E-Book Complementar - Direito Tributario

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 277

ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

Direito Tributário
Prof.ª Ma. Ainna Vilares Ramos

I9educacao.com
Prof.ª M.ª Ainna Vilares Ramos

✓ Mestre em Direito Político e Econômico – Mackenzie


✓ MBA em Gestão Tributária - USP
✓ Especialista em Direito Tributário - PUCSP
✓ Professora de Direito Tributário e Direito Constitucional
✓ Graduanda em Ciências Contábeis
✓ Escritora Jurídica
Instagram: @advrainna
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ainna-vilares-ramos-
2b05341b3/

I9educacao.com
Direito Tributário: Noções Introdutórias

o O Direito Tributário é responsável por regular, através de um conjunto


normativo, o direcionamento de parte das receitas derivadas (aquelas
provenientes da economia privada) aos cofres públicos.

o O Direito Tributário possui natureza jurídica de ramo do Direito Financeiro


e se caracteriza dentro do Direito Público, de forma que o Estado sempre
ocupara um dos polos (polo passivo e polo ativo) da relação jurídica.

I9educacao.com
Administração Tributária

o Constituição da República Federativa do Brasil de 1988


o Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar

I9educacao.com
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

→ É da CRFB/88 que advém o próprio fundamento normativo do tributo e da


sua possibilidade de arrecadação.

•“Art.24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar


concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário [...]”

I9educacao.com
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar

o A Constituição, dentre outras funções na esfera tributária, é responsável por


definir os limites da tributação por meio das limitações constitucionais ao
poder de tributar. As limitações são encontradas nos princípios e nas
imunidades constitucionais.

o O “poder” de tributação não se relaciona com o poder-força, trata-se de


poder político. O poder que o Estado tem de proceder com a arrecadação
advém da sua soberania.

I9educacao.com
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: [...]

Art. 151. É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo
o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; [...]

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios


estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza,
em razão de sua procedência ou destino [...]”

I9educacao.com
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar

o As Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar tem como objetivo


principal refrear o exercício arbitrário do poder político, impedindo que haja
um excesso de tributação ou uma tributação desequilibrada.

o As limitações, no bojo dos princípios e das imunidades, servem como


ferramenta de garantir uma atuação justa e equilibrada, sem que sejam
causados danos ao contribuinte e à sua propriedade.

I9educacao.com
Administração Tributária

→ Princípios Tributários

• Legalidade Tributária
• Anterioridade Tributária
• Isonomia Tributária
• Irretroatividade Tributária
• Vedação ao Confisco

I9educacao.com
Legalidade Tributária

• O Princípio da Legalidade Tributária é um dos mais relevantes


princípios do ordenamento tributário, observando que a sua
premissa inicial parte da necessidade de legislação estabeleça
a possibilidade de cobrança para que a arrecadação seja
possível.

I9educacao.com
Legalidade Tributária
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou
aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

→ As normas tributárias são reguladas por meio de Leis Ordinárias, podendo,


em situações excepcionais, serem objeto de Leis Complementares no que a
Constituição determinar (empréstimos compulsórios, contribuições
previdenciárias e o IGF).

I9educacao.com
Legalidade Tributária

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:


I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos
artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado
o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;

I9educacao.com
Legalidade Tributária
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus
dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários,
ou de dispensa ou redução de penalidades [...]

É NECESSÁRIO QUE A LEI DEFINA TODOS OS CONTORNOS RELEVANTES A


EXISTÊNCIA DO TRIBUTO PARA QUE SEJA POSSÍVEL INDENDIFICAR O
QUANTO, O QUANDO, O DE QUEM E O PARA QUEM.

I9educacao.com
Anterioridade Tributária

O Princípio da Anterioridade Parte da Premissa de que não é possível a


cobrança de determinado tributo antes do transcurso de um prazo mínimo.

A Constituição da República define a existência de dois tipos de


anterioridade: anterioridade anual ou comum e a anterioridade nonagesimal
ou privilegiada.

I9educacao.com
Anterioridade Tributária
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

I9educacao.com
Isonomia Tributária
O Princípio da Isonomia Tributária parte da premissa de que não é possível
realizar distinção entre os contribuintes em situação equivalente,
determinando que sempre que possível o tratamento tributário conforme a
capacidade econômica do contribuinte.

“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em


situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos”

• Pecunia non olet

I9educacao.com
Irretroatividade Tributária
O Princípio da Irretroatividade Tributária parte da premissa de que a Lei não
poderá retroagir de modo a atingir eventos tributários ocorridos em momento
anterior à sua vigência.

“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar
tributos:
em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado” (CRFB/88)

• Garantia de Segurança Jurídica


I9educacao.com
Exceção à Irretroatividade Tributária
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito;
I. Em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II. Tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) Quando deixe de defini-lo como infração;
b) Quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação
ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha
implicado em falta de pagamento de tributo;
c) Quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei
vigente ao tempo da sua prática”(CTN/1966).

I9educacao.com
Vedação ao Confisco
→ O Princípio da Vedação ao Confisco parte da premissa que o
recolhimento dos tributos não poderá ter finalidade confiscatória,
impedindo uma injusta apropriação do patrimônio particular.

• O Tributo confiscatório é percebido na forma do recolhimento que


excede a capacidade contributiva do cidadão-contribuinte com base em
arbitrariedades que retiram a totalidade ou grande parte da propriedade
sem nenhum tipo de retribuição econômica pelo ato.

I9educacao.com
Vedação ao Confisco
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;”(CRFB/1988)

• CARGA TRIBUTÁRIA X CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

I9educacao.com
Administração Tributária
• Sistema Tributário Nacional
• Conceito de Tributo
• Espécies de Tributo
• Competência Tributária

I9educacao.com
O que é Tributo?
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
(CTN/1966)

• Prestação pecuniária
• Prestação compulsória
• Prestação diversa da sanção
• Instituído por meio de Lei
• Cobrada mediante atividade administrativa

I9educacao.com
Espécies Tributárias
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
estabelece a existência de 03 espécies tributárias (teoria
tripartide)

“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras
públicas”(CRFB/988)

I9educacao.com
Sistema Tributário Nacional: Espécies Tributárias

Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria (CTN/1966)

A doutrina majoritária e o STF entendem pela existência de 05 espécies


tributárias (teoria quinquipartide)

I9educacao.com
Sistema Tributário Nacional: Espécies Tributárias
• Impostos: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.
• Taxas: Taxa é o tributo que está vinculado diretamente a uma atividade
prestada pelo Estado.
• Contribuições de Melhoria: A Contribuição de Melhoria é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária.
• Contribuições: é um tributo cujo resultado da arrecadação é destinado ao
financiamento da seguridade social e da intervenção no domínio econômico.
• Empréstimos Compulsórios: Os Empréstimos Compulsórios são tributos
restituíveis, cobrados pelo ente estatal para atender a despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública ou situação de guerra.

I9educacao.com
Sistema Tributário Nacional: Competência Tributária

A definição da Competência Tributária é uma função atribuída ao Texto


Constitucional, sendo ele o responsável por trazer a definição de qual o órgão
competente para versar acerca de cada tributos.

A competência tributária é o poder de tributar, a aptidão para criar tributos, e é


repartido entre os entes estatais (União, Estados, Municípios e o Distrito
Federal).

I9educacao.com
Sistema Tributário Nacional: Competência Tributária

“Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a


competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na
Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do
Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. [...]

Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de


arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de
direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da
Constituição”(CTN/1966)

I9educacao.com
Administração Tributária

• Fiscalização
• Dívida Ativa
• Certidões Negativas

I9educacao.com
Fiscalização
O processo de fiscalização é materializado na verificação ao cumprimento das
obrigações tributárias principais (aquelas que tem como objeto o pagamento
do tributo) e as acessórias (aquelas que tem como finalidade a prestação de
informações relativas as tributos e de interesse aos sistemas de fiscalização).
São passiveis de fiscalização todas as pessoas físicas ou jurídicas, contribuintes
ou não, inclusive as beneficiadas por imunidades tributárias ou isenções
pessoais.
“Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer
disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar
mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou
fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de
exibi-los”(CTN/1966)

I9educacao.com
Fiscalização
A fiscalização deverá se ater aos limites dos interesses da Administração, sem
extrapolar a sua competência administrativa.
• (STF) Súmula n. 70: É inadmissível a interdição de estabelecimento como
meio coercitivo para cobrança de tributo.
• (STF) Súmula n. 323: É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio
coercitivo para pagamento de tributos.*
• (STF) Súmula n. 547: Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte em
débito adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça
suas atividades profissionais.
• (STF) Súmula n. 439: Estão sujeitos à fiscalização tributária ou
previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos
objeto da investigação.

I9educacao.com
Dívida Ativa
A Dívida Ativa é o crédito público. Todos os valores que a Fazenda Pública
tem para receber de terceiros, independentemente da natureza
tributária ou não tributária do crédito.

DA = CT + INSCRIÇÃO → CDA

I9educacao.com
Dívida Ativa
•“Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como
tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, com
as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro
para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
•§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da
legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e
certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de
direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta
ocorrer antes de findo aquele prazo.” (LEF/1980)

I9educacao.com
Dívida Ativa
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de
crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição
administrativa competente, depois de esgotado o prazo
fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final
proferida em processo regular.

Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui,


para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.

I9educacao.com
Dívida Ativa
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela
autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem
como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de
outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora
acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a
disposição da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se
originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo,
a indicação do livro e da folha da inscrição (CTN/1966).
I9educacao.com
Certidões Negativas
A CND – Certidão Negativa de Débitos é o documento comprobatório de que,
em determinado período temporal, inexistem débitos em face à
Administração Tributária.

“Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo,
quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de
requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias
à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade
e indique o período a que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos
em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data
da entrada do requerimento na repartição”(CTN/1966)

I9educacao.com
Certidões Negativas
→ A Lei somente poderá determinar a apresentação da CND quando for
exigível aprova da quitação. O CTN é responsável por elencar as situações
possíveis.

“Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que
conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva
em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja
suspensa”(CTN/1966)

•Certidão Positiva com efeito de Negativa/Certidão de Regularidade Fiscal

I9educacao.com
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Direito Tributário
Prof.ª Ma. Ainna Vilares Ramos

I9educacao.com
Prof.ª M.ª Ainna Vilares Ramos

✓ Mestre em Direito Político e Econômico – Mackenzie


✓ MBA em Gestão Tributária - USP
✓ Especialista em Direito Tributário - PUCSP
✓ Professora de Direito Tributário e Direito Constitucional
✓ Graduanda em Ciências Contábeis
✓ Escritora Jurídica
Instagram: @advrainna
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ainna-vilares-ramos-
2b05341b3/

I9educacao.com
Espécies Tributárias
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 estabelece a existência de 03 espécies
tributárias (teoria tripartide)

“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas”(CRFB/988)

“Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria”(CTN/1966)


X

A doutrina majoritária entende pela existência de 05 espécies tributárias (teoria quinquipartide)

I9educacao.com
Espécies Tributárias
• Impostos: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte.
• Taxas: Taxa é o tributo que está vinculado diretamente a uma atividade
prestada pelo Estado.
• Contribuições de Melhoria: A Contribuição de Melhoria é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização
imobiliária.
• Contribuições: é um tributo cujo resultado da arrecadação é destinado ao
financiamento da seguridade social e da intervenção no domínio
econômico.
• Empréstimos Compulsórios: Os Empréstimos Compulsórios são tributos
restituíveis, cobrados pelo ente estatal para atender a despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública ou situação de guerra.
I9educacao.com
Impostos
Impostos são tributos compulsórios, ou seja, são obrigações pecuniárias
impostas pelo governo, independentemente de qualquer atividade estatal
específica direcionada ao contribuinte. Em outras palavras, os impostos são
arrecadados para financiar as atividades do Estado, como educação, saúde,
segurança, infraestrutura, entre outras, mas não estão diretamente vinculados a
uma contraprestação estatal específica para o contribuinte.

• Imposto sobre a Renda (IR) - Art. 153, III


• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - Art. 153, IV
• Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) - Art. 153, V
• Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR) - Art. 153, VI
• Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) - Art. 153, VII
I9educacao.com
Impostos
➢ Embora previsto na Constituição Federal (Art. 153, VII), o Imposto sobre
Grandes Fortunas ainda não foi regulamentado por legislação
infraconstitucional.

• Imposto sobre Serviços (ISS) - Art. 156, III


• Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - Art. 155, II
• Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) - Art. 155, III

➢ O IPVA é mencionado no Art. 155, III da Constituição Federal. Cada estado


e o Distrito Federal têm a competência para instituir e cobrar o IPVA.

I9educacao.com
Taxas
As taxas são tributos vinculados a um serviço público específico, divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Ao contrário dos impostos,
as taxas têm uma contraprestação direta por parte do Estado. O contribuinte
paga a taxa em troca de um serviço público individualizado ou disponível para
sua utilização.

No ordenamento jurídico brasileiro, a Constituição Federal de 1988 define as


taxas em seu Art. 145, II: "Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: [...] II - taxas, em razão do
exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à
sua disposição;"
I9educacao.com
Taxas
Portanto, a Constituição Federal estabelece que as taxas podem ser
instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização
efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis.

• Taxa de Licença para Estabelecimento Comercial ou Industrial


• Taxa de Coleta de Lixo
• Taxa de Emissão de Documentos
• Taxa de Fiscalização Ambiental
• Taxa de Uso de Bem Público

I9educacao.com
Taxas

É importante notar que as taxas devem ser proporcionais ao custo do serviço


público ou ao exercício do poder de polícia, não podendo ter como base de
cálculo o valor do patrimônio, da renda ou dos serviços do contribuinte
(princípio da especificidade ou divisibilidade). Além disso, devem ser
instituídas por lei específica, conforme determina a Constituição Federal.

I9educacao.com
Contribuições de Melhoria
As contribuições de melhoria são tributos cuja base legal está na
Constituição Federal de 1988 e têm como finalidade financiar obras
públicas que resultem em valorização imobiliária para determinadas
propriedades.

