Projeto de Sistema

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PROJETO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA UMA EMPRESA DE LIMPEZA

PÚBLICA - APLICADO ÁREA DE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS.

ABSTRACT

Este projecto tem como finalidade simular a implantação do Sistema de Gestão


Ambiental em uma empresa de Limpeza Urbana - Sector de Coleta de Resíduos Sólidos. Esta
empresa atua na área de colecta de resíduos sólidos, representando 80% de seu facturamento.
Nesse estudo aplicaremos na empresa os fundamentos da ISO série 14000, mais especificamente
a ISO 14001, Especificação do Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA), que será a norma
em relação ao qual os sistemas de gerenciamento ambiental da empresa será julgado. Este
trabalho abordará superficialmente cada passo da implantação do Sistema de Gestão Ambiental,
requerendo o envolvimento de toda a organização e demandando um tempo relativamente
grande, no caso da real implantação do programa e da pretensão de buscar a certificação pela
ISO 14001.

INTRODUÇÃO

Este projecto seguirá os seguintes passos para a implantação do SGA, sendo: 1-


Directrizes Gerais; 2 - Política Ambiental, 3 - Planeamento Ambiental, 3.1 - Aspectos
Ambientais, 3.2 - Requisitos Legais e Outros, 3.3 - Objectivos e metas, 3.4 - Programa de
Gerenciamento Ambiental, 4 - Implementação e Operação, 4.1 - Estrutura e
Responsabilidade, 4.2 - Treinamento, Conscientização e Competência, 4.3 -
Comunicação, 4. -) Documentação do Sistema de Administração Ambiental, 4.5 -
Controle de Documentos, 4.6 - Preparação e resposta para situações de emergências, 5 -
Verificação e Acção Correctiva, 5.1 - Monitorização e Medição, 5.2 - Não Conformidade
e Acção Preventiva e Correctiva, 5.3 - Registro, 5.4 - Auditoria do Sistema de
Administração Ambiental, 6 - Análise Gerencial.

1- Directrizes Gerais

Durante os trabalhos de implantação do Programa de Qualidade Total e dos


estudos para o Planeamento Estratégico da Cia., verificou-se que o comprometimento da
empresa com a questão ambiental do município é muito íntima. No momento da
exposição dessa problemática pelo grupo responsável do Programa de Qualidade à Alta
Direcção da Cia., esta sensibilizou-se da importância de assumir, a sua parcela de
responsabilidade, na condução da implantação do SGA. Este projecto, alcançará um
duplo objectivo, pois irá tratar as questões relativas aos processos internos e externos para
viabilizar o seu trabalho, e deverá agir e influenciar àqueles que fazem uso de seus
serviços. Este comprometimento duplo dar-se-á pois o cliente da empresa, que é o poder
público municipal, outorga para a Cia todas as responsabilidades sobre esse sector,
inclusive questões relativas aos programas de educação, conscientização ambiental e
programas alternativos de colecta. Com este comprometimento solidificado nas gerências
da Cia., a mesma delegou o comando da implantação do SGA ao responsável pela
coordenação do Programa de Qualidade Total na Cia.. A empresa tem anos de
experiência na área de colecta e sabe que deverá reflectir sobre vários aspectos durante a
implantação desse SGA, entre eles ressaltamos: os aspectos sociais, culturais e
participativos da comunidade; educação, saúde e saneamento; poluição do ar, água e do
solo.

1.1 - Avaliação da Desempenho Ambiental da Cia.

Para que possamos identificar na Cia. oportunidades de melhoria do desempenho


ambiental, primeiro situaremos a empresa em relação as questões pertinentes ao meio
ambiente. Foram distribuídos nos vários sectores da Cia. questionário cujo conteúdo está
baseado nas directrizes do SGA da ISO série 14000. Este questionário foi respondido por
gerentes e técnicos das diversas áreas como: sector de trafego, compras, administrativo,
manutenção e de segurança e medicina do trabalho. Abaixo mostraremos como os
profissionais pesquisados, vêm o comprometimento da empresa frente a questão
proposta.

1 - Política Ambiental - A Cia. não possui uma política definida e voltada para o
meio ambiente. Não têm conhecimento do comprometimento da alta direcção.
2 - Aspectos Ambientais - Vêm que a empresa necessita identificar as
actividades que causam impactos ao meio ambiente, mas não têm conhecimento se todos
os serviços considerados críticos foram levantados.

3 - Requisitos Legais e outros - Sabem que a empresa tem identificado grande


parte da Legislação Ambiental, mas não possui um sistema capaz de actualizar as leis
periodicamente, sendo necessário recorrer muitas vezes aos organismos especializados.

4 - Objectivos e Metas - Vêm que os panejamentos realizados pela empresa


contemplam em muito pouco realizações voltadas a preservação do meio ambiente.

5 - Programa de Gerenciamento Ambiental - A empresa não mantém


programas voltados para o controle das emissões atmosféricas nem para a qualidade das
águas que é lançada nos receptores. Há uma acção no que tange a economia com gastos
com energia eléctrica e também ela sabe da necessidade de se reduzir os resíduos
produzidos, mas não há nenhum planeamento efectivo para esta questão, apenas acções
que visão mitigar o problema. Os produtos perigosos recebem um tratamento. especial, os
empregados são treinados mas os equipamentos utilizados não atendem aos requisitos de
segurança e protecção contra possíveis danos ao meio ambiente.

6 - Alocação de Recursos - A empresa não direcciona recursos financeiros para


programas ambientais apesar de possuir um grupo de empregados capacitados à
desenvolver programas nesse sentido.

7 - Estrutura e Responsabilidades - A empresa possui um quadro de empregados


que podem receber várias atribuições para desenvolverem acções pertinentes ao meio
ambiente, mas como não há um direccionamento nesse sentido eles acabam realizando
outras tarefas.

8 - Treinamento, Conscientização e Competência - A empresa investe em


treinamento dentro de suas possibilidades, mas nada voltado a conscientização ambiental
de seus empregados.
9 - Comunicação Interna - A empresa possui um sistema de comunicação interna
(rádio e jornal), só que não divulgam as acções e aspectos ligados ao meio ambiente.

10 - Comunicação Externa - A empresa divulga muito pouco sobre sua actuação


nas questões relativas ao meio ambiente.

11 - Documentação - Há poucos documentos e pela falta de um sistema de


gerenciamento da documentação, as informações acabam se perdendo ou ficam de difícil
acesso.

12 - Controle Operacional - A empresa faz os controlos apenas das rotinas diárias


dos serviços.

13 - Planos de Emergência - Poucos empregados sabem accionar rapidamente


bombeiros, polícia e pronto-socorro entre outros e por não ter ocorrido nenhum tipo
acidente que poderia agredir o meio ambiente, não preocupou-se em elaborar uma
metodologia de treinamento, visando preparar e tornar apto um grupo de empregados à
agir quando de uma emergência.

