Ansiedade Social e Generalizada

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ANSIEDADE SOCIAL E

GENERALIZADA
Robert Leahy e Márcio Englert Barbosa

O paciente tem que ter consciência de que


a terapia vai exigir esforço, vai exigir desconforto.

Daniela Braga
Conheça
c o livro da disciplina
-
CONHEÇA SEUS PROFESSORES 3

Conheça os professores da disciplina.​

EMENTA DA DISCIPLINA 4

Veja a descrição da ementa da disciplina. ​

BIBLIOGRAFIA DA DISCIPLINA 5

Veja as referências principais de leitura da disciplina.​

O QUE COMPÕE O MAPA DA AULA? 6

Confira como funciona o mapa da aula.

MAPA DA AULA 7

Links de artigos científicos, informativos e vídeos sugeridos.

RESUMO DA DISCIPLINA 31

Relembre os principais conceitos da disciplina.​

AVALIAÇÃO 32

Veja as informações sobre o teste da disciplina.​

2
Conheça
c seus professores

-
ROBERT LEAHY
Professor Convidado

O psicólogo, professor e autor Robert Leahy pesquisa


sobre as diferenças individuais na regulação das emoções e na
tomada de decisões. O conceito base da sua difundida Terapia
de Esquemas Emocionais é o não-julgamento das emoções,
e ele já escreveu muito sobre isso, explicando como nascem
as principais emoções. Leahy é autor e editor de centenas de
livros, traduzidos para cerca de 20 idiomas, incluindo “Cognitive
Therapy Techniques”, “Planos de tratamento e intervenções para
transtornos de depressão e ansiedade”, “Regulação da emoção
em psicoterapia, a preocupação preocupa-se, sem ansiedade:
desvenda seus medos antes de desvendá-lo”, “A cura do
ciúme, a ciência e a prática da terapia cognitiva: fundamentos”,
“Mecanismos e aplicativos” e “Terapia do esquema emocional:
características distintas”. O Dr. Robert Leahy também é editor
associado do International Journal of Cognitive Therapy e
ex-presidente da Associação de Terapias Comportamentais
e Cognitivas, da Associação Internacional de Psicoterapia
Cognitiva e da Academia de Terapia Cognitiva. Ele recebeu o
Prêmio Aaron T. Beck da Academia de Terapia Cognitiva.

MÁRCIO ENGLERT BARBOSA


Professor PUCRS

Professor do curso de Psicologia da PUCRS. Doutor em


Psicologia e Mestre em Cognição Humana pela PUCRS, mesma
instituição pela qual se graduou Psicólogo. Também atua como
Psicólogo Clínico, sendo Especialista em Psicoterapia Cognitivo-
Comportamental pela WP Psicologia. Tem experiência na área
de Psicologia com ênfase em Psicologia Cognitiva, Psicoterapia
Cognitivo-Comportamental e Psicologia do Esporte.

3
Ementa da Disciplina
Estudo do Modelo Cognitivo-Comportamental do Transtorno de Ansiedade
Social e do Transtorno de Ansiedade Generalizada. Caracterização do plano de
tratamento e das intervenções cognitivo-comportamentais mais utilizadas no
tratamento do Transtorno de Ansiedade Social e do Transtorno de Ansiedade
Generalizada.

4
Bibliografia da Disciplina
As publicações destacadas têm acesso gratuito.

Bibliografia básica

BARLOW, D. H. Manual Clínico dos transtornos psicológicos: tratamento passo a passo.


Porto Alegre: Artmed, 2016.

CLARK, D. A.; BECK, A. T. Terapia Cognitiva para os transtornos de ansiedade:


tratamentos que funcionam – guia do terapeuta. Porto Alegre: Grupo A, 2015.

LEAHY, R. L. Livre de ansiedade. Porto Alegre: Artmed: 2011.

Bibliografia complementar

KNAPP, P. Terapia cognitivo-comportamental na prática psiquiátrica. Porto Alegre:


Artmed: 2007.

RANGÉ, B. Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria.


Porto Alegre: Artmed, 2011.

SILVA, M. L. C. Terapia Cognitivo-comportamental: Ansiedade social, ansiedade


generalizada e fobias. Contentus, 2020.

GILLIHAN, S. J. Terapia cognitivo-comportamental: estratégias para lidar com


ansiedade, depressão, raiva, pânico e preocupação. São Paulo: Manole, 2020.

WENZEL, A. Inovações em terapia cognitivo-comportamental: intervenções


estratégicas para uma prática criativa. Artmed Editora. 2018

5
O que compõe
o o

s
Mapa da Aula?
MAPA DA AULA
São os capítulos da aula, demarcam
momentos importantes da disciplina,
servindo como o norte para o seu FUNDAMENTOS
aprendizado.
Conteúdos essenciais sem os quais você
pode ter dificuldade em compreender a
matéria. Especialmente importante para
alunos de outras áreas, ou que precisam
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
relembrar assuntos e conceitos. Se você
estiver por dentro dos conceitos básicos
Questões objetivas que buscam
dessa disciplina, pode tranquilamente
reforçar pontos centrais da disciplina,
pular os fundamentos.
aproximando você do conteúdo de
forma prática e exercitando a reflexão
sobre os temas discutidos.​Na versão CURIOSIDADES
online, você pode clicar nas alternativas.
Fatos e informações que dizem
respeito a conteúdos da disciplina.
PALAVRAS-CHAVE
Conceituação de termos técnicos,
expressões, siglas e palavras específicas
do campo da disciplina citados durante DESTAQUES
a videoaula.
Frases dos professores que resumem
sua visão sobre um assunto ou situação.​
VÍDEOS
Assista novamente aos conteúdos
expostos pelos professores em vídeo.
Aqui você também poderá encontrar ENTRETENIMENTO
vídeos mencionados em sala de aula.
Inserções de conteúdos para tornar
a sua experiência mais agradável e
PERSONALIDADES significar o conhecimento da aula.​

Apresentação de figuras públicas


e profissionais de referência
mencionados pelo(a) professor(a).
CASE
Neste item, você relembra o case
analisado em aula pelo professor.​
LEITURAS INDICADAS
A jornada de aprendizagem não
termina ao fim de uma disciplina. Ela
segue até onde a sua curiosidade MOMENTO DINÂMICA
alcança. Aqui você encontra uma lista
de indicações de leitura. São artigos e Aqui você encontra a descrição detalhada
livros sobre temas abordados em aula.​ da dinâmica realizada pelo professor.

6
Mapa da Aula
Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas.

AULA 1 • PARTE 1

LEITURA INDICADA
02:08
Treatment Plans for Depression
and Anxiety Disorders

02:16 O que é TAG?

De acordo com o Manual de


Diagnóstico, o Transtorno de Ansiedade
Generalizada é o excesso de ansiedade
e preocupação (aspecto cognitivo) por
pelo menos seis meses. Pessoas com o
transtorno sentem fadiga com facilidade
devido à tensão e estimulação; têm
Repleto de ferramentas indispensáveis para
dificuldade em se concentrar; alguns
tratar os problemas clínicos mais comuns
encontrados na prática ambulatorial de saúde sentem irritabilidade ou raiva com
mental. Os capítulos fornecem informações pequenas coisas; tensão muscular;
básicas sobre depressão e os seis principais e distúrbios do sono. A maioria dos
transtornos de ansiedade; instruções passo a
pacientes diagnosticados ainda são
passo para avaliação e intervenção baseada
em evidências; exemplos de casos ilustrativos; afetados de 6 a 12 anos depois.
e orientação prática para redigir relatórios e
lidar com terceiros pagadores. Mulheres têm mais chances de ter um
início precoce do que homens, sendo a
média geral em 34.9 anos. Estudos de
várias culturas diferentes apontam que
mulheres também tem duas vezes mais
chances de ter TAG.
Se alguém está passando por uma 03:08
época difícil, está preocupada por
alguns dias e aí não fica preocupada
no mês seguinte, isso não seria
classificado como Transtorno de
Ansiedade Generalizada.

