BSC Relatorio de Sustentabilidade 2013
BSC Relatorio de Sustentabilidade 2013
BSC Relatorio de Sustentabilidade 2013
Sustentabilidade
2013
Relatório de Sustentabilidade | BSC / Copener 2012 | 2013 3
Índice
Perfil da Bahia Special y Cellulose e Copener Florestal .................................... 10
Mensagem da
Diretoria
G4-1
Em 2013, a Bahia Specialty Cellulose e a Copener Florestal
completaram 10 anos de aquisição pela Sateri Holdings Limi-
ted. Os investimentos realizados nesta última década foram
decisivos para posicionar nossa indústria entre os players
do segmento de celulose solúvel. Este rápido crescimento
- passamos da capacidade inicial de 115 mil toneladas/ano
para 485 mil toneladas/ano, desde a entrada em operação
da segunda linha de produção, em 2008 - trouxe desafios
não apenas técnicos, mas de estratégia de negócios para o grupo, também por conta das crises econômicas
mundiais vivenciadas nos últimos anos, inclusive em 2012 e 2013.
Se, por um lado, a instabilidade do mercado comprometeu em parte o desempenho finan eiro da Bahia Spe-
cialty Cellulose no período, por outro, o aprendizado advindo deste momento e a certeza de que precisamos
estar cada vez mais consolidados localmente para elevar nossa presença global contribuíram para que nossas
operações flo estais e industriais experimentassem uma evolução jamais vista e absolutamente necessária.
Nestes dois anos, avançamos em termos de qualidade de nossa celulose solúvel, melhoramos a estabilidade da
produção, aprimoramos processos que resultaram em maior produtividade, alcançamos recordes em diversas
etapas do processo produtivo e intensificamos nossa presença junto às comunidades. Estas passaram a se
beneficiar ainda mais com a presença da empresa em sua região, uma vez que privilegiamos os fornecedores
e trabalhadores locais, investimos em projetos sociais estruturantes e de amplo alcance e compartilhamos co-
nhecimentos e tecnologia com nossos parceiros, como é o caso dos produtores rurais integrados ao programa
de fomento flo estal.
Em termos de tecnologia, para destacar apenas um das iniciativas, inovamos ao instalar uma planta-piloto de
cozimento e lavagem de celulose e um sistema de autoclave que permite obter celulose solúvel a partir de
pequenos volumes de madeira processada, o que viabiliza desenvolver o processo fabril e identificar o material
genético com maior potencial para a atividade industrial.
Em termos ambientais, tanto na área industrial quanto na flo estal, continuamos com forte dedicação à me-
lhoria dos aspectos ambientais relacionados ao nosso processo produtivo, e isso poderá ser visto ao longo
deste relatório. Os resultados alcançados até o momento estimulam e fortalecem nossos compromissos com a
evolução na tratativa dos temas relacionados à sustentabilidade de nossas operações.
Por outro lado, temos consciência de que ainda há muito que fazer para melhorar nossas operações, especial-
mente no que se refere ao reforço dos procedimentos de segurança, a fim de evitar acidentes com a nossa equi-
pe. Estamos fortemente engajados nisso, o que pode ser confi mado pelos nossos resultados mais recentes.
Com tudo isso, conquistamos não apenas novos clientes, mas novos parceiros estratégicos – o que é funda-
mental em um mercado competitivo no qual a chegada de novos fabricantes de celulose solúvel irá elevar a
oferta do produto em volumes acima da expectativa de demanda num futuro próximo.
A BSC acredita estar no caminho certo, com as pessoas certas, com as melhores práticas de gestão, com in-
vestimentos finan eiros importantes em pesquisa e tecnologia e com um modelo de relacionamento ético e
transparente com suas partes interessadas a fim de que nossas operações e nossos produtos sejam bons não
apenas para a empresa, mas para a sociedade e o meio ambiente.
Sobre a publicação
G4-18
Seguindo sua decisão de publicar relatórios de sustentabilidade a cada dois anos, a
BSC lança esta publicação com resultados consolidados de seus desempenhos econô-
mico, social e ambiental referentes aos anos de 2012 e 2013, exceto quando menciona-
do período diferente deste.
Aqui, estão reunidas informações sobre as operações da fábrica da Bahia Specialty
Cellulose, no Complexo Industrial de Camaçari, as atividades flo estais da Copener,
com sede em Alagoinhas, e atividades em dezenas de municípios do litoral norte e
agreste baiano.
Esta publicação segue as diretrizes da versão G4 da Global Reporting Initiative (GRI),
reconhecidamente um dos padrões de relatório mais adotados no mundo.
Matriz de Materialidade
G4-19; G4-20; G4-21; G4-25; G4-26;
Para definir o conteúdo desse relatório, foi realizada uma pesquisa com 24 gestores da
BSC/Copener, em níveis de coordenação, gerência e diretoria que atribuíram pontua-
ções pelo grau de importância a uma série de aspectos relacionados às atividades da
empresa.
O trabalho resultou na definição dos 10 segui tes temas de interesse:
• Desenvolvimento do negócio
• Desempenho econômico-finan eiro
• Transparência
• Relacionamento e desenvolvimento de comunidades vizinhas às áreas flo estais
• Impactos ambientais, sociais e econômicos
• Consumo de recursos naturais/ecoeficiênci
• Saúde e segurança no trabalho
• Boas práticas no manejo flo estal
• Qualificação e t einamento
• Certifica ões
Consumo de recursos – Reduzir o consumo de água na fábrica até atingir 36,2 m³/Admt (tonelada seca ao ar);
naturais (ecoeficiência – Implantar o monitoramento do consumo de água e energia no viveiro.
Saúde e segurança no – Reduzir para 1,1 a taxa de frequência de acidentes com afastamento de colaboradores
trabalho próprios e terceirizados nas áreas flo estal e industrial.
– Verificar e dema car todas as áreas de preservação permanente dos projetos com corte,
plantio ou talhadia realizados em 2014;
– Concluir a implantação do sistema de monitoramento de precisão das atividades meca-
Boas práticas no manejo nizadas de subsolagem, adubação e fosfatagem;
flo estal – Realizar 100% do micro planejamento nas áreas em que acontecerão as operações, com
elaboração do book dos projetos do PAC (Plano Anual de colheita) de 2014 contendo
as informações operacionais, ambientais e sociais mais relevantes, a fim de garantir o
manejo sustentável das flo estas operacionais.
Qualifi ação e – Realizar, pelo menos, 20 horas de treinamentos com colaboradores ao longo do ano;
Treinamento – Treinar todos os plantonistas em prevenção e combate a incêndios flo estais.
– Conquistar a certificação Cerflor para as áreas de manejo da empresa na região do litoral
Certifi ações norte e agreste da Bahia, e sua cadeia de custódia até a fábrica da BSC, em Camaçari;
– Conquistar a recertific ção nas normas ISO 9001 e ISO 14001.
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
Relatório de Sustentabilidade | BSC / Copener 2012 | 2013 9
Perfil da Bahia
Specialty Cellulose
e Copener Florestal
10
Nosso acionista
G4-34
Listada na Bolsa de Valores de Hong Kong, Sateri Hol-
dings Limited (“Sateri”; código das ações: 1768) é uma
das maiores produtoras de produtos especializados de
celulose do mundo. A Sateri produz diferentes graus de
polpa de madeira solúvel de alta pureza e fib as des-
contínuas de viscose, que são matérias primas naturais
e ingredientes chave para uma diversa gama de itens
diários, desde produtos têxteis, lenços umedecidos e
armações de óculos, até sorvete, tripas para salsichas e
produtos farmacêuticos, bem como produtos industriais
como cordonéis para pneus de alta performance.
