Ecoturismo PDF
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ECOTURISMO E O PAPEL DO
MINISTÉRIO PÚBLICO EM SUA
DEFESA E CONTROLE
1 Introdução
O presente estudo é adaptação de painel apresentado no III Congresso
Internacional de Direito Ambiental promovido pela Escola Superior do Ministério
Público da União em Campo Grande – MS, no período de 14 a 16 de abril de 2004.
O objetivo é traçar algumas considerações sobre o regime jurídico do ecoturismo e
o papel do Ministério Público em sua defesa e controle. Para tanto é necessário que se
estabeleçam com precisão o conceito de meio ambiente e recursos ambientais, bem como
do que seja ecoturismo. Também serão feitas incursão sobre a natureza jurídica do bem
turístico e abordagem sobre o direito ao turismo.
Em seqüência, serão elencados os princípios atinentes à matéria e a questão
da função turística da propriedade, para, após, traçar-se o papel do Ministério
Público na defesa e controle dos bens turísticos e do direito ao turismo como direito
fundamental ao lazer.
Com esta explanação não se pretende, por óbvio, esgotar a matéria ou pacificar o
assunto, ao contrário, o que se objetiva é apenas fomentar o debate sobre o tema já que é
tão escassa a doutrina no assunto e quase inexistente jurisprudência a respeito de defesa
do bem turístico e do direito ao turismo, especificamente ao ecoturismo.
∗
Luciano Furtado Loubet é Pós-Graduando em Direito Ambiental pela Universidade para o Desenvolvimento da
Região do Pantanal (UNIDERP); Promotor de Justiça em Bonito, no Estado de Mato Grosso do Sul; Ex-Juiz de
Direito Substituto no Estado do Acre; Especialista em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos
Tributários (IBET).
Ao tratar sobre meio ambiente na Constituição Federal, o art. 225 dispõe ser
este “bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”, além de
Não se pode, dessa forma, atribuir ao bem difuso a qualidade de bem público
propriamente dito, pois este não está no patrimônio de qualquer ente público, ao
contrário, é pertencente a toda a coletividade, e não só das presentes, mas também
das futuras gerações.
Fiorillo (2003, p. 53) traça como critério diferenciador entre o bem público e
o bem difuso a titularidade, sendo que o primeiro tem como titular o Estado (ainda
que deva geri-lo em função e em nome da coletividade), ao passo que o de natureza
difusa repousa a sua titularidade no próprio povo, tanto que eventuais indenizações
decorrentes de lesões a esses bens têm natureza diversa: a indenização do bem
público volta-se aos cofres do ente prejudicado; a indenização do bem difuso, ao
fundo de defesa dos direitos difusos (Lei n. 7.347/85, art. 13).
Em assim sendo, o primeiro elemento do regime jurídico do meio ambiente é
de que ele é um bem difuso, não pertencente nem ao Estado, nem ao particular, mas
sim à coletividade, representada pelas presentes e futuras gerações.
Outro elemento caracterizador desse regime jurídico é o da indisponibilidade,
matéria que será desenvolvida com maior profundidade no item 5.4.
Também característica do meio ambiente é sua insuscetibilidade de
apropriação, seja pelo próprio Estado, seja pelos particulares, fato este decorrente
diretamente do princípio da indisponibilidade.
Em conclusão, o regime jurídico do meio ambiente como bem autônomo –
sem prejuízo de outras características a serem mais exploradas – é o de bem difuso
de uso comum do povo, incorpóreo, indisponível e insuscetível de apropriação.
Situação diversa é a que diz respeito ao regime jurídico dos recursos
ambientais, pois, nesse caso, cada um considerado individualmente pode ter um
regulamento próprio, não havendo necessariamente um regime jurídico único para
todos eles, tendo como único traço comum a impossibilidade de seu uso ser lesivo ao
meio ambiente como bem autônomo.
Ocorre que os recursos ambientais individualmente considerados podem ter
regime inclusive de direito privado, como é o caso das árvores, que segundo o
Código Civil (art. 79) são consideradas bens móveis e, assim que removidas – com o
devido licenciamento –, podem ser livremente comerciadas.