05:50
Podemos pensar na ansiedade
generalizada como uma
prontidão a responder, a fazer
alguma coisa.

7
PALAVRA-CHAVE
09:42

Ansiedade de separação: Distúrbio em


que uma criança fica excessivamente
ansiosa quando separada dos
pais. Este medo causa sofrimento
significativo e prejuízos importantes
nas áreas social, escolar e familiar, 15:02 Conclusões de pesquisas
causando queda de desempenho
escolar e dificuldade de interação com Uma metanálise mostrou que a
colegas. ansiedade para jovens tem aumentado
desde a década de 1950 e é difícil definir
uma causa específica, mas um dos
fatores associados é a diminuição da
conexão social estável. Estudos mais
antigos indicam que há uma correlação
PALAVRA-CHAVE genética de ansiedade generalizada com
15:12 a depressão.

Jean Twenge: Psicóloga, professora, Em comunidades LGBTQIA+, há um


autora, consultora e oradora, pesquisa risco maior de ter Transtorno de
diferenças geracionais, incluindo Ansiedade Generalizada. Pessoas com
valores de trabalho, objetivos de vida e TAG têm um risco maior de problemas
velocidade de desenvolvimento.
físicos e mentais, principalmente dores
crônicas.

19:25
Quando pessoas começam
com ansiedade generalizada,
se preocupando com muitas
coisas, elas, eventualmente, terão
mais chances de desenvolver
PALAVRA-CHAVE depressão.
24:13

Distimia: Transtorno psiquiátrico,


popularmente conhecido como
depressão de longa duração. A doença
é diferente da depressão comum,
pois se caracteriza pelo mau humor 25:02 Preocupação
constante. As causas ainda não
são concretas e o tratamento inclui Preocupação é o pensamento negativo
medicamentos e psicoterapia. repetitivo sobre problemas que podem
ocorrer. O professor traz uma reflexão
de seu livro, que ensina como se viver
no futuro: se algo ruim puder acontecer,
então devemos imaginar isso; não aceitar
nenhuma incerteza; tratar todos os
pensamentos negativos como se fossem
verdadeiros; acreditar que qualquer
coisa ruim que possa acontecer é um
reflexão de quem somos como pessoas;
não aceitar a falha; se livrar de qualquer
sentimento negativo imediatamente;
tratar tudo como uma emergência.

8
VÍDEO
26:11
Mindfulness

Explicação da técnica em situações


práticas. Para assistir, clique aqui.

AULA 1 • PARTE 2

Estratégias de enfrentamento 00:24

Pessoas com ansiedade pensam que


se preocupar é um jeito de resolver
problemas. Robert Leahy discorre sobre as
estratégias que não funcionam: procurar
por certezas; ordenar parar de pensar
sobre algo; tentar coletar o máximo de 01:34
Parte de aprender como lidar
informação possível; verificar repetidas
com o mundo real é conseguir
vezes; evitar situações que trazem
tolerar a incerteza e não ir atrás
ansiedade; álcool e drogas; preparação em
da certeza.
excesso; comportamentos de segurança;
sempre tentar ter uma boa primeira
impressão; ficar remoendo o passado; não
aceitar que temos pensamentos loucos.
03:38
Aceitar um pensamento indesejado é, Se preparar demais faz com
na realidade, uma maneira essencial de que pensemos que não
controlar a preocupação. conseguiremos fazer.

Os sete hábitos que ajudam, de fato, a


lidar com a preocupação são: identificar
a preocupação produtiva e a improdutiva;
aceitar a realidade e comprometer-se a
05:58
mudar; desafiar o pensamento olhando Quando tentamos impedir o
para a ameaça mais profunda; chegar a um pensamento, ficamos mais
acordo com o fracasso; usar as emoções conscientes do pensamento.
ao invés de se preocupar com elas; ter
perspectiva sobre o tempo.

9
PALAVRA-CHAVE
15:54

David Barlow: Psicólogo e professor


emérito de psicologia e psiquiatria na
Universidade de Boston. É conhecido
por suas pesquisas e publicações
sobre etiologia, natureza e tratamento 20:25 Avaliando a preocupação
de transtornos de ansiedade.
Nos tratamentos de Terapia Cognitivo-
Comportamental, antes de iniciar o
tratamento há avaliações para descobrir
“onde” está o paciente. É preciso
avaliar a preocupação, identificando
seus fatores, seus comportamentos,
PERSONALIDADE
24:25 diferenciando os transtornos e
medindo o padrão do grau — que pode
Adrian Wells ser realizado pelo Questionário de
Preocupação da Penn State (PSWQ).
Outra maneira de avaliar a preocupação
é olhar para a Intolerância da Incerteza
(IUS) ou através do Questionário
Metacognitivo (MCQ).

FUNDAMENTO
24:29
Terapia metacognitiva
Psicólogo clínico, professor de Psicoterapia focada na modificação das
psicopatologia clínica e experimental na crenças metacognitivas que perpetuam
Universidade de Manchester, no Reino Unido, estados de preocupação, ruminação e
e também é professor II de psicologia clínica fixação da atenção. Foi desenvolvida por
na Universidade Norueguesa de Ciência e Adrian Wells com base em um modelo de
Tecnologia. Sua pesquisa contribuiu para a processamento de informações de Wells e
compreensão dos mecanismos subjacentes à Matthews.
vulnerabilidade aos distúrbios psicológicos,
à manutenção dos problemas de saúde O entendimento é de que o mal-estar
mental e ao seu tratamento. Seu primeiro emocional pode ser gerado e acompanhado
livro, Attention and Emotion: A Clinical por crenças metacognitivas negativas.
Perspective (em co-autoria com Gerald Esses tipos de crenças fazem com que
Matthews), apresentou uma crítica e uma se mantenham processos cognitivos que
estrutura para aplicar a psicologia cognitiva geram, mantêm e tornam crônico o mal-
à compreensão da psicopatologia. estar emocional, como a ruminação, as
preocupações, a ato de focar a atenção
em estímulos negativos (viés de atenção
negativa), se concentrar em causas em vez
de soluções, etc. Além disso, costuma-se
colocar em prática estratégias de controle
e supressão não efetivas que intensificam
as emoções negativas. Portanto, a terapia
se concentra em remover modelos de
processamento disfuncionais. Ou seja,
em mudar a forma inflexível de pensar da
pessoa, que faz com que ela fique “presa” em
um prolongado e negativo processamento de
si mesma.

