Fire Effects On Vegetation Book Chapter
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EDITORES
FRANCISCO MOREIRA
FILIPE X. CATRY
JOAQUIM SANDE SILVA
FRANCISCO REGO
DESIGN GRÁFICO
SILVA! DESIGNERS
IMPRESSÃO
TEXTYPE
TIRAGEM
500 EXEMPLARES
ISBN
978-972-8669-48-5
DEPÓSITO LEGAL Nº
320215/10
DEZEMBRO 2010
FINANCIAMENTO
IFAP
ECOLOGIA
DO FOGO
E GESTÃO DE ÁREAS ARDIDAS
4
6 LISTA DE AUTORES
9 PREÂMBULO
LISTA DE AUTORES
SUSANA BAUTISTA
Departamento de Ecología, Universidad de Alicante
Apdo 99, E-03080 Alicante, Espanha
[email protected]
MIGUEL BUGALHO
Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves, Instituto Superior de Agronomia
Universidade Técnica de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal
[email protected]
TERESA CARVALHO
Departamento de Ambiente e Ordenamento, Campus Universitário de Santiago
Universidade de Aveiro, 3810-193 Aveiro, Portugal
[email protected]
FILIPE X. CATRY
Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves, Instituto Superior de Agronomia
Universidade Técnica de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal
[email protected]
CELESTE COELHO
Departamento de Ambiente e Ordenamento, Campus Universitário de Santiago
Universidade de Aveiro, 3810-193 Aveiro, Portugal
[email protected]
CARMEN CORREIA
Viveiros Aliança – Empresa Produtora de Plantas, S.A.
Herdade de Espirra, 2985-270 Pegões, Portugal
[email protected]
TANYA ESTEVES
Departamento de Ambiente, Escola Superior Agrária de Coimbra
P-3040-316 Coimbra, Portugal
[email protected]
PAULO FERNANDES
Centro de Investigação e de Tecnologias Agro-ambientais e Biológicas e Departamento
de Ciências Florestais e Arquitectura Paisagista, Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Quinta de Prados, 5001-801 Vila Real, Portugal
[email protected]
FRANCISCO MOREIRA
Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves, Instituto Superior de Agronomia
Universidade Técnica de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal
[email protected]
RUI MORGADO
Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves, Instituto Superior de Agronomia,
Universidade Técnica de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal
&
Erena, Ordenamento e Gestão de Recursos Naturais
Rua Robalo Gouveia, 1-1A, 1900-392 Lisboa, Portugal
[email protected]
VASCO PAIVA
Viveiros Aliança – Empresa Produtora de Plantas, S.A.
Herdade de Espirra, 2985-270 Pegões, Portugal
[email protected]
JOÃO PINHO
Autoridade Florestal Nacional, Ministério da Agricultura,
do Desenvolvimento Rural e das Pescas
Av. João Crisóstomo, 26-28, 1069-040 Lisboa, Portugal
[email protected]
FRANCISCO REGO
Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves, Instituto Superior de Agronomia,
Universidade Técnica de Lisboa, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal
[email protected]
RAMON VALLEJO
Centro de Estudios Ambientales del Mediterráneo
Parque Tecnológico C/ Charles R. Darwin, 14, 46980 Paterna, Valencia, Espanha
[email protected]
49
EFEITOS DO FOGO
III.
EFEITOS
DO FOGO
NA VEGETAÇÃO
FILIPE X. CATRY
JOAQUIM SANDE SILVA
PAULO FERNANDES
1. Introdução
1. Introdução
Sobrevivência da copa
Sobrevivência do tronco
4
(cm)
ESPESSURA DA CASCA
0 10 20 30 40 50 60 70 80
DAP (cm)
Q. suber P. pinea
P. pinaster Outras espécies
FIGURA 1
Relação entre a espessura da casca e o diâmetro à altura do peito (DAP) para 14 espécies
arbóreas (baseado em equações obtidas a partir de dados de campo recolhidos em Por-
tugal; mínimo de 40 árvores por espécie): destaque para as 3 espécies com casca mais
grossa, nomeadamente o sobreiro (cortiça virgem), o pinheiro-bravo e o pinheiro-manso.
