Direito Ambiental

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 24

Taíssa T. R. Busquets 2023.

DIREITO AMBIENTAL
PROF. Tagore Trajano de Almeida Silva – Contato: 7199367-2416
HORARIO: TERÇA E QUINTA AS 20:20/22:10
23/03 – Não haverá aula, 28/03 e 30/03 aulas remotas, 04/04 retornou.
Não faz chamada

21/03/2023
Na aula de hoje:
Leituras Complementar: Canal Youtube/@tagoretrajano, plataforma de áudio/ estudando e aprendendo
com meus alunos, tem as aulas em podcast e vídeo aula.
Livros: Heron Gordilho, Paulo Bessa Antunes
Introdução ao direito ambiental será o texto trabalhado nas próximas aulas.
Atividades: Não obrigatórias, serão dadas ao longo do semestre, ponto extra.
Prova: duas questões subjetivas e uma objetiva geralmente

30/03/2023
Aula remota – introdução ao assunto
Na aula de hoje: introdução ao texto e explicando que ele é um resumo de todo semestre.
Ele explica que o direito ambiental é preventivo, o direito ambiental deve evitar as catástrofes, como
deslizamentos, enchentes e o Brasil é um dos protagonistas nesse debate por seu território continental
e sua fauna e flora extremamente rica. Somos todos poluidores.

Ler o texto e grifar é o assunto do semestre.

Citações Diretas:
 Nossa caminhada rumo ao bem-estar social dependia da dominação e exclusão da natureza. E
assim se foram as florestas, os rios, a costa litorânea, a qualidade do ar, a fertilidade e a pureza
do subsolo.
 Na ótica internacional, chama a atenção a destruição acelerada e comprovada da floresta
tropical que cobre a bacia do rio Amazonas (floresta latifoliada equatorial). Infelizmente, a crise
ambiental por que passa o país não se resume, nem geográfica, nem qualitativamente, à
Amazônia. Mais impiedosa e extensa tem sido a derrubada da Mata Atlântica e do Cerrado,
ecossistemas extremamente ricos em diversidade biológica
 por maiores e mais ágeis que sejam nossos esforços, a proteção ambiental, principalmente
aquela traçada em normas jurídicas, está condenada, pelo menos por enquanto, a uma
existência imperfeita, conquanto marcada pela impotência - e com esta, pela insuficiência -,
para garantir a incolumidade dos processos ecológicos.

04/04/2023
INTRODUÇÃO AO DIREITO AMBIENTAL
1. Norma Gramatical/Enciclopédica - porque traz em seu próprio bojo conceitos. Ex.: conceito de meio
ambiente, poluidor.
2. Classificação do conceito de ambiente
Primeira e segunda guerra mundial: a busca por desenvolvimento desenfreado traz o perigo de
consequência sem precedentes. Hiroshima e Nagazaki foi o pior desastre ambiental da história.

Pós segunda guerra pensou-se que se continuasse assim não haveria mais vida nem planeta. Dessa
forma, começou-se a pensar como coexistir e habitar da melhor forma, trazendo um discurso
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

ambientalmente correto. Nessa toada, ocorreu a Conferência de Estocolmo /72 que discutiu a melhor
forma de habitar no planeta para evitar a escassez, que gera conflito.

No Brasil, começou-se a pensar, na década de 80, em um sistema de proteção do meio ambiente.

Citações diretas do texto sobre história do direito ambiental:


 podemos identificar três momentos (mais modelos do que propriamente períodos estanques)
históricos na evolução legislativo-ambiental brasileira
 Do descobrimento em 1500 até aproximadamente o início da segunda metade do século XX,
pouca atenção recebeu a proteção ambiental no Brasil, com exceção de umas poucas normas
isoladas que não visavam, na vocação principal, a resguardar o meio ambiente como tal. Seus
objetivos eram mais estreitos. Ora almejavam assegurar a sobrevivência de alguns recursos
naturais preciosos em acelerado processo de exaurimento (o pau-brasil, por exemplo), ora, em
outro plano, colimavam resguardar a saúde, valor fundamental que ensejou, não só entre nós,
algumas das mais antigas manifestações legislativas de tutela da natureza.
 Esta, pois, a fase da exploração desregrada ou do laissez-faire ambiental, em que a conquista
de novas fronteiras (agrícolas, pecuárias e minerárias) era tudo o que importava na relação
homem-natureza
 segundo momento, a fase fragmentária, o legislador - agora já preocupado com largas
categorias de recursos naturais, mas ainda não com o meio ambiente em si mesmo considerado
- impôs controles legais às atividades exploratórias. A recepção incipiente da degradação do
meio ambiente pelo ordenamento operava, no plano ético, pelo utilitarismo (tutelando somente
aquilo que tivesse interesse econômico) e, no terreno formal, pela fragmentação, tanto do
objeto (o fatiamento do meio ambiente, a ele ainda se negando, holisticamente, uma identidade
jurídica própria) quanto até em consequência, do aparato legislativo. Encaixam-se aí o Código
Florestal, 4 de 1965; os Códigos de Caça, 5 de Pesca 6 e de Mineração, 7 todos de 1967; a Lei
da Responsabilidade por Danos Nucleares, 8 de 1977; a Lei do Zoneamento Industrial nas Áreas
Críticas de Poluição, 9 de 1980 (embora traga ela elementos próprios da terceira fase); e a Lei
de Agrotóxicos, de 1989.
 pelo Dec. Federal 73.030, de 30.10.1973, foi criada a Sema (Secretaria Especial do Meio
Ambiente), subordinada ao Ministério do Interior
 Indicando uma (re)orientação radical de rumo, aparece a Lei da Política Nacional do Meio
Ambiente (1981), 11dando início à fase holística, na qual o ambiente passa a ser protegido de
maneira integral, vale dizer, como sistema ecológico integrado (resguardam-se as partes a
partir do todo) e com autonomia valorativa (é, em si mesmo, bem jurídico).
 Com idêntica filiação holística e fechando o círculo da regulação legal (que agora é
administrativa, civil e penal), é aprovada, em 1998, a Lei dos Crimes contra o Meio Ambiente.
 A experiência comparada parece indicar que, embora não imprescindível, o reconhecimento
constitucional expresso de direitos e deveres inerentes ao nosso relacionamento com o
ambiente é, jurídica e praticamente, útil, devendo, portanto, ser estimulado e festejado.
 a tutela legal do ambiente no Brasil tem início na década de 60 e consolida-se nos anos 80 e 90
 Ou seja, degradação ambiental seria sinônimo de degradação sanitária. Uma argumentação de
cunho estritamente homocêntrico, com indisfarçável conteúdo economicista e utilitarista.
 eticamente insuficiente e dogmaticamente frágil.

CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO AMBIENTAL BRASILEIRO


1. Antes da CF/88
- Conferência de Estocolmo
- Dec. de 80 - Lei 6938/81 e 7347/86 - Lei da Ação Civil Pública: para efetivar a ação ambiental. Direito
Processual.
- Escola Paulista de Direito Ambiental
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

2. Direito Ambiental como Direito Fundamental


2.1 Papel do Fábio Feldman
Obs.: assistir ao vídeo no canal sobre comentário de cada artigo do Direito Ambiental
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar
as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.
VIII - manter regime fiscal favorecido para os biocombustíveis destinados ao consumo
final, na forma de lei complementar, a fim de assegurar-lhes tributação inferior à
incidente sobre os combustíveis fósseis, capaz de garantir diferencial competitivo em
relação a estes, especialmente em relação às contribuições de que tratam a alínea
"b" do inciso I e o inciso IV do caput do art. 195 e o art. 239 e ao imposto a que se
refere o inciso II do caput do art. 155 desta Constituição.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal
Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á,
na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio
ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em
lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se
consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam
manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal,
registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural
brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar
dos animais envolvidos.
2.2 Frente Verde em prol do ambiente
Classificação: ambiente natural, ambiente artificial, ambiente do trabalho, ambiente histórico-cultural,
ambiente genético e ambiente digital.

3. Eficácia das Normas Ambientais


É atacado pela especulação imobiliária, é atacado pela apropriação irregular, o custo é alto para
manter e todo mundo se acha dono.
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

Citações diretas do texto sobre o meio ambiente na constituição federal:


 Esse "direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado" tem como titulares, diz a norma,
"todos", vocábulo que, por não estar, de forma clara, qualificado homocentricamente, pode
indicar tanto "todos os seres humanos" quanto, numa perspectiva mais biocêntrica, "todos os
seres vivos".
 Da norma constitucional retira-se que são destinatários dos deveres associados a esse direito
tanto o "Poder Público", vale dizer, o Estado, como ainda a "coletividade", ou seja, cada um dos
seres humanos, individual e socialmente considerados.
 Um deles é a função social da propriedade, já reconhecida em constituições anteriores e que
podemos denominar de "genérica", ponto de partida usado pelo regime de 1988 para inovar
com a função socioambiental da propriedade.
 a propriedade, mesmo quando privatizada em um dominus particular, deve operar, sem
exceção, em favor do interesse coletivo.
 No país, não é incomum que litígios ambientais, essa a desanimadora realidade, ainda sejam
julgados sob os exclusivos auspícios do Código Civil (LGL\2002\400), como se o princípio da
função social da propriedade - para não falar da sua função socioambiental - fosse fórmula
alienígena ao ordenamento, devendo, por isso mesmo, ser afastada ou desconsiderada, no caso
concreto.
 a Constituição Federal (LGL\1988\3) incluiu, entre os pressupostos do cumprimento da função
social genérica, a "utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio
ambiente". 17Essa a base constitucional de onde extraímos o reconhecimento da função
socioambiental da propriedade. É a adoção constitucional do princípio da função social da
propriedade que legitima - mais, até exige - a intervenção do Poder Público, quando colima
resguardar o "meio ambiente ecologicamente equilibrado" e os "processos ecológicos
essenciais". Tais interferências legislativas, administrativas e judiciais bebem e alimentam-se na
fonte do princípio geral.
 São explícitos certos direitos incorporados, por exemplo, no art. 225. São implícitos aqueles
direitos constitucionalizados que, embora não cuidando de maneira exclusiva ou direta do
ambiente, acessoriamente ou por interpretação terminam por assegurar valores ambientais
 Constituição vamos localizar direitos ambientais materiais e outros que têm caráter total ou
preponderantemente instrumental. Pertencem àquela categoria os direitos e obrigações com
claro conteúdo substancial, por exemplo, o dever de "preservar e restaurar os processos
ecológicos essenciais". 27Instrumentais são os que se prestam à execução ou implementação
dos direitos e obrigações materiais, alguns com feição estritamente ambiental (Estudo Prévio de
Impacto Ambiental 28), outros de aplicação mais ampla, não restritos à área da tutela do
ambiente (ação civil pública 29).
 dois tipos de competências ambientais. Primeiro, as competências legislativas. Segundo, as
competências de implementação. A Constituição é explícita no sentido de que podem legislar,
em matéria de proteção do ambiente, a União, os estados e o distrito federal. Esses entes
políticos têm competência legislativa concorrente
 Na mesma linha, a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente dispõe que "os Estados, na esfera
de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e
complementares e padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem
estabelecidos pelo Conama".
 Constitucionalmente, os municípios, por sua vez, receberam autorização para "legislar sobre
assuntos de interesse local" 33e "suplementar a legislação federal e a estadual no que couber"
 No que tange à competência de implementação, território do poder de polícia, a Constituição
atribuiu, de forma comum, à União, Estados, Distrito Federal e Municípios o dever-poder de
"proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas" 36e "preservar
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

as florestas, a fauna e a flora". 37Ao contrário do que se dá com a competência legislativa, os


cidadãos, organizados ou não, dispõem igualmente de competência de implementação.
11/04/2023
Faltei – anotações Carlos
Princípios ambientais, primeira parte.
Ubiquidade – ambiental não está só é cooperativo, o dano ambiental não respeita barreiras.
Direito a saúde e qualidade de vida
Acesso equitativo aos recursos naturais
Poluidor pagador
Usuário pagador
13/04/2023
Na aula de hoje: continuação Princípios ambientais do direito ambiental

Precaução – quais os riscos que estão por vir, ele quer gerir os desconhecidos, na dúvida não vá, um
dos mais importantes pois previne uma catástrofe ambiental, se age mesmo sem o conhecimento da
catástrofe. Se pressupõe o pior. “O seguro morreu de velho” é um ditado para internalizar esse
princípio.

Art. 225 inciso IV- exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que
se dará publicidade;

Prevenção – é o risco que se conhece, são coisas feitas para evitar danos que você sabe que aquela
ação pode trazer. Aquilo que tem significativo e alto impacto no meio ambiente. Se você sabe os
impactos que vai trazer, você tem que previr. É se antecipar, é interligado com a precaução, mas aqui
você tem a certeza do dano.
Reparação – corrigir o mal causado, a conduta ou atividade que gerou a lesão ambiental, incide sobre a
pessoa física e jurídica e tem reflexos nas esferas penal, civil e administrativa. Exige um dever de
reparar, indisponível, a compensação pecuniária é a última opção, primeiro você deve reparar o mal
causado da forma que o causou, se desmatou, replanta, se destruiu reconstrói, o dinheiro é quando a
reparação própria não é possível.

Art. 225 parágrafo 2 CF - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma
da lei.

Esses próximos princípios são participativos e conectados.

Educação ambiental – o dever de educar as pessoas sobre o ambiente, pregar a participação e informar
sobre os males e benefícios que envolvem o cuidado e a falta dele com o meio ambiente. A proteção e
reconstrução deve ser diária e realizada por todas as esferas da população.

Informação – divulgar e conscientizar as pessoas sobre informações ambientais, inexiste sigilo sobre as
informações ambientais, com exceção de questões de segurança nacional, ele é sempre garantido,
toda informação ambiental deve chegar ao individuo, é publica sem restrições.