Elas são cobradas em razão da valorização decorrente da realização de


obras públicas, como pavimentação de ruas, construção de praças, redes
de esgoto, entre outras, que proporcionam benefícios diretos aos imóveis
circunvizinhos.

I9educacao.com
Contribuições de Melhoria
Constituição Federal de 1988: A Constituição, em seu Art. 145, III,
estabelece que as contribuições de melhoria podem ser instituídas
pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios,
em decorrência de obras públicas.

Código Tributário Nacional (CTN): O CTN, em seus arts. 81 a 82,


fornece as definições e regras básicas para as contribuições de
melhoria. Destaca-se que o CTN estabelece que a instituição dessas
contribuições deve ser regulamentada por lei específica.

I9educacao.com
Contribuições de Melhoria
Principais características das contribuições de melhoria:

1.Específicas e Diretas: As contribuições de melhoria são específicas para as


propriedades que efetivamente foram valorizadas pela obra pública.

2.Legalidade e Especificidade: A instituição das contribuições de melhoria


deve ser feita por meio de lei específica para cada obra, respeitando os
princípios da legalidade e especificidade.

I9educacao.com
Contribuições de Melhoria
4. Limitação do Valor: O valor total das contribuições de melhoria não pode
exceder o montante total despendido com a obra pública.

5. Devido Processo Legal: Deve ser assegurado o devido processo legal, incluindo
a notificação prévia aos contribuintes e a possibilidade de impugnação.

6. Benefício e Valorização: A cobrança da contribuição de melhoria está


associada ao benefício e à valorização que a obra pública proporciona às
propriedades atingidas.

I9educacao.com
Contribuições Sociais
As contribuições sociais são tributos destinados ao financiamento de áreas
específicas relacionadas ao bem-estar social.

Elas são instituídas para custear despesas em setores como seguridade


social, saúde, previdência social, entre outros. No Brasil, a Constituição
Federal de 1988 é a principal fonte de referência para as contribuições
sociais.

I9educacao.com
Contribuições Sociais
• Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS):
Art. 195, I, da Constituição Federal.
• Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS): Art. 239 da
Constituição Federal.
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): Art. 195, I, da
Constituição Federal.
• Contribuição Social do Salário-Educação: Art. 212, § 5º, da Constituição
Federal.
• Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE): Art. 177, §
4º, I, da Constituição Federal.
• Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS): Art.
195, I, "a", da Constituição Federal.

I9educacao.com
Empréstimo Compulsório
Ele consiste em uma obrigação financeira imposta pelo Estado aos contribuintes,
com a finalidade de atender a necessidades urgentes e transitórias da sociedade,
como despesas extraordinárias ou investimentos específicos. A principal
característica é que, ao contrário dos demais tributos, o empréstimo compulsório
é uma obrigação de restituição, ou seja, o valor pago deve ser devolvido ao
contribuinte em prazo determinado.

• Constituição Federal de 1988: O Art. 148 da Constituição Federal autoriza a


instituição de empréstimos compulsórios mediante lei complementar. Ele
estabelece as condições e os limites para a criação desse tributo, bem como as
áreas em que pode ser aplicado.

I9educacao.com
Empréstimo Compulsório
Principais características do empréstimo compulsório:

1. Finalidade Específica: Deve ser instituído para atender a uma necessidade


específica e transitória, como investimentos de urgência, despesas
extraordinárias ou calamidades públicas.

2. Restituição: A principal característica é a obrigatoriedade de restituição ao


contribuinte. O Estado não retém o valor permanentemente, diferenciando o
empréstimo compulsório de outros tributos.

3. Autorização Constitucional: Sua instituição deve ser autorizada pela


Constituição Federal, conforme previsto no Art. 148.

I9educacao.com
Empréstimo Compulsório
4. Lei Complementar: Deve ser regulamentado por meio de lei
complementar, a qual estabelece as condições específicas para a instituição
e a restituição.

5. Princípio da Isonomia: A lei que institui o empréstimo compulsório deve


respeitar o princípio da isonomia, garantindo tratamento igualitário aos
contribuintes.

6. Limite e Prazo: A Constituição estabelece limites para a instituição do


empréstimo compulsório, e a lei complementar deve definir o prazo para a
restituição do valor ao contribuinte.

I9educacao.com
REGIMES DE TRIBUTAÇÃO
Direito Tributário
Prof.ª Ma. Ainna Vilares Ramos

I9educacao.com
Prof.ª M.ª Ainna Vilares Ramos

✓ Mestre em Direito Político e Econômico – Mackenzie


✓ MBA em Gestão Tributária - USP
✓ Especialista em Direito Tributário - PUCSP
✓ Professora de Direito Tributário e Direito Constitucional
✓ Graduanda em Ciências Contábeis
✓ Escritora Jurídica
Instagram: @advrainna
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ainna-vilares-ramos-
2b05341b3/

I9educacao.com
Regime de Tributação

• Simples Nacional
• Lucro Real
• Lucro Presumido
• Lucro Arbitrado

I9educacao.com
Regime de Tributação
Uma das principais dúvidas do empreendedor no que se refere ao seu
planejamento tributário está localizada na identificação da escolha correta
do regime de tributação da empresa.

A escolha do regime de tributação não parecer relevante para o negócio,


porém é esta análise prévia que possibilita o desenvolvimento do
planejamento e a redução de custos tributários de forma adequada. Um
equívoco na opção pelo regime de tributação pode comprometer todo o
resultado do faturamento de um ano.

I9educacao.com
Regime de Tributação
A escolha do regime tributário deve levar em consideração o faturamento,
o ramo de atuação, as despesas e outras questões, como a quantidade de
funcionários, que têm como função ajudar no alinhamento no regime
escolhido pela empresa com a sua projeção de crescimento.

A escolha do regime tributário afeta diretamente o cálculo do IRPJ, CSLL e


do PIS e da Cofins.

I9educacao.com
Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime de consideração simplificado e unificado
para micro e pequenas empresas no Brasil (ME e EPP). Ele foi criado com
o objetivo de simplificar o processo de atendimento dessas empresas,
atendendo a carga tributária e facilitando o cumprimento das obrigações
fiscais.

O Simples Nacional é destinado a empresas com faturamento anual de


até R$ 4,8 milhões.

I9educacao.com
Regime de Tributação: Simples Nacional

Ao optar por esse regime, a empresa paga um valor fixo mensal que
inclui diversos impostos, como o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica
(IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o Programa de
Integração Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (COFINS), entre outros.

I9educacao.com
Simples Nacional
Além disso, as alíquotas do Simples Nacional são progressivas e
variam de acordo com o faturamento da empresa, de forma que
empresas com menor faturamento pagam menos impostos. O
regime também permite o pagamento dos impostos de forma
simplificada, através de um único boleto, e oferece outras
vantagens, como a dispensa de algumas obrigações acessórias e a
simplificação da contabilidade.

No entanto, é importante lembrar que nem todas as empresas


podem optar pelo Simples Nacional.

I9educacao.com
Simples Nacional
• Regime tributário simplificado: O Simples Nacional é um regime tributário
simplificado que unifica o pagamento de diversos impostos em uma única guia.
• Faturamento anual: Empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões
podem optar pelo Simples Nacional.
• Alíquotas progressivas: As alíquotas do Simples Nacional são progressivas e
variam de acordo com o faturamento da empresa. Empresas com menor
faturamento pagam menos impostos.
• Impostos incluídos: A guia única do Simples Nacional inclui diversos impostos,
como Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social ( COFINS) e Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), Contribuição Patronal-INSS e ICMS/ISS.
I9educacao.com
Simples Nacional
• Simplificação das obrigações acessórias: O Simples Nacional simplifica o
cumprimento das obrigações acessórias, como a emissão de notas fiscais e
escrituração contábil.
• Limitação de atividades: Algumas atividades não podem optar pelo Simples
Nacional, como empresas de consultoria, de serviços financeiros e de
comunicação, por exemplo.
• Vantagens competitivas: O Simples Nacional pode ser uma vantagem competitiva
para empresas de menor porte, que conseguem reduzir a carga tributária e ter
mais facilidade no cumprimento das obrigações fiscais.
• Planejamento tributário: Mesmo no Simples Nacional, é importante realizar um
planejamento tributário adequado para identificar possíveis oportunidades de
redução de custos e otimização da carga tributária.
I9educacao.com
Lucro Real
o O regime de tributação do lucro real é um dos três regimes de participação
disponíveis para empresas no Brasil, ao lado do lucro presumido e do Simples
Nacional.

o O Lucro Real é o resultado contábil (receitas menos custos e despesas)


ajustado pelas adições, exclusões e compensações.

o Ele é obrigatório para empresas com receita bruta anual acima de R$ 78


milhões, e opcional para os demais.

I9educacao.com
Lucro Real
→ Obrigadas ao Lucro Real (art. 257 do RIR/2018):

o Empresas do mercado financeiro, como bancos, instituições financeiras,


cooperativas de crédito, empresas de seguro privado, entidades de previdência
aberta e sociedades de crédito imobiliário.
o As empresas que tiveram lucro, rendimentos ou ganhos de capital oriundos de
fora do país.
o Empresas que explorem as atividades de compras de direitos creditórios,
resultantes de vendas mercantis a prazo, ou de prestação de serviços (factoring).
o Empresas com benefícios fiscais em relação à redução ou isenção de impostos.
o Receita total do ano-calendário anterior tenha excedido R$ 78.000.000,00 ou R$
6.500.000,00 multiplicado pelos meses de atividade;

I9educacao.com
Lucro Real
Nesse regime, a empresa apura seu lucro real de acordo com as normas
contábeis brasileiras, levando em consideração todas as receitas,
despesas, custos e encargos do negócio. Com base nesse lucro, é calculado
o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL), que são os principais impostos federais devidos
pelas empresas.

Uma das principais características do regime de reconhecimento do lucro


real é a possibilidade de dedução de algumas despesas como a
depreciação de bens e equipamentos e algumas despesas financeiras. Isso
pode reduzir o valor do lucro tributável e, consequentemente, o valor dos
impostos devidos.

I9educacao.com
Lucro Real

Por outro lado, esse regime de tributação exige uma maior rigorosidade na
contabilidade da empresa, além de uma maior complexidade na apuração
e pagamento dos impostos.

É preciso, por exemplo, manter um controle preciso dos custos e despesas


do negócio, além de ter um conhecimento profundo das normas fiscais e
tributárias cumulativas.

I9educacao.com
Regime de Tributação: Lucro Real
Lucro Real Trimestral

No lucro real trimestral o imposto de renda de pessoa jurídica e a


contribuição social pelo lucro líquido são calculadas com base no balanço
apurado ao final de cada trimestre civil; nesta modalidade não há
possibilidade de somar o lucro real de um trimestre, ao prejuízo do
trimestre seguinte, mesmo que no mesmo ano calendário.

→ Regra geral

I9educacao.com
Lucro Real
→ Lucro Real Anual

O regime de tributação do lucro real anual é realizado com base no lucro


contábil ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou
autorizadas pela legislação. A categoria de lucro real anual será precedida
da apuração do lucro líquido do exercício e deverá ocorrer com
observância dos preceitos da legislação societária.

I9educacao.com
Lucro Real
Assim, no lucro real anual há estimativa do montante pago a título de
tributo, mensalmente, com base no faturamento, aplicando as alíquotas de
imposto de renda e contribuição social de forma semelhante a que é
realizada no lucro presumido. Há uma vantagem na opção pelo lucro real
anual pois esta permite a realização do levantamento dos balancetes
mensais, realizando a redução ou a suspensão do valor recolhido caso seja
verificado que o lucro real apurado é menor que a base presumida.

Ao final de cada ano a empresa realiza o levantamento do Balanço anual e


faz a apuração do lucro real no exercício, ajustando o valor dos tributos ao
seu resultado real.

I9educacao.com
Lucro Real
IRPJ CSLL OBSERVAÇÕES

Lucro Líquido 200.000,00 200.000,00

ADIÇÕES (+) 900.000,00 900.000,00

EXCLUSÕES (-) 300.000,00 300.000,00

Lucro Real 1 600.000,00 600.000,00

COMPENSAÇÕES 100.000,00 100.000,00 600.000,00 x 30%:


180.000,00
Lucro Real 2 500.000,00 500.000,00

I9educacao.com
Lucro Real
• Obrigatoriedade: Empresas com receita bruta anual acima de R$ 78
milhões são obrigadas a adotar o regime de preferência do lucro real.
• Apuração do lucro real: O lucro real é apurado com base nas normas
contábeis brasileiras, levando em consideração todas as receitas,
despesas, custos e encargos do negócio.
• Cálculo dos impostos: Com base no lucro real, é calculado o Imposto de
Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL), que são os principais impostos federais devidos pelas
empresas.
• Deduções: O regime de aprendizado do lucro real permite a dedução de
algumas despesas do lucro tributável, como por exemplo a depreciação
de bens e equipamentos e algumas despesas financeiras.
I9educacao.com
Lucro Real
• Rigor na contabilidade: A adoção do lucro real exige uma maior rigorosidade
na contabilidade da empresa, além de um conhecimento profundo das normas
fiscais e tributárias cumulativas.

• Complexidade na apuração e pagamento dos impostos: A apuração e


pagamento dos impostos no regime de incentivo do lucro real pode ser mais
complexa do que em outros regimes, devido à necessidade de cumprir
diversas obrigações acessórias e complexidade das normas fiscais e tributárias.

• Vantagens: O regime de apreciado do lucro real pode ser apreciado para


empresas com muitas despesas dedutíveis ou que atue em setores com
margens de lucro mais estreitas.
I9educacao.com
Lucro Presumido

O Lucro Presumido é um regime em que a empresa apura o seu imposto de


renda e sua contribuição social sobre o lucro com base em uma margem de
lucro preestabelecida pela legislação fiscal.

