5678-Texto Do Artigo-17939-1-10-20180316
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Abstract: Having as a theme of a discussion the life and work of the writer Clarice Lispector, the
purposed discussion has the aim to compass the specificities intrinsic, even as the necessary cares,
that characterize and compose, almost necessarily, that here I call of Crítica biográfica fronteiriça.
In the base of that discussion, both ideas, bios and locus, are imperative and it happens because of
very a logic reason: they converge not only for life but also for the discourse of all people that are
involved: Analyst (reviewer, researcher) or analyzed (work, author). The postulated idea is that these
pillars have the atravessamento between the places and biographic sensibilities, likewise the
languages overlead there, whether there are of the order of life, fiction or essay. Therefore, the
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Edgar Cézar Nolasco é professor da UFMS e Coordenador do Grupo de Pesquisa Núcleo de
Estudos Culturais Comparados – NECC – CNPq/UFMS e Pesquisador-visitante e Associado do
PACC-UFRJ. [email protected].
Resumen: Teniendo como principio la discusión sobre la vida y la obra de la escritora Clarice
Lispector, lo que propongo es un trayecto alrededor de las especificidades inherentes y los cuidados
necesarios que caracterizan y constituyen, casi que obligatoriamente, lo que denomino ensayo de
crítica biográfica fronteriza. En la base de esta discusión prevalece la noción de bios así como la de
locus, por una lógica razón: ambos confluyen tanto para la vida como para el discurso de todos los
involucrados, bien sea el analista (crítico, investigador, etc) o el analisado (obra, autor, etc). Se
entiende, además, que hay un cruce entre las sensibilidades locales y biográficas de los dos, a la vez
que hay también un cruce entre los dos lenguajes ahí sobrepuestos, sea del orden de la vida, de la
ficción o del ensayo. Para tal comprensión, las premisas de la Crítica Biográfica (SOUZA), de la
Crítica Postcolonial (MIGNOLO) y de la Crítica Biográfica Fronteriza (NOLASCO) son
fundamentales.
Palabras claves: Clarice Lispector; crítica biográfica fronteriza; Fronteras del lenguaje;
Epistemología fronteriza.
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Ver meu texto A (DES)ORDEM EPISTEMOLÓGICA DO DISCURSO FRONTEIRIÇO, p. 47-
66. IN: CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: Ocidente/Oriente: migrações.
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SANTIAGO. Epílogo em 1ª pessoa: eu & as galinhas d`angola, p. 242-252. “A minha primeira
pessoa começou a mentir descaradamente. E tanto menti, que já mentia sobre as mentiras que tinha
inventado. E a tal ponto minto, que a mentira se torna o meu modo mais radical de ser, de dizer a
verdade que me é própria, a própria verdade.” (SANTIAGO, 2004, p. 251)
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Em seu livro Escolhas: uma autobiografia intelectual (2009), Heloisa comenta o que enfrentou por
ter redigido sua tese, publicada em 1979 com o título Impressões de viagem, em primeira pessoa.
Em suas palavras: “sem dissimulação, na primeira pessoa, escrevo Impressões de viagem, uma
tentativa de pensar o jogo de definições e redefinições das manifestações culturais das duas décadas
que havia percorrido. No final da introdução, confesso um risco: Esta análise corre e assume todos
os riscos de trabalhar a cultura em processo. Ainda que isto promova dificuldades no
sentido da falta de uma perspectiva histórica mais definida, ou mesmo quanto à delimitação do
objeto de análise, traz, em contrapartida, a possibilidade tentadora de uma atuação crítica no próprio
desenrolar desse processo.” (HOLLANDA, 2009, p. 60-61)
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Este texto é uma continuidade de outro texto intitulado de Crítica biográfica fronteiriça
(Brasil\Paraguai\Bolívia) no qual já trabalhei o conceito, entre outros, de ‘biolócus”, que é a junção
do bios e do lócus, sobretudo do sujeito crítico. Aqui dialogo diretamente com esse conceito ali
trabalhado. Ali eu dizia: “Trata-se do que passo a chamar de (bios = vida + lócus = lugar) biolócus.
Por essa conceituação compreendo, então, a importância de se levar em conta numa reflexão crítica
de base fronteiriça tanto o que é da ordem do bios (quer seja do “objeto” em estudo, quanto do sujeito
crítico envolvido na ação), quanto da ordem do lócus (o lugar a partir de onde tal reflexão é
proposta). (NOLASCO. Crítica biográfica fronteiriça (Brasil\Paraguai\Bolívia), p. 50.
REFERÊNCIAS
ARROJO, Rosemary. Tradução, desconstrução e psicanálise. Rio de Janeiro: Imago, Ed.,
1993.
DERRIDA, Jacques. Adeus a Emmanuel lévinas. São Paulo: perspectiva, 2004.
MARTINS, Geraldo Majela. O perfume das acácias. Belo horizonte: Casa Cambuquira,
1997.
NOLASCO, Edgar Cézar. A (des)ordem epistemológica do discurso fronteiriço. In:
CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: Ocidente/Oriente: migrações. Campo Gradne:
Editora UFMS, Vol. 8, N. 15, Jan./Jun. 2016. p. 47-66.
PESSANHA, Juliano Garcia. Ignorância do sempre. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000. 41