14 - Medições - A empresa só realiza medições quando sob pressão ou risco de


multa.

15 - Avaliações Ambientais - Não há avaliações necessárias para verificar o


desempenho ambiental.

16 - Melhoria Contínua - Devido a não conscientização de sua responsabilidade


ambiental não foi dado ênfase, durante os estudos visando a elaboração do Planeamento
Estratégico, à variável ambiental e suas consequências à vida da empresa, empregados,
clientes e a toda sociedade, proporcionando melhorias na qualidade de vida.

2 - Estabelecendo a Política Ambiental

Após a sensibilização da alta gerência sobre a necessidade de investirmos em um


Sistema de Gerenciamento Ambiental, a direcção da Cia. viu-se imbuída de estabelecer
uma política, voltada, a posicionar a empresa na busca da excelência ambiental. Sendo a
mesma descrita abaixo:

A Cia acredita ser seu compromisso compatibilizar suas actividades com a


conservação do Meio Ambiente, procurando diminuir os impactos gerados pela produção
de resíduos sólidos no município. Propiciando a todos que a aqui residem e aqueles que
aqui vêm em busca das suas belezas naturais, produtos e serviços em harmonia com o
Meio Ambiente. Buscando seu desenvolvimento sustentável, conservação e melhorias na
qualidade de vida das gerações futuras.

A Cia. compromete-se a incorporar o pleno compromisso com a qualidade


ambiental em todas as suas actividades. Para isto, estabelecerá e manterá um Sistema de
Gestão Ambiental, que assegure atender a legislação e os requisitos legais e entusiasmar
os nossos empregados a formarem uma consciência ecológica dentro e fora da Cia.

A Cia buscará os recursos tecnológico disponíveis no mercado nacional e que


estejam dentro de suas possibilidades de investimento, reduzindo os efeitos de seus
processos sobre o meio ambiente. Nesse sentido formaremos parcerias com fornecedores
e clientes, unindo-os em torno de um mesmo comprometimento.

A Cia. entende ser sua função promover o esclarecimento de seus clientes, para
tanto, buscará formas de manter constantemente um canal de comunicação aberto com a
população. Procurará uma sintonia com os responsáveis pelo meio ambiente no
município e no estado, compondo parcerias na construção do conhecimento sobre o meio
ambiente e os impactos ambientais que afectam o equilíbrio harmonioso da região.

3 - Planeamento Ambiental

3.1 - Aspectos Ambientais

5. Aspectos Ambientais - Environmental Aspects é definido pela ISO 14001 como


sendo: " Elementos das actividades organizacionais, produtos e serviços que podem
interagir com o ambiente ". Para identificarmos esses elementos deveremos conhecer o
conjunto de actividades que são necessárias para que os processos de colecta possam
ocorrer.

Processo macro da colecta de resíduos:

a - O munícipe/comércio produzem resíduos, colocando-os na lixeira a sua frente.

b - O Veículo colector é preparado para realizar o serviço.

- Recebe óleo diesel, óleos lubrificantes e a graxa e manutenções.

c - A equipe da colecta realiza o serviço. Colocando o lixo para dentro do


compartimento carga, compactando-o. Faz-se as anotações devidas, em ficha própria pelo
motorista.

d - Os resíduos são transportados até a estação de transbordo, onde é realizado a


transferência para caminhões especiais.

e - O veículo ao retornar é vistoriado e lavado. A equipe entrega as fichas ao


sector de tráfego, que processa e gera os relatório para análise da gerência.

Conhecendo-se o conjunto de actividade que compõem o serviço de colecta serão


identificadas as matérias-primas utilizadas nesse processo e as saídas resultantes do
serviço.

Entradas: Lixo produzido e colocado na lixeira; óleo diesel; óleo lubrificante


para motor e outros agregados; óleo hidráulico para movimentação do sistema de
compactação do lixo; graxas; peças de reposição; papéis para o preenchimento de fichas e
relatórios; água para lavação dos caminhões, oficina e pátio; energia eléctrica.

Saídas: Sobra de resíduos nas lixeira, odor e/ou chorume, chorume produzido
durante a compactação e derramado pelas vias públicas ou jogado nas bocas de lobo
quando o colector possui sistema de captação do chorume; emissões atmosféricas a
devido a combustão do óleo diesel, emissões provenientes dos gazes produzidos do
processo de solda eléctrica, quando da reforma e/ou manutenção dos equipamentos
compactadores, emissões de nuvens poeira oriundas do processo de pintura dos
equipamentos; efluentes líquidos proveniente da lavação dos equipamentos colectores,
rampa de lubrificação e do chão da oficina; resíduos provenientes de filtros lubrificantes
usados, sobras de eléctrodos, pneus radiais, peças danificadas, papéis da actividade
administrativa.

Após a realização do balanço para o processamento entre entradas e saídas serão


analisadas as consequências ao meio ambiente, isto é, serão identificados os impactos
ambientais. A ISO 14001 define assim Impacto Ambiental - "Qualquer mudança no meio
ambiente, seja contrária ou favorável, de forma total ou parcial, resultante das actividade
de uma organização, seus produtos ou serviços". A ISO 14040 define como -
"Consequências para a saúde humana, para o bem-estar da fauna e da flora ou para a
disponibilidade futura de recursos naturais, atribuíveis aos fluxos de input e output de um
sistema".

Essas saídas provocarão os seguintes impactos ambientais: Poluição do ar,


contaminação do solo, do manancial d'água que nesta planta, devido a proximidade do
mar, nas marés alta chega a menos de 1,0 metros em alguns pontos e contaminação do
mar.

3.2 - Requisitos Legais

O município, embora tenha autonomia política administrativa, necessita para agir,


antes de mais nada, observar os princípios e normas constitucionais e a legislação federal,
estadual e municipal. Por tais razões, os projectos e programas que envolvam o
gerenciamento dos resíduos devem estar adequados às normas e às leis.

a - Direito Ambiental Internacional - Resoluções, Declarações, Decisões .

Assembleia-Geral das Nações Unidas (Resoluções nº 2.994/XXVII e


2.996/XXVII, de 15 de Dezembro de 1972 - aprova a Conferência sobre o Meio
Ambiente Humano, Estocolmo, de 16 de Junho de 1972. .
Resolução nº 3.281 (XXIX) da ONU - "Carta dos Direitos e Deveres Económicos
dos Estados"- Art. 3º - reitera os princípios de informação e consulta prévia adoptados
pela Resolução 3.129 (XXVIII), e de "não causar danos aos legítimos interesses de outros
Estados". .

