Direito Tributário

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Direito Tributário Arts. 96 a 156.

objetivo terminar crédito tributario

-Vigência, Aplicação, Interpretação e Integração da Legislação Tributária


-Relação Jurídica Tributária
-Responsabilidade Tributária
-Crédito Tributário
-Suspensão do Crédito Tributário

review princípios

1. Legalidade: Todo tributo deve ter base legal. Isso significa que não pode haver
cobrança de tributo sem que haja uma lei específica que o preveja.
2. Anterioridade: A lei que institui ou aumenta um tributo não pode retroagir para
atingir fatos geradores ocorridos anteriormente à sua vigência. Em outras
palavras, o contribuinte não pode ser surpreendido por uma nova lei que
aumente sua carga tributária sobre fatos já ocorridos.
3. Irretroatividade: Corolário da anterioridade, o princípio da irretroatividade
proíbe a aplicação de lei tributária a fatos geradores ocorridos antes de sua
vigência, mesmo que a nova lei seja mais benéfica ao contribuinte.
4. Isonomia: Todos os contribuintes devem ser tratados de forma igual, ou seja,
não pode haver privilégios ou discriminações.
5. Capacidade Contributiva: A tributação deve ser proporcional à capacidade
econômica do contribuinte. Ou seja, quem tem mais condições financeiras
deve contribuir mais para o custeio das despesas públicas.
6. Não-Confisco: A carga tributária não pode ser tão elevada a ponto de
inviabilizar a atividade econômica do contribuinte ou de confiscar seus bens.
7. Segurança Jurídica: O sistema tributário deve ser previsível e estável,
permitindo que os contribuintes planejem seus negócios e investimentos com
segurança.
8. Justiça Tributária: O sistema tributário deve ser justo, distribuindo a carga
tributária de forma equitativa entre os contribuintes.
9. Praticabilidade: As normas tributárias devem ser claras e objetivas, evitando a
criação de obstáculos desnecessários ao cumprimento das obrigações
tributárias.
10. Transparência: A administração tributária deve agir de forma transparente,
permitindo o acesso dos contribuintes às informações sobre a legislação e os
procedimentos tributários.

Outros Princípios Relevantes:

● Liberdade de tráfego: As normas tributárias não podem restringir


indevidamente a circulação de pessoas e bens.
● Noventena: Estabelece um prazo mínimo de 90 dias entre a publicação da lei
que institui ou aumenta um tributo e sua entrada em vigor.

COMPETÊNCIA E CAPACIDADE
•Somente ente político tem competência tributária;
Capacidade tributária ativa: Poder de cobrar, exigir e fiscalizar,
capacidade= fiscalizar e cobrar(transferível)
CF atribui competência aos entes estes sim criam tributos
Competência legislativa concorrente-(legislar) diferente de competência tributária
A competência tributária pode ser classificada em:
• Privativa;
• Comum;
• Residual;
• Cumulativa.
Privativa: A competência é exclusiva de um determinado ente federativo
Comum: A competência é compartilhada por mais de um ente federativo, cada qual com
suas especificidades e limites.
Residual: A competência residual é atribuída à União para instituir tributos não previstos na
Constituição, desde que sejam compatíveis com a Constituição
ISENÇÃO - IMUNIDADE garantia constitucional visa proteger entidades e
eterna
-benefício legal
-LO ou LC
-Incentivar atividades ou beneficiar grupos
-temporária ou condicionada

IMUNIDADES (NÃO FAZER)


Se refere ao aspecto subjetivo do contribuinte, isenção sobre o aspecto objetivo do
fato gerador.
imunidade genérica: “todos os cultos”
Imunidade recíproca “ NÃO SE TRIBUTEM”

Imunidade específica: Protege bens, rendas e serviços específicos, “o culto mas não
a renda dele”
A imunidade superveniente não é bem aceita O que é? Basicamente, seria a
possibilidade de um fato gerador de tributo, já ocorrido e tributado, deixar de ser tributado
em razão de uma nova lei que concede imunidade

Imunidades por Sujeito Ativo:


4. IMUNIDADES ESPECÍFICAS AOS IMPOSTOS

São imunidades específicas para os seguintes impostos:

4.1. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

• Não incide IPI sobre produtos destinados ao exterior (art. 153, § 3o, III).

• A máxima é a exportação de produtos e não tributos. É por essa razão que a


maioria dos tributos

que incidiram sobre a exportação hoje são imunizados pela CF/88.

4.2. Imposto Territorial Rural (ITR)


Imunidade subjetiva-objetiva: pequenas glebas rurais cujo proprietário não
possua outro imóvel –

art. 153, § 4o, II, da CF/88.

Dois requisitos precisam ser preenchidos: (i) propriedade de pequena gleba; e


(ii) que o proprietário

não possua outro imóvel.

4.3. ICMS

Art. 155, § 2o, X, da CF/88 – não incidirá o ICMS em:

• Mercadorias destinadas ao exterior;

• Serviços prestados no exterior;

• Operações que destinem a outros Estados petróleo (lubrificantes,


combustível etc.) e energia elétrica;

• Ouro, quando definido como ativo financeiro em instrumento cambial;

• Operações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão de


sons e imagens de recepção livre e gratuita.

Obs Sobre o ouro comercializado como mercadoria incide o ICMS.

4.4. ISSQN

• Art. 156, § 3o, II, da CF/88 – cabe à lei complementar.

• Não incidirá sobre operações e serviços para o exterior.

4.5. Imposto sobre transferência de bens imóveis (ITBI)

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: [...]

I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao


patrimônio de pessoa

jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos


decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo
se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e
venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil;

II - compete ao Município a situação do bem.

Se a atividade empresarial for compra e venda de imóveis, locação ou


arrendamento mercantil, não
haverá imunidade, visto ser impossível saber se o bem faz parte do capital ou
do exercício da empresa; se

fizer parte do exercício da empresa, deverá sim ser tributado quando houver a
transmissão de propriedade.

