Módulo 3 - Discursivas de Enfermagem

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Mentoria para Provas Discursivas de Enfermagem - Módulo 3

Mentoria
Provas
Discursivas de
Enfermagem
Módulo 3
(Aulas liberadas no Curso Completo)
Sumário
1. Orientações Gerais para Produção de Texto ................................................................................. 2
2. Provas Discursivas - Módulo 3 ....................................................................................................... 5
2.1 (TRT 3ª Região/FCC/2010) ........................................................................................................... 5
2.2 (COREN - CE/CEBRASPE/2021) ..................................................................................................... 11
2.3 (STF/CESPE/2008) ........................................................................................................................ 20
2.4 (Residência/USP) .......................................................................................................................... 28
2.5 (TRT - PB/FCC/2014) .................................................................................................................... 34
3. Revisão Teórica .............................................................................................................................. 41
3.1 Parada Cardiorrespiratória ........................................................................................................... 41
3.2 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar ............................................................................. 45
3.3 Insuficiência Cardíaca .................................................................................................................. 48
3.4 Sepse e Choque Séptico ............................................................................................................... 55
3.5 Queimaduras ............................................................................................................................... 64

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Orientações Gerais para Produção de Texto


1. Paragrafação e estrutura (esqueleto do texto)

Paragrafação é divisão, é a necessidade de dividir as ideias de um texto. Para que haja coerência,
é importante que um parágrafo esteja relacionado ao outro (coesão). Quando a prova é uma questão
discursiva, em regra, cada pergunta do examinador será respondida em um parágrafo, seguindo a ordem
de perguntas do enunciado.
Em provas discursivas, em regra, o texto será estruturado com um parágrafo para introdução, dois
ou três parágrafos para o desenvolvimento e um parágrafo de conclusão. No entanto, questões
discursivas com limite de linhas restrito (15, 20 linhas) requerem máxima concisão e objetividade.
Mesmos nesses casos, em que o número de linhas para resposta é limitado, havendo espaço,
pode-se incluir uma pequena introdução e conclusão no texto. Lembre-se que a estrutura do seu texto
deve seguir a ordem das perguntas do examinador.

2. Margens e recuos

O recuo no início dos parágrafos deve ser de 1,25 cm (ABNT), porém esse número é apenas uma
base, o importante é manter o mesmo recuo no início de cada parágrafo (mantendo a simetria e
objetividade do texto). Você pode adotar a medida de 1 ou dois dedos, ponta da caneta, etc. Não escrever
nada fora das margens da folha de resposta do texto definitivo.

3. Marcas de identificação

Cuidado para não trazer, na folha de texto definitivo, qualquer marca que possa ser encarada pela
banca examinadora como um elemento de identificação do candidato. São completamente vedados:
desenhos, rabiscos, seu nome, rubricas, título em redação ou questão discursiva (a não ser que a banca
exija, o que incomum).

4. Objetividade e clareza

Lembre-se de que o responsável pela correção do seu texto, geralmente, não é um enfermeiro/a,
logo facilite a vida do examinador respondendo, de forma clara e direta, apenas o que foi solicitado na
questão. Evite palavras rebuscadas, ou termos coloquiais (linguagem informal). A linguagem técnica é
sempre bem-vinda.

5. Rascunho x texto definitivo

Cuidado para não confundir as folhas de rascunho e de texto definitivo. Geralmente a folha de
rascunho vem com a marca “RASCUNHO”, mas há bancas que não trazem essa identificação. Cuidado para
não manchar a folha de texto definitivo com alimento, canetas ou água.