De igual maneira, um prédio histórico ou com valor arquitetônico relevante –
ainda não tombado – não perde sua condição de propriedade particular, podendo ser
alienado, hipotecado, locado, usado, desde que isso não influencie em sua
característica histórica ou arquitetônica.
Ora, é possível afirmar-se que uma árvore, isoladamente, ou um conjunto
restrito delas ou, ainda, o prédio histórico mencionado são bens de uso comum do
povo, indisponíveis, insuscetíveis de apropriação etc.? A resposta é negativa, pois
ambos – mesmo considerados como recursos ambientais – têm regime de direito
privado com titularidade pertencente a uma pessoa – física ou jurídica – particular.
Essencial, assim, a diferenciação entre meio ambiente e recursos naturais,
pois somente o primeiro é difuso, de uso comum do povo, indisponível e insuscetível
de apropriação, e os demais seguem regime jurídico próprio a ser analisado caso a
caso.
Nada obsta, portanto, a que certo recurso ambiental (p. ex., as árvores
existentes fora de áreas de preservação permanente e reserva legal ou o prédio de
valor histórico) tenha regime jurídico de direito privado e outros (p. ex., a caça)
sejam regidos por regime de direito público, em razão da titularidade (por serem os
animais silvestres de propriedade da União).
Com base nessas assertivas é possível reconhecer que a indisponibilidade
existente no meio ambiente não é aplicável imediatamente ao caso dos recursos
ambientais, pois a estes pode ser aplicada indisponibilidade total (p. ex., em relação
à impossibilidade de apropriação do ar atmosférico ou à vedação à caça, com raras
exceções), restrita (p. ex., em relação à pesca, que é vedada em alguns períodos nos
rios, bem como mediante certos petrechos) e até mesmo nenhuma (p. ex., nos casos
de florestas na propriedade fora da área de preservação permanente e reserva legal,
que pode ser suprimida mediante simples ato administrativo autorizativo,
ressalvadas as espécies protegidas).
Não se conclua, contudo, que em decorrência de alguns recursos ambientais
deterem essa condição de regime privado poderá o proprietário utilizar-se deles a
seu juízo, de forma irresponsável, pois além de ser imperioso o exercício da função
social e ambiental da propriedade, a utilização de tais recursos está limitada à
atividade sustentável, de forma que não prejudique o macrobem de que ele faz parte:
o meio ambiente.
Nesses casos, como bem adverte Mirra (2002, p. 48), o regime jurídico do
meio ambiente adotado no Brasil, além de se direcionar aos recursos ambientais que
pertencem a todos, indivisível e indistintamente (p. ex., ar, praias etc.), incide
igualmente sobre todos os elementos corpóreos configuradores do seu substrato
material, qualquer que seja a sua titularidade, e em relação a todas as atividades ou
práticas que de alguma forma estão relacionadas com o meio ambiente e com os
bens ambientais, para orientá-los e condicioná-los – uns e outras – à preservação da
qualidade ambiental propícia à vida.
Esclarecendo-se ainda mais, afirma-se com certeza que a limitação de
utilização desses recursos ambientais pelos seus titulares – sejam eles entes
públicos ou privados – é justamente aquela pautada pela legalidade e pela não-
influência negativa sobre o meio ambiente. O que permite concluir que é vedada a
utilização de recursos ambientais de forma que influencie negativamente no meio
Ocorre que – salvo melhor juízo – os bens ali elencados são recursos
ambientais e não o meio ambiente em si e, portanto, podem ser considerados bens
públicos, assim como as árvores acopladas ao solo de uma propriedade particular
são consideradas bens particulares.
A seguir o raciocínio do referido mestre, também seriam inconstitucionais
quaisquer dispositivos que atribuíssem outros recursos ambientais a particulares,
como no caso das árvores, solo, prédio histórico, entre outros.
Também não seria lícito ao proprietário de um imóvel banhado por rio de
interesse ecológico proibir entrada de terceiros que busquem ali desfrutar desse bem
ambiental (já que ele seria de uso comum do povo).
Isso não impede, contudo, que os bens ali elencados (art. 99, I, CC/2002)
tenham regime jurídico diferenciado previsto em leis específicas (Lei de Recursos
Costeiros, Lei de Recursos Hídricos etc.), pois são justamente essas limitações e
especificidades que os caracterizam como recursos ambientais: bens de interesse
público.