10
Natureza da preocupação 33:04

Se a preocupação se torna uma estratégia,


ela é ativada para resolver todos os
problemas ou para evitar problemas e, FUNDAMENTO
38:00
então, algumas pessoas pensam que
precisam que parar de se preocupar,
Apego inseguro
entrando num dilema de “se preocupar A ligação afetiva também acontece
com a sua preocupação”. entre adultos, mas para os bebês trata-
se de atender necessidades básicas e
O que leva as pessoas a se tornarem
de sobrevivência. Como resultado da
preocupadas é: ter pais com esse
proximidade e do controle que o bebê exerce
comportamento e/ou superprotetores,
sobre esses indivíduos, o vínculo de apego é
a experimentação de um trauma ou de
produzido. Uma pessoa estabelece um apego
parentalidade reversa, falta de validação,
quando, em situações de insegurança, busca
apego inseguro, ter pais que enfatizam a
contato com a figura que determina qual a
vergonha.
melhor forma de protegê-la.
O que faz a preocupação fazer sentido?
Segundo a Teoria do Apego, existe o apego
Entendê-la como uma estratégia que ajuda
seguro e o inseguro, que se desmembra
a: evitar problemas ou antecipar a sua
em outras categorias. Crianças que não
solução, suprimir excitações emocionais,
experimentaram segurança, seja por vários
evitar surpresas, estar orientado para
motivos como negligência, abusos e falta de
ameaças porque o mundo é perigoso, dar
proteção, têm propensão a desenvolverem
um sentido de responsabilidade, ganhar
apegos inseguros, se tornando evitantes ou
a ilusão de estar no controle e reduzir
ansiosos-demandantes.
incertezas.

AULA 1 • PARTE 3

Estratégias subjacentes 00:09

Entender que a preocupação tem uma


certa lógica ajuda a ter um relacionamento
melhor consigo e não ficar a mercê
desses pensamentos. Um pouco de PALAVRA-CHAVE
09:12
preocupação é necessário para nos
prepararmos e termos motivação, Fusão pensamento-ação: Refere-
por isso é tão importante diferenciar se à tendência de ver pensamentos
pensamentos produtivos de improdutivos. e ações como equivalentes, se eu
No modelo metacognitivo, a avaliação dos pensar realizar algo, moralmente
pensamentos intrusivos se dá através de é a mesma coisa ou terei maior
probabilidade em fazer.
pensar sobre o pensamento, analisando
qual o lado positivo e quais as crenças
negativas, tendo autoconsciência.

11
Existem distorções de pensamento comuns
que encontramos nas preocupações: tirar 12:48
90% das coisas com as quais
conclusões precipitadas, catastrofização, as pessoas se preocupam não
pensamentos de tudo-ou-nada, acontecem.
personalização, ignorar o lado positivo e ter
medidas diferentes para nós e os outros.

Assim como o processamento de informação


enviesado leva a pessoa a focar em ameaças, 19:57
A preocupação é como
superestimando-as, tendo percepções uma reação em cadeia de
de reações em cadeia que levam “ladeira pensamentos negativos sobre
abaixo”, caindo em armadilhas e tendo uma possíveis mudanças.
visão de que mudanças são abruptas.

A preocupação pode estar associada com


o medo do arrependimento, da culpa,
autocentrando a responsabilidade, o que
acaba generalizando o fracasso e criando 26:55 Como a preocupação funciona?
aversão ao risco. Pessoas preocupadas têm
um senso de necessidade exagerado em Ao pensar que algo dará errado,
controlar resultados, já que o fracasso está procurar todos os motivos que levem
identificado como o valor de quem se é. a acontecer e conseguir reverter a
Visto isso, preocupação está normalmente previsão, a preocupação se associa a
associada com o senso de perfeição. superstição, como por exemplo “toda
vez que vou fazer um teste, eu me
preocupo com ele e então eu passo”.
Isso é nomeado como pessimismo
defensivo.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Assinale a alternativa incorreta a


respeito da preocupação:

Ao pensar que tem certa lógica,


damos intensidade aos pensamen-
tos, ampliando a ansiedade. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Resposta desta página, de cima para baixo: alternativa 1 e 4.

Assinale a alternativa correta sobre


Um pouco é necessário para nos o que leva as pessoas a se tornarem
prepararmos e termos motivação. preocupadas, segundo Robert
Leahy:
Pode estar associada com o medo
do arrependimento. Pais superprotetores.

Algumas vezes se associa a Falta de validação.


superstição.
Parentalidade reversa.

Todas as alternativas estão corretas.

12
AULA 1 • PARTE 4

A lógica da preocupação 00:25

Uma estratégia é se livrar de qualquer


sentimento negativo imediatamente.
Estudos mostram que a preocupação PALAVRA-CHAVE
com pensamentos abstratos suprime 01:57
temporariamente a excitação emocional
Alexitimia: Condição relacionada
e fisiológica. O problema desse tipo de
à dificuldade de experimentar,
evitação emocional da preocupação é identificar e expressar emoções.
que, à medida em que se suprime essa Pessoas com essa condição podem
emoção durante a preocupação, quando ter dificuldades para manter
a preocupação cessa, a excitação volta relacionamentos e participar de
em rebote. Dessa forma, não há como situações sociais. Entretanto, não
é um diagnóstico clínico, e os
identificar as emoções, prestando atenção
profissionais da saúde mental não o
para colocá-las em contexto e saber o que
consideram um distúrbio por si só;
as engatilha. Para isso, existem abordagens é associada a diversos distúrbios
de tratamentos de emoções, que visam da saúde mental, como depressão,
construir a sua aceitação e a melhor forma transtorno do estresse pós-
para lidá-las. traumático, esquizofrenia e distúrbio
do espectro autista.
Outro pensamento ou suposição que
pessoas preocupadas têm é de querer
resolver qualquer problema imediatamente.
O senso de urgência não permite que a LEITURA INDICADA
pessoa se distancie e apenas observe, sem 03:54
intervir imediatamente. Ela não consegue Terapia do Esquema Emocional
viver o presente.

LEITURA INDICADA
04:13
Não Acredite em Tudo que Você
Sente

Robert L. Leahy aborda o importante papel


que crenças e expectativas têm sobre as
emoções nos transtornos psiquiátricos,
oferecendo uma apresentação completa
da Terapia, que pode ser integrada a outras
Combina terapia cognitivo-comportamental abordagens de tratamento para promover
e terapia de esquema emocional para ajudá- formas mais adaptáveis de manejo de
lo a explorar suas crenças pessoais sobre experiências afetivas.
emoções, determinar se essas crenças são
úteis ou prejudiciais e encontrar a motivação
para adotar estratégias alternativas e mais
saudáveis de enfrentamento. As emoções são
parte natural e saudável do ser humano, e
como lidamos com as emoções difíceis revela

13
nossa verdadeira capacidade de felicidade,
amor e alegria.
Risco de percepção errada 11:54

Existem muitas pesquisas e teorias sobre


a percepção do risco que apontam que
não somos realmente precisos ao percebê-
los, por termos vieses. Pessoas ansiosas PERSONALIDADE
12:19
tendem a superestimar o risco porque
tentam evitar que coisas ruins aconteçam. Paul Slovic
Do ponto de vista evolutivo, existem
grandes desvantagens em subestimar
o risco porque isso pode levar à morte
e a superestimação leva à ansiedade,
portanto, somos predispostos ao medo.

Poucas pessoas olham para estatísticas,


pois dão relevância às notícias recentes.
Quanto mais recente é um evento,
Professor de psicologia na Universidade de
mais provável é as pessoas pensarem
Oregon e presidente da Decision Research.
que acontecerá com elas. Percebemos
Criou o termo heurística do afeto, que é a
o risco erroneamente em termos de
capacidade de tomar uma decisão emocional
familiaridade. Quanto mais fazemos algo,
rápida em tempos de crise. Contribuiu para
menos arriscado pensamos ser. Também
o paradigma psicométrico da percepção de
utilizamos o raciocínio emocional de que
risco e para o entorpecimento psicofísico –
se algo é desconfortável, deve ser ruim,
ideia de que as pessoas não são tão afetadas
como tomar vacina, e o oposto, se algo
pela perda da vida dependendo de como
parece agradável, deve ser bom, como
ela é apresentada, pois é difícil ter conexão
fumar. As imagens assustam mais que os
emocional com números.
números.

