Direito Ambiental
Direito Ambiental
Direito Ambiental
DIREITO AMBIENTAL
PROF. Tagore Trajano de Almeida Silva – Contato: 7199367-2416
HORARIO: TERÇA E QUINTA AS 20:20/22:10
23/03 – Não haverá aula, 28/03 e 30/03 aulas remotas, 04/04 retornou.
Não faz chamada
21/03/2023
Na aula de hoje:
Leituras Complementar: Canal Youtube/@tagoretrajano, plataforma de áudio/ estudando e aprendendo
com meus alunos, tem as aulas em podcast e vídeo aula.
Livros: Heron Gordilho, Paulo Bessa Antunes
Introdução ao direito ambiental será o texto trabalhado nas próximas aulas.
Atividades: Não obrigatórias, serão dadas ao longo do semestre, ponto extra.
Prova: duas questões subjetivas e uma objetiva geralmente
30/03/2023
Aula remota – introdução ao assunto
Na aula de hoje: introdução ao texto e explicando que ele é um resumo de todo semestre.
Ele explica que o direito ambiental é preventivo, o direito ambiental deve evitar as catástrofes, como
deslizamentos, enchentes e o Brasil é um dos protagonistas nesse debate por seu território continental
e sua fauna e flora extremamente rica. Somos todos poluidores.
Citações Diretas:
Nossa caminhada rumo ao bem-estar social dependia da dominação e exclusão da natureza. E
assim se foram as florestas, os rios, a costa litorânea, a qualidade do ar, a fertilidade e a pureza
do subsolo.
Na ótica internacional, chama a atenção a destruição acelerada e comprovada da floresta
tropical que cobre a bacia do rio Amazonas (floresta latifoliada equatorial). Infelizmente, a crise
ambiental por que passa o país não se resume, nem geográfica, nem qualitativamente, à
Amazônia. Mais impiedosa e extensa tem sido a derrubada da Mata Atlântica e do Cerrado,
ecossistemas extremamente ricos em diversidade biológica
por maiores e mais ágeis que sejam nossos esforços, a proteção ambiental, principalmente
aquela traçada em normas jurídicas, está condenada, pelo menos por enquanto, a uma
existência imperfeita, conquanto marcada pela impotência - e com esta, pela insuficiência -,
para garantir a incolumidade dos processos ecológicos.
04/04/2023
INTRODUÇÃO AO DIREITO AMBIENTAL
1. Norma Gramatical/Enciclopédica - porque traz em seu próprio bojo conceitos. Ex.: conceito de meio
ambiente, poluidor.
2. Classificação do conceito de ambiente
Primeira e segunda guerra mundial: a busca por desenvolvimento desenfreado traz o perigo de
consequência sem precedentes. Hiroshima e Nagazaki foi o pior desastre ambiental da história.
Pós segunda guerra pensou-se que se continuasse assim não haveria mais vida nem planeta. Dessa
forma, começou-se a pensar como coexistir e habitar da melhor forma, trazendo um discurso
Taíssa T. R. Busquets 2023.1
ambientalmente correto. Nessa toada, ocorreu a Conferência de Estocolmo /72 que discutiu a melhor
forma de habitar no planeta para evitar a escassez, que gera conflito.
Precaução – quais os riscos que estão por vir, ele quer gerir os desconhecidos, na dúvida não vá, um
dos mais importantes pois previne uma catástrofe ambiental, se age mesmo sem o conhecimento da
catástrofe. Se pressupõe o pior. “O seguro morreu de velho” é um ditado para internalizar esse
princípio.
Art. 225 inciso IV- exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que
se dará publicidade;
Prevenção – é o risco que se conhece, são coisas feitas para evitar danos que você sabe que aquela
ação pode trazer. Aquilo que tem significativo e alto impacto no meio ambiente. Se você sabe os
impactos que vai trazer, você tem que previr. É se antecipar, é interligado com a precaução, mas aqui
você tem a certeza do dano.
Reparação – corrigir o mal causado, a conduta ou atividade que gerou a lesão ambiental, incide sobre a
pessoa física e jurídica e tem reflexos nas esferas penal, civil e administrativa. Exige um dever de
reparar, indisponível, a compensação pecuniária é a última opção, primeiro você deve reparar o mal
causado da forma que o causou, se desmatou, replanta, se destruiu reconstrói, o dinheiro é quando a
reparação própria não é possível.
Art. 225 parágrafo 2 CF - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma
da lei.
Educação ambiental – o dever de educar as pessoas sobre o ambiente, pregar a participação e informar
sobre os males e benefícios que envolvem o cuidado e a falta dele com o meio ambiente. A proteção e
reconstrução deve ser diária e realizada por todas as esferas da população.
Informação – divulgar e conscientizar as pessoas sobre informações ambientais, inexiste sigilo sobre as
informações ambientais, com exceção de questões de segurança nacional, ele é sempre garantido,
toda informação ambiental deve chegar ao individuo, é publica sem restrições.
