Direito Tributário

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DIREITO TRIBUTÁRIO

Gustavo Cisne
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
• ESTADO
• AFE
• DIREITO FINANCEIRO X DIREITO TRIBUTÁRIO
CONCEITOS IMPORTANTES
• FATO GERADOR:
- “art. 114. Fato gerador da obrigação
principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência”
- “art. 115 Fato gerador da obrigação
acessória é qualquer situação que, na forma
da legislação aplicável, impõe a prática ou a
abstenção de ato que não configure obrigação
principal”
CONCEITOS IMPORTANTES
• BASE DE CÁLCULO – É o valor (uma base
pecuniariamente avaliável) sobre a qual
incidirá uma alíquota para definir-se o
montante do tributo a pagar
• ALÍQUOTA – É um percentual definido em lei
que, aplicado sobre a base de calculo,
determina o montante do tributo a ser pago.
. Ad Valorem
. Específica
CONCEITOS IMPORTANTES
• OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA:
– Principal: Conteúdo pecuniário
– Acessória: Obrigação de fazer/ não fazer visando
interesses do Estado quanto a arrecadação/fiscalização
– * A Obrig tributária nasce com a ocorrência do FG

• LANÇAMENTO :
– art 142. ... Procedimento administrativo tendente a
verificar a ocorrência do FG da obrigação correspondente,
determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,
propor a aplicação da penalidade cabível.
CONCEITOS IMPORTANTES
• CRÉDITO TRIBUTÁRIO – (Visão do Estado) É o
valor já calculado da obrigação principal que
deverá ser pago espontaneamente ao Estado ou
objeto de execução fiscal

• SUJEITO PASSIVO – É o devedor da obrigação


principal
• CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA
• CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
CONCEITO TRIBUTO
• Art 3. CTN. Tributo é toda prestação
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção por ato ilícito, instituída em
lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
• CONCEPÇÃO TRIPARTITE (CF E CTN)
– Impostos
– Taxas
– Contribuição de melhoria

• CONCEPÇÃO PENTAPARTITE (STF)


– Impostos
– Taxas
– Contribuição de melhoria
– Empréstimos compulsórios
– Contribuições especiais
CLASSIFICAÇÕES DOS TRIBUTOS
• Quanto a competência: Federal, Estadual, Municipal
• Quanto a finalidade: fiscais, extrafiscais e parafiscais
• Quanto à hipótese de incidência: vinculado e não
vinculado
• Quanto ao destino da arrecadação: vinculado e não
vinculado
• Quanto a repercussão econômica: direto e indireto
• Quanto aos aspectos subjetivos e objetivos: pessoais e
reais
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
• PRINCÍPIOS
– LEGALIDADE
– ISONOMIA -> CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
– IRRETROATIVIDADE
– ANTERIORIDADE
– ANTERIORIDADE NONAGESIMAL (NOVENTENA)
– NÃO CONFISCO
– LIBERDADE DE TRÁFEGO
– UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
– VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
– NÃO DISCRIMINAÇÃO BASEADA EM PROCEDÊNCIA OU
DESTINO
IMUNIDADES
• IMUNIDADES RECÍPROCAS
• IMUNIDADE RELIGIOSA
• IMUNIDADE DOS PARTIDOS POLÍTICOS,
SINDICATOS DE TRABALHADORES E
ENTIDADES EDUCACIONAIS E ASSISTENCIAIS
SEM FINS LUCRATIVOS
• IMUNIDADE TRIBUTÁRIA CULTURAL
Obrigação Tributária
• A obrigação tributária é o objeto da relação
juridico-tributária. Consiste numa obrigação
de DAR ou numa obrigação de FAZER, NÃO
FAZER ou de TOLERAR ALGO em favor da
arrecadação ou fiscalização tributária.
Obrigação Tributária
• Art 113(CTN) A obrigação tributária é principal ou acessória.

• § 1 - A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador,


tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária
e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

• § 2 - A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem


por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

• § 3 - A obrigação acessória, pelo simples fato da sua


inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente a
penalidade pecuniária
Obrigação Tributária
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL: Obrigação de DAR
(pecunia). Envolve o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária. (Instituída em Lei em
sentido estrito)

OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA: Qualquer obrigação


em relação tributária (no interesse
arrecadatório ou fiscalizatório do Estado) que
não seja obrigação de pagar
Obrigação Tributária
Art 113, § 3 CTN – Inobservância da obrigação
acessória converte-a em principal!
* Atenção – O descumprimento de uma
obrigação acessória faz surgir uma obrigação
principal. Contudo, a obrigação acessória não
deixa de existir e ser exigivel! Na prática, não
há conversão de uma obrigação acessória em
uma principal.
Fato Gerador
• Hipótese de incidência x Fato gerador
Hipótese de incidência seria a mera previsão
legal. O fato previsto na norma. Não há ainda
a ocorrência concreta do fato.

Fato Gerador seria o fato concreto. A


ocorrência efetiva no mundo real da hipotese
de incidencia prevista na norma tributária
Crédito Tributário
• A obrigação tributária, uma vez surgida pela
ocorrência do fato gerador, não é suficiente
ainda para ser cobrada pelo Estado, por não
apresentar todos os elementos indispensáveis
a sua exigência.
• Apenas após constituido o crédito tributário o
Estado poderá exigir do sujeito passivo o
adimplemento da obrigação
HIPÓTESE
DE FATO OBRIGAÇÃO CRÉDITO
INCIDÊNCIA GERADOR TRIBUTÁRIA TRIBUTÁRIO

LANÇAMENTO
Sujeitos da Relação Tributária
• Sujeito Ativo – União, Estados, DF, Municípios ou
outros entes delegados (de Direito Público)
• Sujeito passivo – É aquele que tem a obrigação de
cumprir a obrigação. Podemos falar em Contribuinte e
Responsável

– CONTRIBUINTE é aquele que tem uma relação pessoal e


direta com o fato gerador. (quem realiza o FG)