Participação – todos tem o direito de participar das políticas ambientais, o coletivo pode participar para
proteger, reparar ou cobrar em nome do meio ambiente, por ser algo de todos, todos são titulares de
defendê-lo, é um direito dos cidadãos participar das questões ambientais.
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

Socioambientais.
Mínimo existencial ecológico - pensando no mínimo, básico para sobrevivência das próximas gerações,
temos que garantir a base.

Não retrocesso ambiental – as conquistas ambientais são pensadas para gerações futuras, então se
entende que as conquistas ambientais não deveriam retroceder. Existem vários entraves para diminuir
proteções ambientais, mas não tem para aumentá-los, é garantir a progressão.

18/04/2023
Na aula de hoje: Socioambiental X Pós-Humano
PRINCÍPIOS:
1. Dignidade animal – trazidos na constituição vem a preocupação com a vida do animal é a virada
kantiana, o dever moral com os animais. O professor entende que a proteção a vida humana
digna está atrelado a proteção da dignidade animal, pois não sobrevivemos sem o meio-
ambiente, portanto para nos proteger precisamos proteger o meio ambiente, pela redação do
art. 1 da CF. vem a ideia de todos podem ser sujeitos de direitos, o direito ambiental traz a ideia
de que animais e flora não são meios, são fins, e precisam ter direitos naturais tais quais a
pessoa humana.

art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Inciso VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade

É digno do ser humano agir com desrespeito a vida animal? Criar um ser, para matá-lo e alimentá-lo,
ou usar para testar produtos? Estamos cumprindo com nosso dever humano de dignidade quando não
respeitamos a dignidade animal?

2. Antiespecismo (Especismo, só pensar na gente quanto espécie) o ser humano em uma jornada
egoísta e suicidada ele se coloca como espécie superior que deve comandar outras espécies, na
cultura capitalista o ser humano não se vê como mais um, e sim como algo superior aos demais,
ao invés de se observar de forma mais linear com respeito as demais espécies, ser antiespecista
é isso, pensar nas outras espécies na mesma linha de importância da humanidade. Devemos
buscar uma igualdade material nas nossas relações.
3. Não violência (Ahimsa “luz no final do túnel, dinâmico, nirvana, conhecimento” X Sathyagraha
“processo, caminho, o buscar algo a mais, buscar compreender”) tentativa de resposta para
esses males, trabalhar o que você acredita ser a forma de vida de maneira não violenta.
Interromper o círculo da violência, que é inconsciente muitas vezes, é perdoar, não descontar o
que foi feito a você no outro, o dar a outra face.
4. Veganismo (quanto mais você se informa melhor são feitas a suas escolhas) é uma escolha, um
movimento político, onde nada de origem animal é consumido, roupas, produtos, comida, tudo
que veio da exploração animal não é usado pelo vegano, ele acredita que existem alternativas
para todos os produtos animais, além de outras formas de exploração, produtos derivados de
desmatamento ilegal, de mão de obra escrava, e outros meio anti-ambientais são recusados
pelos veganos.

20/04/2023
Faltei – conteúdo do quadro
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

COMPETÊNCIA AMBIENTAL
 Estrutura do estado
 Forma de governo: federalismo cooperativo
A) predominância dos interesses
 Normas ambientais
 Competências
 Legislativa
 Administrativa (poder de polícia)
 Lei nacional do meio ambiente (lei nº 6.938/81)
 Lei complementar nº 140/2011

CF88
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos
recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.

Indubio pro natureza

Citações diretas do texto:


 Notamos que União, estados, distrito federal e municípios têm, conjuntamente,
responsabilidades ambientais. Podem legislar e implementar suas próprias normas, assim como
aquelas de nível superior. Na organização administrativa federal, três organismos destacam-se.
 Primeiro, o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), órgão consultivo e deliberativo, cuja
missão principal é assessorar, estudar e propor diretrizes de políticas ambientais, bem como
deliberar sobre normas e padrões de controle ambiental. 38Compete-lhe, dentre outras funções,
estabelecer normas e critérios para o licenciamento de atividades poluidoras, determinar a
realização de EIA-Rima. É ainda tarefa sua fixar critérios e padrões de qualidade ambiental,
decidir, em grau de recurso, sobre sanções administrativas impostas pelo Ibama, aplicar a pena
de perda ou restrição de benefícios fiscais e creditícios. 39 O órgão central do sistema é o
Ministério do Meio Ambiente. Abaixo dele, está o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis), órgão executor da política e diretrizes federais do meio
ambiente.
 A Lei 6.938/81 lista vários instrumentos ambientais
 O licenciamento ambiental é novidade que aparece no Brasil no início da década de 70, tanto
mais quando o estado de São Paulo, em 1974, promulgou sua legislação de controle da
poluição. No plano federal, só passa a ser exigido a partir de 1981, com a Lei da Política
Nacional do Meio Ambiente. Atualmente, a matéria vem tratada em vários textos legais,
bastando aqui citar a Lei 6.938/81 e as Res. Conama 001/86 e 237/97
 licenciamento ambiental é o "procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso".
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

 Já a licença ambiental é caracterizada como sendo o "ato administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que
deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar,
ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental"
 O processo de licenciamento ocorre em três etapas
 isto é, planejamento, implantação e operação. Inicialmente, o Poder Público expede a licença-
prévia. Em seguida, confere a licença-de-instalação. Finalmente, o empreendedor recebe a
licença-de-operação. Integrando o licenciamento o âmbito da competência de implementação,
teoricamente os três níveis de governo estão habilitados a licenciar empreendimentos com
impactos ambientais, cada qual na esfera de sua atuação. Como regra, entretanto, os estados
encarregam-se de apreciar e emitir o grosso das licenças ambientais. O Ibama, por lei e
regulamentação, licencia atividades que, quando da sua localização ou desenvolvimento, digam
respeito, usem ou afetem: 52 a) outro país ou mais de um Estado federado; 53 b) o mar
territorial, a plataforma continental, a zona econômica exclusiva; c) terras indígenas; d)
unidades de conservação de domínio da União; e) material radioativo ou energia nuclear; f)
empreendimentos militares
 O licenciamento pelo Ibama é originário ou supletivo. Naquela hipótese, sua intervenção é
sempre de rigor, sob pena de nulidade da licença, particularmente quando afetar bem ou
interesse da União. Atua supletivamente quando o estado não dispõe de órgão ambiental
próprio, com representação da sociedade civil, ou, ainda, quando há receio de que o iter seja ou
possa ser material ou formalmente viciado
 Determina a Res. Conama 237/97 que "os entes federados, para exercerem suas competências
licenciatórias, deverão ter implementados os Conselhos de Meio Ambiente, com caráter
deliberativo e participação social e, ainda, possuir em seus quadros ou a sua disposição
profissionais legalmente habilitados".
 Em síntese, preenchidos os pressupostos de estruturação e excluídas as hipóteses de
licenciamento originário pelo Ibama, a regra é a competência estadual.

