Saos

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Transtornos respiratórios – Síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS)

Distúrbios ventilatórios relacionados ao sono:

 Síndrome da apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS)


 Apneia central do sono (ACS)

A queixa mais comum dos transtornos respiratórios é o ronco.

 RONCO: som produzido pelas vibrações de estruturas da via área superior, devido estreitamento,
habitualmente durante inspiração. Envolve palato mole, úvula e paredes faringianas. As pessoas não roncam
durante o dia, sugerindo que o relaxamento muscular induzido pelo sono é parte da causa.
 Pode ocorrer só em casos específicos: gripe com nariz trancado, sono pesado, etc.
 Presente em 30 -40% da pop > 50 anos
 Aumentou também devido ao aumento da obesidade.
 O ronco vai piorando até aos 40-50 anos e depois estabiliza.

Ronco primário: não tem apneia obstrutiva do sono

 Ronco sem apneia ou hipoventilação, normalmente o paciente ronca mais em decúbito dorsal e alguém cutuca
e faz a pessoa virar de lado. Pode ser influenciado pela bebida alcoólica porque a pessoa dorme mais pesado
e não acorda.
 Tem Preservação das funções diurnas (não tem sonolência, cansaço)

SAOS: síndrome da apneia obstrutiva do sono

São episódios recorrentes de obstrução parcial ou total das vias aéreas superiores durante o sono, apesar da
manutenção dos esforços respiratórios. Obs: diferente da central: na qual não há manutenção do esforço respiratório

 Deve durar > 10s. Normalmente o ser humano faz algumas apneias durante o sono, mas não maior que 10s

Causa sonolência diurna, prejudica funcionamento diário, contribui para doença CV em adultos e problemas
comportamentais em crianças.
ACS: menos comum, pode ocorrer
Apneia: episódio de obstrução total da via respiratória. Hipopneia:
isolada ou junto com a SAOS de
redução de 30-50% do fluxo respiratório, sem parada completa.
maneira primaria ou secundaria
SAOS: Prevalência: 30% da pop. (medicamento, IC). Causa despertares
frequentes, fadiga diurna, aumenta
 Crianças tem bastante e pode ser subdiagnosticada porque a
risco para IC e FA. Não há manutenção
criança não fica sonolenta, fica agitada.
do esforço respiratório.
Fator anatômico:
Padrão respiratório de
 Estreitamento da via área superior: macroglossia, tonsila e úvula hiperventilação e apneia. Padrão de
hipertrófica, paciente respira muito pela boca devido ao respiração Cheyne Stokes.
estreitamento nasal, desvio de septo/pólipos, Tto difícil e depende de causa
subjacente
 Obesidade: relacionada ao tecido adiposo parafaríngeo e baixo volume pulmonar ao deitar
 Craniofaciais: retroposição mandibular, micrognatismo

Fatores neuromusculares: patência das vias aéreas depende dos músculos dilatadores da faringe que tem os impulsos
neuromusculares diminuídos no sono. Se paciente tem via aérea colapsável  ocorrem episódios transitórios de
colapso faríngeo (apneia) ou quase colapso (Hipopneia).

 Episódio de colapso termina por ativação dos reflexos ventilatórios e despertar abertura da via aérea
 Estruturas que causam colapso: palato mole (mais comum), língua, epiglote, paredes laterais da faringe.
Lúmen da via área pode se estreitar por:
o Deposição de gordura, aumento de tecido linfoide, variações genéticas.

Sinais e sintomas:

 Ronco: é o principal sintoma, mas nem todos os pacientes tem. Pode ocorrer de paciente não roncar.
 Sonolência diurna excessiva, despertares frequentes
 Apneia observada
 Sono agitado
 Fadiga
 Cefaleia matinal
 Dificuldade na concentração
 Noctúria
 RGE: refluxo gastroesofágico

Em Mulheres: obesidade, insônia, depressão, hipotireoidismo

Em Homem: disfunção erétil

 Em criança: Hiperatividade, Criança respiradora oral sempre precisa avaliar

O início preciso é difícil pois o ronco não causa preocupação na população geral e as pessoas roncam por anos sem
procurar médico  ganho de peso pode piorar o quadro e daí o paciente procura

Fator de Risco:

Principais: obesidade e sexo masculino (2-3:1)

Adicionais: retrognatismo, micrognatismo mandibular, HF de SAOS,

 Hormonal: menopausa, hipotireoidismo


 Gestação: ronca mais ou se já tem apneia piora, por obstrução da via superior
 Idade: piora com a idade, mais idosos
 Sindromes genéticas: mucopolissacaridose, síndrome de Down, alterações craniofaciais
 Obesidade: 70%, proporções crescentes, variação anatômica,
 Perda de peso – tem resposta variável, pode melhorar e não normalizar
 40-60% dos casos são atribuídos a excesso de peso
 Risco 4x maior para SAHOS
 Homem: padrão de obesidade androide e comprimento maior da faringe
 Raça negra | Tabagismo

Consequências clinicas:

SAOS moderada-severa é fator de risco independente para mortalidade de qualquer causa.