– RESPPONSÁVEL é aquele que, embora não tendo relação


pessoal e direta com o FG, tem a obrigação de cumprir a
obrigação em decorrência de dispositivo legal
Sujeitos da Relação Tributária
• Sujeitos passivos;

– Responsabilidade dos sucessores ( 129 a 133)


– Responsabilidade de terceiros ( 134 a 135)
– Responsabilidade por infrações (136 a 138)
Sujeitos da Relação Tributária
• Responsabilidade dos sucessores
– O adquirente de bens imóveis
– Art. 130 - Os créditos tributários relativos a impostos
cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil
ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos
a taxas pela prestação de serviços referentes a tais
bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se
na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando
conste do título a prova de sua quitação.
– *Exceções:
• Constando no título de transferência a prova da quitação
dos tributos
• Arrematação em hasta pública
Sujeitos da Relação Tributária
• Responsabilidade dos sucessores
– O adquirente de bens móveis
• Art. 131 - São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remetente, pelos
tributos relativos aos bens adquiridos ou
remidos
– * Não aplicação das exceções relativas aos
imoveis
Sujeitos da Relação Tributária
• Sucessão Causa Mortis
• Art 131 CTN ...
II - o sucessor a qualquer título e o
cônjuge meeiro, pelos tributos devidos
pelo de "cujus" até a data da partilha ou
adjudicação, limitada esta
responsabilidade ao montante do
quinhão, do legado ou da meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos
pelo de "cujus" até a data da abertura da
sucessão
Sujeitos da Relação Tributária
• Sucessão Causa Mortis
De Cujus Abertura Sucessão Partilha

Contribuinte

Espólio
Responsável Contribuinte

Sucessores
E cônjuge
Responsável Responsável Contribuinte
meeiro
Sujeitos da Relação Tributária
• Incorporação, Fusão, Cisão de Empresas:
• Art. 132 - A pessoa jurídica de direito privado que resultar
de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em
outra é responsável pelos tributos devidos até a data do
ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas,
transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos
casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado,
quando a exploração da respectiva atividade seja
continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu
espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma
individual.
Sujeitos da Relação Tributária
• Adquirente de fundo de comercio ou estabelecimento

• Art. 133 - A pessoa natural ou jurídica de direito privado que


adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar
a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob
firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao
fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:

I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio,


indústria ou atividade;

II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na


exploração ou iniciar dentro de 6 (seis) meses, a contar da data da
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de
comércio, indústria ou profissão.
Sujeitos da Relação Tributária
• Adquirente de fundo de comercio ou estabelecimento
• Exceções:
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de
alienação judicial:
II - de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de
recuperação judicial.

§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o


adquirente for:
I - sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou
sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação
judicial;
II - parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau,
consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação
judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III - identificado como agente do falido ou do devedor em
recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão
tributária.
Sujeitos da Relação Tributária
• Sucessão tributária Regressiva (para trás
/ antecedente) – As pessoas (físicas ou
jurídicas) dispostas em posições
posteriores da cadeia de produção e
circulação de bens tem a
responsabilidade (instituída por lei) de
recolher os tributos por quem está
localizado em posições anteriores desta
cadeia
Sujeitos da Relação Tributária

Produtor 1.
Supermercado 1

Produtor 2.
Industria

Responsável Contribuinte.
Produtor 3. Supermercado 2
Sujeitos da Relação Tributária
• Sucessão tributária Progressiva(para
frente/ subsequente) – As pessoas
(físicas ou jurídicas) dispostas em
posições anteriores da cadeia de
produção e circulação de bens tem a
responsabilidade (instituída por lei) de
recolher os tributos por quem está
localizado em posições posteriores desta
cadeia
Sujeitos da Relação Tributária

Contribuinte Responsável Responsável


Sujeitos da Relação Tributária
• Constitucionalidade da Substituição
progressiva
• Restituição por não ocorrência do fato
gerador – Art 150, §7 CF
• FG com valor diverso do presumido
Sujeitos da Relação Tributária
• Art. 138. A responsabilidade é excluída pela
denúncia espontânea da infração,
acompanhada, se for o caso, do pagamento
do tributo devido e dos juros de mora, ou
do depósito da importância arbitrada pela
autoridade administrativa, quando o
montante do tributo dependa de apuração.
• Parágrafo único. Não se considera
espontânea a denúncia apresentada após o
início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização,
relacionados com a infração.
LANÇAMENTO
• Procedimento necessário a constituição do
Crédito Tributário, e, consequentemente a
exigibilidade do tributo pelo Estado
LANÇAMENTO
• Art 142. CTN -Compete privativamente à
autoridade administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento, assim entendido o
procedimento administrativo tendente a
verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e,
sendo caso, propor a aplicação da penalidade
cabível
LANÇAMENTO
• Art 142. CTN -Compete privativamente à
autoridade administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento, assim entendido o
procedimento administrativo 1) tendente a
verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, 2) determinar a
matéria tributável, 3) calcular o montante do
tributo devido, 4) identificar o sujeito passivo
e, sendo caso, 5) propor a aplicação da
penalidade cabível
LANÇAMENTO
• Competência administrativa – Não definida no
CTN
– Lei Federal, estadual e municipal definirão. (Ex:
Federal – Auditor fiscal da Receita Federal)
LANÇAMENTO
• Procedimento administrativo – é o “poder-
dever” da autoridade administrativa
designada pelo Estado, com a competência de
fiscalizar e arrecadar tributos. Constitui-se de
ato administrativo plenamente vinculado
LANÇAMENTO
• 1) tendente a verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente -
Primeiro objetivo do lançamento é constatar a
ocorrência do FG (se o fato ocorrido
corresponde ao previsto na hipótese de
incidência)
LANÇAMENTO
• 2) determinar a matéria tributável –
– Aspecto Material – Aplica-se a legislação vigente na época do FG
(observância do princípio da irretroatividade) (refere-se a legislação
definidora do tributo)
• Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente
modificada ou revogada.

• Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:


I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída
a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha
implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na
lei vigente ao tempo da sua prática
LANÇAMENTO
• 2) determinar a matéria tributável –
– Aspecto Formal– Aplica-se a legislação vigente a época da
realização do Lançamento, ainda que posterior ao FG
(refere-se a legislação definidora do aspectos
formais/procedimentais do lançamento)
• Art. 144...
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que,
posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação,
tenha instituído novos critérios de apuração ou processos
de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das
autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito
maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último
caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária
a terceiros.
LANÇAMENTO
• 3) calcular o montante do tributo devido, -
Geralmente, através da aplicação da alíquota
sobre a base de calculo definida na lei
tributária (pode existir valor fixo ex:uma taxa)
LANÇAMENTO
• 4) identificar o sujeito passivo e, sendo caso é
a verificação da pessoa que terá o dever de
cumprir a obrigação tributária. Este poderá ser
contribuinte ou responsável
LANÇAMENTO
• 5) propor a aplicação da penalidade cabível –
quando durante o procedimento do
lançamento constata-se a ocorrência de
infração (inobservância de obrigação principal
ou acessória) caberá a autoridade fiscal
“propor” a penalidade prevista em lei.
LANÇAMENTO
• Art. 143. CTN Salvo disposição de lei em
contrário, quando o valor tributário esteja
expresso em moeda estrangeira, no
lançamento far-se-á sua conversão em moeda
nacional ao câmbio do dia da ocorrência do
fato gerador da obrigação
Evasão, Elisão e Elusão fiscal
• Elisão fiscal – Método lícito a disposição do
contribuinte/responsável consistente em
realizar um negócio jurídico de maneira mais
favorável (com menor custo financeiro na
tributação)
Evasão, Elisão e Elusão fiscal
• Elusão fiscal – Método Ilícito. Consiste na
utilização de um meio artificioso no intuito de
esconder a ocorrência do FG.
– Art 116,Parágrafo único. A autoridade administrativa
poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos
praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência
do fato gerador do tributo ou a natureza dos
elementos constitutivos da obrigação tributária,
observados os procedimentos a serem estabelecidos
em lei ordinária
Evasão, Elisão e Elusão fiscal
• Evasão fiscal – Método Ilícito. Consiste na
conduta do contribuinte/responsável
tendente a esconder a ocorrência do FG
MODALIDADES DE LANÇAMENTO
• Lançamento de Ofício ou Direto
• Lançamento por Declaração ou Misto
• Lançamento por Homologação
MODALIDADES DE LANÇAMENTO
• Lançamento de Ofício ou Direto – É aquele em que o Estado realiza todo o procedimento
do lançamento (verificação do FG, lei aplicável, calculo...) com base em informações
obtidas por sua própria diligencia. Sem qualquer participação do contribuinte /
responsável (Ex: IPTU / IPVA)
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação
tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso
anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento
formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo
daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação
tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da
atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê
lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude
ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade
que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial
MODALIDADES DE LANÇAMENTO
• Lançamento por Declaração (misto)é o lançamento feito com
base em declaração previamente fornecida pelo
contribuinte/responsável ( Ex: ITBI / II bagagem
acompanhada)

Art. 147 - O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou


de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à
autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à
sua efetivação
§ 1º - A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise
a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em
que se funde, e antes de notificado o lançamento.
§ 2º - Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão
retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão
daquela
MODALIDADES DE LANÇAMENTO
• Lançamento por Homologação acontece quando a
lei atribui ao próprio sujeito passivo da obrigação
tributária o dever de declarar o FG, calcular o
montante devido e efetuar o pagamento
antecipadamente ao lançamento, que será
realizado posteriormente pela administração
pública (conferência)

Art. 150 - O lançamento por homologação, que ocorre


quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo
o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da
autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a
referida autoridade, tomando conhecimento da atividade
assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa
MODALIDADES DE LANÇAMENTO
• Observe que existe uma “escada” de atribuições colocadas ao
sujeito passivo, sendo a “base” o lançamento de oficio e o
“topo” o lançamento por homologação.

– Oficio – Não há qualquer contribuição do sujeito passivo no


procedimento
– Declaração / Misto – Há participação compartilhada entre o sujeito
passivo e o Fisco
– Homologação – O sujeito passivo realizará todo o procedimento
necessário ao calculo do tributo, sendo atribuido ao Fisco apenas a
responsabilidade de “conferrir” o procedimento realizado
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
• Art. 151 - Suspendem a exigibilidade do crédito
tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis
reguladoras do processo tributário administrativo
IV - a concessão de medida liminar em mandado de
segurança
V – a concessão de medida liminar ou de tutela
antecipada, em outras espécies de ação judicial
VI – o parcelamento
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
• Rol exaustivo (taxativo)
– I – moratória
• Benefício que implica dilação de prazo para pagamento
do tributo
– GERAL – Lei estabelece a uma generalidade de sujeitos
passivos. Estes não precisam comprovar nenhuma condição
especial
– Individual – Lei restringe o benefício à quem demonstre
determinados requisitos ( dependerá de requerimento do
beneficiado)
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
• Rol exaustivo (taxativo)
– I – moratória
– Autônoma – Quando concedida pelo próprio ente tributante
– Heterônoma – Quando concedida pela União acerca de
tributos de competência dos estados, municípios e DF.
Art. 152 - A moratória somente pode ser concedida:
I - em caráter geral:
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para
instituir o tributo a que se refira;
b) pela União, quanto a tributos de competência dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando
simultaneamente concedida quanto aos tributos
de competência federal e às obrigações de direito
privado
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
II - o depósito do seu montante integral
Impugnação pelo sujeito passivo (judicial)
Em caso de divergência prevalece o montante exigido
pela Fazenda Pública

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis


reguladoras do processo tributário administrativo
Reclamação – impugnação em primeira instância
administrativa
Recurso – efetuada na segunda instância
administrativa(quando existente
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
IV - a concessão de medida liminar em mandado de
segurança