A Sateri tem um negócio verticalmente integrado. Suas
operações upstream no Brasil consistem de uma planta-
ção renovável segura que cultivas árvores de eucalipto
em seus 150.000 hectares de terreno de propriedade li-
vre, e uma usina de última geração para produzir polpa
de madeira solúvel de alta pureza. O negócio downstre-
am da Sateri na China consiste de instalações de produ-
ção que usam polpa de madeira solúvel para produzir fi-
bra descontínua de viscose para capturar a demanda de
mercado consumidor que cresce rapidamente na China.
A Sateri atribui alta prioridade a suas responsabilidades
sociais e de sustentabilidade e está comprometida a
preservar e proteger o meio ambiente em cada aspecto
de suas operações. A Sateri tem sedes em Shanghai e
Hong Kong.
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 13
Missão
Gerar crescimento sustentável;
Ser líder do segmento de celulose solúvel especial;
Dar o melhor retorno às partes interessadas, contribuindo
simultaneamente para o desenvolvimento socioeconômico
local e regional;
Criar valor por meio de tecnologia moderna e conhecimento
industrial, bens e valores mais importantes, relacionamento e
recursos humanos sólidos.
Visão
Ser o produtor de celulose solúvel líder de mercado, com as
melhores práticas gerenciais e com o produto de maior valor
agregado do mundo;
Ser o fornecedor preferido pelos clientes mundiais de celulose
solúvel e o empregador preferido por todos os seus colabora-
dores.
Pilares Culturais
Tempo, Qualidade e Custo – Busca incessante de alternativas
mais econômicas, mais eficie tes e de melhor qualidade. Foco
em ações de melhoria em todas as etapas e processos. Objeti-
va conseguir atuar mais rápido, melhor e mais barato.
Paixão e Trabalho em Equipe – Comunicação e apoio mútuo
entre os colaboradores, sem barreiras pessoais nem geográfi-
cas; respeito e estímulo; aprendizagem constante; responsabi-
lidade pelos resultados coletivos; superação das expectativas,
mantendo o bom relacionamento e o compromisso de fazer
sempre melhor.
Proatividade e Inovação – Antecipação às demandas do
mercado; abertura a mudanças, com ativa participação em
todos os processos; estímulo à atitude positiva, agregando
pessoas motivadas com mentes criativas para que encontrem
soluções e inovem em suas atividades.
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O negócio da BSC
Nosso produto e o mercado
G4-4
A celulose solúvel produzida pela BSC se distingue daquela destinada à indústria do papel
pelo seu alto teor de pureza, pelo reduzido índice de contaminantes inorgânicos e pela va-
riedade de níveis de alvura e viscosidade, definida a pa tir das especifica ões do cliente.
Por se tratar de uma fib a natural obtida a partir de fontes sustentáveis (madeira de eucalip-
to), a celulose é um polímero natural biodegradável usado como matéria-prima com vanta-
gens competitivas em relação às fib as sintéticas disponíveis, obtidas a partir do petróleo.
A BSC produz dois tipos de celulose solúvel: os rayon-grades e os specialty-grades.
Rayon-grades
• Viscose e fib as de Lyocell: tecidos e não-tecidos, incluindo lenços umedecidos, máscaras cos-
méticas etc;
• Filamentos de viscose: tecidos.
Specialty-grades
• Acetato: filt os de cigarro, resinas;
• Celulose microcristalina: produtos farmacêuticos;
• Filamento industrial: pneus;
• Outras aplicações especiais, incluindo tripas artificiai , celofane, esponjas etc.
2003:
Evolução histórica 1989:
Associação Riocel e Braskem
da Riocel vendem a
Copener e a
1984: (cuja principal
Klabin Bacell para
acionista era a
1980: Fim da crise do
Klabin) à Copene a Sateri Holdings
petróleo. Empresa Limited. Fábrica
Fundação para construir
redireciona passa a se chamar
da Copene uma fábrica de
suas atividades, Bahia Pulp e
Energética, celulose em Entre
passando a Copener mantém
pela Copene Rios – a Norcell.
produzir eucalipto nome.
Petroquímica do
Nordeste S/A.
para a indústria de 2002:
celulose.
Copene e Riocel cancelam
projeto industrial. Copener
1983: dedica-se à exportação de
1985: madeira de eucalipto e à
Mudança do
nome para Construção venda para a fábrica da Klabin
Copener do viveiro de Bacell. Copene é adquirida pela
Florestal Ltda. mudas, em Odebrecht, que muda o nome
Inhambupe. da empresa para Braskem.
2000: 2010:
Mudança do Mudança
1979: nome para do nome
Início da operação Klabin Bacell; para Bahia
da unidade Specialty
industrial; Cellulose
1994: (BSC).
Mudança do
nome para
1970: Bacell S.A.; 2003:
Fundação da estatal Fábrica é adquirida
Companhia de Celulose 1989: pela Sateri Holdings
da Bahia (CCB), que Limited juntamente
fabricava celulose a Privatização e aquisição com a Copener
partir do sisal para da fábrica pela Klabin – Florestal e passa
indústria de papel; Fabricadora de Papel e a se chamar Bahia
Celulose S.A.; Pulp;
16
Processo produtivo
Processo de produção do eucalipto
Tecnologia
Na base genética da empresa, são produzidos e
selecionados os clones de eucalipto com as ca-
racterísticas desejáveis à fabricação de celulose
solúvel. Estes clones são testados em condições
de campo durante sete anos e após este perío-
do é feita a análise tecnológica da madeira, para
se definir quais os clones realmente superiores
que serão liberados para plantio comercial.
Produção de mudas
Dos clones recomendados, são ob-
tidas brotações que darão origem
às novas mudas. Esta fase dura
90 dias. Neste período, as futuras
árvores recebem cuidados espe-
ciais como temperatura, umidade,
iluminação e fertilização até que
estejam prontas para o plantio no
campo.
Preparo do solo
Os cuidados com o local onde essas mudas serão plantadas têm início bem antes da sua
produção no viveiro, com o mapeamento do solo para a separação das áreas de produção e
preservação das áreas de reserva. O status nutricional do solo é melhorado com adubação
balanceada.
Plantio de eucalipto
O plantio das mudas de eucalip-
to pode ser feito de duas formas:
manual ou mecânica. As mudas
são dispostas respeitando crité-
rios técnicos e ambientais que
asseguram o seu perfeito desen-
volvimento e a manutenção da
qualidade ambiental nas áreas
onde são plantadas.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 17
Manutenção
Logo após o plantio, as mudas são adubadas. A Copener realiza um trabalho permanente
de monitoramento dos plantios, controlando a infestação de ervas daninhas, pragas e
doenças. A intervenção com produtos químicos é realizada quando estritamente necessá-
rio. Nas divisas das fazendas também são feitas barreiras de proteção (aceiros) para evitar
incêndios.