FUNDAMENTO
31:08
Teoria da decisão
É o estudo das escolhas de um agente,
podendo ser dividida em dois ramos: a
teoria da decisão normativa, que analisa
os resultados das decisões ou determina
Nossos cérebros não evoluíram 37:10 as decisões ótimas dadas as restrições
para pensar sobre probabilidade e suposições; e a teoria da decisão
abstrata. Eles evoluíram para descritiva, que analisa como os agentes
pensar em anedotas, em exemplos, realmente tomam as decisões que tomam.
em imagens. As aplicações empíricas desta teoria são
geralmente feitas com a ajuda de métodos
estatísticos e econométricos.

14
AULA 2 • PARTE 1

Como mudar a preocupação? 00:42

O objetivo não é eliminar a preocupação,


pensamentos intrusivos e sentimentos
desagradáveis, mas, sim, evitar gastar muito
tempo com isso, causando interferência no
PALAVRA-CHAVE
funcionamento. A TCC para a preocupação 14:34
mostra resultados eficazes e feitos que
perduram por pelo menos 12 meses. Processos irônicos: O psicólogo
social, Daniel Wegner, criou a
A visão de Robert Leahy é que a teoria ao descobrir que quanto
preocupação é o primeiro passo para a mais tentamos reprimir nossos
resolução de problemas, o erro está em não pensamentos, mais eles tendem
se preocupar com as coisas certas. Para a aparecer em um efeito rebote.
Isso acontece porque a mente se
identificar se a preocupação é produtiva
divide em duas atividades, uma
podemos fazer as seguinte perguntas: qual parte (a mais obediente) afasta os
o custo-benefício de se preocupar com pensamentos e tenta achar outra
isso? O problema existe agora ou poderia coisa para pensar, enquanto a outra
existir? A preocupação leva a resolver fica checando se você está ou não
o problema hoje ou apenas antecipa o pensando.
sofrimento?

Muitas vezes, a preocupação não resolve,


apenas identifica o problema. O professor
propõe 4 estratégias para ganhar controle 16:57
Se puder adiar a preocupação, se
sobre a preocupação: adiar a preocupação puder marcar para chegar a ela
para mais tarde; reservar um tempo mais tarde, então me liberto dela.
diariamente para as preocupações; registrar Eu descarrego esses pensamentos
as preocupações; desviar a atenção. e os coloco de lado.

Precisamos fugir deste 27:32


perfeccionismo existencial, onde
tudo vai correr perfeitamente.
Ou o perfeccionismo emocional,
onde vou me sentir feliz, me 27:48 Preocupação produtiva
sentir completo o tempo todo.
O sinal da preocupação produtiva é a
pergunta ter uma resposta, ou seja, buscar
subjetividades como “será que vão gostar
da minha apresentação?” é improdutivo.
Também é ser capaz de aceitar soluções
imperfeitas, focando em um único
evento, aceitando interrupções, não
usando a ansiedade como guia e sabendo
o que pode ser controlado. Quando
isso acontece, estamos prontos para a
aceitação. Aceitar que não sabe, que algo
está inacabado, aceitar a incerteza e a
realidade, mas ainda assim se dedicar à
mudança. Também pode-se alcançar isso
através de mindfulness.

15
AULA 2 • PARTE 2

Aceitação 00:18

Muitas pessoas são surpreendidas pela


realidade e não a aceitam por não
gostarem do que veem ou por quererem
uma resposta. Pessoas com estratégia 02:19
de maximização, que precisam ter o
Ao invés de pensar em não se
melhor, estão muito mais suscetíveis ao
contentar com menos, você deve
arrependimento por demorarem mais para
pensar em ser flexível.
se decidir e terem dificuldade em lidar
com o resultado. Acharem que têm que ter
o controle de tudo também é um motivo
PALAVRA-CHAVE
para não aceitar a realidade. 04:13
A primeira parte da aceitação é aceitar Síndrome Cognitivo-atencional:
a limitação, assim, pode-se aceitar que Caracteriza-se pela prática de
alguns problemas não tenham soluções um padrão de pensamento que
e entender que não temos como saber inclui estratégias de ruminação, de
todas as informações. As variações da preocupação, de atenção fixa e de
enfrentamento negativo. Os lapsos de
aceitação são: incertezas, não ter controle,
atenção são fixados nos estímulos ou
resultados desagradáveis e injustiças.
situações que nos proporcionam mal-
Com pacientes, podemos iniciar o trabalho estar.
da aceitação perguntando sobre situações
que eles lembrem de ter conseguido
aceitar alguma dessas questões e qual
seria a vantagem de praticarem mais 08:08 Pensamentos intrusivos
aceitação.
Algumas estratégias de Adrian Wells
para lidar com pensamentos intrusivos
são encará-los como: uma ligação de
telemarketing, um barulho na rua, um
email que caiu na caixa de spam, um
A preocupação não é o mundo 11:53 trem na estação ou algo flutuando na
real, é um acontecimento mental. corrente. Então a resposta será notá-los
É uma sinapse. É um evento e encará-los como algo passageiro, dos
bioquímico e elétrico. quais pode-se desapegar.

Podemos pensar a respeito do


pensamento intrusivo usando a
meditação atenta, entendendo a
Tolerar a incerteza 18:53 preocupação como um acontecimento
mental. Também pode-se testar e
O professor aborda o caso de um paciente examinar os pensamentos, analisando
que não aceitava incertezas sobre sua as evidências. Outro jeito de pensar,
saúde, então a estratégia utilizada foi é que preocupação sempre se refere
praticar a imagem emocional de estar em a um desfecho, então necessita-se
um hospital, o pior cenário para ele, a fim entender qual o pior e melhor resultado
de diminuir a intensidade do seu medo. disso. Pensar que conselho daria a um
amigo sobre a situação ajuda a ter uma
perspectiva melhor.

16
MOMENTO DINÂMICA
23:26
Leahy traz um exemplo da técnica de
inundação para que os alunos entendam
como o pensamento que os aflige quando
utilizado em repetição, perde a energia.
24:48 Comprometimento com a mudança

Outra parte da aceitação é se


comprometer com a mudança. Há uma
diferença entre o que queremos fazer
e o que estamos realmente dispostos
a fazer. Parte de não nos dedicarmos
é acreditar que não dará certo, mas
podemos fazer um trabalho comum
ou mediano de forma regular para dar
início ao processo, ao que o professor
nomeia como imperfeição bem-
sucedida. Pessoas que se preocupam,
não se comprometem a agir porque
estão sendo consumidos por seus
pensamentos. Procurar coisas que são
desconfortáveis desenvolve a tolerância.

AULA 2 • PARTE 3

Desafiar o pensamento 00:18

O primeiro a se fazer é monitorar e


registrar as preocupações, escolhendo
um momento para ter o Tempo de
04:35 Ameaça profunda
preocupação. Por fim, pode-se testar
as previsões imaginadas conferindo,
Há um tema em comum às coisas com
após um mês, o resultado do que foi
a qual nos preocupamos, portanto, é
anotado. É importante identificar qual
preciso analisar quais são os esquemas
distorção de pensamento se está usando
pessoais, conceitos e crenças. Para
– adivinhação, catástrofe, descontando
não viver de acordo com esse padrão
o positivo, leitura mental, etc. Também é
nuclear é preciso identificar quais são
interessante escrever a probabilidade de
as crenças a respeito próprio e de
cada pensamento se tornar real e qual é o
outras pessoas; como elas se relacionam
melhor/pior resultado.
com as preocupações; qual é o custo-
benefício dessas crenças; e se está
aplicando o termo tudo-ou-nada.