Somente incidirá ICMS, II e IE sobre:

• Energia elétrica;

• Serviços de telecomunicações;

• Derivados de petróleo e combustíveis;

• Minerais.

A ideia é baratear esses produtos e serviços.

4.7. Quaisquer impostos

Conforme a CF/88, em seu art. 184, § 5o: “são imunes a impostos federais,
estaduais e municipais as

operações de transferência de bens imóveis desapropriados para fins de


reforma agrária.” Dessa forma, quando o imóvel está desapropriado para fins
de reforma agrária não há incidência de qualquer imposto.

Imunidade Tributária Subjetiva


A imunidade tributária subjetiva está relacionada ao sujeito passivo do tributo, ou
seja, à pessoa física ou jurídica que normalmente seria obrigada a pagar o tributo.

Imunidade Tributária Objetiva


A imunidade tributária objetiva está relacionada a bens, fatos ou situações
específicas. Ou seja, a imunidade incide sobre o objeto da tributação,
independentemente de quem seja o sujeito passivo.

1-LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

“Art. 96. A expressão ‘legislação tributária’ compreende as leis,


os tratados, as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares
que versem, no todo ou
em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.”

• Obrigação tributária principal – LEI;


• Obrigação tributária acessória – demais espécies.
LC EXIGE UM QUORUM MAIOR TENDO MAIS ESTABILIDADE E SEGURANÇA
• Função típica da lei complementar: dar complemento ou completude, preenchendo
os conceitos fundamentais da tributação, conferindo segurança e uniformidade.

• Função atípica da lei complementar: criar tributos.

Tributos criados por lei complementar


• Empréstimos Compulsórios;
• Imposto Federal sobre grandes fortunas;
• Impostos Residuais;
• Contribuições Residuais.

O fato de a Constituição Federal submeter determinadas matérias ao campo da lei


complementar não a torna superior, hierarquicamente, à lei ordinária. Apenas essa
não pode invadir as esferas separadas à lei complementar.

Com isso, não há problema algum em uma lei complementar invadir o campo de uma
lei ordinária, o que gera inconstitucionalidade é o movimento contrário.
poderia a lei ordinária posterior revogar uma isenção prevista em lei
complementar, ainda que não fosse necessária a via da lei complementar?
Portanto, não há hierarquia formal entre lei ordinária e lei complementar. E
eventualmente, caso
determinada matéria for tratada por lei complementar, sem necessidade ou imposição
constitucional, uma
lei ordinária posterior poderá tratar do assunto e, quanto ao ponto, revogar a lei
complementar.

Serão estabelecidos por lei ordinária, por exemplo, o fato gerador e a base de cálculo
do tributo,
assim como seus demais aspectos, os casos de substituição e de responsabilidade
tributárias, as multas
isoladas, moratórias e de ofício. Em todos esses casos, exige-se a legalidade estrita:
a lei deve dispor por
completo sobre tais matérias.
É importante dizer, mais uma vez: pelo princípio do paralelismo, o mesmo veículo
legislativo que institui o tributo é também aquele formalmente adequado para instituir um
benefício fiscal, como uma isenção.
A desoneração (“subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito
presumido, anistia ou remissão”) depende de lei (complementar ou ordinária) específica.
Atentem-se para isso. A instituição do tributo não se submete a uma “lei específica”. Mas a
instituição de benefícios fiscais deve vir
em lei específica.

MEDIDAS PROVISÓRIAS

As medidas provisórias têm força de lei ordinária (art. 62 da CF/88) e podem dispor sobre
todas as matérias sob reserva legal.
A medida provisória pode criar tributos, aumentar alíquotas, alargar bases de cálculo, enfim,
agir nos exatos contornos que a Constituição Federal reservados às leis ordinárias.
pesquisa
Assim como as leis ordinárias, não pode a medida provisória dispor sobre matérias que
exijam lei complementar (art. 62, § 1o, III, da CF/88).
As exceções dos artigos 153, I, II, IV e V, e 154, II são, respectivamente: Imposto de
Importação (II), Imposto de Exportação (IE), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), além do Imposto Extraordinário de Guerra
(IEG).

TRATADOS INTERNACIONAIS
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a
legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
A natureza jurídica da norma inserida por meio de tratado internacional é a de lei
ordinária, salvo a hipótese do § 3o, art. 5o, da CF/88, se esse tratado for aprovado
pelo mesmo trâmite dado às emendas constitucionais.

Critério da especialidade: Essa prevalência se baseia no princípio de que a norma mais


específica (o tratado) prevalece sobre a mais geral (a lei).
A legislação infraconstitucional deve ser interpretada sob o manto da CF/88 e com base
no que ela diz.
Para o STF, no que diz respeito aos tratados internacionais, salvo o art. 5o, § 3o, da CF/88,
todos os demais tratados são recepcionados, quando promulgado o decreto, como lei
ordinária. Nesse sentido, a lei ordinária pode ser revogada por outra lei ordinária. Já a lei
especial sobrevive com a promulgação de uma lei geral. Lei geral sobrevive à promulgação
de uma lei especial.

A NORMA COMPLEMENTAR
Observação: o decreto é o ato normativo que visa esclarecer o sentido da lei
promulgada pelo Chefe do Executivo ou, por meio de delegação, por algum Ministro.
Aqueles são normas infralegais e não podem sofrer controle de constitucionalidade,
porque não são normas de extração constitucional direta. Sendo, portanto, normas
de extração constitucional indireta,os convênios são travados com o fim de facilitar a
fiscalização tributária.

Atos administrativos: entram em vigor na data da sua publicação;

APLICAÇÃO
Se a lei interpretativa vier posteriormente à lei que estabelece o fato gerador, ela
retroagirá para alcançá-la, pois não está criando nenhuma outra obrigação além
daquela que já existe, mas apenas esclarecendo.
EXCLUÍDA APLICAÇÃO DE PENALIDADE

Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se
da maneira mais favorável ao acusado,

Principal
A lei aplicável ao fato gerador do imposto é aquela que estava em vigor na data em
que o fato ocorreu.
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência.
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e
aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não
esteja completa nos termos do artigo 116.

