Cap3 Sist Controlo
Cap3 Sist Controlo
Cap3 Sist Controlo
3. Espaço de estados. Consiste numa representação realizada com base num conjunto de
equações diferenciais de 1ª ordem.
"A resposta total dum sistema linear pode ser obtida pela soma das respostas
relativas a cada entrada"
Conclui-se portanto que a resposta y(t) dum sistema linear, devida a várias entradas x1(t) , x2 (t) ,
... xn (t) , actuando simultaneamente no sistema, é igual à soma das respostas a cada entrada
actuando isoladamente, isto é se yi (t) for a resposta produzida pela entrada xi (t) , então:
n
y (t)= ∑ yi (t)
i =1
x1 x2 x3
y1 y2 y3
S1 + S2 + S3
x2
x1
= S y=y1+y2+y3
x3
NOTA: Qualquer sistema que satisfaça o princípio da sobreposição é linear, ou seja os conceitos
de linearidade e sobreposição são equivalentes.
Sistemas não lineares - Os sistemas não lineares, são representados por equações não lineares.
Apresentam-se seguidamente alguns exemplos de equações não lineares
y = sin x
y = x2
2
d 2 x dx
+ + x = A sin ωt
dt 2 dt
d 2x dx
2
+ ( x 2 − 1) + x = 0
dt dt
Embora muitas relações físicas sejam representadas por equações lineares, na maior parte dos
casos as relações reais não são exactamente lineares. De facto, um estudo cuidadoso aos sistemas
físicos revela que mesmo os chamados "sistemas lineares" são realmente lineares apenas em
faixas limitadas de operação. Na prática, muitos sistemas electromecânicos, hidráulicos,
pneumáticos, etc, envolvem relações não lineares entre as variáveis de entrada/saída.
Nalguns sistemas de controlo importantes, as relações entre os sinais de entrada-saída são do tipo
não linear. Por exemplo, num sistema de controlo Tudo-ou-Nada (ON-OFF), a acção de controlo
ou é actuada (ON) ou desligada (OFF), pelo que a relação entre a entrada e a saída do controlador
(ou regulador) é do tipo não linear.
A característica mais importante dos sistemas não lineares, é o facto de não lhes ser aplicável o
princípio da sobreposição. Os procedimentos necessários para obter a solução de um problema
não linear, implicam a introdução de um sistema linear "equivalente" em vez do sistema não
linear.
Estes sistemas lineares equivalentes só são válidos dentro de uma faixa limitada de operação.
Para obter estes “sistemas equivalentes”, é necessário proceder à sua linearização. No final do
capítulo, iremos introduzir alguns conceitos que irão permitir linearizar um modelo não linear.
t t t
u(t) k
y(t)
d2y dy
m 2
+ b + Ky = u
dt dt
ms 2 Y ( s ) + bsY ( s ) + KY ( s ) = U ( s )
Y (s) 1
G( s ) = =
U ( s ) ms + bs + K
2
i) Variáveis de estado
x1 = y
x 2 = y
x1 0 1 x 0
x = − k − b 1 + 1 u
2 m m 2 m
x
x
y = [1 0] 1
x2
b b
T
ω
J
Jω = −bω + T
Ω ( s) 1
G ( s) = = (Sistema de 1ª ordem)
T ( s) Js + b
xi (t)
xo(t)
k
b
Vamos definir:
xi = deslocamento da carcaça relativamente ao espaço inercial
x0 = deslocamento da massa (m) relativamente ao espaço inercial
y = x0 − xi = deslocamento da massa (m) relativamente à carcaça
NOTA: Desde que não haja uma deflexão estacionária na mola, devido à acção da gravidade
podemos medir o deslocamento x0 da massa m em relação à posição de equilíbrio estático. A
equação para este sistema, é dada por:
mx0 + b( x 0 − x i ) + k ( x 0 − xi ) = 0
( ms 2 + bs + k )Y ( s ) = −ms 2 X i ( s )
Y ( s) − ms 2
G( s) = =
X i ( s ) ms 2 + bs + k
s2
=−
b k
s2 + s +
m m
Para entradas de baixa potência, a massa m segue a carcassa para cima e para baixo, na qual a
deflexão da mola é bastante pequena. Se a entrada xi consistir de sinais cujas frequências sejam
muito menores do que k / m , então a função de transferência pode ser aproximada por:
Y ( s) ω 2 m 2
≈ = ω ( s=jω )
X i ( s) K K
m
Considere o circuito elétrico RLC representado na Fig.3.7. Este circuito consiste de uma
indutância L (Henry), uma resistência R (Ohms) e uma capacitância C (Farads).