Resolução 37/7 da Assembleia-Geral das Nações Unidas, de 28.10.1982 - aprova


a "Carta Mundial da Natureza" - dispões sobre as Directrizes e Princípios de Direito
Ambiental.

b - Leis Federais e Normas

- Lei nº 6803, de 2 de Julho de 1980, dispõe sobre as directrizes básicas para o


Zoneamento Industrial, prevê que os Estados estabeleçam leis de zoneamento, nas áreas
críticas de poluição, que compatibilize as actividades industriais com a protecção
ambiental.

- Lei nº 6938, de 31 de agosto de 1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio


Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação, e dá outras providências.

- Art. 2 - dispõe que a Política Nacional do Meio Ambiente tem por objectivos a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental.

- Art. 14 $ 3º - Princípio de Poluidor Pagador ou da Responsabilidade - "sem


obstar a aplicação da penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado,
independentemente da existência de culpa, a indemnizar ou reparar os danos causados ao
meio ambiente e a terceiros, afectados por sua actividade".

- Lei nº 7347, de 24 de Julho de 1985 - Disciplina a acção civil pública de


responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos
de valor artístico, histórico. turístico e paisagístico, e dá outras providências. Pois, como
observa Hely Lopes Meirelles, "a legitimação passiva estende-se a todos os responsáveis
pelas situações ou factos ensejadores da acção, sejam pessoas físicas ou jurídicas
inclusive as estatais, autarquias e para estatais, porque tanto estas como aquelas podem
infringir normas de direito material de protecção ao meio ambiente ou ao consumidor,
incidindo na previsão do Art. 1º desta lei, e expondo-se ao controle judicial de suas
condutas"(Mandato de Segurança, Acção Popular e Acção Civil Pública, Revistas dos
Tribunais,11ª ed.,1977,p119).

- Lei nº 5.357, de 17 de Novembro de 1967 - estabelece penalidades para


embarcações e terminais marítimos ou fluviais que lançam detritos ou óleo em águas
brasileiras.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente

- Resolução Conama nº 1, de 23 de janeiro de 1986 - Define Impacto Ambiental,


Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental e demais disposições
gerais.

- Resolução Conama nº 1-A, de 23 de janeiro de 1986 - Estabelece normas ao


transporte de produtos perigosos que circulem próximos a áreas densamente povoadas, de
protecção de mananciais e do ambiente natural.

- Resolução Conama nº 6, de 15 de Junho de 1988 - No processo de


Licenciamento ambiental de Actividades Industriais os resíduos gerados e/ou existentes
deverão ser objectos de controlo específico.

- Resolução Conama nº5, de 5 de agosto de 1993 - Resíduos Sólidos - definição


de normas mínimas para tratamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde,
portos e aeroportos. bem como a necessidade de estender tais exigências aos terminais
ferroviários e rodoviários.

- Resolução Conama nº 6, de 31 de agosto de 1993 - Resíduos Sólidos: óleos


lubrificantes.

- Resolução Conama nº 9, de 31 de agosto de 1993 - Define os diversos óleos


lubrificantes, sua reciclagem, combustão e seu rerrefino, prescreve directrizes para a sua
produção e comercialização e proíbe o descarte de óleos usados onde possam ser
prejudiciais ao meio ambiente.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

Gerais NBR 10.004 - Resíduos Sólidos - Classificação

NBR 10.005 - Lixiviação de Resíduos Procedimento

NBR 10.006 - Solubilização de resíduos - Procedimentos NBR 10.007 -


Amostragem de resíduos - Procedimentos Aterros Sanitários/Industriais

NBR 10157 - Aterros de Resíduos Perigosos - Critérios para Projecto, Construção


e Operação.

Esta norma fixa as condições mínimas exigíveis para projectos e operação de


aterros de resíduos perigosos, de forma a proteger adequadamente as colecções hídricas
superficiais e subterrâneas próximas, bem como os operadores destas instalações e
populações vizinhas.

NBR 8418 - Apresentação de projectos de aterros de resíduos industriais


perigosos.

NBR 8419 - Apresentação de Projectos de Aterros Sanitários de Resíduos


Urbanos.

Tratamentos de Resíduos

NB 1265/ NBR 11175 - Dezembro/89 Incineração de resíduos sólidos perigosos -


Padrões de desempenho. Esta norma fixa as condições exigíveis de desempenho do
equipamento para incineração de resíduos sólidos perigosos excepto aqueles assim
classificados apenas por patogeneidade ou inflamabilidade.

Armazenamento/Transporte
NB 1183 - Novembro/88 - Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos.

9. NB 98 - Armazenamento e Manuseio de Líquidos inflamáveis e Combustíveis.

NBR 7505 - Armazenamento de Petróleo e seus Derivados Líquidos.

NB 1264 - Armazenamento de Resíduos Classe II - Não Inerte e III - Inertes

NBR 7500 - Transporte de Cargas Perigosas - Simbologia Diversas

NBR 9897 - Planeamento de Amostragem de Efluentes Líquidos e Corpos


Receptores

NBR 12807 - Resíduos de Serviços de Saúde - Terminologia

NBR 12809 - Manuseio de Resíduos de serviços de Saúde NBR 12810 - Coleta de


Resíduos de Serviços de Saúde c

- Leis Estaduais

- Decreto Nº 14.250 de Junho/81 - Regulamenta dispositivos da Lei Nº 5.793 de


Outubro/80, referentes à protecção e a melhoria da qualidade ambiental.

. Capítulo II - Seção II - Da Protecção do Solo e do Controle dos Resíduos


Sólidos

- Art. 21 - O solo somente poderá ser utilizado para destino final de resíduos de
qualquer natureza, desde que sua disposição seja feita de forma adequada, estabelecida
em projectos específicos, ficando vedada a simples descarga ou depósito, seja em
propriedade pública ou particular.

- Art. 22 - Os resíduos de qualquer natureza, portadores de patogénicos ou de alta


toxidade, bem como inflamáveis, explosivos, radioactivos e outros prejudiciais, deverão
sofrer, antes de sua disposição final no solo, tratamento e/ou acondicionamento
adequados fixados em projectos específicos, que atendam os requisitos de protecção à
saúde pública e ao meio ambiente.

- Art. 24 - O tratamento, quando for o caso, o transporte e a disposição de


resíduos de qualquer natureza de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação
de serviços quando não forem de responsabilidade de Município, deverão ser feitos pela
própria empresa e as suas custas.

Parágrafo 1 - A execução, pelo município, dos serviços mencionados neste artigo,


não exime a responsabilidade da empresa, quanto a eventual transgressão de dispositivos
deste Regulamento.

. Capítulo II - Seção III Da protecção Atmosférica

- Art. 25 - É proibida a queima ao ar livre de resíduos sólidos, líquidos ou de


qualquer outro material combustível, desde que cause degradação da qualidade
ambiental, na forma estabelecida no artigo 3.