Participação – todos tem o direito de participar das políticas ambientais, o coletivo pode participar para
proteger, reparar ou cobrar em nome do meio ambiente, por ser algo de todos, todos são titulares de
defendê-lo, é um direito dos cidadãos participar das questões ambientais.
Taíssa T. R. Busquets 2023.1
Socioambientais.
Mínimo existencial ecológico - pensando no mínimo, básico para sobrevivência das próximas gerações,
temos que garantir a base.
Não retrocesso ambiental – as conquistas ambientais são pensadas para gerações futuras, então se
entende que as conquistas ambientais não deveriam retroceder. Existem vários entraves para diminuir
proteções ambientais, mas não tem para aumentá-los, é garantir a progressão.
18/04/2023
Na aula de hoje: Socioambiental X Pós-Humano
PRINCÍPIOS:
1. Dignidade animal – trazidos na constituição vem a preocupação com a vida do animal é a virada
kantiana, o dever moral com os animais. O professor entende que a proteção a vida humana
digna está atrelado a proteção da dignidade animal, pois não sobrevivemos sem o meio-
ambiente, portanto para nos proteger precisamos proteger o meio ambiente, pela redação do
art. 1 da CF. vem a ideia de todos podem ser sujeitos de direitos, o direito ambiental traz a ideia
de que animais e flora não são meios, são fins, e precisam ter direitos naturais tais quais a
pessoa humana.
art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Inciso VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade
É digno do ser humano agir com desrespeito a vida animal? Criar um ser, para matá-lo e alimentá-lo,
ou usar para testar produtos? Estamos cumprindo com nosso dever humano de dignidade quando não
respeitamos a dignidade animal?
2. Antiespecismo (Especismo, só pensar na gente quanto espécie) o ser humano em uma jornada
egoísta e suicidada ele se coloca como espécie superior que deve comandar outras espécies, na
cultura capitalista o ser humano não se vê como mais um, e sim como algo superior aos demais,
ao invés de se observar de forma mais linear com respeito as demais espécies, ser antiespecista
é isso, pensar nas outras espécies na mesma linha de importância da humanidade. Devemos
buscar uma igualdade material nas nossas relações.
3. Não violência (Ahimsa “luz no final do túnel, dinâmico, nirvana, conhecimento” X Sathyagraha
“processo, caminho, o buscar algo a mais, buscar compreender”) tentativa de resposta para
esses males, trabalhar o que você acredita ser a forma de vida de maneira não violenta.
Interromper o círculo da violência, que é inconsciente muitas vezes, é perdoar, não descontar o
que foi feito a você no outro, o dar a outra face.
4. Veganismo (quanto mais você se informa melhor são feitas a suas escolhas) é uma escolha, um
movimento político, onde nada de origem animal é consumido, roupas, produtos, comida, tudo
que veio da exploração animal não é usado pelo vegano, ele acredita que existem alternativas
para todos os produtos animais, além de outras formas de exploração, produtos derivados de
desmatamento ilegal, de mão de obra escrava, e outros meio anti-ambientais são recusados
pelos veganos.
20/04/2023
Faltei – conteúdo do quadro
Taíssa T. R. Busquets 2023.1
COMPETÊNCIA AMBIENTAL
Estrutura do estado
Forma de governo: federalismo cooperativo
A) predominância dos interesses
Normas ambientais
Competências
Legislativa
Administrativa (poder de polícia)
Lei nacional do meio ambiente (lei nº 6.938/81)
Lei complementar nº 140/2011
CF88
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos
recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.
Já a licença ambiental é caracterizada como sendo o "ato administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que
deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar,
ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental"
O processo de licenciamento ocorre em três etapas
isto é, planejamento, implantação e operação. Inicialmente, o Poder Público expede a licença-
prévia. Em seguida, confere a licença-de-instalação. Finalmente, o empreendedor recebe a
licença-de-operação. Integrando o licenciamento o âmbito da competência de implementação,
teoricamente os três níveis de governo estão habilitados a licenciar empreendimentos com
impactos ambientais, cada qual na esfera de sua atuação. Como regra, entretanto, os estados
encarregam-se de apreciar e emitir o grosso das licenças ambientais. O Ibama, por lei e
regulamentação, licencia atividades que, quando da sua localização ou desenvolvimento, digam
respeito, usem ou afetem: 52 a) outro país ou mais de um Estado federado; 53 b) o mar
territorial, a plataforma continental, a zona econômica exclusiva; c) terras indígenas; d)
unidades de conservação de domínio da União; e) material radioativo ou energia nuclear; f)
empreendimentos militares
O licenciamento pelo Ibama é originário ou supletivo. Naquela hipótese, sua intervenção é
sempre de rigor, sob pena de nulidade da licença, particularmente quando afetar bem ou
interesse da União. Atua supletivamente quando o estado não dispõe de órgão ambiental
próprio, com representação da sociedade civil, ou, ainda, quando há receio de que o iter seja ou
possa ser material ou formalmente viciado
Determina a Res. Conama 237/97 que "os entes federados, para exercerem suas competências
licenciatórias, deverão ter implementados os Conselhos de Meio Ambiente, com caráter
deliberativo e participação social e, ainda, possuir em seus quadros ou a sua disposição
profissionais legalmente habilitados".