25/04/2023

Federal Estadual Municipal


Órgão superior Conselho Conselho Conselho
governamental para governamental para governamental para
assessorar o presidente assessorar o assessorar o Prefeito
Governador
Órgão conjuntivo CONAMA propor Conselho estadual do Conselho municipal do
deliberativo diretrizes para políticas meio ambiente propor meio ambiente propor
ambientais, e estudar polit, amb,
representativo.
Órgão central Ministério do meio Secretaria do meio Secretaria ou
ambiente ambiente superintendência do
meio ambiente
Órgãos executivos IBAMA (residual) INEMA (faz tudo no Secretaria ou
ICMBIO (unidade de estado, cada um superintendência do
conservação federal) organiza da sua forma) meio ambiente tem
órgãos internos de
execução
Lei 6.938/81
Art. 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público,
responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado A competência


está na lei complementar 140/2011.
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente
da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para
o meio ambiente e os recursos ambientais;
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo,
diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e
deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o
meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de
vida;
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a
finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a
política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio
ambiente;
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer
executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de
acordo com as respectivas competências;
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução
de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de
provocar a degradação ambiental;
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e
fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;
§ 1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição,
elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio
ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
§ 2º Os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também
poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.
§ 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo
deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quando
solicitados por pessoa legitimamente interessada.
§ 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar uma
Fundação de apoio técnico científico às atividades do IBAMA.

PROTEÇÃO JURÍDICA DOS ANIMAIS


 Derrubando o muro do especismo, a ideia de que o ser humano é superior as demais espécies e
o uso do outro se justifica.
 Res Nullius ao Bem-estar animal
 Abolicionismo X Bem-estar
 Animais sujeitos de direito
 Extensão de dignidade humana para grandes primatas
 Tutela constitucional dos animais
 STF e crueldade animal

Animal domesticado é a forma bonita de dizer que o ser humano tem interesse e precisa do direito
para protegê-lo, é privatizar o animal, dar um dono ao animal, para protegê-lo dos demais, ou justificar
o uso.

A ideia do bem difuso vem depois da segunda guerra mundial para que o cidadão também tome conta
dos animais e do meio ambiente, pois quando o estado tornou os animais selvagens públicos as
pessoas perderam o interesse em cuidar, assim vem a ideia de direito difuso para tentar conscientizar
a população sobre a importância no cuidado animal.

Citações diretas do texto:


Taíssa T. R. Busquets 2023.1

 Dispõe a Lei 5.197 de 1967 que: "Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu
desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre,
bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais, são propriedade do Estado, sendo
proibida a sua INTRODUÇÃO AO DIREITO AMBIENTAL BRASILEIRO Página 17 utilização,
perseguição, destruição, caça ou apanha
 Primeiro, que a fauna silvestre não é de propriedade daquele que detém a titularidade do
domínio do solo e da cobertura florística. A jurisprudência, no decorrer dos anos, veio a
consagrar que por "Estado" o legislador quis dizer "União", vale dizer, o Poder Público federal, e
não as unidades federativas. A segunda regra posta pelo art. 1.º é no sentido de que a
dominialidade pública da fauna silvestre vai além das espécies que a compõem, estendendo-se
aos "seus ninhos, abrigos e criadouros naturais", o que amplia, em muito, o campo de atuação
da norma.
 A caça profissional está totalmente vedada no país. Segundo a Lei 5.197/67, "é proibido o
exercício da caça profissional".
 a caça amadorística também está, a princípio, proibida, a não ser quando preenchidos dois
requisitos cumulativos: as peculiaridades regionais comportem seu exercício e haja expressa
autorização do Poder Público.
 A Constituição do Estado de São Paulo, o mais populoso e desenvolvido, promulgada em 1989,
assim estabelece: "Fica proibida a caça, sob qualquer pretexto, em todo o Estado".
 Há uns poucos estados, contudo, onde a caça esportiva é tradicional, como no Rio Grande do
Sul. 111 Aos índios é livre a caça. Declara o Estatuto do Índio que em terras indígenas "é vedada
a qualquer pessoa estranha aos grupos tribais ou comunidades indígenas a prática da caça,
pesca ou coleta de frutos, assim como de atividade agropecuária ou extrativista"
27/04/2023
Faltei
02/05/2023
Na aula de hoje:
RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL
Independente e não é afetada pelas outras esferas, conforme art. 225, §3 da constituição federal.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
 Responsabilidade na sociedade em crise: a preocupação com o futuro, se antecipar aos
problemas, a sociedade sofre com alimentos transgênicos e carnes cheias de hormônios e
conservantes, super-industrializados, tudo isso prejudicando nossa saúde e meio ambiente.
a. Era do antropoceno – nos criamos nossos problemas e precisamos ser responsáveis pela
solução deles.
 Conceito de Dano Ecológico – conduta, resultado e nexo causal são as três bases da
responsabilidade civil clássica, mas no direito ambiental isso é mais fluido. O poluidor somos
todos nós, as pessoas agentes, que causam danos ecológicos que sempre devem ser reparados,
o resultado são as ações poluentes que tomamos, por exemplo poluição dos mares, queimadas,
envenenamento de solo etc. Não se discute culpa no direito ambiental, a responsabilidade é
objetiva, dessa forma o nexo causal é mais fluido e a responsabilidade é solidaria, se você
provar que não é culpado, mas ainda é responsabilidade solidário você deve entrar com ação
regressiva contra os devidos culpados, mas na ação ambiental você terá a obrigação solidaria
de reparar.
 Funções
a. Preventiva – devido a assumir o risco de exercer a atividade, mesmo que haja um caso
fortuito por causa da teoria do risco integral a empresa ainda responde pelos danos,
mesmo que ela não seja diretamente responsável pelos danos, casos de força maior e
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

fortuito não excluem a responsabilidade do dano ambiental. Ela deve sempre agir de
maneira preventiva, para que o dano nunca ocorra.
b. Reparadora – causado o dano, existe o dever de reparar, é uma obrigação indisponível
que deve obedecer a alguns requisitos
 Requisitos – in loco (no mesmo plano, bacia ou bioma degradado), in natura (reparando o que
você degradou), in tontum (você precisa reparar a totalidade do dano).
 Responsabilidade objetivava
 Fundo Reparação – para onde vai o dinheiro? Já que é dano difuso vai para o fundo de proteção
do meio ambiente gerido pelo estado ou união, dependendo da competência o SISNAMA que
gere o fundo. Esse fundo que cobre as indenizações e gerência os valores para a proteção do
meio ambiente.

04/05/2023
Na aula de hoje:
PROCESSO AMBIENTAL
Se abre um processo ambiental através de uma reclamação ao poder publico ou ao ministério público,
sendo ao órgão de execução do SISNAMA, como por exemplo o IBAMA, podendo responder a um auto
de infração, e ou firmando um TAC (termo de ajuste de conduta).

Caso seja o MP ele abre um inquérito civil que pode ser transformado em uma ação civil pública no
judiciário ou em um termo administrativo de conduta que devera ser validado pelo conselho superior
do ministério público, se não cumprir o TAC é executado.

Na via judicial através da execução ou ACP resultara em uma obrigação de fazer, não fazer, ou pagar
quantia, que irá para o fundo.

O poder público pode ser tanto alvo quanto redator de TAC.

