Módulo 3 - Discursivas de Enfermagem
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Módulo 3 - Discursivas de Enfermagem
Mentoria
Provas
Discursivas de
Enfermagem
Módulo 3
(Aulas liberadas no Curso Completo)
Sumário
1. Orientações Gerais para Produção de Texto ................................................................................. 2
2. Provas Discursivas - Módulo 3 ....................................................................................................... 5
2.1 (TRT 3ª Região/FCC/2010) ........................................................................................................... 5
2.2 (COREN - CE/CEBRASPE/2021) ..................................................................................................... 11
2.3 (STF/CESPE/2008) ........................................................................................................................ 20
2.4 (Residência/USP) .......................................................................................................................... 28
2.5 (TRT - PB/FCC/2014) .................................................................................................................... 34
3. Revisão Teórica .............................................................................................................................. 41
3.1 Parada Cardiorrespiratória ........................................................................................................... 41
3.2 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar ............................................................................. 45
3.3 Insuficiência Cardíaca .................................................................................................................. 48
3.4 Sepse e Choque Séptico ............................................................................................................... 55
3.5 Queimaduras ............................................................................................................................... 64
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Paragrafação é divisão, é a necessidade de dividir as ideias de um texto. Para que haja coerência,
é importante que um parágrafo esteja relacionado ao outro (coesão). Quando a prova é uma questão
discursiva, em regra, cada pergunta do examinador será respondida em um parágrafo, seguindo a ordem
de perguntas do enunciado.
Em provas discursivas, em regra, o texto será estruturado com um parágrafo para introdução, dois
ou três parágrafos para o desenvolvimento e um parágrafo de conclusão. No entanto, questões
discursivas com limite de linhas restrito (15, 20 linhas) requerem máxima concisão e objetividade.
Mesmos nesses casos, em que o número de linhas para resposta é limitado, havendo espaço,
pode-se incluir uma pequena introdução e conclusão no texto. Lembre-se que a estrutura do seu texto
deve seguir a ordem das perguntas do examinador.
2. Margens e recuos
O recuo no início dos parágrafos deve ser de 1,25 cm (ABNT), porém esse número é apenas uma
base, o importante é manter o mesmo recuo no início de cada parágrafo (mantendo a simetria e
objetividade do texto). Você pode adotar a medida de 1 ou dois dedos, ponta da caneta, etc. Não escrever
nada fora das margens da folha de resposta do texto definitivo.
3. Marcas de identificação
Cuidado para não trazer, na folha de texto definitivo, qualquer marca que possa ser encarada pela
banca examinadora como um elemento de identificação do candidato. São completamente vedados:
desenhos, rabiscos, seu nome, rubricas, título em redação ou questão discursiva (a não ser que a banca
exija, o que incomum).
4. Objetividade e clareza
Lembre-se de que o responsável pela correção do seu texto, geralmente, não é um enfermeiro/a,
logo facilite a vida do examinador respondendo, de forma clara e direta, apenas o que foi solicitado na
questão. Evite palavras rebuscadas, ou termos coloquiais (linguagem informal). A linguagem técnica é
sempre bem-vinda.
Cuidado para não confundir as folhas de rascunho e de texto definitivo. Geralmente a folha de
rascunho vem com a marca “RASCUNHO”, mas há bancas que não trazem essa identificação. Cuidado para
não manchar a folha de texto definitivo com alimento, canetas ou água.
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6. Importância do rascunho
O objetivo do rascunho é reunir as ideias a respeito do tema fornecido pela banca, organizando-
as e dando-lhes uma feição coerente e coesa. Como é o primeiro texto produzido, muitas vezes é marcado
por um fluxo desorganizado de ideias, que precisam ser redistribuídas ao longo da redação – esse trabalho
recebe o nome de “projeto de texto”. https://guiadoestudante.abril.com.br/redacao/redacao-fazer-
rascunho-e-perda-de-tempo
7. Caligrafia
Para a banca examinadora, não existe letra feia ou bonita, existe letra legível e ilegível. Se você
tem caligrafia que dificulta a leitura do seu texto por outra pessoa, deve melhorá-la para a sua prova.
Algumas dicas: peça para alguém ler um texto escrito por você, e assim verificar a legibilidade da
sua caligrafia; evite letras “estilosas” que só você compreenda com facilidade; escreva muitos texto
simulando o dia da prova, utilizando uma folha de resposta padrão; não tente corrigir erros e acabar
rasurando (nesse casos, passe um risco na palavra errada e a escreva novamente); a depender do número
de linhas, será necessário dosar o tamanho da letra, especialmente em provas com limite de até 15/20
linhas; diferencie bem as vogais, sinais de pontuação e demais letras.