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6. Importância do rascunho

O objetivo do rascunho é reunir as ideias a respeito do tema fornecido pela banca, organizando-
as e dando-lhes uma feição coerente e coesa. Como é o primeiro texto produzido, muitas vezes é marcado
por um fluxo desorganizado de ideias, que precisam ser redistribuídas ao longo da redação – esse trabalho
recebe o nome de “projeto de texto”. https://guiadoestudante.abril.com.br/redacao/redacao-fazer-
rascunho-e-perda-de-tempo

7. Caligrafia

Para a banca examinadora, não existe letra feia ou bonita, existe letra legível e ilegível. Se você
tem caligrafia que dificulta a leitura do seu texto por outra pessoa, deve melhorá-la para a sua prova.
Algumas dicas: peça para alguém ler um texto escrito por você, e assim verificar a legibilidade da
sua caligrafia; evite letras “estilosas” que só você compreenda com facilidade; escreva muitos texto
simulando o dia da prova, utilizando uma folha de resposta padrão; não tente corrigir erros e acabar
rasurando (nesse casos, passe um risco na palavra errada e a escreva novamente); a depender do número
de linhas, será necessário dosar o tamanho da letra, especialmente em provas com limite de até 15/20
linhas; diferencie bem as vogais, sinais de pontuação e demais letras.
Se tiver dificuldade em escrever letra cursiva, use letra de forma, mas diferenciando letras
maiúsculas e minúsculas.
Sempre treine com o mesmo modelo de caneta que será utilizado no dia da prova. Opte por uma
caneta de fácil escrita, que não solte muita tinta (risco de borrar) e com ponta fina.

8. Comece a sua prova pela parte discursiva

Ao receber a prova, imediatamente leia a questão discursiva, assim você começará a levantar as
ideias que farão parte da sua resposta e terá tempo, ao longo da resolução das questões objetivas, para
organizar e estruturar os tópicos que utilizará no texto.
Utilize os primeiros 5 a 15 minutos, após a leitura da questão discursiva, para fazer o esqueleto do
seu texto, levantando, em tópicos e palavras chaves, tudo o que vier a sua mente e que puder ser utilizado
na resposta.
Se preferir pode utilizar mais 15 a 30 minutos para fazer o seu rascunho. Ao longo da prova
objetiva, mentalmente, você vai elaborando e melhorando o texto que será transcrito para a folha
definitiva.
Quando passar para o texto definitivo, releia o rascunho para você mesmo, em busca de problemas
de pontuação, crase, ortografia, coesão e concordância, principalmente.
Você deve evitar: repetição constantes de palavras, sempre que puder utilize sinônimos; repetição
exagerada da palavra QUE; frases no gerúndio; utilização de primeira pessoa do singular ou do plural
(sempre redija o texto em terceira pessoa).

9. Escrever bem exige treino

Somente a prática leva à perfeição. Ao praticar, você perderá o medo e conseguirá descobrir
estratégias e mecanismos para desenredar a forma de expressar as ideias no papel.

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Na fase de treino, sempre antes de escrever o texto, revise o tema. Apenas com uma base teórica
sobre um determinado assunto será possível trazer as informações solicitadas pelo examinador.

10. Analise o edital

Analisar o edital do seu concurso é uma tarefa obrigatória. É importante verificar os critérios de
avaliação, tipo de prova (questão discursiva, texto dissertativo sobre tema geral/específico ou estudo de
caso), limites mínimo e máximo de linhas, critérios de eliminação, tipo de caneta.

11. Como fazer enumeração

Em geral, a enumeração é introduzida por dois-pontos. Pode dar continuidade ao texto


introdutório ou começar em outra linha. Na enumeração contínua, após os dois-pontos, a enumeração
deve ser feita com letras minúsculas ou algarismos arábicos fechados por parêntese; deve-se iniciar o
texto enumerado com letra minúscula e encerrá-lo com ponto e vírgula.

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Provas Discursivas - Módulo 03


1. (TRT 3ª Região/FCC/2010) Uma mulher jovem apresentou perda súbita do nível de consciência
seguida de parada cardiorrespiratória. O Técnico de Enfermagem presenciou essa situação e realizou
manobras de suporte básico de vida utilizando desfibrilador externo automático – DEA. De acordo com
as recomendações mais atuais das Diretrizes da American Heart Association, cite:
I. Os passos para o reconhecimento da parada cardiorrespiratória.
II. Os cuidados para o uso do desfibrilador externo automático (DEA).
Máximo de 15 linhas
Direcionamento
No primeiro parágrafo você deve citar os passos para o reconhecimento da parada
cardiorrespiratória (PCR). Fique atento(a), não se trata do suporte básico de vida ou dos elos da cadeia de
sobrevivência! Analise cuidadosamente os conhecimentos que você possui sobre o tema e pense “ao
encontrar uma pessoa desmaiada na rua, o que eu devo fazer? Quais os passos eu devo seguir para avaliar
se essa pessoa está em PCR?”