→ Coeficiente de presunção do lucro

I9educacao.com
Lucro Presumido

Essa margem de lucro varia de acordo com a atividade da empresa e é


utilizada como uma presunção de lucro para fins de cálculo do imposto. A
partir dessa margem, são aplicadas as alíquotas do imposto de renda e da
contribuição social, que também variam de acordo com a atividade da
empresa.

No Lucro Presumido, não é permitida a dedução de todas as despesas


operacionais da base de cálculo do imposto. No entanto, algumas despesas
podem ser deduzidas, como os gastos com folha de pagamento, pró-labore
e benefícios aos funcionários.

I9educacao.com
Lucro Presumido
O lucro presumido é uma modalidade mais prática para determinar a base de
cálculo do imposto de renda e da contribuição social pelo lucro líquido das
pessoas jurídicas que não são obrigadas a proceder com a sua tributação por
meio das bases do lucro real.

A apuração do imposto de renda e da contribuição social pelo lucro líquido


são feitas de forma trimestral, de modo em que a alíquota de cada tributo
incide sobre a receita com base na presunção variável do lucro percebido na
operação, que poderá ser de 1,6% a 32% dependendo da atividade.

I9educacao.com
Lucro Presumido
Nem todas as empresas podem optar pelo regime de tributação pelo lucro
presumido em razão a restrições relacionadas com o objeto social e o
faturamento.

A manifestação pela opção de tributação com base no lucro presumido


deverá ser manifestada com o pagamento da primeira ou da cota única do
imposto correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano
calendário.

I9educacao.com
Lucro Presumido
Se as atividades da pessoa jurídica forem iniciadas após o segundo
trimestre se dará de igual forma, mas é importante ter em mente que a
opção pela apuração do imposto de renda e da contribuição social pelo
lucro líquido com base no lucro presumido é definitiva para o ano
calendário e não pode ser desfeita.

É dada a possibilidade de optar pelo presumido a todas as pessoas que não


encontram uma obrigação de tributação pelo lucro real, desde que o seu
faturamento não ultrapasse a receita total de R$ 78 milhões de reais no
ano anterior.

I9educacao.com
Lucro Presumido
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

A pessoa jurídica tributada pelo regime do lucro presumido deverá manter


(art. 225 da IN RFB n° 1.700/2017):
I. escrituração contábil nos termos da legislação comercial;
II. Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os
estoques existentes no término do ano-calendário; e
III. em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e
não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes.

I9educacao.com
Lucro Presumido
• Limites de faturamento: As empresas que optam pelo Lucro Presumido
devem ter um faturamento anual de até R$ 78 milhões. Esse limite é
atualizado periodicamente pela Receita Federal.
• Alíquotas de impostos: As alíquotas do imposto de renda e da contribuição
social variam de acordo com a atividade da empresa. Em geral, a alíquota
do imposto de renda é de 15%, enquanto a alíquota da contribuição social
é de 9%.
• Presunção de lucro: O Lucro Presumido utiliza uma margem de lucro
preestabelecida pela legislação fiscal como base de cálculo do imposto.
Essa margem varia de acordo com a atividade da empresa. Por exemplo,
para empresas de serviços em geral, a margem de lucro é de 32%.

I9educacao.com
Lucro Presumido
• Deduções: No Lucro Presumido, não é permitida a dedução de todas as
despesas operacionais da base de cálculo do imposto. No entanto,
algumas despesas podem ser deduzidas, como os gastos com folha de
pagamento, pró-labore e benefícios aos funcionários.
• Simplificação: Em relação ao Lucro Real, o Lucro Presumido é um regime
mais simples e menos burocrático. Isso pode ser uma vantagem para
empresas que não possuem uma estrutura contábil e fiscal robusta.
• Opção anual: A escolha pelo Lucro Presumido deve ser realizada
periodicamente pela empresa. É importante avaliar se o regime é
adequado às necessidades da empresa e às particularidades do seu
negócio.

I9educacao.com
Lucro Arbitrado
O Lucro Arbitrado é um regime de atendimento que pode ser aplicado pela
Receita Federal em algumas situações específicas, como por exemplo,
quando a empresa não apresenta a escrituração contábil ou quando há
manifestações de fraudes ou sonegação fiscal.

Nesse regime, a Receita Federal determina o lucro da empresa com base


em critérios próprios, sem levar em consideração o lucro real ou o lucro
presumido da empresa. Esse valor arbitrado é utilizado como base de
cálculo para o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e para a
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

I9educacao.com
Lucro Arbitrado
O IRPJ devido será exigido a cada trimestre, no decorrer do ano-
calendário, com base nos critérios do lucro arbitrado, quando (art. 226 da
IN RFB n° 1.700/2017):

I. o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não


mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de
elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;
II. a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes
indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem
imprestável para:
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive a bancária; ou
b) determinar o lucro real;
I9educacao.com
Lucro Arbitrado
III. o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e
documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro Caixa, na
hipótese prevista no parágrafo único do art. 225 da IN RFB N°
1.700/2017;
IV. o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro
presumido;
V. o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de
cumprir o disposto no $ 1° do art. 201 da IN REB n° 1.700/2017;
VI. o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas
contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário;

I9educacao.com
Lucro Arbitrado
VII. o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade
tributária as informações necessárias para gerar o FCONT
por meio do Programa Validador e Assinador da Entrada de Dados para o
FCONT de que trata a Instrução Normativa RFB n° 967/2009, no caso de
pessoas jurídicas sujeitas ao RTT e tributadas com base no lucro real; ou
VIII. o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade
tributária a ECF.

I9educacao.com
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Direito Tributário
Prof.ª Ma. Ainna Vilares Ramos

I9educacao.com
Prof.ª M.ª Ainna Vilares Ramos

✓ Mestre em Direito Político e Econômico – Mackenzie


✓ MBA em Gestão Tributária - USP
✓ Especialista em Direito Tributário - PUCSP
✓ Professora de Direito Tributário e Direito Constitucional
✓ Graduanda em Ciências Contábeis
✓ Escritora Jurídica
Instagram: @advrainna
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ainna-vilares-ramos-
2b05341b3/

I9educacao.com
Noções Gerais

• Elisão Fiscal x Evasão Fiscal


• Objetivos do Planejamento Tributário
• Como fazer o Planejamento Tributário
• Etapas e Benefícios do Planejamento Tributário

I9educacao.com
Evasão Vs. Elisão Fiscal

Elisão Fiscal
Evasão Fiscal

I9educacao.com
Evasão Vs. Elisão Fiscal
o A evasão fiscal ocorre quando o contribuinte utiliza meios ilegais para evitar
o pagamento de tributos.

o Esses meios podem incluir sonegação de informações, omissão de


rendimentos ou transações não declaradas, uso de documentos falsos, entre
outros.

o A evasão fiscal é considerada crime e pode resultar em administração


administrativa, civil e penal.

I9educacao.com
Evasão Vs. Elisão Fiscal
A evasão fiscal é considerada um crime contra a ordem tributária e pode ser
punida com complementar penais e fiscais, como multas, juros, correção e
até mesmo prisão, dependendo do valor sonegado e da gravidade da
infração.

Além disso, a sonegação de impostos prejudica o Estado e a sociedade


como um todo, pois reduz a arrecadação de recursos que poderiam ser
destinados a serviços públicos e investimentos sociais.

I9educacao.com
Evasão Vs. Elisão Fiscal
Algumas práticas comuns de evasão fiscal incluem a não emissão de notas
fiscais, a não declaração de rendimentos ou a subestimação dos valores
declarados, a utilização de empresas de fachada para despesas simuladas,
entre outras. É importante ressaltar que todas essas práticas são ilegais e
podem trazer consequências provocadas ao contribuinte, tanto em termos
legais quanto de imagem e imagináveis.

O sistema jurídico brasileiro admite a figura da elisão fiscal, entendendo


que este instituto pode ser compreendido como a utilização de
mecanismos completamente legais para reduzir o impacto tributário, em
decorrência de um ato ou negócio jurídico real, que não contenha vícios.

I9educacao.com
Evasão Vs. Elisão Fiscal
A elisão fiscal é um processo completamente autorizado, pois se utiliza
da própria legislação tributária para atingir a economia fiscal,
diferentemente do que se tem na evasão fiscal.

• A elisão fiscal utiliza meios legais para descaracterizar e impedir o


nascimento do fato gerador do tributo.
• É pautada para licitude do comportamento do contribuinte.
• Pode ser compreendida como economia lista de tributos.

I9educacao.com
Evasão Vs. Elisão Fiscal
A legislação tributária permite que os contribuintes utilizem meios lícitos
para minimizar a carga tributária, desde que não haja fraude ou abuso de
direito.

Esses meios podem incluir a escolha de regimes tributários mais


tolerantes, a realização de planejamentos tributários, entre outros.

• O efeito da elisão acontece antes do fato gerador

• ICMS mais alto (18%) Vs. Estado-membro mais vantajoso

I9educacao.com
Evasão Vs. Elisão Fiscal
→ Espécies de Elisão

• Decorrente da própria lei: o próprio dispositivo legal permite ou induz


a ação que visa a redução da carga tributária. Há uma vontade clara do
legislador em dar determinados benefícios fiscais (ex: PERSE)

• Decorrente de lacunas e brechas na legislação: o contribuinte se vale


daquilo que a legislação não proíbe, de modo que os elementos
constantes na própria legislação permitem que se evite o fato gerador do
tributo (ex: ISS)

I9educacao.com
Elisão Fiscal Evasão Fiscal
Procedimento autorizado por meio da Utiliza de meios ilegais para
legislação tributária, para que atinja sua descaracterizar a ocorrência do fato
finalidade extrafiscal quando for possível gerador
Conjunto de medidas adotadas pelo Viola diretamente a legislação fiscal por
contribuinte que tem como objetivo meio de fraudes e ilicitudes que se opõem
principal gerar a redução da carga diretamente à legislação fiscal
tributária com base naquilo que não é
proibido pela legislação, mesmo que isso
signifique prejuízo ao erário
Antecede o fato gerador, evitando a sua tem como foco ocultar o fato gerador
ocorrência
Não faz distinção entre os negócios presume que a uma diferenciação entre os
formais exteriorizados e os negócios reais negócios exterioriza 12 os negócios reais

I9educacao.com
Evasão Vs. Elisão Fiscal
→ Elusão Fiscal

A elusão tributária consiste na simulação da ocorrência de um negócio


jurídico com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador. É
considerado abuso de forma.

O Abuso de forma é uma modalidade do abuso de direito na qual a


manifestação se dá na tomada de condutas que se voltassem para a
economia tributária sob fundamentos atípicos ou anormais para o negócio
pretendido, evidenciando um abuso na relação jurídica negocial (ex:
pejotização).

I9educacao.com
Evasão Vs. Elisão Fiscal
CTN - Lei nº 5.172 de 25 de Outubro de 1966

Art. 116. [...] Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá


desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de
dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos
a serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

I9educacao.com
Evasão Vs. Elisão Fiscal
•CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
•Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se
dissimulou, se válido for na substância e na forma.
•§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:

•I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas


às quais realmente se conferem, ou transmitem;
•II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
•III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
•§ 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos
contraentes do negócio jurídico simulado.

I9educacao.com
Objetivos
Principais problemas sanáveis

• Elevada carga tributária


• Pagamento indevido de tributo
• Regime de Tributação Inadequado
• Não aproveitamento de créditos fiscais
• Desconhecimento de isenções, benefícios e incentivos fiscais

I9educacao.com
Objetivos
• Evitação da • Manutenção do
concretização controle interno
de operações adequado e do
tributáveis conhecimento
técnico

Reduzir ou
Eliminar as
eliminar a
contingências
carga fiscal da
tributárias
empresa

Postergar o Reduzir o
pagamento de custo
tributos burocrático

• Planejamento de • Racionalização
datas e de processos e
administração funções,
do fluxo de caixa padronização e
informatização

I9educacao.com
Como fazer?
1. Identificar o Regime Tributário mais adequado:

• Lucro Real
• Lucro Presumido
• Simples Nacional

2. Planejamento operacional: planejar as operações da empresa em


consonância ao modelo adotado para poder determinar onde há espaço para
a redução da carga tributária

I9educacao.com
Como fazer?
Para realizar um planejamento tributário, é necessário que sejam diariamente
analisados:
• A legislação tributária;
• A possibilidade de compensação de tributos;

• Se os produtos produzidos ou comercializados pela empresa têm ou não


substituição tributária (ICMS, IPI, PIS e Cofins);
• O ramo de atuação da empresa; o perfil dos clientes;
• As operações financeiras realizadas;

• O melhor enquadramento tributário para a empresa;


• O possível aproveitamento de créditos tributários sobre as compras da
empresa e os créditos de PIS e Cofins não cumulativos.
I9educacao.com
Como fazer?
Ato contínuo: O planejamento tributário está firmado em uma gestão fiscal e
tributária que exige:

• Elaborar um estudo histórico da sociedade empresária, verificando a


origem das operações realizadas a fim de identificar as menos onerosas;
• Verificar a incidência dos fatos geradores dos tributos recolhidos a fim de
evitar pagamento maior ou cobrança indevida;
• Identificar os fatos geradores prescritos com o objetivo de evitar ação
fiscal;
• Analisar, ao final de cada exercício social, qual é o regime tributário que
proporciona economia tributária na incidência do IRPJ e da CSLL;
• Realizar auditoria fiscal e tributária para verificar a existência de créditos
fiscais não aproveitados.
I9educacao.com
Benefícios
Potencializar a
Conhecer os limites Identificar
utilização das
entre o oportunidades para
oportunidades
Planejamento e a a redução da carga
dadas pela
Sonegação Fiscal tributária
legislação

Estruturar a
Diligenciar como
operação
fonte de dados para
empresarial de
o planejamento
aquisição (bens e
tributário
direitos)

I9educacao.com
Resultados
Uma das grandes dificuldades do Planejador é determinar o montante líquido da
economia proposta.