Se tiver dificuldade em escrever letra cursiva, use letra de forma, mas diferenciando letras
maiúsculas e minúsculas.
Sempre treine com o mesmo modelo de caneta que será utilizado no dia da prova. Opte por uma
caneta de fácil escrita, que não solte muita tinta (risco de borrar) e com ponta fina.
Ao receber a prova, imediatamente leia a questão discursiva, assim você começará a levantar as
ideias que farão parte da sua resposta e terá tempo, ao longo da resolução das questões objetivas, para
organizar e estruturar os tópicos que utilizará no texto.
Utilize os primeiros 5 a 15 minutos, após a leitura da questão discursiva, para fazer o esqueleto do
seu texto, levantando, em tópicos e palavras chaves, tudo o que vier a sua mente e que puder ser utilizado
na resposta.
Se preferir pode utilizar mais 15 a 30 minutos para fazer o seu rascunho. Ao longo da prova
objetiva, mentalmente, você vai elaborando e melhorando o texto que será transcrito para a folha
definitiva.
Quando passar para o texto definitivo, releia o rascunho para você mesmo, em busca de problemas
de pontuação, crase, ortografia, coesão e concordância, principalmente.
Você deve evitar: repetição constantes de palavras, sempre que puder utilize sinônimos; repetição
exagerada da palavra QUE; frases no gerúndio; utilização de primeira pessoa do singular ou do plural
(sempre redija o texto em terceira pessoa).
Somente a prática leva à perfeição. Ao praticar, você perderá o medo e conseguirá descobrir
estratégias e mecanismos para desenredar a forma de expressar as ideias no papel.
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Na fase de treino, sempre antes de escrever o texto, revise o tema. Apenas com uma base teórica
sobre um determinado assunto será possível trazer as informações solicitadas pelo examinador.
Analisar o edital do seu concurso é uma tarefa obrigatória. É importante verificar os critérios de
avaliação, tipo de prova (questão discursiva, texto dissertativo sobre tema geral/específico ou estudo de
caso), limites mínimo e máximo de linhas, critérios de eliminação, tipo de caneta.
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No segundo parágrafo você irá descrever os cuidados para o uso do desfibrilador externo
automático (DEA). Lembre-se que os cuidados podem ser relacionados às instruções para o
funcionamento adequado do aparelho e às precauções relativas à vítima.
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Padrão de resposta
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Proposta de texto
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I. Como deve ser composta a equipe, em relação tanto aos tipos de membros quanto aos profissionais
integrantes;
II. Quem detém a competência técnica para a nomeação dos integrantes da equipe;
III. Cinco atividades essenciais do enfermeiro controlador de infecções hospitalares.
Máximo de 30 linhas.
Direcionamento
Na introdução você pode apresentar o assunto de forma mais ampla, discutindo sobre um dos
seguintes tópicos: o impacto das infecções hospitalares para a saúde pública; a relevância das ações de
prevenção e de controle de infecções hospitalares; ou o Programa de Controle de Infecção Hospitalar.
Lembre-se que você também deve incluir nesse parágrafo algo que faça uma relação do tema com a
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
No primeiro parágrafo do Desenvolvimento, você deve citar como deve ser composta a equipe
da CCIH (em relação tanto aos tipos de membros quanto aos profissionais integrantes) e identificar quem
detém a competência técnica para a nomeação dos integrantes da equipe.
Por fim, no último parágrafo você deve elaborar uma conclusão geral do assunto. Dentre os
aspectos que podem ser abordados, tem-se: a importância da CCIH para a segurança do paciente e a
qualidade da assistência à saúde; e a relevância das ações desempenhadas pela equipe de uma CCIH para
a prevenção e o controle de infecções hospitalares.
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Padrão de resposta
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Proposta de texto
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3. (STF/CESPE/2008) Os enfermeiros que cuidam de pacientes com IC devem estar preparados para
garantir uma assistência de qualidade a esses pacientes. Redija um texto que aborde o assunto tratado
acima e que, da forma mais completa possível, contemple, necessariamente, os seguintes aspectos:
Definição de insuficiência cardíaca;
Principais manifestações clínicas que o enfermeiro deve avaliar quando realiza o histórico de enfermagem
e o exame físico;
Diagnósticos de enfermagem prioritários;
Ações/prescrições de enfermagem.
Máximo de 30 linhas.