Assessoria

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure
obrigação principal.
Na alínea “a”, a infração está relacionada ao descumprimento de obrigação
acessória. Não pode ser de obrigação principal, uma vez que esta decorre, em regra,
de fato gerador de tributo. Portanto, a penalidade decorre de descumprimento de
obrigação acessória, não criou nenhuma obrigação principal, mas, tão somente,
impôs ao o contribuinte tem a obrigação de fazer ou não fazer determinadas condutas
que estão previstas em lei.

de 9 acertei 2

INTERPRETAÇÃO
Há uma ordem sucessiva a ser respeitada:
• Analogia (lei);
• Princípios gerais de Direito Tributário;
• Princípio gerais de Direito Público;
• Equidade.
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a
legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público;
IV - a equidade.
§ 1o O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto
em
lei.
§ 2o O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de
tributo
devido.
ANALOGIA
ela não pode ser aplicada para estender a exigência de tributo, art. 108 do CTN, é
modo preferencial
EQUIDADE
A equidade, em síntese, é a mitigação do rigor da lei. Por ela se faz um abrandamento
legal no intuito
de realizar a sua adequação ao caso concreto.
1. INTERPRETAÇÃO LITERAL – ART. 111 DO CTN Art. 111. Interpreta-se literalmente a
legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

nas hipóteses do art. 111, não há como se pretender atribuir à interpretação da


legislação tributária um caráter restritivo nem extensivo, mas conforme a vontade do
legislador e o que se possa extrair da lei.

2. A INTERPRETAÇÃO DO ART. 144, § 1o, DO CTN

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Assim, a legislação tributária, conceito legal extraído do art. 96 do CTN, pode criar
deveres
autônomos para pessoas jurídicas ou naturais em posições estratégicas para a
arrecadação e fiscalização dos
tributos.
EXEMPLO: IMOBILIÁRIA - LOCATÁRIO PADRÃO
Nesse sentido, não se confunde o dever de pagar tributo com o dever de contribuir
com a tributação; o dever fundamental de pagar tributos é insuficiente para explicar a
imposição de obrigações a não contribuintes.
Esse dever, repito, é autônomo em relação ao dever de pagar tributos e, por esse motivo, é
perfeitamente possível impor uma obrigação tributária acessória sem que exista uma
obrigação principal de pagar tributos. Do mesmo modo, as obrigações acessórias são
autônomas em relação às obrigações tributárias
principais. uma imobiliária pode ser obrigada a prestar informações relativas às rendas de
alugueis
que são repassadas aos donos de imóveis alugados, no interesse do Fisco federal para a
cobrança de imposto
sobre a renda, mesmo sem realizar o fato gerador do tributo.
Portanto, as obrigações acessórias podem ser instituídas por ato infralegal. depende de lei
formal.
1.1. Obrigação principal e obrigação acessória: resumo
ARTG.113 § 1o A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por
objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito
dela decorrente.
§ 2o A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações,
positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos
tributos.
• Obrigação tributária principal: decorre da lei (fato gerador e multa). É a obrigação de
pagar, seja o tributo ou a penalidade pecuniária.
• Obrigação tributária acessória: decorre da legislação. Trata-se de obrigações de fazer ou
não fazer. Conversível em obrigação principal (§ 3o, portanto, lei). Desse modo, a obrigação
acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal, uma
vez que esta é uma obrigação de pagar. Ademais, a obrigação acessória transforma-se em
obrigação de pagar (principal) por meio de autuação, do auto de infração que
Sujeitos da relação jurídico-tributária
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento.
Em face da delegação, não se admite no sistema tributário nacional a figura da
solidariedade ativa.
não existe solidariedade ativa.
2.1.2. Sujeito passivo CONTRIBUINTE E RESPONSÁVEL (INDIRETO)
CONTRATO DE LOCAÇÃO
Esse entendimento do STJ decorre exatamente do art. 123 do CTN. Não importa se existe
convenção
particular entre locador e locatário imputando o dever de pagar IPTU a este último. Essa
convenção pouco

159
importa para a Fazenda Pública. Quem tem legitimidade para impugnar o lançamento é o
locador que, nos
termos da lei, é o sujeito passivo do IPTU, pois é quem pratica o fato gerador.

Domicilio
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na
forma da legislação aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua
sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território
da entidade tributante.
§ 1o Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste
artigo,
considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da
situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

RENATO GRILO OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA • 8

§ 2o A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou


dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo
anterior.
na falta de eleição é que incidirão
as regras do art. 127 do CTN.

Art. 7o, § 2o, CTN: “A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da
pessoa
jurídica de direito público que a tenha conferido.”
Trata-se de interpretação legislativa ou autêntica, aquela que é estabelecida pelo Poder
Legislativo.
medida provisória= urgência > LC
ART. 62 CF

§ 2o Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os


previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II,(respectivamente: Imposto de Importação (II),
Exportação (IE), sobre Produtos Industrializados (IPI) e sobre Operações Financeiras (IOF),
além do Imposto Extraordinário de Guerra (IEG)) só produzirá efeitos no exercício financeiro
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções


internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte,
sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
lei delgada

A Lei Complementar tem duas funções no Direito Tributário: criar tributos e disciplinar, de
modo geral e
literalmente complementar, institutos gerais do Direito Tributário.

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:


I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39,
57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no
inciso I do § 3o do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos
artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos,
ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa
ou redução de penalidades.

Art. 98 do CTN: “os tratados e convenções internacionais revogam ou modificam a


legislação
tributária interna e são observados pela legislação que lhe sobrevenha.”
Os tratados e convenções internacionais não ‘revogam’ a legislação interna. [...] o que de
fato ocorre é que as normas contidas em tais atos, por serem especiais, prevalecem sobre
a legislação interna, afastando sua eficácia no que com esta forem conflitantes (critério da
especialidade para a solução de conflitos normativos).