Em síntese, preenchidos os pressupostos de estruturação e excluídas as hipóteses de
licenciamento originário pelo Ibama, a regra é a competência estadual.
25/04/2023
Animal domesticado é a forma bonita de dizer que o ser humano tem interesse e precisa do direito
para protegê-lo, é privatizar o animal, dar um dono ao animal, para protegê-lo dos demais, ou justificar
o uso.
A ideia do bem difuso vem depois da segunda guerra mundial para que o cidadão também tome conta
dos animais e do meio ambiente, pois quando o estado tornou os animais selvagens públicos as
pessoas perderam o interesse em cuidar, assim vem a ideia de direito difuso para tentar conscientizar
a população sobre a importância no cuidado animal.
Dispõe a Lei 5.197 de 1967 que: "Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu
desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre,
bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais, são propriedade do Estado, sendo
proibida a sua INTRODUÇÃO AO DIREITO AMBIENTAL BRASILEIRO Página 17 utilização,
perseguição, destruição, caça ou apanha
Primeiro, que a fauna silvestre não é de propriedade daquele que detém a titularidade do
domínio do solo e da cobertura florística. A jurisprudência, no decorrer dos anos, veio a
consagrar que por "Estado" o legislador quis dizer "União", vale dizer, o Poder Público federal, e
não as unidades federativas. A segunda regra posta pelo art. 1.º é no sentido de que a
dominialidade pública da fauna silvestre vai além das espécies que a compõem, estendendo-se
aos "seus ninhos, abrigos e criadouros naturais", o que amplia, em muito, o campo de atuação
da norma.
A caça profissional está totalmente vedada no país. Segundo a Lei 5.197/67, "é proibido o
exercício da caça profissional".
a caça amadorística também está, a princípio, proibida, a não ser quando preenchidos dois
requisitos cumulativos: as peculiaridades regionais comportem seu exercício e haja expressa
autorização do Poder Público.
A Constituição do Estado de São Paulo, o mais populoso e desenvolvido, promulgada em 1989,
assim estabelece: "Fica proibida a caça, sob qualquer pretexto, em todo o Estado".
Há uns poucos estados, contudo, onde a caça esportiva é tradicional, como no Rio Grande do
Sul. 111 Aos índios é livre a caça. Declara o Estatuto do Índio que em terras indígenas "é vedada
a qualquer pessoa estranha aos grupos tribais ou comunidades indígenas a prática da caça,
pesca ou coleta de frutos, assim como de atividade agropecuária ou extrativista"
27/04/2023
Faltei
02/05/2023
Na aula de hoje:
RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL
Independente e não é afetada pelas outras esferas, conforme art. 225, §3 da constituição federal.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
Responsabilidade na sociedade em crise: a preocupação com o futuro, se antecipar aos
problemas, a sociedade sofre com alimentos transgênicos e carnes cheias de hormônios e
conservantes, super-industrializados, tudo isso prejudicando nossa saúde e meio ambiente.
a. Era do antropoceno – nos criamos nossos problemas e precisamos ser responsáveis pela
solução deles.
Conceito de Dano Ecológico – conduta, resultado e nexo causal são as três bases da
responsabilidade civil clássica, mas no direito ambiental isso é mais fluido. O poluidor somos
todos nós, as pessoas agentes, que causam danos ecológicos que sempre devem ser reparados,
o resultado são as ações poluentes que tomamos, por exemplo poluição dos mares, queimadas,
envenenamento de solo etc. Não se discute culpa no direito ambiental, a responsabilidade é
objetiva, dessa forma o nexo causal é mais fluido e a responsabilidade é solidaria, se você
provar que não é culpado, mas ainda é responsabilidade solidário você deve entrar com ação
regressiva contra os devidos culpados, mas na ação ambiental você terá a obrigação solidaria
de reparar.
Funções
a. Preventiva – devido a assumir o risco de exercer a atividade, mesmo que haja um caso
fortuito por causa da teoria do risco integral a empresa ainda responde pelos danos,
mesmo que ela não seja diretamente responsável pelos danos, casos de força maior e
Taíssa T. R. Busquets 2023.1
fortuito não excluem a responsabilidade do dano ambiental. Ela deve sempre agir de
maneira preventiva, para que o dano nunca ocorra.
b. Reparadora – causado o dano, existe o dever de reparar, é uma obrigação indisponível
que deve obedecer a alguns requisitos
Requisitos – in loco (no mesmo plano, bacia ou bioma degradado), in natura (reparando o que
você degradou), in tontum (você precisa reparar a totalidade do dano).