No segundo parágrafo você irá descrever os cuidados para o uso do desfibrilador externo
automático (DEA). Lembre-se que os cuidados podem ser relacionados às instruções para o
funcionamento adequado do aparelho e às precauções relativas à vítima.

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Hora de praticar

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Padrão de resposta

Pergunta Resposta esperada Pontos


Os passos para o • Certificar-se de que o local é seguro (1.00); 0.00 - 5.00
reconhecimento da • Avaliar a responsividade da vítima, chamando-a e tocando-a
parada pelos ombros (1.00);
cardiorrespiratória • Chamar ajuda imediatamente (1.00);
• Checar a respiração e o pulso carotídeo simultaneamente em 5
a 10 segundos (1.00);
• Iniciar ciclos de 30 compressões e 2 ventilações (1.00).

Os cuidados para o • Realizar a RCP enquanto o desfibrilador é preparado, se 0.00 - 5.00


uso do desfibrilador possível (1.00);
externo automático • Ligar o DEA, apertando o botão on-off (1.00);
• Conectar as pás (eletrodos) adequadamente ao tórax desnudo
da vítima (posicionamento anterolateral ou anteroposterior)
(1.00);
• Selecionar pás do tamanho correto, adulto ou pediátrico, para
o tamanho/idade do paciente;
• Remover o excesso de pelos, somente da região onde são
posicionadas as pás;
• Secar por completo o tórax da vítima se estiver molhado;
• Não há problema se a vítima estiver sobre uma poça d’água,
porém se essa poça também envolver o socorrista, remover a
vítima para outro local, o mais rápido possível;
• Remover adesivos medicamentosos/hormonais, caso
estiverem no local onde são posicionadas as pás;
• Se o marca-passo ou cardioversor desfibrilador implantável
estiver na região onde é indicado o local para aplicação das pás,
afaste-as ou opte por outro posicionamento das pás;
• Utilizar o DEA com pás pediátricas e/ou atenuador de carga
para crianças com até 25 kg;
• Para lactentes (zero a 1 ano), um desfibrilador manual é
preferível, porém, se não estiver disponível, utilize o DEA com pás
pediátricas e/ou atenuador de carga. Se este também não estiver
disponível, utilize as pás de adulto, uma posicionada
anteriormente (sobre o esterno) e a outra posteriormente (entre
as escápulas);
• Remover o papel adesivo protetor das pás;
• Encaixar o conector das pás ao aparelho;
• Solicitar para que todos se afastem efetivamente quando o
DEA indicar “analisando o ritmo cardíaco, não toque no
paciente” (1.00);
• Se o choque for indicado, o DEA emitirá a frase: “choque
recomendado, afaste-se do paciente”. O socorrista que estiver
manuseando o DEA deve solicitar para que todos se afastem;

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• Pressionar o botão indicado pelo aparelho para aplicar o


choque, o qual produz uma contração repentina dos músculos
do paciente (1.00);
• A RCP deve ser iniciada pelas compressões torácicas,
imediatamente após o choque. A cada 2 minutos, o DEA analisa
o ritmo novamente e pode indicar novo choque, se necessário.
Se não indicar choque, deve-se reiniciar a RCP imediatamente,
caso a vítima não retome a consciência;
• Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho não deve
ser desligado e as pás não devem ser removidas ou
desconectadas até que o serviço médico de emergência assuma
o caso;
• Se não houver suspeita de trauma, e a vítima já apresentar
respiração normal e pulso, o socorrista pode lateralizar a vítima,
porém deve permanecer no local até que o serviço médico de
emergência chegue.
Nota máxima 10.00

Proposta de texto

Os passos para o reconhecimento da parada cardiorrespiratória são: certificar-


se de que o local é seguro; avaliar a responsividade da vítima, chamando-a e
tocando-a pelos ombros; chamar ajuda imediatamente; checar a respiração e o pulso
carotídeo simultaneamente em 5 a 10 segundos; e iniciar ciclos de 30 compressões
e 2 ventilações.