Direcionamento
O primeiro parágrafo deve apresentar o assunto de forma mais ampla, discutindo sobre um dos
seguintes tópicos: o impacto das doenças cardiovasculares para a saúde pública; a relação entre as
doenças cardiovasculares e a IC; ou trazer uma definição ampliada da IC, o que já responderia o primeiro
questionamento.
No segundo parágrafo, você deve citar as principais manifestações clínicas que o enfermeiro deve
avaliar quando realiza o histórico de enfermagem e o exame físico. Analise cuidadosamente os
conhecimentos que você já possui sobre o tema e descreva quais aspectos poderiam ser investigados para
indicarem a presença de IC. Fique atento(a), essa avaliação deve ocorrer em dois momentos, durante o
histórico de enfermagem e o exame físico.
No terceiro parágrafo, você deve apresentar os diagnósticos de enfermagem prioritários para um
paciente com IC. Lembre-se, essa etapa se refere ao processo de interpretação e de agrupamento dos
dados coletados na primeira etapa (mais precisamente, o que você respondeu na questão anterior), que
culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos que representam, de maneira mais
específica, as respostas de uma pessoa com IC.
No quarto parágrafo, você deve citar quais as ações/prescrições de enfermagem necessárias para
esse indivíduo. Da mesma forma que na questão anterior, aqui a resposta também está interligada. Assim,
analise os diagnósticos de enfermagem que você elencou e avalie quais os cuidados de enfermagem
devem ser prescritos para que esse paciente apresente os melhores resultados possíveis.
Por fim, no último parágrafo você deve elaborar uma conclusão geral do assunto. Dentre os
aspectos que podem ser discutidos, tem-se: uma abordagem ampliada sobre a problemática da IC; a
importância de um acompanhamento integral para a gestão do cuidado ao paciente com IC; do
acompanhamento regular com a equipe multiprofissional; e a relevância das ações de enfermagem para
o controle da doença e a prevenção de exacerbações.
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Padrão de resposta
Exame físico
• Sinais de congestão:
- Ascite (0.50);
- Distensão venosa jugular (0.50);
- Dispneia;
- Ortopneia;
- Dispneia noturna paroxística;
- Tosse (em decúbito ou aos esforços);
- Estertores crepitantes pulmonares que não melhoram com a
tosse;
- Ganho de peso (rápido);
- Edema postural;
- Distensão ou desconforto abdominal;
- Transtornos do sono (ansiedade ou dispneia);
- Fadiga.
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Proposta de texto
A insuficiência cardíaca (IC) é definida como uma síndrome clínica, que resulta
de distúrbios estruturais ou funcionais do coração, os quais comprometem a
capacidade dos ventrículos de serem preenchidos ou ejetar sangue. Trata-se de uma
condição crônica e progressiva, em que o coração não consegue bombear
adequadamente o sangue para atender às necessidades corporais, resultando em
diminuição do fluxo sanguíneo para os tecidos e órgãos.
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4. (Residência/USP) Sr. A.C.J. evoluiu com quadro de Insuficiência Respiratória Aguda, sendo transferido
para o setor de Terapia Intensiva. Na admissão, apresentava rebaixamento do nível de consciência
(Escala de coma de Glasgow = 8); FR = 30 rpm; FC = 162 bpm, PA = 80X40 mmHg; T = 39,1°C; saturação
de oxigênio de 88%. Um novo hemograma foi coletado e revelou uma leucocitose de 46.000/mm 3. Foi,
então, iniciada ventilação mecânica, instalados acesso venoso central, pressão arterial invasiva e
cateter vesical de demora. Foi necessária a instalação de noradrenalina e dopamina, uma vez que não
foi obtida reversão da hipotensão com a ressuscitação hídrica.
1. Tendo em vista o quadro apresentado pelo Sr. A.C.J., trata-se de Sepse ou Choque Séptico? Justifique
sua resposta.
2. Cite, nas linhas numeradas abaixo, quatro cuidados de enfermagem ao paciente em uso de
noradrenalina.
Máximo de 15 linhas.
Direcionamento
No primeiro parágrafo você deve identificar se o quadro apresentado pelo Sr. A.C.J. é indicativo
de sepse ou de choque séptico e justificar a sua resposta. Embora os dois termos sejam relacionados à
uma condição grave que ocorre como resultado de uma resposta do corpo a uma infecção, existem
diferenças nas suas características e, consequentemente, na forma de tratamento. Lembre-se de justificar
a sua resposta com base nos dados descritos no próprio caso clínico.
No segundo parágrafo, você deve citar quatro cuidados de enfermagem ao paciente em uso de
noradrenalina. Lembre-se que a noradrenalina também pode ser chamada de norepinefrina. Os cuidados
de enfermagem podem ser relacionados ao medicamento e ao paciente, então você tem muitas
intervenções disponíveis.