 Aumenta risco de DC, DM e AVEi


 Risco para HAS e obesidade
 Exacerbação e morte por DPOC
 Associação a psicopatias
Hipoventilação relacionada ao sono  SOH síndrome da obesidade-hipoventilação
 Paciente obeso, além da apneia, pode ter síndrome da obesidade e hipoventilação. Que ocorre por
tamanho abdominal e não por obstrução de via aérea
 Não é necessário polissonografia para fazer diag
Diagnóstico: hipercapnia (aumento da pressão parcial de CO2 no sangue) diurna crônica, que se agrava
durante o sono + obesidade.
 10-20% dos portadores de SAOS
Tratamento: CPAP  paciente chega no hospital hipoxêmico, é importante ver saturação deles
Diagnostico:

Paciente precisa apresentar:

 Sintoma de distúrbio respiratório (ronco, bufada, gaspeadas ou pausas respiratórias no sono), ou


sonolência/fadiga diurna mesmo com sono suficiente, sem outra explicação clinica
 5 ou mais episódios de apneia/Hipopneia por hora de sono na polissonografia (índice apneia/Hipopneia – IAH)
 Assintomático  diag se IAH > 15 episódios por hora
 Apneia/Hipopneia > 10s

Avaliação clínica:

 Tamanho do pescoço, IMC, PA, alteração de tônus muscular, pedir LACs para disfunção tireoidiana
 Fator anatômico da VAS:
 Macroglossia (Mallampati modificado)

Palato web: pilares muito baixos e úvula grande, causa grande estreitamento

 Dentição
 Palato alto e estreito
 Posição de mandíbula: retrocnatas tem mais apneia
 Avaliação craniofacial
 Bruxismo
 Cavidade nasal, pesquisa de desvio de septo e pólipos

Método subjetivo  escala de sonolência de Epworth

Várias perguntas que avaliam a probabilidade de cochilar

Método objetivo  polissonografia (padrão ouro)

Serve de diagnóstico e titulação de pressão para usar o CPAP


Polissonografia

 Diagnostico
 Titulação para CPAP
 Avaliação de resposta ao tto da SAOS
 Parassonias
 Diagnóstico de narcolepsia
 Suspeita de distúrbio de movimento periódico em membros

Parâmetros

Tipos de polissonografia

 Nível 1; padrão ouro, em laboratório, com supervisão de técnico, basal, titulação de CPAP
 Nível 2: domiciliar, com ou sem supervisão, variáveis neurofisiológicas e cardiorrespiratórias (7 ou mais
canais)
 Nível 3: avalia nível de Oximetria noturna

Apneia central: em paciente com cheyne stokes

Apneia mista em pact bem graves de SAOS

 Cefalometria pode ser feita, mas só se pact tiver indicação cx.

Tratamento:

Medidas gerais:

 Decúbito lateral, evitar posição supina


 Estilo de vida: Redução de peso, conservador ou cirúrgico (obesidade mórbida ou SAOS grave), aumentar
atividade física
 Comportamento: Restrição de álcool e de sedativos (drogas ex. codeína, outros opioides, anti-histamínicos
inespecíficos e BZD, otimização da duração do sono, rotina de sono
Medicamentoso:

 Reposição hormonal: para problema de tireoide


 Modafinil para hipersonia, narcolepsia
 Antidepressivo: se depressão-ansiedade associada

Tratamento cirúrgico (menos efetivo), reservado aos roncadores, SAOS leve e não toleram CPAP

 Traqueostomia: se pact com risco de morte


 Cx para correção de anormalidades nasais
 Uvupalatofaringoplastia (remoção da úvula e da margem do palato mole): não se faz mais, causa flacidez da
musculatura.

Aparelhos:

CPAP: melhor nível de evidencia. Administrada por máscara nasal ou nasal-oral. Faz pressão positiva, mas adesão
é problema. É preciso analisar os problemas com o paciente e tentar soluciona-los para melhorar adesão.

o Tem dois tipos diferentes


o Tem várias máscaras diferentes
 Aparelho intraoral: funcionam avançando a mandíbula, usados para apneia leve-moderada em pact não obeso
ou se pact não quiser usar CPAP de jeito nenhum
 Retentores linguais
 Reposicionadores mandibulares  é caro e precisa de acompanhamento com dentista

Contraindicações formais: 3

Em paciente com doenças neuromusculares (ex, ELA) é preciso fazer respiração mecânica

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