O uso do desfibrilador externo automático (DEA) requer alguns cuidados, tais


como: realizar a ressuscitação cardiopulmonar enquanto o desfibrilador é preparado,
se possível; ligar o DEA, apertando o botão on-off; conectar as pás adequadamente
ao tórax desnudo da vítima (posicionamento anterolateral ou anteroposterior);
solicitar que todos se afastem e não toquem no paciente quando o DEA estiver
analisando o ritmo cardíaco; solicitar novamente que todos se afastem e pressionar
o botão indicado pelo aparelho para aplicar o choque.

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Textos enviados pelos alunos para correção

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2. (COREN - CE/CEBRASPE/2021) Controlar infecções no ambiente hospitalar requer recurso humano


qualificado e conhecimento técnico acerca desse processo. E necessária uma linha de trabalho
coordenada pela comissão de controle de infecções hospitalares (CCIH), para garantir a efetividade dos
alinhamentos, de acordo com as normativas definidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA). Considerando que o texto anterior tem caráter unicamente motivador, redija um texto
dissertativo em até 30 linhas acerca da equipe de uma CCIH, abordando, necessariamente, os seguintes
aspectos:

I. Como deve ser composta a equipe, em relação tanto aos tipos de membros quanto aos profissionais
integrantes;
II. Quem detém a competência técnica para a nomeação dos integrantes da equipe;
III. Cinco atividades essenciais do enfermeiro controlador de infecções hospitalares.
Máximo de 30 linhas.
Direcionamento
Na introdução você pode apresentar o assunto de forma mais ampla, discutindo sobre um dos
seguintes tópicos: o impacto das infecções hospitalares para a saúde pública; a relevância das ações de
prevenção e de controle de infecções hospitalares; ou o Programa de Controle de Infecção Hospitalar.
Lembre-se que você também deve incluir nesse parágrafo algo que faça uma relação do tema com a
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

No primeiro parágrafo do Desenvolvimento, você deve citar como deve ser composta a equipe
da CCIH (em relação tanto aos tipos de membros quanto aos profissionais integrantes) e identificar quem
detém a competência técnica para a nomeação dos integrantes da equipe.

O segundo parágrafo do Desenvolvimento deve apresentar cinco atividades essenciais realizadas


pelo enfermeiro controlador de infecções hospitalares. Uma opção para deixar os tópicos mais objetivos
é criar uma lista numerada para separar as atividades desempenhadas pelo enfermeiro. Ex.: 1) ... ou I - ...

Por fim, no último parágrafo você deve elaborar uma conclusão geral do assunto. Dentre os
aspectos que podem ser abordados, tem-se: a importância da CCIH para a segurança do paciente e a
qualidade da assistência à saúde; e a relevância das ações desempenhadas pela equipe de uma CCIH para
a prevenção e o controle de infecções hospitalares.