A pessoa que é insegura se 06:16 Para desafiar as crenças nucleares


preocupa em ser vista como podemos questionar: qual é a evidência
inadequada ou ser julgada por contra minha crença? Seria tão crítico
outros. Então suas preocupações assim com outra pessoa? Entendendo
são focadas em como as pessoas que pode haver alguma verdade na
pensam a seu respeito. crença, mas pode-se agir contra ela,
desenvolvendo uma crença mais

17
positiva.
Fracasso em oportunidade 16:43

O fracasso é simplesmente outra parte


da vida, assim como estar cansado,
ter uma indigestão ou estar atrasado.
Ao nos preocuparmos, tendemos a
considerar o erro como uma catástrofe.
O professor traz algumas ideias de como
entender o fracasso de maneira diferente,
transformando-o em oportunidade: foi
o comportamento que fracassou, não a
pessoa; pode-se aprender com o fracasso
ou ser desafiado e tentar mais; focar
nos comportamentos de sucesso e no
que se consegue controlar; entender
que nem tudo é essencial para o sucesso
em si; todo mundo erra; talvez ninguém
tenha percebido; talvez o objetivo não
era o certo; o fracasso não foi fatal;
os parâmetros estavam muito altos; o
resultado foi melhor do que anteriormente;
outras coisas não foram afetadas; falhar
significa tentar; esse é só o começo;
amanhã tem outras possibilidades.

AULA 2 • PARTE 4

Usar as emoções 00:53

Estudos mostram que pessoas


preocupadas têm uma visão muito
negativa da emoção, achando que elas
02:02
vão continuar para sempre, que são Se você tentar suprimir emoções,
incontroláveis e não fazem sentido. Não se elas voltam.
pode ter uma vida plena sem uma gama
completa de emoções.
CURIOSIDADE
Robert Leahy conta que em seu modelo 05:27
de esquema emocional, pergunta aos
pacientes o que seus pais achavam e
Terapia Focada nas Emoções
manifestavam sobre suas emoções na É um modelo de psicoterapia neo-humanista
infância, pois isso desenvolve crenças e experiencial, que se baseia na aplicação
para a vida adulta. Muitas pessoas não da empatia no contexto terapêutico e na
toleram sentimentos conflitantes, pensam utilização de procedimentos vivenciais
que ninguém pode entender o que elas deflagrados por marcadores específicos
sentem, ficam envergonhadas com seus observados durante as sessões. Tem como
sentimentos, acham que vão perder o objetivo central a reestruturação dos
controle, acreditam que a emoção não vai esquemas emocionais apresentados pelo
passar ou não conseguem definir o que paciente, possibilitando, assim, a formação
estão sentindo. de um novo sentido do self e do sistema de
significados pessoais.

18
Robert Leahy conta que, em seu modelo PERSONALIDADE
de esquema emocional, pergunta aos 07:53
pacientes o que seus pais achavam e
Steven Hayes
manifestavam sobre suas emoções na
infância, pois isso desenvolve crenças para
a vida adulta. Muitas pessoas não toleram
sentimentos conflitantes, pensam que
ninguém pode entender o que elas sentem,
ficam envergonhadas com seus sentimentos,
acham que vão perder o controle, acreditam
que a emoção não vai passar ou não
conseguem definir o que estão sentindo.
Psicólogo clínico e professor da Fundação
A terapia auxilia as pessoas a se de Nevada na Universidade de Nevada,
conscientizarem, registrarem e classificarem Departamento de Psicologia de Reno, onde
suas emoções. O Modelo de Aceitação, de é membro do corpo docente em seu Ph.D.
Leslie Greenberg, propõe que as emoções programa em análise do comportamento
são fonte de informação e outros modelos e cunhou o termo análise clínica do
complementam com estratégias para se comportamento.
ter inteligência emocional. O professor
desmistifica concepções errôneas
que os pacientes tem sobre emoções,
exemplificando algumas técnicas: usar 08:09
Emoções existem para nos contar
imagens para criar sentimentos; diminuir a
de nossas necessidades.
culpa e a vergonha; demonstrar que todos
tem sentimentos ruins; aceitar sentimentos
contraditórios; e aprender a ser irracional.

22:56
A vida não é sobre ser racional
e lógico, se trata de sentir-
se conectado e entender que
temos que passar por nossos
sentimentos para superá-los.
Guia dos sentimentos 23:07

Pessoas ansiosas têm uma grande


dificuldade com o tempo por causa do
senso de urgência. Por conseguinte, parte FUNDAMENTO
da terapia está em trazer essa percepção 31:11
para o paciente para que ele entenda Terapia Comportamental Dialética
que nem sempre precisa resolver tudo na
O tratamento foi desenvolvido pela
hora e pode se distanciar do problema.
psicóloga estadunidense Marsha Linehan
Elas também se sentem pressionadas
em 1993, através de pesquisas a fim de
pelo tempo, falando e movendo-se
comprovar a eficácia da psicoterapia
rapidamente, assumindo muitas atividades,
comportamental. Divide elementos com
acelerando pessoas em conversas,
sistemas psicodinâmicos, é centrada no
sentindo-se irritadas com a lentidão alheia,
cliente, possui estratégias paradoxais
entre outras impaciências.
e técnicas da filosofia oriental, como o
Para trabalhar essas questões, recomenda- mindfulness. Com influências budistas, a
se utilizar o desprendimento com a abordagem é considerada a única eficaz para
atenção plena, atentando-se ao momento o transtorno da personalidade borderline.
presente. Também utiliza-se de métodos Seus componentes básicos são: análises
para expandir o tempo e planejá-lo. funcionais do comportamento, práticas zen

19
contemplativas e a filosofia dialética.
Ao estabelecer metas e garantir o
comprometimento do paciente na terapia,
avançamos para o Primeiro Estágio, que dura
cerca de um ano, busca-se a estabilidade
emocional, a segurança e relacionamentos
saudáveis. No Segundo Estágio, acontecem
exposições e processamentos emocionais
do passado a fim de identificar padrões de
experiências invalidantes. O Terceiro Estágio
foca na resolução de problemas e o respeito
ao self, fazendo uma síntese para então,
no Quarto Estágio, em que nem todos os
pacientes conseguem chegar, cria-se o senso
de completude e compaixão.

AULA 3 • PARTE 1

Existem várias, diversas, 01:48


diferentes apresentações da
ansiedade social - o falar em
público como provocador de
ansiedade é uma das mais
características. Mas nem todo
mundo que tem Transtorno
de Ansiedade Social tem
ansiedade de falar em
público, e nem todo mundo 02:35 Transtorno de Ansiedade Social
que tem ansiedade de falar
em público tem Transtorno de As pessoas portadoras do TAS
Ansiedade Social. normalmente têm altas expectativas
de desempenho social, o que
acaba elevando o nível desejado
de comportamento comum que os
outros desejam. Há, no fundo, uma
A pessoa [com TAS] sente que 04:55 alta insegurança em relação à forma
não sabe muito bem como pela qual se expressam nos outros, o
responder aquele elogio. que acaba constrangendo ou, mesmo,
Mesmo sendo uma interação, humilhando o paciente nas relações.
em tese, positiva, isso acaba Avaliações sociais positivas ou
gerando algum tipo de negativas podem ser supervalorizadas,
desconforto, de sofrimento. amedrontadoras, constrangedoras.

Com efeito, a vergonha, como afeto


negativo, é muito presente no TAS, o
que começa a se desenvolver, em média,
ao longo da adolescência.