Por fim, caso ainda tenha espaço suficiente no seu texto, você pode fazer um trecho contendo
uma breve conclusão do assunto, a qual pode abordar a complexidade da assistência de enfermagem ao
paciente que está utilizando um medicamento vasoativo, como a noradrenalina.
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5. (TRT - PB/FCC/2014) J.L. é um homem de 50 anos, que foi admitido na unidade de queimados de um
hospital após sofrer 50% de queimaduras de segundo e terceiro grau nas extremidades inferiores, nas
mãos, nos braços e no tronco. A lesão resultou de uma explosão de aquecedor a óleo em um porão. O
acidente ocorreu quando ele estava consertando o aquecedor. J.L. não perdeu a consciência e
conseguiu fugir do local sem inalar fumaça. O exame físico revelou ausência de escarro com carbono ou
fuligem nas narinas ou na boca. A gasometria arterial estava nos limites normais. As queimaduras em
pernas e tronco não ocorreram em circunferência. Antebraços e mãos, porém, ficaram totalmente
queimados. Ele tinha edema generalizado, que continuou a ser um problema. Os pulsos periféricos
estavam filamentosos nas extremidades inferiores e não palpáveis nas extremidades superiores. Os
pulmões estavam limpos bilateralmente. Os sinais vitais eram: PA 100 × 45 mmHg, FC 125 bpm, FR 36
rpm, T 36 °C. Foi passada uma sonda vesical Foley, e o débito urinário estava entre 25 e 29 mL/h. Foi
inserido um cateter venoso central, com radiografia confirmando a colocação sem incidentes. Foi
administrada solução de Ringer Lactato para repor a perda do volume de líquido perdido que ocorreu
em consequência do extravasamento. J.L. estava com muita dor e falou que estava ansioso em relação
à incerteza da situação.
Direcionamento
Como a banca fez somente um questionamento, que envolve duas respostas, você deve responder
tudo em um único parágrafo. Não se preocupe com o tamanho do parágrafo, o importante é responder
tudo o que foi solicitado dentro do limite de linhas.
Inicialmente você deve ler atentamente o caso clínico e destacar os achados mais relevantes. Em
seguida, identifique cinco diagnósticos de enfermagem prováveis, o respectivo fator relacionado e o
resultado esperado, de acordo com a taxonomia NANDA e NOC. Lembre-se de citar os fatores
relacionados de acordo com os achados do caso clínico, o que trará relevância e fidedignidade aos
diagnósticos de enfermagem. Além disso, fique atento(a) à ordem de inclusão dos resultados esperados,
pois eles devem ser elaborados de acordo com cada diagnóstico.
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O conceito de cadeia de sobrevivência foi introduzido pela American Heart Association (AHA) na
prática clínica da RCP e representa uma sequência adequada de abordagem à PCR em adultos e crianças,
distinguindo-se para cenários de PCR intra (PCRIH) e extra-hospitalar (PCREH) (AHA, 2020; TIMERMAN;
GUIMARÃES, 2020).
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Dentre os elos das cadeias de sobrevivência da AHA para os para cenários de PCRIH e PCREH, tem-
se a desfibrilação.
A desfibrilação precoce é o tratamento para vítimas em FV e TV sem pulso (TVSP) de curta duração,
que apresentaram colapso súbito em ambiente extra-hospitalar, sendo este o principal ritmo de PCR
nesses locais. A desfibrilação pode ser realizada com um equipamento manual ou o Desfibrilador Externo
Automático (DEA). Este último pode ser utilizado por qualquer pessoa, assim que possível (BERNOCHE et
al., 2019).
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AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques da American Heart Association 2015: Atualização das
Diretrizes de RCP e ACE. Dallas/Texas: AHA, 2015.
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques da diretrizes de RCP e ACE de 2020 da American Heart
Association. Dallas/Texas: AHA, 2020.
BERNOCHE, C. et al. Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares
de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras
Cardiol, v. 113, n. 3, p: 449-663, 2019.
HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 14. ed.
reimp. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
TIMERMAN, S.; GUIMARÃES, H. P. Emergências Médicas: passo a passo. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2020.