Colheita
A colheita do eucalipto é mecanizada,
feita por máquinas especializadas que
permitem uma atividade precisa, com
conforto e segurança para os operadores
e impactos ambientais mínimos. O corte
da madeira, que é descascada e picada
em toras, ocorre por volta do sexto ano
após o plantio. As cascas, galhos e folhas
das árvores são deixados no campo, au-
xiliando na nutrição, estruturação física e
proteção do solo.
Transporte
Depois de cortadas, as toras de eucalipto
são embarcadas e transportadas em ca-
minhões especiais ou de trem até os pá-
tios de madeira�������������������������
da fábrica da Bahia Spe-
cialty Cellulose, em Camaçari.
18
Produção de
cavacos
Para dar início
ao processo de
fabricação da celulose
solúvel, as toras são
lavadas e picadas em
pedaços pequenos,
chamados cavacos,
que são armazenados
em uma pilha.
Cozimento
Um equipamento instalado próximo à pilha recolhe e transporta os cavacos para serem co-
zidos no digestor. É no digestor que ocorre o processo de purificação e separação das fib as
da madeira. São estas fib as separadas que formam a polpa de celulose marrom.
Lavagem e depuração
Após o cozimento, é preciso separar os cavacos que não foram totalmente cozidos e lavar a
celulose marrom produzida. Um subproduto obtido a partir da lavagem da polpa de celulo-
se é o licor preto.
Branqueamento
Após a limpeza e lavagem da celulose marrom, ela é tratada com produtos químicos que
fazem o seu branqueamento.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 19
Sistema de recuperação
O licor preto resultante do processo de
lavagem é encaminhado para ser evapo-
rado (retirar a água) e, então, é queimado
na caldeira de recuperação. A queima do
licor gera o vapor usado nas turbinas para
produzir energia elétrica para a operação
da fábrica e também para aumentar a tem-
peratura no processo e realizar as reações
químicas. Este procedimento permite ain-
da reaproveitar cerca de 98% dos reagen-
tes químicos – principalmente soda cáus-
tica – utilizados no cozimento da celulose.
Secagem e embalagem
Depois do processo de branqueamen-
to, a celulose é prensada e seca com ar
quente, ganhando o aspecto de uma
folha. Após a secagem, ela é cortada e
embalada em fardos ou enrolada em
bobinas, de acordo com a necessidade
do cliente que irá recebê-la, e colocada
no armazém da fábrica.
Destino fina
Do armazém, o produto é acondicionado em contêineres ou caminhões e levado para o
Porto de Salvador, onde é embarcado em navios especiais com destino a diversos países
da Ásia e da Europa e aos Estados Unidos. Para os clientes no Brasil, os produtos são
transportados em carretas.
20
Governança
Corporativa
G4-34
A Bahia Specialty Cellulose
e a Copener Florestal ado-
tam a Política de Gover-
nança Corporativa estabe-
lecida, em 2010, pela Sateri
Holdings Limited e que é
extensiva às suas subsidiá-
rias.
Neste contexto, a BSC/
Copener empenha-se em
atingir e manter altos pa-
drões de governança cor-
porativa, pois entende que
este é um fator decisivo
para conquistar e manter
a confiança dos acionistas
e de outras partes interes-
sadas. Boas práticas são,
também, essenciais para o
engajamento do Grupo e a
transparência na gestão, de
forma a sustentar o sucesso
da organização e criar a va-
lor no longo prazo para os
acionistas.
As políticas estabelecidas
pelo Conselho fornecem
orientações para que os di-
retores e demais gestores
possam exercer uma gover-
nança corporativa exem-
plar, prevendo confli os e
assegurando o controle in-
terno harmonioso da orga-
nização.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 21
Certifi ações
• A empresa é certificada nas normas ISO 9001,
para produção e comercialização de celulose
solúvel, e ISO 14001, para produção e comer-
cialização de celulose solúvel, mudas e madei-
ra de eucalipto.
• Em fevereiro de 2013, houve auditoria de ma-
nutenção destas certifica ões, com auditorias
de recertificação agendadas para janeiro de
2014.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 23
Cadeia de fornecedores
G4-12; G4-EC9
Em 2012, foram contratados serviços ou feita aquisição de produtos de 1.470
fornecedores, sendo 1.018 contratados pela BSC e 452 pela Copener. Desse total,
55,6% foram fornecedores da Bahia. Apenas na BSC, do total de contratações,
45,87% foram de empresas da Bahia, enquanto na Copener, 77,43% das aquisi-
ções ou contratações foram de empresas da região.
Em 2013, dos 1.524 fornecedores contratados, sendo 962 pela BSC e 562 pela
Copener, 56,75% foram empresas da Bahia. De todas as contratações da BSC,
45,6% foram empresas baianas, enquanto na Copener, esse número aumenta
para 75,8% de fornecedores locais.
Todos os contratos de fornecimento de bens e serviços contêm cláusulas que garan-
tem o cumprimento das obrigações trabalhistas, previdenciárias, ambientais e tribu-
tárias pelo fornecedor, incluindo itens específi os sobre direitos humanos e abolição
do trabalho infantil e forçado. Os contratos também dão à BSC a autonomia para
controlar o cumprimento destas exigências. Os fornecedores também recebem o
Código de Ética do Fornecedor elaborado pela empresa e se comprometem, por
contrato, a cumprir normas e procedimentos internos da BSC.
Questões legais
Desde que o acionista atual assumiu o controle das empresas, os contratos de
fornecimento, especialmente os contratos relacionados a serviços, sofreram al-
terações, sempre visando à segurança jurídica das partes e dos terceiros envol-
vidos, a saber os colaboradores destas empresas que atuam no atendimento à
BSC.
Essas alterações culminaram, nos últimos anos, por um lado, em contratos de
prestação de serviços com cláusulas que preveem e exigem do prestador de
serviço o rigoroso cumprimento das obrigações trabalhistas, previdenciárias e
tributárias.
O controle do cumprimento dessas obrigações foi sistematizado e a empresa
conta com equipe especializada que faz a apuração quantitativa dos documen-
tos e, por amostragem, da compleição legal de seus conteúdos, notificando os
prestadores de serviços que eventualmente apresentem pendências, e determi-
nando prazos para regularização.
Os demais sistemas integrados de gestão de terceiros, como os procedimentos
de saúde e segurança do trabalho e das áreas usuárias dos serviços de terceiros
completam esse controle.
Com relação à Gestão de Confli os, a empresa conta com um procedimento
próprio que prevê que, antes de qualquer ação judicial contra outras partes, ou
mesmo na hipótese de defesa em ações judiciais iniciadas por terceiros contra
a empresa, opta-se pelo entendimento amigável como regra e objetivo maior.
Apenas em situações em que não seja obtido êxito na promoção de entendi-
mento amigável, a via judicial é acionada.
24
Operações
Florestais
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 25
Microplanejamento
Em 2012, tiveram início as reuniões de microplanejamento, realizadas an-
tes e após as operações flo estais, com vistas a amenizar os impactos das
atividades nas regiões vizinhas. O microplanejamento é realizado de forma
participativa e interdepartamental de modo a assegurar que os princípios
econômicos, da qualidade, do respeito ao meio ambiente e às comunidades
do entorno sejam levados em consideração quando da implantação, refor-
ma, colheita e transporte de madeira.