Atenção
• Atos administrativos: entram em vigor na data da sua publicação;
• Decisões administrativas dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a
que a lei
atribua eficácia normativa: 30 dias após a sua publicação;
• Convênios
Se a lei interpretativa vier posteriormente à lei que estabelece o fato gerador, ela retroagirá
para
alcançá-la, pois não está criando nenhuma outra obrigação além daquela que já existe, mas
apenas
esclarecendo.
Em qualquer caso: tanto obrigação principal, quanto obrigação acessória. Nessa última
hipótese, será
excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados.

Art. 100. São normas complementares:


I - atos normativos (Portarias, instruções normativas, circulares;)
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa
III -jurisprudência
IV - os convênios
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de
penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de
cálculo do tributo.

Função típica da lei complementar: dar complemento ou completude ao Sistema Tributário


Nacional da Constituição, preenchendo os conceitos fundamentais da tributação, conferindo
segurança e uniformidade.
• Função atípica da lei complementar: criar tributos.

Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja
completa nos termos do artigo 116. , considera-se ocorrido o fato gerador
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente
constituída, nos termos de direito aplicável.

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: retroage mas não pode punir
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de
penalidade à infração dos dispositivos interpretados;

Art. 112 mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:


I - à capitulação legal do fato;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus
efeitos;
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
Art 150. cf é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
§ 6o Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito
presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal,

página 127
2.2. Acessória – art. 115 do CTN: fazer ou não fazer
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde
que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da
sua prática.
Portanto, a penalidade decorre de descumprimento de obrigação acessória.

-INTERPRETAÇÃO e INTEGRAÇÃO-
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a
legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público;
IV - a equidade.
§ 1o O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em
lei.
§ 2o O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo
devido.
Há uma ordem sucessiva a ser respeitada:
• Analogia (lei);
• Princípios gerais de Direito Tributário;
• Princípio gerais de Direito Público;
• Equidade.

• § 1o: determinação voltada às autoridades, que não poderão empregar analogia que
resulte em
exigência de tributo não previsto em lei. Trata-se, portanto, do princípio da taxatividade
tributária. Ou seja, para que o Estado invada a propriedade de particular, é necessário
haver
previsão legal.
• § 2o: por mais triste ou justo que a situação possa parecer, não é permitido dispensar o
pagamento do tributo por analogia, já que resultará em renúncia de receita. Se é necessário
lei
para cobrar tributo, assim também o é para renunciar receita.
Portanto, o CTN traz quatro métodos de integração: a analogia, os princípios gerais de
direito
tributário, os princípios gerais de Direito Público e a equidade.
São exemplos de princípios gerais do Direito Público: o princípio da ampla defesa e do
contraditório, o princípio da moralidade administrativa, o princípio da presunção de
inocência, etc.
• São exemplos de máximas oriundas de Princípios Gerais do Direito Público: “a
Constituição,
quando quer os fins, concede igualmente os meios adequados” (teoria dos poderes
implícitos); “quem pode o mais, geralmente, pode o menos”; “o todo explica as partes”; “as
exceções são restritas”; e, ainda, alguns princípios utilizados: princípio da ampla defesa e
do
contraditório;

Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do
conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos
respectivos efeitos tributários.
jurídicas. Assim, toda vez que for necessário um conceito, por exemplo, para definir o que é
doação,
será preciso se valer do diploma civil. Porém, as consequências jurídicas e os efeitos
tributários são de
competência do CTN.
Em síntese, “cada um age no seu quadrado”. É por isso que o art. 110 afirma que a lei
tributária não
pode invadir o “quadrado” da legislação civil,

Interpretação literal
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

A INTERPRETAÇÃO DO ART. 144, § 1o, DO CTN

Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e


rege-
se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

§ 1o Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador


da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização,
ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao
crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de
tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se
considera ocorrido.
Se uma lei posterior vier e “tapar” esses buracos, identificando os contribuintes
faltosos que, lá atrás,
deveriam ter pago o tributo, mas não o fizeram, haverá a possibilidade de retroação
normativa.
-Obrigação Jurídica-

Desse modo, se duas pessoas se encontram em uma calçada, uma querendo alugar um
apartamento e a outra oferecendo um imóvel para alugar, o Fisco contará com o altruísmo e
dever cívico para que se cumpra o dever de pagar o imposto sobre a renda; contudo, se
uma empresa, pessoa jurídica, coloca-se como intermediária (imobiliária), o Fisco poderá
lhe impor um dever de contribuir com o repasse das informações de todas as rendas que
são pagas.
Nesse sentido, não se confunde o dever de pagar tributo com o dever de contribuir com a
tributação; o dever fundamental de pagar tributos é insuficiente para explicar a imposição
de obrigações aos não contribuintes.
Alguém pode pagar um tributo sem que tenha infringindo qualquer norma tributária
— e, portanto,
não tenha que pagar concomitantemente uma multa tributária. Também pode ocorrer
o inverso: o sujeito
passivo pode descumprir uma norma tributária e obrigar-se ao pagamento da
respectiva multa
(consequência ou sancionamento da conduta ilícita), sem que seja necessariamente
contribuinte ou
responsável pelo pagamento de um tributo. Importante lembrar que o tributo não é o
sancionamento de
uma conduta, é a multa tributária que cumpre tal função.

“A obrigação acessória, pelo simples fato da sua


inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária ``.
(art. 113, § 3o).

Desse modo, é importante se atentar para não confundir. A obrigação tributária acessória
pode ser estabelecida por ato infralegal, mas a sua conversão em obrigação principal de
pagar multa tributária depende de lei formal.