20
De acordo com o DSM-5 TR revisado, de
O critério A [do TAS] é: medo 05:56 2022, há um grande medo em relação
ou ansiedade acentuados a avaliações vindas do exterior, ou seja,
acerca de uma ou mais dos outros, que acabam refletindo como
situações sociais em que o resposta negativa frente ao indivíduo.
indivíduo é exposto a possível Nesse sentido, há uma grande ansiedade
avaliação por outras pessoas, em relação às avaliações sociais, com
ser observado, e desempenhar receio de negação - o que comumente
em frente a outras pessoas. se dá de forma antecipada. Dessa forma,
deve-se analisar essa ansiedade de
acordo com o contexto sociocultural
do paciente, ou seja, com a própria
temporalidade que o atravessa. O que
[No TAG,] o medo, ou a 09:17 é esperado em termos de ansiedade
ansiedade, é desproporcional em determinada cultura? Na medida
à ameaça real apresentada em que há uma relação contextual
pela situação social e o entre avaliações e comportamentos, é
contexto sociocultural. fundamental discernir de forma singular
esse critério.

A presença de sofrimento significativo,


assim como em diversos outras
psicopatologias, também é um critério
O único especificador que a 13:56 diagnóstico. O TAS também pode
gente usa no Transtorno de estar presente como comorbidade
Ansiedade Social é quando
associada a outras condições. Para
a gente está falando de um
ser diagnosticado enquanto tal, o TAS
portador do transtorno que
não pode estar associado apenas a um
só apresenta sintomas de
contexto específico, como por exemplo
ansiedade social quando está
na agorafobia.
numa situação de desempenho.

16:16
O tratamento de uma pessoa
que tem fobia, ou ansiedade
social, apenas em situações de
desempenho é um prognóstico
mais positivo, é um tratamento
FUNDAMENTO
16:42 que responde melhor.
Situações comummente temidas
Pessoas com TAG podem ter dificuldade em
demonstrar interesse amoroso por alguém,
assim como expressar suas opiniões ou falar
com falar com autoridades, assim como em 19:14
Pessoas com Transtorno de
outras situações interpessoais. Expor-se de Ansiedade Social às vezes
forma pública pode gerar constrangimento, se sentem ansiosas mesmo
sobretudo diante de desconhecidos ou com pessoas com quem elas
pessoas que não proporcionam segurança têm maior vínculo, maior
e intimidade. Poderiam se citar mais casos proximidade. Mas é comum
em que são jogados possíveis (ilusórios?) que exista uma ansiedade mais
olhares de avaliação diante da pessoa. intensa frente a desconhecidos
ou a conhecidos mas não
próximos, sem muita intimidade.

21
Timidez e transtorno de
22:21
personalidade evitativa

O TAS se assemelha a certos aspectos


da timidez, sobretudo pelo fato de
apresentarem questões comportamentais,
cognitivas e fisiológicas comuns. A
timidez também possui certa posição
evitativa, podendo ser vista apenas como 27:50
Entre a personalidade evitativa
uma característica de uma pessoa, não e o TAS, a gente tem muito mais
gerando sofrimentos significativos como um elemento quantitativo do
no caso do transtorno. que qualitativo.
Já no transtorno de personalidade
evitativa, há padrões mais amplos
de esquiva. Ademais, há uma grande
sobreposição entre esses dois transtornos.
29:36 Modelo etiológico

O modelo etiológico de David Barlow


considera dois elementos fundamentais
para o desenvolvimento de transtornos
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO psicológicos: vulnerabilidades biológicas
e psicológicas generalizadas. No
Assinale a alternativa incorreta caso em questão, há uma grande
conforme o apresentado em aula: vulnerabilidade no que diz respeito
à ansiedade, combinando fatores
Há uma grande sobreposição entre genéticos e ambientais. Cada
o Transtorno de Ansiedade Social vulnerabilidade, em combinação a
e o Transtorno de Personalidade determinado conjunto de fatores
Evitativa. estressores, pode ocasionar e contribuir
para a formação de outros transtornos
A diferença entre o Transtorno de psicológicos.
Ansiedade Social e o Transtorno
de Personalidade Evitativa é muito No que diz respeito ao transtorno
mais qualitativa do que quantitativa. em questão, ressalta-se a experiência
direta de ser julgado ou exposto
O Transtorno de Ansiedade Social publicamente, o que estabelece um
funciona a partir da crença de que alarme de ansiedade e liga sistemas
os outros são julgadores, críticos, de defesa diante desse risco social.
avaliadores. Essa experiência aprendida gera uma
preocupação ansiosa, o que acaba por
O medo e a preocupação pela gerar ansiedade social. Esse receio
avaliação é uma crença central diante de que situações semelhantes
importante no Transtorno de
aconteçam de novo pode gerar
Resposta desta página: alternativa 2.

Ansiedade Social.
comportamentos evitativos, estratégias
comportamentais.

22
Tu te ver como vulnerável 31:41
não leva necessariamente a
um Transtorno de Ansiedade
Social. Mas tu te perceber
como mais vulnerável,
combinado com determinados
estressores e respostas
específicas a esses estressores, 33:47
Quando a gente se sente
vai levar ao desenvolvimento rejeitado ou mal avaliado pelo
desse transtorno. grupo, é natural que a gente
tenha respostas de ansiedade.
Numa experiência direta muito
aversiva, tu tem um alarme de
ansiedade verdadeiro, e isso
Eu começo a ter picos 36:53 leva a um alarme aprendido.
de ansiedade por medo
dessa rejeição, por medo
dessa desaprovação social.
Esse alarme de ansiedade
é extremamente sofrido,
extremamente desconfortável.

AULA 3 • PARTE 2

Modelo cognitivo do TAS 00:25

A compreensão do modelo cognitivo


por parte de Beck focaliza em como o
transtorno se mantém ao longo do tempo,
ou seja, seus mecanismos de manutenção.
Beck os divide em três tempos distintos. 03:20
Nessa fase antecipatória, ainda
A fase antecipatória é a primeira etapa da antes de estar diretamente na
ansiedade social, que justamente antecipa situação de interação, começa
os julgamentos e avaliações antes mesmo a acontecer uma série de
de eles ocorrerem. Há diversos sinais que elementos de processamento
aparecem como gatilhos de ansiedade, forçado, ou seja, uma série
como o viés dei interpretação da ameaça de automatismos que estão
e a avaliação de vulnerabilidade. Há uma presentes naquelas pessoas
perspectiva de antecipação da ameaça, que foram se desenvolvendo
o que desperta ansiedade. A pessoa no naquele funcionamento
também tende a lembrar de eventos nos do Transtorno da Ansiedade
quais ela teve mau desempenho social, Social.
escolhendo, no meio da miríade do seu
passado, tendencialmente memórias
relacionadas a esse padrão cognitivo.
Tais questões produzem ansiedade
e aumentam os comportamentos de
esquiva.