- Art. 26 - É proibida a instalação e o funcionamento de incineradores


domiciliares, prediais e industriais, de qualquer tipo, excepto os incineradores
hospitalares e congéneres.

Capítulo II - Seção IV Do Controle de Sons e Ruídos

- Art. 35 - A emissão de ruídos e sons produzidos por veículos automotores e os


produzidos no interior dos ambientes de trabalho, obedecerão às normas expedidas,
respectivamente, pelo Conselho Nacional de trânsito - CONTRAM e pelo Ministério do
Trabalho.

3.3 - Objectivos e Metas Objectivos

1 - A Cia entende ser que uma opção viável para o aumento na geração de
resíduos a separação do mesmo na fonte geradora. Por isso, estimulará a colecta selectiva
e outras formas alternativas de separação dos resíduos sólidos urbanos e comercial.
2 - A Cia promoverá um sistema de gestão que procurará fomentar a instalação de
empresas que têm como objectivo reciclar os resíduos produzidos pelos municípios da
região.

3 - Promover através dos meios de comunicação programas de conscientização à


população, estimulando-a na separação dos resíduos domésticos.

4 - Implantar programas de manutenção preventiva nos motores dos caminhões,


visando com isto, reduzir a emissão de gazes para a atmosfera e proporcionar uma
economia no consumo de óleo diesel e óleos lubrificantes. Visando o controlo das
emissões para o meio ambiente.

5 - Implantar sistemas para tratamento das águas contaminadas, separando água


do óleo e dos resíduos provenientes da lavação dos colectores, atendendo aos padrões da
legislação.

6 - Promover programas de qualidade nos sectores que manuseiam os óleos


lubrificantes e graxas, educando esses empregados a não poluírem o seu local de
trabalho. Separando com os devidos cuidado os óleos provenientes dos veículos,
armazenando-os em local apropriado, até o momento da venda às empresas recicladoras.
Evitando a contaminação do solo.

7 - Promover programas de conscientização dos empregados, à economizarem os


recursos energéticos que a empresa consome. Ex.: Energia eléctrica, gás, gasolina, etc...

8 - Promover programas de redução, reutilização e reciclagem dos materiais de


consumo administrativo. Formando um grupo específico para trabalhar neste sentido.
Aplicando estes princípios em seus processos.

9 - Na aquisição de novos equipamentos colectores, serão buscados aqueles que


apresentem menor impacto ambiental (ruídos, odores, vazamentos de líquidos e emissão
de poluentes atmosféricos).
10 - Constituir na Cia, grupo de estudo e pesquisa, que possibilite colocá-la na
vanguarda, da busca de alternativas, de sistemas de gestão para os resíduos sólidos e
implantação de sistemas de gestão ambiental.

Metas

1 - Formar cooperativas de catadores de papéis no município e nos demais que


compõem esta região. No prazo de 01 ano deveremos ter instalado a cooperativa do
município.

2 - Promover intensivos programas de conscientização da população dos


problemas gerados ao meio ambiente, com a produção de resíduos. Elaboração de vídeos,
panfletos e treinando uma equipe que disseminará em escolas, associações comunitárias,
as ideias da reciclagem. Estimulando a população no desenvolvimento de soluções
alternativas para o tratamento de seus resíduos domésticos. Alcançar em 12 meses até 50
% da população do município.

3 - Triplicar o número de veículos destinados a colecta selectiva. Possibilitando


atender a todos os bairros que hoje já são atendidos pela colecta convencional e
aumentando para duas vezes, a assiduidade desta colecta em no mínimo 50 % das
comunidades que hoje já são atendidas. Prazo 12 meses.

4 - Reduzir o consumo de óleos lubrificantes em 20% em um prazo de 8 meses.

5 - Atender aos requisitos legais quanto dos padrões exigidos para lançamentos de
óleo. Prazo 8 meses.

6 - Reduzir em 20% o consumo de energia eléctrica, em 15% o consumo de


gasolina, em 10% o consumo de óleo diesel e em 30% o consumo de papel na empresa.
Prazo 10 meses.

7 - Instalar num prazo de um ano colectores de chorume em todos os


equipamentos coletores.
8 - Elaborar e manter actualizado banco de dados do benchmarking na área
ambiental, verificando mensalmente o perfil dos resultados ambientais das principais
empresas de colecta.

9 - Estimular os empregados que trabalharão no desenvolvimento das políticas


ambientais da Cia., a ingressarem no curso de mestrado, direccionando suas pesquisas, no
desenvolvimento de novos métodos de gestão ambiental e na construção de
conhecimentos que possibilitem o crescimento intelectual dos empregados da empresa.

3.4 - Programa de Gerenciamento Ambiental

1 - Gerenciamento da Qualidade do Ar

O controlo das emissões para a atmosfera, dos gases resultantes da combustão dos
motores, será feita obedecendo o cronograma de revisão. Estabelecer cronograma de
manutenção preventiva das bombas injectoras, que serão revisadas em empresa
autorizada pelo fabricante, devendo ser trocados todos os elementos que apresentarem
desgaste acima do especificado. Realizar em nossas oficinas, utilizando- se de mecânico
especializado e cursos fornecido pelos fabricante, as regulagens necessárias ao bom
funcionamento do motor. Treinar os motorista na utilização do veículo, a fim de que sua
condução seja sempre dentro da faixa de maior economia. Evitando acelerações acima da
recomendada pela manutenção durante a compactação dos resíduos sólidos.

Os recursos financeiros para este serviços estão garantidos, pois serão dissolvidos
dentro do custo anual. Estas revisões deverão ter periodicidade anual ou quando em caso
excepcional, houver uma solicitação por parte do motorista que observou uma queda no
rendimento de seu veículo. Deverá ser monitorado mensalmente pelo sector de tráfego, a
cor da fumaça expelida pela descarga. Está análise será feita usando gabaritos de cores,
que indicarão a condição actual de funcionamento do motor. O resultado deve ser
anotado na ficha de manutenção do veículo e enviada para a oficina, que procederá os
ajuste que por ventura se fizerem necessários.
Realizar estudos para instalação de computadores de bordo nos veículos
compactadores, a fim de que os mesmo possam controlar a rotação do motor do veículo e
monitorar a injecção de óleo diesel pela bomba injectora, promovendo uma economia de
combustível e reduzindo a emissão de poluentes para a atmosfera. Neste sentido o sector
de manutenção deverá, fazer uso do software instalado na oficina (Sistema de Controle de
Veículos) para analisar o consumo dos equipamentos colectores. Mantendo o sector de
tráfego informado sobre quais os veículos, que possuem no momento um melhor
rendimento. Enviar semanalmente o Relatório de Estimativa de Economia de
Combustível, este relatório informará a performance de cada veículo, assim como a sua
classificação em relação ao melhor e a quantidade estimada de economia que a frota
realizará, em caso de se fazer a opção correta.