Citações diretas do texto:


 “Só com a Lei 6.938 de 1981, portanto, é que verdadeiramente tem início a proteção ambiental
como tal no Brasil, indo o legislador além da tutela dispersa, que caracterizava o modelo
fragmentário até então vigente. Afastando-se da metodologia de seus antecessores legislativos,
12a lei não só estabeleceu os princípios, objetivos e instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente, como ainda incorporou, de vez, no ordenamento jurídico brasileiro o Estudo de
Impacto Ambiental, instituindo, ademais, um regime de responsabilidade civil objetiva para o
dano ambiental, sem falar que lhe coube conferir ao Ministério Público, pela primeira vez,
legitimação para agir nessa matéria”
 Quem degrada o meio ambiente responde administrativa, civil e penalmente por seu ato. Em
termos de responsabilidade civil, dispõe a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente que "é o
poluidor obrigado, independentemente de existência de culpa, indenizar ou reparar os danos
causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade". 73 Trata-se, pois, de
responsabilidade civil objetiva, tanto no que se refere a danos pessoais (patrimoniais e morais)
ou, na dicção da lei, "danos causados a terceiros", quanto na hipótese de dano ambiental puro
("danos causados ao meio ambiente")

RESPONSABILIDADE PENAL
A responsabilidade é indisponível independente do dever de reparar. Isso está na constituição e na
legislação infraconstitucional. Responsabilidade penal é em regra subjetiva pois o foco está no fato
criminoso e não no agente.
 Fundamento constitucional art. 225 §3
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

 Fundamento infraconstitucional da responsabilidade lei 9.605/98


 Lei de crimes ambientais – não é focada em prender, pois todo mundo seria um poluidor
potencial, portanto, o foco está na educação, preservação e reparação do meio ambiente.
 Teoria da dupla imputação - PF e PJ – é um combo onde casadamente se responsabiliza a
pessoa física e jurídica obrigatoriamente, o art. 3 da lei 9.605/98 diz que não pode ser aplicada
no direito ambiental, podemos responsabilizar uma ou outra ou ambas, mas é uma escolha.

Citações do texto:
 Uma das principais inovações da Lei 9.605/98 foi a adoção da responsabilidade penal da pessoa
jurídica, novidade essa totalmente alheia à tradição latino-americana, que só admite a
responsabilidade penal da pessoa física.
 A responsabilidade penal da pessoa jurídica "não exclui a das pessoas físicas", 157podendo uma
mesma conduta levar à condenação da empresa, de seus dirigentes e de outros indivíduos que
tenham colaborado com a conduta criminosa.

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
 Fundamento constitucional 225 §3
 Poder de polícia – poder de fiscalizar atuar do estado
 Competência comum
 Instrumentos de proteção
 Preventos – padrões de qualidade, zoneamento ambiental, AIMA, (análise) EIA (estudo) e RIMA,
(relatório impacto ambiental), licenciamento e compensação ambiental.
 Repressivos – Responsabilidade subjetiva prevista na lei de crimes ambientais 9.605/98 (Dispõe
sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências)

09/05/2023
Na aula de hoje: RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA parte 2
 Padrões de qualidade: é um instrumento preventivo que o poder público delega a iniciativa
privada a possibilidade dela evidenciar e se antecipar em determinadas causas na área
ambiental, ganhando certificados por atuar de forma correta ou ideal, podendo ser cobradas
para corresponder ao que se certifica.
 Zoneamento: Fazer um levantamento, mapear, organizar, compreender o espaço para entender
quando determinada coisa pode ser feita.
 AIA/EIA/RIMA: Análise, estudo e relatório de impacto ambiental que tem que ser sempre prévio e
público. Art. 225 §1, IV. A empresa que deve financiar o estudo, quem vai empreender e destruir
deve fazer o estudo e relatório de impacto ambiental.
 Licenciamento: procedimento administrativo que quanto maior o impacto do que será feito mais
complicado o licenciamento. Tendo padrão 3 etapas, 1º levar o projeto pra ser aprovado para
licença previa, 2º ir atras dos investidores com essa licença previa e conseguir o dinheiro para
conseguir a licença de instalação, onde se começa a construir, na fase final vem o licenciamento
de operação que só é liberado quando a obra bate com o projeto original.
 Compensação: Nos casos onde a poluição que seria gerada é muito grande o poder público
exige que a empresa se adeque o melhor possível e caso ela não consiga, será preciso no
projeto apontar as compensações que ela fara para retribuir pela poluição inevitável que ela
comete. O que para o poder publico é interessante pois ele passa o custo da proteção ambiental
para iniciativa privada e ainda fomenta a indústria e o comercio. Sendo que isso é exceção, a
regra é restaurar não compensar.

NA PROVA
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

Princípios todos
Externalidade – as externalidades negativas para não inviabilizar a produção, não podendo socializar
pois o custo não pode ser divido, se você quer lucrar com aquilo precisa arcar com o custo
externalizado
Precaução e prevenção
Estocolmo 72
Lei que prevê o fundo de direitos difusos, na lei de ação civil pública. Lei 7347/85
SISNAMA ta na lei da política pública, composto pelo CONAMA.
Entre CONAMA e legislação prevalece legislação, na lacuna o CONAMA pode bolar normas infralegais
Backlash? Quando o legislativo contraria o judiciário. Emenda 96, quando o legislativo contrariou o STF
pra liberar a vaquejada.
Proteção animal, bem-estar e abolicionismo. Direito da personalidade.
Onde está prevista a lei 140/2011 traz as formas de competência. PREDOMINANCIA DO INTERESSE
JOSE AFONSO DA SILVA. ART. 3 AO 6.
Interesse nacional, interesse local e residual.
Diferença entre IBAMA (RESIDENCIA RESIDUAL) e CMBIL (GESTÃO E CONVERSÃO FEDERAL)
Exceção que é competência exclusiva do estado, que é a do gás natural, só do estado.

11/05/2023
Prova
16/05/2023
faltei
18/05/2023
Aniversario do professor
23/05/2023
Na aula de hoje:
Lei nº 9985/2000 – Sistema Nacional de Unidades de Conservação
 Unidades de proteção integral – refúgio de vida silvestre, aberto à visitação pública, com
finalidade de preservação, sua constituição em regra ocorre em terras públicos, mas também é
possível em áreas particulares. Geralmente administrados pelo CMBIO na esfera federal e pelos
órgãos estaduais na esfera estadual, esses REVES. As normas de visitação vão estar sempre no
plano de manejo (norma que regula a unidade de conservação) fundamentadas no
preservacionismo.
 Unidade de Uso sustentável – 7 Unidades – floresta nacional
1. Art. 14 ao 21
Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade
de conservação:
I - Área de Proteção Ambiental;
II - Área de Relevante Interesse Ecológico;
III - Floresta Nacional;
IV - Reserva Extrativista;
V - Reserva de Fauna;
VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de
ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como
objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais.(Regulamento)
§ 1o A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas.
§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a
utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Proteção Ambiental.
§ 3o As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio
público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade.
§ 4o Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para
pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais.
§ 5o A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido pelo órgão responsável por
sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da
sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no regulamento desta Lei.

