TCC Roseane

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CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

LILIANIA ALVES DA SILA


ROSEANE CRUZ SANTANA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NO


ENSINO FUNDAMENTAL

TERESINA - PI
2022
LILIANIA ALVES DA SILA
ROSEANE CRUZ SANTANA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NO


ENSINO FUNDAMENTRAL

Monografia apresentada a Faculdade de


Educação do Piauí – FAEPI, para a
obtenção do grau em licenciatura em
Pedagogia. Sob a orientação da professora
especialista Francisca da Cruz e Sousa.

TERESINA - PI
2022
LILIANIA ALVES DA SILA
ROSEANE CRUZ SANTANA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NO


ENSINO FUNDAMENTAL

Monografia apresentada a Faculdade de


Educação do Piauí – FAEPI, para a
obtenção do grau em licenciatura em
Pedagogia. Sob a orientação da professora
especialista Francisca da Cruz e Sousa:

Aprovado em: ____/____/____

Banca examinadora

Orientadora: _______________________________________________

Francisca da Cruz e Sousa

Diretora Acadêmica: _________________________________________

Maria Valdereiz de Fátima O.Rubim


Dedico este trabalho primeiramente a
Deus, minha Família e meus amigos, pois
sem a ajuda deles não conseguiria
enfrentar e superar todas as dificuldades
a qual encontrei ao longo do meu
caminho.
AGRADECIMENTOS

É muito bom ter chegado até aqui e reconhecer que em nenhum momento
estive sozinha. Gostaria primeiramente de agradecer à Deus, sem qual nada
disso seria possível. Aos meus pais por serem peças fundamentais, a minha
mãe por todo amor incondicional e dedicação, e por muitas vezes ter
renunciado dos seus sonhos para que eu pudesse realizar os meus, obrigada
mãe pelo incentivo, amor sem medidas, carinho, e por sempre me guiar para o
caminho certo e do bem. Aos meus irmãos pelo incentivo. Aos meus avós
maternos por me ensinarem o verdadeiro sentido do amor, carinho, cuidado e
todo incentivo que tiveram comigo, por todas as horas que precisei e por todo
amor que tiveram por mim. Aos meus avós paternos, pelo exemplo de amor,
cuidado, companheirismo e união. A minha prima, por sempre me incentivar a
lutar para conquistar meus sonhos. E aos meus amigos que sempre estiveram
comigo em todos os momentos. Muito obrigada a todos que torceram por mim,
sem vocês essa conquista não teria sido possível.
"Sem luta não há vitória".
RESUMO

Trata-se do trabalho de conclusão de curso de Licenciatura em Pedagogia que utilizou o


método qualitativo e a pesquisa trabalha com a compreensão das dificuldades de
aprendizagem no processo de alfabetização e busca elencar os principais fatores que
contribuem para sua ocorrência e desenvolvimento. Assim, o problema de pesquisa é:
"O que são dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental e como elas se
relacionam com o processo de alfabetização?”. O ponto de partida para a descoberta
das possíveis causas das dificuldades de aprendizagem na alfabetização é o
posicionamento de Cruz e Stefani (2006) em seu artigo “Dificuldades de aprendizagem
e suas causas: a perspectiva do professor do ensino fundamental”. Durante a vida
escolar, a criança recebe avaliações de seus professores, coordenadores pedagógicos,
colegas e pais sobre suas habilidades e realizações acadêmicas, e a partir disso
começa a formar uma visão de si mesma. Vivenciar situações de baixo desempenho
escolar, reprovação e evasão não apenas cria sentimentos de baixa autoestima, mas
também afeta a capacidade de desempenho da criança. Cabe ao educador diagnosticar
a natureza do problema que o aluno está enfrentando, o que muitas vezes não é uma
tarefa fácil, por isso quando um professor determina que algo não está dentro da
normalidade em um aluno, ou seja, que o aluno não está tendo um bom desempenho,
ao invés de pensar que o aluno não é capaz de aprender, é preciso buscar as causas
dessa dificuldade. Neste ponto é necessário enfatizar a diferença entre um transtorno de
aprendizagem e uma dificuldade de aprendizagem. Concordo com Osti (2012) quando
explica que a diferença entre esses dois termos é muito sutil, enfatizando que o
transtorno se refere a um problema mais potente com maior deterioração neurológica e
orgânica, enquanto a dificuldade de aprendizagem decorre de problemas como
deficiência de motivação e estimulação, de desajuste, e esses problemas não são
exclusivos do aluno e por isso a dificuldade pode ser trabalhada em sala de aula, mas
se não tratada pode se tornar um transtorno.

Palavras – Chave: Alfabetização; Distúrbios; Transtorno; Professores;


ABSTRACT
It is the conclusion work of the Licentiate in Pedagogy course that used the qualitative
method and the research works with the understanding of the learning difficulties in the
literacy process and seeks to list the main factors that contribute to its occurrence and
development. Thus, the research problem is: "What are learning difficulties in elementary
school and how do they relate to the literacy process?". The starting point for discovering
the possible causes of learning difficulties in literacy is the positioning de Cruz and
Stefani (2006) in their article “Learning difficulties and their causes: the perspective of the
elementary school teacher.” During school life, children receive evaluations from their
teachers, pedagogical coordinators, peers and parents about their abilities and academic
achievements, and from there, he begins to form a vision of himself. Experiencing
situations of low school performance, failure and dropout not only creates feelings of low
self-esteem, but also affects the child's ability to perform. It is up to the educator to
diagnose the nature of the problem that the student is facing, which is often not an easy
task, so when a teacher determines that something is not right I enter normality in a
student, that is, that the student is not performing well, instead of thinking that the student
is not capable of learning, it is necessary to look for the causes of this difficulty. At this
point it is necessary to emphasize the difference between a learning disorder and a
learning disability. I agree with Osti (2012) when he explains that the difference between
these two terms is very subtle, emphasizing that the disorder refers to a more potent
problem with greater neurological and organic deterioration, while the learning difficulty
stems from problems such as motivation and stimulation, maladjustment, and these
problems are not exclusive to the student and therefore the difficulty can be worked on in
the classroom, but if left untreated it can become a disorder.