As restantes espécies representadas são (não discriminadas): aroeira, azinheira, carrasco,
castanheiro, carvalho-negral, carvalho-português, eucalipto, freixo, medronheiro, pilriteiro
e zambujeiro.
por baixo está frequentemente morto. Nas espécies de casca grossa (e.g.
pinheiro-bravo ou pinheiro-manso) é mais frequente que a causa de morte
esteja associada aos danos na copa ou raízes que aos danos no tronco; a
morte do câmbio normalmente só ocorre se o tronco estiver exposto ao calor
do fogo durante um longo período de tempo, o que pode acontecer se por
exemplo existir acumulação de material lenhoso no solo junto ao tronco.
Por outro lado quando existem feridas no tronco, provocadas por
fogos anteriores ou por qualquer acção mecânica, o câmbio fica mais
susceptível a sofrer danos adicionais pelo fogo, pois a casca é geralmente
mais fina ou inexistente junto da ferida e a existência de concavidades ou
buracos pode favorecer um maior tempo de residência da chama junto ao
tronco (Miller e Findley, 2001). Por exemplo Rundel (1973) registou uma
forte correlação entre a morte da copa em sequóias gigantes e a presença
de cicatrizes de fogo na base dos troncos. As feridas provocadas por um
fogo (correspondendo aos locais onde o câmbio morreu) muitas vezes só
são visíveis quando a casca se desprende do tronco. Estas feridas podem
ficar infectadas por microorganismos ou fungos, e a sobrevivência das
árvores pode depender da sua capacidade em compartimentar rápida e
eficazmente as feridas de modo a formar uma barreira em redor do tecido
afectado que reduza o alastramento da infecção (Smith e Sutherland,
1999). A resinagem nos pinheiros pode também torná-los mais suscep-
tíveis ao fogo devido às feridas e cicatrizes que facilmente se incendeiam
devido à natureza inflamável da resina. Por exemplo Whelan (1995) refere
que no SE dos Estados Unidos os pinheiros (P. palustris) com antigas
cicatrizes de resinagem são mais severamente afectados ou morrem,
mesmo em fogos de superfície e menos intensos.
A espessura e a textura da casca ou a presença de feridas pode também
afectar a probabilidade de morte nos troncos de espécies arbustivas,
embora, devido ao reduzido diâmetro da maioria dos seus troncos, a maior
parte seja letalmente afectada por qualquer fogo que atinja a folhagem
no topo, excepto se o tempo de residência for muito curto.
58 III. EFEITOS DO FOGO NA VEGETAÇÃO
CAIXA 1
EFEITOS DO FOGO NAS ÁRVORES UM CASO DE ESTUDO EM PORTUGAL
25
PROBABILIDADE DE MORTE
0.8 0.8 50
75
DA PARTE AÉREA
0.6 0.6 100
0.4 0.4
Espécies
0.0 0.0
0 20 40 60 80 100 0 1 2 3 4 5
FIGURA 2
Modelos preditivos das respostas das árvores 4 anos após um incêndio:
ESQUERDA: Probabilidade de mortalidade dos indivíduos (e intervalos de confiança)
em função da altura máxima do tronco queimado (% da altura da árvore) e do
grupo de espécies (resinosas ou folhosas); DIREITA: Probabilidade de morte da parte
aérea (copa e tronco) em folhosas em função da espessura da casca (cm) e da al-
tura máxima do queimado (%). (Adaptado de Catry et al., 2010).
Uma planta pode perder a parte aérea (copa e tronco) mas ainda
assim sobreviver. Isto acontece frequentemente com os indivíduos das
espécies folhosas. Porém a morte das raízes de uma planta corresponde
sempre à morte do indivíduo.
Tal como para as copas e troncos, existem características físicas e estru-
turais que influenciam os danos ao nível das raízes nas espécies lenhosas.
As raízes estruturais de suporte que crescem lateralmente próximo da
superfície são mais susceptíveis aos danos provocados pelo fogo que as
raízes mais profundas. As raízes que se encontram nas camadas orgânicas
têm uma maior probabilidade de serem letalmente afectadas ou consu-
midas que as raízes localizadas nas camadas minerais do solo. As raízes
finas que captam a maior parte da água e nutrientes necessários à planta
estão normalmente distribuídas junto à superfície, e a perda destas raízes
pode constituir uma causa de morte mais significativa do que os danos
provocados nas raízes estruturais (Wade, 1993). Embora a destruição de
parte das raízes de uma árvore ou arbusto possa não matar o indivíduo,
pode conduzi-lo a um estado de stress significativo que aumentará a
probabilidade de morte no futuro.