V – a concessão de medida liminar ou de tutela


antecipada, em outras espécies de ação judicial

VI – o parcelamento
Questão de política fiscal (moratória é medida
excepcional)
Exige Lei específica
Salvo disposição de lei em contrário não exclui juros e
multa ( leis sobre moratória vêm excluindo sem
penalidades)
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
• Art. 156 - Extinguem o crédito tributário:
• I - o pagamento;
• II - a compensação;
• III - a transação;
• IV - a remissão;
• V - a prescrição e a decadência;
• VI - a conversão de depósito em renda;
• VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do
disposto no Art. 150 e seus parágrafos § 1 e § 4;
• VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2 do artigo 164;
• IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
• X - a decisão judicial passada em julgado.
• XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas
em lei.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
• Art. 175 - Excluem o crédito tributário:
I - a isenção
II - a anistia
Garantias e Privilégios do Crédito
Tributário
• Art. 184 (CTN). Sem prejuízo dos privilégios
especiais sobre determinados bens, que sejam
previstos em lei, responde pelo pagamento do
crédito tributário a totalidade dos bens e das
rendas, de qualquer origem ou natureza, do
sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida,
inclusive os gravados por ônus real ou cláusula
de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja
qual for a data da constituição do ônus ou da
cláusula, excetuados unicamente os bens e
rendas que a lei declare absolutamente
impenhoráveis
Garantias e Privilégios do Crédito
Tributário
– Art. 649(CPC) - São absolutamente impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado,
salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a
um médio padrão de vida
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de
elevado valor
IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de
aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de
terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador
autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3º deste
artigo;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens
móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão
VI - o seguro de vida
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em
educação, saúde ou assistência social;
X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de
poupança.
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por
partido político
Garantias e Privilégios do Crédito
Tributário
– Art. 185 - Presume-se fraudulenta a
alienação ou oneração de bens ou rendas,
ou seu começo, por sujeito passivo em
débito para com a Fazenda Pública, por
crédito tributário regularmente inscrito
como dívida ativa
Parágrafo único. O disposto neste artigo
não se aplica na hipótese de terem sido
reservados, pelo devedor, bens ou rendas
suficientes ao total pagamento da dívida
inscrita
Garantias e Privilégios do Crédito
Tributário
• Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:
• I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos
por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
• II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
• III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de
constituição, excetuadas as multas tributárias;
• IV – créditos com privilégio especial, a saber:
• a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
• b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
• c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia;
• V – créditos com privilégio geral, a saber:
• a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
• b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;
• c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
• VI – créditos quirografários, a saber:
• a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
• b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento;
• c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no
inciso I do caput deste artigo;
• VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive
as multas tributárias;
• VIII – créditos subordinados, a saber:
• a) os assim previstos em lei ou em contrato;
• b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício
Garantias e Privilégios do Crédito
Tributário
• *Contribuições previdenciárias descontadas dos salários dos
trabalhadores e não repassadas ao ente previdenciário pelo
empregador devem ser quitadas antes de qualquer outro
crédito. Mesmo os de natureza trabalhista!
Garantias e Privilégios do Crédito
Tributário
• Art. 186 - O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja
qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição,
ressalvados os créditos decorrentes da legislação do
trabalho ou do acidente de trabalho
Parágrafo único. Na falência
I - o crédito tributário não prefere aos créditos
extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição,
nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia
real, no limite do valor do bem gravado;
II - a lei poderá estabelecer limites e condições para a
preferência dos créditos decorrentes da legislação do
trabalho; e
III - a multa tributária prefere apenas aos créditos
subordinados
Garantias e Privilégios do Crédito
Tributário
Art. 188 - São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de
fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência

Art. 187 - A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a


concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação
judicial, concordata, inventário ou arrolamento.
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre
pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem:
I - União;
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró-rata;
III - Municípios, conjuntamente e pró-rata
Garantias e Privilégios do Crédito
Tributário
Art. 189 - São pagos preferencialmente a quaisquer
créditos habilitados em inventário ou
arrolamento, ou a outros encargos do monte, os
créditos tributários vencidos ou vincendos, a
cargo do "de cujus" ou de seu espólio, exigíveis
no decurso do processo de inventário ou
arrolamento

