em
relação à questão:
* psicóloga; *Sociológica;*Afetiva;*Emocional;*Econômica Por que o professor ele já faz esse
trabalho, mais pra se ter um bom resultado é necessário também ter profissionais habilitados para essas
áreas como por exemplo:*Psicólogos;*Psicopedagogos;*Assistentes Sociais;* Terapeutas;
sicanalistas.
332 Está fazendo a diferença na vida de muitos estudantes!
333 Está tudo indo bem, mais poderia melhora
208

334 Estreita laços entre profissionais da educação, alunos e famílias


335 Estrutura
336 Estrutura de ensino
337 Eu acho q está muito boa.
338 Eu acho que o almoço em algumas escolas deveria melhorar, o integral para mim tem que ter pelo
menos 2 dias, mais que isso é exagero.
339 Eu acho um absurdo ser obrigado a usar tênis o dia todo na escola. É muito cansativo.
340 Eu amo a educação integral, ajuda demais os alunos na questão ensino aprendizagem.
341 Eu estou contemplada
342 Eu não disse
343 Eu quero frisar a questão da Educação Integral no que tange a categoria de não efetivo ser tão
desvalorizada. Sendo que o profissional de contrato temporário, trabalha de igual para igual e não
recebe gratificação! Por isso que a Educação está longe de ser inclusiva. A própria política pública
precisa ser revista com urgência para diminuir esse abismo na categoria dos docentes de Pernambuco.

344 Eu tenho certeza que pra dar tudo certo na escola é fundamental o diretor ser excelente e o diretor do
erem margarida falcão é nota mil por isso tudo caminha muito bem pois são muitas as dificuldades que
o mesmo enfrenta quero agradecer imensamente a ele
345 Eu trabalho há 12 anos com a Educação Integral em Pernambuco e sou apaixonada por ela. Eu
participei da implantação do Ensino Médio Integral em 2008 na EREM Nestor Valgueiro, em Floresta,
e ajudei na implantação da EREM PMMG de Itacuruba, em 2012, onde trabalho desde 2015.
A Educação Integral nos dá várias possibilidade que o tempo do ensino regular nos limita. É um
horário que você pode criar várias possibilidades para o desenvolvimento de competências e
habilidades em favor do desenvolvimento integral dos nossos estudantes, tornando-os seres mais
completos, mais preparados para a vida. Uma educação que vai muito além dos muros da escola. Que
vai dar oportunidades de melhorar a vida dos estudantes, das pessoas que estão ao seu redor e de toda
a sociedade. É um leque de possibilidades que a gente vê resultado. A diferença do estudante que
chega no 1 ano e do estudante que sai no 3 ano é gratificante. É o que nos move, nos emociona e nos
motiva a querer fazer sempre mais e melhor pelo ensino público de qualidade, através da Política
Pública de Educação Integral.
346 Evasão escolar devido ao "ritmo" da Educação Integral;
Acompanhamento psicológico para alunos e professores (melhorar o acesso);
Qualidade das refeições;
Aquisição de materiais básicos as atividades escolares e materiais de laboratório;
Reforma e manutenção dos prédios escolares.
347 Evidenciar: 1.Pedagogia da Presença / Protagonismo / Projeto de Vida. 2. Destacar que só foi possível
devido a decisão Política de Eduardo Campos e sua equipe (mostra a necessidade de continuarmos
presentes nos destinos de Pernambuco). 3.Mostrar a grande contribuição das Formações sistemáticas e
continuadas, inclusive os diversos fóruns de Educação e parcerias com Instituições Educacionais.
348 Excesso de aluno por turma
349 Faço minhas as palavras do saudoso Eduardo Campos: "No dia em que os filhos do pobre e do rico, do
político e do cidadão, do empresário e do trabalhador, estudarem na mesma escola… Nesse dia o
Brasil será o país que queremos. " A educação integral foi o começo de um sonho que não terá fim em
Pernambuco, se Deus assim permitir.
350 Falar mais do lado do professor
351 Falta a valorização dos profissionais!
352 Falta assistência psicológica para os alunos
353 Falta de espaço adequado para a prática de atividades físicas.
354 Falta de estrutura tecnológica para alunos e professores.
355 Falta de manutenção do ar-condicionado
209

356 Falta de organização, a política pública não contribui de maneira correta e falta verba para o colégio
investir mais em educação
357 Falta de recursos para os professores/alunos
358 Falta de tempo para estar com a família e amigos externos, além de retirar uma grande quantidade de
tempo para estudar, fazer atividade de casa etc. Escola totalmente integral pode ser muito funcional em
relação ao avanço de assuntos adquiridos, mas os alunos precisam ter seu tempo. Não adianta um nível
auto ascensão em passar assunto, se o aluno não aprender em seu tempo, exatamente tudo deveria
existir um limite. No entanto existe também altas cobranças dos alunos, porque a gente além de manter
uma vida estudantil, temos que manter uma vida social, o problema é que a escola integral tira a
maioria desse tempo, talvez se uma escola semi integral seria melhor, seria bom até pra verba que
diminuiria, exemplo: dois dias de semi integral, diminuiria a quantidade de comida comprada e
também refeições etc., (certamente não sei se estou falando atoa, mas é meu direito como aluno
discutir sobre). Enfim, mas se alguém estiver realmente lendo, que tome minhas palavras como
relevante, agradeço a compreensão.
359 Falta de verbas para passeios culturais regulares e necessários.
360 falta melhoria na estrutura escolar para os alunos.
361 Falta nas escolas integrais profissionais de saúde ex. psicólogos exercendo esse apoio psicológico
tanto para ouvir e trabalhar as questões emocionais de educandos e educadores.
362 Falta sala de computação ,ampliação do refeitório e armário para os estudantes guarda os materiais.
363 Falta um planejamento mais adequado às necessidades dos alunos e uma valorização por igual dos
professores e não somente daqueles que cumprem um tempo a mais na escola, muitas vezes sem fazer
nada.
364 Faz um diferencial cognitivo enorme na vida do jovem.
365 Filosofia da Educação Integral e política gerencialista (política de resultado)
366 Formação da equipe escolar
367 Formação de grande família
368 Formamos um laço familiar muito grande dentro do colégio, afinal passamos mais tempo nele do que
na nossa própria casa, nessa quarentena, eu sinto falta dos almoços com toda a turma, sinto falta da
amizade que tínhamos com a gestão da escola, das risadas, dos abraços, acredito que ter uma relação
saudável com colegas, professores e gestão é tão importante quanto aprender qualquer outra coisa.
369 Fortalece a relação família, escola e aluno.
370 FORTALECIMENTO E UNIÃO DA EQUIPE DOCENTE.
371 Funciona muito bem
372 Gasta muito do nosso tempo e dos professores e é pouco eficaz na vida profissional dos alunos
373 Gasta muito do nosso tempo e dos professores e é pouco eficaz na vida profissional dos alunos
374 Gostaria de menos bullying
375 Gostaria de professores mais qualificados e didáticos , principal em geografia que nos meu 3 anos de
ensino integral , não tive um bom !
376 Gostaria de professores mais qualificados e didáticos , principal em geografia que nos meu 3 anos de
ensino integral , não tive um bom !
377 Gostaria do acompanhamento de um psicólogo para nossos alunos e a incorporação da gratificação no
nosso salário.
378 Gostaria que o ensino integral fosse mais valorizado, mais incentivado e que oferecesse mais opções
de cursos e quem sabe assistência médica aos alunos e professores, já que a maior parte do tempo
deles é na escola.
379 Gostaria que o ensino integral fosse mais valorizado, mais incentivado e que oferecesse mais opções
de cursos e quem sabe assistência médica aos alunos e professores, já que a maior parte do tempo
deles é na escola.
380 Graças à Deus estão todas contempladas
381 Há uma melhoria na autonomia do estudante, na sua vida pessoal e para sua vida profissional também.
Incentiva o auto didatismo, senso de equipe, sua responsabilidade e competência.
210

382 Hj, a remuneração do Professor está aquém dos 200% de gratificação pois a mesma encontra-se num
valor fixo que deveria já ser reajustado.
383 Hoje infelizmente vejo escolas entrando no programa de educ Integral sem estrutura física adequada,
sem formação inicial para equipe e docentes....aliás desde 2013,com minha escola foi assim,iniciamos
já com a mão na massa como se diz....no popular.É muito desafiador principalmente pq se vive no
mínimo duas realidades no momento da transição. Em relação a valorização dos professores também
há que se rever jornada,gratificação,formação.
384 Hoje o ensino híbrido seria mais interessante para a dinâmica escolar no período de PANDEMIA
385 Implantação urgente nas escolas de Ensino Fundamental.
386 Implementação da gratificação ao salário.
Psicólogo exclusivo na escola para atendimento da comunidade escolar.
387 Implementar mais horário de aulas práticas e menos aulas conteudistas
388 Importante investir na infraestrutura da escola,na verdade nossa escola não possui refeitório
adequado,nem laboratórios,exceto o de informática.
389 Importante para o desenvolvimento humano e social do estudante
390 Incorporação das gratificação.
391 Interação completa
392 Internet de qualidade para auxiliar no ensino-aprendizagem
393 Investimento maior na estrutura da escola.
394 INVESTIR EM INSTRUMENTOS MUSICAIS PARA DESENVOLVER COMPETÊNCIA
HABILIDADES DE ATENÇÃO, CONCENTRAÇÃO, INTERAÇÃO, RESPONSABILIDADE.....
395 Investir mais na formação continuada dos professores. E ter políticas para diminuir a rotatividade de
pessoal, principalmente de professores.
396 Logística para os alunos.
397 Maior indice de estudantes inseridos na vida acadêmica
398 Maior indice de estudantes inseridos na vida acadêmica
399 Maior integração ESCOLA - FAMÍLIA
400 Maior investimento na estrutura física e valorização da equipe técnica
401 Maior investimento por parte do governo nas escolas,esse é o verdadeiro caminho para uma educação
que transforma.
402 Maior respaldo de trabalho ao docente, em infraestrutura escolar, capacitação em todas as áreas.
403 Mais concursos públicos para a Base Diversificada das Escolas Técnicas.
404 Mais encontros familiares, com apresentação dos alunos
405 Mais estrutura em laboratório
406 Mais formação para os gestores
407 Mais investimento .
408 Mais investimento nas áreas tecnológicas.
409 Mais investimento nas áreas tecnológicas.
410 Manter a formação dos docentes
411 Mas oportunidades para os estudantes.
412 Melhor qualificação profissional para os professores das disciplinas específicas da matriz curricular do
Integral.
413 Melhora a comida
414 Melhora na merenda
415 Melhorar a alimentação, referente aos vegetarianos e veganos .
416 Melhorar a comida
417 Melhorar a comida
418 Melhorar a estrutura da Escola.
211

419 Melhorar a estruturas das escolas.


420 Melhorar o acesso a internet das escolas, estudantes e a distribuição de tablets para os alunos mais
carentes
421 Melhorar o salário do professor e as condições de ensino
422 Melhoras no espaço físico para maior comodidade no período integral.
423 Melhores escalações nas escolas: banheiros e áreas de lazer
424 melhoria na alimentação escolar, implantação de novos wifis e limpeza mais frequente nos banheiros.
425 Melhoria na educação e mais qualificação para os professores
426 Melhoria na estrutura física da escola
427 Melhoria na infra estrutura das escolas. Em especial, a cozinha e áreas de convivência e refeitório.
428 Melhoria na tecnologia. É um item essencial e a escola precisa melhorar muito.
429 Melhoria no plano pedagógico, elaborar outro tipo de aula para o segundo turno.
430 Melhoria no relacionamento, aceitação do outro e independência.
431 Monitoramento de resultados
432 Mudou a vida de muito jovens.
433 Muitas escola pública sem necessidade
434 Muitas vezes as escolas não tem estrutura para ser integral.
435 Muito boa, mas poderia ser ainda melhor. Se tivéssemos Internet de boa qualidade, laboratórios
completos e alimentação melhor. Dessa forma, o resultado final seria mais satisfatório.
436 Muito bom para os alunos que querem ingressar numa Universidade.
437 muito cansativo e pouco entendimento
438 Muito cansativo. Tem aula de 7:30 até 16:40... aulas literalmente! Sem ter algo dinâmico. É muito
cansativo, sem falar que termos que ainda levar muitas atividades pra casa pra responder, é um período
tão curto que a gente chega em casa apenas querendo descansar.
439 Na Educação Integral, além de tudo já mencionado, os pais se sentem seguros por saberem que os
filhos passam o dia em um lugar seguro e saudável.
440 Na Educação Integral, deveria ter a presença de psicólogos nas escolas.
441 Na instituição que leciono a merenda ainda é escolarizada, e é desumano apenas duas funcionárias
para a atuarem na cozinha, fazendo três refeições por dia para um grande número de estudantes.
442 Na minha escola não vejo uma estrutura adequada para os estudantes além de não ter democracia de
forma correta.
443 Na minha escola, sobre a estrutura, temos várias janelas quebradas (que foram "consertadas" com PVC
pelos próprios estudantes, temos ares-condicionados quebrados, na sala de Teatro temos cadeiras
quebradas, na cantina também. Quanto a valorização dos professores, eu não enxerguei muita
contribuição.
444 Na minha experiência em uma escola de ensino integral notei uma dificuldade gigante em relação a
Saúde Mental, tanto dos alunos quanto dos professores.
445 Na tecnologia não contribui
Porque minha escola não dar notebook
446 Na verdade é uma opinião...
Ñ concordo com educação integral,pelo menos pra meu filho,acho uma perca de tempo,pois se a
escola tivesse um ensino de qualidade,num período o ensino e no outro oferecessem cursos,seria
bom,pois assim o aluno saíria apto para o mercado de trabalho,ou mesmo se diminuísse os anos de
ensino,seria interessante,mas ñ é isso que acontece,acho que isso é um verdadeiro fardo desnecessário
para a vida dos jovens!
212