1
C∫
idt = e0
R L
ei i C eo=ec
Se admitirmos que ei é a entrada e eo a saída, a função de transferência do sistema, será dada por:
E 0 ( s) 1
G ( s) = = (Sistema de 2ª ordem)
Ei ( s) LCs + RCs + 1
2
di − R − 1 i
dt
= L L + 1 e
0 v L
i
c 1
dv
dt C c 0
i
y = Cx = [0 1]
v c
Análise dinâmica através do Matlab - Considere R= 100 Ω, C=10 µF e L = 10 mH. Neste
caso, podíamos construir um ficheiro no Matlab, de modo a simular o circuito RLC em espaço de
estados. Assim, teríamos:
% Ficheiro: RLC.M
% limpar o ambiente
clear all;
% Dados
R=20;
c=10e-6;
L=10e-3;
-2000 -10000000
1 0
B =
1
0
C=
0 10000000
D =
0
e os seguintes gráficos:
1.5
1
V [V]
c
0.5
0
0 0.001 0.002 0.003 0.004 0.005 0.006 0.007 0.008 0.009 0.01
-4
x 10
4
2
I [A]
c
-1
0 0.001 0.002 0.003 0.004 0.005 0.006 0.007 0.008 0.009 0.01
t [seg.]
Fig.3.8. Saída do circuito RLC (vc - tensão no condensador) e corrente no circuito (ic).
d 2x dx
m 2
+ b + kx = p (3.1)
dt dt
p(t) k
R L
C
x(t)
E i Eo
b
a) b)
Fig.3.9a) Sistema mecânico de translação; b) Sistema eléctrico RLC.
d 2q dq 1
L 2
+R + q=E (3.2)
dt dt C
Comparando as Eq.3.1 e 3.2, verificamos que as equações diferenciais são idênticas para os dois
sistemas. Estes sistemas, são designados por sistemas análogos e os termos que ocupam posições
correspondentes nas equações diferenciais são designadas por grandezas análogas. Neste caso, a
analogia designa-se por analogia força-tensão eléctrica. No QUADRO 3.1, apresentam-se
alguns exemplos de grandezas análogas [1].
Deste modo, verifica-se que sistemas eléctricos e mecânicos análogos, possuem funções de
transferência análogas. De notar que, na dedução das funções de transferência, considerou-se que
os sistemas possuíam parâmetros concentrados e que não existia o efeito da carga na saída.
Analogia força-corrente - Outra analogia muito utilizada entre sistemas físicos, baseia-se na
analogia força-corrente. Para ilustrar esta analogia, vamos considerar o sistema mecânico da
Fig.3.10a).
p(t) k
M iR iL iC
x(t) i E
R L C
b
a) b)
Fig.3.10a) Sistema mecânico. b) Sistema eléctrico análogo (analogia força-corrente).
d 2x dx
m 2
+ b + kx = p (3.3)
dt dt
Considere agora o sistema eléctrico ilustrado na Fig.3.10b). Aplicando a lei de Kirchoff relativa
às correntes, obtemos:
i L + i R + iC = i (3.4)
em que:
1 E dE
iL = ∫ Edt ; iR = ; iC = C
L R dt
1 E dE
L ∫ Edt + + C
R dt
=i (3.5)
dψ
E=
dt
Em termos de fluxo ψ, podemos escrever a Eq.3.5 da seguinte forma
d 2ψ 1 dψ 1
C + + ψ =i (3.6)
dt 2 R dt L
Comparando as Eq.3.3 e 3.6, verifica-se que os dois sistemas físicos são análogos. Esta analogia
designa-se por analogia força-corrente. No Quadro 3.2 estão representadas algumas grandezas
análogas [1].