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• cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamento, com vistas a obter
capacitação adequada do quadro de funcionários e profissionais, no que diz respeito ao controle das
infecções hospitalares;
• elaborar regimento interno para a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar;
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• cooperar com a ação do órgão de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como fornecer,
prontamente, as informações epidemiológicas solicitadas pelas autoridades competentes;
• notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao organismo de gestão do SUS, os casos
diagnosticados ou suspeitos de outras doenças sob Vigilância epidemiológica (notificação compulsória),
atendidos em qualquer dos serviços ou unidades do hospital, e atuar cooperativamente com os serviços
de saúde coletiva;
• informar o órgão oficial municipal ou estadual quanto à composição da CCIH, e às alterações que
venham a ocorrer;
• fomentar a educação e o treinamento de todo o pessoal hospitalar.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 2.616, de 12 de maio de 1998. Estabelece diretrizes e normas
para a prevenção e o controle das infecções hospitalares. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 1998.
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A insuficiência cardíaca (IC) é definida como uma síndrome complexa, resultante de qualquer
distúrbio funcional ou estrutural do coração, a qual compromete a capacidade dos ventrículos de serem
preenchidos ou ejetar sangue. Esse quadro pode ocasionar ou aumentar o risco de desenvolver
manifestações de débito cardíaco baixo e/ou congestão pulmonar ou sistêmica (HINKLE; CHEEVER, 2022;
NORRIS, 2021).
No passado, a IC era com frequência denominada insuficiência cardíaca congestiva, tendo em vista
que muitos pacientes apresentam congestão pulmonar ou periférica com edema. Atualmente, a IC é
reconhecida como uma síndrome clínica caracterizada por sinais e sintomas de sobrecarga de líquido e
perfusão tissular inadequada. A sobrecarga de líquido e a diminuição da perfusão tissular ocorrem quando
o coração não consegue gerar um débito cardíaco suficiente para atender as demandas do corpo de
oxigênio e nutrientes (HINKLE; CHEEVER, 2022).
A IC pode ser produzida por qualquer condição cardíaca que reduza a capacidade de
bombeamento do coração. Os fatores de risco de IC podem ser divididos em duas categorias: primários e
secundários (HINKLE; CHEEVER, 2022; NORRIS, 2021; PELLICO, 2015):
Fatores de risco
Primários Secundários
• Idade (> 65 anos) • Consumo excessivo de álcool
• Sexo masculino • Tabagismo
• Hipertensão • Nível alto de colesterol (dislipidemia)
• Hipertrofia ventricular esquerda • Diabetes
• Infarto do miocárdio • Toxinas (agentes quimioterápicos)
• Doença valvar cardíaca • Distúrbio respiratório durante o sono
• Obesidade • Doença renal crônica
• Situação socioeconômica desfavorável
• Estresse psicológico
• Sedentarismo
• Genética
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apresente sinais e sintomas de IC, tais como dispneia, edema ou fadiga. À medida que a IC se desenvolve,
o corpo ativa mecanismos compensatórios neuro-hormonais. Esses mecanismos representam a tentativa
do corpo de lidar com a IC e são responsáveis pelos sinais e sintomas que se desenvolvem. A compreensão
desses mecanismos é importante, tendo em vista que o tratamento para a IC tem por objetivo a sua
correção e o alívio dos sintomas (HINKLE; CHEEVER, 2022).
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Na IC direita o ventrículo direito é incapaz de ser preenchido ou de ejetar sangue suficiente para
dentro da circulação pulmonar, enquanto na IC esquerda o ventrículo esquerdo é incapaz de ser
preenchido ou ejetar sangue suficiente para dentro da circulação sistêmica (HINKLE; CHEEVER, 2022;
MORTON; FONTAINE, 2019).
A IC aguda tem o início súbito de sintomas como edema pulmonar agudo e diminuição do débito
cardíaco e requer intervenção e atenção médica. Todavia, na IC crônica, tem-se o processo a longo prazo
acompanhado de mecanismo compensatório, o qual pode evoluir para fase aguda em um quadro de
arritmias, isquemia ou doença súbita (NETTINA, 2021).
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A avaliação da fração de ejeção (FE) é realizada para ajudar a determinar o tipo de IC, haja vista
que corresponde a uma indicação do volume de sangue ejetado em cada contração. A FE é normal na IC
diastólica, porém gravemente reduzida na IC sistólica (PELLICO, 2015).
Embora uma FE reduzida seja uma característica da IC sistólica, a gravidade da IC com frequência
é classificada de acordo com os sintomas do paciente. A classificação da IC da New York Heart Association
(NYHA) é dividida em classes funcionais (I a IV), enquanto o sistema de classificação desenvolvido pela
American College of Cardiology e pela American Heart Association (ACC/AHA) é dividido em estágios (A a
D) (HINKLE; CHEEVER, 2022; PELLICO, 2015).