Art. 16. A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral de pequena extensão,
com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que
abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de
importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo
com os objetivos de conservação da natureza.
§ 1o A Área de Relevante Interesse Ecológico é constituída por terras públicas ou privadas.
§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a
utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Relevante Interesse Ecológico.

Art. 17. A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente
nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa
científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas.(Regulamento)
§ 1o A Floresta Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas
em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.
§ 2o Nas Florestas Nacionais é admitida a permanência de populações tradicionais que a habitam
quando de sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da
unidade.
§ 3o A visitação pública é permitida, condicionada às normas estabelecidas para o manejo da
unidade pelo órgão responsável por sua administração.
§ 4o A pesquisa é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável
pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e àquelas previstas
em regulamento.
§ 5o A Floresta Nacional disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por
sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da
sociedade civil e, quando for o caso, das populações tradicionais residentes.
§ 6o A unidade desta categoria, quando criada pelo Estado ou Município, será denominada,
respectivamente, Floresta Estadual e Floresta Municipal.

Art. 18. A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais,
cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência
e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida
e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade.
(Regulamento)
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

§ 1o A Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido às populações extrativistas


tradicionais conforme o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica, sendo que as
áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas, de acordo com o que dispõe
a lei.
§ 2o A Reserva Extrativista será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão
responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de
organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se
dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade.
§ 3o A visitação pública é permitida, desde que compatível com os interesses locais e de acordo com
o disposto no Plano de Manejo da área.
§ 4o A pesquisa científica é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão
responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e às
normas previstas em regulamento.
§ 5o O Plano de Manejo da unidade será aprovado pelo seu Conselho Deliberativo.
§ 6o São proibidas a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou profissional.
§ 7o A exploração comercial de recursos madeireiros só será admitida em bases sustentáveis e em
situações especiais e complementares às demais atividades desenvolvidas na Reserva Extrativista,
conforme o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade.

Art. 19. A Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais de espécies nativas,
terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos
sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos.
§ 1o A Reserva de Fauna é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas
em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.
§ 2o A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o manejo da unidade e de
acordo com as normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração.
§ 3o É proibido o exercício da caça amadorística ou profissional.
§ 4o A comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas obedecerá ao
disposto nas leis sobre fauna e regulamentos.

Art. 20. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural que abriga populações
tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos
naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que
desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade
biológica.(Regulamento)
§ 1o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável tem como objetivo básico preservar a natureza e,
ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria
dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das populações tradicionais,
bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente,
desenvolvido por estas populações.
§ 2o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é de domínio público, sendo que as áreas
particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário, desapropriadas, de acordo
com o que dispõe a lei.
§ 3o O uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais será regulado de acordo com o
disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica.
§ 4o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido
pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos,
de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se
dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade.
§ 5o As atividades desenvolvidas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável obedecerão às
seguintes condições:
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

I - é permitida e incentivada a visitação pública, desde que compatível com os interesses locais e de
acordo com o disposto no Plano de Manejo da área;
II - é permitida e incentivada a pesquisa científica voltada à conservação da natureza, à melhor
relação das populações residentes com seu meio e à educação ambiental, sujeitando-se à prévia
autorização do órgão responsável pela administração da unidade, às condições e restrições por este
estabelecidas e às normas previstas em regulamento;
III - deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o tamanho da população e a
conservação; e
IV - é admitida a exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo
sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis, desde que sujeitas ao
zoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área.
§ 6o O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de proteção
integral, de uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos, e será aprovado pelo
Conselho Deliberativo da unidade.

Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com
perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. (Regulamento)
§ 1o O gravame de que trata este artigo constará de termo de compromisso assinado perante o
órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público, e será averbado à margem da
inscrição no Registro Público de Imóveis.
§ 2o Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conforme se dispuser em
regulamento:
I - a pesquisa científica;
II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais;
III - (VETADO)
§ 3o Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno, prestarão orientação técnica
e científica ao proprietário de Reserva Particular do Patrimônio Natural para a elaboração de um
Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da unidade.

25/05/2023
Na aula de hoje: TOTAL DE 18 RESERVAS.
ZONA DE AMORTECIMENTO
Art. 2 inciso XVIII
XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas
estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos
sobre a unidade; e
CORREDOR ECOLOGIO
Art. 2 inciso XIX
XIX - corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de
conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão
de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que
demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais.
RESERVAS DA BIOSFERA
Art. 41

Art. 41. A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e
sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o
desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o desenvolvimento
sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações.(Regulamento)
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

§ 1o A Reserva da Biosfera é constituída por:

I - uma ou várias áreas-núcleo, destinadas à proteção integral da natureza;

II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas atividades que não resultem em dano para
as áreas-núcleo; e

III - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo de ocupação e o manejo dos
recursos naturais são planejados e conduzidos de modo participativo e em bases sustentáveis.

§ 2o A Reserva da Biosfera é constituída por áreas de domínio público ou privado.

§ 3o A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de conservação já criadas pelo Poder Público,
respeitadas as normas legais que disciplinam o manejo de cada categoria específica.

§ 4o A Reserva da Biosfera é gerida por um Conselho Deliberativo, formado por representantes de instituições
públicas, de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser em regulamento e no
ato de constituição da unidade.

§ 5o A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa Intergovernamental "O Homem e a Biosfera – MAB",
estabelecido pela Unesco, organização da qual o Brasil é membro.

CÓDIGO FLORESTAL nº 12.651/12 – não integrantes do SNUC - ATÍPICAS

AREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE


Art. 3 inciso II
II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função
ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo
gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;

RESERVA LEGAL
Art. 3 inciso III
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12,
com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a
conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o
abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa;

RESERVA DA BIOSFERA

Art. 41. A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e
sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o
desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o desenvolvimento
sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações.(Regulamento)

§ 1o A Reserva da Biosfera é constituída por:

I - uma ou várias áreas-núcleo, destinadas à proteção integral da natureza;

II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas atividades que não resultem em dano para
as áreas-núcleo; e

III - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo de ocupação e o manejo dos
recursos naturais são planejados e conduzidos de modo participativo e em bases sustentáveis.
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

§ 2o A Reserva da Biosfera é constituída por áreas de domínio público ou privado.

§ 3o A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de conservação já criadas pelo Poder Público,
respeitadas as normas legais que disciplinam o manejo de cada categoria específica.

§ 4o A Reserva da Biosfera é gerida por um Conselho Deliberativo, formado por representantes de instituições
públicas, de organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser em regulamento e no
ato de constituição da unidade.

§ 5o A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa Intergovernamental "O Homem e a Biosfera – MAB",
estabelecido pela Unesco, organização da qual o Brasil é membro.

AREAS DE SERVIDÃO FLORESTAL

“Art. 9º-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumento público ou
particular ou por termo administrativo firmado perante órgão integrante do Sisnama, limitar o uso de toda a sua
propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais existentes, instituindo
servidão ambiental.