447 Não, mas gostaria de citar aqui toda minha gratidão a todos os professores, intérpretes e Libraire que
fazem parte da escola Erem Joaquim Olavo Carpina Pe , devido a essa triste realidade q estamos
vivendo q é essa pandemia os professores , intérpretes e Libraire vem se renovando , buscando o
máximo para transmitir uma educação de qualidade , com aulas remotas para seus alunos , tbm eles
quando sentem a falta do aluno em nas aulas remotas , ligam , procuram saber do aluno , pq ele está
ausente , sem contar q eu Flávia de Araújo Macêdo mãe do aluno surdo Rafael Victor Hugo Macêdo
daCúnha do segundo ano A do Erem Joaquim Olavo tive ajuda psicológica das intérpretes Kátia ,
Cristine , e Jucineide da coordenadora Roseli e apoio de professores durante essa pandemia , naquele
momento foi super importante pra mim o apoio , dedicação , respeito , compreensão , carinho e etc de
cada profissional dessa escola . Desde já deixo agradecimento , respeito e etc a todos da família Erem
Joaquim Olavo.
#gratidão!!!
448 Não, não é ótima.
449 Não acho muito eficiente.
450 Não acho q seja um método legal
451 Não acho q seja um método legal
452 Não acho que essa metodologia de escola integral seja boa, pois isso só beneficia o governo.
453 Não adianta oferecer integral nas escolas sem sequer ter uma aula flexível para a mente dos estudantes
pelo fato do integral ser muito cansativo
454 Não basta ter um horário integral, tem que investir nos professores, na estrutura física da escola, em
materiais didáticos, formações, é acompanhamento social e psicológico dos estudantes !
455 Não contempla jovens que precisam trabalhar. Deveria haver uma escola integral que funcionasse pela
tarde e noite.
456 não contribui nada para a saúde mental.
457 Não contribuição para o melhoramento da estrutura da escola.
458 Não oferece dinamismo nem estrutura adequada para um ensino integral
459 Não oferece dinamismo nem estrutura adequada para um ensino integral
460 Não pensar em inteligência emocional
461 Não pois estamos iniciando
462 Não que me venha a mente no momento.
463 Não quero acrescentar nada
464 Não se faz necessário, diante das que já foram contempladas.
465 Não só precisa de melhoria a escolas .
466 Não tem como eu dizer que contribui muito até porque eu mal entrei na escola.
467 Não tem nada mais que eu queira tratar no momento.
468 Não, só enfatizar que a escola integral visa formar o cidadão para o bem social, não apenas ensinar as
disciplinas curriculares.
469 Não, tive todas as informações relatadas acima.
470 Não, todas as informações em evidência são suficientes para descrever a importância e efetividade da
educação integral.
471 Não, todas as perguntas correspondem as necessidades desempenhadas pelo ministério educacional.
472 Não, todas as questões fazem o resumo do que é uma educação integral
473 Não! Apenas faço a ressalva da formação cidadã para à vida. Tento essa formação o Estudante como
centro e corresponsável do caminhar por uma sociedade mais justa, solidária e humanizada.
474 Não! Todas as informações foram bem nescessárias.
475 NÃO. ACREDITO QUE CONTEMPLADA ACIMA.
476 Não. As questões foram muito abrangentes e estou satisfeito com o foi implantado até o momento.
Melhorias sempre serão necessárias, mas estamos no caminho certo.
477 Necessário pensar as adequações estruturais antes de implementar o modelo íntegral.
213

478 Necessita implementar ações de combate rigoroso à indisciplina.


479 Nenhuma. Só digo que integral é muito bom.
480 Nesse atual momento, na verdade desde sempre, Pernambuco não tem preparação física e nem
profissional para uma escola integral, além de que várias questões contribuírem para o estudante ter
apenas sofrimento e desgaste em tal situação; se fosse para falar todas as dificuldades...
481 No aspecto da valorização do professor que atua em Escola Integral precisa aumentar a gratificação de
localização. Tendo em vista, que ela está congelada desde que o programa foi implementado no
Estado.
482 No momento atual voltar a oferecer os notebooks aos alunos
483 Nos merecemos um pouco mais de conforto em nossas escolas
484 Nos merecemos um pouco mais de conforto em nossas escolas
485 Nós professores precisamos falar mais no plural, pois a união fará a força para conseguirmos atingir os
objetivos dos nossos alunos e sempre apoiados com o governo que tanto busca promover melhorias
486 Nossos estudantes tem pouco acesso às mídias digitais.
Antes, eles tinham um tablet; hoje, não têm mais. A escola precisa de reforma, urgente,.e demora
demais para ser concluída e é sempre um serviço de baixa qualidade. Eu sofro com as dificuldades que
a nossa escola passa. Nossa Escola foi contemplada pelo MEC com uma cobertura da quadra.Nunca
aconteceu. Isso já faz sete anos.
Nossa Escola tem uma infraestrutura antiga. Precisamos de uma Escola com padrões de uma ESCOLA
INTEGRAL.
487 Nvdd ñ
488 O alcance de diversas oportunidades nunca antes tida por esse perfil de aluno, permitindo uma
educação mais igualitária com as instituições particulares, como as olimpíadas em quase todas as
disciplinas, o intercâmbio e vário outros projetos os quais tiram os alunos do ócio e das más
influências, ocupando seu tempo com projetos para o futuro, abrindo novas perspectivas nunca
imaginadas por eles. Sonhos utópicos viram realidade.
489 O aluno consegue ter mais conhecimento
490 O aluno passa muito tempo na escola, porém falta atrativos para que não fique muito cansativo,
aprendizagem não só é adquirida com aulas teóricas dentro de uma sala. As escolas integrais oferecem
mais oportunidades aos alunos, porém falta muito para que os alunos sinta mais vontade de está no
ambiente escolar.
491 O bônus dado ao professor nem reajuste desde 2009. Poderia se ter um olharmos justo nesse caso.
492 O colégio deveria se preocupar mais com a saúde mental de seus alunos, principalmente em um
momento como esses.
493 O conjunto funciona muito bem, desde a gestão, passando pelos professores, chegando nos alunos.
494 O conjunto funciona muito bem, desde a gestão, passando pelos professores, chegando nos alunos.
495 O ensino integral contribui muito para a afinidade entre professor/aluno
496 O Ensino integral contribui significativamente para o desenvolvimento e construção de saberes dos
nossos jovens, como também para a formação ética, moral,
497 O ensino integral não preza pela saúde, principalmente mental, dos alunos que a compõem.
498 O estágio que o estudante deveria cumprir como disciplina obrigatória e ofertada pelo curso.
499 O estudante do Integral é mais participativo e dinâmico
500 O excesso de aulas nos dois turnos é extremamente cansativo e pouco se contempla outras habilidades
humanas. Há pouco espaço para música, teatro e outras atividades formativas. Há escolas com
estruturas físicas precárias e professores trabalhando no seu limite, propensos ao burn out. Eu não
colocaria meu filho nessa modalidade de ensino da forma como ela vem funcionando.
501 O fato de permanecer um longo período, na escola, com ambientes ( salas)sem ventilação!
502 O governo não tem competência de contribuir para a melhoria da estrutura da escola
503 O incentivo e práticas do Protagonismo Juvenil
504 O Incentivo forte ao protagonismo juvenil dos alunos
214

505 O integral é uma perda de tempo. A pessoa poderia estar trabalhando para ajudar em casa mas
infelizmente removeram isto da gente.
506 O projeto em si da Educação Integral para os estudantes que realmente querem aprofundar nos estudos
contribui muito. Mas nas comunidades carentes onde os estudantes vão a escola no intuito de apenas
concluir o ensino médio, ficar na escola o dia inteiro tem sido massacrante. E também para as famílias
que necessitam da ajuda desses jovens para garantir o sustento de cada dia não tem sido nada fácil. Na
verdade muitos alunos estão se sentido prisioneiro do sistema. Outro ponto que gostaria destacar é
sobre o ambiente escolar, em salas lotadas de estudantes fica difícil a convivência e as práticas
educativas. E com relação aos professores acho que deveriam ser mais valorizados e respeitados.
Deveria haver capacitações, e nos preparar para esse novo modelo de Educação e sermos tratados com
mais dignidade e como um ser humano. O professor é a chave para tudo isso dê certo! A realidade é
que isso tudo tá mexendo com a cabeça de professores e tem muito professor adoencendo e alunos
também, e não tem nenhum acompanhamento psicológico dentro da escola. Contudo, não estou
dizendo que o projeto é ruim, o que estou dizendo é que deveriam ter preparado a escola fisicamente,
capacitado os professores e gestores, ter analisado os locais mais indicados para esse modelo de
Educação.
507 O projeto em si da Educação Integral para os estudantes que realmente querem aprofundar nos estudos
contribui muito. Mas nas comunidades carentes onde os estudantes vão a escola no intuito de apenas
concluir o ensino médio, ficar na escola o dia inteiro tem sido massacrante. E também para as famílias
que necessitam da ajuda desses jovens para garantir o sustento de cada dia não tem sido nada fácil. Na
verdade muitos alunos estão se sentido prisioneiro do sistema. Outro ponto que gostaria destacar é
sobre o ambiente escolar, em salas lotadas de estudantes fica difícil a convivência e as práticas
educativas. E com relação aos professores acho que deveriam ser mais valorizados e respeitados.
Deveria haver capacitações, e nos preparar para esse novo modelo de Educação e sermos tratados com
mais dignidade e como um ser humano. O professor é a chave para tudo isso dê certo! A realidade é
que isso tudo tá mexendo com a cabeça de professores e tem muito professor adoencendo e alunos
também, e não tem nenhum acompanhamento psicológico dentro da escola. Contudo, não estou
dizendo que o projeto é ruim, o que estou dizendo é que deveriam ter preparado a escola fisicamente,
capacitado os professores e gestores, ter analisado os locais mais indicados para esse modelo de
Educação.
508 O que eu percebi trabalhando com o integral é a mudança dos estudantes com relação ao projeto de
vida deles e de comportamento diante de como eles entraram e quando eles saem no 3 ano.
509 O que eu percebi trabalhando com o integral é a mudança dos estudantes com relação ao projeto de
vida deles e de comportamento diante de como eles entraram e quando eles saem no 3 ano.
510 O respeito e amizade que se cria entre a escola (todos que trabalham na escola) e os alunos
511 O sistema de educação integral permite maior conexão com a comunidade escolar.
512 O sistema de educação integral total, prejudica os alunos do terceiro ano.
513 O trabalho acerca da afetividade, respeito ao próximo e cooperação.
514 O trabalho acerca da afetividade, respeito ao próximo e cooperação.
515 O uso de matérias tecnológicos
516 O valor salarial não está integrado, ele não será agregado na aposentadoria
517 Oferece uma formação q contribui p melhoria da qualidade de vida dos estudantes proporcionando
melhor preparação p o mercado de trabalho, cidadania e inserção nas universidades
518 Olhar mais as estruturas das escolas.
519 Oportunidades de igualdade
520 Oportunizar a equidade entre os sistemas de ensino, promovendo assim uma educação mais efetiva e
direcionada.
521 Oportunizar o estudante com estágio profissional, principalmente nas Escolas técnicas integrais.
522 Organização
523 Os novos professores precisam de mais formação
524 Os Núcleos Socioeducacionais contribuem muito para a formação dos/as estudantes.
215