Responsabilidade objetivava
Fundo Reparação – para onde vai o dinheiro? Já que é dano difuso vai para o fundo de proteção
do meio ambiente gerido pelo estado ou união, dependendo da competência o SISNAMA que
gere o fundo. Esse fundo que cobre as indenizações e gerência os valores para a proteção do
meio ambiente.
04/05/2023
Na aula de hoje:
PROCESSO AMBIENTAL
Se abre um processo ambiental através de uma reclamação ao poder publico ou ao ministério público,
sendo ao órgão de execução do SISNAMA, como por exemplo o IBAMA, podendo responder a um auto
de infração, e ou firmando um TAC (termo de ajuste de conduta).
Caso seja o MP ele abre um inquérito civil que pode ser transformado em uma ação civil pública no
judiciário ou em um termo administrativo de conduta que devera ser validado pelo conselho superior
do ministério público, se não cumprir o TAC é executado.
Na via judicial através da execução ou ACP resultara em uma obrigação de fazer, não fazer, ou pagar
quantia, que irá para o fundo.
RESPONSABILIDADE PENAL
A responsabilidade é indisponível independente do dever de reparar. Isso está na constituição e na
legislação infraconstitucional. Responsabilidade penal é em regra subjetiva pois o foco está no fato
criminoso e não no agente.
Fundamento constitucional art. 225 §3
Taíssa T. R. Busquets 2023.1
Citações do texto:
Uma das principais inovações da Lei 9.605/98 foi a adoção da responsabilidade penal da pessoa
jurídica, novidade essa totalmente alheia à tradição latino-americana, que só admite a
responsabilidade penal da pessoa física.
A responsabilidade penal da pessoa jurídica "não exclui a das pessoas físicas", 157podendo uma
mesma conduta levar à condenação da empresa, de seus dirigentes e de outros indivíduos que
tenham colaborado com a conduta criminosa.
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
Fundamento constitucional 225 §3
Poder de polícia – poder de fiscalizar atuar do estado
Competência comum
Instrumentos de proteção
Preventos – padrões de qualidade, zoneamento ambiental, AIMA, (análise) EIA (estudo) e RIMA,
(relatório impacto ambiental), licenciamento e compensação ambiental.
Repressivos – Responsabilidade subjetiva prevista na lei de crimes ambientais 9.605/98 (Dispõe
sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências)
09/05/2023
Na aula de hoje: RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA parte 2
Padrões de qualidade: é um instrumento preventivo que o poder público delega a iniciativa
privada a possibilidade dela evidenciar e se antecipar em determinadas causas na área
ambiental, ganhando certificados por atuar de forma correta ou ideal, podendo ser cobradas
para corresponder ao que se certifica.
Zoneamento: Fazer um levantamento, mapear, organizar, compreender o espaço para entender
quando determinada coisa pode ser feita.
AIA/EIA/RIMA: Análise, estudo e relatório de impacto ambiental que tem que ser sempre prévio e
público. Art. 225 §1, IV. A empresa que deve financiar o estudo, quem vai empreender e destruir
deve fazer o estudo e relatório de impacto ambiental.
Licenciamento: procedimento administrativo que quanto maior o impacto do que será feito mais
complicado o licenciamento. Tendo padrão 3 etapas, 1º levar o projeto pra ser aprovado para
licença previa, 2º ir atras dos investidores com essa licença previa e conseguir o dinheiro para
conseguir a licença de instalação, onde se começa a construir, na fase final vem o licenciamento
de operação que só é liberado quando a obra bate com o projeto original.
Compensação: Nos casos onde a poluição que seria gerada é muito grande o poder público
exige que a empresa se adeque o melhor possível e caso ela não consiga, será preciso no
projeto apontar as compensações que ela fara para retribuir pela poluição inevitável que ela
comete. O que para o poder publico é interessante pois ele passa o custo da proteção ambiental
para iniciativa privada e ainda fomenta a indústria e o comercio. Sendo que isso é exceção, a
regra é restaurar não compensar.
NA PROVA
Taíssa T. R. Busquets 2023.1
Princípios todos
Externalidade – as externalidades negativas para não inviabilizar a produção, não podendo socializar
pois o custo não pode ser divido, se você quer lucrar com aquilo precisa arcar com o custo
externalizado
Precaução e prevenção
Estocolmo 72
Lei que prevê o fundo de direitos difusos, na lei de ação civil pública. Lei 7347/85
SISNAMA ta na lei da política pública, composto pelo CONAMA.
Entre CONAMA e legislação prevalece legislação, na lacuna o CONAMA pode bolar normas infralegais
Backlash? Quando o legislativo contraria o judiciário. Emenda 96, quando o legislativo contrariou o STF
pra liberar a vaquejada.
Proteção animal, bem-estar e abolicionismo. Direito da personalidade.
Onde está prevista a lei 140/2011 traz as formas de competência. PREDOMINANCIA DO INTERESSE
JOSE AFONSO DA SILVA. ART. 3 AO 6.
Interesse nacional, interesse local e residual.