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Hora de praticar

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Texto definitivo

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Padrão de resposta

Pergunta Resposta esperada Pontos


Como deve ser • A CCIH é composta por profissionais da área da saúde, de nível 0.00 - 4.00
composta a equipe, superior, formalmente designados e nomeados pela direção do
em relação tanto hospital (0.50);
aos tipos de • Os componentes da CCIH agrupam-se em dois tipos: membros
membros quanto consultores e membros executores. O presidente da CCIH poderá
aos profissionais ser qualquer um dos membros (0.50).
integrantes • Os membros consultores deverão incluir representantes dos
seguintes serviços:
- Médico (0.40);
- Enfermagem (0.40);
- Farmácia (0.40);
- Laboratório de microbiologia (0.40);
- Administração (0.40);
- Em instituições com até sessenta leitos, a CCIH pode ser
composta por apenas um médico e um enfermeiro (0.40).
• Os membros executores representam o serviço de controle de
infecção hospitalar (SCHI) e são responsáveis diretos pela
execução das ações do PCIH. É recomendável que pelo menos um
membro executor seja um profissional de enfermagem (0.60).
Quem detém a • A direção tem a competência técnica para a nomeação dos 0.00 - 1.00
competência integrantes da CCIH (1.00).
técnica para a
nomeação dos
integrantes da
equipe
Cinco atividades O enfermeiro controlador de infecções hospitalares deve realizar 0.00 - 5.00
essenciais do as seguintes atividades durante o seu trabalho:
enfermeiro 1 - Estabelecer o diagnóstico situacional do local, para tomar
controlador de medidas referentes a identificação, controle e redução da
infecções infecção adquiridas no ambiente e/ou associadas a um
hospitalares procedimento invasivo (1.00);
2 - Identificar, controlar e reduzir as infecções adquiridas no
ambiente e/ou associadas a um procedimento invasivo (1.00);
3 - Fazer reuniões sistemáticas para a discussão de problemas
extraordinários, implementação de medidas preventivas,
divulgação de indicadores de qualidade (1.00);
4 - Implementar protocolos operacionais padrão (POP) para a
execução de técnicas de enfermagem, tais como higienização de
mãos, introdução de sondas vesicais, antissepsias pré-
procedimentos invasivos, reprocessamento de artigos, a fim de
controlar e reduzir infecções (1.00);
5 - Implementar educação permanente na instituição (palestras,
estudos em grupo, dinâmicas, vídeos) (1.00);

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6 - Executar busca ativa para cirurgias limpas e procedimentos


urológicos (notificação à vigilância epidemiológica municipal);
7 - Ser membro do núcleo de segurança ao paciente;
8 - Adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas
técnico-operacionais, visando à prevenção e ao controle das
infecções hospitalares;
9 - Capacitação do quadro de funcionários e profissionais da
instituição, no que diz respeito à prevenção e ao controle das
infecções hospitalares;
10 - Uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais
médico hospitalares;
11 - Avaliar, periódica e sistematicamente, as informações
providas pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das infecções
hospitalares e aprovar as medidas de controle propostas pelos
membros executores da CCIH;
12 - Realizar investigação epidemiológica de casos e surtos,
sempre que indicado, e implantar medidas imediatas de controle;
13 - Elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar,
periodicamente, à autoridade máxima de instituição e às chefias
de todos os setores do hospital a situação do controle das
infecções hospitalares, promovendo seu amplo debate na
comunidade hospitalar;
14 - Elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas
e rotinas técnico-operacionais, visando limitar a disseminação de
agentes presentes nas infecções em curso no hospital, por meio
de medidas de precaução e de isolamento;
15 - Adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas
e rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e ao
tratamento das infecções hospitalares;
16 - Definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e
Terapêutica, política de utilização de antimicrobianos, germicidas
e materiais médico-hospitalares para a instituição;
17 - Cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se
pelo treinamento, com vistas a obter capacitação adequada do
quadro de funcionários e profissionais, no que diz respeito ao
controle das infecções hospitalares;
18 - Elaborar regimento interno para a Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar;
19 - Cooperar com a ação do órgão de gestão do SUS, bem como
fornecer, prontamente, as informações epidemiológicas
solicitadas pelas autoridades competentes;
20 - Notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao
organismo de gestão do SUS, os casos diagnosticados ou
suspeitos de outras doenças sob vigilância epidemiológica
(notificação compulsória), atendidos em qualquer dos serviços
ou unidades do hospital, e atuar cooperativamente com os
serviços de saúde coletiva;

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21 - Notificar, ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária


do organismo de gestão do SUS, os casos e os surtos
diagnosticados ou suspeitos de infecções associadas à utilização
de insumos e/ou produtos industrializados.
Nota máxima 10.00

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Proposta de texto

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), um órgão de assessoria e de


execução das ações de controle de infecção hospitalar, contribui para a segurança
dos pacientes e para a qualidade dos cuidados de saúde prestados. A CCHI é composta
por profissionais da área da saúde, de nível superior, formalmente designados e
nomeados pela direção do hospital. Os membros são agrupados em consultores e
executores, em que o presidente poderá ser qualquer um dos membros.