Art. 192 - Nenhuma sentença de julgamento de


partilha ou adjudicação será proferida sem prova
da quitação de todos os tributos relativos aos
bens do espólio, ou às suas rendas
Garantias e Privilégios do Crédito
Tributário
Art. 193 - Salvo quando expressamente autorizado
por lei, nenhum departamento da administração
pública da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará
contrato ou aceitará proposta em concorrência
pública sem que contratante ou proponente faça
prova da quitação de todos os tributos devidos à
Fazenda Pública interessada, relativos à atividade
em cujo exercício contrata ou concorre
DIVIDA ATIVA
• Tributária ou não tributária
• O termo significa crédito da Fazenda Pública
(Estado)
• Pode ser objeto de Execução Fiscal
DIVIDA ATIVA
• Art. 201 (CTN) - Constitui dívida ativa
tributária a proveniente de crédito dessa
natureza, regularmente inscrita na repartição
administrativa competente, depois de
esgotado o prazo fixado, para pagamento,
pela lei ou por decisão final proferida em
processo regular
DIVIDA ATIVA
• Presunção de veracidade (liquidez e certeza da
existência do débito)
• Lavratura de termo no Livro da divida ativa
(atualmente não mais existe o livro físico – é
arquivo digital)
DIVIDA ATIVA
• Art. 202 - O termo de inscrição da dívida ativa,
autenticado pela autoridade competente, indicará
obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-
responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio
ou a residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de
mora acrescidos;
III - a origem e a natureza do crédito, mencionada
especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de
que se originar o crédito.
DIVIDA ATIVA
• CDA – Certidão de Divida Ativa
– Reflexo dos termos inscritos na dívida ativa
– Deverá subsidiar a ação de execução fiscal
– A ausência de qualquer requisito essencial da
inscrição e da CDA implica sua nulidade
(*possibilidade de sanar vícios da CDA durante a
execução fiscal – até decisão de primeira
instância)
DIVIDA ATIVA
• Certidões Negativas.
– Art. 205 (CTN) - A lei poderá exigir que a prova da
quitação de determinado tributo, quando exigível,
seja feita por certidão negativa, expedida à vista
de requerimento do interessado, que contenha
todas as informações necessárias à identificação
de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio
ou atividade e indique o período a que se refere o
pedido
DIVIDA ATIVA
• Certidões Negativas. (CND)
– Prazo para fornecimento da Certidão negativa ao
solicitante
– Parágrafo único do art 205 – 10 dias da data do
requerimento
DIVIDA ATIVA
• Certidões Positivas com Efeito de Negativa.
– Art. 206 (CTN)- Tem os mesmos efeitos previstos
no artigo anterior a certidão de que conste a
existência de créditos não vencidos, em curso de
cobrança executiva em que tenha sido efetivada a
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa
DIVIDA ATIVA
• Certidões Positivas com Efeito de Negativa.
– 1) Créditos não vencidos
– 2) cobrança executiva com penhora já efetivada
– 3) créditos com exigibilidade suspensa (art 151
CTN)
DIVIDA ATIVA
• Certidões Positivas com Efeito de Negativa.
– Emitidas com erro contra a Fazenda Pública
• Art. 208 (CTN) - A certidão negativa expedida
com dolo ou fraude, que contenha erro contra a
Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o
funcionário que a expedir, pelo crédito tributário
e juros de mora acrescidos.
• Parágrafo único. O disposto neste artigo não
exclui a responsabilidade criminal e funcional que
no caso couber.
DIVIDA ATIVA
• Certidões Positivas com Efeito de Negativa.
– Emitidas com erro contra a Fazenda Pública
• Responsabilidade subsidiária entre o
beneficiário do ato e do agente administrativo
(apenas em caso de dolo ou fraude)
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
• IMPOSTOS
• TAXAS
• CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
• EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
• CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
• CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
– Tributo Vinculado
– Decorrente de obra pública (somente após ela)
– Valorização Imobiliária (pecuniária)
– Competência (Federal, Estadual, DF ou
Municipal)
– Limite Total
– Limite individual
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
• EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
– Competência Exclusiva da União
– Necessidade de Lei Complementar
– Tributo de arrecadação vinculada
– Restituição (condições definidas na LC)
– Art. 148 - A União, mediante lei complementar, poderá
instituir Empréstimo Compulsório
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes
de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e
de relevante interesse nacional, observado o disposto no
Art. 150, III, (b).
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
• CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
– Competência Exclusiva da União
• Contribuições Sociais (*competência excepcional dos
estados, DF e municípios p/seus servidores)
• CIDE(Contribuição de intervenção no domínio
econômico)
• Contribuições Corporativas (contribuição sindical,
conselhos de classe
• COSIP(Contribuição para o serviço de iluminação
pública)
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
• IMPOSTOS
– Tributo não vinculado
– Solidariedade social (Princípio da capacidade
contributiva)
– Tributos de receita não vinculada
– Competência discriminada pela CF (competência
residual da União)
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
• TAXAS
– Serviço / Poder de Polícia
• Serviço
– Específico e divisível
– Potencial ou efetivo
• Poder de Polícia
– Tributo vinculado e de receita vinculada
– Competência Federal, estadual, DF e municipal
– Taxas x Preços Públicos
• Direito público x Direito privado
• Natureza tributária x natureza contratual
• Compulsório x facultativo
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• II – Imposto de importação
– Característica extrafiscal
– FG: Entrada de produto estrangeiro em território
nacional
– Momento da ocorrência do FG (registro da
Declaração de importação no regime comum)
(entrada em território aduaneiro)
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• II – Imposto de importação
– Base de Cálculo: Art 20 CTN
Art. 20 - A base de cálculo do imposto é:
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida
adotada pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja "ad valorem", o preço normal que o
produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação,
em uma venda em condições de livre concorrência, para
entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado,
levado a leilão, o preço da arrematação
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• II – Imposto de importação
– Contribuintes
Art. 22 CTN - Contribuinte do imposto é:
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados

Art 31 Decreto Lei 37/66 É contribuinte do imposto:


I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada
de mercadoria estrangeira no Território Nacional;
II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo
remetente;
III - o adquirente de mercadoria entrepostada
Art . 32. É responsável pelo imposto
I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou
sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno;
II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incubida da custódia de
mercadoria sob controle aduaneiro
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• II – Imposto de importação
– Lançamento
• Regra – Homologação
• DBA(declaração de bagagem acompanhada) – Declaração
– Regimes aduaneiros especiais
• Transito aduaneiro
• Admissão temporária
• Drawback
• Entreposto aduaneiro na importação
• Loja franca
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IE – Imposto de Exportação
– FG: Saída de produtos nacionais ou nacionalizados do
território brasileiro
– Momento do FG – Registro da Exportação
– Base de cálculo
Art. 24. CTN A base de cálculo do imposto é:
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada
pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto,
ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em
condições de livre concorrência
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IE – Imposto de Exportação
– Contribuinte
– Art 27 CTN -Contribuinte do imposto é o exportador ou
quem a lei a ele equiparar
– Lançamento – Lançamento por Homologação
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IR – Imposto de Renda
– Característica Fiscal
• FG - Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e
proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição
da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou
da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os
acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
§ 1º A incidência do imposto independe da denominação da receita
ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou
nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
§ 2º Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior,
a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua
disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste
artigo
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IR – Imposto de Renda
– Base de cálculo - Art. 44. A base de cálculo do imposto é
o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos
proventos tributáveis
– Alíquotas progressivas
– Tabela Progressiva para o cálculo anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa
Física para o exercício de 2013, ano-calendário de 2012. *
Base de cálculo mensal em Alíquota % Parcela a deduzir do imposto
R$ em R$
Até 1.637,11 -

