Atividade 7º Ano Sistemas Escravistas

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


DIRETORIA DE ENSINO – REGIÃO DE CAIEIRAS
E.E. ARMANDO SESTINI

Nome: Nº Nota:
Disciplina: HISTÓRIA Professor (a) Daiana Martins Ano/Turma

Resumo das aulas:


Aula 1 - Escravização na Idade Moderna (v2)
Aula 2 - Escravização na Antiguidade e servidão medieval (v2)
Aula 3 - A escravização ao longo do tempo histórico (v2)

A escravização foi uma prática recorrente em diversas sociedades ao longo da história, mas variou em suas formas e justificativas
dependendo do período e contexto histórico. Abaixo estão algumas das características principais da escravidão em diferentes
tempos históricos:

1. Antiguidade

• Mesopotâmia e Egito Antigo (c. 3000 a.C. – 500 a.C.): Na Mesopotâmia, o Código de Hamurábi mencionava escravos e
regulava suas relações com seus senhores. No Egito, muitos escravos eram prisioneiros de guerra ou trabalhavam em
grandes projetos estatais, como a construção de pirâmides. No entanto, eles tinham alguns direitos e poderiam obter sua
liberdade.

• Grécia e Roma Antiga (c. 1200 a.C. – 476 d.C.): Na Grécia, os escravos eram comuns e desempenhavam um papel
importante na economia e no trabalho doméstico. Em Roma, a escravidão era uma base da economia, com grande
número de escravos trabalhando em fazendas (latifúndios), minas, e até mesmo como gladiadores. A escravidão era legal
e amplamente aceita, sendo a captura em guerras uma das principais fontes de escravos.

2. Idade Média (476 – 1453)

• Durante a Idade Média, a escravidão começou a ser substituída pelo sistema feudal, no qual os servos estavam atrelados
à terra e não poderiam ser vendidos individualmente, embora ainda estivessem sujeitos à autoridade do senhor feudal.

• Escravidão Islâmica: Com o surgimento do Islã, o comércio de escravos ganhou grande impulso no mundo árabe. Os
escravos capturados em guerras, principalmente na África e na Ásia Central, eram levados para o Oriente Médio, onde
serviam como trabalhadores e soldados (os mamelucos, por exemplo, eram escravos-soldados que chegaram a governar
o Egito).

3. Idade Moderna (1453 – 1789)

• Comércio Atlântico de Escravos: Durante a Era dos Descobrimentos, os europeus começaram a transportar escravos
africanos para as Américas em larga escala. Este comércio, que durou do século XVI até o século XIX, foi motivado
principalmente pela demanda por mão de obra nas plantações de açúcar, tabaco e, mais tarde, algodão. Milhões de
africanos foram traficados em condições desumanas, com altas taxas de mortalidade.

• Escravidão no Brasil: No Brasil colonial, os escravos africanos eram a principal força de trabalho, especialmente nas
plantações de açúcar e, mais tarde, nas minas de ouro. O tráfico transatlântico de escravos durou até 1850, quando foi
oficialmente abolido.
4. Século XIX e XX

• Abolição: O século XIX foi marcado pelo movimento abolicionista em várias partes do mundo. Na Inglaterra, o comércio
de escravos foi proibido em 1807 e a escravidão foi totalmente abolida em 1833. Nos Estados Unidos, a escravidão foi
abolida em 1865, após a Guerra Civil. No Brasil, o último país das Américas a abolir a escravidão, a Lei Áurea foi
promulgada em 1888.

• Trabalho Indenturado: Após a abolição da escravidão, surgiu o sistema de trabalho indenturado, em que trabalhadores,
muitos vindos da Ásia, especialmente da China e da Índia, eram contratados por um período determinado, mas em
condições que frequentemente se assemelhavam à escravidão.

5. Escravidão Contemporânea

• Embora a escravidão legal tenha sido abolida em quase todos os países, formas de escravidão moderna ainda persistem.
Isso inclui o tráfico de pessoas, trabalho forçado, servidão por dívidas e exploração sexual. Estima-se que milhões de
pessoas ainda vivem em condições de escravidão moderna, muitas vezes em indústrias como a agricultura, construção,
pesca e confecção de roupas, principalmente em países em desenvolvimento.

Considerações Culturais e Religiosas

• Ao longo da história, diferentes religiões e culturas ofereceram justificativas ou condenaram a escravidão. No


Cristianismo, por exemplo, a escravidão era, em alguns casos, vista como parte da ordem social natural, embora
houvesse também movimentos abolicionistas. No Islã, os escravos tinham direitos que deviam ser respeitados, e o Corão
incentivava a libertação de escravos como ato de caridade.

A escravidão, em todas as suas formas, deixou marcas profundas nas sociedades ao longo da história, muitas das quais ainda são
visíveis nas desigualdades raciais e socioeconômicas atuais.

Responda:

1-De que forma a escravidão moderna difere das formas de escravidão tradicionais, como aquelas praticadas no período colonial?

2-Quais são as consequências históricas da escravidão no racismo estrutural presente em várias sociedades atuais?

3-Como podemos combater as formas contemporâneas de escravidão e tráfico de pessoas no mundo atual?

4-Qual foi a importância da abolição da escravidão no Brasil em 1888 para a formação da sociedade brasileira contemporânea?

5-De que maneira as diferentes formas de trabalho forçado, como o trabalho indenturado, perpetuaram a exploração de
trabalhadores após a abolição da escravidão?

6-Como o legado da escravidão influencia as relações sociais e econômicas nas sociedades pós-coloniais?

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