Os membros consultores deverão incluir representantes dos serviços médicos,


de enfermagem, de farmácia, de laboratório de microbiologia e de administração.
Em instituições com até 70 leitos, a CCIH pode ser composta por apenas um médico
e um enfermeiro. Em relação aos membros executores, é recomendável que pelo
menos um membro seja profissional de enfermagem. A direção detém a competência
técnica para a nomeação dos integrantes da equipe.

O enfermeiro controlador de infecções hospitalares deve realizar algumas


atividades durante o seu trabalho, tais como: 1) estabelecer o diagnóstico situacional
do local, para tomar medidas referentes a identificação, controle e redução da
infecção adquiridas no ambiente e/ou associadas a um procedimento invasivo; 2)
identificar, controlar e reduzir as infecções adquiridas no ambiente e/ou associadas
a um procedimento invasivo; 3) fazer reuniões sistemáticas para a discussão de
problemas extraordinários, implementação de medidas preventivas, divulgação de
indicadores de qualidade; 4) implementar protocolos operacionais padrão para a
execução de técnicas de enfermagem, tais como higienização de mãos, introdução de
sondas vesicais, antissepsias pré-procedimentos invasivos, reprocessamento de
artigos, a fim de controlar e reduzir infecções; e 5) implementar educação
permanente na instituição (palestras, estudos em grupo, dinâmicas, vídeos).

Diante disso, percebe-se que a CCIH desempenha um papel vital na prevenção


e no controle de infecções hospitalares, mediante a redução da ocorrência de
infecções relacionadas à assistência à saúde e da promoção de um ambiente seguro
para pacientes, visitantes e profissionais de diferentes áreas de atuação no hospital.

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3. (STF/CESPE/2008) Os enfermeiros que cuidam de pacientes com IC devem estar preparados para
garantir uma assistência de qualidade a esses pacientes. Redija um texto que aborde o assunto tratado
acima e que, da forma mais completa possível, contemple, necessariamente, os seguintes aspectos:
Definição de insuficiência cardíaca;
Principais manifestações clínicas que o enfermeiro deve avaliar quando realiza o histórico de enfermagem
e o exame físico;
Diagnósticos de enfermagem prioritários;
Ações/prescrições de enfermagem.
Máximo de 30 linhas.

Direcionamento
O primeiro parágrafo deve apresentar o assunto de forma mais ampla, discutindo sobre um dos
seguintes tópicos: o impacto das doenças cardiovasculares para a saúde pública; a relação entre as
doenças cardiovasculares e a IC; ou trazer uma definição ampliada da IC, o que já responderia o primeiro
questionamento.
No segundo parágrafo, você deve citar as principais manifestações clínicas que o enfermeiro deve
avaliar quando realiza o histórico de enfermagem e o exame físico. Analise cuidadosamente os
conhecimentos que você já possui sobre o tema e descreva quais aspectos poderiam ser investigados para
indicarem a presença de IC. Fique atento(a), essa avaliação deve ocorrer em dois momentos, durante o
histórico de enfermagem e o exame físico.
No terceiro parágrafo, você deve apresentar os diagnósticos de enfermagem prioritários para um
paciente com IC. Lembre-se, essa etapa se refere ao processo de interpretação e de agrupamento dos
dados coletados na primeira etapa (mais precisamente, o que você respondeu na questão anterior), que
culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos que representam, de maneira mais
específica, as respostas de uma pessoa com IC.