Solos e Nutrição
A BSC possui um mapeamento de 100% de suas propriedades, que totalizam 110 unidades
de solos distribuídas em sete das 13 classes definidas no Sistema Brasileiro de Classificação
de Solos da Embrapa. Este mapeamento é fundamental para a prescrição de material gené-
tico, subsolagem e regime de adubação a serem utilizados. A empresa dispõe ainda de um
sistema de parcelas gêmeas, que é poderosa ferramenta para avaliação da assertividade da
recomendação de fertilizantes.
No biênio 2012/2013, foram instalados 12 experimentos, objetivando avaliar fontes, época
e forma de aplicação de fertilizantes, assim como características fisioló icas relacionadas à
tolerância à seca.
A empresa aprimorou os processos de adubação de cobertura, viabilizada por trabalhos de-
senvolvidos por instituições de pesquisa e em cooperação com outras empresas flo estais.
Isso permitiu reduzir de três para dois, a partir de 2013, o número de adubações de cobertu-
ra por plantio. A mesma quantidade de fertilizante passou a ser dividida em duas aplicações.
Isto propiciou economia signific tiva de recursos finan eiros e também benefícios ambien-
tais como menor compactação do solo e emissão de gás carbônico (CO2), com redução de
até 270 toneladas de CO2 por ano.
Os principais desafios da área de solos e nutrição são implantar um sistema para monitora-
mento da compactação do solo e erosão, melhorar a acurácia do sistema de diagnose nu-
tricional dos plantios de eucalipto e realizar o levantamento de solo em áreas para fomento
flo estal.
Produção de mudas
Em 2012, a BSC/Copener deu início à produção comercial de mudas de eucalipto no viveiro
da Fazenda Quatis, em Entre Rios, em substituição ao viveiro anterior, que funcionava na
Fazenda Salgado, em Inhambupe.
Apesar da maior capacidade de produção na nova estrutura, que é de 24 milhões de mudas
anuais, devido à fase de transição do antigo para o atual viveiro e à curva de aprendizagem
naquele ano e em 2013, foram produzidas, respectivamente, 5,9 milhões e 6,3 milhões de
mudas de 10 diferentes materiais genéticos.
28
Silvicultura
A BSC/Copener possui uma área total cultivável de 84 mil hectares. Em
2012, a empresa possuía 79.162 hectares efetivamente plantados (antes
da colheita). Em 31 de dezembro de 2013, a área total cultivada ocupa-
va 74.625 hectares. Estes dados não incluem as áreas onde houve opera-
ções de colheita.
Quanto aos novos plantios, foram 915 hectares plantados em 2012 e 314
ha, em 2013. A talhadia própria foi de 1.403 ha, em 2012, e de 1.472 ha,
em 2013. Somam-se a estes mais 919 hectares de talhadia em áreas de
fomento, no último ano.
Para fazer frente às necessidades de formação dos eucaliptais, em 2012 e
2013, a empresa plantou, inclusive, no período da seca, adotando o plan-
tio irrigado com água captada em pontos outorgados pelo Instituto do
Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos da Bahia (Inema).
Para 2014, o objetivo é plantar 14.101 hectares, e somente no período chu-
voso, com vistas a aumentar a qualidade e a produtividade das flo estas.
Manejo do solo
Em 2013, a BSC/Copener adotou um sistema de monitoramento de precisão
das atividades mecanizadas de subsolagem, adubação e fosfatagem. Este sis-
tema possibilita saber, com exatidão, qual o tipo de adubo e a quantidade
utilizados, assegurando o rigoroso controle da aplicação destes produtos nas
áreas flo estais.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 29
Colheita
Em 2012 e 2013, foram adquiridos pela empresa 36 máquinas flo estais e três novos módu-
los de apoio às equipes de operação flo estal.
Neste período, houve a primarização da equipe de manutenção do módulo II, o que levou
à melhoraria da gestão de manutenção e reduziu os custos operacionais. A média diária de
produção alcançada aumentou de 5.539 m³, em 2012, para 6.004 m³, em 2013.
A BSC/Copener criou um centro de treinamento de operadores de máquinas flo estais que
conta com simulador de operação de colheitadeira e baldeio de madeira, além de bancada
para treinamento em hidráulica e elétrica. A estrutura vem sendo utilizada na formação de
novos profissionai .
Para os próximos anos, destacam-se entre os objetivos e metas da empresa a implantação
de um sistema de gestão do processo de manutenção da frota, o desenvolvimento de forne-
cedores alternativos para a aquisição de peças, o desenvolvimento contínuo da equipe por
meio de qualifica ões que a incentive e prepare para aumentar a produtividade e melhorar
o desempenho dos equipamentos.
Logística
O transporte da madeira colhida do campo para a fábrica é realizado utilizando-se os mo-
dais ferroviário, em parceria com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), e o rodoviário, com ca-
minhões semi-reboque, bitrens e tritrens que transitam, principalmente, pelas rodovias BA
099, BA 093, BR 101 e BR 110.
Em 2012, a BSC/Copener transportou 1.479.000 toneladas de madeira, sendo 17% pela fer-
rovia e 83% por rodovia. Em 2013, o volume transportado foi de 1.591.000 toneladas, sendo
18% pelo trem e 82% por uma frota que contava com 130 caminhões, no final de 2013
A empresa faz a manutenção e recuperação das estradas que utiliza. Em 2012, recuperou
115,46 km de estradas recuperadas. Em 2013, foram recuperados 182,02 km.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 31
Combate a incêndios
A empresa possui um Programa
de Prevenção e Combate a In-
cêndios Florestais (PPCIF) que é
reforçado entre os meses de se-
tembro e maio, por se tratar de
um período seco com elevado
risco de incêndios. Para reduzir as
ocorrências, a empresa atua junto
aos seus colaboradores e às co-
munidades. Internamente, realiza
treinamentos periódicos para os
membros da brigada de incêndio.
Externamente, promove campa-
nhas de conscientização em emis-
soras de rádio, jornais impressos e
outdoors na região.
O relacionamento com as comu-
nidades, inclusive com a intensa
divulgação da linha 0800, tam-
bém ajuda no processo de iden-
tificação de focos de incêndio e
na redução de casos de incêndio
intencional.
Furto de madeira
Registros policiais e da BSC revelam que, em 2012, pelo menos 36.583 metros cúbicos de
madeira de eucalipto foram furtados das áreas da empresa. Para reverter a situação, em
2013, a BSC realizou operações de repressão ao furto de madeira juntamente com a Se-
cretaria de Segurança Pública – por meio da Coordenadoria de Polícia Civil de Alagoinhas,
da Delegacia de Proteção Ambiental – com a Secretaria da Fazenda, o Instituto do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos da Bahia (Inema) e com o Ministério Público da Bahia. A
empresa também investiu na preparação técnica e profissional de seu quad o de seguran-
ça patrimonial e em um sistema integrado de segurança, prevenção de delitos e repressão
ao crime organizado em suas propriedades.
A BSC participou da criação do Conselho Interativo de Segurança Florestal do Norte da
Bahia (Cisnorba), que agrega empresas flo estais locais com o objetivo principal de promo-
ver a interação entre todos os segmentos da sociedade e órgãos responsáveis pela segu-
rança pública nos municípios da região. Além disso, a BSC reforçou sua presença nas comu-
nidades por meio das ações delineadas por seu Plano de Responsabilidade Social, que vem
contribuindo para gerar novas perspectivas de emprego e renda da região e fortalecendo
os vínculos da empresa com os moradores.
Estas iniciativas resultaram, em 2013, na redução de 75% do número de registros policiais
de furto de madeira em relação a 2012.