3 Conceito de ecoturismo
Antes de traçar-se o conceito de ecoturismo é importante que se faça uma
incursão sobre alguns números do turismo no mundo e no Brasil, visando à
demonstração de sua importância, bem como estabelecendo o percentual que o
ecoturismo representa nessa expressiva atividade econômica.
Segundo dados do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (Word Travel
and Tourism Council – WTTC) e da Organização Mundial do Turismo (OMT), o
turismo é a principal atividade econômica do mundo, superando a indústria do
automóvel, do aço, eletrônica, petrolífera e a agricultura, atingindo 10,9% do PIB
mundial, responsável por 204 milhões de empregos (10% da força de trabalho
global), tendendo a crescer 7,5% ao ano nos próximos dez anos (DIAS, 2003, p. 9).
Infelizmente, o Brasil ocupa um modestíssimo 27º lugar no ranking mundial
do turismo (OMT, 1999), representando um fluxo de 0,9% de todos os turistas que
visitaram outros países no ano de 1999, ficando atrás de países como a Polônia (10º
lugar) e a Áustria (11º lugar).
Por outro lado, essa situação tende a melhorar com o implemento de mais
infra-estrutura e propaganda, fato este já perceptível com os números de 2003, pois,
segundo informações da Embratur, houve um aumento de 8,12% de turistas
estrangeiros que visitaram o Brasil em relação ao ano anterior
(<www.senaiturismo.com.br>, acesso em 5 abr. 2004).
O ecoturismo, por seu turno, ocupa 20% dos turistas do mundo, sendo uma
indústria em franca expansão, tendente a crescer entre 10% e 30% anualmente,
percentual bem superior que a previsão do crescimento do turismo em geral (7,5%)
(LOWE, Folha de S. Paulo, 7 mar. 2004).
Para que se perceba a importância desse segmento dentro do turismo e da
economia mundial, basta anotar que a Organização das Nações Unidas declarou o
ano de 2002 como Ano Internacional do Ecoturismo, fato este que evidencia a
percepção internacional da relevância dessa atividade.
A despeito da explosão do ecoturismo ser recente, a história demonstra que
suas origens são mais remotas, decorrentes do turismo de natureza e ao ar livre,
pois os visitantes que, há um século, chegaram em massa aos parques nacionais de
Yellowstone e Yosemite, nos Estados Unidos, foram os primeiros ecoturistas.
Aqueles pioneiros caminhantes que se embrenharam por Serengeti, há 50 anos, e os
aventureiros do Himalaia, 25 anos mais tarde, eram tão ecoturistas quanto os
milhares que hoje fotografam pingüins da Antártida ou participam de safáris
ecológicos na África (LEUZINGER, 2002, p. 24).
Objetivando uma melhor visualização sobre a matéria, para que não haja
confusão de conceitos, é necessário que se estabeleça a diferenciação entre o
turismo de massa, o ecoturismo, o turismo de natureza e o turismo sustentável. Para
tanto é esclarecedora a lição de Dias (2003, p. 15 e 107):
“O turismo de massa [...] é caracterizado por um grande volume de pessoas que
viajam em grupos ou individualmente para os mesmos lugares, geralmente nas
Pois bem, do que foi mencionado até agora pode-se afirmar que o bem
turístico é um recurso ambiental que interessa ao meio ambiente cultural (como
macrobem), podendo ser material (prédio histórico, rio de beleza cênica, praia) ou
imaterial (maracatu, capoeira, culinária etc.), desde que tenha relevância para levar o
ser humano a deslocar-se de seu local de origem para visitá-lo ou com ele interagir.
Sendo o bem turístico uma espécie de recurso ambiental, o seu regime
jurídico segue o mesmo sistema já mencionado de todos os recursos ambientais,
podendo ser diferente dependendo de quem seja seu titular ou das normas
específicas para cada bem.
Portanto, um prédio de valor turístico, de propriedade de um particular, tem
regime de direito privado, ressalvando-se contudo que seu proprietário não pode agir
visando apropriar-se com exclusividade deste, a ponto de prejudicar o macrobem
ambiental cultural.
