O documento analisa a evolução da legislação ambiental brasileira desde o período imperial até os dias atuais, destacando as principais leis de cada época e como foram incorporando conceitos como desenvolvimento sustentável. A conclusão é que é necessário aprimorar as premissas técnicas para produzir instrumentos mais eficazes de gestão dos recursos naturais e garantir sua preservação.
O documento analisa a evolução da legislação ambiental brasileira desde o período imperial até os dias atuais, destacando as principais leis de cada época e como foram incorporando conceitos como desenvolvimento sustentável. A conclusão é que é necessário aprimorar as premissas técnicas para produzir instrumentos mais eficazes de gestão dos recursos naturais e garantir sua preservação.
O documento analisa a evolução da legislação ambiental brasileira desde o período imperial até os dias atuais, destacando as principais leis de cada época e como foram incorporando conceitos como desenvolvimento sustentável. A conclusão é que é necessário aprimorar as premissas técnicas para produzir instrumentos mais eficazes de gestão dos recursos naturais e garantir sua preservação.
O documento analisa a evolução da legislação ambiental brasileira desde o período imperial até os dias atuais, destacando as principais leis de cada época e como foram incorporando conceitos como desenvolvimento sustentável. A conclusão é que é necessário aprimorar as premissas técnicas para produzir instrumentos mais eficazes de gestão dos recursos naturais e garantir sua preservação.
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RESUMO DE ARTIGO
A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA DO IMPÉRIO AO TERCEIRO
MILÊNIO: PREMISSAS TÉCNICAS
Discente: Joyce Mattos da Silveira Souza
Matrícula: 202051745517
O estudo de Arantes (2018) trata sobre a questão da legislação ambiental
brasileira que foi criada com o intuito de proteger o meio ambiente e reduzir ao mínimo as consequências de ações humanas devastadoras sobre ela, apresentando um relato das principais normas jurídicas promulgadas desde o Brasil Colônia até a atualidade, como forma de contribuição aos profissionais que atuam na área ambiental. As leis que constituem a legislação são fiscalizadas por órgãos ambientais, seja nas esferas federal, estadual ou municipal, que definem os regulamentos e condutas de infração em casos de descumprimento da lei. De acordo com o autor, devido à existência de inúmeros marcos regulatórios sobre o tema, principalmente após a década de 80, este optou-se por desenvolver o estudo pela análise das leis federais de maior destaque. Pois, até a década de 70 as legislações sobre o tema eram dispersas e específicas que apresentavam como finalidade principal o reconhecimento do território nacional e a utilização dos recursos naturais, em especial água e minérios, como estratégia para a proteção da soberania nacional. Após este período, as alterações históricas e o cenário globalizado colaboraram para mudanças conceituais nas normas, por meio do acordo do crescimento econômico com a proteção ambiental e as análises dos impactos ambientais na vida humana que passaram a ser elemento condutor na elaboração das principais legislações ambientais brasileiras. No Brasil, a legislação ambiental originou-se na legislação portuguesa que ficou em vigor até a chegada da República, em 1889, e corresponde em um conjunto de leis, decretos e resoluções ambientais que tem por finalidade definir regras para a boa conduta dos cidadãos em relação ao meio ambiente, e deve ser cumprida pelas empresas e pela sociedade em acordo com a preservação ambiental. Observou-se que, o regramento ocorrido no período imperial deu origem à dispositivos de proteção ambiental, proibindo a caça de determinados animais e de instrumentos que pudessem causar-lhes aflição e sofrimento e a valoração de árvores abatidas. Devido a isso, no início do século XIX, foram desenvolvidas as primeiras instruções para o reflorestamento da costa brasileira e, no ano de 1808, D. João VI originou o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O estudo evidencia ainda que neste período, a proibição de concessões de licenças a particulares para o corte do pau-brasil e outras madeiras, bem como a instituição de pena para o corte ilegal de madeiras concedida no Código Criminal de 1830, em seus artigos 178 e 257 e a proibição do usucapião sobre terras públicas determinados pela Lei 601/1850, foram reiteradas. No entanto, mesmo com o controle de uso dos recursos naturais, aquém de uma discussão aprofundada de conservação, preservação ou de gestão destes recursos, a Constituição de 1934 trouxe algumas nuances relevantes, utilizadas nas normas recentes, sobretudo de pareceres técnicos e multas. Nas décadas de 30, 40 e 50, o estudo destaca marcos regulatórios dedicados a matérias específicas como recursos hídricos, florestais e pesqueiros. Observou-se que um problema enfrentado no dia a dia dos profissionais da área ambiental, é a presença dos pântanos às margens dos rios, na qual os terrenos