525 Os pais ficam mais tranquilos para trabalharem porque seus estão na escola estudando num tempo
maior e recebendo todos os cuidados necessários.
526 Os poderes público deveriam englobar todos os estudantes e não apenas alguns.
Sou de curso técnico e estudo em escola que os alunos do integral recebem refeições e nos do curso
técnico não. Nem um lanche recebemos, acho isso discriminatório
527 Os profissionais da educação ainda não são bem remunerados em relação ao programa de Educação
Integral
528 Os Recursos aplicados na escola e a valorização do Professor
529 Ótima oportunidade para o aluno conseguir bons resultados em provas como o Enem.
530 Pelo menos na minha escola, os alunos assistem aulas do currículo regular nós dois turnos (manhã e
tarde). Para essa modalidade ser realmente considerada integral, a modalidade deveria proporcionar,
no horário da tarde, aulas diversificadas, fora do currículo comum.
531 Penso que a política de educação integral, da forma como é colocada em prática, pode constituir-se
muito mais como um obstáculo para um processo de ensino e aprendizagem significativo. É preciso
repensar a formação docente nesta direção, a infraestrutura da escola e atentar para o que a literatura
fala sobre o tempo de permanência do estudante em uma sala de aula. "Prender" estudantes e
professores por 9 horas diárias em um espaço unicamente com a finalidade de elevar a carga horária
das disciplinas não me parece um sistema de educação muito promissor. É preciso fomentar a
formação de grêmios estudantis, clubes de artes, clubes de ciências, dentre outros, criando, dentro do
tempo de permanência do estudante na escola, horários livres para que eles possam escolher dentre
estas atividades oferecidas por professores.
532 Perdeu muito da essência de quando iniciou o programa. Diminuíram os investimentos. Muitas escolas
denominadas EREM que estão muito longe de serem de referência. Aumentou a quantidade e caiu
qualidade.
533 Pernambuco mostra os resultados da Educação Integral nos dados das avaliações externas, sempre
com as maiores médias.
534 Péssimo
535 Poder de transformar vidas.
536 Política pública
537 Políticas públicas para valorização salarial.
538 Politização dos cargos de gestor (apadrinhamento político)
539 Por ter uma eficácia de tamanha abrangência mediante análise das inúmeras contribuições, se faz
necessário entender que este modelo deve se tornar uma realidade permanente nāo apenas em nosso
Estado mas, em todo território nacional.
540 Porém a escola integral deveria ser mais estruturada e fornecer mais subsídios aos professores e acesso
melhores alunos.
541 Possibilita o protagonismo juvenil
542 Possui uma proposta excelente, mas na prática ainda é muito deficiente.
543 Poucas escolas que não tinham boa estrutura física se tornaram integrais e deveria ser o contrário para
melhor as condições de ensino das piores escolas.
Diversos problemas vivenciados na educação competem a outros órgãos de governo e a falta de ações
conjuntas para atuarem nas necessidades da população possibilitam apenas soluções paliativas.
544 Pouco recurso tecnológico
545 Pra mim estão tudo certo
546 Precisa avançar no Ensino Fundamental.
547 Precisa da uma melhorada, mais a escola faz o possível pra agradar a todos
548 Precisa de mais qualidade nas estrutura físicas dos espaços da escola, melhorar a alimentação, investir
em laboratórios, quadra esportiva e valorizar o professor com salários mais justos.
549 Precisa de mais recursos para projetos que incentivem o aluno a querer estar na escola
550 Precisa de melhorias no espaço.fisico Escolar; e melhor valorização do profissional
216

551 Precisa de renovação após 11 anos e de novos investimentos


552 Precisa melhorar e muito
553 Precisa melhorar os salários dos professores.
554 Precisa ofertar outras disciplinas no segundo horário
555 Precisa tornar-se política pública a gratificação ser incorporada na aposentadoria do servidor.
556 Precisamos agregar um plano de incentivo para os jovens terem estágios.
557 Precisamos de um projeto de políticas públicas de valorização dos funcionários através de formação
continuada.
558 Prefiro não comentar.
559 Prepara o jovem para a universidade para o mercado de trabalho e para a vida.
560 Preparar para a inserção no trabalho, no caso das Escola Técnicas.
561 Presença educativa
562 Projetos ainda escassos que estimulem a pesquisa científica.
563 Projetos que envolvem apresentações artísticas na maioria das vezes de educação física onde os
estudante são "forçados" a participar que demandam tempo desnecessário em ensaio que tornam a
escola um espaço de baderna que não agregam nada à construção do conhecimento e ainda força as
famílias que na maioria são carentes a gastos com fantasias e decoração gerando desigualdade social e
discriminação, pois os que não tem condições de participar desses "eventos são hostilizados. No final
o aprendizado é que, quem tiver condições estará em evidência pois para escola poderá ser
evidenciada, enquanto quem não tiver condições fica sem oportunidade. Esse é um dentre tantos casos
que acontece na escola onde o tem desvio do horário integral
564 Promover mais efetivamente os laboratórios nas escolas
565 Protagonismo do jovem pós ensino médio
566 Protagonismo Juvenil
567 Protagonismo Juvenil
568 Protagonismo juvenil
569 Protagonismo social
570 Q a mesma oferecerem cursos profissionalizantes
571 Quanto a contribuição na valorização. Um ponto a se observar é que os professores recebem uma
gratificação que não faz parte do salário base. Lovo não conta para aposentadoria, e nem em possiveis
licenças.
572 Quanto à educação integral presencial eu gostaria de relatar alguns problemas já verificados por mim
nos poucos meses de aula: A falta de imparcialidade de alguns professores em disciplinas cujo intuito
deveria ser deixar o aluno formar sua própria opinião; a falta de aulas mais didáticas - não são todos os
professores - pois além de passarmos metade do dia na escola alguns professores fazem questão de
tornar as aulas monótonas e desanimadoras tornando mais difícil a verdadeira aprendizagem sobre o
assunto; e também a escacez de uma preparação para os vestibulares.
Quanto à educação integral online eu gostaria de relatar outros problemas como a sobrecarga de
atividades sem a preocupação sobre como o aluno está lidando com os conteúdos; a falta de um
sistema de EAD que visasse suprir os horários de todos os alunos como aulas gravadas ou estilo vídeo
aula para que nenhum aluno fosse prejudicado.
573 Quanto a segurança do educando do ensino integral que é bastante significativa.
574 Que a educação integral é diferenciada em relação ao ensino público regular.
575 Que a Educação Integral por ter mais tempo a gente tem mais disponibilidade em aprender por que
tem mais tempo com os professores.
576 Que as aulas se tornassem ensino híbrido
577 Que as capacitações dos professores sejam voltadas para todas as disciplinas e não somente
matemática e português.
578 Que é um ensino ótimo
217

579 Que eu me lembre, não!


580 Que facilitara o aprendizado
581 Que o ensino integral deveria incluir matérias extras para ensinos de artes, esportes, culinária e
autoconhecimento.
582 Que o salário fosse para todos sem distinção
583 Que seja implantada outra escola a nível de Educação Integral, visto que nossa cidade só temos uma
escola nessa modalidade.
584 Questão salarial , gratificação que desde do início do programa permanece a mesma. Só vem a cada
anos desvalorizando. Bonificação para gestão para concluir o SIEPE que na minha visão faz parte do
trabalho do professor. O único legado após pandemia que desejo é a valorização, o reconhecimento da
sociedade e salários dignos aos verdadeiros profissionais da educação.
585 Realmente diminui as desigualdades por ter uma pluralidade de contextos sociais
586 Realmente existe muito a fazer ainda
587 Relação escola família a contribuição é pouco.
588 Relativo ao planejamento de vida, questões sociais locais, política regional
589 Ressaltar, mais investimentos na valorização do professor, principalmente no que diz respeito a
gratificação por tempo integral.
590 Rever a política pública para salários dos servidores, professores e técnicos educacionais, rever
sistema de bonificação por metas alcançadas pelas escolas, rever sistema de investimentos em
infraestrutura nas escolas, pontuando as escolas com necessidades urgentes nas regiões onde as
mesmas são únicas a oferecer os serviços educacionais para ensino médio, exemplificando, a escola a
qual leciono possui pouca área de lazer aos educandos, não possui ginásio poliesportivo e laboratórios
adequados...
591 Ruim
592 Salário baixo dos Professores
593 Salário dos professores, gratificação defasada.
594 São várias: Entre elas os quatros pilares da educação integral.
595 Se a intenção do integral é ajudar no conhecimento ,está totalmente errado ,pois o excesso de aulas
ajuda o aluno a se sentir mais incapaz devido o cansaço
596 Se é pra ser integral que ofereça a carga horária e a grade curricular necessária para a modalidade de
ensino e ao mesmo tempo cursos técnicos. Em um turno ele cumpriria a carga horária para a série em
que se encontra e no outro turno cursos técnicos. Oferecendo aos educandos conteúdos para além da
vida no âmbito escolar. Ou então um ensino que ele possa competir de igual pra igual com os alunos
de escolas privadas,havendo deste modo equidade e igualdade de ensino. Não adianta encher os alunos
de conteúdos e avaliações externas,se na hora de uma avaliação para o SSA/Enem,o aluno da rede
privada sai-se melhor.
597 Se estudantes, professores, pais e funcionários gostariam que as aulas voltassem?
598 Se faz necessário um maior investimento na estrutura física dos diferentes espaços culturais, sobretudo
nas salas de aulas ,visando transformá -las no ambiente mais agradável como espaço gerador de
conhecimento e de Ascenção social.
599 Sem comentários adicionais
600 sem mais no momento
601 Seria bom que tiversemos interaçao Goveno, Professor e Comunidade(pais, alunos)
602 Seria interessante a presença de um psicólogo ou uma atividade que visasse permitir ao aluno tratar de
angústia, estresse, etc
218

603 Sim . A Educação Integral contribui muito, com certeza, mas o professor poderia ter ao menos um dia
na semana livre pra ir ao médico... ter acesso a computador (ganhar notebook), microfone por conta da
voz...
Os alunos no período da tarde ter acesso as oficinas de desenhos para iniciantes, curso sobre
financeiros, como poupar, ministrar seu dinheiro ( eu acho importante porque senti muitas dificuldades
pra me organizar financeiramente), aula de informática, academia na Escola, aulas de dança, música,
oratória, lutas, jogos de uma maneira geral, nataçao,teatro...com profissionais da área e que o professor
tivesse acesso também a fazer os cursos. No período da tarde tivesse acesso também a cursos de
encanador, eletricista, pintor...cursos profissionalizantes, isso ajuda pra vida.
Que os alunos pudessem sair da escola com todos os documentos organizados.
Uma biblioteca informatizada e com livros de interesse dos alunos, onde os mesmo pudessem escolher
os temas atualizados e o bibliotecário sempre informatizado e sempre reciclado, com direito a
notebook, cursos de oratória... passe livres em bibliotecas, livrarias, entrevistas com escritores, etc.(
Isso todo mês) , com direito a cultura de uma maneira geral.
Se eu fosse aluno, essa seria a escola dos meus sonhos e isso não é pedir muito.
604 Sim, a educação integral contribui para a interação social, tendo professores, alunos e funcionários da
escola como uma segunda família
605 Sim, a educação integral é muito cansativa
606 Sim, a educação integral na atualidade é contemplada colocando o aluno em tempo integral na escola,
mais deveria contemplar o desenvolvimento integral do ser, explorando a sua dimensão como ser
integral .
607 Sim, aqui na minha instituição é semi integral
608 Sim, deveria ser extendida para todos o níveis.
609 Sim, melhoria na acessibilidade as coisas da escola.
610 Sim, no decorrer dos anos a política vem perdendo suas qualidades e características, além da
desvalorização profissional!
611 Sim, que os Laboratórios tenham materiais/equipamentos para atender os nossos estudantes em suas
escolhas proficionais conforme consta na BNCC que o aluno saia do ensino médio com uma base
prática que fortaleça e o estimule ao curso superior.
612 Sim, sobre a gestão da escola integral não saber administrar a verba escola assim faltando matérias
para trabalhos proposto pela equipe, como também o fato de não aceitarem dar o dispositivo (o
notebook) para os estudantes assim o deixando com problemas técnicos dentro da escola.
613 Sim,o ensino é semi integral
614 Sim.
615 Sim. A educação integral busca também a afetividade com estudantes, entretanto a carga horária é
muito puxada para o pouco investimento que se têm nessa modalidade, afetando assim a aprendizagem
do estudante, pois, a quantidade de horas não está associdada a "mais aprendizado". Portanto, se quer
manter esse modalidade do integral terá que investir muito para suprir esse excesso de carga horária.
616 Sim. A educação integral também reforça os laços entre a família e escola.
617 Sim. Deveria implantar projetos que valorizassem a cultura dos valores do município que o aluno está
inserido e nas horas vagas aulas criativas e empreendedoras para auxiliar no desenvolvimento
empreendedor do aluno.
618 sim. É de grande relevância segurança nas escolas.
619 Sim. Em relação a estrutura das escolas. Algumas escolas, como a que eu trabalho, não possui
estrutura adequada para atender a demanda dos estudantes, por ser única na cidade e a muitos anos,
opera acima da capacidade, tornando o trabalho bem mais pesado. Pra que a educação integral, tenha
resultados mais abrangentes na cidade, é imprescindível mais uma escola na cidade, com toda a
estrutura necessária para o desenvolvimento integral de nossos educandos. Esse pedido, é antigo, já
mobilizou todo o poder público local, restando apenas a vontade do Estado em cumprir com a
promessa que a quase 8 anos, espera autorização para se concretizar.
É certo que não é a estrutura que faz a integralidade do programa acontecer, mas quando podemos
fazer perfeito, por que ficar só no feito?
219