Esta preocupação da Cia. na melhoria continua da manutenção de sua frota,


procurando reduzir ao máximo os efeitos gerados pelos gazes expelidos pela combustão
interna dos motores e também conseguir aumentar os índices de economia de
combustível, vem de encontro aos estudos realizados há dez anos, em São Paulo, pelo
professor José Zatz. Ele mostrou que uma manutenção realizada, dentro dos parâmetros
fornecidos pelos fabricantes, aos moldes de como ocorre na manutenção dos aviões,
geraria uma economia de 7 % de combustível, o suficiente para empregar um mecânico
por caminhão (Sachs 1996). O petróleo importado seria assim substituído por empregos,
com a vantagem adicional na melhoria dos níveis de poluição do ar. Esta pesquisa reforça
nosso intuito de investir na manutenção, pois acreditamos que conseguiremos dentro do
gasto anual, economias significativas.

2 - Gerenciamento da Qualidade da Água

Realização de estudos para a verificação do estado e localização de todas as redes


hidráulicas existentes na planta da empresa, a fim de detectarmos para onde os nossos
efluentes líquidos estão indo. Montar um sistema de controlo na lavação dos
equipamentos colectores, devendo os mesmos vir para a garagem com um mínimo
possível de resíduos resultantes da colecta. Devendo os garis promover na estação de
transbordo uma limpeza prévia do equipamento, jogando estes resíduos nos caminhões
que fazem o transporte dos mesmos. No sector de lavação deverão ser projectados grelhas
que evitem a passagem, junto com a água, de particulados sólidos, resultantes desta
actividade. Estes efluentes se juntarão àqueles resultantes da lavação da rampa de
lubrificação e da oficina, sendo conduzidos a estação de tratamento a ser implantada no
pátio da empresa, que promoverá a separação do óleo da água. A água resultante deste
tratamento deverá possuir, no mínimo os padrões de qualidade exigidos pelo órgão
ambiental competente. Neste momento implementaremos sistemas de controle no sector
de lubrificação e oficina, que reduzirá a parâmetros ínfimos, as quantidades de óleos
derramadas no piso.

Neste intuito já começamos dois programas de melhorias, sendo eles: a) Um de


conscientização dos empregados, através da aplicação do princípio do " 5 S " onde os
empregados ao aplicarem as etapas de descarte, organização, limpeza, higiene e ordem
mantida, já estarão promovendo a mitigação deste problema. b) Trabalhos voltados a
padronização nos sectores da manutenção, procurando estabelecer uma ordem correta na
execução das tarefas, bem como o uso adequado dos equipamentos, estes já disponíveis
na Cia.. Possibilitando reduzir em quase sua totalidade, o derramamento de óleos e graxas
no piso.

Os efluentes oriundos dos esgotos sanitários também deverão sofrer um


tratamento adequado, ou seja, a sua condução à rede apropriada ou o seu tratamento
através das técnicas adequadas dentro da planta da Cia. Hoje grande parte dos
empregados desconhecem os graves problema que os nossos efluentes líquidos estão
causando ao meio ambiente. Os recursos para conseguirmos êxito nesta etapa não serão
problemas, pois o maior trabalho será o de conscientização dos empregados afectados.
Para isto, temos empregados treinados pelo programa de qualidade para conduzirem os
trabalhos. Contamos hoje com equipamentos para a colecta dos óleos resultantes das
manutenções e material de construção para a elaboração da estação de tratamento dos
efluentes líquidos. Esta tarefa será executada por engenheiros e pedreiros do sector
responsável pelas obras civis da Cia. Paralelamente trabalharemos a questão da redução
do consumo de água, pois não havendo a sujeira, não haverá necessidade de lavação,
propiciando uma redução no consumo de água. Acreditamos com estas medidas
chegarmos a uma redução em torno de 40% no consumo de água.

3 - Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Perigosos

Como a Cia. neste ponto têm uma certa ambiguidade, pois ao mesmo tempo que
ela tem que preocupar-se com os resíduos provenientes de seu processo de trabalho e de
todas as actividades que a envolvem, ela tem que preocupar-se em implementar medidas
que visem reduzir a quantidade dos resíduos sólidos colectados e que são depositados em
aterro sanitário.

A nível interno implantaremos, latas padronizadas para colectarmos os papéis


oriundos das actividades administrativas. Sendo estes colectados diariamente pelos
empregados encarregados da limpeza e depositados na área , agora denominada de, área
de descartados. Onde serão pesados e colocados nos containeres destinado aos materiais
recicláveis. A nível externo a Cia. como já foi frisado, assume a sua condição de
responsável pelo desencadeamento de todo o processo de reciclagem. Para tanto, já
constitui um departamento, com colaboradores altamente especializados a desenvolverem
trabalhos nessa área. Hoje já mantemos convénios com instituições de ensino superior e
técnico, afim de em conjunto realizarmos pesquisas no âmbito dos resíduos sólidos, como
por exemplo a sua caracterização, origem entre outros.

Seguindo o que esta estabelecido em nossa política e nos objectivos ambientais,


estaremos implantando a colecta selectiva. Transformaremos os veículos colectores com
mais de 08 anos de uso em veículos dotados de baús (serão 5 na primeira etapa),
ampliando-se a frequência para duas vezes por semana e aumentado a área de
abrangência aos balneários que produzem até 5 % do total colectado pelo sistema
convencional de colecta. Para viabilizar a instalação de novas empresas de triagem e
empresas beneficiadoras de reciclados, serão feitos convénios com as prefeituras que
comporão a futura região metropolitana. Reactivaremos através do processo de
terceirização, a usina de resíduos sólidos que hoje encontra-se parada. Este processo
deverá se dar dentro de 6 meses, tempo suficiente para que os procedimentos legais,
estudos dos novos roteiros, trabalho de divulgação e o treinamento de novos empregados
sejam concluídos.

O grupo formado para a gestão das políticas e dos objectivos ambientais deverá
estudar: novas e melhores formas de acondicionamento e armazenagem dos resíduos;
deverão incentivar a população a participação do programa de colecta selectiva e outros
programas alternativos que possam surgir da própria comunidade. Dentro desta óptica a
pedagoga da Cia. desenvolverá trabalhos na área da educação ambiental focando os
processos realizados dentro da Cia. e suas interfaces com a comunidade e o meio
ambiente. Atendendo as instituições que nos procuram, no intuito de conhecer o processo
de reciclagem e o funcionamento da própria colecta convencional, após levaremos o
programa até a comunidade e os centros educacionais. A colecta convencional não será
esquecida, pois ainda representa, o processo de maior peso na composição dos custos e
do facturamento da Cia., sendo a actividade a de maior interesse das empresas
concorrentes e por ser a mais difundida.