Keywords: Literacy; disorders; disorder; teachers;


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................14
2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................16
3 OBJETIVOS..........................................................................................................18
3.1 Objetivo geral...................................................................................................18
3.2 Objetivos especificos......................................................................................18
4 METODOLOGIA...................................................................................................18
5 AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA LEITURA E ESCRITA..............19
5.1 A importância da leitura e escrita..................................................................20
5.2 A dificuldade de aprendizagem no Brasil.....................................................22
5.3 Dificuldade na leitura......................................................................................23
5.4 Dificuldade na escrita.....................................................................................24
6 A FAMILIA DIANTE DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM...................25
7. CAUSAS DAS DIFICULDADES EM APRENDIZAGEM E O PAPEL DO
PROFESSOR.........................................................................................................26
8. CONCLUSÃO....................................................................................................28
11. REFERÊNCIAS................................................................................................30
INTRODUÇÃO

Esta pesquisa trabalha com a compreensão das dificuldades de aprendizagem no


processo de alfabetização e busca elencar os principais fatores que contribuem para
sua ocorrência e desenvolvimento. Assim, o problema de pesquisa é: "O que são
dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental e como elas se relacionam com o
processo de alfabetização?”. Durante esta pesquisa houve uma grande necessidade de
compreender os processos de ensino-aprendizagem e as dificuldades que o aluno
apresenta nesta situação. Além disso, foi importante focar na alfabetização e como os
profissionais da educação podem intervir nessa construção de relação.
O ponto de partida para a descoberta das possíveis causas das dificuldades de
aprendizagem na alfabetização é o posicionamento de Cruz e Stefani (2006) em seu
artigo “Dificuldades de aprendizagem e suas causas: a perspectiva do professor do
ensino fundamental”. Os autores apontam três fatores responsáveis por esse evento: a
família, a escola e a própria criança. As dificuldades de leitura e escrita são as mais
comuns e afetam o desenvolvimento educacional das pessoas, tanto em termos de
resultados, motivação, autoestima, sucesso profissional e outros aspectos da vida e da
escola.
A DA é um distúrbio em um ou mais dos processos cognitivos básicos associados
à compreensão ou ao uso da linguagem falada ou escrita, que pode se manifestar por
uma capacidade imperfeita de ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou calcular o
tempo da criança na entrada formal da escola. Algumas crianças possuem habilidades
de aprendizagem e inteligência normais, mas não se beneficiam como esperado dos
métodos educacionais tradicionais em determinadas áreas do conhecimento, o que
caracteriza os chamados problemas de aprendizagem, que podem ser interpretados
como dificuldades em atingir objetivos educacionais básicos como escrever, ler ,
aritmética ou outras disciplinas escolares.
Durante a vida escolar, a criança recebe avaliações de seus professores,
coordenadores pedagógicos, colegas e pais sobre suas habilidades e realizações
acadêmicas, e a partir disso começa a formar uma visão de si mesma. Vivenciar
situações de baixo desempenho escolar, reprovação e evasão não apenas cria
sentimentos de baixa autoestima, mas também afeta a capacidade de desempenho da
criança.
Em relação ao processo de alfabetização, compreender a DA não é uma questão
muito simples, pois o educador deve ter conhecimento do assunto para identificar,
intervir e acompanhar os alunos. O diagnóstico de qualquer dificuldade que as crianças
apresentem deve ser realizado por profissionais especializados e experientes em uma
equipe multidisciplinar que também garanta planejamento e intervenção adequados
para tratar e minimizar o impacto de tais distúrbios na vida escolar da criança.
Cabe ao educador diagnosticar a natureza do problema que o aluno está
enfrentando, o que muitas vezes não é uma tarefa fácil, por isso quando um professor
determina que algo não está dentro da normalidade em um aluno, ou seja, que o aluno
não está tendo um bom desempenho, ao invés de pensar que o aluno não é capaz de
aprender, é preciso buscar as causas dessa dificuldade.
O número de alunos com dificuldades de aprendizagem aumentou
significativamente. Isso faz com que muitos deles percam o interesse pela escola,
criando um clima de insegurança e perda de autoestima. O objetivo deste trabalho é
identificar, apresentar e analisar os motivos e efeitos que levam esses alunos a terem
dificuldade de processar o conteúdo processado em sala de aula e também obter e
identificar dados significativos sobre crianças com dificuldades de aprendizagem, o que
provoca essa dificuldade e o que pode ser feito para tentar resolver esses problemas.
Em algumas situações, o aluno apresenta algumas dificuldades de aprendizagem
que podem estar relacionadas a comportamentos tais como, distração, excitação, calma,
provocação e outros. Ao diagnosticar esses sintomas quando se tornam complexos,
percebe-se que qualquer aluno pode adquirir esse tipo de comportamento, levando a
dificuldade de ser categorizada como dislexia (ler e escrever), dislalia (mudança de
letras), entre muitas outras.
Quando falamos em processo de alfabetização, não devemos estarmos trancados
apenas em aprender a ler e escrever ou apenas memorizar os conteúdos do