Diferença entre IBAMA (RESIDENCIA RESIDUAL) e CMBIL (GESTÃO E CONVERSÃO FEDERAL)
Exceção que é competência exclusiva do estado, que é a do gás natural, só do estado.
11/05/2023
Prova
16/05/2023
faltei
18/05/2023
Aniversario do professor
23/05/2023
Na aula de hoje:
Lei nº 9985/2000 – Sistema Nacional de Unidades de Conservação
Unidades de proteção integral – refúgio de vida silvestre, aberto à visitação pública, com
finalidade de preservação, sua constituição em regra ocorre em terras públicos, mas também é
possível em áreas particulares. Geralmente administrados pelo CMBIO na esfera federal e pelos
órgãos estaduais na esfera estadual, esses REVES. As normas de visitação vão estar sempre no
plano de manejo (norma que regula a unidade de conservação) fundamentadas no
preservacionismo.
Unidade de Uso sustentável – 7 Unidades – floresta nacional
1. Art. 14 ao 21
Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade
de conservação:
I - Área de Proteção Ambiental;
II - Área de Relevante Interesse Ecológico;
III - Floresta Nacional;
IV - Reserva Extrativista;
V - Reserva de Fauna;
VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Taíssa T. R. Busquets 2023.1
Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de
ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como
objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais.(Regulamento)
§ 1o A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas.
§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a
utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Proteção Ambiental.
§ 3o As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio
público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade.
§ 4o Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para
pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais.
§ 5o A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo órgão responsável por
sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da
sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no regulamento desta Lei.
Art. 16. A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral de pequena extensão,
com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que
abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de
importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo
com os objetivos de conservação da natureza.
§ 1o A Área de Relevante Interesse Ecológico é constituída por terras públicas ou privadas.
§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a
utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Relevante Interesse Ecológico.
Art. 17. A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente
nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa
científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas.(Regulamento)
§ 1o A Floresta Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas
em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.
§ 2o Nas Florestas Nacionais é admitida a permanência de populações tradicionais que a habitam
quando de sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da
unidade.
§ 3o A visitação pública é permitida, condicionada às normas estabelecidas para o manejo da
unidade pelo órgão responsável por sua administração.
§ 4o A pesquisa é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável
pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e àquelas previstas
em regulamento.
§ 5o A Floresta Nacional disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por
sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da
sociedade civil e, quando for o caso, das populações tradicionais residentes.
§ 6o A unidade desta categoria, quando criada pelo Estado ou Município, será denominada,
respectivamente, Floresta Estadual e Floresta Municipal.
Art. 18. A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais,
cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência
e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida
e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade.
(Regulamento)
Taíssa T. R. Busquets 2023.1
Art. 19. A Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais de espécies nativas,
terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos
sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos.
§ 1o A Reserva de Fauna é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas
em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.
§ 2o A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o manejo da unidade e de
acordo com as normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração.
§ 3o É proibido o exercício da caça amadorística ou profissional.
§ 4o A comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas obedecerá ao
disposto nas leis sobre fauna e regulamentos.
Art. 20. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural que abriga populações
tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos
naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que
desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade
biológica.(Regulamento)
§ 1o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável tem como objetivo básico preservar a natureza e,
ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria
dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das populações tradicionais,
bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente,
desenvolvido por estas populações.
§ 2o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é de domínio público, sendo que as áreas
particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário, desapropriadas, de acordo
com o que dispõe a lei.
§ 3o O uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais será regulado de acordo com o
disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica.
§ 4o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido
pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos,
de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se
dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade.
§ 5o As atividades desenvolvidas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável obedecerão às
seguintes condições:
Taíssa T. R. Busquets 2023.1
I - é permitida e incentivada a visitação pública, desde que compatível com os interesses locais e de
acordo com o disposto no Plano de Manejo da área;
II - é permitida e incentivada a pesquisa científica voltada à conservação da natureza, à melhor
relação das populações residentes com seu meio e à educação ambiental, sujeitando-se à prévia
autorização do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este
estabelecidas e às normas previstas em regulamento;
III - deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o tamanho da população e a
conservação; e
IV - é admitida a exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo
sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde que sujeitas ao
zoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área.
§ 6o O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de proteção
integral, de uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos, e será aprovado pelo
Conselho Deliberativo da unidade.
Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com
perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. (Regulamento)
§ 1o O gravame de que trata este artigo constará de termo de compromisso assinado perante o
órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público, e será averbado à margem da
inscrição no Registro Público de Imóveis.
§ 2o Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conforme se dispuser em
regulamento:
I - a pesquisa científica;
II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais;
III - (VETADO)
§ 3o Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno, prestarão orientação técnica
e científica ao proprietário de Reserva Particular do Patrimônio Natural para a elaboração de um
Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da unidade.
25/05/2023
Na aula de hoje: TOTAL DE 18 RESERVAS.