A IC apresenta inúmeras manifestações clínicas, as quais estão relacionados com a congestão e a
perfusão insuficiente.
Os sinais e sintomas de IC também podem estar relacionados com o ventrículo que está mais
afetado. A insuficiência cardíaca esquerda (insuficiência ventricular esquerda) causa manifestações
diferentes da insuficiência cardíaca direita (insuficiência ventricular direita). Todavia, na IC crônica os
pacientes podem apresentar manifestações clínicas de insuficiência ventricular esquerda e direita
(HINKLE; CHEEVER, 2022).
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Embora tenha ocorrido dos avanços no tratamento da IC nas últimas décadas, as taxas de
morbidade e mortalidade permanecem altas. Os enfermeiros apresentam impacto importante sobre os
resultados para os pacientes com IC, especialmente nas áreas de instruções e monitoramento dos
pacientes. A avaliação de enfermagem para o paciente com IC concentra-se na observação em relação à
eficácia da terapia e capacidade do paciente de compreender e implementar as estratégias de
automanejo. Os sinais e sintomas de agravamento da IC são analisados e relatados para o médico do
paciente, de modo que a terapia possa ser ajustada. O enfermeiro também avalia a resposta emocional
do paciente ao diagnóstico de IC, tendo em vista que esta é uma condição crônica e com frequência
progressiva, que comumente está associada à depressão e a outras questões psicossociais (HINKLE;
CHEEVER, 2022).
A história de saúde concentra-se nos sinais e sintomas de IC, tais como dispneia, fadiga e edema.
Podem ser relatados transtornos do sono, em particular o sono subitamente interrompido por dispneia.
Os pacientes são indagados a respeito de quantidade de travesseiros necessários para o sono, edema,
sintomas abdominais, alteração do estado mental, atividades da vida diária e as atividades que causam
fadiga. Os enfermeiros devem ter conhecimento sobre a diversidade de manifestações que podem indicar
piora da IC e avaliar o paciente adequadamente. Enquanto obtém a história do paciente, o enfermeiro
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HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 14. ed.
reimp. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
MORTON, P. G.; FONTAINE, D. K. Cuidados críticos em enfermagem: uma abordagem holística. 11. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
NETTINA, S. M. Prática de enfermagem. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
NORRIS, T. L. Porth: Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
PELLICO, L. H. Enfermagem Médico-Cirúrgica. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
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A sepse é uma disfunção orgânica potencialmente fatal, causada por uma resposta desregulada
do hospedeiro à infecção (RHODES et al., 2017; SEYMOUR et al., 2016; SHANKAR-HARI et al., 2016; SINGER
et al., 2016). Trata-se de uma síndrome extremamente prevalente, com elevada morbimortalidade e altos
custos (ILAS, 2018), causada por uma ampla variedade de microrganismos, cujas fontes podem ser
endógenas ou exógenas. É importante ressaltar que todos os pacientes criticamente enfermos estão sob
risco de desenvolver sepse (URDEN; STACY; LOUGH, 2016).
A sepse é um processo insidioso e sem progressão previsível. No estágio inicial, a pressão arterial
(PA) pode não ser reduzida ou o paciente pode estar hipotenso, mas responsivo à reanimação volêmica
(HINKLE; CHEEVER, 2020). A resposta sistêmica iniciada com a invasão dos microrganismos desencadeia
uma cascata de eventos complexos que culminam em perfusão tecidual ineficaz e no comprometimento
do metabolismo celular (URDEN; STACY; LOUGH, 2016). A identificação precoce e a rápida intervenção
são fundamentais para a redução da mortalidade relacionada a essa disfunção grave (VIANA; WHITAKER;
ZANEI, 2020).
Em fevereiro de 2016, foi publicado um novo consenso (Sepsis 3), que apresentou mudanças
conceituais relacionadas à sepse. Antes, os critérios da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS)
eram utilizados para a triagem de casos suspeitos de sepse (VIANA; TORRE, 2017). Contudo, a SRIS
promovia uma sensibilidade exacerbada diante do arsenal tecnológico disponível para monitorar as
funções fisiológicas do paciente crítico (VIANA; WHITAKER; ZANEI, 2020). Desde então, o termo sepse
grave foi abolido e os critérios de SRIS foram reservados para auxiliar o diagnóstico de infecções em geral
(SINGER et al., 2016). A SRIS é configurada quando existem, no mínimo, 2 dos sinais a seguir (ILAS, 2018):
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A despeito do consenso estabelecido, o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) não adotou a
variação do escore SOFA para definir a disfunção orgânica e manteve a recomendação dos critérios
utilizados anteriormente, por entender que a mortalidade em países em desenvolvimento ainda é muito
elevada, e a identificação precoce é fundamental. Ademais, o ILAS não recomenda o qSOFA para triagem
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de pacientes com suspeita de sepse, mas para identificar os que apresentam maior risco de óbito, depois
de feita uma triagem adequada com base em critérios mais sensíveis.