De 1.637,12 até 2.453,50 7,5 122,78

De 2.453,51 até 3.271,38 15,0 306,80

De 3.271,39 até 4.087,65 22,5 552,15

Acima de 4.087,65 27,5 756,53


Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IR – Imposto de Renda
– Lançamento - Homologação
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
– Característica – Extrafiscal e Seletividade
– Não cumulatividade
– Imunidade nas exportações (CF, art 153, §3, III)
– FG - Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre
produtos industrializados tem como fato gerador:
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência
estrangeira;
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo
único do artigo 51;
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e
levado a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se
industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer
operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o
aperfeiçoe para o consumo
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
– Base de Cálculo
Art. 47. A base de cálculo do imposto é:
I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como
definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante: (produto
procedente do exterior)
a) do imposto sobre a importação;
b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;
c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou
dele exigíveis;
II - no caso do inciso II do artigo anterior:
a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;
b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço
corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da
praça do remetente;
III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
– Contribuintes
Art. 51. Contribuinte do imposto é:
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça
aos contribuintes definidos no inciso anterior;
IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados,
levados a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se
contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador,
industrial, comerciante ou arrematante
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
– Lançamento – Por homologação
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
(Imposto sobre operações de crédito, câmbio
e seguro, ou relativas a títulos ou valores
imobiliários)
– Característica - Extrafiscal
– IOF Ouro
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio
e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato
gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do
montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à
disposição do interessado;
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda
nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à
disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou
nacional entregue ou posta à disposição por este;
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do
documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão,
transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e
reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título
representativo de uma mesma operação de crédito.
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio
e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato
gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do
montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à
disposição do interessado;
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda
nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à
disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou
nacional entregue ou posta à disposição por este;
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do
documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão,
transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e
reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título
representativo de uma mesma operação de crédito.
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
– Base de Cálculo
Art. 64. A base de cálculo do imposto é:
I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação,
compreendendo o principal e os juros;
II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em
moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição;
III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários:
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da
cotação em Bolsa, como determinar a lei;
c) no pagamento ou resgate, o preço
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
– Contribuinte
• Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes
na operação tributada, como dispuser a lei
– Lançamento – Por homologação
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• ITR– Imposto sobre Propriedade Territorial
Rural
– Característica extrafiscal
– Base de cálculo – Terra nua
– Alíquota progressiva (inversamente
proporcional ao grau de utilização
Impostos
Área total
Previstos na CF/88
do imóvel
GRAU DE UTILIZAÇÃO - GU ( EM %)
(em
hectares)
Maior que Maior que Maior que Maior que
Até 30
80 65 até 80 50 até 65 30 até 50
Até 50 0,03 0,20 0,40 0,70 1,00
Maior que
0,07 0,40 0,80 1,40 2,00
50 até 200
Maior que
0,10 0,60 1,30 2,30 3,30
200 até 500
Maior que
500 até 0,15 0,85 1,90 3,30 4,70
1.000
Maior que
1.000 até 0,30 1,60 3,40 6,00 8,60
5.000
Acima de
0,45 3,00 6,40 12,00 20,00
5.000
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• ITR– Imposto sobre Propriedade Territorial Rural
– Imunidade das pequenas glebas
Art. 2º (lei 9393)Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição,
o imposto não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore,
só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais
são os imóveis com área igual ou inferior a :
I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia
Ocidental ou no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;
II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das
Secas ou na Amazônia Oriental;
III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• ITR– Imposto sobre Propriedade Territorial Rural
– Imunidade das pequenas glebas
Art. 3º São isentos do imposto:
I - o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária,
caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que,
cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos:
a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção;
b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites
estabelecidos no artigo anterior;
c) o assentado não possua outro imóvel.
II - o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total
observe os limites fixados no parágrafo único do artigo anterior, desde
que, cumulativamente, o proprietário:
a) o explore só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros;
b) não possua imóvel urbano
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• ITR– Imposto sobre Propriedade Territorial Rural
– Possibilidade de delegação da fiscalização e
cobrança aos municípios
– 50% da arrecadação é destinado ao município
no qual está localizado o imóvel tributado.
Contudo, caso o município deseje, poderá ficar
com a totalidade do tributo caso assuma a
fiscalização e cobrança do ITR em seu território
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• ITR– Imposto sobre Propriedade Territorial
Rural
– FG -Art. 29. O imposto, de competência da
União, sobre a propriedade territorial rural
tem como fato gerador a propriedade, o
domicílio útil ou a posse de imóvel por
natureza, como definido na lei civil,
localização fora da zona urbana do
Município
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• ITR– Imposto sobre Propriedade Territorial Rural
Art 32 - § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como
zona urbana a definida em lei municipal; observado o
requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados
em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou
mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento
para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima
de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• ITR– Imposto sobre Propriedade Territorial
Rural
– Contribuinte - Art. 31. Contribuinte do imposto é o
proprietário do imóvel, o titular de seu domínio
útil, ou o seu possuidor a qualquer título
• * Terras invadidas (exemplo do MST) – não pode haver
cobrança de ITR
– Lançamento - Homologação
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Federais
• IGF – Imposto sobre grandes fortunas
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• ICD (ou ITCD, ou ainda ITCMD) – Imposto
sobre transmissão causa mortis e doação
– Art. 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal
instituir impostos sobre;
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens
ou direitos
- Transmissão a titulo gratuito
- Característica marcantemente fiscal
- Alíquotas Máximas definidas pelo Senado Federal
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• ICD (ou ITCD, ou ainda ITCMD) – Imposto
sobre transmissão causa mortis e doação
– Estado competente para a cobrança;
• Imóveis – compete ao estado de localização do bem
• Móveis – Causa mortis – compete ao estado em que se processar o
inventário
- Doação - compete ao estado do domicilio do doador
– FG – Transmissão de bens em decorrência do falecimento do
seu proprietário ou a doação (transmissão gratuita) de bens
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• ICD (ou ITCD, ou ainda ITCMD) – Imposto
sobre transmissão causa mortis e doação