620 Sim. O Ensino Médio Integral de deu um salto positivo de credibilidade em todo o Estado de
Pernambuco.
621 Sim. O tempo destinado às reuniões pedagógicas são insuficientes. Além disso, o professor deveria ter
uma manhã ou tarde livre destinada a resoluções de assuntos pessoais. O horário de permanência do
estudante na escola deveria ser das 7h30 às 16h.
622 Sinto falta de um incentivo e um olhar no que diz respeito a formação do professor em mestrado e
doutorado.
623 Sistema falho onde o aluno passa mais tempo na escola e não é compensado mas que poderia, no
ensino regular, num dos turnos que o integral ocupa, trabalhar em projetos como Jovem Aprendiz para
iniciar sua independência financeira bem como ajudar sua família.
624 Só complementando , a Educação Integral amplia a capacidade de o aluno sentir-se instigado a
participar de ações que estão além dos muros da escola. Que vão desde o ingresso em uma
universidade pública, passando pela participação de competições de cunho científico e projetos
diversos- sendo institucionais ou não!
625 Só dizer q enquanto uns estudar o dia todo .muitos n tem Nem como frequenta a escola só acho q isso
deveria se correguido , no meu caso e de muitos ñ gostamos de estudar intregal .então pq no lugar de
nos estudar intregal pq ñ dá oportunidade as outros tbm que querem pelo o menos fazer o ensino
médio completo .
626 Só tem o discurso porque a prática nada se dá como deveria ser a educação integral, escolas sucateadas
e sem infra estrutura mínima como sala de aulas por exemplo
627 Sobre a comida servida na escola
628 Sobre a força e resiliência dos professores em fazer acontecer e dar certo.
629 Sobre melhor convivência entre os alunos
630 Sobre o anexo na escola, que um pouco apertado..
631 Sobre oque os alunos acham do integral
632 Sobre professores não assediar ou nao fica com mal olhado para alunas, as menina se sentem
desconfortável!
633 Sobrecarga de atividades em relação à quarentena
634 Sua contribuição para o desenvolvimento e geração de renda e emprego nos municípios onde é
implantada
635 Tempo de convivência maior ampliando as oportunidades.
636 Tempo.na Escola
637 Ter mais aulas de robótica e outras coisas voltadas para o futuro, já estudei em duas escolas de
referência e nunca tive aula de robótica.
638 Ter visitas técnicas
639 Terem artes, teatro, oficinas em geral, culinária e empreendedorismo digital nos sábados
640 Tira os adolescentes do alcance das drogas.
641 Todas as contribuições a cima completam sobre a Educação Integral.
642 Todas as escolas deveriam ser integral
643 Todas as escolas do país desde as séries iniciais deveriam adotar, a quantidade da educação seria
indiscutivelmente melhor.
644 Todas questões foram bem definidas e contempladas.
645 Tomando como norte as quatro dimensões do ser humano, temos oportunidades de implementar na
escola, um trabalho pautado em planos e projetos que propiciem o desenvolvimento do estudante em
toda a sua plenitude.
646 Torna nosso relacionamento com professores e gestão mais próximo, aumenta o ciclo de amizade dos
alunos e influencia a busca por determinados interesses oferecidos na escola. Além de ser capaz de
incluir matérias que normalmente não são trabalhadas em escolas com um ensino de meio período.
647 Torna os estudantes mais solidários
648 Trabalha o protagonismo estudantil, ainda que precise se estender para o juvenil, ultrapassando os
muros da escola
220

649 Trabalha o protagonismo estudantil, ainda que precise se estender para o juvenil, ultrapassando os
muros da escola
650 Trabalhar etnias e sexualidade seria um assunto muito importante para igualdade social, concordam?
651 Trabalhei em outra EREM que passou a ser escola de referência em 2013. Nessa atual estou há 1 ano e
6 meses.
652 Um melhor relacionamento entre professor e comunidade escolar.
653 UM REFEITÓRIO PARA ATENDER OS ESTUDANTES, POIS OS MEWSMOS SE ALIMENTAM
NA SALA DE AULA.
654 Uma educação que só serve pra prender meu filho na escola o dia todo, e não tem o mínimo de
infraestrutura para suportar os alunos em tempo integral e ocupa-los de fato com alguém que
desenvolva o conhecimento deles. Nota 0 para a educação integral!
655 Uma educação voltada para valores
656 Uma ponto que acrescento é que ajuda na economia doméstica das famílias de baixa renda em razão
do estudante passar o dia todo na escola.
657 Unifica o saber, socializa nas diferença de cada um ,contribui para retirada dos jovens da rua.
658 Valoriza o estudante na sua inteireza como pessoa.
659 Valorização da gratificação pois está muito desatualizada
660 Valorização do professor e segregação para com as escola regulares, principalmente o turno da noite.
661 Valorização do protagonismo juvenil.
Toda diferença para os estudantes o acolhimento inicial a cada ano letivo no chão da escola.
662 Valorização dos professores contratados

663 Valorização esportiva


664 Valorizar e da atenção mais a estrutura escolar.
665 Valorizar o profissional
666 Vejo que os estudantes técnico deveriam ter os mesmos privilégios que os de ensino integral.
667 Vejo uma necessidade importante de reorganização da carga horária das aulas presenciais.
668 Vemos uma clara doutrinação esquerdista entre alguns professores e no material didático também. Isso
demonstra a fragilidade da educação em Pernambuco e o quanto a divisão de classes atrapalha o
desenvolvimento do nosso Estado pernambucano.
669 Vemos uma clara doutrinação esquerdista entre alguns professores e no material didático também. Isso
demonstra a fragilidade da educação em Pernambuco e o quanto a divisão de classes atrapalha o
desenvolvimento do nosso Estado pernambucano.
670 Visa atender à educação, não somente em aspectos quantitativos mas, sobretudo, qualitativos.
221

APÊNDICE D – Nuvem de palavras

1- Arquivo com respostas da questão aberta, questão número 12 do questionário aplicado


em agosto de 2020: o programa apresentou 2500 palavras mais frequentes. Dessas, 1395
aparecem apenas uma única vez. Geralmente se trata de contagem simples das ocorrências de
determinada palavra no texto.
A seguir, seguem as 100 palavras mais frequentes da questão 12, de acordo com a frequência
identificada:

57 – que; 186- escola; 170- integral; 115- educação; 110- alunos; 87- professores; 78 –
estudantes; 71- escolas; 68- Educação; 62- vida; 60- ensino; 59- Integral; 55- ter; 54- estrutura;
49- aluno; 44- nas; 44- nos; 42- estudante; 39- dia; 39- professor; 38- melhor; 37- aulas; 37-
pois; 32- isso; 31- deveria; 31- valorização; 30- sua; 29- formação; 28- falta; 28- qualidade; 27-
desenvolvimento; 25- social; 24- ainda; 24- todo; 23- aos; 23- gratificação; 23- relação; 23- só;
22- assim; 22- contribui; 22- escolar; 22- já; 21- apenas; 21- forma; 21- maior; 20- anos; 20-
atividades; 20- boa; 20- profissionais; 20- profissional; 19- melhoria; 19- política; 19- projetos;
18- além; 18- pouco; 18- pra; 17- acho; 17- aula; 17; minha; 17- nem; 17- seja; 17- seria; 17-
Sim; 16- comunidade; 16- contribuição; 16- Ensino; 16- Escola; 16- grande; 16- horária; 16-
jovens; 16- Pernambuco; 15- Acredito; 15- aprendizagem; 15- carga; 15- Deveria; 15- integrais;
15- melhorar; 15- período; 15- principalmente; 15- projeto; 15- pública; 14- ajuda; 14-; esse;
14- física; 14- gestão; 14- importante; 14- menos; 14- passar; 14- suas; 14- temos; 13-cursos;
13- entre; 13- exemplo; 13- infraestrutura; 13- quantidade; 13- Que; 13- tanto; 13- tudo; 12-
cansativo.

2- Da mesma forma, foi lançado o arquivo para o sistema gerador de Nuvem de


Palavras,Worldclouds, com a transcrição dos Seminários de Educação Integral realizados no
dia 10 de maio de 2021. Para tanto o sistema gerou 801 palavras com pelo menos 1 frequência.
Destas, destaco abaixo as 100 primeiras palavras mais frequentes:

61- que; 46- integral; 44-educação; 27- escola; 27- estudante; 20- estudantes; 18- Educação;
15- EREM;14- era; 14- Integral; 11- escolas; 11- sua; 11- vida; 10- pois; 9- professores; 8-
dimensões; 8- essa; 8- Gestora; 8- Prof; 7- aluno; 7- apenas; 7- Interdimensional; 7- já; 7-
outros; 7- professor; 7- Pública; 7- só; 7- todas; 6- desenvolver; 6- formação; 6- inteireza; 6-
isso; 6- seus; 6- suas; 5- base; 5- desafio; 5- eram; 5- grande; 5- Hoje; 5- importante; 5- jovens;
5- mesma; 5- mudou; 5- passou; 5- Paulo; 5- Política; 5- tinha; 4- ajuda; 4- aprendeu; 4- Carlos;
4- Coordenadora; 4- difícil; 4- feliz; 4- filosofia; 4- foram; 4- forma; 4- gestores; 4- história;
4- hoje; 4- humano; 4- integrais; 4- interdimensional; 4- início; 4- melhor; 4- pessoa; 4- sempre;
4- ter; 4- todo; 4- transição; 4- tudo; 4- vê; 3- algo; 3- anos; 3- Antônio; 3- aos; 3- aprendizado;
3- até; 3- Cabrobó; 3- cidade; 3- começou; 3- construção; 3- contribuindo; 3- Costa; 3- dar; 3-
diferencial; 3- diferente; 3- diferentes; 3- elementos; 3- Entende; 3- equipe; 3- estava; 3-
estudos; 3- fala; 3- família; 3- famílias; 3- filhos; 3- formações; 3- gestão; 3- Gomes; 3- havia.