Assim, pode o proprietário do prédio vendê-lo, alugá-lo, hipotecá-lo etc., mas
não pode demoli-lo ou alterá-lo, de forma que prejudique sua função turística e,
conseqüentemente, o meio ambiente cultural.
Dessa maneira, o ponto característico dos bens turísticos – como recursos
ambientais que são – é justamente serem eles bens de interesse público, nos estritos
moldes do que já foi exposto no capítulo referente aos recursos ambientais.
Interessante registrar que um mesmo bem (p. ex., mata ciliar) pode ser
considerado recurso natural – na medida em que tem interferência no ecossistema
local –, como também pode evidenciar-se como recurso turístico – na medida em que
serve como paisagem para o desenvolvimento cultural das pessoas que ali
freqüentam em busca de lazer.
Por fim, resta tecer algumas considerações sobre a expressão patrimônio
turístico, mencionada tanto na Constituição Federal (art. 24, VII e VIII), como na
legislação ordinária, entre elas a Lei de Ação Popular, que em seu art. 1º, §1º,
dispõe: “Art. 1º [...] §1º Consideram-se patrimônio público, para os fins referidos
neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou
turístico”.
Pois bem, segundo parece, quando a legislação menciona ser considerado
patrimônio público o bem de valor turístico para fins de ação popular, em verdade,
5 Direito ao turismo
Tratou-se até agora da atividade turística e ecoturística sob o ponto de vista
dos bens turísticos (recursos ambientais). Contudo, outra faceta da questão refere-
se justamente à existência ou não de um direito ao turismo, como parte do direito ao
lazer constitucionalmente garantido.
Ao tratar sobre a eqüidade no acesso aos recursos naturais, Machado (2003,
p. 50) ensina o seguinte:
“A eqüidade deve orientar a fruição ou o uso da água, do ar e do solo. A eqüidade
dará oportunidades iguais diante dos casos iguais ou semelhantes.
Dentre as formas de acesso aos bens ambientais destaquem-se pelo menos três:
acesso visando ao consumo do bem (captação de água, caça, pesca), acesso
causando poluição (acesso à água ou ao ar para lançamento de poluentes; acesso ao
ar para a emissão de sons) e acesso para contemplação de paisagem”.
Assim, para que a propriedade cumpra sua função social, deve ela exercer
dois atributos, um positivo e outro negativo: o positivo consiste em contribuir para a
harmonia ou melhora do local para fomentar o fenômeno turístico; o negativo,
consiste em abster-se de causar quaisquer danos ou interferências na paisagem ou
característica que fomenta o turismo no local.
De outro norte, Mazzilli (2001, p. 176) admite até mesmo a proteção judicial
ao bem não-tombado – em nossa analogia, ao bem não-declarado de interesse
turístico – permitindo inclusive que eventuais restrições ao uso da propriedade
indenizáveis, sejam arcadas pelo Poder Público, a serem exigidas pelo proprietário
em ação própria.
Assim, conclui-se que o papel do Ministério Público na defesa dos bens
turísticos pode ser para exigir condutas comissivas ou omissivas, tanto do
proprietário como da Administração Pública.
Em relação ao proprietário podem ser exigidas ações no sentido de, entre
outras, conservar a propriedade – ajudando no fomento do turismo – ou omissões,
tais como a não-construção de imóvel que venha a romper o equilíbrio arquitetônico
ou paisagístico do local, que venha a prejudicar o interesse turístico.
Também pode ser citada a possibilidade de ajuizamento de ação civil pública
contra o proprietário que explora o ecoturismo, para que respeite a capacidade de
carga do meio ambiente em que exerce sua atividade.
No que pertine à Administração Pública, podem ser exigidas condutas
omissivas – como a de não causar, com obras públicas, danos à paisagem de
9 Conclusão
Conclui-se, do que foi exposto, que o regime jurídico do ecoturismo deve ser
analisado em relação a cada recurso ambiental que o compõe, tendo entretanto o
traço comum de esses bens serem de interesse público, não podendo ser utilizados
de forma a degradar o meio ambiente, causando desequilíbrio.
O papel do Ministério Público nessa questão decorre do dever constitucional
de zelar pelo meio ambiente, devendo fiscalizar se a atividade ecoturística vem
respeitando as normas ambientais e não está causando danos ao meio ambiente.
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SUMÁRIO