• IRPJ (15% + 10%) e CSLL (9%)


• Tributos sobre a nova receita
• Custos e despesas do planejamento (taxas, custos internos, despesas
operacionais, treinamentos)

Ex: clínica de oncologia; faturamento trimestral de R$ 300.000,00 (trezentos mil


reais). Como reduzir a carga tributária?

I9educacao.com
PROCESSO ADMINISTRATIVO
FISCAL
Direito Tributário
Prof.ª Ma. Ainna Vilares Ramos

I9educacao.com
Prof.ª M.ª Ainna Vilares Ramos

✓ Mestre em Direito Político e Econômico – Mackenzie


✓ MBA em Gestão Tributária - USP
✓ Especialista em Direito Tributário - PUCSP
✓ Professora de Direito Tributário e Direito Constitucional
✓ Graduanda em Ciências Contábeis
✓ Escritora Jurídica
Instagram: @advrainna
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ainna-vilares-ramos-
2b05341b3/

I9educacao.com
Processo Administrativo Tributário
• Princípios
• Espécies de Lançamento Tributário

I9educacao.com
Processo Administrativo Fiscal (PAF)
O processo administrativo fiscal é um procedimento administrativo
que tem como objetivo resolver conflitos entre os contribuintes e o
Fisco, ou seja, entre aqueles que devem tributos e aqueles que
cobram os tributos.

Esse processo é regido por normas e procedimentos administrativos


que visam assegurar a observância dos direitos e garantias dos
contribuintes, bem como o cumprimento das obrigações tributárias.

I9educacao.com
Processo Administrativo Fiscal (PAF)
O processo administrativo fiscal é instaurado quando o Fisco identifica
alguma irregularidade ou pendência no pagamento de tributos por parte
do contribuinte. Nesse caso, está aberto um processo administrativo
para apurar as irregularidades e aplicar as cabíveis, caso seja necessário.

O contribuinte é notificado e tem a oportunidade de se defender,


apresentando provas e argumentos que podem contestar como
aprovados pelo Fisco.

DECRETO N. 70.235, DE 6 DE MARÇO DE 1972

I9educacao.com
Oficialidade
O princípio da oficialidade no processo administrativo fiscal é uma aplicação
específica do princípio da oficialidade no âmbito do direito tributário.

No processo administrativo fiscal, esse princípio determina que cabe


exclusivamente ao órgão fiscalizador da Administração Pública a iniciativa de
instaurar o processo administrativo, para apurar a ocorrência de infrações
tributárias, dar seguimento e concluir o PAF independentemente de
provocação.

Dessa forma, o contribuinte não pode instaurar o processo administrativo fiscal


contra si mesmo, ou seja, a Administração Pública é a única responsável por
instaurar o processo de fiscalização e cobrança dos tributos devidos.

• Imparcialidade e necessidade de condução


I9educacao.com
Cientificação
O princípio da cientificação é um dos princípios que regem o processo
administrativo fiscal, e determina que a Administração Pública deve notificar o
contribuinte acerca de todos os atos e decisões que envolvem o processo, para
que este possa exercer o seu direito à ampla defesa e ao contraditório.

Isso significa que a Administração Pública deve dar ciência ao contribuinte de


todos os atos e decisões do processo administrativo fiscal, por meio de
intimações, notificações e outros meios previstos em lei. O contribuinte, por
sua vez, tem o dever de tomar conhecimento de todos os atos e decisões do
processo e apresentar suas alegações e provas em sua defesa.

• Decorre do princípio da publicidade


• Processo e procedimento
I9educacao.com
Busca pela verdade real
O princípio da busca pela verdade real/material é um dos princípios que
norteiam o processo administrativo fiscal, que estabelece que a Administração
Pública tem o dever de buscar a verdade real dos fatos para a tomada de
decisões, a fim de assegurar a justiça e a eficácia do processo.
Isso significa que a Administração Pública não pode se limitar aos elementos
apresentados pelo contribuinte ou a terceiros no processo administrativo fiscal.
Ela tem o dever de buscar outras informações e provas que possam contribuir
para a apuração dos fatos e a correta aplicação da legislação tributária.
Assim, o princípio da busca pela verdade real no processo administrativo fiscal
busca evitar que o julgamento se baseie em meras aparências ou em
informações insuficientes, que não reflitam a realidade dos fatos.

I9educacao.com
Dever de fundamentação
O princípio do dever de fundamentação no processo administrativo fiscal
estabelece que toda decisão administrativa deve ser fundamentada, ou seja,
deve conter uma justificação clara e objetiva, que explique os motivos que
levaram à sua adoção.
Isso significa que as autoridades fiscais não podem simplesmente tomar
decisões sem justificativa adequada, pois isso violaria o direito à ampla defesa e
ao contraditório do contribuinte, que precisa saber os motivos por qual sua
situação foi julgada e julgada dessa forma.
Assim, o dever de fundamentação é uma garantia fundamental do processo
administrativo fiscal, pois permite ao contribuinte compreender as razões que
levaram à decisão, bem como impugná-la de forma eficaz, caso entenda que os
argumentos apresentados são inadequados ou insuficientes.

I9educacao.com
Devido Processo Legal
O princípio do devido processo legal no processo administrativo fiscal é uma
garantia fundamental que assegura aos contribuintes o direito a um processo
justo e equilibrado, em que sejam respeitados os direitos fundamentais de
ampla defesa e contraditório.

De acordo com esse princípio, o processo administrativo fiscal deve seguir


procedimentos previstos em lei, que garantam o respeito aos direitos dos
contribuintes e a observância das normas e princípios constitucionais, tais como
o direito à privacidade, à privacidade, à propriedade e à proteção humana.

O devido processo legal exige, portanto, que o processo administrativo fiscal


seja seguido de forma imparcial e isenta, sem que haja interferência
interpessoal ou política, garantindo assim a igualdade de tratamento entre as
partes.
I9educacao.com
Ampla defesa e contraditório
•O princípio da ampla defesa e do contraditório no processo administrativo
fiscal é uma garantia fundamental assegurada pela Constituição Federal
brasileira de 1988, que assegura ao contribuinte o direito de participar
ativamente do processo administrativo fiscal e apresentar defesa e
contraposição a todas as evidências e provas contratuais ele.

•A ampla defesa e o contraditório garantem ao contribuinte a possibilidade de


contestar todas as provas e provas contra ele, bem como de apresentar
argumentos e provas em sua defesa. Desse modo, é possível questionar a
legalidade da autuação fiscal, apontar erros de cálculo ou de interpretação da
legislação tributária, bem como apresentar fatos e documentos que
comprovem a regularidade da sua situação fiscal.

I9educacao.com
Instrumentalidade e economia processual
O princípio da instrumentalidade e economia processual no processo
administrativo fiscal é uma diretriz que visa garantir a eficiência e celeridade
dos processos administrativos fiscais, buscando evitar a burocratização
excessiva e reduzir os custos para as partes envolvidas.

Esse princípio implica na utilização dos meios mais adequados e eficazes para a
solução do conflito, evitando a produção de provas auxiliares ou repetitivas, e
buscando sempre a resolução do processo de forma rápida e eficiente.

Isso significa que o processo administrativo fiscal deve ser cuidado de forma a
garantir a máxima utilidade dos atos processuais, evitando o uso de
procedimentos inúteis ou que não contribuam para a solução do litígio.

I9educacao.com
Duplo grau de jurisdição
O princípio do duplo grau de jurisdição no processo administrativo fiscal
garante que as partes envolvidas em um processo administrativo tenham o
direito de seguir de uma decisão proferida em primeira instância a uma
instância superior para que seja revista.

Assim, esse princípio assegura que a parte tenha a possibilidade de ter seu caso
reavaliado por outra autoridade, que possa analisar o processo de forma
imparcial e independente, com o objetivo de garantir a observância das normas
legais e constitucionais que regem o processo administrativo.

• Desdobramento do regime democrático com previsão implícita na


CRFB/1988

I9educacao.com
Lançamento Tributário: o que é?
O lançamento tributário é o ato administrativo pelo qual a autoridade fiscal
verifica a ocorrência do fato gerador do tributo e apura a obrigação tributária
correspondente, calculando o montante devido pelo contribuinte.

Em outras palavras, o lançamento tributário é o procedimento pelo qual o Fisco


verifica se o contribuinte cumpriu com as obrigações tributárias, calculando o
valor devido e formalizando a cobrança do tributo.

O lançamento tributário é um ato vinculado, ou seja, é um procedimento que


deve seguir as regras e procedimentos pela legislação tributária. Além disso, o
contribuinte tem o direito de impugnar o lançamento tributário, entenda que
há erros ou ilegalidades na sua cobrança, podendo apresentar defesa
administrativa ou acompanhar o Poder Judiciário.

I9educacao.com
Lançamento Tributário: o que é?
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir
o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,
propor a aplicação da penalidade cabível.

Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e


obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.

• Lançamento por Homologação


• Lançamento de Ofício
• Lançamento por Declaração
I9educacao.com
Lançamento Tributário: Lançamento por Homologação
O lançamento por homologação é uma modalidade de lançamento
de tributo previsto na legislação brasileira, em que a
responsabilidade pelo calculado, pagamento e declaração do tributo
é do próprio contribuinte.
Isso significa que o contribuinte é obrigado a realizar o calculado do
tributo devido, preencher uma declaração correspondente e
controlar o pagamento dentro do prazo legal, sem a necessidade de
um procedimento formal de cobrança pelo Fisco. O Fisco, por sua
vez, tem o prazo de cinco anos para homologar o pagamento do
tributo, verificando a sua regularidade.
• IR, IPI, ICMS, PIS e COFINS
I9educacao.com
Lançamento Tributário: Lançamento por Homologação
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem
prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida
autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,
expressamente a homologa.

§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o


crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.

§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à


homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção
total ou parcial do crédito.

I9educacao.com
Lançamento Tributário: Lançamento por Homologação

§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na


apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de
penalidade, ou

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se
tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente
extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou
simulação.

I9educacao.com
Lançamento Tributário: Lançamento de Ofício
O lançamento de ofício é uma modalidade de lançamento tributário em que o
Fisco realiza a cobrança do tributo de forma compulsória, sem a necessidade de
um procedimento formal de homologação pelo contribuinte.

Nesse caso, o Fisco tem o poder e o dever de lançar o tributo de ofício,


calculando o valor devido e formalizando a cobrança. O registro de ofício é um
procedimento vinculado à legislação tributária, e deve cumprir as garantias
constitucionais do contribuinte, como o direito ao contraditório e à ampla
defesa.

I9educacao.com
Lançamento Tributário: Lançamento de Ofício

O contribuinte tem o direito de impugnar o registro de ofício apresentando


defesa administrativa ou recorrendo ao Poder Judiciário, caso entenda que há
erros ou ilegalidades na cobrança do tributo.

• PTU, IPVA, taxas, contribuições de melhoria, etc.

I9educacao.com
Lançamento Tributário: Lançamento de Ofício
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade
administrativa nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na
forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração
nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da
legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade
administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo
daquela autoridade;

I9educacao.com
Lançamento Tributário: Lançamento de Ofício
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer
elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração
obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa
legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo
seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro
legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício
daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;

I9educacao.com
Lançamento Tributário: Lançamento de Ofício

VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por
ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta
funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de
ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não
extinto o direito da Fazenda Pública.

I9educacao.com
Lançamento Tributário: Lançamento por Declaração
O lançamento por declaração é uma modalidade de lançamento tributário em
que o Fisco confia na declaração do contribuinte para calcular o valor do tributo
devido. O contribuinte deve apresentar uma declaração correspondente ao
tributo devido, informando dados como base de cálculo, alíquotas completas e
demais informações relevantes para o cálculo do tributo.

O registro por declaração é uma forma de estimular a autodeterminação do


contribuinte e a autocomposição fiscal, permitindo que o próprio contribuinte
faça o cálculo do tributo devido, com base na sua realidade econômica e
financeira. Entretanto, o Fisco tem o poder e o dever de fiscalizar a declaração
do contribuinte e, caso identifique erros, omissões ou indícios de fraude,
poderá realizar o lançamento de ofício, calculando o tributo devido com base
em seus próprios critérios.

• ITBI, ITCMD
I9educacao.com
Lançamento Tributário: Lançamento por Declaração

Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo


ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à
autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à
sua efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando
vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do
erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão
retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão
daquela.

I9educacao.com
PROCESSO ADMINISTRATIVO
TRIBUTARIO
Direito Tributário
Prof.ª Ma. Ainna Vilares Ramos

I9educacao.com
Prof.ª M.ª Ainna Vilares Ramos

✓ Mestre em Direito Político e Econômico – Mackenzie


✓ MBA em Gestão Tributária - USP
✓ Especialista em Direito Tributário - PUCSP
✓ Professora de Direito Tributário e Direito Constitucional
✓ Graduanda em Ciências Contábeis
✓ Escritora Jurídica
Instagram: @advrainna
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ainna-vilares-ramos-
2b05341b3/

I9educacao.com
Processo Administrativo Tributário

• Formalidades e Nulidades do PAF


• Etapas do PAF
• Processo de Consulta

I9educacao.com
Formalismo moderado
O princípio do formalismo moderado é um dos princípios que orientam o
processo administrativo fiscal. Ele consiste em uma posição protegida entre o
formalismo absoluto e o formalismo mitigado, buscando garantir tanto a
proteção dos interesses do Fisco quanto os direitos dos contribuintes.

De acordo com esse princípio, os procedimentos formais devem ser seguidos,


mas sem excessos que possam comprometer a obediência do processo
administrativo fiscal. Ou seja, o formalismo não pode ser tão rígido a ponto de
inviabilizar o exercício dos direitos dos contribuintes, mas também não pode
ser tão flexível a ponto de comprometer a segurança jurídica e a arrecadação
tributária.

I9educacao.com
Formalismo moderado
Dessa forma, o princípio do formalismo moderado busca conciliar a
desnecessidade de formalidades no processo administrativo fiscal, como a
obediência a prazos, a realização de intimações e notificações, a produção de
provas, entre outras, com a garantia dos direitos dos contribuintes, como o
direito à ampla defesa e ao contraditório, o direito à fundamentação dos atos
administrativos e o direito à motivação das decisões.