3- Seguindo nossa análise, inseri no aplicativo o arquivo da transcrição do Seminário


realizado no dia 17 de maio/2021. Assim, o sistema apresentou 914 palavras com pelo menos
uma frequencia. Abaixo, segue as 100 primeiras palavras:

101- que; 16- resultados; 14- escolas; 14- precisa; 11- escola; 11- essa; 10- era; 10- houve; 10-
pois; 9- há; 9- IDEB; 9- já; 8- estudantes; 8- processo; 8- Sim; 8- todo; 7- Agradeço; 7-
222

consolidada; 7- educação; 7- esse; 7- estudante; 7- isso; 7- nos; 7- profissionais; 7- sim; 6-


ainda; 6- aprender; 6- essência; 6- fala; 6- forma; 6- hoje; 6- implantação; 6- vê; 5- diferença;
5- Educação; 5- eram; 5- exemplo; 5- FALA; 5- falas; 5- formações; 5- municípios; 5- nesse;
5- outros; 5- Política; 5- Prof; 5- professores; 5- rede; 5- sua; 5- Tony; 5- valorização; 5- vida;
4- crescer; 4- desse; 4- feito; 4- formação; 4- grande; 4- impacto; 4- importante; 4- Integral; 4-
interdimensional; 4- manter; 4- Paulo; 4- PROF; 4- Professor; 4- qualidade; 4- quer; 4- seja; 4-
todas; 3- alcançou; 3- algo; 3- ampliação; 3- ação; 3- ações; 3- base; 3- complicado; 3-
concorda; 3- considera; 3- Considero; 3- consolidação; 3- desafios; 3- dessa; 3- entre; 3- equipe;
3- EREM; 3- escala; 3- essas; 3- estadual; 3- experiência; 3- fazem; 3- foco; 3- fundamental; 3-
gestores; 3- gestão; 3- governo; 3- história; 3- IDEPE; 3- impactou; 3- implantado; 3- iniciativa;
3- início.

4 - Após análise separademente foi gerada a Nuvem de Palavras com o conteúdo das duas fases
dos Seminários, que gerou 1464 palavras com pelo menos uma frequencia. Destas, destacamos
as primeiras 100 palavras mais frequentes:

51-educação; 47-integral; 40-escola; 34-estudante; 28-estudantes; 25-escolas 24-era; 23-


Educação; 20-pois;19-essa; 9-resultados;18-EREM;18-Integral; 17-precisa;16-já;16-sua;16-
vida;14-professores; 13-isso,13-Prof; 12-há; 12-outros; 12-todo; 11-houve;11-todas; 10-eram;
10-forma; 10-formação;10-hoje;10-Política;10-Pública;10-vê; 9-dimensões;9-esse; 9-fala; 9-
grande; 9-IDEB; 9-implantação; 9-importante; 9-Paulo;9-professor; 9-só;8-apenas; 8-aprender;
8-base; 8-FALA;8-formações; 8-Gestora; 8-Interdimensional; 8-interdimensional; 8-nos; 8-
processo; 8- profissionais; 8-rede; 8-Sim; 8-sim; 7-Agradeço; 7-aluno; 7-consolidada; 7-
desafio; 7-diferença; 7-essência; 7-exemplo; 7-falas; 7-gestores; 7-história; 7-início; 7-melhor;
7-qualidade; 7-sempre; 7-seus; 7-ter; 6-ainda; 6-algo; 6-desenvolver; 6-difícil; 6-DUTRA; 6-
equipe; 6-feliz; 6-foram; 6-gestão; 6-Hoje; 6-integrais; 6-inteireza; 6-jovens; 6-mudou; 6-
municípios; 6-nas; 6-nesse; 6-passou; 6-PAULO; 6-PROF; 6-sentido; 6-suas; 6-tinha; 6-tudo;
5-Antônio; 5-Carlos;5-desafios.
223

APÊNDICE E – TRANSCRIÇÃO DAS FALAS, APRESENTAÇÃO IMAGENS E


CHAT DO SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL – FASE 01 – DATA:
10/05/2021

TRANSCRIÇÃO DAS FALAS

1 – NEUZA PONTES (atualmente Gerente Regional): “Gostaria de expressar a alegria do


reencontro, a educação integral faz parte da minha vida, marcou a minha vida, eu era gestora
da EREM GINÁSIO PERNAMBUCANO. A educação Integral impacta na vida de todos,
assumi a gestão só em 2008, aprendi e ouvi do próprio Antônio Carlos Gomes da Costa.
Entendo que a Educação Integral contempla tudo, dá sentido ao trabalho de professor, Educação
Integral compõe algo maior, educação como função de transformação social, engloba diferentes
formas de aprender, como diz o relatório Jacs Delors. O Tempo integral não significa ser uma
educação integral, pode não contemplar todas as dimensões, ser tempo integral e ser só o
cognitivo. Tempo é consequência de dar conta da proposta de educação integral. A Educação
Interdimensional é a base”.

2 – IVANEIDE LIMA (Consultora Educacional): “Estou muito satisfeita pelo convite,


consideração pelo profissionalismo. Concordo com a Profa. Neuza, o tempo integral não
significa muita coisa, pode ter tempo e a educação ser tradicional, ser o mesmo. A educação
Interdimensional é o complemento da educação integral, pois a educação integral trabalha todas
as competências do ser humano. Ver o indivíduo o ser, precisa conhecer a si mesmo, se
relacionar com outros, a Educação Integral pega essas dimensões e colabora com a Educação
Interdimensional, interagem e se complementam, ver o ser em sua inteireza”.

3- ZORACY GUERRA(Secretaria da Mulher): “Entendo que o Professor Paulo na ocasião


que foi convidado disse SIM e aceitou a Educação Integral e para apoiar a implantação”.

4 - SOCORRO RODRIGUES (Secretaria de Turismo: “Iniciei em 2008, até então não


conhecia a educação integral, conheci o Professor Antonio Carlos Gomes da Costa, mas aprendi
com o Professor Alfredo e com Ivaneide. A Educação Integral compreende a garantia de
desenvolver o estudante em todas as suas dimensões, sempre buscando o tripé escola, educando,
família. Educação em tempo integral é a relação de trabalho, ampliação do tempo, trata-se da
jornada dedicada pelo professor e estudante. A Educação Interdimensional, é a essência, deixa
a escola mais humana, relações humanas com fazer pedagógico diferente, modifica a relação
humana e era claramente perceptível ao ir nas escolas integrais”.

5 – SALOMÉ SOARES (Gestora da mesma EREM Vertentes): “Compreendo a diferença do


tempo integral e Educação Integral, na implantação, passou recebemos alunos de forma
diferenciada, acompanhamos o aluno, buscamos ver a individualidade de cada aluno, pois é
importante conhecer o aluno, sua realidade, seu histórico, esse acompanhamento em sua
inteireza faz o diferencial. Não considero o tempo importante, mas o olhar individual para cada
aluno. O tempo é usado para a educação integral acontecer. A educação interdimensional vem
para dar apoio, o estudante deixa de ser um ‘número’ para ser uma pessoa com seus sentimentos,
vontades e preparar o estudante para alcançar seus alvos, mas que sejam excelentes no que irão
fazer. Considero que o tempo ajuda, pois ajuda o professor a exercer a presença educativa”.

6 – ANA CLARICE( Gestora da mesma EREM Salgueiro): “Para mim a educação integral
é um divisor de águas, a escola integral é a escola dos sonhos, não é apenas integral apenas pelo
tempo, mas integral pela inteireza, olhar as pessoas ter oportunidade de conviver com outros,
224

vivenciar e trabalhar projeto de vida, protagonismo juvenil, isso fez muita diferença, saí de uma
escola que priorizava a cognição para acompanhar o aluno em outras dimensões, viver a
afetividade, vejo uma grande transformação na vida do estudante e do professor também. No
início foi difícil fazer as pessoas acreditarem que essa escola era possível, as pessoas não
acreditavam, foi difícil. Começou e deu certo. A Educação Interdimensional foi algo muito
novo para eles, aprendem todos os dias. Sou Gestora há 14 anos, e aprendi muito por procurar
ver as pessoas como um todo, envolver a família. É uma outra realidade”.

7 – ZÉLIA OLIVEIRA( Coordenadora EREM): “Foi um desafio, em 27 de dezembro de


2007, fui convocada para ir ao Ginásio Pernambucano e vi que havia desafios, não foi fácil
mudar a concepção de tudo, mas construímos com muito esforço, trabalhamos muito, todos se
ajudaram, todos tinham uma função determinada com foco e os gestores recebiam orientações
e replicavam na escola. Os professores tiveram papel fundamental por trabalhar os estudantes
em todas suas dimensões, dificultava devido a vícios que existiam na rede, a transição com
poucas turmas integrais e mantinha as outras modalidades. As formações foram fundamentais,
todos cresceram juntos. Em 2011 passei a trabalhar na SEEP, quando teve visão mais ampliada
e levar a educação integral para todo estado de Pernambuco. A Educação Integral mudou a
história de muitos pernambucanos, estudantes e suas famílias”.

8 – HENRIQUE ( Gestor ETE São Lourenço da Mata) : “Recordo do dia em que fomos
convocados para sermos escolas integrais, indicados pelos gestores das GREs, na ocasião não
sabia como seria. Iniciou em Fevereiro de 2008 e a Lei só saiu em Julho/2008. Foi fantástico
viver esse momento, um grande aprendizado, sai de uma escola regular para uma escola
integral, com diferentes realidades, havia divisão dentro da escolas professores do integral e
outros não. Amo fazer Educação Integral. A Educação Integral não é de agora, começou na
década de 30, mas a experiência de PE é diferente devido a considerar o estudante em sua
inteireza, traz outros elementos que culminam com a Educação Interdimensional, traz outros
fatores, Educação Integral é perceber o estudante em todas suas dimensões, pessoal, afetiva,
relacional, já a educação interdimensional traz algo mais que é a educação para valores.
Incentiva a Presença Educativa, os professores são referenciais, espelho para os estudantes, ser
exemplo. Também o Protagonismo Juvenil, que vem de forma organizada e sistematizada.
Tempo integral realmente é apenas para vivenciar melhor a educação integral”.

9- SANDRA DOMITILA( Aposentada): “Concordo que era preciso não só ampliar o tempo,
mas dar oportunidades aos estudantes, todos na escola passam a ver o estudante de forma
diferente, que tinha um futuro para eles. Preparando o estudante ou para universidade ou para
o mercado de trabalho. A pedagogia da Presença, professor no horário integral, dando
orientação ao estudante também fora da sala de aula, dando orientação, tirar dúvidas, escutar a
eles. Melhora também a qualidade de vida dos estudantes. O horário integral facilitava resolver
questões do cotidiano pois todos estavam na mesma escola. Considero muito importante, pois
havia a responsabilidade, o compromisso, a filosofia da educação integral ajudou a vencer os
desafios, tudo isso fez com que os estudantes dessem conta de tantas demandas. A formação da
equipe na Secretaria de Educação foi importante pois mudou a educação da rede estadual que
precisa expandir para muito mais”.

10 – DANIELLE FREITAS ( Assistente de gestão EREM GP) : “Foi um momento marcante,


na época Professor Paulo convencendo a todos de participar da equipe que seria formada, mas
com um sorriso no rosto convenceu me a participar. A Educação Integral foi implantada com
base na experiência que vinha sido desenvolvida, trouxe mais a área humana, fortalecendo as
225

escolas para fazer acontecer a educação integral que estava sendo proposta. Foi um
aprendizado, muitas formações foram feitas, foi uma construção coletiva. Vi a importância da
educação integral para os estudantes. Agora que trabalho na escola vejo tudo que eu falava na
prática. Mas que escuta dos professores o desejo de vivenciar a educação integral e trabalhar o
estudante como um todo. Agora na época da pandemia vejo a preocupação dos professores com
seus estudantes. O tempo integral é apenas o tempo mas não tem o cuidado com o ser humano,
como pessoa. Me sinto feliz de participar dessa construção”.

11 – MARIA AMORIM – SELMA (Coordenadora Regional Araripina): “ Me sinto


contemplada pelas falas anteriores, parabenizo a organização desse encontro ‘encontro da velha
guarda’, lembro das angústia, alegrias e aprendizados. Escola integral ver as coisas de forma
diferenciada, olhar humano, com zelo. Os estudantes se tornaram profissionais, nenhum se
perdeu na vida, é gratificante ver o resultado que é a formação dos estudantes. Tenho muita
gratidão, aprendi e cresci profissionalmente. Professor é Paulo como uma Âncora, que sempre
deu força, encorajamento”.

12 – KATIA MEDRADO – ( Gestora EREM Recife): “Apenas agradeço o convite para esse
seminário”.