Implantaremos melhorias nos veículos colectores, através da renovação gradativa


de 80 % da frota (previsão para os 5 anos). Procurando adquirir veículos, dotados de
sistemas que visem reduzir os impactos causados ao meio ambiente como: utilização de
materiais recicláveis na sua construção, colectores de chorume e maior estanquidade do
baú entre outros. Os roteiros da colecta convencional deverão abranger todas as
comunidades do município, independente das condições de acesso ao local. Será nesse
momento que o grupo encarregado do gerenciamento ambiental, deverá criar formas
alternativas e, em parceria com a comunidade, solucionar o problema. Implantar lixeiras
padronizadas em toda a cidade e patrocinando o projecto das mesmas, bem como
gerenciando a sua produção, em parcerias com empresas metalúrgicas da região.
Integração com os órgãos municipais tanto do executivo, como legislativo, para tornar
uma exigência legal a instalação das mesmas. Essas ajudarão a diminuir os impactos
gerados, pela deposição desses resíduos no chão, que contribuem para a propagação de
vectores.
Dentro da área de resíduos sólidos industriais, será ampliado o número de
containeres ofertados, buscando conquistar novos clientes. Utilizaremos a variável
ambiental como factor de diferenciação de nosso serviço e faremos valer a experiência
dos muitos anos nessa área. Far-se-á uso do grupo de gestão ambiental, que viabilizará
áreas para o depósito desses resíduos dentro de todas as normas exigidas pelos órgãos
ambientais. Realizando paralelamente estudos para o seu reaproveitamento. Instalaremos
ao lado da estação experimental de triagem da colecta selectiva um laboratório, onde
esperamos contar com a parceria de instituições de ensino e empresas produtoras deste
material. Como a finalidade de produzir tecnologias que possibilitem o seu
reaproveitamento, nos próprios locais onde se origem ou na forma de novos produtos.

A colecta e o transporte dos resíduos hospitalares receberá uma atenção especial


com a aquisição de equipamentos especiais para o seu transporte. Passaremos a utilizar
veículos de pequeno porte para a colecta nos pequenos produtores, locais de difícil acesso
e materiais de alto risco. Nos demais locais atenderemos com veículo dotado de
equipamento de alta segurança, principalmente no constante a sua estanquidade.

4 - Implementação e Operação

4.1 - Estrutura e Responsabilidade

A Cia. formalizará a constituição do Departamento de Qualidade e Meio


Ambiente (DQMA), vinculado a Directoria de Operações. Alocando-se a esse
departamento os seguintes profissionais: 01 Engenheiro Sanitarista; 01 Pedagoga com
experiência e conhecimentos na área de colecta selectiva; 01 Assistente Social, experiente
no desenvolvimento de programas de reciclagem junto as comunidades, todos mestrando
do curso de Engenharia de Produção e Sistemas, com projectos direccionados para área
de gestão ambiental e 01 assistente administrativo, que responderá pela organização da
documentação do SGA. A condução desse trabalho estará a cargo do Engenheiro que
coordena o sector de garantia da qualidade, que possui curso de Pós-Graduação em
Qualidade e Produtividade e mestrando do curso de Engenharia de Produção e Sistema.
Os recursos financeiros aos investimentos na área ambiental, passam a incorporar,
o orçamento anual da Cia.. O montante dos investimentos serão relativos aos projectos
apresentados, com previsão de instalação para cada período (anual). A prioridade dar-se-
á, obedecendo aos critérios estabelecidos pelo DQMA, aos projectos considerados mais
emergências, isto é, aqueles que apresentam maior risco ao meio ambiente e/ou aqueles
que envolvam a comunidade atendida pela empresa. Nessa primeira fase do programa,
será destinado 20 % dos recursos destinados aos investimentos em projectos ambientais.

Os recursos físicos também estarão garantidos, como: local para instalação do


departamento; equipamentos para o monitoramento dos níveis de poluição entre outros.
As aquisições, seguirão ao cronograma de compra e os valores estabelecidos no
orçamento.

As responsabilidades para com as questões ambientais, serão dívidas entre todo o


corpo gerencial e empregados. Cada departamento assumirá as responsabilidades das
questões ambientais pertinentes ao seu sector. Os gerentes receberão do DQMA os
relatórios dos aspectos ambientais e impactos associados, dos processos a ele
subordinado. Constando os passos necessário a implantação das melhorias requisitadas.
Fica sob a responsabilidade de cada gerente o acompanhamento, execução,
monitoramento e documentação do processo de melhoria implantado em seu sector de
trabalho. A documentação deverá ser enviada ao DQMA para conferência e elaboração
dos relatórios que são enviados a alta direcção da Cia.

4.2 - Treinamento, Conscientização e Competência

Objectivando que todo o corpo gerencial e demais empregados da Cia. tenham


plena ciência, dos objectivos e metas ambientais, o DQMA promoverá internamente
programas de treinamento, com início imediato, conforme cronograma já estabelecido.
Este treinamento estimulará os empregados, a construírem os conhecimentos necessários
para busca de soluções aos problemas que apresentam-se nesse momento no seu ambiente
de trabalho e que os mesmos tenham condições técnicas de resolvê- las. O treinamento se
dará em várias fases: na primeira realizaremos em toda a Cia. seminários, workshops e
palestras com o intuito de iniciar ao maior número de empregados, os conceitos sobre as
questões ambientais, relativas a empresa e aquelas que fazem parte de seu quotidiano
(tempo necessário 12 meses). Paralelamente realizaremos cursos aos gerentes ao seu
grupo, que irá trabalhar directamente com as questões ambientais, a fim de que tenham
condições de identificar os aspectos e avaliar os impactos ambientais. Estes cursos serão
realizados no centro de treinamento da Cia. utilizando-se de recursos próprios. Em uma
segunda fase proporcionaremos aos empregados, que assumirão a responsabilidade de
implantação ao programa ambiental, cursos aplicados por consultores especializados de,
inventários de poluentes, minimização dos impactos adversos ao meio ambiente,
formação de auditores, conhecimento da legislação ambiental e em relação as
metodologias e técnicas de medição e monitoramento.

4.3 - Comunicação

O dever de publicidade - A Carta Mundial da Natureza da ONU, de 28.10.1982,


estabeleceu em seu Art. 18: "Todo o planeamento compreenderá, entre seus elementos
essenciais, a elaboração de estratégias de conservação da natureza, o estabelecimento de
inventários dos ecossistemas e a avaliação dos efeitos das política e actividades
projectadas; todos estes elementos serão trazidos ao conhecimento do público pelos
meios apropriados e de forma tempestiva, para que o público possa efectivamente ser
consultado e participar das decisões." Também Paulo Afonso Leme Machado dedica
especial atenção ao dever de publicidade, afirmando que "a publicidade prévia não retira
da Administração seu poder de decisão. Pelo contrário, faz com que ela possa comunicar-
se não só com quem está pretendendo construir, instalar-se e realizar uma determinada
actividade, mas também com aqueles que possam sofrer as consequência da pretensão".