português, pois a alfabetização também ocorre em matemática, ciências, história e
geralmente está presente no processo escolar. Segundo Smith e Strick (2012), os
fatores orgânicos que contribuem para as dificuldades de aprendizagem incluem e, em
alguns casos, podem ser responsáveis por patologias como encefalite e meningite,
desnutrição, distúrbios ou alterações no desenvolvimento cerebral, hereditariedade,
desequilíbrios químicos. lesões cerebrais. pela dificuldade. Os fatores ambientais, por
outro lado, dizem respeito aos estímulos oferecidos à criança tanto na família quanto no
ambiente escolar, os materiais e os métodos de ensino.
Em relação aos aspectos psicológicos, Gómez e Terán (2009, p. 102) alertam que
crianças reagem emocionalmente a diversas situações como divórcio, problemas
familiares, superproteção, rivalidade entre irmãos, morte de entes queridos, novas
situações etc. Precisamos estar muito atentos às reações das crianças e procurar
maneiras de ajudá-las a lidar e lidar com essas situações, pois diferentes áreas de suas
vidas, incluindo a aprendizagem, podem ser afetadas.
Neste ponto é necessário enfatizar a diferença entre um transtorno de
aprendizagem e uma dificuldade de aprendizagem. Concordo com Osti (2012) quando
explica que a diferença entre esses dois termos é muito sutil, enfatizando que o
transtorno se refere a um problema mais potente com maior deterioração neurológica e
orgânica, enquanto a dificuldade de aprendizagem decorre de problemas como
deficiência de motivação e estimulação, de desajuste, e esses problemas não são
exclusivos do aluno e por isso a dificuldade pode ser trabalhada em sala de aula, mas
se não tratada pode se tornar um transtorno.
O tempo de alfabetização é um dos mais importantes nos anos escolares da
criança, por isso os pais devem estar atentos e os professores devem ter muito preparo
e muita dedicação. As dificuldades e insucessos dos alunos desta série exigem que
tanto a escola quanto os educadores mudem suas atitudes e encontrem outros
caminhos que permitam à criança atingir seus objetivos.
Em vez disso, deve haver um compromisso com a renovação de todos os
envolvidos no processo educacional. Espera-se uma atuação mais dinâmica da
instituição escolar; espera-se que o educador faça mais e goste mais de seu ofício;
Quanto ao aluno, é preciso incentivá-lo a descobrir seu verdadeiro papel no ensino e na
aprendizagem. Esse trabalho tem como justificativa a importância de estudar as
Dificuldades de Aprendizagem (DA) é compreender os processos psicológicos básicos
envolvidos na compreensão ou no uso da linguagem falada ou escrita, que podem se
manifestar com habilidades imperfeitas de ouvir, pensar, ler e escrever . O termo inclui
condições como déficits cognitivos, lesões cerebrais mínimas e dislexia. As dificuldades
de aprendizagem cujas causas ainda não podem ser atribuídas a elementos psico-
neurológicos estabelecidos ou esclarecidos são consideradas primárias; Secundárias
seriam aquelas resultantes de mudanças biológicas e mudanças comportamentais e
emocionais específicas e bem estabelecidas.
De acordo com Ballone (2003), problemas como depressão infantil, transtorno de
déficit de atenção e hiperatividade ou mesmo ansiedade infantil que causam dificuldades
de aprendizagem só são diagnosticados quando as pontuações da pessoa em testes
padronizados de leitura e escrita administrados individualmente estão bem abaixo das
expectativas para sua idade, educação e nível de inteligência.
A criança com dislexia ou transtorno do desenvolvimento da leitura, conforme
relatado por Ballone (2003), a leitura oral é lenta, com omissões, distorções e
substituições de palavras, com interrupções, correções e bloqueios, levando ao
comprometimento da compreensão leitora e também da parte escrita.
Segundo Mittler (2003), as escolas podem prevenir as dificuldades de
aprendizagem. As escolas em áreas de baixo desempenho são mais desfavorecidas
quando se trata de ajudar seus alunos a sair do ciclo de baixas expectativas e aumentar
a motivação e a autoestima dos alunos. A formação do professor e o conhecimento
pedagógico nesse processo de aprendizagem são fundamentais para o cumprimento de
seu papel de educador. O futuro professor deve estar disposto a exercer seu papel de
avaliador e não despreparado para enfrentar seus problemas cotidianos em seu trabalho
pedagógico (MOREIRA, 1994).
No decorrer do curso de pedagogia, foi constatado que o maior problema de
aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental era a dificuldade do processo de
alfabetização, principalmente nas atividades de alfabetização. Também foi observada a
reprovação dos alunos, agravando ainda mais o desinteresse pela leitura e escrita
devido à diferença entre idade e série. Portanto, está monografia tem como relevância
compreender as dificuldades que os alunos manifestam no processo de alfabetização
relacionadas à leitura e escrita, com um estudo na turma de aceleração.
As dificuldades de aprendizagem manifestam-se de diversas formas dentro da
escola com diferentes sintomas que mostram que algo não vai bem no processo de
ensino e aprendizagem. Prejudicam o desempenho acadêmico do aluno, ou seja,
indicam que a aquisição de determinado conteúdo e/ou conhecimento ficou abaixo do
esperado para a idade/ano letivo.
Na maioria das vezes, o problema de aprendizagem não está focado apenas no
aluno, mas no contexto em geral, por isso a não aprendizagem exige uma reflexão de
todos, levando em consideração o contexto sociocultural e pedagógico em que o aluno
está inserido.
Esse trabalho tem como objetivo geral compreender as dificuldades que os
alunos manifestam no processo de alfabetização relacionadas à leitura e escrita, com
um estudo na turma de aceleração. E tem como objetivos específicos, Identificar o
processo de aquisição da leitura e da escrita no processo de alfabetização; examinar a
metodologia de ensino de alfabetização utilizada no processo de
alfabetização e Identificar a formação de professores para o processo de alfabetização.

1. AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA LEITURA E ESCRITA


Dificuldades de aprendizagem surgem rotineiramente em sala de aula e exigem
maior empenho e dedicação na condução das atividades educativas. Estes despertam o
interesse do professor em encontrar respostas sobre por que o aluno não está
aprendendo seu plano de treinamento. desses alunos foram ignorados ou abusados por
muito tempo, mas hoje esse fato não pode ser negligenciado e requer estudo e
soluções.
A dificuldade de aprendizagem significa uma alteração em um ou mais dos
processos psicológicos básicos associados à compreensão ou uso da linguagem falada
ou escrita, que pode se manifestar em uma capacidade imperfeita de ouvir, pensar, falar,
ler, escrever, soletrar ou realizar cálculos matemáticos. Ao iniciar a leitura, o aluno
relaciona palavras a figuras para encontrar um padrão entre elas. No início do processo,
eles tendem a não entender palavras que não correspondem ao som que pronunciamos
quando falamos.
A maioria dos alunos associa o processo de leitura e escrita à codificação e
decodificação de símbolos gráficos. Para Cagliari (1989, p. 26) alfabetização:

Considera-se que o educando deveria conhecer apenas a estrutura da escrita,


sua divisão em unidades e seus princípios básicos, o que envolveria
essencialmente algumas ideias sobre a relação entre escrita e oralidade, a fim
de ter os pré-requisitos para aprender a ler e desenvolver atividades de escrita.

Podemos falar sobre leitura e escrita de diferentes perspectivas, mas temos que ter
em mente que esse processo se dá por meio do trabalho de forma produtiva, dialógica,
dinâmica e colaborativa. Aprender é um desafio para muitos jovens, mas isso não
significa que os alunos tenham dificuldades de aprendizagem, mas sim pontos fortes e
fracos, afinal, cada aluno tem uma habilidade diferente dos demais. No entanto, na
escola, espera-se que todos aprendam da mesma forma, pois muitos educadores
tendem a ensinar usando o mesmo método, o que é um dos fatores que causam
problemas de aprendizagem.
A dificuldade de ler e escrever pode estar ligada a distúrbios neurológicos, como a
dislexia, que pode levar ao aprendizado lento, dificuldade de concentração, troca de
letras com sons ou grafias semelhantes, entre outras coisas.
Ressalta-se que as dificuldades no aprendizado da leitura e da escrita também
podem estar relacionadas a fatores externos ao ambiente escolar tais como, salas de
aula com muitos alunos, a metodologia de ensino utilizada pelos professores, a falta de
medidas públicas de apoio ao desenvolvimento profissional dos professores, o que
muitas vezes torna o processo de ensino-aprendizagem obsoleto.
Outro fator que pode atrapalhar o processo de aprender a ler e escrever é o
ambiente familiar, pois as crianças admiram seus pais, portanto, um ambiente familiar
conflitante pode atrapalhar significativamente esse processo, pois os pais não têm
interesse em estimular seus filhos a aprender a acompanhá-los, em uma maneira que
eles também os desencorajam.