Necessidade, adequação, proporcionalidade.


A finalidade do PAF é realizar o controle interno de legalidade.

I9educacao.com
PAF: Nulidades
A nulidade no processo administrativo fiscal pode ter diversos efeitos,
dependendo da gravidade do vício e da fase em que ocorreu.

Vício formal ou material

Em geral, a nulidade afeta a validade do ato viciado e, consequentemente,


pode levar à sua anulação ou correção. Além disso, a nulidade pode afetar
outros atos subsequentes que dependem do ato viciado, gerando um efeito
cascata de anulações e correções.

I9educacao.com
PAF: Nulidades
No caso de uma nulidade que afete todo o processo, é possível que ele seja
anulado por completo, o que significa que tudo o que foi feito até então perde
a validade e deve ser reiniciado do zero.
Por outro lado, se a nulidade afeta apenas um ato específico, é possível que
apenas esse seja anulado e o restante do processo siga adiante normalmente.
Nesse caso, é importante que a autoridade administrativa adote as medidas
necessárias para corrigir o vício e garantir que o processo seja realizado de
forma regular.

I9educacao.com
PAF: Nulidades
Art. 59. São nulos:
I - os atos e termos lavrados por pessoa incompetente;
II - os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com
preterição do direito de
§ 1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele
diretamente dependam ou sejam conseqüência.
§ 2º Na declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados, e
determinará as providências necessárias ao prosseguimento ou solução do
processo.

I9educacao.com
PAF: Nulidades
§ 3º Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem
aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a
pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
Art. 60. As irregularidades, incorreções e omissões diferentes das referidas no
artigo anterior não importarão em nulidade e serão sanadas quando resultarem
em prejuízo para o sujeito passivo, salvo se este lhes houver dado causa, ou
quando não influírem na solução do litígio.
Art. 61. A nulidade será declarada pela autoridade competente para praticar o
ato ou julgar a sua legitimidade.

I9educacao.com
Etapas do PAF
• Impugnação ao lançamento tributário
• Manifestação da autoridade atuante
• Produção de Provas
• Conclusão do PAF
• Inscrição em Dívida Ativa

I9educacao.com
Etapas do PAF: Impugnação
A impugnação é a manifestação do contribuinte ou responsável contra o auto
de infração ou notificação fiscal, sendo a primeira etapa do processo
administrativo fiscal. Na impugnação, o contribuinte pode apresentar
argumentos e documentos para comprovar a legalidade de sua conduta
fiscalizada e contestar as razões apontadas pela autoridade fiscal na autuação.

A impugnação deve ser apresentada em prazo estipulado pela legislação federal


ou de cada estado/município, e deve conter a qualificação do impugnante, a
exposição dos fatos e fundamentos jurídicos que embasam a defesa, bem como
o pedido de reconhecimento da sua regularidade fiscal.

• Prazo de 30 dias da intimação (art. 15 do Decreto 70.235/72)

I9educacao.com
Etapas do PAF: Manifestação da autoridade atuante
A manifestação da autoridade atuante no processo administrativo fiscal ocorre
após a apresentação da impugnação pelo contribuinte ou responsável. Nessa
fase, a autoridade fiscal analisa os argumentos e apresentados na defesa e, se
necessário, pode solicitar a produção de novas provas para esclarecer os fatos.
A manifestação da autoridade atuante consiste em uma resposta
fundamentada às alegações do contribuinte, na qual é indicada a decisão
administrativa sobre o auto de infração ou notificação fiscal. A autoridade pode
manter, modificar ou cancelar o lançamento tributário, dependendo da análise
dos fatos e das provas comprovadas.
Além disso, é importante destacar que a manifestação da autoridade atuante
deve ser fundamentada e seguir os princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório. Caso não seja observado algum desses
princípios, o contribuinte poderá questionar a decisão administrativa e buscar a
anulação do lançamento tributário por meio de recursos ou ações judiciais.

I9educacao.com
Etapas do PAF: Produção de Provas
A produção de provas no processo administrativo fiscal é um direito
tanto do Fisco quanto do contribuinte ou responsável. As provas são
utilizadas para esclarecer fatos relevantes para a decisão
administrativa e podem ser produzidas em qualquer fase do
processo.

Entre as provas que podem ser produzidas no processo


administrativo fiscal, destacam-se:

I9educacao.com
Etapas do PAF: Produção de Provas
• Documentos: podem ser apresentados documentos que comprovem
a inexistência da infração ou o cumprimento da obrigação tributária,
como notas fiscais, comprovantes de pagamento, contratos, entre
outros;
• Testemunhas: são pessoas que podem depor sobre os fatos
relevantes para o processo. As testemunhas devem ser indicadas no
momento oportuno, e sua convocação pode ser determinada pela
autoridade fiscal;
• Perícia: pode ser realizada uma perícia técnica para esclarecer fatos
que exija conhecimentos especializados, como avaliação de imóveis,
contabilidade contábil, entre outros;
• Vistoria: pode ser realizada uma vistoria no estabelecimento ou na
obra para verificação dos fatos relevantes para o processo.
I9educacao.com
Etapas do PAF: Conclusão
A prescrição intercorrente é um instituto que determina a extinção de um
processo em razão da sua inatividade por um determinado período de tempo.
No âmbito do processo administrativo fiscal, a prescrição intercorrente ocorre
quando não há movimentação do processo por parte do Fisco ou do
contribuinte por um prazo superior a 5 anos.

O prazo da prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal é


regulado pelo artigo 174, parágrafo único, do Código Tributário Nacional (CTN),
que estabelece que "a ação para a cobrança do crédito tributário prescrito em
cinco anos, contados dos dados da sua constituição definitiva ".

O entendimento é que o processo administrativo fiscal é o procedimento que


visa a constituição definitiva do crédito tributário, e, portanto, o prazo de 5
anos se aplica também a esse procedimento.
I9educacao.com
Etapas do PAF: Inscrição em Dívida Ativa
A última inscrição em dívida ativa é uma das etapas do processo administrativo
fiscal, e consiste na inclusão do crédito tributário na lista de débitos do Estado
que serão cobrados judicialmente. A inscrição em dívida ativa é feita pela
autoridade administrativa competente, que emite um documento denominado
Certidão de Dívida Ativa (CDA).
A CDA é um título executivo extrajudicial que representa o crédito tributário e é
utilizado pelo Estado para ajuizar uma ação de execução fiscal contra o
devedor. A inscrição em dívida ativa é uma forma de pressionada o contribuinte
a quitar seus débitos, já que a partir desse momento, a cobrança passa a ser
feita de forma mais rigorosa e com o uso de medidas coercitivas, como penhora
de bens e bloqueio de contas bancárias.
Para inscrição em dívida ativa, é necessário que tenha ocorrido o disparo
tributário e esgotadas como possibilidades de recurso administrativo. O valor
do crédito tributário inscrito em dívida ativa é acrescido de juros, multa e
demais encargos previstos na legislação tributária.

I9educacao.com
Processo de Consulta
O processo de consulta é uma modalidade do processo administrativo fiscal
que permite que o contribuinte ou interessado consulte a autoridade
administrativa sobre a interpretação da legislação tributária e solicite
esclarecimentos sobre a sua aplicação em relação a uma situação específica.
A consulta pode ser feita de forma escrita e deve ser respondida pela
autoridade administrativa competente em um prazo determinado. A resposta
da consulta é vinculativa para a administração tributária, desde que a consulta
tenha sido realizada de boa-fé e que as informações prestadas sejam
verdadeiras e completas.

I9educacao.com
Processo de Consulta
O processo de consulta é importante para que o contribuinte possa esclarecer
dúvidas e evitar conflitos futuros com a administração tributária. Além disso, a
consulta pode ser utilizada como uma forma de planejamento tributário,
permitindo que o contribuinte participe como cumpra uma determinada
situação antes de tomá-la efetivamente.

• Direito de Petição ( art. 5, XXXIV da CRFB/1988)

I9educacao.com
Processo de Consulta
O processo de consulta fiscal pode ser utilizado em diversas situações, tais
como:

• Interpretação de normas tributárias: o contribuinte pode solicitar à


autoridade administrativa competente a interpretação de uma norma
tributária e sua aplicação em relação a uma situação concreta;

• Classificação fiscal de mercadorias: quando o contribuinte tem dúvidas sobre


a classificação fiscal de mercadorias, pode solicitar à Receita Federal do
Brasil a interpretação da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e
respectiva alíquota do Imposto de Importação;

I9educacao.com
Processo de Consulta
• Regimes especiais de participação: o contribuinte pode solicitar à
autoridade fiscal a concessão de regimes especiais de participação, como o
Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas
Exportadoras (REINTEGRA) ou o Regime Especial de Tributação para a
Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação
(REPES);
• Questões sobre o ICMS: em alguns estados, o processo de consulta fiscal é
utilizado para esclarecer sobre a aplicação do ICMS, como a base de cálculo,
a alíquota, a não incidência ou a isenta.
Os órgãos responsáveis ​pelo processo de consulta fiscal variam de acordo com
o tema consultado. No âmbito federal, a Receita Federal do Brasil é o órgão
competente para a maioria das consultas fiscais. Já nos estados, a Secretaria da
Fazenda.

I9educacao.com
Processo de Consulta
Art. 46. O sujeito passivo poderá formular consulta sobre dispositivos da
legislação tributária aplicáveis a fato determinado.
Parágrafo único. Os órgãos da administração pública e as entidades
representativas de categorias econômicas ou profissionais também poderão
formular consulta.
Art. 47. A consulta deverá ser apresentada por escrito, no domicílio tributário
do consulente, ao órgão local da entidade incumbida de administrar o tributo
sobre que versa.

I9educacao.com
Processo de Consulta
Art. 48. Salvo o disposto no artigo seguinte, nenhum procedimento fiscal será
instaurado contra o sujeito passivo relativamente à espécie consultada, a partir
da apresentação da consulta até o trigésimo dia subseqüente à data da
ciência:
I - de decisão de primeira instância da qual não haja sido interposto recurso;
II - de decisão de segunda instância.
Art. 49. A consulta não suspende o prazo para recolhimento de tributo, retido
na fonte ou autolançado antes ou depois de sua apresentação, nem o prazo
para apresentação de declaração de rendimentos.

I9educacao.com
EXECUÇÃO FISCAL

Direito Tributário
Prof.ª Ma. Ainna Vilares Ramos

I9educacao.com
Prof.ª M.ª Ainna Vilares Ramos

✓ Mestre em Direito Político e Econômico – Mackenzie


✓ MBA em Gestão Tributária - USP
✓ Especialista em Direito Tributário - PUCSP
✓ Professora de Direito Tributário e Direito Constitucional
✓ Graduanda em Ciências Contábeis
✓ Escritora Jurídica
Instagram: @advrainna
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ainna-vilares-ramos-
2b05341b3/

I9educacao.com
Sobre o Titulo Executivo
✓ Título que embasa a execução Fiscal: CDA –Certidão de Dívida Ativa

✓ Etapas para a formação da CDA:

1.Lançamento, Auto de Infração ou Declaração do contribuinte: constituem


o crédito tributário
2.Ausência de defesa administrativa ou decisão administrativa irreformável,
mantendo a exigência fiscal
3.Procuradoria (do Município, Estado ou Nacional) efetua o controle de
legalidade e realiza a inscrição em Dívida Ativa (no âmbito federal, vide art.
4º da Portaria PGFN nº 33/2018)

I9educacao.com
PRDI (Pedido de Revisão de Dívida Inscrita)Portaria
PGFN nº 33/2018

Art.15.(...) §1º. Admite-se o PRDI:

I- para alegação de pagamento, parcelamento, suspensão de exigibilidade


por decisão judicial, compensação, retificação da declaração,
preenchimento da declaração com erro, vício formal na constituição do
crédito, decadência ou prescrição, quando ocorrido sem momento anterior
à inscrição em dívida ativa da União;

I9educacao.com
PRDI (Pedido de Revisão de Dívida
Inscrita)Portaria PGFN nº 33/2018

II-para alegação das matérias descritas no art.5º, §1º, ocorridas antes ou


após a inscrição em dívida ativa da União;

III-para alegação de qualquer causa de extinção ou suspensão do crédito


tributário ou não tributário, ocorridas antes ou após a inscrição em dívida
ativada União.

§2º. O PRDI pode ser efetuado a qualquer tempo e, desde que apresentado
no prazo do art.6º, II, suspenderá a prática dos atos descritos no art.7º em
relação ao débito questionado.

I9educacao.com
A inscrição do débito em Dívida Ativa NÃO suspende nem
interrompe o prazo prescricional

✓ Execução fiscal é disciplinada pela Lei nº 6.830/80 (LEF)

✓ Prescrição tributária é tema reservado à lei complementar

✓ Então a suspensão por 180 dias previsto no art.2º, §3º, da LEF só


se aplica a débitos não tributários.

I9educacao.com
Termo de Inscrição em Dívida Ativa
Documento lavrado para incluir o débito em dívida ativa.

Requisitos (art. 202 do CTN e §5º do art. 2º da LEF):

1.Nome do devedor, dos corresponsáveis e, sempre que conhecido, o


domicílio ou residência destes;
2.Valor originário da dívida, termo inicial e forma de calcular os juros
demora e demais encargos previstos em lei;
3.origem, natureza e fundamento legal do débito;
4.Data da inscrição;
5.Data e número da inscrição no registro e Dívida Ativa; e
6. Número do processo administrativo ou auto de infração.
I9educacao.com
Termo e Certidão de Dívida Ativa

• O Termo de Inscrição em Dívida Ativa antecede e serve de base à


Certidão de Dívida Ativa (CDA).

• A CDA deve conter os mesmo requisitos for mais exigidos do termo de


inscrição.

• CDA é o título executivo extrajudicial, dotada de presunção de certeza,


liquidez e exigibilidade.