13 – EVELINE VILAR – (Coordenadora de biblioteca EREM Recife): “Participei da


formação com o Professor Antônio Carlos em 2005, na época não iria entrar porque Panelas
tinha 25 mil habitantes, e como eu sempre quis eu ia ver como funcionava a Educação Integral,
participando de formações. A Educação Integral na origem na Grécia era desenvolver na
integralidade, aulas de diferentes áreas, esportes, espiritualidade. Entendo que significa
desenvolver o estudantes em uma visão holística não apenas cognição. Antes desenvolvia
apenas o cognitivo. Já educação de tempo integral é oportunizar mais tempo do professor e do
estudante na escola, que possibilita desenvolver melhor o estudante. Mas pode ter tempo
integral e a equipe não desenvolver o estudante em sua integralidade. A Educação
Interdimensional, que visa o desenvolvimento do estudante em todas suas dimensões, a parte
relacional, emocional, espiritual, corporal, visa a relação do estudante consigo mesmo, com o
outro, com o ambiente. Importante também o Protagonismo Juvenil, marcou muito. Trago o
exemplo do estudante Wellington que sempre estudou em escola Pública, da primeira turma da
EREM Panelas. Ele não sabia o sonho que tinha e com essa educação ele conseguiu alcançar
ser engenheiro, já trabalhou na Itália, Hoje trabalha na Fiat, e como ele tem vários outros
estudantes. Olha o estudante como pessoa autônoma, competente, produtiva e solidária. Os
estudantes não se tornam arrogantes, mas humildes. A escola Integral Vê Todos como
educadores, desde o porteiro. A escola continua contribuindo em toda região”.

14 – LUCIANE PULÇA ( Gestora EREM Pompéia Recife): “ Sempre o objetivo de


encaminhar os estudantes para o mundo do trabalho. As escolas integrais precisam materializar
o que nos ensina a educação interdimensional, nesse período de pandemia está forte o aspecto
do emocional, é um desafio mas está forte. Associar o trabalho ao respeito, ao afeto, mas que
isso é o que tem sido trabalhando e já é incorporado há muitos anos. A base tem ajudado nessa
fase tão difícil. A escola integral é um marco na educação em Pernambuco e no Brasil. Hoje
essa base da afetividade tem sido de grande ajuda”.

15 – ANITA ( Gestora mesma EREM Camaragibe): “ A comunidade não estava aceitando


que a escola se transformasse em escola integral. O tempo ajuda muito mas é relativo, o
importante é a educação ser integral, o estudante não dizer “acabei os estudos”, não acabou ,
vocês estão sendo preparado para continuar na vida acadêmica e para o trabalho. A maioria dos
226

estudantes conseguiram ingressar na universidade. Educação profissional também, para que o


estudante esteja preparado para contribuir para nosso estado. Ao me reunir com a comunidade
já reverti a resistência, e até hoje é uma das escolas que mais colocam estudantes nas
universidades”.

16 – ANDREA LOPES – ( Professora EREM Garanhus): “Hoje estou na João da Mata em


Garanhuns – Educação Integral é um tripé escola- família-trabalho, preparar o estudante para o
que ele quiser ser. O tempo integral é só o aumento de carga horária, o diferencial é se a escola
vai trabalhar o estudante como um todo e a interdimensionalidade. A educação Integral cuida
do estudante da hora que entra até a hora que sai. Acho que seria importante que também eles
fossem formados assim desde o início. Em 2008 já tinha um certo conhecimento, depois passou
a ser uma Política Pública, aumentou mais o leque e passou a trabalhar melhor, melhorou a
visão do que é a educação integral.

17 – LUCÉLIA LOPES ( Gestora da mesma EREM Cabrobó): “Já começou grande, estava
assustada mas grande, porque passei por uma avaliação, uma seleção, fui entrevistada, fui
formada, preparada. A filosofia é entender, aceitar e praticar. O Integral veio para transformar
o estudante, em todos os aspectos. As Mostras Pedagógicas eram oportunidades para valorizar
o trabalho das escolas. Cabrobó era um estigma de que era o polígono da maconha, mas a
educação Integral ajudou muito aos jovens da região. Foi um desafio no início com a transição,
difícil pois os estudantes eram os menos favorecidos, as Escolas Integrais prevaleceram hoje
não tem mais escolas particulares de ensino médio. O desafio maior foi a transição, absorvendo
todos os conceitos, e hj celebra ter professores preparados e comprometidos. A escola é
acolhedora. O que marca é o aprendizado entre escolas, outros gestores foram ajudar na
implantação. A acolhida dos estudantes foi um diferencial também. Não começou pequeno pois
era uma rede. A educação integral marcou na cidade, na formação dos jovens na cidade. Ex
alunos hoje contribuindo na cidade, 20 atuando como médicos e além de outras histórias bonitas
para contar. Entendo que essa construção levou hoje a uma realidade melhor. O polo EaD é
robusto e muito bom, tem formado muitos estudantes. Em Cabrobó já conseguiu outra escola
integral, e será inaugurada uma Escola Técnica. Ninguém mais questiona a educação integral”.

18 – CELIA REGINA CARVALHO (Coordenadora EREM Petrolina): “Professor Paulo


conquistou o respeito. Educação como formação de pessoas e por isso desde o início aceitei e
me apaixonei pela educação integral. A educação para autonomia, como defendia Paulo Freire,
vê isso na educação Integral. Educação Integral tem que trazer os pilares, ser, fazer, aprender e
conviver junto com a interdimensionalidade, elemento que constitui o desenvolvimento
humano, com base nesses princípios consegue desenvolver o trabalho da educação integral, ela
precisa desses elementos. Tem muitos frutos, o fator de ser uma Política Pública permite que
ela continue. O tempo integral é apenas o tempo. A educação interdimensional é respeitar os
elementos que constitui o ser, e assim fazer intervenções na perspectiva de formação de
pessoa”.

18 – LAUDICÉIA ( Gestora EREM Macaparana): “Esse momento é feliz além de rever


pessoas é um resgate sobre toda mudança na educação. A Educação mudou a história de minha
família por terem continuado os estudos. A escola pública estava sem credibilidade, professores
não colocavam seus filhos na escola pública. Isso a inquietava, quem mais precisava não tinha
acesso a uma educação de qualidade. Antes o trabalho não era organizado e firme, eram
iniciativas de cada professor, com a Política Pública, mudou a educação. Os filhos dos menos
favorecidos começaram a ter acesso ao conhecimento, a repensar sua história. O tempo integral
tem que ser com qualidade para que o jovem seja desenvolvido em sua inteireza. Antes a
227

educação queria só a cabeça do aluno, a educação integral e em tempo integral favorece a


contemplar o estudante em sua inteireza, despertando a busca de um projeto de vida,
contemplando as demais dimensões, o estudante passa a ser protagonista, capaz de concretizar
seus sonhos. Houve uma revolução em todo estado, isso só foi possível porque houve uma
política Pública que garantiu a continuidade do trabalho. No mesmo espaço, os filhos dos
professores, prefeitos, cortadores de cana, etc. Oportunidades para todos. Educação Integral é
Educação de Qualidade Social para todos”.

19- Fala Complementar Ivaneide Lima – (Consultora Educacional): “Complementando


minha fala com uma fala sobre o TEAR, que na parte de gestão era o que fazia uma resistência,
era como se as escolas fossem ser privatizadas, mas o que queria era a prática do planejamento,
buscar resultados, eficiência e efetividade. Manter a escola num padrão sustentável, no sentido
educacional. As escolas deram sim resultados. Na Tecnologia Empresarial aplicada a educação,
a única coisa empresarial era querer resultados. Eram solicitados relatórios,
corresponsabilidade, continuar pois trabalham com as famílias, protagonismo continua, pois
muitos estudantes seguiram seus estudos. Continuam com educação continuada pois há um
aperfeiçoamento ao longo da vida.

20 - MINHA FALA FINAL (PAULO DUTRA): “Agradeço a todos, lembro que fui em busca
do Professir Antônio Carlos Gomes da Costa, ele era Freiriano, baseado na filosofia Freiriana
e no relatório da Unesco, ele entrelaçou e criou a educação interdimensional. Fico feliz que essa
é uma filosofia Freiriana. Trazia o protagonismo juvenil no sentido do estudante como sendo
sujeito de sua história. E fico feliz que o governo tem dado essa oportunidade aos jovens de
fazer boas escolhas. Acredito que essa Política Pública mudou a vida dos jovens, suas famílias,
dos professores e dos municípios. É uma Política Pública que tem 13 anos. Foi um grande
desafio falar de uma escola que não existia e a transição retirando o ensino fundamental. Hoje
todos os jovens estão tendo essa oportunidade. Essa pesquisa tem também o caráter institucional
e próxima semana quer ouvir a todos numa avaliação. Meu muito obrigado a todas e a todos
pela participação”.
228

APÊNDICE F – APRESENTAÇÃO DO DOUTORANDO REALIZADA NO DIA 10 DE


MAIO DE 2021
229
230
231

APÊNDICE G – APRESENTAÇÃO EM HOMENAGEM AO GESTOR ANTÔNIO


JOSÉ BARBOZA DOS SANTOS (TONY)
232
233
234
235
236

ANEXO A – IMAGENS DO SEMINÁRIO FASE 01 – REALIZADO DIA 10/05/2021

Apresentação Paulo Dutra

Apresentação Paulo Dutra

Mediação Prof. Dr Edilson Souza


237

Diretor Severino Henrique

Diretora Sandra Domitília

Profa. Danielle Freitas


238

Diretora Maria Amorim (Selma)

Diretora Zélia Oliveira

Diretora Luciane Pulça


239

Profa. Laudicéia

CHAT NA ÍNTEGRA:

00:01:52.080,00:01:55.080 José Vieira da Cruz: Boa tarde a todo(a)s


00:02:30.782,00:02:33.782 Marília Patrícia: Boa tarde a todos(a)! 00:05:18.279,00:05:21.279
Edilson Fernandes: Boa tarde a todos e todas! 00:07:22.404,00:07:25.404 José Vieira da
Cruz: Boa tarde a todo(a)s! 00:08:20.813,00:08:23.813 Eveline Vilar: Dá um calor gostoso na
alma ao ver e ouvir vcs! 00:08:36.977,00:08:39.977 Eveline Vilar: Pensem num presente 🎁!
00:28:07.751,00:28:10.751 NEUZA MARIA PONTES DE MENDONCA: Boa tarde
00:28:25.371,00:28:28.371 NEUZA MARIA PONTES DE MENDONCA: Infelizmente, não
posso permanecer a tarde inteira 00:28:56.416,00:28:59.416 NEUZA MARIA PONTES DE
MENDONCA: Se puder contribuir n início, agradeço 00:31:12.181,00:31:15.181 Deputado
Professor Paulo Dutra: Neuza você pode ser a primeira a falar
00:32:07.133,00:32:10.133 Edilson Fernandes: Perguntas a serem respondidas: O que você
entende por Educação Integral? O que você entende por Educação em Tempo Integral? O que
você entende por Educação Interdimensional? 00:32:42.196,00:32:45.196 NEUZA MARIA
PONTES DE MENDONCA: Não precisa ser , necessariamente, a primeira
00:32:49.611,00:32:52.611 NEUZA MARIA PONTES DE MENDONCA: Posso ficar ate às
15h
00:34:29.347,00:34:32.347 Socorro Rodrigues: Neuza o importante é a escuta de vcs!
00:40:09.223,00:40:12.223 Edilson Fernandes: 2 minutos 00:41:13.326,00:41:16.326 Edilson
Fernandes: Concluindo 00:41:22.263,00:41:25.263 MARIA AMORIM: Boa tarde
00:41:43.206,00:41:46.206 MARIA AMORIM: Bom ver todos vocês aqui
00:46:15.788,00:46:18.788 Edilson Fernandes: 2min
00:50:35.225,00:50:38.225 Edilson Fernandes: 2min
00:51:26.235,00:51:29.235 Deputado Professor Paulo Dutra: Prof. Zoracy voltou
00:51:32.366,00:51:35.366 Socorro Rodrigues: zoracy ...presente! 00:54:19.724,00:54:22.724
luciane alves: Boa tarde . entrando com o computador da escola Pompeia, internet aqui muito
ruim , caindo muito.
00:54:32.407,00:54:35.407 Ladjane Torres: Gostaria de ficar por último, Zélia. Estou com
desafio na internet Pode ser, Zélia?
00:54:47.778,00:54:50.778 Deputado Professor Paulo Dutra: Pode sim
00:55:27.534,00:55:30.534 Edilson Fernandes: 2 min 00:56:05.157,00:56:08.157 NEUZA
MARIA PONTES DE MENDONCA: Um abraço a todos! 00:56:09.998,00:56:12.998
NEUZA MARIA PONTES DE MENDONCA: Paulo, obrigada pelo convite
240