– Base de Cálculo – é o valor venal do bem
– Sujeito Passivo – O CTN atribuiu a cada estado definir. EM PE:
a) nas doações é o donatário (adquirente), nas transmissões
causa mortis é o herdeiro
– Lançamento – Declaração
• *Não abertura do inventário em 30 dias – multa de 1% do valor do ICD
• *Atraso no pagamento após notificação – multa de 5% do valor do ICD
• Pagamento a vista com 10% de desconto ou parcelamento em até 6
vezes
• * Só há a partilha após a comprovação do pagamento do tributo
• *o Registro de imóveis só é efetuado com a quitação do tributo
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• IPVA - Imposto sobre a propriedade de
veículos automotores
– Característica fiscal
– Arrecadação compartilhada entre o estado e o município de
matrícula do veículo
– Alíquotas mínimas definidas pelo Senado Federal
– Alíquotas podem ser diferenciadas conforme o
tipo/utilização do veículo (não pode haver diferenças entre
importado/nacional)
– Não incide sobre veículos aquáticos e aéreos
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• IPVA - Imposto sobre a propriedade de
veículos automotores
– FG – Propriedade de veículo automotor
– Base de cálculo – Valor venal de mercado, ou da NF em caso
de veículo novo
– * pode ser cobrado proporcionalmente; compra após o 1 dia
útil do ano, ou em caso de perda total do veículo (deve haver
restituição dos valores pagos proporcionalmente ao tempo
restante ao final do período)
– Contribuinte – proprietário do veículo
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• IPVA - Imposto sobre a propriedade de
veículos automotores
– Lançamento – De ofício
– Algumas Isenções concedidas pela legislação de PE –
• Taxis
• Ambulância ou veículo de combate a incêndio
• Veículo furtado/roubado, no período entre o incidente e a sua
devolução(caso ocorra)
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• ICMS- Imposto sobre a circulação de mercadorias e
prestação de serviços
– Característica Fiscal
– Seletividade
– Não cumulatividade
– FG – Circulação de mercadoria
Serviço de transporte Interestadual/intermunicipal
Serviço de comunicação
• *Habitualidade ou volume que denote intuito comercial
• *Transporte interestadual/intermunicipal de cargas ou pessoas
• *Transporte interestadual/intermunicipal por meio rodoviário, ferroviário,
aquaviário (O STF não considerou o transporte aeroviário como FG do ICMS)
• Transferência de propriedade (gratuita ou onerosa) em operações mercantis
• *programas de computador – Software de “prateleira” – icms já o software
licenciado, com cessão de direito de uso – ISS
• *DVD – larga escala – ICMS. Já o produzido individualmente (ex: filmagem de festa
particular) incide ISS
• *Energia elétrica é equiparada a produto
• Água encanada não incide ICMS, porém na água embalada para consumo incide
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• ICMS- Imposto sobre a circulação de
mercadorias e prestação de serviços
– Alíquota máxima e mínima fixada pelo Senado Federal
– ICMS interestadual
• 1 Caso - Destinatário consumidor final no estado “x” (não contribuinte do ICMS em sua
atividade... Ex: Pessoa física) e fornecedor no estado “Y”. Aplica-se a alíquota interna do
estado “Y”
• 2 caso – Destinatário comerciante (contribuinte do ICMS) no estado “x”, adquirindo
produto para uso próprio, e fornecedor no estado “Y”. O estado “y” fica com a
arrecadação decorrente da alíquota interestadual e a diferença entre esta alíquota e a
alíquota interna do estado de destino fica com este último.
• 3 caso - Destinatário comerciante no estado “x” adquirindo mercadoria com intuito
comercial, e fornecedor no estado “y”. O estado “y” fica com o valor da alíquota
interestadual sobre o valor desta operação ( fornecedor – destinatário comerciante) e o
estado “x” ficara com o valor da alíquota interna incidente sobre o valor da venda do
comerciante para o consumidor final (podendo este fornecedor abater o crédito do que
já foi pago na aplicação da alíquota interestadual
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• ICMS- Imposto sobre a circulação de
mercadorias e prestação de serviços
– ICMS interestadual
• Exemplo (alíquota interna PE – 17% e AL – 18%/ alíquota interestadual AL-PE 7%)
• 1 caso – valor da venda é R$ 100,00 e o consumidor final(PF) está em PE e fornecedor em
AL. Aplica-se a alíquota interna de AL – R$ 100,00 x 18% = R$ 18,00 que fica em AL
• AL - PE (consumidor final não contribuinte)
• AL – R$ 18,00 (R$ 100,00 x 18%)
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• ICMS- Imposto sobre a circulação de
mercadorias e prestação de serviços
– ICMS interestadual
• 2 caso – Valor da venda é R$ 100,00 e o consumidor final (PJ comerciante adquirindo
para uso próprio) está em PE e fornecedor está em AL. AL fica com o valor da
arrecadação com a alíquota interestadual – R$100,00 x 7% = R$7,00. Já PE ficará com a
diferença entre o valor da sua alíquota interna e a interestadual, ou seja R$ R100,00 x
17% = R$ 17,00 – R$7,00(alíquota interestadual que ficou em AL) = R$ 10,00
• AL  PE consumidor final contribuinte
• AL = R$ 7,00 ( R$ 100 x 7%)
• PE = R$ 17,00 (R$100,00 x 17%) – R$ 7,00 = R$ 10,00
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• ICMS- Imposto sobre a circulação de
mercadorias e prestação de serviços
– ICMS interestadual
• Exemplo (alíquota interna PE – 17% e AL – 18%/ alíquota interestadual AL-PE 7%)
• 3 caso - Destinatário comerciante no estado “x” adquirindo mercadoria com intuito
comercial, e fornecedor no estado “y”. O estado “y” fica com o valor da alíquota
interestadual sobre o valor desta operação ( fornecedor – destinatário comerciante) e o
estado “x” ficara com o valor da alíquota interna incidente sobre o valor da venda do
comerciante para o consumidor final (podendo este fornecedor abater o crédito do que
já foi pago na aplicação da alíquota interestadual
• AL  PE consumidor contribuinte com intuito comercial (compra por R$ 100,00 e
revende por R$ 200,00)
• AL  R$ 100,00 x 7% = R$ 7,00
• PE  R$ 200,00 x 17% = R$ 34,00 – R$ 7,00(já pago à AL) = R$ 27,00
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Estaduais
• ICMS- Imposto sobre a circulação de
mercadorias e prestação de serviços
– ICMS importação
• Incide independente da natureza do destinatário em território
nacional ( PF ou PJ) desde a EC 33/2001
– ICMS – Produtos com serviço agregado
• Se o serviço não estiver previsto na Lei do ISS -Tributação do valor total da operação pelo
ICMS (ex restaurante)
• Se o serviço estiver previsto na Lei do ISS com ressalva de cobrança do ICMS tributa-se
separadamente o produto com ICMS e o serviço com ISS(ex recondicionamento de
motores.
• Se o serviço estiver previsto na Lei do ISS sem ressalva de cobrança do ICMS tributa-se o
valor total da operação pelo ISS (ex composição gráfica, personalizada e sob encomenda)
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Municipais
• IPTU - Imposto sobre a propriedade territorial
urbana
– Característica fiscal
– Imposto real que após a EC 29/2000 admite progressividade
de alíquota em relação ao valor do imóvel
– Progressividade extrafiscal com base na subutilização do solo
urbano (função social da propriedade) Art 182 §4 da CF
• Possibilidade conferida ao Município estabelecer por lei específica
alíquotas progressivas sobre propriedades não utilizadas ou
subutilizadas, no intuito de induzir a sua devida edificação pelo
proprietário
• Alíquotas aumentam no tempo em que a propriedade continuar
subutilizada
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Municipais
• IPTU - Imposto sobre a propriedade territorial
urbana
– Progressividade extrafiscal com base na subutilização do solo
urbano (função social da propriedade) Art 182 §4 da CF
• Possibilidade conferida ao Município estabelecer por lei específica
alíquotas progressivas sobre propriedades não utilizadas ou
subutilizadas, no intuito de induzir a sua devida edificação pelo
proprietário
• Alíquotas aumentam no tempo em que a propriedade continuar
subutilizada – até o limite de 15%
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Municipais
• IPTU - Imposto sobre a propriedade territorial
urbana
– Pode haver diferenciação de alíquotas conforme;
• O uso do imóvel (ex: comercial o residencial)
• Localização do imóvel ( bairros nobres ou menos valorizados)
• *não significa progressividade. Não há aumento da alíquota proporcionalmente ao
aumento de outro requisito
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Municipais
• IPTU - Imposto sobre a propriedade territorial urbana
– FG - Art. 32 CTN- O imposto, de competência dos Municípios, sobre a
propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou
por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana
do Município.
§ 1º - Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a
definida em lei municipal, observado o requisito mínimo da existência
de melhoramentos indicados em pelo menos dois dos incisos
seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para
distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3
(três) quilômetros do imóvel considerado
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Municipais
• IPTU - Imposto sobre a propriedade territorial
urbana
– Base de cálculo - Art. 33 - A base do cálculo do imposto é o valor venal
do imóvel
• Benfeitorias no imóvel serão incluídas na Base de cálculo
• Bens móveis não integram a base de cálculo