§ 1º O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental deve incluir, no mínimo, os seguintes itens:

I - memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo pelo menos um ponto de amarração
georreferenciado;

II - objeto da servidão ambiental;

III - direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor;

IV - prazo durante o qual a área permanecerá como servidão ambiental.

§ 2º A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação Permanente e à Reserva Legal mínima
exigida.

§ 3º A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão ambiental deve ser, no mínimo, a
mesma estabelecida para a Reserva Legal.

§ 4º Devem ser objeto de averbação na matrícula do imóvel no registro de imóveis competente:

I - o instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental;

II - o contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão ambiental.

§ 5º Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão ambiental deve ser averbada na matrícula de
todos os imóveis envolvidos.

§ 6º É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a alteração da destinação da área, nos casos
de transmissão do imóvel a qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos limites do imóvel.

§ 7º As áreas que tenham sido instituídas na forma de servidão florestal, nos termos do art. 44-A da Lei nº 4.771,
de 15 de setembro de 1965, passam a ser consideradas, pelo efeito desta Lei, como de servidão ambiental.” (NR)

RESERVA ECOLOGICA
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

Reserva Ecológica (Resec) constitui uma categoria de Unidade de Conservação anterior ao Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (SNUC), que garante o reconhecimento de áreas em ecossistemas de alta fragilidade
ambiental, conferindo características de proteção integral do meio.

MONUMENTOS NATURAIS TOMBADOS


Bem, ou conjunto de bens culturais ou naturais, de valor reconhecido para determinada localidade, região, país, ou
para a humanidade, e que, ao se tornar(em) protegido(s), como p. ex., pelo tombamento, deve(m) ser preservado(s)
para o usufruto de todos os cidadãos

O tombamento significa um conjunto de ações realizadas pelo poder público com o objetivo de preservar, por meio da
aplicação de legislação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor
afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
Faz parte do instituto do tombamento a inscrição de sua instituição em um dos Livros do Tombo ou no livro
apropriado da repartição estadual ou municipal competente. Enfatize-se que o tombamento não se encerra com essa
inscrição, mas continua intensamente presente na vida da coisa tombada.

Essa modalidade de tombamento é feita mediante ato do administrador público em virtude do cargo que ocupa (no
caso o Presidente do Iphan) e dispensa a iniciativa ou participação de terceiros, mas precisa ser submetido à
apreciação do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, mediante parecer, e posterior homologação

RESERVAS INDIGÉNAS

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os
direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer
respeitar todos os seus bens.

§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as
utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a
seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.

§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o
usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.

§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das
riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as
comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.

§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.

§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional,
em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após
deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.

§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o
domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e
dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei
complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma
da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.

§ 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.

Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em
defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

30/05/2023
FALTEI
01/06/2023
Na aula de hoje: O promotor de justiça de São Paulo Laerte Levai dará aula. Muito ligado ao direito
ambiental e a proteção animal.

Histórico do direito animal. A criminalização do maus-tratos aos animais chegou em 98.


Livros recomendados: do professor.

Atuação do MP na área ambiental

Fauna é silvestre e não silvestre.

Lixões

06/06/2023
FALTEI
TUTELA JURÍDICA DO PRATIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos
formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-


culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,


ecológico e científico.

§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural


brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de
acautelamento e preservação.

§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as


providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. (Vide Lei nº 12.527, de 2011)

§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais.

§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.

§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos
quilombos.
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

§ 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco
décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais, vedada a
aplicação desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.

A legislação determina vários instrumentos passíveis de utilização para a tutela do patrimônio cultural; contudo,
muitos deles não são utilizados por falta de recursos e, principalmente, falta de interesse político, uma vez que o
meio ambiente há tempos não é tratado como prioridade na sociedade de consumo ora existente.  Os proprietários
dos bens de valor cultural são em grande parte responsáveis por sua degradação, pois a limitação do direito de
propriedade a eles imposta, com ausência de indenização, provoca grande resistência destes em preservar o valor
cultural do bem pelo qual são responsáveis.  A lei 9605/98 dá ênfase à reparação do dano, cominando penas baixas
e prescrições tênues aos delitos cometidos contra o patrimônio cultural. De certa forma, tal procedimento pode não
inibir de todo as ações dos transgressores de tais regras, mas, ao mesmo tempo, propõe uma nova concepção de
direito penal mais humanitário, voltado à resolução do conflito e não à punição severa e exacerbada de seus
responsáveis, opção esta indubitavelmente mais efetiva e inteligente.  A solidariedade intergeracional nos propõe
como novo desafio a proteção do patrimônio cultural, uma vez que o direito ao meio ambiente não pertence apenas
a nós, mas a todos as gerações futuras. É importante salientar-se que enquanto o patrimônio natural é garantia de
sobrevivência física da humanidade, que necessita do ecossistema – ar, água e alimentos – para viver, o patrimônio
cultural é garantia de sobrevivência social dos povos, porque é produto e testemunho de sua vida (SOUZA FILHO,
1997, p. 10).

13/06/2023
NA AULA DE HOJE:
Aula de Isaura Genoveva, mestranda – continuação de tutela jurídica do patrimônio cultural brasileiro.
Marco histórico – do terreiro de candomblé, Casa Branca em Salvador.

O Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, chamado em iorubá (língua ritual de seu culto) Ilê Axé
Iyá Nassô Oká, é um dos mais antigos e respeitados santuários da religião dos Orixás. Deu origem a
centenas de outros terreiros, por todo o País. Dele descendem, por exemplo, os famosos templos do
Gantois e do Axé Opô Afonjá, cada um deles fonte de inúmeros outros. Por isso o poeta Francisco
Alvim, evocando Edson Carneiro, chamou essa venerável matriz de "Mãe de Todas as Casas".

Implantado a princípio na Barroquinha, em pleno Centro Histórico de Salvador, o famoso Ilê Axé
(santuário, em iorubá) que tomou o nome de sua fundadora, a princesa Iyá Nassô, foi o primeiro templo
religioso não católico a ser tombado como patrimônio histórico do Brasil (Processo número 1.067-T-82,
Inscrição número 93, Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, fls. 43, e Inscrição número 504,
Livro Histórico, fls. 92. Data: 14. VIII. 1986). Este tombamento foi decidido em maio de 1984, em
reunião do Conselho do IPHAN, e foi homologado em 27 de junho de 1986 pelo então Ministro da
Cultura, Celso Monteiro Furtado, nos termos da Lei de número 6292, de 15 de dezembro de 1975, e
para os efeitos do Decreto-Lei número 25, de 30 de novembro de 1937.