32
Operações
Industriais
34
Planta-piloto
A BSC iniciou, em 2012, a operação de uma planta-piloto de cozimento e
lavagem de celulose e de um sistema de autoclave que permite obter ce-
lulose solúvel a partir de pequenos volumes de madeira processada. Este
laboratório industrial dá suporte ao desenvolvimento do processo fabril
ao viabilizar a realização de testes de cozimento em pequena escala dos
diversos híbridos de eucalipto desenvolvidos pela equipe da área flo estal.
Além de fornecer subsídios para o planejamento anual das operações de
silvicultura, a planta-piloto permite à BSC identificar os clones com maior
potencial para a atividade industrial. Com isso, a empresa aproveita me-
lhor os recursos finan eiros e obtém produtos mais adequados à necessi-
dade dos clientes.
Logística
Em 2012, foram transportadas 431.359,531 toneladas de polpa de celulose
solúvel para os clientes. Em 2013, foram 411.863,716 toneladas. Do volu-
me médio mensal de 38.000 toneladas, 23.000 toneladas destinam-se aos
clientes na Ásia, 10.000 toneladas aos Estados Unidos e 5.000 toneladas
para a Europa.
Em novembro de 2013, a BSC registrou recorde de movimentação de carga
em exportação de 97 contêineres por dia – quase cinco vezes mais do que o
segundo maior exportador da Bahia. Esse foi um marco signific tivo para a
empresa, já que a média é de 50 contêineres/dia.
Desempenho
Econômico
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 37
Análise Financeira
Resultados Consolidados
A receita do Grupo diminui 10%, de US$720 milhões em 2012 para US$646 milhões para o
exercício encerrado em 31 de dezembro de 2013, principalmente como resultado de ASPs
(preços médio de venda) menores de DWP (polpa de madeira solúvel) de grau rayon e VSF
(fib a descontínua de viscose). O impacto de receitas menores foi parcialmente mitigado
por uma redução no custo total das vendas que caiu 14% de US$500 milhões para US$428
milhões em 2012.
Como resultado, o lucro bruto diminuiu 1% para US$218 milhões mas a margem de lucro
bruta aumentou de 31% para 34%. EBITDA teve aumento de 3% para US$206 milhões e a
margem de EBITDA também cresceu, de 28% para 32%. Contudo, o lucro atribuível aos acio-
nistas diminuiu 40% de US$56 milhões em 2012 para US$33 milhões, e a margem de lucro
líquida caiu de 8% para 5%, enquanto os ganhos por ação diminuíram de US$1,6 centavos
em 2012 para US$1,0 centavos.
O custo de vendas corresponde principalmente ao custo de plantio e colheita de madeira,
DWP comprada de terceiros para o negócio de VSF do Grupo, produtos químicos, e custos de
conversão incluindo custos com energia, mão de obra e depreciação. O custo de vendas do
Grupo diminuiu 14% para US$428 milhões para o exercício encerrado em 31 de dezembro
2013 apesar de alguns problemas operacionais em sua usina no Brasil no segundo semestre
de 2013. A diminuição deveu-se principalmente a uma queda nos preços de determinados
materiais chave para produção, o esforço contínuo do Grupo para melhorar a competitivida-
de do custo bem como de um Real Brasileiro mais fraco durante o exercício comparado com
2012. A taxa de câmbio média caiu 11% de US$1:R$1,95 em 2012 para US$1:R$2,16 em 2013.
Despesas com vendas e distribuição diminuíram 14% de US$61 milhões em 2012 para US$52
milhões para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2013, principalmente devido
aos esforços incansáveis do Grupo na redução de custos. Despesas administrativas, em con-
trapartida, aumentaram 18% para US$76 milhões como resultado das despesas crescentes
na China considerando que a construção da usina de Fujian continuou a ocorrer durante o
exercício.
Os custos finan eiro do Grupo aumentaram de US$30 milhões em 2012 para US$33 milhões
para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2013 como resultado do saque da parcela
de empréstimo a prazo de US$440 milhões do contrato de linha de crédito comercial sênior
garantido de US$500 milhões concluído em 15 de fevereiro de 2013.
Despesa de Capital
O Grupo continuou a exercer com cuidado o controle sobe a despesa de capital e a conter
gastos conforme adequado durante o exercício. No total, o Grupo realizou despesas de capi-
tal de US$304 milhões para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2013, comparado
a US$206 milhões em 2012. Dos US$304 milhões, US$64 milhões foram gastos no Brasil,
incluindo US$32 milhões em ativos de flo estamento e reflo estamento, e US$5 milhões fo-
ram gastos em Jiangxi. Durante o exercício, a nova usina de VSF do Grupo em Fujian iniciou
a operação. O Grupo gastou US$235 milhões neste projeto em 2013 (2012: US$107 milhões)
e despesa de capital total em 31 de dezembro de 2013 somou US$387 milhões.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 39
RESUMO FINANCEIRO
DOS ÚLTIMOS 5 ANOS
Para o exercício encerrado
em 31 de dezembro
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA
DA POSIÇÃO FINANCEIRA
Gestão
Ambiental
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
Relatório de Sustentabilidade | BSC / Copener 2012 | 2013 41
Preservação ambiental
G4-EN13; G4-EN14
Os plantios de eucalipto da Bahia Specialty Jandaíra, Itanagra e Mata de São João.
Cellulose são estabelecidos seguindo critérios
A BSC mantém um programa de recupe-
que primam pela preservação dos remanes-
centes de flo esta nativa existentes em suas ração de áreas degradadas (Prad) ado-
propriedades, onde espécies da fauna e flo a tado também nos terrenos utilizados
são conservadas e protegidas. No total, 37.335 como jazidas de cascalho. A recompo-
hectares foram reservados, conforme exigido sição é feita com o plantio de espécies
em lei. nativas da região e com a melhoria das
Aproximadamente 40% das áreas flo estais da condições físicas e químicas do solo, o
empresa são ocupados por vegetação nativa que torna mais ágil o restabelecimento
entre áreas de preservação permanente (APP), da cobertura vegetal.
de reserva legal (RL) e outros remanescentes.
Ainda com vistas à conservação da bio-
Estas áreas estão intercaladas com os plantios
de eucalipto e formam um corredor ecológico diversidade, a BSC realiza, sempre que
de 91 km de extensão, conectando fragmentos necessário, diagnósticos ambientais e
de mata nativa e áreas destinadas à recomposi- reflo estamento dos ecossistemas ribei-
ção ambiental. rinhos e das flo estas nativas.
Um levantamento das espécies da fauna e flo a
encontradas nas áreas destinadas pela empre-
sa à recuperação e manutenção da mata nativa
em suas propriedades apontou a existência de
299 espécies de plantas, sendo 32 endêmicas e
15 ameaçadas de extinção. A fauna é caracteri-
zada pela presença de 231 espécies de animais,
das quais 23 são endêmicas e oito constam da
lista de animais ameaçados de extinção.
As áreas destinadas pela BSC à preservação
ambiental agregam a Reserva Particular do Pa-
trimônio Natural (RPPN) Lontra, entre os mu-
nicípios de Entre Rios e Itanagra. Com 1.377
hectares, a Lontra é um fragmento flo estal de
remanescentes da Mata Atlântica em avançado
estágio de regeneração situado em um tabulei-
ro litorâneo no norte da Bahia.