Obrigação principal e obrigação acessória: resumo

• Obrigação tributária principal: decorre da lei (fato gerador e multa). É a obrigação de


pagar, seja
o tributo ou a penalidade pecuniária.
• Obrigação tributária acessória: decorre da legislação. Trata-se de obrigações de fazer
ou não fazer. Conversível em obrigação principal (§ 3o, portanto, lei). Desse modo, a
obrigação acessória,pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação
principal, uma vez que esta é uma obrigação de pagar. Ademais, a obrigação acessória
transforma-se em obrigação de pagar (principal) por meio de autuação, do auto de infração
que é o documento do qual se vale o Poder Público para autuar o contribuinte que deixou
de fazer o que deveria ou fez o que era vedado.
O fato de um ente ser imune ou beneficiário de isenção não o desonera de cumprir
obrigação acessória. Mesmo nos casos de anistia, isenção, imunidade ou não incidência,
em que não há obrigação tributária principal, há obrigações tributárias acessórias.
2. FATO GERADOR E HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
Hipótese de incidência é a abstração legal de um fato. É a situação descrita na lei (previsão
abstrata).
Concretiza-se a hipótese de incidência com a ocorrência do fato gerador.

SujeitoPassivo
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de
disposição expressa de lei.

Conforme prevê o art. 122 do CTN : “Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa
obrigada às
prestações que constituam o seu objeto.” É a pessoa obrigada a prestações positivas ou
negativas que sejam
objeto dessa obrigação tributária acessória.

• Contribuinte: art. 121, parágrafo único, inciso I, do CTN. É o sujeito passivo direto, que
detém
relação direta com o fato gerador. É o contribuinte que efetivamente pratica o fato gerador.
• Responsável tributário: art. 121, parágrafo único, inciso II c/c art. 128, do CTN. É o sujeito
passivo
indireto. O responsável tributário não pratica o fato gerador.

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este
em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

SOLIDARIEDADE
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador
da
obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de
ordem.

Inciso I: exemplo – copropriedade


Todos possuem interesse comum na obrigação tributária, podendo ser demandados pela
Fazenda
Pública. Somente existe no Direito Tributário a solidariedade passiva, não há a
solidariedade ativa. Exemplo
clássico: imóvel com 4 proprietários (condomínio).
Efeitos da solidariedade

Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada
pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo
saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou
prejudica aos demais.

DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO

Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na


forma da legislação aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua
sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território
da entidade tributante.

• Inciso I: lembrar da diferença estabelecida pelo Código Civil entre residência (local onde a
pessoa habita) e domicílio.
• Inciso II: o primeiro domicílio tributário da pessoa jurídica é o local de sua sede. No
entanto, para os atos praticados nas filiais, estas serão consideradas como domicílio
tributário. Esse fator traz certa garantia à Fazenda Pública, uma vez que é mais fácil
fiscalizar o local onde ocorreu o fato gerador.
• § 1o : regra residual. Se a pessoa física não elegeu o seu domicílio fiscal e este é
totalmente desconhecido, a exemplo daquele indivíduo que trabalha no circo, o domicílio
tributário será o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram
origem à obrigação tributária.
• § 2o : se o domicílio eleito pelo contribuinte dificultar a arrecadação, a exemplo do
indivíduo que reside em São Paulo, possui imóvel em Alagoas, mas que define o local da
sua residência, a regra adotada para definir o domicílio tributário será o lugar da situação
dos bens.

RESPONSABILIDADE
Art. 128. A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito
tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação,
excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter
supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

A responsabilidade tributária deve ter origem legal. Desse modo, a responsabilidade travada
entre particulares não tem nenhum efeito para a administração tributária. Ex.: a pactuação
no contrato de que o locatário é que deverá pagar o IPTU, ao invés do locador, não torna o
locatário responsável tributário, uma vez que essa situação não decorre da lei, mas de
acerto contratual. Poderá excluir a responsabilidade do contribuinte ou atribuir-lhe em
caráter supletivo.

TIPOLOGIA DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

• Substituição tributária: antes da ocorrência do fato gerador.


• Transferência tributária: após a ocorrência do fato gerador. Ex.: na aquisição de um
imóvel que possua débitos antigos tributários, o adquirente terá, para si, transferida a
responsabilidade tributária.

Substituição tributária
A substituição passiva pode ser “para frente” (ou progressiva) ou “para trás” (ou
regressiva), conforme seja a posição do substituído:

Progressiva

A lei impõe ao substituto a responsabilidade pelo recolhimento de obrigações


oriundas de fatos geradores futuros, que ainda não aconteceram, mas que,
presumivelmente, acontecerão. Ex.: produtor industrial.

Regressiva
Fato gerador já ocorreu
Percebe-se que, nesse caso, o criador das vacas está atrás da cadeia, ou na parte de
trás da cadeia, por isso é chamada de substituição para trás ou regressiva.

A substituição tributária progressiva ou para frente tem previsão expressa na CF/88;


a substituição regressiva ou para trás não tem previsão expressa na Constituição,
mas é instituída pela lei.

Responsabilidade do adquirente de imovel


Se tenho certidão negativa não devo nada, outra forma de o adquirente não ser o
responsável é quando adquirir o imóvel em hasta pública, porque no preço que
pagou já estão embutidos os valores que serão repassados à Fazenda Pública.

o art. 130 do CTN estabelece duas exceções: a


prova da quitação dos tributos ou a aquisição do imóvel em hasta pública.

O ITCMD deve ser recolhido previamente à partilha. Desse modo, todos os


sucessores serão
responsáveis, na medida do seu quinhão.

Súmula n.o 360 do STJ: “O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos
tributos sujeitos a
lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.”

Lançamento por homologação: o contribuinte faz praticamente todo o processo de


constituição do
crédito tributário (declara que praticou o fato gerador, informa a base de cálculo,
incide a alíquota na base
de cálculo, verifica o saldo devedor e recolhe o tributo), exceto homologar o
lançamento. Quem homologa é
a autoridade administrativa/fiscal ou o tempo.
Um dos requisitos da denúncia espontânea é o pagamento do tributo devido e dos
juros de mora, ou
o depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa.