O conceito de sistemas análogos é muito útil na prática quando um sistema físico é mais fácil de
estudar experimentalmente do que um outro de mesmo tipo. Por exemplo, em vez de se construir
e estudar um sistema mecânico, podemos construir e estudar o seu circuito eléctrico análogo,
porque em geral os sistemas eléctricos ou electrónicos são muito mais fáceis de analisar
experimentalmente. Deve-se notar que as analogias não estão limitadas exclusivamente a
sistemas eléctricos e mecânicos; são aplicáveis a quaisquer sistemas físicos desde que as
respectivas equações diferenciais (ou funções de transferência), sejam idênticas.
Motor de corrente contínua controlado na armadura - Considere o motor de c.c. controlado por
armadura indicado na Fig.3.11. Neste sistema:
Ra La
ia θ
ea eb T J
if=constante
ψ = Kf if ( K f = constante)
T = K f i f K1ia ( K1 = constante)
Num motor de c.c. controlado por armadura, a corrente de campo mantêm-se constante. Neste
caso, obtêm-se um fluxo constante pelo que o binário T passa a ser directamente proporcional à
corrente de armadura, ou seja:
T = Kia
A velocidade do motor de c.c. controlado por armadura é controlada pela tensão da armadura ea .
Esta tensão é geralmente fornecida por um amplificador. A equação diferencial para o circuito da
armadura, será:
dia
La + Ra ia + eb = ea
dt
A corrente da armadura, vai produzir um binário que é absorvido pela inércia e pelos atritos, pelo
que:
d 2θ dθ
J 2 +b = T = Kia
dt dt
Supondo que todas as condições iniciais são nulas, e se aplicarmos a transformada de Laplace,
obtém-se as seguintes equações:
Considerando Ea (s) como entrada e θ(s) como saída, podemos construir os diagramas de blocos
relativos às Eq.3.7, 3.8 e 3.9. Este diagrama está representado na Fig.3.12. O efeito da força
contra-electromotriz, pode ser visto como um sinal de realimentação proporcional à velocidade
do motor. Esta força contra-electromotriz, aumenta o amortecimento efectivo do sistema. A
função de transferência do sistema, será dada por:
Θ( s) K
=
[ ]
(3.10)
Ea ( s) s La Js + ( Lab + Ra J ) s + Rab + KKb
2
a)
b)
Fig.3.12a) Diagrama de blocos do sistema electro-mecânico. b) Diagrama de blocos simplificado
do sistema electro-mecânico [1].
A indutância La no circuito da armadura, é normalmente pequena pelo que pode ser desprezada.
Nesse caso, pode-se simplificar a função de transferência, obtendo-se:
Θ ( s) Km
= (3.11a)
Ea ( s) s(Tm s + 1)
em que
K
Km = = constante de ganho do motor (3.11b)
Ra b + KK b
Ra J
Tm = = constante de tempo do motor (3.11c)
Ra b + KK b
Das Eq.3.10 e 3.11 pode-se verificar que a função de transferência contém o termo integrador
1/s. Da análise da Eq.3.11b), verifica-se que a constante de tempo Tm será pequena para baixos
valores de Ra e J. Se a inércia J for pequena, à medida que a resistência Ra vai baixando, a
constante de tempo do motor aproxima-se de zero, pelo que o motor passa a actuar como um
integrador puro ou ideal de ganho Km.