60 III. EFEITOS DO FOGO NA VEGETAÇÃO
2.2. Herbáceas
O conhecimento existente sobre os factores que conferem tolerância
ao fogo às plantas herbáceas é bastante inferior relativamente às plantas
lenhosas.
Nas plantas herbáceas existe uma diferença fundamental entre gra-
míneas e dicotiledóneas que tem a ver com a localização dos meristemas.
As gramíneas têm os seus meristemas na base das folhas enquanto as
dicotiledóneas os têm expostos e constantemente elevados à medida que
a planta cresce. Esta característica das gramíneas protege muitas delas do
fogo uma vez que muito do calor libertado por um fogo é direccionado
para cima. Adicionalmente, os caules e folhas das gramíneas que formam
uma massa densa e compacta ajudam também a proteger do calor os me-
ristemas situados no centro, permitindo frequentemente uma muito
rápida recuperação pós-fogo (Bond e van Wilgen, 1996).
Apesar de nas monocotiledóneas arborescentes e nas dicotiledóneas
os meristemas estarem geralmente mais expostos ao calor que nas
gramíneas, existem arranjos particulares de folhas que podem proteger
os gomos do calor letal durante a passagem do fogo (Gill, 1981).
III. EFEITOS DO FOGO NA VEGETAÇÃO 61
FIGURA 3
Exemplos de tipos de resposta após fogo em espécies arbóreas: regeneração vegetativa
(epicórmica no sobreiro e basal no medronheiro, à esquerda e ao centro, respectivamente)
e regeneração sexual (seminal no pinheiro-manso, à direita). (Fotos: Filipe X. Catry)
62 III. EFEITOS DO FOGO NA VEGETAÇÃO
TABELA 1
TIPO E LOCALIZAÇÃO DOS GOMOS GERADORES DE REBENTAÇÃO PÓS - FOGO
( REGENERAÇÃO VEGETATIVA ). MODIFICADO DE MILLER (2000)
Acima do solo,
Estolho manta morta Herbáceas
* invulgar em coníferas
Banco de sementes
tempo, em que anos quase sem produção alternam com anos de safra
(Kelly, 1994; Fenner e Thompson, 2005) tal como se verifica em espécies
do género Quercus por exemplo (Abrahamson e Layne, 2003).
A manutenção de bancos de sementes é ainda comum a várias espécies
de arbustos como é o caso dos géneros Cistus e Lavandula. No entanto, no
caso dos exemplos referidos o banco de sementes é mantido ao nível do
solo e não na copa. O resultado em termos de colonização da área recente-
mente queimada é semelhante, dando igualmente origem a uma grande
densidade de plântulas, que aproveitam o espaço criado pelo fogo, para
crescer em apertada competição entre si. Para que tal possa acontecer
é necessário que o fogo exerça um estímulo sobre as sementes depositadas
no solo ao longo dos anos, quebrando a sua dormência e permitindo a
germinação.
FIGURA 4
Imagens incluindo a raiz e a parte aérea de uma espécie (a) de regeneração obrigatória
por semente (Lavandula luisieri) e de (b) uma espécie de regeneração vegetativa (Erica
scoparia). As escalas representam 0.5 m.
a alguns metros em volta das árvores mãe, e em função da sua altura (Potts,
1990; Virtue e Melland, 2003). Em todo o caso deve referir-se a grande
lacuna de conhecimento a este respeito para o nosso país. De acordo com
trabalhos actualmente em curso há observações de regeneração de euca-
lipto em áreas queimadas a mais de 150 m do sementão mais próximo,
o que pode indiciar um potencial de disseminação de sementes superior
ao referido pela literatura disponível até agora.
1
MALCATA
0.8
FREQUÊNCIA RELATIVA
0.6
0.4
0.2
0
B1 B2 R
ESTÁDIOS DA SUCESSÃO
1
CANDEEIROS
0.8
FREQUÊNCIA RELATIVA
0.6
0.4
0.2
0
B1 B2 R
ESTÁDIOS DA SUCESSÃO
FIGURA 5
Variação na frequência relativa de plântulas (regeneração seminal) ao longo de 3 estádios
da sucessão. Espécies de regeneração exclusiva por semente são representadas por linhas
a negrito. B1 – vegetação com 1-3 anos; B2 – vegetação com 3-10 anos; R – vegetação com
mais de 10 anos. A vegetação com 3 anos foi associada aos estádios B1 ou B2 em função
do grau de coberto e da altura média.
III. EFEITOS DO FOGO NA VEGETAÇÃO 79
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