ZONA DE AMORTECIMENTO
Art. 2 inciso XVIII
XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas
estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos
sobre a unidade; e
CORREDOR ECOLOGIO
Art. 2 inciso XIX
XIX - corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de
conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão
de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que
demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais.
RESERVAS DA BIOSFERA
Art. 41
Art. 41. A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e
sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o
desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o desenvolvimento
sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações.(Regulamento)
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II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas atividades que não resultem em dano para
as áreas-núcleo; e
III - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo de ocupação e o manejo dos
recursos naturais são planejados e conduzidos de modo participativo e em bases sustentáveis.
§ 3o A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de conservação já criadas pelo Poder Público,
respeitadas as normas legais que disciplinam o manejo de cada categoria específica.
§ 4o A Reserva da Biosfera é gerida por um Conselho Deliberativo, formado por representantes de instituições
públicas, de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser em regulamento e no
ato de constituição da unidade.
§ 5o A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa Intergovernamental "O Homem e a Biosfera – MAB",
estabelecido pela Unesco, organização da qual o Brasil é membro.
RESERVA LEGAL
Art. 3 inciso III
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12,
com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a
conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o
abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa;
RESERVA DA BIOSFERA
Art. 41. A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e
sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o
desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o desenvolvimento
sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações.(Regulamento)
II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas atividades que não resultem em dano para
as áreas-núcleo; e
III - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo de ocupação e o manejo dos
recursos naturais são planejados e conduzidos de modo participativo e em bases sustentáveis.
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§ 3o A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de conservação já criadas pelo Poder Público,
respeitadas as normas legais que disciplinam o manejo de cada categoria específica.
§ 4o A Reserva da Biosfera é gerida por um Conselho Deliberativo, formado por representantes de instituições
públicas, de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser em regulamento e no
ato de constituição da unidade.
§ 5o A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa Intergovernamental "O Homem e a Biosfera – MAB",
estabelecido pela Unesco, organização da qual o Brasil é membro.
“Art. 9º-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumento público ou
particular ou por termo administrativo firmado perante órgão integrante do Sisnama, limitar o uso de toda a sua
propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais existentes, instituindo
servidão ambiental.
§ 1º O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental deve incluir, no mínimo, os seguintes itens:
I - memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo pelo menos um ponto de amarração
georreferenciado;
§ 2º A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação Permanente e à Reserva Legal mínima
exigida.
§ 3º A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão ambiental deve ser, no mínimo, a
mesma estabelecida para a Reserva Legal.
§ 5º Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão ambiental deve ser averbada na matrícula de
todos os imóveis envolvidos.
§ 6º É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a alteração da destinação da área, nos casos
de transmissão do imóvel a qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos limites do imóvel.
§ 7º As áreas que tenham sido instituídas na forma de servidão florestal, nos termos do art. 44-A da Lei nº 4.771,
de 15 de setembro de 1965, passam a ser consideradas, pelo efeito desta Lei, como de servidão ambiental.” (NR)
RESERVA ECOLOGICA
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Reserva Ecológica (Resec) constitui uma categoria de Unidade de Conservação anterior ao Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (SNUC), que garante o reconhecimento de áreas em ecossistemas de alta fragilidade
ambiental, conferindo características de proteção integral do meio.
O tombamento significa um conjunto de ações realizadas pelo poder público com o objetivo de preservar, por meio da
aplicação de legislação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor
afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
Faz parte do instituto do tombamento a inscrição de sua instituição em um dos Livros do Tombo ou no livro
apropriado da repartição estadual ou municipal competente. Enfatize-se que o tombamento não se encerra com essa
inscrição, mas continua intensamente presente na vida da coisa tombada.
Essa modalidade de tombamento é feita mediante ato do administrador público em virtude do cargo que ocupa (no
caso o Presidente do Iphan) e dispensa a iniciativa ou participação de terceiros, mas precisa ser submetido à
apreciação do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, mediante parecer, e posterior homologação
RESERVAS INDIGÉNAS
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os
direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer
respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as
utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a
seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o
usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das
riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as
comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional,
em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após
deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o
domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e
dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei
complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma
da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em
defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.
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30/05/2023
FALTEI
01/06/2023
Na aula de hoje: O promotor de justiça de São Paulo Laerte Levai dará aula. Muito ligado ao direito
ambiental e a proteção animal.
Lixões
06/06/2023
FALTEI
TUTELA JURÍDICA DO PRATIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos
formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos
quilombos.
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§ 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco
décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais, vedada a
aplicação desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.