As principais disfunções orgânicas são (ILAS, 2018):
• hipotensão (PAS < 90 mmHg ou PAM < 65 mmHg ou queda de PA > 40 mmHg);
• oliguria (≤ 0,5ml/Kg/h) ou elevação da creatinina (> 2mg/dl);
• relação PaO2/FiO2 < 300 ou necessidade de O2 para manter SpO2 > 90%;
• contagem de plaquetas < 100.000/mm³ ou redução de 50% no número de plaquetas em relação ao
maior valor registrado nos últimos 3 dias;
• lactato acima do valor de referência;
• rebaixamento do nível de consciência, agitação, delirium;
• aumento significativo de bilirrubinas (> 2x o valor de referência).
A redução da oferta de oxigênio e as alterações celulares levam à disfunção de diversos sistemas
orgânicos, cujas principais alterações, sinais e sintomas estão resumidos no quadro a seguir
(VIANA, 2017).
O choque séptico é o tipo mais comum de choque distributivo, sendo causado pela propagação
de infecção ou sepse. De acordo com o 3º Consenso Internacional sobre Definições para Sepse e Choque
Séptico (Sepsis-3), a sepse é uma “disfunção de órgãos potencialmente fatal causada por uma resposta
desregulada do hospedeiro à infecção” (p. 804), e choque séptico é “um subtipo da sepse no qual
anormalidades subjacentes dos metabolismos circulatório e celular são profundas o suficiente para
aumentar substancialmente a mortalidade” (p. 806) (HINKLE; CHEEVER, 2022; NETTINA, 2021).
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e, eventualmente, oliguria) devem ter seguimento imediato, com as medidas do pacote de 1 hora
e serem reavaliados nas 6 primeiras horas. A seguir, apresentamos um fluxograma das diretrizes
da SSC e do ILAS para o manejo da sepse.
Diante de um quadro clínico crítico como aquele apresentado pelos pacientes com choque séptico,
a assistência de enfermagem deve estar voltada à vigilância constante das mínimas alterações
hemodinâmicas e de nível de consciência, agindo ao encontro das necessidades fisiológicas e humanas
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básicas do cliente, proporcionando-lhe uma assistência adequada a fim de evitar danos decorrentes do
tratamento instituído (HINKLE; CHEEVER, 2022; PEDREIRA; PRAZERES, 2016).
Nesse sentido, devem ser prescritos alguns cuidados de enfermagem para o paciente com choque
séptico, tais como (HINKLE; CHEEVER, 2022; RODRIGUES et al., 2020):
• Manter vias aéreas pérvias e oxigenadas.
• Estabelecer duas vias venosas, uma para reposição volêmica com solução aquecida a 39 ˚C, se choque
hipovolêmico.
• Promover controle rigoroso de pressão arterial, pressão venosa central, pulso, frequência respiratória
e diurese para evitar sobrecarga hídrica.
• Controlar rigorosamente o uso de drogas vasoativas (Dopamina, Dobutamina e Noradrenalina).
• Instalar monitorização cardíaca no paciente para observação de alterações no traçado.
• Realizar balanço hídrico rigoroso.
• Registrar atendimentos em prontuário.
• Posicionar paciente em decúbito dorsal.
• Aquecer o paciente com o uso de mantas.
• Coletar sangue para tipagem sanguínea e demais exames laboratoriais.
HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 14. ed.
reimp. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
MORTON, P. G.; FONTAINE, D. K. Cuidados críticos em enfermagem: uma abordagem holística. 11. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
NETTINA, S. M. Prática de enfermagem. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
PEDREIRA, L. C.; PRAZERES, B. M. R. Cuidados críticos em enfermagem. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016.
RHODES, A. et al. Campanha Sobrevivendo à Sepse: Diretrizes internacionais para a gestão de sepse e
choque séptico: 2016. Crit Care Med, v. 45, n. 3, p. 486-56, 2017.