I9educacao.com
I9educacao.com
I9educacao.com
A CDA pode ser substituída para corrigir vícios?
Sim.
Havendo vício na CDA que seja passível de correção, seja por omissão ou
falha em algum dos requisitos previstos no art. 202 do CTN, a CDA defeituosa
pode ser modificada ou substituída até a decisão de primeira instância
(sentença dos embargos à execução).
Nesse caso, deve devolver-se o prazo de defesa ao
executado.
Não pode ser corrigida ou substituída a CDA se isso alterar o próprio
lançamento. Ex: revisão das competências lançadas, alteração no sujeito
passivo, modificação da legislação que fundamentou a constituição do
crédito.

I9educacao.com
DECADÊNCIA x PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA
Execução
CDA Fiscal
Lança-
Fato mento
Lei
Decadência PAF Prescrição Prescrição
ou para redirecionar
Notificação do lançamento Prazo para pagar Vencimento
Despacho
ordenando citação

I9educacao.com
TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO
CTN, art. 174. “A ação para a cobrança do crédito tributário
prescreve em cinco anos, constados da data da sua constituição definitiva.”

Tratando-se de prazo para a cobrança do crédito tributário, não se


pode admitir seu transcurso quando:

(i) ainda não surgiu o direito de exigi-lo; ou


(ii) quando tal direito não pode ser exercido.

I9educacao.com
TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO

• STJ, Resp 1.320.825 (repetitivo de controvérsia) :

• “A notificação do contribuinte para o recolhimento do IPVA


perfectibiliza a constituição definitiva do crédito tributário,
iniciando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia
seguinte à data estipulada para o vencimento da exação.”

I9educacao.com
PRESCRIÇÃO

• Causas suspensivas: art. 151 do CTN (cessando o motivo da


suspensão, o prazo volta a correr de onde parou)

• Causas interruptivas: art. 174 do CTN (reinicia-se a contagem do


prazo)

I9educacao.com
Parcelamento tributário
• Resp 1.641.011 (STJ, 1ª Seção) – Tema 980.

• Parcelamento concedido de ofício (ex: IPTU) não interrompe a


prescrição:
• (i) o termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto
Predial e Territorial Urbano - IPTU inicia-se no dia seguinte à data
estipulada para o vencimento da exação;
• (ii) o parcelamento de ofício da dívida tributária não configura causa
interruptiva da contagem da prescrição, uma vez que o contribuinte não
anuiu.

I9educacao.com
Parcelamento tributário
Em relação a débitos já prescritos ou decaídos, o parcelamento
tributário não tem o condão de reavivar a possibilidade de cobrança.

•RECURSO ESPECIAL Nº 1.355.947 - CONFISSÃO DE DÉBITOS


TRIBUTÁRIOS PARA EFEITO DE PARCELAMENTO
APRESENTADA APÓS O PRAZO PREVISTO NO ART. 173, I, DO
CTN. OCORRÊNCIA DE DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE
CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.

I9educacao.com
Parcelamento tributário
•“Assim, a prescrição não está sujeita à renúncia por parte do
devedor, haja vista que ela não fulmina apenas o direito de
ação, mas também o próprio crédito tributário, nos termos do art.
156, V, do CTN, de modo que a jurisprudência desta Corte Superior
orienta que a renúncia manifestada para fins de adesão à
parcelamento é ineficaz à cobrança de crédito tributário já prescrito.”

•(AgInt no AgInt no AREsp 1343161/SP, Rel. Ministro GURGEL DE

I9educacao.com
Prescrição intercorrente
Lei 6.830/80
Art. 40. O juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o
devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses
casos, não correrá o prazo de prescrição.
(...)
§ 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o devedor
ou encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos.
(...)
§ 4º Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo
prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício,
reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato. (Lei
11.051/04)

I9educacao.com
Prescrição intercorrente

Súmula 314 do STJ


“Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um
ano, findo o qual inicia-se o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.”

I9educacao.com
Prescrição intercorrente
STJ, REsp 1.340.553
(Temas repetitivos 566, 567, 568, 569, 570, 571)

INÍCIO AUTOMÁTICO DO PRAZO:


O prazo de 1 (um) ano de suspensão do processo e do respectivo prazo
prescricional previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei n. 6.830/80 tem início
automaticamente na data da ciência da Fazenda Pública a respeito da não
localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no
endereço fornecido, havendo, sem prejuízo dessa contagem automática, o
dever de o magistrado declarar ter ocorrido a suspensão da execução.

I9educacao.com
Prescrição intercorrente
A ausência de intimação da Fazenda Pública quanto ao despacho que
determina a suspensão da execução fiscal (art. 40, § 1º) ou o arquivamento da
execução (art. 40, § 2º) ilide a decretação da prescrição intercorrente?

A Fazenda Pública, em sua primeira oportunidade de falar nos autos (art. 278
do CPC/2015), ao alegar nulidade pela falta de qualquer intimação dentro do
procedimento do art. 40 da LEF, deverá demonstrar o prejuízo que sofreu
(exceto a falta da intimação que constitui o termo inicial, onde o prejuízo
é presumido), cabendo demonstrar, por exemplo, a ocorrência de causa
interruptiva ou suspensiva da prescrição.

I9educacao.com
Processo de Execução Fiscal

• Lei nº 6.830/80
Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias,
pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados
na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução (...):

I9educacao.com
Processo de Execução Fiscal
• Lei nº 6.830/80

Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e


encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
I.- efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de
crédito, que assegure atualização monetária;
II.- oferecer fiança bancária;
II.- oferecer fiança bancária ou seguro garantia;
III.- nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou
IV.- indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda
Pública.

I9educacao.com
Tempo da exceção de pré-executividade

Citação do Garantia da
executado Exec. Fiscal

Exceção de pré-executividade

I9educacao.com
Matéria da exceção de pré- executividade
Fredie Didier:

“qualquer alegação de defesa ´pode ser veiculada por ‘exceção de pré-executividade,


desde que possa ser comprovada por prova pré-constituida”.

(Curso de Direito Processual Civil: Execução)

Exemplos:
• Inconstitucionalidade/ilegalidade
• Ilegitimidade da parte
• Decadência
• Prescrição
• Nulidade da CDA I9educacao.com
Matéria da exceção de pré- executividade
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CABIMENTO PARA
APRECIAR MATÉRIA QUE NÃO DEMANDE DILAÇÃO PROBATÓRIA.
POSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO DE FATO MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO
DIREITO.

1. As matérias passíveis de serem alegadas em Exceção de Pré-executividade


não são somente as de ordem pública, mas também os fatos modificativos
ou extintivos do direito do exequente, desde que
demonstrados de plano, sem necessidade de dilação probatória.
Precedentes do STJ.

I9educacao.com
Matéria da exceção de pré- executividade

2. A defesa apresentada pela recorrente, embasada em


decisão Judicial que, em tese, suspende a exigibilidade do crédito
tributário exigido em Execução Fiscal, enquadra-se em questão que
atinge o requisito da certeza da CDA, podendo ser
conhecida caso não demande dilação probatória.
(STJ - REsp 1712903 / SP)

I9educacao.com
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 544 DO CPC. PROCESSUAL CIVIL.
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ARGÜIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS QUE DISCIPLINAVAM AS
EXAÇÕES ENSEJADORAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO EXEQÜENDO.
POSSIBILIDADE. IPTU. TAXAS DE LIXO E ILUMINAÇÃO PÚBLICA.
ESPECIFICIDADE E DIVISIBILIDADE. ARTS. 77 E 79, DO CTN. MATÉRIA DE
NATUREZA CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO EG. STF.

1. A exceção de pré-executividade é servil à suscitação de questões que


devam ser conhecidas de ofício pelo juiz, como as atinentes à liquidez do
título executivo, os pressupostos processuais e as condições da ação
executiva.

I9educacao.com
2. O espectro das matérias suscitáveis através da exceção tem sido
ampliado por força da exegese jurisprudencial mais recente,
admitindo-se, por exemplo, a argüição de prescrição, ou mesmo de
inconstitucionalidade da exação que deu origem ao crédito
exeqüendo, desde que não demande dilação probatória (exceptio
secundum eventus probationis).

3. A inconstitucionalidade das exações que ensejaram a propositura da


ação executória sub judice infirma a própria exigibilidade dos títulos em
que esta se funda, matéria, inequivocamente argüível em sede de
exceção de pré-executividade.

I9educacao.com
4. Consectariamente, sua veiculação em exceção de pré-executividade é
admissível. Precedentes desta Corte: REsp n.º 595.451/RJ, Primeira Turma,
Rel. Min. Teori Albino Zavascki; DJ de 06/09/2004; REsp n.º 600.986/RJ, Rel.
Min. Franciulli Netto, DJ de 11/05/2005, Resp 625203/RJ Rel. Ministro
Francisco Falcão, DJ 01.07.2005. (...) (STJ – Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento n 888.176/RJH)

I9educacao.com
Não se admite em processo de execução fiscal

• Art. 16, § 3º, da LEF:

• “Não será admitida reconvenção, nem


compensação, e as exceções, salvo as de suspeição,
incompetência e impedimentos, serão arguidas como matéria
preliminar e serão processas e julgadas com os embargos”

I9educacao.com
Exceção de pré-executividade

NÃO há suspensão automática.

Isso significa que persiste a possibilidade de penhora de bens


do executado.

É preciso que se pleiteie tutela de urgência, demonstrando a


plausibilidade do direito e o perigo na demora.

I9educacao.com
Exceção de pré-executividade
CPC - Art. 265. Suspende-se o processo: (…) IV – quando a
sentença de mérito:
depender do julgamento de outra causa, ou da declaração da existência ou
inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro
processo pendente;
b)não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de
produzida certa prova, requisitada a outro juízo;
c)tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado, requerido como
declaração incidente.”

A existência de questão prejudicial que, caso não seja resolvida previamente,


poderá acarretar prejuízo ao julgamento de mérito da demanda.
I9educacao.com
Processo de Execução Fiscal

• Lei nº 6.830/80

Art. 16. O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias,


contados:
I.– do depósito;
II. – da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro- garantia;
III.– da intimação da penhora.

I9educacao.com
Tempo dos Embargos à Execução Fiscal

30 dias úteis

Citação do Garantia da
executado Exec. Fiscal

Exceção de pré-executividade Embargos à Exec Fiscal Ação Anulatória

I9educacao.com
Natureza dos Embargos à Execução Fiscal

Os Embargos à Execução são:


• uma ação autônoma que segue o rito do processo de conhecimento
• petição inicial distribuída por dependência à execução fiscal
• tem amplitude máxima de discussão (alega-se toda a matéria de
defesa, inclusive com produção probatória)
• mas não se admite reconvenção nem compensação

I9educacao.com
Requisitos e conteúdo
Lei 6.830/80
Art. 16 (...)
§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de
garantida a execução.
§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda
matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os
documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do
juiz, até o dobro desse limite.
§ 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação,
e as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e
impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e serão
processadas e julgadas com os embargos.
I9educacao.com
Garantia do juízo como condição
Art. 16 (...)
§ 1º - Não são admissíveis embargos do
executado antes de garantida a execução.

➢ E no caso de garantia parcial do juízo?


Deve o devedor ser intimado a demonstrar sua insuficiência
patrimonial. - STJ, AREsp 1.364.627

➢ Em caso de hipossuficiência, inequivocamente comprovada a inexistência


de patrimônio, pode- se afastar a necessidade de garantia do juízo como
condição de admissibilidade dos Embargos à Execução Fiscal – STJ Resp
1.487.772
I9educacao.com
Reabertura de prazo para embargos
Lei 6.830/80
Art. 2º, § 8º: “até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida
Ativa poderá ser emendada ou substituída, assegurada ao executado a
devolução do prazo para embargos”.

Súmula 392, do STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão


de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos,
quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada
a modificação do sujeito passivo da execução.

I9educacao.com
Efeitos dos embargos

Não possuem efeito suspensivo


Mas aplica-se subsidiariamente o § 1º do art. 919 do CPC:
“O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito
suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a
concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja
garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.”

I9educacao.com
Resolução CNJ n. 547, de 22/02/2024

O que muda nas Execuções Fiscais

I9educacao.com
Tema 1.184 - STF
1. É legítima a extinção de execução fiscal de baixo valor pela ausência de interesse
de agir tendo em vista o princípio constitucional da eficiência administrativa,
respeitada a competência constitucional de cada ente federado.

2. O ajuizamento da execução fiscal dependerá da prévia adoção das seguintes


providências: a) tentativa de conciliação ou adoção de solução administrativa; e b)
protesto do título, salvo por motivo de eficiência administrativa, comprovando-se a
inadequação da medida.

3. O trâmite de ações de execução fiscal não impede os entes federados de pedirem


a suspensão do processo para a adoção das medidas previstas no item 2, devendo,
nesse caso, o juiz ser comunicado do prazo para as providências cabíveis.

I9educacao.com
TRANSAÇÃO TRIBUTÁRIA

Direito Tributário
Prof.ª Ma. Ainna Vilares Ramos

I9educacao.com
Prof.ª M.ª Ainna Vilares Ramos

✓ Mestre em Direito Político e Econômico – Mackenzie


✓ MBA em Gestão Tributária - USP
✓ Especialista em Direito Tributário - PUCSP
✓ Professora de Direito Tributário e Direito Constitucional
✓ Graduanda em Ciências Contábeis
✓ Escritora Jurídica
Instagram: @advrainna
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ainna-vilares-ramos-
2b05341b3/

I9educacao.com
Transação Tributária
A gestão do passivo tributário tem como objetivo principal a administração
eficiente das obrigações fiscais de uma empresa. Isso inclui a identificação, o
controle e a regularização das dívidas tributárias, para minimizar os impactos
financeiros e legais para a organização.