00:56:13.582,00:56:16.582 NEUZA MARIA PONTES DE MENDONCA: preciso sair


00:56:18.901,00:56:21.901 Ana Clarisse Gomes Freire Souza: quero falar qdo for possível
00:56:43.926,00:56:46.926 Deputado Professor Paulo Dutra: Eu que agradeço. Até segunda
feira dia 17
00:57:23.859,00:57:26.859 Edilson Fernandes: Concluindo 00:58:43.922,00:58:46.922 zelia
oliveira: Estou a disposição para contribuir 01:02:33.077,01:02:36.077 Professor Henrique:
Depois da Professora Zélia, pode ser professor Henrique?
01:03:16.082,01:03:19.082 Sandra Domitilia: Estou inscrita tbm. 01:06:24.649,01:06:27.649
Danielle Freitas: Após Sandra, estou a disposição 01:07:31.279,01:07:34.279 Edilson
Fernandes: 2 min
01:07:33.837,01:07:36.837 MARIA AMORIM: estou inscrita também , se possível
01:13:41.849,01:13:44.849 Edilson Fernandes: 2 min
01:18:06.129,01:18:09.129 Ivaneide Aurea A P Lima: lembro desse momento Prof Henrique
01:18:38.931,01:18:41.931 Salomé Soares: ANITAAAAAAA 01:20:04.960,01:20:07.960
Edilson Fernandes: 2 min
01:21:25.931,01:21:28.931 Edilson Fernandes: Concluindo 01:25:47.297,01:25:50.297
Eveline Vilar: Quando eu puder contribuir, estou ao dispor também.
01:26:49.313,01:26:52.313 luciane alves: Gostaria de contribuir 01:30:14.858,01:30:17.858
Edilson Fernandes: 2 min
01:35:59.058,01:36:02.058 Edilson Fernandes: 2 min
01:36:57.179,01:37:00.179 EREM TITO PEREIRA DE OLIVEIRA TITO: Anita pode falar?
01:38:47.845,01:38:50.845 Edilson Fernandes: Perguntas a serem respondidas: O que você
entende por Educação Integral? O que você entende por Educação em Tempo Integral? O que
você entende por Educação Interdimensional? 01:38:51.972,01:38:54.972 Katia Medrado:
Boa tarde, pessoal! Muito feliz em revê-los. ☺️ Ótimas lembranças... Vou precisar sair, mas
quero deixar o meu abraço e carinho pra todos.
01:40:39.501,01:40:42.501 Katia Medrado: Celma, querida ❤️! Boas lembranças 😙👏
01:43:33.791,01:43:36.791 GILVA GOMES BATISTA: Boa tarde, pessoal! Estou muito
feliz, quanta saudade de todas vocês. Quantos amigos , todos vocês moram dentro do meu
coração de verdade. Obrigada Paulo Dutra pelo convite. 01:45:16.962,01:45:19.962 Socorro
Rodrigues: Saudades de tod@s vcs! Muito bom saber que tod@s estão bem!!!
01:47:59.206,01:48:02.206 Ivaneide Aurea A P Lima: Fred era prefeito de Panelas correu
atrás 01:51:00.081,01:51:03.081 Edilson Fernandes: 2 min 01:52:11.345,01:52:14.345
Edilson Fernandes: Concluindo 02:02:28.962,02:02:31.962 Deputado Professor Paulo Dutra:
Luciane voltou. 02:02:53.110,02:02:56.110 Deputado Professor Paulo Dutra: Após Andrea
você retoma sua fala
02:04:03.473,02:04:06.473 luciane alves: Se possivel gostaria de concluir
02:04:20.916,02:04:23.916 Edilson Fernandes: Ok. professora 02:05:49.192,02:05:52.192
Maria Medeiros: Gente, preciso sair, pois estou em João Pessoa e preciso chegar em Gravatá
hoje. Beijos a todos. Até a próxima segunda feira. Deus nos abençoe
02:10:36.943,02:10:39.943 Célia Regina Carvalho: pode me chamar Prof. Edilson, sou Célia
Regina Petrolina
02:12:41.291,02:12:44.291 Edilson Fernandes: Perguntas a serem respondidas: O que você
entende por Educação Integral? O que você entende por Educação em Tempo Integral? O que
você entende por Educação Interdimensional? 02:13:51.603,02:13:54.603 Sandra Domitilia:
Essa avaliação foi demais, muito importante.
241

02:14:47.036,02:14:50.036 EREM TITO PEREIRA DE OLIVEIRA TITO: E nos transformar


também...
02:16:31.715,02:16:34.715 João Victor Farias: Me coloco a disposição para falar
02:16:40.896,02:16:43.896 Edilson Fernandes: 2 min
02:17:58.121,02:18:01.121 Edilson Fernandes: Concluindo 02:20:00.492,02:20:03.492
Deputado Professor Paulo Dutra: Célia da cidade de Petrolina
02:20:12.873,02:20:15.873 Deputado Professor Paulo Dutra: Em seguida Laudiceia
02:27:03.957,02:27:06.957 João Alfredo: Boa tarde a todos! Só pude entrar agora, pois estava
em expediente.
02:28:18.654,02:28:21.654 EREM TITO PEREIRA DE OLIVEIRA TITO: Beijo prá ti
salomé
02:28:27.937,02:28:30.937 EREM TITO PEREIRA DE OLIVEIRA TITO: S
02:32:07.951,02:32:10.951 Ivaneide Aurea A P Lima: Se ainda for possivel gostaria de
complementar minha fala
02:35:12.043,02:35:15.043 Ivaneide Aurea A P Lima: atendendo a sugestão de Socorro
Rodrigues
02:38:58.614,02:39:01.614 Edilson Fernandes: 2 min
02:39:48.127,02:39:51.127 Edilson Fernandes: Concluindo 02:48:44.268,02:48:47.268 João
Victor Farias: Agradeço a você Ivaneide. Gratidão ao professor Antônio Carlos Gomes da
Costa, a ao professor Paulo e cada colega que contribuiu para nossa formação e nosso
trabalho.
02:49:02.236,02:49:05.236 Danielle Freitas: Tarde maravilhosa!!! Poder ver tod@s vocês!!!
Saudades!!!
02:50:17.854,02:50:20.854 Socorro Rodrigues: um abraço carinhoso a cada um aqui
presente...Se cuidem pfv!!!
02:50:43.303,02:50:46.303 luciane alves: Saudade de todos, dos encontros, Eveline, Salome,
Ladjane quanto tempo.
02:51:05.518,02:51:08.518 KARINA SANTOS: GRATIDÃO por esse momento. Muito feliz
em rever tod@s. É sempre maravilhoso ser parte da história da EDUCAÇÃO de Pernambuco.
Um beijo carinhoso no coração de vocês 02:51:07.164,02:51:10.164 Eveline Vilar: Foi
maravilhoso rever vcs! Obrigada por existirem! Que honra ter conhecido, convivido e
aprendido muito com vcs. 02:51:08.273,02:51:11.273 Dulce Arcoverde: Um abraço a todos,
saudades Socorro, Luciane, Zoracy e Dani
02:54:54.158,02:54:57.158 Sandra Domitilia: Muito bom encontrar todos e falar do que
amamos. Conte conosco.
02:55:08.862,02:55:11.862 Ladjane Torres: Muito obrigada pelo convite
02:55:16.623,02:55:19.623 Ladjane Torres: Abraços Fraternos 02:55:26.831,02:55:29.831
Ivaneide Aurea A P Lima: Obrigada 02:55:31.640,02:55:34.640 LUCIANE ALVES
SANTOS PULCA: Socorro, Dani, Dulce saudades
02:55:35.207,02:55:38.207 Fabiana Cavalcanti: Que pena que minga internet tb caiu!! Mas
ainda deu tempo de voltar!!
242

ANEXO B – APRESENTAÇÃO IMAGENS E CHAT DO SEMINÁRIO DE


EDUCAÇÃO INTEGRAL – FASE 02 – DATA: 17/05/2021

TRANSCRIÇÃO DAS FALAS

1 – LADJANE TORRES

1- “Como crescer sem perder a qualidades, a resposta é sim, houve impacto no IDEB, pois
houve a gestão por resultados, havia plano de ação e indicadores , mensurava, acompanhava e
monitorava. Tinham práticas metodológicas como simulados e outros”.

2- “Consolidação, eram 13 e foi ampliado, um valor muito forte do Prof. Paulo era a
Replicabilidade e corresponsabilidade, então eram corresponsáveis por essa ampliação, as
primeiras eram mentoras, os pares de falavam, há um DNA, uma essência, muito forte e sólido,
costurado por muitas mãos. Assim criou um currículo que fez sentido. Também a valorização
profissional, no sentido de formação continuada baseada em evidências, e impactou nos
profissionais, mais que a sua graduação. Clima onde todos estavam motivados e empolgados,
com foco , centralidade, no estudante. Atrativo financeiros tb era uma valorização, havia opção
dos profissionais, que optavam por participar da seleção.
A valorização é mais que isso, é um contexto, mas a escola como produzir pessoas que fazem
escolhas. É um desafio PP crescer em larga escala e continuar com a essência para isso precisa
definir o que não pode se abrir mão, haver um planejamento estruturado. Bezerros é um
exemplo do círculo virtuoso, hoje as lideranças políticas são dos estudantes da Escola Integral,
Prefeita era aluna, vice prefeita era diretora do Integral, Secretários da cidade eram alunos da
Escola de Bezerros, e tantos outros profissionais, como médicos. Esse é o círculo virtuoso, a
escola cumpre seu papel, a escola faz uma entrega. Me emociono com essa história, não acha
que seja resultados a longo prazo, a escola transforma vida. Reconhece a diferença que faz a
educação interdimensionais para transformar vidas inclusive a dela própria”.
PROF. VIEIRA SUGERE METODOLOGIA. 3 a 5 minutos e falas adicionais que sejam feitas
no CHAT.

2 – ZÉLIA OLIVEIRA
1 – “Concordo que impacta”.
2 – “Considero sim que a Política Pública está consolidada, há reconheciemento dos pais, hoje
todos reconhecem, mas registra que precisa resgatar e há muito a fazer ainda”.
3 – “Sim, o ensino fundamental está começando, engatinhando, para ter o mesmo impacto que
teve no EM precisa que a SE pare e planeje. Hoje alguns municípios fazem de iniciativa própria.
Considera que o EM é um espelho. Não criar escola de EF por criar, mas dentro de todos os
parâmetros. O que deu certo e replicar e envolver os municípios. Pois EI não é apenas o tempo
estendido. Agradece a oportunidade”.

3 – ANA CLARICE

1 – “Sim, impactou nos resultados do IDEB, houve momento que PE chegou ao primeiro lugar.
As comunidades escolares tinham sentimento de pertencimento, iniciou em 2007 e trabalhou
baseado em premissas, resultados”.
243

2 – “Quanto a consolidação, algumas coisas não perderam a essência, mas com o cresciemento
perdeu o maior contato com a equipe central, perdeu o nível das formações, considera que o
crescimento torna necessárias serem retomadas algumas coisas. Para consolidar sem perder a
qualidade”.
3 – “EF é tudo que sempre quis e quero, pois os estudantes chegam com grande defasagem,
para transformar e ajudar esses estudantes melhor precisa que essa luta seja travada, mesmo
sendo difícil. Há o desejo, a necessidade, para que diminua essa defasagem, percebe que o
pouco já implantado não está alinhado, não vê muita diferença, reconhece que precisa abrir
essas escolas, e sabe que é complicado. Mesmo as escolas do estado , muitas ainda em precisa
ser implantado”.

4 – MARIA AMORIM (SELMA)

1 – “Ao analisar os resultados ve a diferença das EREM, faz e está fazendo a diferença no
Estado , na vida dos jovens e na sociedade como um todo. Há credibilidade nas famílias e
sociedade, sugere a retomada da vivência dos valores da educação interdimensional.”
2 – “SIM, considero consolidada”.
3 – “Devido a consolidação, os municípios tem buscado implantar a EI e querem estruturar as
escolas, física, pedagógica, recursos humanos e considera que o caminho é a EI mesmo.
Reconheço a liderança do Professor Paulo Dutra como importante nesse processo, pois
acreditava no potencial dos gestores durante o processo”.