23
A segunda etapa é a exposição situacional,
na qual há uma ansiedade aumentada 04:51
Se o mundo é perigoso e eu
e uma exposição à situação provocada. sou vulnerável, a ansiedade
Também há pensamentos relacionados a é a consequência esperada
uma avaliação negativa ou, até mesmo, nesse contexto. E é assim que
uma incompetência social. A pessoa a pessoa com TAS se percebe
percebe os outros, principalmente nessas situações de interação.
os desconhecidos, como julgadores
penitentes. Há a presença de esquemas
sociais mal adaptativos, ou seja, crenças
sobre altos padrões de expectativa social, 09:09
de competência, de desempenho, de Pessoas com Transtorno
inteligência. de Ansiedade Social
têm crenças centrais
Em termos culturais, há inclusive normas de serem socialmente
sociais de não expressão das suas impotentes, fracos ou
fraquezas, o que acaba construindo inferiores. São elementos
padrões de gênero que funcionam a de vulnerabilidade.
partir da rigidez psicológica. Por meio
dessa complexa relação entre indivíduo
e sociedade, na exposição situacional
há a ativação desses esquemas, como
11:31
comportamentos inibitórios automáticos. Ser desaprovado não leva à
Esses comportamentos provocam reações ansiedade social. Mas quando
fisiológicas do organismo, geralmente eu tenho crenças de que ser
avaliadas negativamente pela pessoa. desaprovado é insuportável,
é horrível, não deveria
A terceira etapa é o processamento pós-
acontecer, é insuperável, aí o
evento, ou seja, quando a situação já é
meu medo da desaprovação
encerrada. Nesse caso, há um viés da
começa a se tornar mais alto,
memória que revisita situações sociais
mais alto, mais alto.
avaliando desfechos e comportamentos,
tendendo a gerar sentimentos de
vergonha e constrangimento.

14:39
Quem é interessante o tempo
todo? Quem é confiante
e competente o tempo
todo? Algumas pessoas
que parecem confiantes e
competentes o tempo todo
As pessoas respeitam, toleram 15:18 são chatas pra caramba.
imperfeições e falhas com
uma frequência muito maior
do que, às vezes, a gente
acredita sobre nós mesmos.

23:06
Uma questão bem
característica que aparece no
TAS é: quando a pessoa pensa
a sua interação social, ela
tende a pensar como quem
observa a cena.

24
Quando ela começa a olhar 24:11
para si, a pensar olhando para
si, julgando a si mesmo, a
pessoa muitas vezes percebe
em si mesma coisas que os
outros não percebem.
25:34
Esse cuidado excessivo
atrapalha a fluidez da
interação. Ele leva a um
julgamento constante sobre o
que eu estou fazendo, e isso
dificulta uma série de coisas:
TCC para o TAS 30:07 eu percebo menos as reações
dos outros.
O tratamento para o TAS tem como
principais objetivos reduzir a ansiedade,
melhorar o funcionamento social e
corrigir crenças de ameaça social e
vulnerabilidade. Na medida em que uma
31:06
atenção extrema pode, justamente, causar Algumas pessoas que têm
um impacto negativo em comportamentos TAS têm habilidades sociais
sociais, deve-se levar em conta essa muito pobres, de fato. Elas
ansiedade e treiná-la, considerá-la como vão precisar de muita atenção
algo passível de manejo. Avaliar as nesse aspecto de ajudá-las
habilidades existentes é fundamental para a treinar e a desenvolver
cada caso, a fim de perceber possíveis habilidades sociais.
ajustes ou reforços.

Na formulação cognitiva do caso, deve-se


entender a intensidade da ansiedade social
34:42
de acordo com cada contexto específico. Quais são as situações sociais
Tal questão é importante para avaliar o temidas? [...] Pode ser um tipo
nível de exposição durante o tratamento. de situação social, ou um mar
A pessoa olha de forma tendencialmente de situações sociais.
ansiosa para seu passado? A pessoa sofre
alto grau de ansiedade em ambientes,
controlando expressões emocionais,
corporais e fisiológicas?
38:16
Qual é a natureza da ameaça?
Do que a pessoa tem medo?
Quase sempre, a gente
está falando do medo do
julgamento dos outros, mas
que tipo de medo é esse? Que
tipo de desfecho ela teme?
Que tipo de consequência ela
acha que possa acontecer?

25
AULA 3 • PARTE 3

Tratamento em TCC 00:25

Os protocolos para esse transtorno


variam entre 12 a 20 semanas, sendo de
14 a 16 o mais comum. Todavia, quando
há quadros mais difusos dos sintomas, 02:00
não restritos apenas a situações de Esse período de 3 a 5 meses
desempenho, necessita-se de um tempo muitas vezes é considerado
mais longo, podendo variar entre 6 meses um tempo suficiente para o
e 1 ano. Por vezes, há mais necessidade de
paciente ter uma redução
treinamento de habilidades, assim como
significativa de sintomas, mas,
um tempo mais prolongado de exposição.
na minha experiência clínica,
Nesse sentido, não há um período fixo, na
para alguns pacientes, esse
medida em que cada paciente deve ter
período precisa ser um pouco
seu caso formulado de acordo com metas
mais extenso, podendo variar
específicas e processos próprios.
de 6 a 12 meses.

Inicialmente, deve-se realizar uma


conceitualização cognitiva, com a
avaliação dos critérios diagnósticos e
04:10
a avaliação dos níveis de prejuízo. Num Que ele entenda como a
primeiro momento, é importante utilizar gente compreende esse
de uma linguagem acessível a fim de funcionamento cognitivo, que
proporcionar uma psicoeducação e gerar ele entenda o funcionamento
uma adesão reflexiva para o paciente. dessa ansiedade antecipatória
Assim, instrumentalizar o paciente [...] que ele entenda como
sobre um entendimento a respeito do a gente compreende e o
transtorno pode auxiliá-lo a se ver de uma que, para nós, é importante
forma menos crítica. Assim, é preciso ir entender sobre como ele
estabelecendo metas a serem atingidas funciona na interação social.
durante o processo terapêutico, realizando
uma lista de situações divididas em graus
de ansiedade, o que posteriormente irá ser
usado para a exposição.
04:52
A gente pode ir avaliando e
explicando porque estamos
fazendo aquelas perguntas,
porque a gente está
tentando entender aquele
funcionamento, e como aquilo
Eu considero é ainda mais
vai ser importante para a gente
05:45
importante, é especialmente poder oferecer para ele o
importante uma boa tratamento mais adequado.
psicoeducação para o
tratamento nos transtornos de
ansiedade em que o tratamento
vai envolver exposição.

26
Reestruturação cognitiva da
11:50
ansiedade antecipatória

Realizar exposições e reestruturações


cognitivas é importante para uma fase
intermediária do tratamento. No que
diz respeito à ansiedade antecipatória,
13:31
pode-se identificar uma situação recente Usar a descoberta guiada,
dessa emoção, a fim de gerar uma fazer perguntas para o
conscientização descritiva e avaliativa. paciente. A descoberta guiada
Quais foram os pensamentos automáticos nada mais é do que a gente
que vieram à tona? Pode-se ir realizando ir fazendo perguntas que vão
uma descoberta guiada de forma conjunta conduzindo a exploração
com o paciente, por meio de intervenções desses pensamentos.
interrogativas.

Avaliar a probabilidade e o nível de


gravidade são importantes ferramentas
15:10
para uma reestruturação cognitiva. Avalie a probabilidade e
Quais são as consequências de curto e gravidade percebidas de
longo prazo caso haja a prevalência do ameaça social antecipada.
transtorno? Ou seja: deve-se colocar
as vantagens e desvantagens desses
comportamentos numa balança decisória,
a fim de gerar uma avaliação. 21:46
Ajudar o paciente a identificar,
Conforme já bem sabido, realizar um aprender a nomear distorções
registro de pensamentos disfuncionais também é um caminho para
pode auxiliar no movimento contestatório, que ele consiga fazer um
gerando uma percepção continuada ao movimento de contestação.
longo do cotidiano do paciente. Também
pode ser realizado um pensamento
antecipatório mais realista, baseado
em evidências, a fim de diminuir
23:33
progressivamente a distorções que o A técnica do contínuo
transtorno produz. cognitivo é: a gente trabalha
com uma linha, traça uma
linha - dá para fazer isso
visualmente, inclusive; e pedir
para o paciente identificar
Mais importante é identificar
onde essa forma como ele
28:39
que tem como ajudar a está interpretando está
melhorar a habilidade do que naquele contínuo.
reavaliar onde tu está. Mas,
em alguns casos, não é tanto
isso: é muito mais a percepção
de incapacidade do que uma
incapacidade concreta.

