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INTRODUÇÃO
1
Graduanda do Curso de Letras Português da Universidade Estadual da Paraíba- PB,
[email protected];
2
Graduanda do Curso de Letras Português da Universidade Estadual da Paraíba- PB,
[email protected];
3
Professor Orientador Mestre em Linguagens e Ensino, Universidade Estadual da Paraíba-
PB, [email protected].
especificadamente no nono ano de duas escolas do município de Monteiro-PB, sendo elas,
Escola Municipal Tiradentes e Escola Municipal Tobias Remígio Gomes.
Para realização de tal estudo partimos da metodologia de elaborar um questionário, o
qual continha uma pergunta, que permitia aos residentes mencionar e refletir sobre os três
maiores desafios encontrados nessa jornada ao trabalhar com os descritores. Ao todo seis
componentes do projeto participaram da pesquisa, e com isso pudemos perceber que houve uma
mescla nas respostas, alguns desafios foram distintos para cada um, já outros são mais
recorrentes. As respostas encontradas serviram como base para o desenvolvimento da nossa
pesquisa.
Dessa forma, apresentaremos alguns resultados da pesquisa, sendo a mais exposta pelos
residentes: 1° a “elaboração de simulados conforme o padrão da Prova Brasil”. Com relação
a essa resposta podemos relatar que a elaboração de simulados referentes aos descritores foi o
maior desafio mencionado por todos, primeiramente, pelo fato de que, os resistentes não tinham
total conhecimento da existência desses descritores nas aulas de língua portuguesa, e como
esses descritores deveriam ser inseridos nas aulas, partindo disso, gerou-se dificuldades em
elaborar questões que envolve-se determinados descritores, até mesmo contratempo na
elaboração das questões, já que, não tinha-se o costume de elaborar questões voltando o olhar
para a Prova Brasil, assim como, desenvolver questões que fugisse do tradicional e que
desperta-se a reflexão nos alunos.
Outro ponto recorrente colocado pelos integrantes do projeto foi: 2° “Trabalhar os
descritores de forma contextualizada em um curto período de tempo”, e 3° “Trabalhar esses
descritores articulados com o texto, de modo que as aulas busquem a reflexão do aluno”, sendo
assim, pensarmos em propostas e desenvolve-las em um curto período de tempo desencadeou
um processo cansativo tanto para os alunos como para os professores, justamente por termos
pouco tempo para construir e aplicar esses assuntos e observar as respostas dessa metodologia,
porém, ao mesmo tempo agregou muita aprendizagem para o professor residente, tendo a
experiência de preparar, realizar e perceber as respostas do seu trabalho, assim como para os
discentes, envolvendo eles nas atividades, discussões e reflexões a cerca de cada assunto.
É relevante colocar também que, ao trabalharmos com os descritores sentimos muita
necessidade de encontrar textos que não só nos auxiliassem, mais também promovessem
reflexões nos alunos. Muitas dessas dificuldades na escolha dos textos, partiram
exclusivamente, de não termos em mente opções de textos que suprissem a necessidade de
determinado momento.
Ainda outro desafio citado foi em relação: 4° “a preparação de aulões para revisão”.
Como era algo novo para todos os residentes que atuaram no nono ano causou inicialmente um
pouco de estranhamento e insegurança, pois tínhamos que preparar uma semana inteira para
revisão dos assuntos abordados em sala e isso requereu adotar perspectivas inovadoras quanto
ao modo de preparar esses aulões.
Já partindo para os desafios menos destacados, temos: 5° “Falta de conhecimento
aprofundado sobre os descritores”. O motivo de poucos terem apresentado esse ponto como
um desafio, se dar justamente pelas orientações e apoio que recebíamos na preparação das aulas,
e ao longo de todo o projeto, no qual aos poucos fomos nos apropriando do universo dos
descritores e sabendo lidar com eles. É bem verdade que no início sentimos dificuldades, pois
se constituía em um cenário novo.