1 Km
θ + θ= ea
Tm Tm
i) Variáveis de estado
x1 = θ
x = θ
2
u=ea
y =θ
x1
0 1 x 0
= 1 1 + K m u
x 0 −
2 Tm x 2 Tm
x
y = [1 0] 1
x2
Nesta secção iremos estudar sistemas de nível de líquido. Deste modo, vai-se introduzir o
conceito de resistência e capacitância para descrever as características dinâmicas deste tipo de
sistemas.
Consideremos o caudal de líquido através de uma tubagem, interligando dois tanques. A
resistência à passagem de líquido numa restrição é definida como sendo a variação de nível (a
diferença entre os níveis de líquido nos dois tanques), necessária para causar uma variação
unitária no caudal, ou seja:
Uma vez que a relação entre o caudal e a diferença de nível difere de fluxo laminar para
turbulento, vamos considerar os dois casos no seguinte exemplo.
Consideremos o sistema de nível de líquido indicado na Fig.3.13a). Neste sistema, o líquido
escoa-se através da válvula de carga, vindo do tanque. Se o caudal através desta restrição for
laminar, a relação entre o caudal e a altura de líquido no tanque em regime estacionário, na
restrição, é dado por:
Q = KH
em que:
Q = caudal volúmico de líquido em regime estacionário (m3/s)
K = coeficiente ( m2/s)
H = altura de nível de líquido em regime estacionário (m)
NOTA: A lei que rege o escoamento em regime laminar é análoga à lei de Ohm dos sistemas
eléctricos, que estabelece que a corrente é directamente proporcional à diferença de potencial, ou
seja V=RI.
Fig.3.13a) Sistema de nível de líquido; b) Curva da altura do nível em função do caudal [1].
Se o fluxo através da restrição for turbulento, o caudal em regime estacionário é dado por:
Q=K H
dH 2 H 2 H H 2 H
R= = = =
dQ K Q Q
2H
Q=
R
h 2H
Inclinação da curva no ponto P = = =R
q Q
Conforme estabelecido anteriormente, o sistema pode ser considerado linear se o fluxo for
laminar. Mesmo que o fluxo seja turbulento, o sistema pode ser linearizado se as variações das
variáveis forem consideradas pequenas. Tendo por base a hipótese de que o sistema é linear ou
linearizável, a equação diferencial deste sistema pode ser obtida da seguinte forma:
ou seja:
H(s) R
=
Qi (s) RCs + 1
No estudo que se segue, vamos supor que há apenas pequenas variações das variáveis em relação
aos seus valores em regime estacionário. Usando a simbologia apresentada na Fig.3.14, obtém-se
as seguintes equações para o sistema:
h1 − h2
= q1
R1
dh
C1 1 = q − q1
dt
h2
= q2
R2
dh
C2 2 = q1 − q2
dt
Se a entrada for q e a saída for q2 , a função de transferência do sistema, é dada por:
Q2 (s) 1
=
Q(s) R1C1 R2 C2 s +(R1C1 + R2 C2 + R2 C1)s + 1
2
ou
1 1 1 1 1
q2 + + + q 2 + q2 = q
R1C1 R2 C 2 R1C 2 R1C1 R2 C 2 R1C1 R2 C 2
a variável de entrada
u=q
e a variável de saída
y = q2 = x1
Assim, obtém-se:
0 1 x 0
x1 1 1 +
x = − 1 1 1 1 u
− + + x
2 2 R1C1 R2 C 2
R1C1 R2 C 2 R2 C 2 R1C1 R1C 2
x
y = [1 0] 1
x2
q = K∆θ
em que:
kA
K= (para condução)
∆X
K = HA (para convecção)
em que
k = condutividade térmica (Kcal/m s ºC)
A= área perpendicular ao sentido do fluxo de calor (m2)
∆X = espessura do condutor (m)
H = coeficiente de convecção (Kcal/ m2 s ºC)
A resistência térmica R para transferência de calor entre duas substâncias, pode ser definida da
seguinte forma:
d ( ∆θ ) 1
R= =
dq K
Sistema térmico - Considere o sistema da Fig.3.16. Supõe-se que o tanque é isolado a fim de
eliminar as perdas de calor para o exterior. Também se supõe que não há armazenamento de
calor no material do isolamento, e que o líquido está perfeitamente misturado (temperatura
uniforme). Deste modo, irá utilizar-se uma única temperatura para descrever a temperatura do
líquido no interior do tanque e à saída. Vamos definir os seguintes parâmetros:
Vamos supor que a temperatura do líquido à entrada é mantida constante, e que a taxa de entrada
de calor é subitamente alterada de H para H + hi , em que hi representa uma pequena variação na
taxa de entrada de calor. A taxa de saída de calor variará, então gradualmente desde H até
H + h0 . A temperatura do líquido que sai também variará desde Θ 0 até Θ 0 +θ . Assim, h0 , C e R
são obtidas, respectivamente, por:
h0 = Gcθ
C = Mc
θ 1
R= =
h0 Gc
θi
líquido quente
Hi + θ
1
R
-
RCs
misturador
líquido frio
aquecedor
a) b)
Fig.3.16a) Sistema térmico. b) Diagrama de blocos do sistema para duas entradas (H e θi).