§ 2o O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por cento.


As multas de ofício são aplicadas pela própria autoridade, por meio de auto de
infração quando
verifique que o contribuinte deixou de pagar tributo mediante omissão ou fraude.
Esse percentual dobra para 150% nos casos de fraude, sonegação ou conluio

Art. 71. Sonegação é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar,
total ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade fazendária:
I - da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, sua natureza ou
circunstâncias materiais;
II - das condições pessoais do contribuinte, suscetíveis de afetar a obrigação
tributária principal ou o crédito tributário correspondente.
Art. 72. Fraude é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou
parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, ou a
excluir ou modificar as suas características essenciais, de modo a reduzir o montante
do imposto devido a evitar ou diferir o seu pagamento.
Art. 73. Conluio é o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas,
visando
qualquer dos efeitos referidos nos arts. 71 e 72.
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO- 187

O crédito tributário é constituído a partir do lançamento — ato estatal que declara a


obrigação tributária.

O art. 142 do Código Tributário Nacional conceitua o lançamento como o


procedimento administrativo, de competência privativa da autoridade administrativa,

Ou seja, entre a obrigação e o crédito há um lançamento tributário.

Esse lançamento sempre conta com a possibilidade ou efetiva participação do sujeito


passivo.
Podemos destacar cinco espécies de lançamento tributário:
• direto ou de ofício;
• por declaração;
• por homologação.
Portanto:
• Lançamento é ato privativo da autoridade tributária;
• Natureza jurídica do lançamento: procedimento administrativo/ato administrativo.
Parte da jurisprudência e doutrina entendem ser ato administrativo;

não lhe resta outra opção senão lançar o tributo, sob pena de responsabilidade
funcional e até crime de
prevaricação

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
A legislação aplicável é a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador: “Art. 144:
o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se
pela lei então vigente, mesmo revogue ela depois

Ultratividade da lei tributária: uma vez ocorrido o fato gerador, é a lei que está
vigendo, quando de sua ocorrência, que será utilizada para o cálculo da obrigação
tributária de pagar o tributo. Se essa lei é posteriormente revogada ou modificada,
não importará para fins de lançamento do tributo.
Vigora a máxima do tempus regit actum, a lei que valerá para o procedimento
administrativo de lançamento é a que estiver vigente o momento do lançamento, mas
o que vai pautar a constituição do crédito tributário é a lei à época do fato gerador
que definia a obrigação tributária, que estabelecia o sujeito passivo, a base de
cálculo, a alíquota e o fato gerador da obrigação tributária

REVISÃO LANÇAMENTO
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser
alterado em
virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo
149. (grifo nosso)

Dessa forma, enquanto não notificado o sujeito passivo do lançamento, a Fazenda


Pública pode, a todo tempo, rever o ato de lançamento, com base no princípio da
autotutela administrativa.

Se a Fazenda Pública perceber que seu ato de lançar está errado, corrigirá de ofício o
equívoco antes de notificar o contribuinte.

O contribuinte ou responsável tributário que identificar o erro poderá impugnar


administrativamente, o que possibilitará à Fazenda rever o ato antes do lançamento.

Se a hipótese for de erro jurídico (art. 146 do CTN) não caberá a revisão do
lançamento, mas se o erro for de fato, a revisão somente ocorrerá mediante
comprovação de que aquele fato era desconhecido pela Administração ou a
impossibilidade de sua comprovação à época de constituição do crédito tributário.

MODALIDADES DE LANÇAMENTO

Nos casos do lançamento de ofício e por declaração, o contribuinte tem a via de


participação aberta após o “lançamento provisório”, mediante o prazo de trinta dias para a
impugnação do lançamento. Especificamente no caso do lançamento mediante declaração
do contribuinte, este participa também previamente, fornecendo subsídios de fato para que
o Fisco aplique o direito e constitua provisoriamente o crédito, abrindo-lhe prazo para que
impugne ou pague.

Já no caso do lançamento por homologação ou auto lançamento, o contribuinte


participa integralmente da constituição do crédito tributário, apurando fatos e
aplicando o direito. Aqui não há constituição/lançamento provisório e definitivo, mas
o próprio contribuinte confessa, mediante declaração sua, a matéria tributável,
antecipando o pagamento que se sujeita à homologação

Por participar integralmente da subsunção dos fatos que ele mesmo oferece à
tributação, o contribuinte não é instado a impugnar o procedimento que ele levou a
efeito, inexistindo fase contenciosa ou processo administrativo tributário no
lançamento por homologação.

Lançamento direito ou de ofício


Compete ao Fisco constituir provisoriamente o crédito tributário mediante apuração
dos fatos e aplicação do direito, em procedimento oficioso, mediante movimentação
promovida exclusivamente pela administração tributária. Ocorrido o lançamento, que
é provisório, haverá a possibilidade de participação em contraditório do contribuinte,
que é intimado para pagar ou defender-se. Neste caso, inaugura-se o processo
administrativo tributário (fase contenciosa do lançamento).
Nessa instância, o contribuinte poderá opor suas razões de inconformidade e o
lançamento provisório será posto em aferição de sua legalidade. Ao final da fase
contenciosa, sendo improcedentes as razões do contribuinte, haverá a constituição
definitiva do crédito tributário e o lançamento será considerado como definitivo. Novo
prazo de trinta dias será aberto, desta vez apenas para pagamento.
Ex:IPTU, IPVA, taxas, ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) ,Contribuições
de melhoria Impostos sobre grandes fortunas (em alguns municípios)
Alguns tributos específicos de determinados setores (ex: ICMS sobre combustíveis,
em alguns estados

Lançamento por declaração

Com relação ao sujeito passivo (contribuinte), há uma antecipação de sua


participação na constituição provisória do crédito, pois compete-lhe oferecer os fatos
à administração tributária; esta aplicará o direito, lançando provisoriamente o tributo.
Também haverá a abertura para pagamento e impugnação ao lançamento provisório
e, consequentemente, a possibilidade de inauguração da fase contenciosa,
exatamente como ocorre com relação ao lançamento de ofício. Assim, o lançamento
por declaração é, na verdade, um lançamento de ofício com base em declaração do
sujeito passivo, sendo-lhe aplicáveis todas as regras próprias ao lançamento direto
(fatos trazidos pelo contribuinte; direito aplicado pelo Fisco, com abertura de prazo
para o contribuinte impugnar).
Ex:IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física), IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica),
CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) , PIS/PASEP,Cofins, ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), para contribuintes do regime normal
ISS (Imposto Sobre Serviços), para alguns contribuintes, IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), Impostos sobre importação e exportação.