27
É propor uma tarefa 30:40
comportamental. Fora da
sessão, como a gente pode
testar para ver se está dando
o resultado que a gente deseja
com essa reavaliação?
30:58
Casar as reestruturações,
as reavaliações
com experimentos
comportamentais é bastante
útil na ansiedade social.

Atenção autocentrada
31:12
aumentada

Sobre esse tópico, recomenda-se o


uso de feedback por meio de ensaios
comportamentais. Ensinar interações
sociais no espaço clínico pode ser
importante para que o paciente tente
33:35
corporificar a mudança e se expor Se o paciente pesca que tu
comportamentalmente a ela. está dando feedback falso
para, de alguma forma,
Nesse sentido, a percepção do paciente consolá-lo, isso é péssimo
é a mais importante ferramenta de sua para a relação terapêutica.
autoimagem, o que pode ser analisado Então, é bastante importante
inclusive por meio de gravações de o feedback verdadeiro.
vídeo. Ao fazer isso, pode-se confrontar
as tendências perceptivas da memória
com uma gravação concreta e real. A
ansiedade social tende a construir grandes
controles do paciente sobre si mesmo, o 40:55
que pode ser pouco a pouco trabalhado.
O paciente ansioso social
muitas vezes tem muita
dificuldade com isso. Ele se
incomoda tremendamente
com estar se vendo, e, ao
mesmo tempo, tem muita
dificuldade de desgrudar o
olho de si mesmo.
Eu não vejo nenhum prejuízo 44:44
em trabalhar a ansiedade
social de forma online. Eu
acho só que a gente tem que
ter cuidado, como a gente
sempre tem que ter, com o
que são essas esquivas sutis,
essas coisas que o paciente
não relata como esquiva.

28
AULA 3 • PARTE 4

Exposição à ameaça social 00:25

Expor-se à ameaça social é importante


para que o paciente experimente sua
fragilidade e sua vulnerabilidade sendo
colocadas à prova. Exposições in vivo, 01:42
diretas, possuem a capacidade de um
A gente vai ajudar o paciente
trabalho que ocorre fora do espaço
a tolerar níveis moderados de
terapêutico, para que ele volte sua atenção
ansiedade. Como? Expondo do
menos ansiogênico para o mais
aos outros. Assim, deve-se trabalhar a
ansiogênico. Se a gente for muito
exposição de acordo com o aprendizado
rápido nisso, a gente vai expor ele
da tolerância, do desconforto, ajudando-o
a níveis muito intensos.
a trabalhar suas inibições automáticos.
Assim, deve-se também considerar as
esquivas sutis que podem ocorrer.

03:52
A pessoa vai para a
exposição e faz o processo
de reestruturação - que pode
ser feito em sessão, com o
terapeuta, mas, uma vez que
Habilidades sociais 05:13 o paciente já entendeu esse
mecanismo, a gente pode usar
Um comportamento mais hábil dispõe técnicas como o registro de
de melhores relações interpessoais, com pensamentos disfuncionais,
mais expressão e respeito de si frente aos para que ele faça isso ainda
outros. Nesse sentido, deve-se trabalhar como tarefa de casa.
a eficácia para o estabelecimento de
relações saudáveis, defendendo seus
sentimentos e expressando suas posições.

Dentro do treino em habilidades sociais,


deve-se saber estabelecer a diferença 06:54
Esse comportamento
entre passividade, assertividade socialmente mais hábil pode
e agressividade. Dessa forma, o ser definido como um conjunto
treinamento deve ser composto de de comportamentos emitidos
quatro etapas: psicoeducação, exposição, por um indivíduo em um
prática programada e utilização e contexto interpessoal que
desenvolvimento das habilidades sociais expressa sentimentos, atitudes,
em diferentes interações. O terapeuta desejos, opiniões ou direitos
pode ser utilizado como uma espécie de desse indivíduo.
treino, a fim de aumentar o repertório
no próprio ambiente terapêutico, a fim Vicente Caballo
de gerar maior segurança para situações
reais.

29
A adequação não é o 08:04
que está na norma social,
necessariamente, não é
o script social esperado.
Não é o que a cultural, a
moral [...] define. Pode ser
individualmente definido.
13:12
Qual é a consequência mais
relevante? Vai depender
de acordo com a situação.
Isso pode ser identificado,
avaliado junto ao paciente.

O que é esse comportamento 14:59


assertivo - que é o que a
gente quer ajudar o paciente
a treinar? É um padrão
de comportamento ativo,
objetivo, sincero e honesto no
qual eu mantenho respeito por
mim mesmo e pelo outro. 18:20
Se a gente for pensar de
uma forma ampla, grande
parte dos ambientes sociais
reforçam a assertividade. Se
tu for assertivo, tem uma boa
chance de que isso comece a
Usando a criatividade, a 21:50 gerar bom resultado.
gente vai achando formas de
ajudar o paciente a encontrar
esses modelos.

23:34 Processamento pós-evento

Como se dá a ruminação após o


evento? Pegar essa imagem e esse
sentimento no ar é importante para
que se avaliem prejuízos e benefícios,
Inibidores seletivos da 26:45 afastando perspectivas problemáticas
recaptação de serotonina, e enfatizando o esforço e a coragem de
que são medicações do tipo
desenvolver nossas evoluções. Perceber-
antidepressivas, costumam
se como primeira pessoa, sujeito
apresentar um resultado
participante do processo, é corporificar
bem positivo sobre os
o próprio evento na memória, afastando-
sintomas de ansiedade.
se mas também aproximando-se de si.

Os ansiolíticos vão bloquear a 29:07


ansiedade, mas eles acabam
tendo o funcionamento de
esquiva. Então, tu alimenta o
funcionamento de esquiva e não
consegue trabalhar exposição.

30
Resumo da disciplina
Veja, nesta página, um resumo dos principais conceitos vistos ao longo da disciplina.

AULA 1

A ansiedade é uma resposta emocional


diante do medo e da ameaça.

Quando sofremos de uma ansiedade


exagerada, observamos uma maior
intensidade em relação aos sintomas.

O paciente com TAG é acometido pelo


sentimento de preocupação em um nível
mais elevado do que o convencional.

AULA 2

A fobia social específica é uma situação


particular em que há medo e evitação.

As habilidades sociais são divididas em


três dimensões: a pessoal, a situacional e a
cultural.

O Treinamento de Habilidades Sociais é


baseado em etapas.

AULA 3

É fundamental investigar os motivos,


conscientes e inconscientes, que
sustentam o medo social.

A ansiedade social se estrutura a partir


de crenças e pensamentos automáticos
relacionados a um constante julgamento.

A ansiedade social, na maior parte das


vezes, é construída sob a ideia de uma
grande criticidade penitente dos outros.

31
Avaliação
ca-

-
Veja as instruções para realizar a avaliação da disciplina.

Já está disponível o teste online da disciplina. O prazo para realização


é de dois meses a partir da data de lançamento das aulas. ​

Lembre-se que cada disciplina possui uma avaliação online.


A nota mínima para aprovação é 6. ​

Fique tranquilo! Caso você perca o prazo do teste online, ficará aberto
o teste de recuperação, que pode ser realizado até o final do seu curso.
A única diferença é que a nota máxima atribuída na recuperação é 8. ​

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