dθ
C = hi − h0
dt
ou ainda por:
dθ
RC + θ = Rhi
dt
Θ(s) R
=
Hi (s) RCs + 1
Se a temperatura do líquido que entra no permutador for subitamente alterada desde Θi até
Θi + θi , mantendo a taxa de entrada de calor H e o caudal de líquido G constantes, a taxa de saída
de calor variará desde H até H + h0 e a temperatura do líquido à saída do tanque desde Θ 0 até
Θ 0 +θ . A equação diferencial para este caso, é dada por:
dθ dθ
C = Gcθi − h0 ou seja RC + θ = θi
dt dt
dθ
RC + θ = θ i + Rhi
dt
O diagrama de blocos relativo a este caso, está representado na Fig.3.16b). Deve-se notar que o
sistema térmico possui duas entradas hi(t) e θi(t) e uma saída θ(t). Deste modo, teremos:
1 R
Θ( s ) = Θ i ( s ) + H i ( s)
RCs + 1 RCs + 1
TABELA 3.3
Fig.3.17. Funções de transferência de sistemas físicos de 1ªa ordem, diferentes mas análogos [1].
dθ 1 1 1
=− θ+ θ i + hi
dt RC RC C
u1 = θ
u 2 = hi
y =θ = x
1 1 1 u1
x = − x+
RC RC C u 2
y = x =θ
De modo a obtermos um modelo matemático linear de um sistema não linear, vamos supor que
as variáveis variam muito pouco em relação a uma determinada condição de funcionamento.
1º Caso: Vamos considerar um sistema cuja entrada é x(t) e cuja saída é y(t). A relação entre x(t)
e y(t) é dada por:
y = f (x ) (3.12)
y = y + K (x − x) (3.14)
em que
y = f (x)
df
K=
dx x = x
y − y = K (x − x) (3.15)
2º Caso: Vamos considerar um sistema não-linear, cuja saída y(t) é função de duas varáveis de
entradas x1 e x2 , ou seja:
y = f (x1,x2 )
Para obtermos uma aproximação linear para este sistema não-linear, podemos desenvolver a
equação anterior em série de Taylor em torno do ponto de funcionamento normal ( x1 , x2 ). Deste
modo, obtém-se:
∂f ∂f
y = f (x1,x2 )+ (x1 − x1)+ (x − x ) +
∂x1 ∂x2 2 2
∂ 2 f 1 ∂2f ∂2f
+ 2 ( x1 − x1 ) 2 ( x1 − x1 )( x 2 − x 2 ) + 2 ( x1 − x 2 ) ( 3.16 )
∂x1 2! ∂x1∂x 2 ∂x 2
em que
y = f (x 1,x 2 )
e
∂f ∂f
K1 = K2 =
∂x1 x1 = x1 , x 2 = x 2
∂x2 x1 = x1, x2 = x2
M
Cilindro de potência
y
b
A
x
válvula piloto
dreno dreno
Na Fig.3.18 pode-se verificar que Q é uma função de x e ∆P. Em geral, a relação entre as
variáveis Q, x e ∆P é dada por uma equação não linear do tipo
Q = f (x ,∆P)
Linearizando esta equação não-linear em torno do ponto de funcionamento normal Q, x, ∆ P ,
obtemos:
∂f ∂f
Q −Q = ( x − x) + ( ∆P − ∆ P )
∂x ∂∆P
ou seja
em que
Q = f (x,∆ P)
∂Q
K1 = >0
∂ ∆P x = x , ∆P = ∆ P
∂Q
K2 = − >0