No sentido de garantirmos qualidade e eficiência ao processo de informação, essa


actividade ficará sob a responsabilidade do empregado responsável pela assessoria de
imprensa da Cia., que é formado em jornalismo. A comunicação interna chegará a todos
os sectores, através do sistema interno de alto-falantes já instalado e através do jornal
impresso pela empresa a cada dois meses. Focaremos também no clipping distribuído
diariamente aos departamentos, as questões ambientais. Divulgando no mesmo a política
ambiental, os objectivos e metas ambientais que a Cia. estará desenvolvendo. Como este
trabalho será em carácter permanente reforçaremos o aprendizado e a conscientização de
nossos empregados, iniciada durante os seminários e sua importância de sua participação
no processo de preservação do meio ambiente.

No âmbito externo comunicaremos os nossos fornecedores as políticas


estabelecidas, colocando que contaremos com a participação dos mesmos nesse processo,
pois adoptaremos medidas restritivas a produtos e empresas que estiverem agredindo o
meio ambiente e/ou em conflito com os organismos fiscalizadores. Aos nossos clientes,
peças fundamentais para realização, do que consideramos o programa maior, que é
reduzir o impacto gerado pelos resíduos sólidos sobre a natureza. Dedicaremos 80 % do
orçamento reservado a propaganda ao programa de divulgação ambiental. Serão
intensificados os contactos com a mídia local, que sempre divulgou as iniciativas da
empresa, realizando reportagens sobre o desenvolvimento desse programa e sua
repercussão na qualidade de vida de cada cidadão.

Renovaremos os convénios com instituições de ensino, visando a contratação de


estagiários que divulgarão porta a porta a colecta selectiva distribuindo os panfletos
explicativos dos novos dias e horários e das ampliações implantadas e a importância que
é a participação da colectividade no sucesso do programa de colecta selectiva. Far- se-á
uso do sistema de alto-falantes já instalados nos caminhões da colecta selectiva para
ampliarmos a divulgação. Este trabalho de melhoria ora implementando deverá ser
informado às Fundações de Meio Ambiente instaladas na cidade, a fim de mostrarmos o
nosso compromisso e os resultados conseguidos com as acções pertinentes ao Meio
Ambiente.

4.4 - Documentação do Sistema de Administração Ambiental

O DQMA elaborará o manual do Sistema de Gestão Ambiental implantado na


Cia.. Neste momento serão envolvidos dois administradores que possuem profundos
conhecimentos na arte do gerenciamento de documentos, além de um colaborador com
formação em biblioteconomia. Estes profissionais e o DQMA juntarão ao manual todas
as informações pertinentes ao SGA, seu objectivo, onde a empresa pretende chegar, o
papel e compromisso de cada empregado dentro desse programa e os procedimentos que
devem ser adoptados nas actividades potencialmente perigosas ao meio ambiente.
Constando instruções de trabalhos detalhadas para as actividades onde a empresa
constatou impactos ao meio ambiente, e as potenciais, onde as instruções terão um
carácter preventivo. Esse manual será impresso em nossa reprografia e enviado
inicialmente aos gerentes para aprovação e após a distribuição àqueles que serão os
encarregados de coordenar as questões relativas ao meio ambiente em cada sector. Os
profissionais encarregados da elaboração da documentação irão verificar quais dos
documentos hoje existentes na empresa serão usados no SGA, preparando formulários
específicos para os registos e monitoramento das acções, obtidas durante a instalação do
programa e acompanhamento permanente.

4.5 - Controle de Documentos

O grupo responsável pela elaboração da documentação definirá o fluxo das


informações dentro da empresa. Os documentos partirão sempre do DQMA para os
sectores envolvidos, que deverão atestar o seu recebimento. Os documentos deverão estar
disponíveis àqueles que estarão executando as tarefas. Caberá ao DQMA proceder
modificação dos documentos, enviar aos gerentes para ratificação. Cabendo também ao
DQMA a guarda destes documentos por um período de um ano, sendo após enviados
para a biblioteconomista que providenciará o seu arquivamento de maneira sistemática,
afim de o mesmo venha a servir de material de pesquisa interno ou de comprovação aos
organismos fiscalizadores do meio ambiente.

4.6 - Preparação e Resposta para Situações de Emergências

Apesar da empresa não ter vivenciado até o momento nenhuma situação de


emergência e nem possuir relatórios de outras empresa que atuem nessa área, sobre
possíveis acidentes, será formado e treinado internamente uma equipe que receberá vários
treinamentos específicos destinados a agir em casos excepcionais. Tais cursos podem ser
de primeiros socorros, coordenação de voluntários, conhecimento de técnicas de combate
a incêndios entre outros. Todos que trabalham nos locais onde foi identificado problemas
relativos a impactos ao meio ambiente, serão treinados e receberão um manual com os
procedimentos a serem adoptados caso uma situação de emergência se apresente.
Receberão uma relação de telefones que poderão ser accionados, dependendo do tipo de
emergência, sua gravidade e extensão. Haverá uma equipe básica, coordenada pelo
DQMA, que se encarregará dos trabalhos de gerenciamento das situações de
emergências, onde teremos 3 engenheiros (Segurança, Sanitarista e Civil), 01 médico
clínico, 1 enfermeira, 2 operadores de máquinas com conhecimento de operação de pelo
menos 5 tipos de equipamentos, 2 motoristas e 10 auxiliares operacionais. A Cia. está
preparando através da assessoria de imprensa material que será utilizado no caso da
população ser atingida por um acidente ou incidente provocado por alguma área da Cia.,
além de distribuir aos empregados os procedimentos que devem ser adoptados em caso
de emergência.