A legislação determina vários instrumentos passíveis de utilização para a tutela do patrimônio cultural; contudo,
muitos deles não são utilizados por falta de recursos e, principalmente, falta de interesse político, uma vez que o
meio ambiente há tempos não é tratado como prioridade na sociedade de consumo ora existente. Os proprietários
dos bens de valor cultural são em grande parte responsáveis por sua degradação, pois a limitação do direito de
propriedade a eles imposta, com ausência de indenização, provoca grande resistência destes em preservar o valor
cultural do bem pelo qual são responsáveis. A lei 9605/98 dá ênfase à reparação do dano, cominando penas baixas
e prescrições tênues aos delitos cometidos contra o patrimônio cultural. De certa forma, tal procedimento pode não
inibir de todo as ações dos transgressores de tais regras, mas, ao mesmo tempo, propõe uma nova concepção de
direito penal mais humanitário, voltado à resolução do conflito e não à punição severa e exacerbada de seus
responsáveis, opção esta indubitavelmente mais efetiva e inteligente. A solidariedade intergeracional nos propõe
como novo desafio a proteção do patrimônio cultural, uma vez que o direito ao meio ambiente não pertence apenas
a nós, mas a todos as gerações futuras. É importante salientar-se que enquanto o patrimônio natural é garantia de
sobrevivência física da humanidade, que necessita do ecossistema – ar, água e alimentos – para viver, o patrimônio
cultural é garantia de sobrevivência social dos povos, porque é produto e testemunho de sua vida (SOUZA FILHO,
1997, p. 10).
13/06/2023
NA AULA DE HOJE:
Aula de Isaura Genoveva, mestranda – continuação de tutela jurídica do patrimônio cultural brasileiro.
Marco histórico – do terreiro de candomblé, Casa Branca em Salvador.
O Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, chamado em iorubá (língua ritual de seu culto) Ilê Axé
Iyá Nassô Oká, é um dos mais antigos e respeitados santuários da religião dos Orixás. Deu origem a
centenas de outros terreiros, por todo o País. Dele descendem, por exemplo, os famosos templos do
Gantois e do Axé Opô Afonjá, cada um deles fonte de inúmeros outros. Por isso o poeta Francisco
Alvim, evocando Edson Carneiro, chamou essa venerável matriz de "Mãe de Todas as Casas".
Implantado a princípio na Barroquinha, em pleno Centro Histórico de Salvador, o famoso Ilê Axé
(santuário, em iorubá) que tomou o nome de sua fundadora, a princesa Iyá Nassô, foi o primeiro templo
religioso não católico a ser tombado como patrimônio histórico do Brasil (Processo número 1.067-T-82,
Inscrição número 93, Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, fls. 43, e Inscrição número 504,
Livro Histórico, fls. 92. Data: 14. VIII. 1986). Este tombamento foi decidido em maio de 1984, em
reunião do Conselho do IPHAN, e foi homologado em 27 de junho de 1986 pelo então Ministro da
Cultura, Celso Monteiro Furtado, nos termos da Lei de número 6292, de 15 de dezembro de 1975, e
para os efeitos do Decreto-Lei número 25, de 30 de novembro de 1937.
Mas não é só isso: o Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho foi também reconhecido patrimônio
cultural da Cidade do Salvador pela PMS, que primeiro o tombou e depois o tornou Área de Preservação
Cultural e Paisagística deste município (Decreto Municipal 6.634 de 04.08.82, publicado em 08/08/82;
Lei Municipal número 3.591, de 16/12/85). O terreno que encerra os seus principais templos foi
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desapropriado pela PMS para doação à associação civil que representa sua comunidade religiosa
(Decreto Municipal número 7.321 de 05 de junho de 1985, publicado no Diário Oficial do Estado da
Bahia em 08 e 09/11/85, retificado pelo Decreto Municipal de número 7.402, de 16/10/85, também
publicado pelo Diário Oficial deste Estado). Posteriormente, o Governo do Estado desapropriou
também, para o mesmo efeito (Decreto número 292 de 8 de setembro de 1987), um posto de gasolina
que ocupava indevidamente a chamada Praça de Oxum, praça que integra o conjunto monumental
deste famoso Terreiro. Tudo isso está bem documentado, é de conhecimento público e matéria de lei
que não pode ser ignorada. Teve ampla divulgação na imprensa local e nacional. Tanto a União,
através do IPHAN e da Fundação Palmares, como o governo municipal de Salvador investiram na
restauração dos monumentos deste Ilê Axé, que agora a Prefeitura soteropolitana ameaça leiloar.
A exposição de motivos que fundamentou o tombamento do Terreiro da Casa Branca pelo IPHAN e os
estudos que serviram de base para a edição dos diplomas legais que consagraram a área deste templo
e o conjunto de seus monumentos como patrimônio cultural de Salvador o caracterizam enfática e
reiteradamente como um templo religioso. Não cabe dúvida de que o Terreiro da Casa Branca merece
esta categorização. Documentos etnográficos e laudos periciais o atestam abundantemente. De resto,
este monumento, reconhecido como patrimônio do Brasil, foi tombado como templo religioso pela
União e pelo Município... Podem, portanto, dar testemunho neste sentido tanto o Governo Federal
quanto a Prefeitura Municipal do Salvador. De resto, além de decretar seu tombamento, o prefeito
Manoel Castro também isentou de impostos o Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho.