I9educacao.com
Objetivos
Regularização de Dívidas: Negociar e regularizar dívidas fiscais junto aos
órgãos competentes, buscando condições mais favoráveis para o pagamento e
a quitação dessas obrigações.
Mitigação de Riscos: Identificar e mitigar os riscos associados às obrigações
tributárias, protegendo a empresa contra possíveis ações fiscais, execuções e
bloqueios de bens.
Otimização dos Processos Fiscais: Implementar melhorias nos processos
internos relacionados à gestão tributária, aumentando a eficiência e a precisão
das operações fiscais.

I9educacao.com
I9educacao.com
I9educacao.com
I9educacao.com
I9educacao.com
I9educacao.com
I9educacao.com
I9educacao.com
I9educacao.com
O que é a Transação Tributária
O acordo de transação tributária é um instrumento celebrado pelo
contribuinte e pela administração tributária que, mediante concessões
mútuas, extingue o débito tributário federal.

Na prática, você desiste de manifestar defesa sobre um débito e pode


pagar a dívida com descontos e condições especiais.

I9educacao.com
O que é a Transação Tributária

O acordo de transação tributária é um “parcelamento especial” que pode


prever redução da dívida, descontos sobre juros e multa, prazos especiais
de pagamento, utilização de prejuízo fiscal para abater valores, uso de
precatórios para amortização da dívida, dentre outros benefícios.

O parcelamento "normal", por sua vez, não prevê a possibilidade de obter


descontos ou abatimentos sobre o valor devido. A dívida é simplesmente
dividida em parcelas.

I9educacao.com
Princípios: Oficialidade
A Lei 13.988/20 traz as regras gerais e os EDITAIS periódicos trazem as
condições vigentes. Todas as pessoas, físicas ou jurídicas, podem optar pela
transação tributária para liquidar seus débitos.

Atualmente, o edital vigente dá o limite para parcelamento de R$


45.000.000,00

I9educacao.com
Adesão - Legislação:

Edital PGDAU nº 2, de 10 de maio de 2024 - Torna públicas propostas da


Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para transação por adesão, nos
termos da Lei n. 13.988, de 14 de abril de 2020, e da Portaria PGFN nº 6.757,
de 29 de julho de 2022, de créditos inscritos em dívida ativa da União.

Portaria Normativa MF nº 1.584, de 2023 - Dispõe sobre transação por adesão


no contencioso tributário de relevante e disseminada controvérsia jurídica e
de pequeno valor.

I9educacao.com
Adesão - Legislação:
Portaria PGFN nº 10.826, de 21 de dezembro de 2022 - Regulamenta, no
âmbito da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, os requisitos formais, a
documentação necessária e os procedimentos a serem observados
uniformemente para a utilização de créditos líquidos e certos decorrentes de
decisões transitadas em julgado para quitação de débitos inscritos em dívida
ativa da União, na forma do art. 100, § 11, da Constituição.

Portaria PGFN nº 6.757, de 29 de julho de 2022 - Regulamenta a transação na


cobrança de créditos da União e do FGTS.

I9educacao.com
Adesão - Legislação:
Lei Complementar nº 174, de 5 de agosto de 2020 - Autoriza a extinção de
créditos tributários apurados na forma do Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), mediante celebração de
transação resolutiva de litígio.

Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020 - Dispõe sobre a transação nas hipóteses


que especifica; e altera as Leis nos 13.464, de 10 de julho de 2017, e 10.522, de
19 de julho de 2002.

Art. 171 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Dispõe sobre o Sistema


Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à
União, Estados e Municípios.
I9educacao.com
MODALIDADES

TRANSAÇÃO POR ADESÃO:

Transação de pequeno valor


Transação de pequeno valor para débitos previdenciários de MEI
Transação conforme a capacidade de pagamento
Transação para débitos de difícil recuperação ou irrecuperáveis
Transação de inscrições garantidas por seguro garantia ou carta fiança

I9educacao.com
Transação de pequeno valor
→ Quem pode utilizar o serviço

A negociação abrange somente pessoa física, microempreendedor individual


(MEI), microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP) que possuem
débitos inscritos em dívida ativa há mais de ano, cujo valor consolidado
seja igual ou inferior a 60 salários mínimos.

É permitido ter mais de uma conta de negociação de pequeno valor, a fim de


negociar as inscrições elegíveis.

I9educacao.com
Transação de pequeno valor
→ Benefícios

O pagamento da entrada será de 5%, podendo ser dividido em até 5


prestações mensais, sem desconto. O pagamento do saldo restante poderá ser
em:
•até 7 meses, com desconto de 50% sobre o valor total;
•até 12 meses, com desconto de 45% sobre o valor total;
•até 30 meses, com desconto de 40% sobre o valor total.
•até 55 meses, com desconto 30% sobre o valor total.

I9educacao.com
Pequeno valor para débitos prev. de MEI
→ Quem pode utilizar o serviço

A negociação abrange somente o microempreendedor individual (MEI) que


possui débitos previdenciários – código de receita 1537 – inscritos em dívida
ativa há mais de ano, cujo valor consolidado seja igual ou inferior a 5 salários
mínimos.

A negociação estará disponível, somente, para o CNPJ do microempreendedor


individual.

I9educacao.com
Pequeno valor para débitos prev. de MEI
→ Benefícios

Essa modalidade de transação pode conceder os seguintes benefícios:

• Entrada facilitada: referente a 5% do valor total da dívida, sem desconto,


em até 5 meses.

• O pagamento do saldo restante: até 55 meses, com desconto de


50% sobre o valor total.

I9educacao.com
Pequeno valor para débitos prev. de MEI

Outro benefício é a possibilidade de quitar ou amortizar o saldo devedor


mediante a utilização de precatórios federais, próprios do interessado ou
por ele adquiridos de terceiros, decorrentes de decisões transitadas em
julgado, conforme Portaria PGFN nº 10.826, de 2022.

I9educacao.com
Transação conforme a CAPAG
→ Quem pode utilizar o serviço

A negociação está disponível ao contribuinte cujo valor consolidado dos


débitos a serem negociados seja igual ou inferior a R$ 45 milhões.
Os benefícios, no entanto, variam conforme a capacidade de pagamento do
contribuinte:

• contribuinte com classificação para transação “A” ou “B” poderá aproveitar


a entrada facilitada.
• contribuinte com classificação para transação “C” ou “D” poderá aproveitar
a entrada facilitada, prazo alongado e descontos sobre os acréscimos legais.

I9educacao.com
Transação conforme a CAPAG

A capacidade de pagamento será estimada de forma automática pelo sistema.


Na tela de consulta está disponível tanto a classificação para transação – se “A”,
“B”, “C” ou “D” – quanto o detalhamento da fórmula e os valores utilizados no
cálculo. Para consultar, basta acessar o REGULARIZE e clicar em Negociar
Dívida > Acesso ao Sistema de Negociações > menu Capacidade de
pagamento.

I9educacao.com
Transação conforme a CAPAG
→ Benefícios

Essa modalidade de transação pode conceder os seguintes benefícios:

• entrada facilitada: referente a 6% do valor total da dívida, sem desconto, em


até 6 meses; e em até 12 meses tratando-se de pessoa física,
microempreendedor individual (MEI), microempresa (ME), empresa de
pequeno porte (EPP), Santas Casas de Misericórdia, sociedades cooperativas
e demais organizações da sociedade civil (Lei nº 13.019, de 2014) ou
instituições de ensino.

I9educacao.com
Transação conforme a CAPAG
• prazo alongado para pagamento: saldo restante poderá ser dividido em até
114 prestações mensais; e em até 133 prestações mensais tratando-se de
pessoa física, microempresa (ME), empresa de pequeno porte (EPP), Santas
Casas de Misericórdia, sociedades cooperativas e demais organizações da
sociedade civil (Lei nº 13.019, de 2014) ou instituições de ensino.

Atenção! Tratando-se de débitos previdenciários – referentes aos códigos de


receita 4156, 4133, 4162, 4185, 1843 e 1537 – a quantidade máxima de
prestações é de 60 meses, devido a limitações constitucionais. Esse limite
constitucional não atinge, no entanto, as contribuições do Funrural e outras
contribuições sociais.

I9educacao.com
Difícil recuperação/irrecuperáveis
→ Quem pode utilizar o serviço

Contribuintes que possuem débitos considerados de difícil recuperação ou


irrecuperáveis pela PGFN, cujo valor não seja superior a R$ 45 milhões. São
eles:

I. débitos inscritos há mais de 15 (quinze) anos e sem anotação atual de


garantia ou suspensão de exigibilidade;
II. com exigibilidade suspensa por decisão judicial há mais de 10 (dez) anos,
nos termos do art. 151, IV ou V, do Código Tributário Nacional;
III. de titularidade de pessoa jurídica cuja situação especial no CNPJ seja:
falidos, em liquidação judicial, em intervenção ou liquidação extrajudicial.
I9educacao.com
Difícil recuperação/irrecuperáveis

IV - de titularidade de pessoa jurídica cuja situação cadastral no CNPJ seja:

a) baixado por inaptidão;


b) baixado por inexistência de fato;
c) baixado por omissão contumaz;
d) baixado por encerramento da falência;
e) baixado pelo encerramento da liquidação judicial;
f) baixado pelo encerramento da liquidação extrajudicial;

I9educacao.com
Difícil recuperação/irrecuperáveis

g) baixado por encerramento da liquidação;


h) inapto por localização desconhecida;
i) inapto por inexistência de fato;
j) inapto omisso e não localizado;
k) inapto por omissão contumaz; ou
l) suspenso por inexistência de fato;

V - de titularidade de pessoa física com indicativo de óbito.

I9educacao.com
Difícil recuperação/irrecuperáveis
→ Benefícios

Essa modalidade de transação pode conceder os seguintes benefícios:

• Entrada facilitada: referente a 6% do valor total da dívida, sem desconto, em


até 12 meses.
• Prazo alongado para pagamento: saldo restante poderá ser dividido em até
108 prestações mensais; e em até 133 prestações mensais tratando-se de
pessoa física, microempreendedor individual (MEI), microempresa (ME),
empresa de pequeno porte (EPP), Santas Casas de Misericórdia, sociedades
cooperativas e demais organizações da sociedade civil (Lei nº 13.019, de
2014) ou instituições de ensino.
I9educacao.com
Seguro garantia ou carta fiança

→ Quem pode utilizar o serviço

O contribuinte que possui decisão transitada em julgado em seu desfavor,


cujos débitos estão garantidos por seguro garantia ou carta fiança, antes da
ocorrência do sinistro ou do início da execução da garantia.

I9educacao.com
Seguro garantia ou carta fiança
→ Benefícios

O pagamento, sem descontos, poderá ser nas seguintes condições:

• entrada de 50% e o saldo restante em até 12 meses;


• entrada de 40% e o saldo restante em até 8 meses;
• entrada de 30% e o saldo restante em até 6 meses.

Outro benefício é a possibilidade de quitar ou amortizar o saldo devedor


mediante a utilização de precatórios federais, próprios do interessado ou por
ele adquiridos de terceiros, decorrentes de decisões transitadas em julgado,
conforme Portaria PGFN nº 10.826, de 2022.
I9educacao.com
RECUPERÃÇÃO DE CRÉDITO
TRIBUTÁRIO
Direito Tributário
Prof.ª Ma. Ainna Vilares Ramos

I9educacao.com
Prof.ª M.ª Ainna Vilares Ramos

✓ Mestre em Direito Político e Econômico – Mackenzie


✓ MBA em Gestão Tributária - USP
✓ Especialista em Direito Tributário - PUCSP
✓ Professora de Direito Tributário e Direito Constitucional
✓ Graduanda em Ciências Contábeis
✓ Escritora Jurídica
Instagram: @advrainna
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ainna-vilares-ramos-
2b05341b3/

I9educacao.com
DEFINIÇÃO
Recuperação de Crédito Tributário pago a
mais, indevidamente, de tributos Federais, pode ser
operacionalizada pela via judicial.

A escolha da via judicial deverá ser


secundária, para que não haja a supressão do direito
administrativo de recuperar o crédito tributário.

I9educacao.com
IN RFB 2.055/2021

Art. 100. A compensação de créditos decorrentes de decisão judicial


transitada em julgado será realizada na forma prevista nesta Instrução
Normativa, exceto se a decisão dispuser de forma diversa.

Art. 101. É vedada a compensação do crédito do sujeito passivo para com


a Fazenda Nacional, objeto de discussão judicial, antes do trânsito em
julgado da respectiva decisão judicial.
Parágrafo único. Não poderão ser objeto de compensação os créditos
relativos a títulos judiciais já executados perante o Poder Judiciário, com
ou sem emissão de precatório.

I9educacao.com
Habilitação

I9educacao.com
Habilitação
o A compensação com tributos devidos só poderá ser realizada após o
procedimento de habilitação pela Receita Federal.
o Somente serão habilitados créditos após o transito em julgado da decisão
judicial (quando não cabe mais recurso da decisão).
o Após a habilitação, a declaração de compensação deve ser feita por meio
de PER/DCOMP.
o A declaração de compensação poderá ser realizada em até 5 (cinco) anos,
contados da data do trânsito em julgado da decisão ou da homologação
(confirmação) da desistência da execução do título judicial.

I9educacao.com
Qual ação escolher?
→Mandado de Segurança
→Ação ordinária

Relação entre:
✓ a medida judicial
✓ as provas do direito do contribuinte
✓ as consequências de eventual sentença denegatória

I9educacao.com
Critérios para escolha
o Qual o objeto da controvérsia (fato ou direito)?
o O que se pretende com a medida?
o Quanto tempo passou desde o surgimento do
objeto da controvérsia?

I9educacao.com
Houve
lançamento
?

não sim

ação MS ação MS
declaratória preventivo anulatória repressivo

I9educacao.com
Mandado de Segurança
Lei 12 .016 /09 :

Art. 1 o Conceder -se - á mandado de segurança para proteger


direito líquido e certo , não amparado por habeas corpus ou
habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder ,
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo
receio de sofrê -la por parte de autoridade , seja de que categoria
for e sejam quais forem as funções que exerça .