5 - Verificação e Acção Correctiva

5.1 - Monitoramento e Medição

A equipe coordenada pelo DQMA realizará o monitoramento constante das


melhorias que estão sendo alcançadas e a aferição do grau de evolução obtido em relação
aos seus objectivos e metas ambientais. Serão monitorados os seguintes aspectos: -
quantidade de resíduos sólidos colectados pela colecta convencional versus a quantidade
de resíduos recicláveis colectados pela colecta selectiva. - quantidade de material
reciclável que será triado pelas várias empresas do ramo na região por mês. - quantidade
de óleo lubrificante vendido para empresas recicladoras versus a quantidade de óleo
consumida pelos veículos. - consumo de óleo diesel em relação as toneladas de resíduos
colectados. - medição do grau de contaminação das águas provenientes da lavação dos
veículos e pátio. E o acompanhamento do consumo mensal de água em relação a
quantidade de veículos lavados. - quantidade de papéis reciclados no sector
administrativo versus a quantidade comparada mensalmente destes materiais. - número
de reclamações mensais da comunidade.
5.2 - Não Conformidade e Acção Preventiva e Correctiva

O DQMA de posse das análises e medições realizadas do desempenho ambiental


da Cia., proporá acções para que os objectivos e metas estabelecidos sejam

20. alcançados. As análises dos indicadores serão feitas mensalmente e


documentadas nos formulários desenvolvidos para este fim , pelos responsáveis na
condução do programa ambiental de cada sector. No 1º trimestre será aferido o índice de
incremento na colecta de resíduos sólidos, que deverá ser de 10 % do planejado, caso
contrário será intensificado e/ou revisto a forma de propaganda. Caso a análise da águas
provenientes da lavação, não alcancem os índices necessários devemos: verificar se a
colecta do material esta sendo feita conforme o especificado no manual de
procedimentos; realizar análises em outros laboratório para comparação das análises;
implementar modificações necessárias no mecanismo e/ou método utilizado para a
separação(segregação) da água do óleo.

5.3 - Registro

Todos os documentos elaborados para o DQMA, deverão ser usados pelos


responsáveis ambientais de cada sector. Neles deverão ser anotados todos os dados
relativos ao desempenho ambiental do sector, observando a evolução conseguida. Estes
documentos passarão pela análise dos gerentes, que incrementarão os registos com dados
relevantes a actuação de seu sector, enviando-os ao departamento responsável pelo
programa ambiental. Esses registos serão mantidos arquivados no DQMA e
posteriormente lançados no software desenvolvido para o gerenciamento das
informações. Este banco de dados estará instalado nos computadores de todos os sectores,
inclusive no da alta gerência, a fim de que todos possam acompanhar sistematicamente a
evolução do desempenho da empresa. Os registos originais terão sua guarda, na
biblioteca da empresa, de modo a tornar fácil, o acesso àqueles que deles precisarem
fazer uso. Neste sector teremos arquivados todas as Leis e requisitos que a Cia. necessita
para orientar-se, além de literaturas relativas ao estudo do Direito Ambiental e temas
ligados ao meio ambiente. Teremos também neste local o controle e a guarda de todas as
licenças que a empresa necessita para a realização de suas actividades. O DQMA cobrará
dos sectores o coreto Registro das informações, lembrando que todas as anomalias
deverão ser registadas, pois muitas vezes fatos não relevante no momento poderão, se
providências não forem tomadas, tornarem-se grandes factores de agressão ao meio
ambiente.

5.4 - Auditoria do Sistema de Administração Ambiental

Como a Cia. esta iniciando o processo de implantação do SGA, as duas primeiras


auditorias serão feitas anualmente, passando depois a serem feitas a cada período de dois
anos. A responsabilidade do gerenciamento das auditorias caberá ao DQMA, que
juntamente com a equipe de auditores, formada por profissionais com conhecimento
individual, que se somados atingem todos os processos da Cia.. O gerente do DQMA
assumirá a condição de coordenador da equipe formada por: um Engº de Segurança, um
Engº Sanitarista, um Administrador e um empregado de cada sector, que nesse caso não
participará da auditoria em seu local de trabalho. A equipe de auditores estabelecerá um
cronograma para as auditorias e seguirão as seguintes etapas: - será estabelecido pela
equipe de auditores o escopo da auditoria, definido onde, o que e quando a auditoria será
realizada. - haverá o estabelecimento de critérios a serem seguidos. - será estabelecido o
tempo para a auditoria e os deveres da equipe. - será realizado no início dos trabalhos,
reuniões com os gerentes , onde será explicado o escopo, o plano e o método da auditoria.
- realizar a colecta de dados, perseguindo os casos em que há indícios que determinam a
não-conformidades. Devendo ser estabelecido e registado as áreas de não-conformidades.
- as conclusões devem estar de forma clara e concisa e as não-conformidades levantadas
com indícios sustentadores. - far-se-á reunião entre a equipe de auditores e os auditados,
obtendo- se o reconhecimento das não-conformidades. Nesta reunião os gerentes deverão
compreender e concordarem com os resultados da auditoria e suas recomendações. Após
a reunião todos os gerentes receberão o relatório final da auditoria e deverão tomar as
decisões relacionadas às acções correctivas necessárias a implementação.

6 - Análise Gerencial
Em Junho de cada ano a alta gerência reunirá o corpo gerencial e propiciará aos
gerentes seniores a oportunidade de avaliarem o desempenho geral e a necessidades de
adaptações na política ambiental à auditoria. Nessa reunião cada gerente apresenta os
resultados das auditorias e as avaliações do andamento dos planos e programas de
melhoria e as acções tomadas nos caso de não-conformidades. Após análise crítica do
desempenho actual, a alta gerência, pronunciará sobre a necessidade de alteração no
sistema de gestão ambiental inicialmente proposto.

7 - Conclusão e Recomendações

O processo de implantação do sistema de gestão ambiental proporcionará a Cia.,


uma melhoria sensível nos padrões de desempenho relativas as questões ambientais. O
SGA promoverá um movimento que estabelecerá dentro dos sectores, uma nova
consciência na busca do convívio harmonioso com a natureza. Mostrará aos gerentes
novos caminhos na busca do aprimoramento dos processos, estabelecendo novos
patamares de responsabilidades, reaproveitamento e redução no consumo de matérias-
primas e energia, com consequências fundamentais para o custo da Cia. Estabelecerá aos
empregados e a comunidade o compromisso da empresa com o desenvolvimento
sustentável da região, mostrando que a mesma vem tomando medidas que a caracterizam
como uma empresa pró-activa e que servirá de benchmarking para outras empresa. Este
processo de implantação servirá de base para que no futuro, outras administrações
possam pensar em lutar para conseguir a Certificação conforme a Norma ISO 14001. A
certeza está em que é possível alcançar esta meta, bastando vontade política de querer
fazer, pois há no seio da comunidade, o despertar para a importância que é preservar o
mundo que vivemos e deixá-lo, em condições melhores do que hoje se encontra para as
futuras gerações. Essa Cia. pode e deve, com acções na área de reciclagem dos resíduos
sólidos, ser uma peça fundamental no estabelecimento de uma nova ordem ambiental na
cidade. Fica a nossa recomendação de que este trabalho, venha a ser aprimorado,
deixando de ser apenas um trabalho académico e realmente posto em .prática.

9 - Bibliografia
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abril 96; IV, 10 abril 96; V, 17 abril 96; VI, 24 abril 96; VII, 30 abril 96.

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