5 – CELIA REGINA

“Iniciando com minha trajetória onde vivenciei a implantação em Petrolina de 2006 a 2008.
Depois voltei a sala de aula, hoje atua como Assistente de Gestão e Apoio Pedagógico. Me
encanto com as ações implantadas, as formações, a Coordenação nas GRE, o projeto Semear e
que considera pertinentes essas ações. Acredito que a valorização no ponto de vista financeiro
precisa ser retomado e melhorado”.
1 – “com base nos resultados do IDEB, o destaque de PE entre os melhores do Brasil, podemos
afirmar que SIM, a EI favoreceu esse salto no IDEB. Devido ao acompanhamento,
monitoramento, gestão por resultados (Acountabilty) na média de 3,9, e na escola da escola é
5,1 com meta 5,5. Não tem nenhuma dúvida que sim”.
2-“Considero que sim, hoje é uma política, a entrada e permanência do estudante, pois não há
seleção, é o estudante que quer. A família quer, devido a história de sucesso de outros estudantes
que já passaram por essas escolas”.
3- “Com certeza trará impactos positivos, reconhece que era necessário iniciar no EM e acredita
que no EF os resultados serão ainda maiores. Isso significa que a implantação do EI no
fundamental deve ser nos moldes do que foi feito no EM e para ela isso é direito e cidadania.
Deseja que continue e que seja em larga escala’.

6- EVELINE VILAR

1-“SIM, todo suporte pedagógico, monitoramento, planejamento, que foi importante, o sonho
sempre foi ampliar para todo estado. Esse exemplo se estendeu inclusive para outros estados”.
2- “Sim, acredito que está consolidado, participei desse processo de monitoria, auxiliar outras
escolas. Sinto que precisava de uma equipe maior, pois a expansão foi rápida e não houve como
monitorar como no início”.
244

3- “Sim, observo em uma escola do município do integral já oferta uma certa diferença, ainda
falta muito mas que com certeza essa implantação é necessária e precisa manter a essência do
que é a EI”.

7 - FALA DO PROFESSOR ALFREDO GOMES DA COSTA - CONVIDADO

“Agradeço o convite para esta Seminário, há uma grande contribuição do estado de Pernambuco
com a educação do País”.
1 – “Referente a relação entre EI e IDEB – houve muitos alinhamentos com professores e
gestores da rede estadual, Antônio Carlos criou um caminho do Desenvolvimento Humano, já
trabalhava habilidades socioemcionais desde a primeira formação, citava a identidade dos
estudantes,capacitade da pessoa se compreender e se aceitar autenticamente, isso resulta em
melhoria em autoestima, autoconceito, autoconfiança, aposta mais em “seu taco”. Uma vez que
tem esse processo modificado passa a ter melhores e maiores perspectiva, passa a quer ser
alguém na vida e a construir seu projeto de vida. Isso melhora sua capacidade de crescer e
alcançar seus alvos e serem bem sucedidos, vivem momentos de plenitude humana.
Considero a Pedagogia da Presença fundamental nesse processo, entendo que a relação
estudante professor é bastante consolidada, isso favorece o aprendizado do educando.
Quanto a essa questão, a BNCC já divide conteúdos em cognitivos e socioemocionais, isso
didatismo teórico, mas na prática estudantes que fazem boas provas melhoram sua
autoconfiança”.

2 - “Diria que a Educação interdimensional na esfera do EM gerou uma tendência irreversível,


por que nenhum gestor que participou dessa formação, aceitou e buscou praticar, nenhum
desses voltam ao estagio inicial. Isso para todos, isso que foi feito, amadurecido, atingiu-se um
ponto que é daqui para frente e para cima, dando esperança na aposta nessa proposta. Vê que
está consolidada e madura no governo do estado, mas vê desafios em ampliar ainda mais essa
rede. Vejo noticiários do Exemplo de PE, mas sente que há desafio de registrar e sistematizar
essa experiência, para que o governo do estado tenha um polo de registro, sistematição e
disseminação dessas experiências, para que se irradiem e assim haja estratégia de disseminação
dentro e fora do governo”.
3 – “Sim, PE respira a Educação Integral no nível do EM, então visto que há base na educação
interdimensional, o estudante como um todo, o dialogo entre as 4 dimensões. 4 pilares da
UNESCO, passam a ser 5, aprender a ser, aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a
conhecer – o quinto pilar é aprender a transcender, exp. Espirituais, ferramenta da resiliência,
crescer na adversidade. Tem capacidade de ajudar no desenvolviemento infantil. Pode ser uma
visão comum, mas com metodologias e ferramentas de acordo com a faixa etária dessa
modalidade, no caso o EF”.

FALA PROF. VIEIRA: ‘Vejo esse seminário como Feedback, sua fala corrobora com o
cosntruto social que e a experiência da EI, a partir de PE, ajudando a pensar a EI de modo mais
amplo, avalia muito positiva a contribuição de todos e vê PE como horizonte para Eduação do
País”.

8- ANITA CANTARELLI

“Agradeço o convite, me sinto feliz de fazer parte de um grupo que deixa um legado e seu irmão
que está em todo esse tempo . Tenho o privilégio de ter publicado um livro em uma das oficinas
sobre as experiências da EREM Tito Pereira em Camaragibe, o que inclui o período de EI.
Concordo com as falas dos pares, no que diz respeito as respostas as questões”.
245

9 - SOCORRO RODRIGUES

1- “Em minha Dissertação de mestrado, onde analisei justamente os resultados do IDEPE, com
foco em estruturas e processos. Que bom que hj estamos em 2021, pois em 2013 fez a
comparação e viu que alcançou os resultados previstos para 2021. As EREM responderam
positivamente a proposta de melhorar a qualidade. O IDEPE é PROJEÇÃO do IDEB, na
pesquisa viu que houve ampliação dos resultados de forma exponencial.”
2- “Entendo que a implantação teve como finalizada implantação de rede com 300 escolas em
todo estado, e consolidação acontece a partir da publicação da LC 125/2008”.
3- “Entendo que qualquer ampliação do tempo já vai trazer melhorias, mas defende o modelo
da EI do EM, com base na educação interdimensional. Pois mudou método e conteúdo e
percebeu que o processo de aprendizagens é composto de conhecimentos, valores e atitudes. E
hj PE é referência e precisa manter a qualidade”.

10- SALOMÉ SOARES

1- “Sim, só influenciou, foi uma guinada sem prescedentes, o IDEPE é uma preparação para o
IDEB, sempre houve foco em resultado, e o resultado veio. PE alcançou primeiro lugar na
educação do país. A ação visionárias do Ex. Governador Eduardo Campos, que tinha uma
iniciativa de experiência, e quis levar para todo estado e tornou uma política pública.
Transformou algo pequeno em algo grande, para todos, ele queria que a escola pública fosse
tão boa quanto a privada e quando os filhos dos profissionais das escolas estudassem nessas
escolas’.
2- “Sim, concordo com o Professor Alfredo, é irreversível, não tem como voltar atraz, passou
a ser de larga escala, é uma Política Pública, PE é exemplo para ouros estados, as que é preciso
retomar os princípios e manter a qualidade e a essência. Lembra das formações do TEAR,
gestão por resultados. A formação fez a equipe ser coes e determinada. O trabalho era muito
sério e feito com muito afinco. Detalhe que falta as Políticas Públicas, no início houve um
grande impacto salarial, trouxe também importância econômica nos municípios. Elevou padrão
de vida, trabalhavam com mais satisfação, se sentiam valorizados, de 2008 para cá estagnou e
não houve mais uma Política Pública nesse sentido e assim tem muitos que criticam, mas era
uma opção, os professores buscavam ingressar nessas escolas. Gestores precisam ser mais
valorizados, melhor remunerados, muitos são profissionais que buscaram formações, fizeram
seleções, se especializaram para atuar nessa função, não são valorizados, pois há cobrança em
resultados, ao se aposentarem volta ao início mesmo tendo contribuído de forma diferenciada
durante toda sua carreira”.
3-“Acho muito pertinente e que será excelente, há ressalvas, esse EF já implantado precisa vir
ao molde do estado, acha complicado para os municípios, pois crê que é complicado, precisa
de investimento e acompanhamento. Tinha autonomia para trabalhar com quem quer trabalhar
e dá resultado, vê o principal os profissionais que estarão a frente desse trabalho, pois envolve
mudar cultura atual. Mas acredita que é o caminho, mas se preocupa com a interferência política
nas escolas algo que pode atrapalhar o processo”.

FALA PROF. VIEIRA: “Considero a fala importante, vejo a importância de investir os


Recursos Públicos de forma responsável. Momentos como esse, é sinal de transparência,
democracia e de avaliação da Política. É um sucesso mas precisa ser constantemente observadas
246

e avaliadas. Como as dificuldades foram superadas, que desafios ainda nos restam. É importante
criticar com objetivo de superar os desafios e alcançar novos patamares”.

11 – SANDRA DOMITILA

1-“Antes a Educação estava estagnada, houve impacto no IDEB e outros índices. PE alcançou
maior crescimento do IDEB da história, dados do INEP. A farda dos estudantes da rede estadual
trazia orgulho, eram valorizadas pelos resultados alcançados”.
2-“Sim, hoje temos 469 escolas integrais, ais de 65% de estudantes em escolas integrais, esses
números dizem tudo, a Política está consolidada. Concorda que precisa ser revista e
monitorada”.
3-“Sim, desde que trabalhos com os moldes do exemplo da Rede estadual, crianças formadas
de forma melhor’.

12 - LUCÉLIA LOPES

1-“Não tem como dizer que não, impactou sim, pois estudaram, foram impactados, a missão do
Prof. Paulo foi cumprida com seriedade, concorda que os gestores são formados, trabalham e
os resultados são impactados. Cartilhas pós-avaliação, devolutivas são analisadas, descritores
a serem trabalhados, não estão prontos e acabados, mas aprenderam a fazer. Marca muito que
resultados vem de entender e praticar . Alinhamentos das escolas, não era trabalhar só, mas toda
rede”
2-“Considero que a PP está consolidada, espero que valorize os professores, concorda com a
fala da Profa. Salomé, e vê que todo esse trabalho, profissionais integrantes desse trabalho, não
levam nada para a aposentadoria. É consolidada, precisa manter as formações, retomar a Mostra
de Inovações Pedagógicas”.
3-“Em Cabrobó, os alunos que vem da escola municipal de EI no Ens. Fundamental, já vê outro
perfil, lá a Educação Interdimensional é trabalhada e o estudante já vem com essa vivência
internalizada. Que seja ampliada dentro dessa essência”.

13 - ZORACY GUERRA

“Agradeço pela participação nesse seminário”.

FALA PROFESSOR VIEIRA : “Fui professor em todas as etapas e agradeço estar saboreando
os relatos desse grupo que vivenciou a implantação da EI em Pernambuco.
Acredito que reconhecer é um dos atos mais nobres do ser humanos, advindo do convívio social
em especial na educação e passa a fala para as homenagens a Toni”

MINHA FALA (PAULO DUTRA): “Agradeço a todos que contribuíram nesse processo,
encerra o trabalho com homenagem a Tony.
Sobre a questão da valorização, vejo que a PP de Educação Integral é irreversível, foi construído
com vocês, e o estudo está sendo feito com a fala de todos. Convidei 51 escolas dia 10, das
quais 34 participaram, e dia 17 mais 34 participaram. Agradeço a todos, e o Professor Manoel
Joaquim e Laudicéia gestora que apoiou essa iniciativa de fazer a homenagem a Tony, como
reconheciemento a ele em nome de todos que construíram”.
247

PROF. MANOEL JOAQUIM – HOMENAGEMPROF. TONY

“Agradeço e me sinto contemplado em todas as falas, agradeço a Profa Zoracy que ajudou a
escola na ação de acolhida, com o uso do guia do estudante.
Lembrar do Prof. Tony é emocionante, quanto as perguntas ele responde sim para todas as
questões e concorda com as falas dos colegas.
A apresentação dos slides a seguir é sobre o Gestor Tony, que era presente em todas as ações
da escola, ensinava que todos deviam ser respeitados igualmente, apoiava todos os projetos dos
professores, incentivava os professores a aprender, era exemplo como presença educativa. Ele
prezava por registrar , a foto oficial.
Deixou todos de forma muito brusca, foi difícil, mas deixou seu legado e o Prof. Paulo Dutra
queria uma forma de homenageá-lo e aceitou a sugestão de dar o nome da escola o nome dele
Antônio José Barboza Santos. Legado deixado que se reflete nos estudantes, uma árvore que
hoje dá bons frutos e cuja raiz veio do trabalho do Prof. Tony que foi o pioneiro”.

MINHA FALA FINAL (PAULO DUTRA): “Agradeço a participação de todos, essa pesquisa
que também é institucional, fico feliz com a fala de Professora Socorro Rodrigues e vou
incorporar a pesquisa dela”.
248

ANEXO C – TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


PARTICIPANTES DOS SEMINÁRIOS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
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278
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281
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287
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296
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