– Contribuinte – Art 34 Contribuinte do imposto é o proprietário do


imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer
título
• *Possuidor com “animus domini”. ( age como dono da coisa)
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Municipais
• IPTU - Imposto sobre a propriedade territorial
urbana
– Lançamento – de Ofício
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Municipais
• ITBI - Imposto sobre a transmissão de bens
imóveis
– FG– Art. 156 - Compete aos Municípios instituir impostos
sobre;
II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Municipais
• ITBI - Imposto sobre a transmissão de bens
imóveis
– FG– Art. 156 - Compete aos Municípios instituir impostos
sobre;
II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e
de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos a sua aquisição

– ITCD x ITBI –
• Transmissão causa mortis x intervivos
• Transmissão gratuita x onerosa
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Municipais
• ITBI - Imposto sobre a transmissão de bens
imóveis
– Município competente– O da localização do imóvel
– Base de cálculo – Art 38 -A base de cálculo do imposto é o valor venal
dos bens ou direitos transmitidos
– Contribuinte - Art. 42 - Contribuinte do imposto é qualquer das partes
na operação tributada, como dispuser a lei
*grande parte dos municípios tem estipulado o adquirente como
contribuinte
– Lançamento – por declaração
– Alíquotas máximas – definidas pelo Senado Federal
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Municipais
• ISS- Imposto sobre a serviços de qualquer
natureza
– Característica fiscal
– FG – Art 156, III - serviços de qualquer natureza, não
compreendidos no Art. 155, II, definidos em lei
complementar
* LC 116/2003
– Base de cálculo – Valor do serviço
– Contribuinte - Prestador do serviço
– Lançamento – por homologação
Impostos Previstos na CF/88
• Impostos Municipais
– ISS- Imposto sobre a serviços de qualquer natureza
TRIBUTÁRIO. ISS. LEI COMPLEMENTAR 116/2003. SERVIÇO DE INFORMÁTICA.
COMPETÊNCIA PARA SUA COBRANÇA. FATO GERADOR. LOCAL DO
ESTABELECIMENTO DO PRESTADOR.
1. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Resp 1.117.121/SP,
Min. Eliana Calmon, DJe de 29.10.2009, sob o regime do art. 543-C do CPC,
reafirmou o entendimento segundo o qual, na ocorrência do fato gerador sob a
égide da LC 116/2003, à exceção de serviços de construção civil, o ISSQN é devido
ao Município do local da sede do prestador de serviço.
2. In casu, verifica-se que a prestação de serviços de informática (comércio de
produtos novos e usados e locação de equipamentos de informática) é o fato
gerador, ocorrido sob a égide da Lei Complementar 116/2003, que
passou a competência para o local da sede do prestador do serviço.
3. Agravo Regimental não provido.(AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.280.592 -
MG (2011/0185534-2, Órgão JulgadorT2 - SEGUNDA TURMA Data do
Julgamento01/03/2012Data da Publicação/FonteDJe 12/04/2012

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