1.1 A importância da leitura e escrita.


Do ponto de vista tradicional, ler era decifrar códigos. No entanto, a perspectiva
moderna trata a leitura como uma forma de interação entre o leitor e o texto, por meio da
qual o leitor busca alcançar os fins para os quais está lendo, ou seja, é a criação de um
diálogo entre o autor e o texto. Matta (2009) ensina que a leitura é um pré-requisito para
a aquisição de conhecimento, o que atualmente é muito importante para o mercado de
trabalho, para o exercício de direitos e sobretudo para a cidadania, ou seja, através da
leitura se compreende melhor o papel do indivíduo. no meio social em que vive. A
leitura é então uma ferramenta na busca do conhecimento.
Nesse sentido, Silva (2003) explica que não custa lembrar que a prática da leitura é
um princípio de cidadania, ou seja, por meio das diversas práticas de leitura, o cidadão-
leitor pode aprender quais são seus deveres, e ele mesmo pode revidar também seus
direitos, além de estarem abertos à conquista de outros direitos necessários a uma
sociedade justa, democrática e feliz. (SILVA, 2003, p. 24).
Assim, de acordo com o referido autor, fica claro que a escola é o ambiente ideal
para buscar o conhecimento e sua função é formar o cidadão para olhar para fora de
forma crítica, para agir com competência e dignidade de acordo com seu entorno social.
E, por isso, tanto a leitura quanto a escrita desempenham um papel importante na
formação de uma sociedade mais unificada e igualitária, onde a busca pelo
conhecimento para o correto exercício da cidadania é constante.
A escrita e a leitura são fatores essenciais no processo de aprendizagem dos
alunos, que devem aprender a gostar de ler desde cedo. Isso os ajudará a ser mais
criativos, dominar o idioma, aumentar a concentração, desenvolver habilidades
essenciais e alcançar um aprendizado de qualidade. Consequentemente, os
profissionais da educação trabalharão com alunos mais engajados. Há muitos benefícios
a serem obtidos com a leitura e a escrita no ambiente escolar e com o uso de todos os
livros didáticos, não apenas os de língua portuguesa. Esses exercícios ajudam os
alunos a formar palavras, construir textos, entender significados e entender conceitos
teóricos.
Trazer a leitura para a vida de uma criança molda mais do que um futuro leitor: o
hábito de ler estimula a criatividade, estimula a imaginação, inspira o pensamento crítico
e muito mais. E é por isso que a leitura é tão importante na escola primária.
Principalmente porque as crianças costumam ter o primeiro contato com os livros na
escola. O primeiro passo para aumentar a importância da leitura no ensino fundamental
é estimular os esforços, começando pela comunidade escolar e culminando na criação
de projetos de leitura. Isso também inclui ser capaz de quebrar barreiras disciplinares.
A leitura é um processo de compreensão abrangente que inclui aspectos
neurológicos, naturais, econômicos e políticos. A correspondência entre sons e signos
gráficos que decifram o código e compreendem o conceito ou ideia; corresponde a um
ato de compreensão, ou seja, uma busca do que o texto pode significar, assim como se
busca extrair sentido da linguagem falada; para que a leitura seja possível é necessário
que compreendamos os símbolos (significantes) e os simbolizantes (significados).
A leitura é definida como uma forma de comunicação com o texto impresso por
meio da busca pela compreensão. O ato de ler ativa uma série de ações na mente do
leitor por meio das quais as informações são extraídas. É o aumento de significados em
uma comunicação crescente entre o leitor e o texto que envolve aprender a descobrir,
reconhecer e usar os sinais da linguagem.
Já a escrita é uma forma de representar a linguagem oral; Como tal, a escrita
também se refere a um ato de designar, representar ideias, conceitos ou sentimentos
por meio de símbolos, mas de origem gráfica e não sonora. Na leitura, os alunos devem
ser capazes de tomar uma decisão sobre o que leem, entender não apenas o explícito,
mas também o implícito, e entender as interações e a motivação do autor para
apresentar a informação de uma determinada maneira. Ao escrever, eles precisam
saber quem será o destinatário, qual é o propósito da escrita e como fazê-lo com
eficiência; Isso inclui definir o gênero mais apropriado e aderir às normas e padrões
socialmente aceitos. Infelizmente poucos conseguem.

1.2 A dificuldade de aprendizagem no Brasil


A educação nem sempre é cercada de sucesso e reconhecimento. No decorrer da
docência, muitas vezes nos deparamos com problemas que deixam os alunos
paralisados no processo de aprendizagem, rotulados por suas próprias famílias,
professores e colegas. A dificuldade de aprendizagem é vista como uma ruptura do
processo psicológico básico que inclui compreensão, linguagem escrita ou oral, prejuízo
no processo de leitura e escrita e aritmética. Segundo Carvalho (2007), as causas
podem ser percepção prejudicada, dano cerebral, disfunção cerebral mínima, dislexia,
afasia do desenvolvimento.
O fracasso escolar é um dos problemas mais sérios que o sistema educacional
brasileiro enfrenta há várias décadas, principalmente nos primeiros anos de
aprendizagem. Existem vários fatores relacionados, como condições de vida e
subsistência, más condições econômicas, fome, desnutrição; a falta de abrigo
adequado e saneamento básico que algumas crianças têm. Crianças de classes sociais
desfavorecidas são desfavorecidas de várias maneiras e, portanto, podem apresentar
desempenho escolar inferior e, assim, manifestar dificuldades de aprendizagem ao
frequentar a escola.
Quando surgem dificuldades de aprendizagem, o professor enfrenta o desafio de
observar a criança, ajudando-a a aprender e desenvolvendo aulas variadas para que ela
possa se desenvolver de forma holística utilizando diferentes estratégias. Segundo
Freitas e Corso (2016), é possível prevenir algumas dificuldades de aprendizagem
relacionadas à leitura, escrita e matemática, que são influenciadas diretamente pelas
habilidades psicomotoras, por meio de jogos tradicionais. A educação psicomotora é
importante para o desenvolvimento das crianças desde o nascimento, está diretamente
relacionada ao processo de leitura, escrita e conhecimento matemático, o que permite
que a criança se desenvolva melhor em seu ambiente e previne dispraxia e disgnosia.
Dispraxia são mudanças no desenvolvimento de gestos em relação ao próprio
corpo ou objeto em relação a uma intenção, por exemplo. E as disgnosia são atrasos e
alterações na percepção, que podem ser auditivas, táteis, olfativas, espaciais, temporais,
entre outras. Na infância, as crianças podem aprender e desenvolver suas habilidades
de forma holística por meio do brincar, da participação, da convivência, da expressão, da
exploração e do conhecimento. Nas etapas seguintes da educação, a criança continua a
aprimorar suas inteligências múltiplas, desenvolve as demais habilidades e
competências necessárias à sua vida e, portanto, o sucesso desse processo depende
da base inicial lançada na primeira infância.