Com o objetivo de ampliar suas áreas de RPPN,
a BSC está em processo de formação de 35 no-
vas reservas em suas propriedades. Se deferido
o protocolo feito junto aos órgãos ambientais,
esta iniciativa resultará na adição de cerca de
9.500 hectares de flo estas nativas como RPPNs
às propriedades da empresa nos municípios de
Cardeal da Silva, Conde, Entre Rios, Esplanada,
44
Biodiversidade,
ecossistema e água
G4-EN26
A BSC/Copener contratou, em 2013, a
empresa de consultoria ambiental Casa
da Floresta para realizar um estudo sobre
sua biodiversidade, ecossistema e água. O
estudo, que será finalizado em 2014, tem
como escopo:
– identificação dos valores ambientais,
potencialmente afetados pelas ativi-
dades de manejo;
– identificação de espécies raras e ame-
açadas de ocorrência (ou potencial
ocorrência) na região de influência da
unidade de manejo flo estal e de seus
habitats, com prescrições de manejo
integrado, considerando áreas de ve-
getação nativa e áreas de plantações
flo estais com suas operações;
– identificação de amostras represen-
tativas dos ecossistemas nativos, com
justific tiva para sua classificação
como tal e prescrições de manejo inte-
grado, considerando sua relação com
as áreas de plantações flo estais e ope-
rações de manejo realizadas pela em-
presa;
– elaboração de um plano de monitora-
mento (com foco na flo a e na fauna)
pelo qual a empresa possa acompa-
nhar e avaliar os impactos ambientais
de suas operações flo estais sobre os
habitats locais;
– elaboração de um plano de monitora-
mento para Áreas de Alto Valor de Con-
servação.
Monitoramento de microbacia
A BSC possui uma estação de monitoramento do Rio Farge, um dos braços formadores do
riacho Quiricó Grande que, por sua vez, pertence à bacia do Rio Sauípe. O objetivo do moni-
toramento é obter indicadores hidrológicos de manejo sustentável dos plantios de eucalipto.
A área da microbacia é de, aproximadamente, 125 hectares, sendo 80 hectares reflo estados
e o restante destinado à preservação permanente, que inclui a cabeceira e as margens do
riacho bem como áreas localizadas em terrenos mais elevados da microbacia.
O monitoramento é feito na cabeceira do rio por meio da análise global da disponibilidade na-
tural de água, da manutenção do potencial produtivo do solo e da medição das variáveis quí-
micas e físicas da qualidade de água. Os resultados obtidos até o momento revelam a inexis-
tência de efeitos negativos da produção flo estal nas variáveis da qualidade de água no local.
Água
G4-EN8
A unidade industrial da BSC é abastecida com água proveniente de 11 poços de produção,
que captam água do aquífero São Sebastião.
Nos dois últimos anos, a empresa atingiu sua meta de redução do consumo de água. Em
2012, a unidade industrial consumiu, mensalmente, 35,9 m³/adm. Em 2013, esse índice foi
de 36,2, mesmo assim consumindo menos recurso do que a meta estabelecida de 36,5.
Combustível auxiliar
Controle de odor
Em 2011, a empresa registrou 36 reclamações
de odor. Em 2012, eles totalizaram 27 e, em
2013, foram cinco registros.
A BSC procura, de modo contínuo, atenuar a
emissão de gases causadores de odor gerados
em sua fábrica. Em 2012, os sistemas de coleta
de gases das linhas 1 e 2 foram aprimorados
com a instalação de novos equipamentos que
aumentaram sua capacidade e eficiência. Os
esforços para redução das emissões de gases
continuaram em 2013, com a queima de GNCC
do cozimento no incinerador para evitar emis-
são de gases odoríferos fortes para atmosfera.
Além dos controles internos, a empresa conta
com a colaboração dos 20 voluntários que in-
tegram sua Rede de Percepção de Odor, criada
em 2009. Todos são moradores de comunida-
des vizinhas e foram treinados para identificar e
comunicar à empresa eventuais ocorrências de
cheiro proveniente da fábrica. Estes voluntários
contam com um telefone gratuito para receber
as ligações e cada uma delas é diretamente
tratada pela área de Meio Ambiente, que retor-
na aos contatos, informando sobre os fatores
que motivaram a ocorrência.
52
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 53
Gestão
Social
54
Gestão Social
Recursos Humanos
G4-10; G4-EC8
A BSC encerrou 2013, com um quadro total de 1.250 profissionais (665 na área industrial e
585 na flo estal) contra 1.096 (668 na área industrial e 428 na flo estal) no ano anterior. Esta
evolução deve-se, principalmente, ao processo de primarização das operações de colheita
flo estal, que teve início em 2011 e foi concluída dois anos depois.
Todos os serviços silviculturais da BSC/Copener são executados por empresas prestadoras
de serviço. Em 2012, havia seis empresas parceiras e, em 2013, sete. Estas empresas empre-
gam entre 1,5 mil e 2 mil pessoas, dependendo do volume de atividades, com maior número
de empregados no período das chuvas, que é quando há o plantio de mudas.
A BSC mantém o compromisso de proporcionar aos seus profissionais condições adequadas
ao desenvolvimento de suas atividades e de crescimento pessoal e profissiona , selecionan-
do para seu quadro de pessoal profissionais reconhecidos pelo seu conhecimento técnico e
competência.
Para atrair e reter estas pessoas, a empresa oferece benefícios alinhados às melhores práticas
de mercado e programas que viabilizam a formação de novos profissionais e o aprimora-
mento de habilidades e competências daqueles com mais tempo de carreira.
Área Ano Amarelo Branco Negro Pardo Sem informação Total geral
2012 13 11 1 1 0 10 3
Florestal
2013 22 17 2 1 0 12 7
2012 18 15 0 0 3 12 6
Indus-
trial
2013 26 20 1 0 5 17 9
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 57
% em cargos de % em cargos
% em relação
liderança em de diretoria em
Ano Área Perfi ao total de
relação ao total de relação ao total de
colaboradores
cargos de liderança cargos de diretoria
Mulheres 12 25 0
2012 Pessoas acima de
17,1 30 100
45 anos
Florestal
Mulheres 13,5 16 0
2013 Pessoas acima de
17,1 40 100
45 anos
Mulheres 16,8 19,2 0
2012 Pessoas acima de
20,7 38,5 100
45 anos
Industrial
Mulheres 17,6 24,5 0
2013 Pessoas acima de
19,7 32,5 100
45 anos
Treinamento
G4-LA9
Os investimentos em treinamento pela BSC têm um propósito definido e foram projetados
para melhorar as competências e qualifica ões específicas dos colaboradores, necessárias
ao pleno desenvolvimento de suas atividades nas diversas áreas administrativas e das ope-
rações flo estais e industriais.
Este programa tem por objetivos qualificar os colaboradores para os requisitos do perfil do
cargo, conscientizá-los sobre segurança, saúde ocupacional, qualidade e meio ambiente,
capacitá-los para o exercício das atividades inerentes aos procedimentos operacionais e
corporativos bem como habilitá-los para práticas de gestão. Além disso, o programa busca
aprimorar os colaboradores para a ocupação de futuras oportunidades dentro da própria
organização.
Todos os treinamentos requeridos por lei são rigorosamente realizados, de acordo com a
carga horária e conteúdo exigidos para cada setor operacional.