Lançamento por homologação


A doutrina critica bastante a sistemática do lançamento por homologação, por
atribuir integralmente ao contribuinte a aplicação do direito aos fatos que ele mesmo
oferece à tributação (“fatos + direito” — apuração integral pelo contribuinte, com
prazo aberto ao Fisco para a homologação desse procedimento). Aqui o próprio
contribuinte apura os fatos e aplica-lhes a consequência jurídica tributária,
antecipando o pagamento do tributo. Assim, não há — como nas espécies anteriores
— constituição provisória, mas sim a confissão e constituição definitiva quanto ao
que auto lançado pelo contribuinte.
O procedimento de antecipação de pagamento desse auto lançamento sujeita-se ao
prazo de homologação de cinco anos, a contar da data do fato gerador (art. 150, § 4o,
do CTN). Não há fase contenciosa no lançamento por homologação, pois é
inconcebível que o contribuinte fosse intimado para se contrapor a um procedimento
seu. Nesse sentido, como o procedimento de declaração/confissão adotado pelo
contribuinte é suficiente à constituição definitiva do crédito tributário, não há que se
falar em decadência do direito de lançar o tributo: o crédito contido na declaração já
nasce definitivamente constituído e, portanto, havendo a declaração de
autolançamento sem a correspondente antecipação de pagamento, já se considera
exigível o crédito e o lustro prescricional inicia o seu curso.

REVISÃO

a) Lançamento de ofício
O contribuinte não faz nada – art. 149, do CTN. Ex.: IPTU.
Em alguns momentos há a participação total ou quase nenhuma da autoridade
administrativa. Todas as informações necessárias encontram-se registradas em
banco de dados, portanto, uma vez que a autoridade administrativa não precisa da
participação do contribuinte em absolutamente nada, ao resgatar as informações,
realizará o lançamento.
b) Lançamento por declaração
O contribuinte presta uma declaração – art. 147, do CTN. Ex.: ITCMD.

Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de


terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade
administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
§ 1o A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a
reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se
funde, e antes de notificado o lançamento.
§ 2o Os erros contidos na declaração e apurável pelo seu exame serão retificados de
ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.

O contribuinte precisa prestar uma declaração à Fazenda Pública para que ela possa
lançar o tributo.
A participação é do contribuinte e da Fazenda Pública.

c)Lançamento por homologação (“autolançamento”)

O contribuinte faz as declarações, calcula o quantum de tributo e, em seguida,


recolhe-o. Após, a Administração confere se está tudo certo, homologando expressa
ou tacitamente o lançamento, O contribuinte não lança nada, simplesmente se
antecipa no trabalho que a autoridade administrativa ainda terá que verificar.

O contribuinte realiza quase todos os atos, exceto o de homologação. Ele fará as


declarações devidas para que a autoridade administrativa possa, posteriormente,
lançar o tributo. Após as declarações, fará o cálculo do tributo devido e a recolher
(pagar).
Feita a declaração, três situações podem ocorrer:
• Ser lançado eventual tributo;
• Ser homologado o lançamento;
• Decurso de tempo alcançar o lançamento.

Lançamento é ato privativo da autoridade administrativa. Assim, quem lança o tributo


é a Administração, participando mais ou menos a depender da modalidade de
lançamento. Ainda que, pelo decurso do tempo, venha a homologação (que possui
previsão legal), o ato se aperfeiçoará.
Prazo de homologação: art. 150, § 4o, do CTN – 5 anos do fato gerador!

O CTN é uma lei de normas gerais; o ente federativo que, por exemplo, instituir o
ICMS pode prever outro prazo para a homologação.
Súmula n.o 436 do STJ: “A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o
débito fiscal, constitui o crédito tributário, ficando dispensada qualquer outra
providencia por parte do fisco.”

Ex.: cidadão declara o imposto de renda, mas não recolhe confiando no prazo de 5
anos para a homologação. Ocorre que o crédito tributário é constituído com a própria
declaração feita pelo constituinte, dispensando-se qualquer outra providência por
parte do Fisco. Não se fala mais em prazo decadencial, mas
sim em prazo prescricional.

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

NATUREZA JURÍDICA: AS TEORIAS MONISTA E DUALISTA

• Teoria monista: o crédito tributário nasce ao mesmo tempo que a obrigação. Essa
teoria é a aplicada no Direito Civil, no momento em que se constitui a obrigação,
nasce o direito de crédito.
• Teoria dualista: a obrigação tributária nasce em um momento anterior ao
nascimento do crédito tributário. O crédito tributário nasce depois do fato gerador,
com o lançamento tributário. Teoria adotada pelo CTN!

O art. 140 do CTN prevê:

Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus
efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua
exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.

Esse artigo confirma a teoria dualista.


Estabelecido o vínculo jurídico entre o sujeito passivo e o sujeito político, constituído
estará o crédito tributário.
Após a constituição do crédito tributário se, porventura, sobrevier norma que o
isente, não alcançará a obrigação tributária. O crédito tributário não nasce com a
obrigação tributária. Essa é uma etapa que precisa se verificar para que,
posteriormente, constitui-se o crédito tributário. O CTN estabelece uma autonomia do
crédito tributário em relação à respectiva obrigação tributária: uma é a obrigação
tributária e outra é o crédito tributário.

CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA E PROVISÓRIA

Na literalidade da lei, percebemos que o lançamento se reporta à ocorrência do fato


gerador (subsumido à hipótese de incidência), da “obrigação [tributária]
correspondente”, mas com o objetivo de constituir o crédito tributário — que é
justamente o título do capítulo da lei que abrange as normas sobre o lançamento
(“Constituição de Crédito Tributário”).

Ocorre que sempre que o lançamento tributário é levado a efeito pelo Fisco, ou seja, nas
hipóteses de lançamento por declaração ou de ofício, é necessário notificar o contribuinte a
respectiva homologação do crédito tributário. Isso se chama lançamento provisório ou
constituição provisória do crédito tributário.

Possibilidade de defesa do contribuinte: inauguração do processo


administrativo (a fase contenciosa do lançamento tributário)

Exceto na sistemática do lançamento por homologação,. Assim, da notificação do


lançamento efetuado pela autoridade tributária, caberá impugnação no prazo de trinta dias

Se o contribuinte impugnar o débito na via administrativa, inaugurando a fase contenciosa


do lançamento, a constituição definitiva do crédito tributário ocorrerá com a última decisão
administrativa, da qual não caiba mais recurso. Veja que a notificação, por si só, conquanto
designe documentalmente a constituição do crédito tributário, não tem o condão de indicar
que ele estará definitivamente constituído

A participação do contribuinte na constituição definitiva do crédito


tributário

A impugnação administrativa suspende a exigibilidade do crédito tributário até que se


esgote essa instância e o crédito seja extinto (total ou parcialmente), pelo deferimento da
impugnação do contribuinte; ou definitivamente constituído.

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: [...]


III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo
tributário
administrativo.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: [...]
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória.
Constituição definitiva do crédito tributário. Notificação para pagamento

Nesse caso, o contribuinte terá trinta dias para efetuar o pagamento. Importante ressaltar
que o término da fase contenciosa do lançamento faz com que o crédito tributário esteja
definitivamente constituído e não mais haverá causa suspensiva do crédito tributário (a
suspensão ocorre enquanto pendentes as impugnações e os recursos administrativos do
contribuinte — artigo 151, III, do CTN).Assim, começa a correr a prescrição tributária para
os tributos lançados de ofício ou por declaração.

Súmula n.o 622 do STJ: “A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da
decadência para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com
o decurso do prazo para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento definitivo e
esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento voluntário, inicia-se o
prazo prescricional para a cobrança judicial.”

Na sistemática específica do lançamento por homologação, o prazo prescricional correrá a


partir da apresentação da declaração (na esfera federal, geralmente da declaração de
créditos tributários federais) ou do vencimento do crédito declarado, o que ocorrer por
último.
Súmula n. 436 do STJ: “A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito
fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do
fisco.”o rito dos recursos repetitivos, em se tratando de tributo sujeito a lançamento por
homologação, o termo inicial da prescrição ocorre no dia seguinte ao vencimento da
obrigação tributária ou no dia posterior à data em que declarado e não pago o tributo, o que
for posterior.

SUSPENSÃO

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial;
VI – o parcelamento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações
assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela
consequentes.
Súmula Vinculante n.o 21 afirma que : “É inconstitucional a exigência de depósito ou
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.”
A Súmula 112 do Superior Tribunal de Justiça dispõe que : O depósito somente suspende a
exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro.

A concessão de medida liminar em mandado de segurança ocorre quando o juiz não deferiu
a liminar, em que pese a discussão judicial do crédito em voga, a exigibilidade não estará
suspensa. Assim, o que suspende a exigibilidade é o deferimento da liminar, seja em
mandado de segurança, seja em ação ordinária.
a Súmula Vinculante n. 28 afirma: “É inconstitucional a exigência de depósito prévio
como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a
exigibilidade de crédito tributário”. Portanto, o juiz não pode exigir depósito para conceder
medida liminar ou tutela antecipada.
Caso o juiz não defira, o contribuinte poderá efetuar o depósito. Nesse caso,
independentemente da decisão judicial, a exigibilidade do crédito tributário estará suspensa.

O fato do crédito tributário estar suspenso não justifica o descumprimento das


obrigações tributárias acessórias.
Assim, se a exigibilidade do crédito estiver suspensa, o contribuinte tem direito à expedição
da certidão positiva de débito com efeitos negativos.

Moratória
Pode ser concedida em caráter geral (art. 152, I, do CTN) e individual (art. 152, II, do CTN).
art.152 b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência
federal e às obrigações de direito privado;
Paira sobre a alínea “b” a ideia de não recepção, de revogação. Parte da doutrina entende
que esse dispositivo não foi recepcionado pela CF/88 porque a União não pode conceder,
isso se equipara a uma espécie de isenção heterônoma, o que é vedado pela Constituição.

por outro lado ordinariamente a União pode conceder moratória de tributos que não estão
dentro da sua esfera de competência, porém, diante de alguns eventos, como calamidade
ou outra necessidade urgente de interesse público, pode justificar sim que a União conceda
a moratória, contanto cumpra o previsto na alínea “b” do art. 152, do CTN.

Moratória restritiva – art. 152,


Em razão de calamidade poderá respeitar a isonomia material e conceder uma moratória,
isto é, uma extensão de prazo ou data de modificação da data de pagamento do tributo.
A moratória só alcança o crédito tributário constituído. Desse modo, a dilação de
prazo para pagamento só é aplicada aos créditos definitivamente constituídos.

Parcelamento
A lei explica como se dará o parcelamento, em quantas parcelas e quais as condições que
devem ser cumpridas pelo contribuinte. As condições para a concessão de parcelamento
tributário devem estrita observância ao princípio da legalidade e não há autorização para
que atos infralegais tratem de condições não previstas na lei

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