1.3 Dificuldades na leitura


O processo de leitura não é apenas um produto final do processo escolar, mas
também representa um avanço importante para o desenvolvimento de uma
determinada sociedade. Por meio da leitura, o aluno desenvolve melhor a linguagem e
se torna um indivíduo mais comunicativo, inserido em um grupo social, a vida e as
histórias individuais. Segundo Fonseca (1984), a linguagem consiste em uma estrutura
composta por fonologia, léxico, morfologia, semântica e sintaxe. Para Vitor Cruz (2009),
a leitura consiste em dois elementos de grande importância e indissociavelmente
ligados, a saber, a decodificação e a compreensão. A decodificação é feita através do
reconhecimento e identificação de letras, símbolos e palavras, enquanto a compreensão
é o processo de aprendizagem das informações contidas no texto.
A decodificação não é apenas distinguir ou identificar letras, palavras e símbolos,
mas também combinar símbolos com sons. As dificuldades de aprendizagem que
podem surgir são erros na leitura de letras, sílabas e palavras inteiras, além de leitura
lenta ou mesmo repetição desnecessária. Na compreensão do que se lê, o mais
importante é compreender a mensagem contida no texto, e assim o processo de
compreensão passa pela extração e organização da linguagem.
Problemas de leitura geralmente surgem ao reconhecer e entender a palavra
escrita. O ato de reconhecer a palavra é o fator mais fundamental e importante durante o
processo de leitura, tendo em vista que antecede a compreensão da palavra e, portanto,
caracteriza-se por uma leitura por vezes lenta que distorce palavras ou letras. , podendo
até substituir palavras, com pausas e necessidades de correção. (DOCKRELL;
MCSHANE, 1997).
Há crianças que só têm dificuldade no reconhecimento de palavras, mas têm a
capacidade de compreender uma mensagem oral. Outros alunos podem ainda ser
capazes de ler as palavras, mas têm grande dificuldade em entender o que leem. Em
casos mais problemáticos, as crianças têm dificuldade em ambas as áreas, seja na
leitura ou na compreensão das mensagens faladas. (SÁNCHEZ MIGUEL; MARTINEZ
MARTIN, 1998). O problema da leitura também leva à dificuldade do aluno em lembrar
palavras vistas anteriormente, dificuldade em soletrar palavras, trocar letras e palavras e
vocabulário pobre, resultando em uma diminuição do interesse da criança pela leitura.

1.4 Dificuldades na escrita


A escrita é um meio de comunicação de grande importância para todo o
desenvolvimento da aprendizagem, pois desempenha um papel ativo na vida social e é
um fator relevante no exercício da cidadania pelos indivíduos. O processo de aprender a
escrever deve ser muito bem elaborado, pois exige que o aluno domine diferentes
habilidades em diferentes áreas, como coordenação motora e ortografia. Além disso, é
um procedimento que trata da forma de aprendizagem via níveis estruturais.
A escrita é caracterizada por quatro fatores básicos, sendo que o primeira que
trata do processo de construção, elaboração e interpretação do significado. A segunda
afirma a necessidade de os indivíduos serem mais proativos na compreensão do
conteúdo, desenvolvendo estratégias de aprendizagem que sirvam para resolver
problemas. O terceiro fator está relacionado ao processo afetivo e diz respeito ao desejo
de escrever, ao estado emocional do indivíduo e ao interesse em aprender. A quarta e
última trata dos fatores motivadores afetivos relacionados ao desempenho do aluno em
sala de aula.(CRUZ, 2009).
A dificuldade para escrever não caracteriza falta de habilidade do aluno, mas
pode indicar que a criança possui algum outro tipo de obstáculo que está interferindo no
aprendizado. Portanto, seu desenvolvimento na escrita pode diferir qualitativamente do
de outros alunos, mas não é mais lento ou pior, de acordo com (VYGOTSKI, 1991).
Assim, os problemas de escrita estão diretamente relacionados às dificuldades que os
alunos têm em desenvolver as habilidades necessárias para escrever (disgrafia) e
podem variar desde erros ortográficos a erros de sintaxe, formação de frases e
pontuação ou organização de parágrafos. (GARCIA, 1998).
Também é importante notar que pode haver alunos que tenham boas habilidades
de comunicação oral, mas tenham dificuldade em soletrar palavras (disgrafia) ou vice-
versa. Nesse caso, alguns alunos têm dificuldade na escrita, mas têm dificuldade na
comunicação oral, e mesmos alunos que têm dificuldade em ambas as áreas, ou seja,
têm dificuldade na escrita e também se expressam mal. Escrever requer uma
organização, um planejamento da mensagem a ser transmitida. É automaticamente
organizado no cérebro. E quanto mais automatizado for, menos memória e atenção a
criança vai gastar.
2. A FAMÍLIA DIANTE DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Recentemente, tem crescido o número de estudos sobre a influência do
envolvimento familiar no desempenho escolar das crianças, demonstrando sua
importância e relevância nesse processo. Ao mesmo tempo, devido a esse problema, a
família costuma ser identificada como a principal responsável pelo fracasso escolar.
Afirmamos a visão da importância da família no desenvolvimento acadêmico da criança,
mas entendemos que pesquisas são necessárias para fornecer mais informações sobre
os motivos que levam as famílias a negligenciar esse papel de destaque como
facilitadoras da aprendizagem.
Aprendizagem entendida como um processo e composta por vários fatores, as
dificuldades de aprendizagem não podem ser vistas na perspectiva simplificada de uma
causa única, mas como consequência de possíveis problemas em diferentes áreas
desse processo holístico, o processo de aprendizagem. Considerando que a família é a
base de toda a formação da criança, é muito difícil para esse aluno processar o que a
escola tem a oferecer quando as relações são bloqueadas ou insatisfatórias.
Em geral, uma família que tem um membro com deficiência de aprendizagem
sente-se impotente diante do desafio de contribuir com o processo de aprendizagem
desse membro, por desconhecer sua real participação nesse processo. A escola, por
sua vez, enfrenta o desafio de conhecer o problema de cada aluno e como agir para ter
sucesso com aquele aluno.
Perante este impasse, surge o papel da psicopedagogia, assumindo um papel
primordial na avaliação, identificação e intervenção de tais dificuldades de
aprendizagem. A psicopedagogia percebe o ser de forma holística, munido de
habilidades cognitivas e inserido em um meio social onde influencia e é influenciado por
ele. Por isso, agora é necessário esclarecer um pouco como a psicopedagogia entende
e lida com as dificuldades de aprendizagem.
O papel que a escola desempenha na construção dessa sociedade é
fundamental, e deve levar em conta as necessidades da família e conduzi-la a situações
de vida que lhe permitam sentir-se como participante ativo dessa sociedade. Cabe
destacar que a escola e a família devem se unir e tentar juntos entender o que é a
família e o que é a escola, como eram vistas antes e agora, e qual o desenvolvimento
humano, aprendizagem e como a criança aprende.
Quando pensamos nas dificuldades de aprendizagem, vemos que a escola
sozinha não pode resolver esse problema, pois é preciso que todos se responsabilizem,
escola, família e comunidade. No entanto, a escola não é a única culpada pelas
dificuldades acadêmicas dos alunos, como lembra Oliveira (1992 apud; SIST, 1996, p.
186). A convivência e as relações familiares são fatores fundamentais para a expansão
e aceitação no mundo coletivo, a mediação entre ele e o mundo, o conhecimento, sua
adaptação ao ambiente escolar, o relacionamento com professores e funcionários da
escola, a convivência é muito importante para sua igualdade desenvolvimento para o
desenvolvimento da criança ou do jovem.
Considerando a importância da família como primeiro núcleo social em que a
criança começa a construir sua aprendizagem, procuramos compreender as relações
familiares e sua interferência nos processos de aprendizagem da criança, ou seja,
examinamos a influência das diferentes modalidades de ensino das famílias na
Educação e manutenção de problemas de aprendizagem em crianças.