Na área industrial, em 2012, a meta de realizar 30 hht (hora/homem de treinamento) com
colaboradores foi superada em 40% atingindo 42 hht e em 2013 o número de treinamentos
foi 35% maior do q�����������������������������������������������������������������������
ue a meta estipulada (meta 20 hht – resultado 27hht). Os dados referen-
tes a treinamento na área flo estal estavam indisponíveis.
58
* Dados similares, referentes aos treinamentos na área flo estal, serão mensurados a partir de 2014
2012 12 36.425,44 7 1 3 1
Florestal
2013 16 24.921,60 4 1 3 0
2012 32 98.016,93 15 7 10 0
Industrial
2013 16 55.423,46 11 2 3 0
DISCRIMINAÇÃO RESUMO
Programa de Estimula e premia o desempenho dos colaboradores para o cumprimento de metas
Participação nos operacionais anuais que dependem do esforço e cooperação da equipe. Os critérios
Resultados de avaliação e premiação são estabelecidos por um comitê composto por membros
eleitos pelos colaboradores, por representantes da empresa e por um representan-
te do sindicato da categoria dos colaboradores.
Planos de Têm cobertura médica e hospitalar em âmbito nacional para todos os colaborado-
assistências médica res e seus dependentes legais. A empresa arca com a maior parte das despesas com
e odontológica consultas, exames, internações e outros procedimentos médicos e odontológicos.
Seguro de vida Alcança os colaboradores e seus dependentes legais, com custos reduzidos. Inclui
coletivo assistência funeral.
Alimentação De acordo com o turno de trabalho, a empresa oferece, em seu refeitório da fábrica,
desjejum, almoço, jantar, lanche ou ceia a todos os colaboradores da área industrial.
Para a equipe da área flo estal, são fornecidos vales-refeição com valor suficie te
para alimentação durante o expediente. Para as equipes de campo, a empresa dis-
ponibiliza refeição de qualidade no local de trabalho.
Cesta básica de Concedida a todos os colaboradores, em forma de vale alimentação, por meio do
alimentos Programa de Alimentação ao Trabalhador – PAT.
Programa de Funciona como um fundo de aposentadoria, onde as contribuições são auxiliadas
Aposentadoria pela empresa, contemplando um planejamento de aposentadoria.
Complementar
Lazer Convênios com a Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), com contribui-
ções subsidiadas, e com o Serviço Social da Indústria (Sesi), proporcionando aos
colaboradores acesso a clubes com esportes e áreas de lazer. Além disso, para os
trabalhadores da área flo estal, a empresa possui uma área de convivência interna,
localizada no escritório flo estal da empresa, em Alagoinhas.
Outros benefícios Prêmio de retorno de férias, auxílio-creche para filhos té 3 anos de idade, reembol-
so para despesas com material escolar, auxílio para colaboradores com filhos po ta-
dores de necessidades especiais, auxílio funeral e complemento salarial para casos
de afastamento por auxílio doença e por acidente de trabalho.
Plano de Carreira – A empresa realiza pesquisas de mercado junto às organizações externas para ga-
Cargos e Salários rantir sua competitividade, a fim de ma ter–se compatível com as práticas do mer-
cado local e no setor de celulose e papel.
Segurança do trabalho
G4-LA6
A BSC mantém uma rotina de revisões dos procedi-
mentos, realizações de reuniões de análise críticas de
segurança, melhoria dos critérios de investigação de
acidentes, treinamentos de emergência e simulados
e também investe em equipamentos de resposta à
emergência e em treinamentos das equipes.
Com vistas a melhorar o desempenho de segurança,
foram implantados o programa OPA (Observe, Pla-
neje e Aja) para reconhecimento de condições inse-
guras, a Auditoria Comportamental e a Auditoria da
Permissão de Trabalho. Na área industrial, estas ini-
ciativas reduziram o número de acidentes de traba-
lho com afastamento, de 2012 para 2013, de seis para
um. Na área flo estal, a redução foi de seis para três.
Após avaliar dados históricos de acidentes na em-
presa nos últimos anos, foi estabelecida, para 2012,
uma taxa de frequência máxima de acidente com
afastamento de 3,19 para colaboradores próprios.
Entretanto, esta taxa foi excedida finalizando o ano
com resultado de 9,1. Em 2013, a taxa de frequência
máxima foi definida em 4,5 e finalizada com o resul-
tado de 0,66 no ano. Este resultado de redução de
acidentes foi fruto dos programas implantados pela
empresa, como o OPA, a auditoria comportamental e
os treinamentos de segurança.
Em relação aos contratados, em 2012, a taxa de frequ-
ência máxima estabelecida foi de 5,4, tendo atingido
o resultado de 3,0. Em 2013, foi estabelecida a mesma
taxa de frequência máxima de acidentes com afasta-
mento de 4,5 para colaboradores e contratados. O re-
sultado foi um pouco acima do limite máximo estabe-
lecido, fechando o ano com taxa de 5,0.
No período de 2012 e 2013, foram registradas duas
fatalidades, ambas na área industrial e envolvendo
colaboradores de empresas terceirizadas. Nos dois
casos, as vítimas portavam os equipamentos de pro-
teção individual necessários e estavam qualificadas
para as operações, mas houve falha no atendimen-
to de requisitos de segurança definidos nos proce-
dimentos da BSC. Estas ocorrências foram utilizadas
como parâmetro adicional para reforço do controle
dos procedimentos de segurança.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 61
62
Saúde
A BSC realiza campanhas e intervenções periódicas voltadas à promoção e manutenção da
saúde de seus colaboradores. Estas iniciativas incluem, dentre outras, campanhas de vacina-
ção e oferecimento de palestras ministradas por profissionais de saúde, bem como divulga-
ção de material educativo com foco em saúde e bem-estar da pessoa.
Público externo
Polo de Cidadania
A BSC participa com iniciativas de educação ambiental do evento Polo de Cidadania desde a
sua criação, em 2008. Trata-se de um dia de ação social promovido pelo Comitê de Fomento
Industrial de Camaçari (Cofic) em parceria com a prefeitura de Camaçari, o Governo da Bahia
e empresas do Polo Industrial de Camaçari que disponibilizam para a população serviços de
utilidade pública nas áreas da saúde, educação, cultura, cidadania, esporte e lazer, dentre
outras.
De acordo com o Cofi , em 2012, o Polo de Cidadania realizou 15.073 atendimentos a 5.024
pessoas. Em 2013, foram 17.098 atendimentos a 5.699 moradores de Camaçari e região.
Responsabilidade social
G4-24
A BSC/Copener entende que os impactos de suas atividades vão muito além dos limites físi-
cos de suas instalações e sua missão social precisa estar fundamentada em princípios éticos
e no real objetivo de contribuir com o desenvolvimento das comunidades onde atua.
Norteada por esta percepção, a empresa realizou, no primeiro semestre de 2012, um diag-
nóstico integrado socioeconômico dos municípios da área de influência de seu manejo fl -
restal. O trabalho, conduzido por uma empresa especializada, traçou o retrato histórico, so-
cial, econômico e político dos 21 municípios onde a empresa possui propriedades flo estais,
possibilitando a ela estabelecer novos canais de comunicação com as partes interessadas
em um patamar mais seguro a respeito das reais e efetivas implicações do empreendimento
nos modos de vida, produção e distribuição da população.