O registro desta célebre Casa nos livros de Tombo Histórico e Etnográfico do IPHAN não foi um ato
infundado. Longe disso. Quem tiver dúvidas de seu valor para a memória afro-brasileira pode hoje
consultar uma obra magnífica que aborda sua história secular, assinalando, também, suas profundas
raízes nos reinos africanos de Oyó e Ketu: refiro-me ao belo livro de Renato da Silveira, "O Candomblé
da Barroquinha", editado pela Maianga em 2006. Pode também consultar tese de doutorado de Rafael
Oliveira, defendida em 2004 no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFBA, que além de
fazer-lhe a etnografia aborda a imensa rede de centros de culto afro-brasileiros ligados ao famoso
candomblé do Engenho Velho. Mas isso para falar só de obras recentes... Livros de escritores e artistas
do porte de Jorge Amado e Carybé, de etnógrafos como Pierre Verger, Vivaldo da Costa Lima e Roger
Bastide falam abundantemente desta Casa sagrada; na verdade, na etnografia do Candomblé baiano é
difícil encontrar um estudo que não lhe faça referência.
O prestígio do templo da Casa Branca do Engenho Velho não se circunscreve a Salvador nem ao mundo
do Candomblé. Este Terreiro já foi visitado por um Presidente da República (Juscelino Kubitschek), por
um Prêmio Nobel (Wole Soynka), por ministros e secretários de Estado, por religiosos de diferentes
credos e de diversas partes do mundo: já foram recebidos em seu sagrado recinto um emissário do
Vaticano, uma delegação de pastores evangélicos da Noruega, reis-sacerdotes da Nigéria, xamãs
indígenas como os xinguanos Raoni e Tacumã e muitos outros visitantes ilustres. Da Comissão de
Defesa da Casa Branca participaram, entre outros, o Abade Dom Timóteo Amoroso Anastácio e os
comunistas Haroldo Lima e Fernando Santana. A restauração da Praça de Oxum foi feita com base em
projeto de Oscar Niemeyer, que o presenteou à comunidade do templo de Iyá Nassô. Três
Governadores Baianos (Waldir Pires, Antônio Carlos Magalhães e Jaques Wagner) e vários prefeitos de
Salvador já foram recebidos no célebre Terreiro e lhe fizeram homenagem. Nenhum desses visitantes
ilustres jamais acreditaria que se pudesse pôr em dúvida a condição de templo religioso da Casa
Branca do Engenho Velho.
Como todos sabem, a Constituição Brasileira, no seu artigo 150, considera imunes de impostos os
templos religiosos. Mas uma coisa ninguém compreende: porque motivo, ou com que propósito, a
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Prefeitura Municipal do Salvador insiste em cobrar imaginário débito de IPTU ao Terreiro da Casa
Branca do Engenho Velho e ameaça levar a leilão seus monumentos, seu território sagrado. Por acaso
cobra-se IPTU da Igreja do Bonfim, dos templos da Igreja Universal, dos lugares sagrados de outros
credos e denominações religiosas em Salvador? Porque com as religiões do povo negro há de ser
diferente? Por que os templos afro-brasileiros são tratados de forma discriminatória? Não estão as
autoridades do município conscientes de que o povo da Bahia merece respeito e suas tradições de
origem africana devem ser valorizadas? Esqueceram-se disso? Esqueceram a própria legislação
municipal? As ameaças que acompanham a impertinente, obstinada, importuna e desrespeitosa
cobrança de um imposto indevido têm levado o desassossego a veneráveis e idosas sacerdotizas, ao
povo-de-santo da Casa Branca e de toda a Bahia. É preciso pôr fim a esta ofensa ao sentimento
democrático dos baianos; é imperativo fazer cessar este insulto à cultura, esta agressão ao direito. O
povo baiano não aceita esse vexame.
Atualmente existe dois processos contra a União e o Município para preservar esse terreiro, e ambos
empurram a responsabilidade. Sofrendo de grande racismo religioso por ser um centro de religião de
matriz africana. É necessário um grande território para os cultos da matriz africana, sendo essa a luta
dos ativistas, pois não basta preservar apenas um prédio, é necessário haver arvores, plantas e terra,
sendo essa luta pela terra que tem 6.800 metros, em uma área valorizada e constantemente invadida
e havendo constantes embates pelos espaços.
O município e a União se eximem de proteger o território, deixando obras irregulares lá, que põem em
risco o terreiro passando a responsabilidade um por outro e deixando vulneráveis os membros do
terreiro. Havendo várias invasões ao longo dos anos, que não estão sendo respeitadas e deixando as
religiões de matriz africana sem área de culto.
15/06/2023
ASSUNTOS DA 2.ª PROVA (20/06)
I. Unidades de Conservação
Fundamento Constitucional.
Áreas Protegidas na Constituição Federal de 1988.
Lei n.9.985/2000 - SNUC.
Unidades de Proteção Integral.
Unidades de Uso Sustentável.
IV. Tombamento
Taíssa T. R. Busquets 2023.1
20/06/2023
PROVA