Em meio a esses resultados do questionário é possível constatar que as nossas
dificuldades, bem como dos demais residentes que participaram do questionário, se deram deste
a compreensão dos próprios descritores, até a elaboração de questões que envolvessem
determinados descritores, de modo que fizessem sentido tanto para o educando, bem como para
o educador. Diante das complexidades apresentadas foi perceptível o engajamento de toda a
equipe para lidar e sobretudo desenvolver propostas que sanassem as lacunas dos professores
residentes.
Refletindo em torno dessas respostas, entendemos que o contexto que os residentes
estavam inseridos, turmas do nono ano que são preparadas durante o ano letivo para passarem
pela avaliação principal, constituída na Prova Brasil, é dado uma atenção maior para esse
processo de avaliação que se dá de maneira continua em sala de aula. Uma dessas formas é
através dos aulões, onde é elaborado questões em torno dos conteúdos pertencentes aos
descritores e aplicados bimestralmente, em conjunto com os simulados, essa atividade de
elaboração de questões foi um desafio mais recorrente nos seis residentes que participaram da
pesquisa. A respeito da avaliação e suas implicações Luckesi (2005) afirma que:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo desenvolvido buscou fazer essas reflexões dos desafios e experiências com os
descritores que os residentes tiveram no processo de atuação em sala de aula . Para tanto, é
preciso ressaltarmos o quanto foi significativo essas vivências no Projeto Residência
Pedagógica tanto para nossa formação acadêmica, bem como para refletirmos e nos
apoderarmos de novas práticas de ensino, uma vez que somos sujeitos que estamos em
constante construção e que necessitam ressignificar suas práticas e teórias. A respeito dessa
necessidade, Antunes (2003, p.36) expõe: “O novo perfil do professor é aquele do pesquisador
que, com seus alunos (e não, “para” eles), produz conhecimento, o descobre e o redescobre,
sempre”.
Pensando nisso, cabe ainda mensinonar a influência que têm a secretária da educação
sobre as escolas do munícipio, como também sobre os professores, em propor que as aulas de
Língua Portuguesa sejam voltadas para preparação da Prova Brasil, focando apenas em um
ensino de língua que dê resultados quantitativos a respeito de pecentuais que devem ser
atingidos a partir dessa prova, e não em um ensino de língua que resulte em sujeitos críticos,
interativos, reflexivos e participativos. Sendo assim, percebemos que o intuito dos profissionais
da educação nesse contexto, é garantir atráves das aulas de língua portuguesa uma preparação
para bons resultados na Prova Brasil, gerando assim, uma boa repercurssão tanto para escola
quanto para o munícipio.
No entanto, é preciso problematizarmos esse cenario e persarmos que uma boa
preparação não se dar por meio da aplicação de muitos simulados, provas, pois a quantidade
não garante uma qualidade. Sendo assim, deve aplicar os simulados sim, porém é necessário
dar mais aulas de português, visando sobretudo o aprendizado do aluno.
Portanto, frente aos desafios destacados ao longo do trabalho, é importante ratificar a
posição do sujeito educador e pesquisador na construção de novos saberes e métodos de ensino,
mas também criar possibilidades para mediar o conhecimento e construir de maneira coletiva,
isso foi bem vivênciado na residência pedagógica. Por isso, gostariamos de concluir esse ciclo
com o que Freire (1996) afirma:
Ensinar não é transferir conhecimentos, nem formar é ação pela qual um sujeito
criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência
sem dicência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar de diferenças que os conotam,
não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar
e quem aprende ensina ao aprender (FREIRE, 1996, p. 23)
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial,
2003.
CARVALHO, Robson Santos. Ensinar a ler, aprender a avaliar: avaliação diagnóstica das
habilidades de leitura. 1. Ed. -São Paulo: Parábola, 2018.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz
e Terra, 1996.