SEYMOUR, C. W. et al. Assessment of Clinical Criteria for Sepsis: For the Third International Consensus
Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3). JAMA, v. 315, p. 762-74, 2016. Disponível em:
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2492875
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Mentoria para Provas Discursivas de Enfermagem - Módulo 3
SHANKAR-HARI, M. et al. Sepsis Definitions Task Force: Developing a New Definition and Assessing New
Clinical Criteria for Septic Shock: For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic
Shock (Sepsis-3). JAMA, v. 315, p. 775-87, 2016. Disponível em:
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2492876
SINGER, M. et al. The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3).
JAMA, v. 315, n. 8, p. 801-810, 2016.
SOCIETY OF CRITICAL CARE MEDICINE. Surviving Sepsis Campaign: Hour-1 Bundle. Disponível em:
https://www.sccm.org/getattachment/SurvivingSepsisCampaign/Guidelines/Adult-Patients/Surviving-
Sepsis-Campaign-Hour-1-Bundle.pdf?lang=en-US.
URDEN, L. D.; STACY, K. M.; LOUGH, M. E. Priorities in critical care nursing. 7. Missouri: Elsevier Mosby,
2016.
VIANA, R. A. P. P.; TORRE, M. Enfermagem em Terapia Intensiva: práticas integrativas. Barueri: Manole,
2017.
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A queimadura é um tipo de lesão traumática causada por agentes térmicos, elétricos, químicos ou
radioativos. As lesões ocasionadas por inalação de fumaça e as complicações pulmonares associadas
consistem em fatores que comprometem significativamente os índices de morbidade e mortalidade
decorrentes de queimaduras (NETTINA, 2021).
Em geral, a queimadura resulta da transferência de energia de uma fonte de calor para o corpo. O
tipo de lesão da queimadura pode ser de chama, contato, escaldadura (água, óleo), química, elétrica,
inalação ou qualquer fonte térmica. Muitos fatores alteram a resposta dos tecidos orgânicos a essas
fontes de calor, tais como (NETTINA, 2021):
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• Condutividade local do tecido: o tecido ósseo é o mais resistente ao acúmulo de calor. A menor
resistência ao calor ocorre em nervos, vasos sanguíneos e músculos.
• Adequação da circulação periférica.
• Espessura da pele, material isolante da roupa ou umidade da pele.
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• A 70,6°C, leva 1 segundo para produzir uma queimadura de espessura total em um adulto saudável, e
menos tempo ou menor temperatura em pacientes pediátricos e idosos.
A gravidade das queimaduras pode ser classificada da seguinte forma (GEOVANINI, 2014; PICCOLO
et al., 2008):
Conforme a Cartilha para Tratamento de Emergência das Queimaduras, esse agravo pode ser
classificado em 1º, 2º e 3º graus (BRASIL, 2012):
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Para a estimar a extensão da área de superfície corporal lesionada, utiliza-se a “regra dos nove”
(regra de Wallace), que é uma maneira rápida de estimar a extensão de queimaduras em adultos. O
sistema divide o corpo em múltiplos de nove. A soma total dessas partes é igual à área de superfície
corporal total e é uma importante medida de gravidade da lesão (HINKLE; CHEEVER, 2022).
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As crianças apresentam proporções diferentes dos adultos, visto que suas cabeças são
proporcionalmente maiores que as dos adultos. Algumas referências não recomendam a adoção da “regra
dos nove” para crianças devido às diferenças em cada fase de crescimento, que tornam essa classificação
imprecisa. Se a “regra dos nove” em crianças for cobrada na sua prova, recomendamos utilizar os
parâmetros descritos pelo Manual do Ministério da Saúde, conforme ilustração ao lado (BRASIL, 2016).
As lesões por queimadura são dolorosas, desfigurantes e onerosas, exigem terapia de reabilitação
intensiva e extensiva e são associadas, com frequência, a incapacidade a longo prazo. Os avanços nos
cuidados dos pacientes com queimaduras, que incluem reposição volêmica ideal, controle de infecções,
excisão e enxerto precoces, uma abordagem intensiva da equipe e a implementação de centros
especializados em queimados, contribuíram para melhoras significativas na redução da morbidade e da
mortalidade dos pacientes com queimaduras. O método de atendimento ao trauma XABCDE é aplicado
ao doente vítima de queimaduras (GEOVANINI,
2014; HINKLE; CHEEVER, 2022; PHTLS, 2021):
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Mentoria para Provas Discursivas de Enfermagem - Módulo 3
ATLS. Advanced Trauma Life Support. 10th. ed. Chicago: ACS American College of Surgeons, 2018.
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HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 14. ed.
reimp. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
NETTINA, S. M. Prática de enfermagem. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
PICOLLO, N. S. et al. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Projeto Diretrizes. Queimaduras:
Diagnóstico e Tratamento Inicial. São Paulo, 2008.
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