3. CAUSAS DAS DIFICULDADES EM APRENDIZAGEM E O PAPEL DO


PROFESSOR.
Segundo Salmeron (2013), a aprendizagem escolar é vista como um processo
natural para a criança, mas muitos alunos apresentam grandes dificuldades com a
leitura e a escrita nas primeiras séries do ensino fundamental, uma vez que a
aprendizagem escolar envolve vários aspectos relacionados à atividade mental, porque
para processar a leitura de um texto, além do pensamento e percepção, também são
ativados as emoções, a memória, a motricidade e o conhecimento prévio da criança
sobre o mundo.
Esse conjunto de elementos é responsável por transformar a estrutura linguística
do texto em uma representação significativa da realidade. É este "gato saltitante" que
muitas vezes as crianças não aprendem porque em muitas salas de aula as práticas
tradicionais de ensino ainda dominam a sala de aula. Isso se reflete nas dificuldades que
muitas crianças das primeiras séries do ensino fundamental têm com a leitura e a
escrita. Portanto, o professor desempenha um papel importante no reconhecimento das
dificuldades de aprendizagem, reconhecer as diferenças é parte fundamental do ensino.
E nesse cenário, a escola desempenha um papel importante ao fornecer materiais e
subsídios que contribuem para um ambiente de aprendizagem favorável e facilitador.
Para que a aprendizagem ocorra, alguns fatores essenciais são necessários, por
exemplo o desenvolvimento do cérebro, desenvolvimento psicológico, social, cognitivo e
afetivo. Assim, as experiências, as relações em sociedade, os sentimentos e a cultura a
que pertencemos tornam-se importantes na medida em que a sociedade impõe aos
sujeitos seu desenvolvimento progressivo e o estímulo ao aprendizado e ao
conhecimento. Segundo Gómez e Téran (2009), a aprendizagem depende de cada
pessoa, é algo interno, mas, em última análise, é formada a partir da interação entre os
sujeitos e ocorre ao longo da vida. No cérebro humano existem períodos que são
essenciais para o desenvolvimento de alguns estímulos, períodos que são sensíveis aos
estímulos ambientais necessários para que a mudança ocorra.
Nesse sentido, Salmerón (2013) destaca que o estudo do ambiente em que a
criança vive é frutífero e destaca que há casos em que as crianças não recebem os
estímulos de que necessitam, assim como a pedagógica Metodologia, porque o
problema pode ser que o aluno não consiga se adaptar à metodologia usada pelo
professor.
Salmerón (2013) afirma em seus estudos que o papel do professor como
identificador dos problemas de aprendizagem é efetivo e que essa percepção inicial
das mudanças na aprendizagem escolar deve ser um caminho por meio de uma
pesquisa pedagógica realizada no ambiente escolar para identificar e prevenir
problemas na aprendizagem da leitura e da escrita e, por isso, tenta desenvolver
programas educativos eficazes para lidar com as dificuldades de alunos e reduzir o
número de escolares que têm insucessos escolares.
A autora acredita que a relação professor - aluno na escola pode ser um
elemento estimulante ou dificultador, dependendo da direção do professor, da
metodologia de ensino e do conteúdo escolar aplicado. Se o professor o trata como
incompetente, então, na opinião deles, ele não terá sucesso, não permitirá seu
aprendizado e desenvolvimento. Outro ponto a ser destacado pelo autor é a rigidez na
sala de aula, e ele observa que, para progredir, esses alunos precisam ser estimulados
a trabalhar à sua maneira.
Salmerón (2013) enfatiza a questão do professor, que às vezes não tem a
sensibilidade de reconhecer que seu estilo de ensino não é o mais adequado, ou se
apega aos métodos ou à proposta pedagógica da escola e não consegue cuidar ele
mesmo. Para atualizar, no entanto, ela mesma permanece resistente à mudança,
fazendo o aluno sofrer por não ter revisto sua prática docente. A autora destaca ainda
que uma das maiores dificuldades dos educadores é se apressar em encontrar os
elementos certos que indiquem que a criança tem dificuldades de aprendizagem
efetivas, o que pode retardar um processo de mudança da proposta pedagógica para
salvar a aprendizagem. Portanto, segundo a autora, escola, professores e família
devem concordar com uma melhor estratégia para resgatar o potencial cognitivo do
aluno com deficiência de aprendizagem, e a família deve estar ciente da importância de
um ambiente estimulante, com acompanhamento adequado do seu filho no
desenvolvimento escolar.