Mas não é só isso: o Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho foi também reconhecido patrimônio
cultural da Cidade do Salvador pela PMS, que primeiro o tombou e depois o tornou Área de Preservação
Cultural e Paisagística deste município (Decreto Municipal 6.634 de 04.08.82, publicado em 08/08/82;
Lei Municipal número 3.591, de 16/12/85). O terreno que encerra os seus principais templos foi
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

desapropriado pela PMS para doação à associação civil que representa sua comunidade religiosa
(Decreto Municipal número 7.321 de 05 de junho de 1985, publicado no Diário Oficial do Estado da
Bahia em 08 e 09/11/85, retificado pelo Decreto Municipal de número 7.402, de 16/10/85, também
publicado pelo Diário Oficial deste Estado). Posteriormente, o Governo do Estado desapropriou
também, para o mesmo efeito (Decreto número 292 de 8 de setembro de 1987), um posto de gasolina
que ocupava indevidamente a chamada Praça de Oxum, praça que integra o conjunto monumental
deste famoso Terreiro. Tudo isso está bem documentado, é de conhecimento público e matéria de lei
que não pode ser ignorada. Teve ampla divulgação na imprensa local e nacional. Tanto a União,
através do IPHAN e da Fundação Palmares, como o governo municipal de Salvador investiram na
restauração dos monumentos deste Ilê Axé, que agora a Prefeitura soteropolitana ameaça leiloar.

A exposição de motivos que fundamentou o tombamento do Terreiro da Casa Branca pelo IPHAN e os
estudos que serviram de base para a edição dos diplomas legais que consagraram a área deste templo
e o conjunto de seus monumentos como patrimônio cultural de Salvador o caracterizam enfática e
reiteradamente como um templo religioso. Não cabe dúvida de que o Terreiro da Casa Branca merece
esta categorização. Documentos etnográficos e laudos periciais o atestam abundantemente. De resto,
este monumento, reconhecido como patrimônio do Brasil, foi tombado como templo religioso pela
União e pelo Município... Podem, portanto, dar testemunho neste sentido tanto o Governo Federal
quanto a Prefeitura Municipal do Salvador. De resto, além de decretar seu tombamento, o prefeito
Manoel Castro também isentou de impostos o Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho.

O registro desta célebre Casa nos livros de Tombo Histórico e Etnográfico do IPHAN não foi um ato
infundado. Longe disso. Quem tiver dúvidas de seu valor para a memória afro-brasileira pode hoje
consultar uma obra magnífica que aborda sua história secular, assinalando, também, suas profundas
raízes nos reinos africanos de Oyó e Ketu: refiro-me ao belo livro de Renato da Silveira, "O Candomblé
da Barroquinha", editado pela Maianga em 2006. Pode também consultar tese de doutorado de Rafael
Oliveira, defendida em 2004 no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFBA, que além de
fazer-lhe a etnografia aborda a imensa rede de centros de culto afro-brasileiros ligados ao famoso
candomblé do Engenho Velho. Mas isso para falar só de obras recentes... Livros de escritores e artistas
do porte de Jorge Amado e Carybé, de etnógrafos como Pierre Verger, Vivaldo da Costa Lima e Roger
Bastide falam abundantemente desta Casa sagrada; na verdade, na etnografia do Candomblé baiano é
difícil encontrar um estudo que não lhe faça referência.

O prestígio do templo da Casa Branca do Engenho Velho não se circunscreve a Salvador nem ao mundo
do Candomblé. Este Terreiro já foi visitado por um Presidente da República (Juscelino Kubitschek), por
um Prêmio Nobel (Wole Soynka), por ministros e secretários de Estado, por religiosos de diferentes
credos e de diversas partes do mundo: já foram recebidos em seu sagrado recinto um emissário do
Vaticano, uma delegação de pastores evangélicos da Noruega, reis-sacerdotes da Nigéria, xamãs
indígenas como os xinguanos Raoni e Tacumã e muitos outros visitantes ilustres. Da Comissão de
Defesa da Casa Branca participaram, entre outros, o Abade Dom Timóteo Amoroso Anastácio e os
comunistas Haroldo Lima e Fernando Santana. A restauração da Praça de Oxum foi feita com base em
projeto de Oscar Niemeyer, que o presenteou à comunidade do templo de Iyá Nassô. Três
Governadores Baianos (Waldir Pires, Antônio Carlos Magalhães e Jaques Wagner) e vários prefeitos de
Salvador já foram recebidos no célebre Terreiro e lhe fizeram homenagem. Nenhum desses visitantes
ilustres jamais acreditaria que se pudesse pôr em dúvida a condição de templo religioso da Casa
Branca do Engenho Velho.

Como todos sabem, a Constituição Brasileira, no seu artigo 150, considera imunes de impostos os
templos religiosos. Mas uma coisa ninguém compreende: porque motivo, ou com que propósito, a
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

Prefeitura Municipal do Salvador insiste em cobrar imaginário débito de IPTU ao Terreiro da Casa
Branca do Engenho Velho e ameaça levar a leilão seus monumentos, seu território sagrado. Por acaso
cobra-se IPTU da Igreja do Bonfim, dos templos da Igreja Universal, dos lugares sagrados de outros
credos e denominações religiosas em Salvador? Porque com as religiões do povo negro há de ser
diferente? Por que os templos afro-brasileiros são tratados de forma discriminatória? Não estão as
autoridades do município conscientes de que o povo da Bahia merece respeito e suas tradições de
origem africana devem ser valorizadas? Esqueceram-se disso? Esqueceram a própria legislação
municipal? As ameaças que acompanham a impertinente, obstinada, importuna e desrespeitosa
cobrança de um imposto indevido têm levado o desassossego a veneráveis e idosas sacerdotizas, ao
povo-de-santo da Casa Branca e de toda a Bahia. É preciso pôr fim a esta ofensa ao sentimento
democrático dos baianos; é imperativo fazer cessar este insulto à cultura, esta agressão ao direito. O
povo baiano não aceita esse vexame.

Fonte(s): SERRA,Ordep. Terreiro da Casa Branca: patrimônio do Brasil, 2008, Salvador.

Atualmente existe dois processos contra a União e o Município para preservar esse terreiro, e ambos
empurram a responsabilidade. Sofrendo de grande racismo religioso por ser um centro de religião de
matriz africana. É necessário um grande território para os cultos da matriz africana, sendo essa a luta
dos ativistas, pois não basta preservar apenas um prédio, é necessário haver arvores, plantas e terra,
sendo essa luta pela terra que tem 6.800 metros, em uma área valorizada e constantemente invadida
e havendo constantes embates pelos espaços.

O município e a União se eximem de proteger o território, deixando obras irregulares lá, que põem em
risco o terreiro passando a responsabilidade um por outro e deixando vulneráveis os membros do
terreiro. Havendo várias invasões ao longo dos anos, que não estão sendo respeitadas e deixando as
religiões de matriz africana sem área de culto.

15/06/2023
ASSUNTOS DA 2.ª PROVA (20/06)

I. Unidades de Conservação
Fundamento Constitucional.
Áreas Protegidas na Constituição Federal de 1988.
Lei n.9.985/2000 - SNUC.
Unidades de Proteção Integral.
Unidades de Uso Sustentável.

II. Código Florestal


História da Legislação.
Fundamento Constitucional.
Espaços Protegidos.
Reserva Legal.
Área de Preservação Permanente.
Cadastro Ambiental Rural.

III. Tutela Jurídica do Patrimônio Ambiental Brasileiro

IV. Tombamento
Taíssa T. R. Busquets 2023.1

20/06/2023
PROVA

Você também pode gostar