O estudo cobriu os municípios de Acajutiba, Água Fria, Alagoinhas, Aporá, Araçás, Aramari,
Cardeal da Silva, Catu, Conde, Crisópolis, Entre Rios, Esplanada, Inhambupe, Itanagra, Itapi-
curu, Jandaíra, Mata de São João, Olindina, Ouriçangas, Rio Real e Sátiro Dias.
nicípios como responsáveis por 10,5% da área colhida com mandioca no território baiano. Já
a produção de laranja passou por um aumento em 2010 de quase 4.000% em relação à área
colhida em 1970. Com isso, essa região responde por 80% da área colhida com laranja em toda
a Bahia.
Nos municípios de Acajutiba, Aporá e Crisópolis, o percentual de pessoas ocupadas nos es-
tabelecimentos agropecuários é superior ao total da população rural residente nestes mu-
nicípios, o que indica esse setor como atrativo também para as populações urbanas. Tudo
isso demonstra que o setor rural na área de influência do manejo flo estal da BSC/Copener é
dinâmico, altamente diversificado e produtivo, possibilitando a manutenção de um expres-
sivo contingente populacional rural e gerando mais empregos do que o setor urbano.
Considerando como população economicamente ativa as pessoas entre 15 e 59 anos, a
região apresenta um total de 369.603 pessoas, das quais apenas 56.837 são consideradas
assalariadas, de acordo com dados do IBGE 2009, o equivalente a 15,37% da população eco-
nomicamente ativa local. A média salarial da região é de dois salários mínimos mensais, que
pode chegar a 4,5 em Catu e 4,2 em Entre Rios. As menores médias são encontradas em Aca-
jutiba, Aporá, Araçás, Ouriçangas e Rio Real, sendo de apenas 1,5 salário mínimo por mês.
Indicadores sociais
Os indicadores sociais monitorados levam em conta os aspectos sociais passíveis de serem
impactados positiva ou negativamente pelas atividades da empresa.
São eles:
– Modo de vida das pessoas: como vivem, trabalham, ocupam seu tempo livre;
– A cultura da população: suas crenças, valores, costumes, linguagem e dialetos;
– A comunidade em si: coesão, estabilidade, identidades, serviços, infraestrutura, equi-
pamentos;
– O sistema político: forma como as pessoas podem participar das decisões que afetam
suas vidas, nível de democracia existente, recursos disponibilizados para concretizar
estes aspectos;
– O ambiente em que vivem: qualidade do ar e da água que utilizam, disponibilidade e
qualidade dos alimentos, nível de segurança e risco, poeira e ruídos a que estão expos-
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 67
Projeto Andorinhas
Após desativar o viveiro de mudas de eucalipto em Inhambupe, a BSC/Copener deci-
diu aproveitar parcialmente a estrutura física para o desenvolvimento de ações volta-
das à geração de renda. Assim, criou a fábrica de fardamentos, que ganhou o nome de
Projeto Andorinhas. Por meio desse projeto 40 mulheres locais foram qualificadas em
corte e costura industrial e os equipamentos necessários à produção de fardas e vestu-
ário foram adquiridos pela empresa para viabilizar as operações da fábrica.
Cerca de R$ 400.000,00 foram investidos no projeto. A BSC/Copener passou a doar uni-
formes usados para que fossem reaproveitados na confecção de brindes, que é outra
linha do projeto. O galpão e as máquinas foram cedidos em comodato para utilização
do grupo para todas as atividades do projeto.
Para 2014, a empresa planeja formalizar a inauguração da Fábrica de Fardamentos,
apresentando ao mercado uma opção diferenciada de serviço ofertado por pessoas
da própria comunidade, além de integrar outras 40 mulheres locais ao projeto e fi mar
parceria com uma instituição especializada para desenvolver o plano de negócios do
grupo.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 73
Projeto de Apicultura
A empresa cede algumas de suas áreas de eucalipto, de preservação ambiental e de
reserva legal para o desenvolvimento da atividade apícola, por meio de um acordo de
cooperação técnica com o Governo da Bahia e a Coopevales (Cooperativa Agrícola da
Costa do Sauípe), beneficiando 330 apicul ores parceiros.
Além disso, em 2013, a BSC/Copener promoveu cursos de capacitação, associativismo,
estratégias de produção, precificação e comercialização, além de outros temas relevan-
tes para o sucesso da apicultura na região. Esse projeto contou com a parceria da Uni-
versidade do Estado da Bahia (Uneb), que realizou um georeferenciamento da região
a fim de identificar e caracterizar todos os locais onde a atividade é realizada, traçar o
perfil dos apicultores e verificar as cadeias de abastecimento. O objetivo do georrefen-
ciamento foi identificar e fortalecer as cooperativas e grupos por meio da realização
de projetos socioprodutivos, apoiando os produtores na formação jurídica, econômica,
administrativa e na melhoria da qualidade dos seus produtos.
Para 2014 e 2015, será definida uma agenda de trabalho focada na discussão e trata-
mento das principais demandas dos produtores, o que envolverá, além da empresa, o
poder público e as associações de apicultores.
74
Diálogo permanente
Voltado a fortalecer o relacionamento com as partes in-
teressadas no entorno de suas atividades, a BSC/Cope-
ner lançou, em 2013, o programa Copener com Você, que
compartilha informações de forma clara e transparente
com os diversos públicos, esclarecendo dúvidas e apro-
fundando o conhecimento da empresa acerca de todas
as comunidades de sua área de influência
Ouvidoria
A BSC/Copener estabeleceu um sistema de ouvidoria que conta com ferramentas de
atendimento, registro e tratamento de demandas e queixas recebidas das comunida-
des. A ouvidoria pode ser acessada por meio do telefone 0800 284 4747 (disponível
para DDDs 71 e 75), por atendimento presencial, carta ou fax.
A empresa estabeleceu, em 2013, um procedimento de relacionamento com as comu-
nidades especialmente voltado a estabelecer e manter um canal de diálogo com as
partes interessadas. Em 2013, foram registradas 185 demandas, a maioria delas oriun-
da dos municípios de Alagoinhas, Entre Rios, Itanagra, Aramari, Cardeal da Silva, Ara-
çás e Inhambupe. A maior parte das solicitações foi de apoio a eventos, manutenção
ou recuperação de estradas vicinais, projetos de agronegócio e de educação. Todas as
demandas recebidas foram respondidas e 58%, atendidas em 2013.
Com relação às queixas, foram 57 registros em 2013. Todas as queixas foram investi-
gadas e tratadas e os respectivos reclamantes receberam retorno formal da empresa.
Canais de comunicação
A BSC lançou, no segundo semestre de 2013, o jornal Com Você, destinado às comu-
nidades no entorno da unidade de manejo flo estal. Com circulação mensal e tiragem
de 8.000 exemplares, o informativo leva informações sobre suas operações, seus in-
vestimentos sociais e ainda dissemina campanhas de conscientização ambiental.
Informações adicionais sobre a empresa também estão disponíveis no site www.
bahiaspeccell.com ou podem ser solicitadas pelo e-mail faleconosco@bahiaspec-
cell.com.
Já os colaboradores contam com um informativo semanal interno, e-mail corporativo
(para o pessoal administrativo) e quadros de aviso fixados em áreas de maior circulação.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE | BSC / Copener 2012 | 2013 77
G4-LA2 Benefícios concedidos e empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou de regime de meio período 59