4. METODOLOGIA.
A metodologia utilizada nesta pesquisa foi qualitativa e foi realizada em processo
investigativo, por meio de pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos e revistas
especializadas sobre as Dificuldade de aprendizagem no processo de alfabetização no
ensino fundamental. De acordo com Cervo, Bervian e/ Silva (2007, p.61), a pesquisa
bibliográfica “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais
se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema”.
Ainda segundo os autores, este estudo é caracterizado também como pesquisa
exploratória, já que não requer a formulação de hipóteses para serem testadas,
restringindo por definir objetivos e buscar informações sobre determinado assunto de
estudo, sendo assim um passo importante para o projeto de pesquisa.
O método utilizado nessa monografia foi de pesquisa bibliográfica qualitativa que
tem por finalidade fundamentar e contextualizar com abordagem de autores
conceituados para maior embasamento do tema tratado. O pesquisador necessita
ampliar o seu conhecimento, ser curioso e criativo e adquirir leitura para respaldar os
conceitos. Dentro desse contexto podemos dizer que a pesquisa é uma atividade que
está relacionada a assuntos que instigam a inquietação da realidade e que direciona a
um novo conhecimento.
Os procedimentos metodológicos foram vivenciados e desenvolvidos com uma
pesquisa bibliográfica de natureza documental para revisão teórica através de uma
leitura de livros, sites, revistas científicas e artigos impressos e eletrônicos que
contribuíram para o suporte da base teórica necessária e para fins de coletar
informações fundamentais para a realização e fundamentação do objeto em estudo que
se pretende pesquisar. Ressaltamos ainda que é de suma importância para qualquer
atividade de pesquisa que tenham uma orientação que venha com uma organização da
metodológica que irá nortear o passo a passo da pesquisa.

5. CONCLUSÃO

Com este trabalho conclui que a criança com dificuldades de aprendizagem


necessita de mais apoio, atenção e observação por parte do professor que facilita a
aprendizagem e as interações com os outros colegas. Não basta ficar na frente da sala
de aula, conversar e fazer os alunos engolirem a informação e não conseguir debater e
expressar suas opiniões, preocupações e dúvidas. O verdadeiro professor é aquele que
motiva o aluno a buscar informações e ser um explorador em constante aprendizado.

Diante do exposto, conclui-se que as dificuldades de aprendizagem nos anos


iniciais do ensino fundamental devem ser acompanhadas pelos professores e familiares
e a partir dessa união e deve-se buscar auxílio de outros profissionais conforme o caso.
Para trabalhar com alunos de DA precisamos realizar atividades relacionadas à
psicomotricidade e cognição, pois essas duas grandes áreas possibilitam o
desenvolvimento do aluno. Os problemas de aprendizagem podem surgir de uma
variedade de fatores, como problemas com desempenho escolar quando a dificuldade
não pode ser explicada por fatores de deficiência intelectual, sensorial ou física.

A DA pode ser identificada quando o aluno não tem um bom relacionamento com
a família, colegas e professores dependendo dos aspectos comportamentais da pessoa.
As dificuldades de aprendizagem podem levar ao insucesso nos estudos que pode ser
visualizado tanto pelo aluno quanto pelo educador, pois quando uma falha, o outro pode
ser culpado. Entretanto, o ato pedagógico para alunos com dificuldades de
aprendizagem precisa ser diversificado, bem planejado e realizado de acordo com a
situação que estamos enfrentando.

Para que a criança adquira a habilidade de ler e escrever, é necessário que a


escola assuma o desenvolvimento da criança e proponha tarefas adequadas a ele. É
importante que as escolas trabalhem a leitura em voz alta, pois o fracasso em
desenvolver essas habilidades pode resultar na incapacidade da criança de aprender a
ler e escrever. Desta forma, o ambiente escolar é o mais adequado para preparar os
cidadãos para a vida, e por isso deve colocar o aluno individual – o aluno – em contato
com a aprendizagem desses dois fatores importantes ao longo da vida da pessoa.
Nesse sentido, embora a escola procure oferecer aos seus alunos um ambiente de
aprendizagem voltado para a formação da cidadania, pode-se dizer que alguns deles
apresentam sérias dificuldades em adquirir determinado conteúdo e abordar o assunto
abordado nesta tese, esses alunos encontram obstáculos no processo de aprendizagem
da escrita e da leitura.

O educador traz uma proposta preventiva muito importante para o trabalho com a
escola, o aluno e o professor. E acreditamos que este estudo também contribuirá muito
mais para a educação ao ajudar o professor a se auto avaliar ao olhar para seu aluno, a
escola em que leciona, e revisar suas sugestões e ideias para trabalhar. de alunos
críticos e autônomos.
6. REFERÊNCIAS.

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