No quarto parágrafo, você deve citar quais as ações/prescrições de enfermagem necessárias para
esse indivíduo. Da mesma forma que na questão anterior, aqui a resposta também está interligada. Assim,
analise os diagnósticos de enfermagem que você elencou e avalie quais os cuidados de enfermagem
devem ser prescritos para que esse paciente apresente os melhores resultados possíveis.
Por fim, no último parágrafo você deve elaborar uma conclusão geral do assunto. Dentre os
aspectos que podem ser discutidos, tem-se: uma abordagem ampliada sobre a problemática da IC; a
importância de um acompanhamento integral para a gestão do cuidado ao paciente com IC; do
acompanhamento regular com a equipe multiprofissional; e a relevância das ações de enfermagem para
o controle da doença e a prevenção de exacerbações.

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Hora de praticar

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Padrão de resposta

Pergunta Resposta esperada Pontos


Definição de Definição: síndrome clínica que resulta de distúrbios estruturais 0.00 - 2.00
insuficiência ou funcionais do coração, os quais comprometem a capacidade
cardíaca dos ventrículos de serem preenchidos ou ejetar sangue (2.00).

Principais Histórico de enfermagem 0.00 - 4.00


manifestações • Início, a duração e a gravidade dos sintomas (0.50);
clínicas que o • Comorbidades associadas (0.50);
enfermeiro deve • Uso de medicamentos (0.50);
avaliar quando • Abuso de substâncias como álcool e drogas ilícitas (0.50);
realiza o histórico • Sedentarismo e obesidade;
de enfermagem e o • Nível alto de colesterol (dislipidemia);
exame físico • Distúrbio respiratório durante o sono;
• Situação socioeconômica desfavorável;
• Estresse psicológico;
• Histórico familiar.

Exame físico
• Sinais de congestão:
- Ascite (0.50);
- Distensão venosa jugular (0.50);
- Dispneia;
- Ortopneia;
- Dispneia noturna paroxística;
- Tosse (em decúbito ou aos esforços);
- Estertores crepitantes pulmonares que não melhoram com a
tosse;
- Ganho de peso (rápido);
- Edema postural;
- Distensão ou desconforto abdominal;
- Transtornos do sono (ansiedade ou dispneia);
- Fadiga.

• Sinais de perfusão insuficiente/débito cardíaco diminuído


- Taquicardia em repouso (0.50);
- Palidez ou cianose (0.50);
- Diminuição da tolerância aos esforços físicos;
- Atrofia ou fraqueza muscular;
- Anorexia ou náuseas;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Vertigem ou tontura;
- Confusão inexplicada ou alteração do estado mental;
- Oligúria diurna com noctúria em decúbito;
- Extremidades frias ou com vasoconstrição.

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Diagnósticos de • Débito cardíaco diminuído (0.50); 0.00 - 2.00


enfermagem • Troca de gases prejudicada (0.50);
prioritários • Volume de líquidos excessivo (0.50);
• Tolerância à atividade diminuída (0;50);
• Ansiedade;
• Sentimento de impotência;
• Conhecimento deficiente.

Ações/prescrições • Verificar regularmente os sinais vitais (0.50); 0.00 - 2.00


de enfermagem • Realizar balanço hidreletrolítico rigoroso (0.50);
• Elevar a cabeceira do leito (0.50);
• Manter o paciente em repouso físico e emocional (0.50);
• Realizar frequentemente a ausculta cardíaca e monitorar o
ritmo cardíaco;
• Verificar pulso, frequência cardíaca e pressão arterial antes de
administrar cada dose dos medicamentos;
• Realizar ausculta pulmonar pelo menos a cada 4 horas,
atentando para estertores e sibilos em campos pulmonares
dependentes;
• Monitorar o ritmo e a frequência respiratória;
• Administrar oxigênio, conforme prescrição médica;
• Encorajar exercícios de respiração profunda a cada 1 a 2 horas;
• Administrar fluidos IV cuidadosamente por meio de um cateter
intravenoso periférico de uso intermitente, para evitar
sobrecarga de líquido;
• Administrar diuréticos, conforme prescrição médica;
• Administrar suplementos de potássio, conforme prescrição;
• Estar atento a sinais de hipopotassemia;
• Monitorar edema depressível nos membros inferiores e na área
sacral;
• Oferecer refeições pequenas e frequentes;
• Orientar para a adesão de dieta hipossódica;
• Monitorar o peso diariamente;
• Incentivar a mudança de decúbito;
• Observar os sinais e sintomas de redução da perfusão tecidual
periférica: pele fria, palidez facial, enchimento capilar lento dos
leitos ungueais;
• Monitorar a resposta clínica do paciente com relação ao alívio
dos sintomas (diminuição da dispneia e ortopneia e dos
estertores, alívio do edema periférico);
• Anotar alterações como anorexia, náusea, constipação e
distensão abdominal;
• Aliviar a ansiedade noturna e providencie descanso e sono
• Orientar o paciente e seus familiares acerca da IC;
• Monitorar e identificar precocemente possíveis complicações
da IC.
Nota máxima 10.00