∂∆P x = x , ∆P = ∆ P
De notar que, para simplificar a análise do sistema, vamos admitir que a condição de
funcionamento normal, corresponde a Q = 0, x = 0 e ∆ P = 0 . Assim, a partir da Eq.3.17,
obtemos a seguinte equação:
Q = K1 x − K2 ∆P (3.18)
x=3x1 Q
x=2x1
x=x1
x=0
x=-x1
x=-2x1
∆P
Da Fig.3.18, pode-se verificar que o caudal mássico de óleo Q (Kg/s) que flui no sistema, é igual
ao produto da massa específica de óleo ρ (Kg /m3) pela área do êmbolo A( m2 ) e velocidade de
deslocamento da haste do cilindro de potência dy /dt (m/s),ou seja:
dy
Q = ρA
dt
A força desenvolvida pelo cilindro de potência F, é dada por ∆P×A, pelo que
A dy
F= K 1 x − Aρ
K2 dt
Da Fig.3.18 pode-se verificar que o cilindro de potência actua numa carga (massa e atrito
viscoso). Deste modo, aplicando a Lei de Newton, obtemos:
∑ F = ma
Fcilindro − Fatrito = my
my + by =
A
(K1 x − Aρy )
K2
ou
A2 ρ AK1
my + b + y = x
K2 K2
Y ( s) 1
G( s) = =
X ( s) mK 2 bK 2 Aρ
s s+ +
AK1 AK1 K1 (3.19)
K
G( s) =
s(Ts + 1)
em que
1 mK 2
K= e T= K - Constante de ganho
bK2 Aρ bK 2 + A 2 ρ
+
AK1 K1
T - Constante de tempo
mK 2
bK 2 + A2 ρ
for bastante pequena a ponto de poder ser desprezada ou a constante de tempo T for considerada
desprezável, podemos simplificar a função de transferência, pelo que
Y ( s) K
G ( s) = =
X ( s) s
S b
d
x válvula regulação
válvula piloto
dreno c
r
óleo sob pressão
haste de regulação
Q(t ) = Bx (t ) − D∆P
em que Q (kg/s) é o caudal mássico de óleo, B e D são constantes e ∆P é a diferença de pressão
existente entre os lados do êmbolo do servomotor
b) Represente o diagrama de blocos do sistema físico, considerando como entrada R(s) e como
saída a posição da haste da válvula Z(s).
b) Represente o diagrama de blocos do sistema físico, considerando como entrada E(s) e como
saída Y(s).
b
k
y
z
b
R1 L1 L2
i1 i2
+
E(t) C Vc R2
_
xe
k2 b2
xs
b1
z
k1
x1(t) x2(t)
F(t)
K2 K3
M1 M2
K1 b b
b) Considerando como variáveis de estado as posições das massas x1(t) e x2(t), como entrada a
força F(t), e como saída a posição x1(t), determine a representação de estado completa do
sistema.
c) Para este caso particular, diga qual o acréscimo de informação que a representação de estado
oferece face à representação por função de transferência.
REFERÊNCIAS DO CAPÍTULO:
[1]. Katsuhiko Ogata (1990), “Modern control engineering”
Editora Prentice-Hall Inc., 2ª Edição