I9educacao.com
Autoridade coatora
o Tributos federais:

✓Delegado da Receita Federal do Brasil: Em caso de situações que


não envolvem a zona aduaneira.
Ex: IR, IPI, ITR, PIS e COFINS etc ;

✓Inspetor da Receita Federal do Brasil: Em caso de situações


ocorridas dentro da zona aduaneira.
Ex: II, IE, PIS e COFINS importação etc ;

I9educacao.com
DEFINIÇÃO
o A Recuperação de Crédito Tributário Federal no Brasil é regulamentada
pela IN 2.055/2021, substituta da IN 1.717/17.
o Consolida as regras em um único diploma legal.
o Trata das regras de restituição, reembolso, ressarcimento e
compensação.
o Traz a obrigação da retificação da obrigação acessória para nascer o
direito creditório.

→ O requerimento deve ser realizado pela matriz;

I9educacao.com
IN 2.055/2021

Art. 1º Esta Instrução Normativa regulamenta a restituição, a


compensação, o ressarcimento e o reembolso, no âmbito da Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil (RFB), no caso de:

I - restituição e compensação de quantias recolhidas a título de tributo


administrado pela RFB;

II - restituição e compensação de outras receitas da União arrecadadas


mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) ou
Guia da Previdência Social (GPS);

I9educacao.com
IN 2.055/2021

III - ressarcimento e compensação de créditos do Imposto sobre


Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para os Programas de
Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público
(Contribuição para o PIS/Pasep), da Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social (Cofins) e do Regime Especial de Reintegração de
Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra); e

IV - reembolso de quotas de salário-família e de salário-maternidade.

I9educacao.com
IN 2.055/2021
Art. 2º O disposto nesta Instrução Normativa aplica-se à restituição e à
compensação relativas a:
I - contribuições previdenciárias:
a) das empresas e equiparadas, incidentes sobre a remuneração paga
ou creditada aos segurados a seu serviço, e sobre o valor bruto da nota
fiscal ou da fatura de prestação de serviços, relativamente aos serviços
que lhes são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas
de trabalho;
b) dos empregadores domésticos;
c) dos trabalhadores e dos segurados facultativos, incidentes sobre seu
salário de contribuição;
d) instituídas a título de substituição; e
e) referentes à retenção na cessão de mão de obra e na empreitada; e
II - contribuições recolhidas para outras entidades ou fundos.

I9educacao.com
Da compensação

§ 1º A compensação total ou parcial do débito será acompanhada da


compensação, na mesma proporção, dos correspondentes acréscimos
legais.
§ 2º Se houver acréscimo de juros sobre o crédito, a compensação será
efetuada com a utilização do crédito e dos juros compensatórios, na
mesma proporção.

I9educacao.com
Da compensação não homologada
Art. 73. O sujeito passivo será cientificado da não homologação da
compensação e intimado a efetuar o pagamento dos débitos
indevidamente compensados no prazo de 30 (trinta) dias, contado da
data da ciência do despacho de não homologação.
§ 1º Se não ocorrer o pagamento ou o parcelamento no prazo previsto
no caput, o débito será encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN) para inscrição em Dívida Ativa da União, exceto no caso
de apresentação da manifestação de inconformidade prevista no art.
140.
§ 2º O prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito
passivo será de 5 (cinco) anos, contado da data da entrega da
declaração de compensação.
.

I9educacao.com
Da compensação não homologada
Art. 74. O tributo objeto de compensação não homologada será exigido
com os acréscimos legais previstos na legislação.

§ 1º Sem prejuízo do disposto no caput, será exigida do sujeito passivo,


mediante lançamento de ofício, multa isolada, no percentual de:

I - de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor do débito objeto de


declaração de compensação não homologada; ou
II - de 150% (cento e cinquenta por cento) sobre o valor total do débito
tributário indevidamente compensado, se comprovada a falsidade da
declaração apresentada pelo sujeito passivo.

I9educacao.com
Da compensação não homologada

I9educacao.com
Da compensação não declarada
75. {...} § 1º Será exigida do sujeito passivo, mediante lançamento de
ofício, multa isolada sobre o valor total do débito cuja compensação
seja considerada não declarada nas hipóteses previstas neste artigo no
percentual de:
I - 75% (setenta e cinco por cento); ou
II - 150% (cento e cinquenta por cento), se comprovada a falsidade da
declaração apresentada pelo sujeito passivo.
§ 2º As multas a que se referem os incisos I e II do § 1º passarão a ser de
112,5% (cento e doze inteiros e cinco décimos por cento) e 225%
(duzentos e vinte e cinco por cento), respectivamente, nos casos de não
atendimento, pelo sujeito passivo, no prazo determinado, de intimação
para prestar esclarecimentos ou para apresentar documentos ou
arquivos magnéticos.

I9educacao.com
Da compensação não declarada

Art. 75. É vedada e será considerada não declarada a compensação do


crédito que:
I - seja de terceiros;
II - se refira a “crédito-prêmio” instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei nº
491, de 5 de março de 1969;
III - se refira a título público;
IV - seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado;
V - não se refira a tributos administrados pela RFB; ou

I9educacao.com
Da compensação não declarada
VI) tiver como fundamento a alegação de inconstitucionalidade de lei,
exceto nos casos em que a lei:
1 – tenha sido declarada inconstitucional pela Supremo Tribunal Federal
em ação direta de inconstitucionalidade ou em ação declaratória de
constitucionalidade;
2 – tenha tido sua execução suspensa pela Senado Federal;
3 – tenha sido julgada inconstitucional em sentença judicial transitada
em julgado a favor do contribuinte; ou
4 – seja objeto de súmula vinculante aprovada pela Supremo Tribunal
Federal nos termos do art. 103-A da Constituição Federal.

I9educacao.com
Compensação de ofício
Art. 92. A restituição e o ressarcimento de tributos administrados pela RFB ou
a restituição de receita da União não administrada pela RFB arrecadada
mediante Darf ou GPS será efetuada depois de verificada a ausência de débitos
em nome do sujeito passivo credor perante a Fazenda Nacional.

§ 1º Na hipótese de haver débito, inclusive débito já encaminhado para


inscrição em Dívida Ativa da União, de natureza tributária ou não, o valor da
restituição ou do ressarcimento deverá ser utilizado para quitá-lo, mediante
compensação efetuada por meio de procedimento de ofício.

§ 2º Não se aplica a compensação de ofício a débito objeto de parcelamento ativo.

I9educacao.com
I9educacao.com
Prof.ª M.ª Ainna Vilares Ramos

✓ Mestre em Direito Político e Econômico – Mackenzie


✓ MBA em Gestão Tributária - USP

✓ Especialista em Direito Tributário - PUCSP


✓ Professora de Direito Tributário e Direito Constitucional
✓ Escritora Jurídica
Instagram: @advrainna
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ainna-vilares-ramos-2b05341b3/

I9educacao.com
REFORMA TRIBUTÁRIA

Direito Tributário
Prof.ª Ma. Ainna Vilares Ramos

I9educacao.com
Prof.ª M.ª Ainna Vilares Ramos

✓ Mestre em Direito Político e Econômico – Mackenzie


✓ MBA em Gestão Tributária - USP
✓ Especialista em Direito Tributário - PUCSP
✓ Professora de Direito Tributário e Direito Constitucional
✓ Graduanda em Ciências Contábeis
✓ Escritora Jurídica
Instagram: @advrainna
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ainna-vilares-ramos-
2b05341b3/

I9educacao.com
Reforma Tributária

o Contexto
o Mudanças
o Impactos

I9educacao.com
Contexto
Um sistema tributário justo e eficiente é caracterizado por alguns princípios
e características universalmente consagrados e razoavelmente consensuais:

o Equidade;
o Simplicidade e transparência;
o Elasticidade e estabilidade;
o Baixo custo de conformidade;
o Eficiência e neutralidade;
o Segurança jurídica;
o Moderação tributária;

I9educacao.com
I9educacao.com
Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/647648/EE19_2024.pdf

I9educacao.com
Mudanças
o Concentração nas mudanças dos tributos sobre bens e serviços;
o IVA-Dual

Aspectos Abordados Perifericamente:

o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)


o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
o Critérios de reajuste do Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana (IPTU)

➢ Tributação sobre a renda?

I9educacao.com
Mudanças
o Substitutivo à PEC 45/2019 antecipa projeto de lei para reforma
tributária sobre a renda.
o Possibilidade de considerar arrecadação adicional como compensação
para redução de tributação sobre folha de pagamentos e consumo.

Uniformização e Transparência:

o Operacionalização uniforme nacionalmente.


o Gestão tributária integrada.

I9educacao.com
Mudanças
Regimes e Benefícios Específicos:

o Simples Nacional e Zona Franca de Manaus;


o Cashback;
o Manutenção das imunidades ou não-incidências;
o Cesta Básica Nacional;
o PROUNI;
o Alíquotas reduzidas para diversos setores;

I9educacao.com
Mudanças
Preservação da proposta:

o Fim da cumulatividade
o Fato gerador no destino, não na origem
o Regras nacionais uniformes
o Fim da guerra fiscal
o Transparência para o contribuinte

I9educacao.com
Mudanças
Alíquotas: Atribuídas pelo Senado por meio de Resoluções.

o uma alíquota padrão;


o uma alíquota favorecida (40% da alíquota padrão);
o alíquota zero, isenção, imunidade, não incidência;
o alíquota de 30% em relação à padrão para profissionais liberais;
o a introdução do imposto seletivo sobre bens e serviços nocivos à saúde e ao
meio ambiente.

I9educacao.com
Impactos

o Impactos macroeconômicos
o Impactos regionais
o Impactos Fiscais

I9educacao.com
Impactos macroeconômicos
O Relatório do Grupo de Trabalho sobre a Reforma Tributária do TCU avaliou
os impactos das mudanças introduzidas a partir de dois estudos: Diz o
relatório:

As mudanças consideradas nas quatro variáveis exógenas


afetadas pela reforma tributária resultariam em um aumento do
PIB potencial do Brasil de 20,2% em 15 anos (2021-2035) e de
24% no longo prazo. Esse impacto decorre principalmente do
aumento da produtividade total dos fatores (14,4% em 15 anos e
16,4% no longo prazo) e do aumento dos investimentos em
ativos fixos, que geram uma elevação do estoque de capital de
12,0% em 15 anos e de 15,6% no longo prazo. (BORGES, 2020,
apud BRASIL. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, 2023, p. 17).
I9educacao.com
Impactos macroeconômicos
Diz o relatório:

Nos cenários sem o efeito produtividade, o impacto no PIB seria da ordem de


4,14%. Todos os agregados macroeconômicos apresentariam desvio positivo
(consumo das famílias, investimentos, exportações e importações). Merece
destaque o grande aumento do investimento nos cenários padrão e base (superior a
16%), o que mostra, segundo os autores, o quanto as distorções do atual sistema
tributário impactam a acumulação de capital na economia brasileira. [...] Foram
simulados outros dois cenários, desta vez com ganhos de produtividade, um,
otimista, supondo que a produtividade do capital se eleva de modo a que o
crescimento do PIB alcança 20%. [...] outro, mais conservador, supondo que a
produtividade do capital se eleva de forma a produzir um aumento do PIB potencial
de 12% no longo prazo.” (DOMINGUES e FREIRE, 2020 apud .BRASIL. TRIBUNAL DE
CONTAS DA UNIÃO, 2023, p. 18–19).

I9educacao.com
Impactos macroeconômicos

Sobre a transição, sinaliza o IPEA:

Durante o período de transição, quando gradativamente se


substitui o sistema antigo pelo novo, a diferença do PIB
realizado em cada cenário cresce. Para a PEC no 45/2019, ao
final do período de transição (2036), o PIB cresce 5,75%. Para a
PEC nº 110/2019, até 2032 o PIB cresce 4,48%, enquanto para o
substitutivo da PEC no 45/2019, também até 2032, cresce
2,39%. (Oliveira, 2023, p. 13).

I9educacao.com
Impactos macroeconômicos
Quanto ao nível de emprego, o estudo do IPEA
aponta:

Cabe salientar, ainda pelo gráfico 8, que a


reforma tributária, independente do cenário,
produziria crescimento no emprego agregado
da economia combinado com o crescimento
da produtividade apresentado no gráfico 7.
Isso evidencia como as más alocações geradas
pelo sistema tributário sobre consumo de
bens e serviços afetam a economia e impedem
seu crescimento (Oliveira, 2023, p. 15).

I9educacao.com
Impactos regionais
Efeitos Redistributivos da Reforma:

o Ganhos para entes federados menos desenvolvidos e população mais


pobre.
o Benefícios para 60% dos estados, 82% dos municípios e 70% da
população.

Impacto nos Estados:

o Ganho da maioria absoluta das unidades da federação.


o Cerca de 7% da arrecadação redistribuídos, estimado em 54 bilhões de
reais ao ano.

I9educacao.com
Impactos regionais

Impacto nos Municípios:

o Cerca de 82% seriam beneficiados pela reforma.


o Redistribuição de 21% das receitas, equivalendo a 50 bilhões de reais
por ano.
o 96% das cidades ampliariam sua arrecadação do ISS, hoje extremamente
concentrada.

I9educacao.com
Impactos fiscais
Impacto Fiscal para a União:

o Criação de dois fundos constitucionais: Fundo de Compensação de Benefícios


Fiscais ou Financeiro-Fiscais e Fundo Nacional de Desenvolvimento.

o Autorização para criação de outros dois fundos através de lei complementar:


Fundo de Sustentabilidade e Diversificação Econômica do Estado do Amazonas e
Fundo de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Ocidental e do Amapá.

o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional - FNDR.

I9educacao.com
Impactos fiscais
o Substitutivo à PEC 45/2019 antecipa projeto de lei para reforma tributária
sobre a renda.
o Possibilidade de considerar arrecadação adicional como compensação para
redução de tributação sobre folha de pagamentos e consumo.

Uniformização e Transparência:

o Operacionalização uniforme nacionalmente.


o Gestão tributária integrada.

I9educacao.com
Impactos fiscais

Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/647648/EE19_2024.pdf

I9educacao.com

Você também pode gostar