pantanosos, quando declarada a sua insalubridade, trouxe ao longo do século XX, inúmeros prejuízos à fauna e flora características destes locais e foi a responsável pelo desencadeamento das enchentes, principalmente em áreas urbanas. Já o Decreto-Lei 794/38, que refere-se ao Código de Caça e Pesca submeteu e instruiu a pesca no país, comprovando a necessidade e preocupação com a conservação das espécies e seu habitat, destacando a proibição da pesca com aparelhos de arrasto, explosivos, redes ou substâncias tóxicas, bem como o lançamento de resíduos nas águas interiores ou litorâneas. Em relação aos recursos florestais, mesmo com todas as orientações definidas por cartas e outras normas específicas, que datam o período pré-republicano, foi na década de 30 que sancionou o primeiro Código Florestal Brasileiro, Decreto n. 23.793/34, que no período histórico representou o início de uma análise mais otimizada sobre a importância das florestas e sua função principal em proteger o regime das águas e evitar erosão. Nas décadas de 60 e 70, notou-se que a condição estratégica dos recursos minerais e do território ficou evidente, associando diretamente ao regime governamental da época, onde tratava-se de uma competência legislativa e, mesmo com os avanços significativos na legislação ambiental na década de 30, somente em meados da década de 60 que iniciou-se uma nova gama de leis e decretos ambientais relevantes. Ainda conforme o estudo, de acordo com a Lei 4.771/65, o Código Florestal exibiu um significante instrumento na proteção dos recursos hídricos, no qual o Código teve a função de proteger a qualidade e quantidade das águas, determinando faixas mínimas de preservação das florestas e demais formas de vegetação localizadas ao longo de cursos d’água, nascentes, rios, reservatórios e lagos. No entanto, apesar de apresentar um caráter de preservação, foi um dos responsáveis pela grande redução na biodiversidade dos diversos biomas brasileiros, em especial a mata atlântica e o cerrado. Ainda foram mencionados o Decreto- Lei 303/67 – Criação do Conselho Nacional de Controle da Poluição Ambiental, que evidenciou o despreparo técnico em sua elaboração, visto que a escassez de instrumentos existentes define a insignificância de sua aplicação; a Lei 5.318/67 – Política Nacional de Saneamento, que traça as diretrizes administrativas e técnicas, além de criar o Conselho Nacional de Saneamento. O Decreto-Lei 1.413/75 – Controle da Poluição do Meio Ambiente provocada por atividades industriais, determinando que as indústrias em território nacional devem tomar providências adequadas para evitar ou reparar quaisquer tipos de contaminação e poluição ao meio ambiente, usando equipamentos adequados de controle. E a Lei 6.766/79, que traz em sua íntegra um discurso inovador à época. Nas décadas de 80 e 90, houve a mudança nos marcos regulatórios na legislação ambiental brasileira, sendo que, o grande marco na década de 80 foi a promulgação da Constituição Federal de 1988, que dedicou em seu art. 225º que: “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. E a década de 90, que iniciou-se com o Brasil em destaque internacional pela realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, denominada Rio-92 ou Eco-92, onde foi aprovado e respeitado o conceito de desenvolvimento sustentável e as responsabilidades pela preservação do meio ambiente. A década de 90 ainda mereceu destaque na Lei 9.795/99, que estabeleceu a educação ambiental nacional, compreendida no art. 1° como “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente”. Ao fim do estudo, pôde-se observar que a legislação ambiental tem evoluído nos últimos anos, no intuito de que novas concepções, questões e desafios atuais sejam contemplados. As alterações nas avaliações e abordagens sobre os principais marcos regulatórios ambientais ao longo do processo histórico brasileiro, permitiu conduzir o reconhecimento quanto a utilização e adequação dos recursos naturais. No entanto, mesmo que a evolução nos conceitos e pesquisas ambientais continuem intensas nos dias de hoje, sua aplicação é falha, seja por ausência na atuação política, conflitos normativos, falta de conscientização e participação coletiva, ou ferramentas inadequadas, resultando-se ainda na permanência de problemas ambientais como o exemplo do desmatamento. Desta forma, conclui-se que é necessário aperfeiçoar as premissas técnicas, com uma adequada formação dos profissionais da área ambiental e com atitudes motivadoras, visando produzir uma base sólida para que os originadores das normas possam representar cada vez mais as relações naturais na legislação de maneira correta. E, com isso, produzir instrumentos mais eficazes para a gestão dos recursos naturais, garantindo a sua preservação para esta e para as futuras gerações.
ARANTES, Marcia Regina Lopez. A legislação ambiental brasileira do império ao
terceiro milênio: premissas técnicas. Revista caminhos de geografia, v. 19, n. 66, 2018 p. 325–344. Uberlândia – MG.
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