1.COC - ET.Fundamentos Da Qualidade
1.COC - ET.Fundamentos Da Qualidade
1.COC - ET.Fundamentos Da Qualidade
QUALIDADE
Roberta Moreira
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1 FUNDAMENTOS DA QUALIDADE
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Apesar de parecer uma tarefa árdua, as organizações que atuam com o objetivo de pôr
em prática um sistema de gestão da qualidade demonstram maior confiabilidade e
atraem a atenção dos clientes. Dessa maneira, diante do cenário atual onde as
exigências em torno da qualidade dos produtos e serviços são cada vez maiores e a
concorrência é cada vez mais acirrada, esse comprometimento se torna um diferencial
competitivo perante o mercado. (BRASIL, 2015, p.1).
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Quando produzidos por artesãos, a inspeção dos produtos era muito mais fácil, pois a
quantidade de peças era reduzida. No entanto, a partir do século XVIII com a
Revolução Industrial, surgiram as fábricas equipadas com máquinas a vapor capazes de
ampliar a produção de produtos. Dessa forma, houve a necessidade de atribuir a
alguns operários a inspeção do que estava sendo produzido, a fim de garantir que
nenhum produto defeituoso chegasse ao cliente.
As avaliações podiam ser feitas peça por peça ou em uma amostra escolhida pelo
inspetor. No entanto, no segundo caso, mediante a apresentação de algum problema
na peça, o lote inteiro era verificado posteriormente. Além disso, os inspetores
utilizavam moldes e modelos padrão para definir a qualidade das peças.
Nesse tipo de inspeção, os produtos que não pudessem ser consertados eram
descartados e, até esse ponto, não se pensava em averiguar o que poderia estar
ocasionando os defeitos na produção (LÉLIS, 2012, p. 10).
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Nessa fase, a ideia era fornecer subsídios para que a indústria pudesse controlar
estatisticamente a sua produção, utilizando técnicas de monitoramento e avaliação
diárias; identificando os possíveis desvios na qualidade dos produtos; e
compreendendo a variabilidade do processo como um aspecto presente nas atividades
industriais. (LOPES, 2014, p.16).
Com o sucesso do Japão no mercado global, em meados dos anos de 1970, os demais
países, sobretudo os Estados Unidos, começaram a se preocupar com o que fazer para
concorrer com os produtos japoneses. Logo, percebeu-se que o diferencial dessa
nação era a qualidade empregada nas suas produções e, para concorrer com os seus
produtos, era preciso demonstrar qualidade superior.
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Além disso, Deming defendia, por meio da sua cadeia de reação (figura 1.1),
que a qualidade preventiva trazia diversos benefícios para as organizações, de
modo que as mesmas alcançavam um diferencial competitivo capaz de coloca-
las em um patamar de liderança no mercado. (LOPES, 2014, p.18).
Joseph Juran, outro nome bastante conhecido, sustentava que um processo de gestão
da qualidade era dividido em três partes diferentes e cada uma delas possuía as suas
etapas. Essa ideologia ficou conhecida como a Trilogia de Juran (Figura 1.2). (LOPES,
2014, p. 19).
Armand V. Feingenbaum via a qualidade de modo muito mais amplo, pois defendia a
gestão da qualidade total, com foco para as expectativas do cliente. Para isso, é
necessário abranger a utilização de muitos equipamentos, envolvimento de diversos
setores da organização e muitas ideias advindas de todas as partes interessadas, ou
seja, fornecedores, colaboradores, diretores e clientes, tudo isso com a finalidade de
cortar despesas, evitar desperdícios, produzir e atender o cliente com qualidade e na
plenitude da sua satisfação (LOPES, 2014, p. 19).
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Associação brasileira de normas técnicas NBR ISO 9000: Sistemas de Gestão
da Qualidade – Fundamentos e Vocabulário. 3. ed. Rio de Janeiro, 2015.
LÉLIS, E. C. Gestão da Qualidade. 1. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
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