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Proposta de texto

A insuficiência cardíaca (IC) é definida como uma síndrome clínica, que resulta
de distúrbios estruturais ou funcionais do coração, os quais comprometem a
capacidade dos ventrículos de serem preenchidos ou ejetar sangue. Trata-se de uma
condição crônica e progressiva, em que o coração não consegue bombear
adequadamente o sangue para atender às necessidades corporais, resultando em
diminuição do fluxo sanguíneo para os tecidos e órgãos.

Durante a assistência de enfermagem ao paciente com IC, é imprescindível


investigar uma série de aspectos para obter uma compreensão abrangente da
condição de vida e de saúde do indivíduo. Dessa forma, para a realização do histórico
de enfermagem, deve-se investigar: o início, a duração e a gravidade dos sintomas;
a presença de comorbidades associadas; o uso de medicamentos; o abuso de
substâncias como álcool e drogas ilícitas, entre outros aspectos. No exame físico, o
enfermeiro deve estar atento a sinais e sintomas específicos que indicam congestão,
como ascite e distensão venosa jugular, e perfusão insuficiente/débito cardíaco
diminuído, dentre eles taquicardia em repouso e palidez ou cianose.

Os diagnósticos de enfermagem prioritários para um paciente com IC são: Débito


cardíaco diminuído; Troca de gases prejudicada; Volume de líquidos excessivo; e
Tolerância à atividade diminuída.

Diante desse quadro, devem ser implementadas algumas as ações/prescrições de


enfermagem, tais como: verificar regularmente os sinais vitais; realizar balanço
hidreletrolítico rigoroso; elevar a cabeceira do leito; e manter o paciente em repouso
físico e emocional.

O enfermeiro desempenha um papel fundamental no cuidado ao paciente com


IC e à sua família, proporcionando-lhes os recursos e o apoio necessários para
enfrentar os desafios da doença e viver de maneira plena. Embora a IC seja uma
condição desafiadora, pode ser gerenciada de maneira eficaz por meio de um cuidado
abrangente, integral e centrado no paciente, o que favorece melhores resultados de
saúde e bem-estar a longo prazo.

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Textos enviados pelos alunos para correção

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4. (Residência/USP) Sr. A.C.J. evoluiu com quadro de Insuficiência Respiratória Aguda, sendo transferido
para o setor de Terapia Intensiva. Na admissão, apresentava rebaixamento do nível de consciência
(Escala de coma de Glasgow = 8); FR = 30 rpm; FC = 162 bpm, PA = 80X40 mmHg; T = 39,1°C; saturação
de oxigênio de 88%. Um novo hemograma foi coletado e revelou uma leucocitose de 46.000/mm 3. Foi,
então, iniciada ventilação mecânica, instalados acesso venoso central, pressão arterial invasiva e
cateter vesical de demora. Foi necessária a instalação de noradrenalina e dopamina, uma vez que não
foi obtida reversão da hipotensão com a ressuscitação hídrica.

1. Tendo em vista o quadro apresentado pelo Sr. A.C.J., trata-se de Sepse ou Choque Séptico? Justifique
sua resposta.

2. Cite, nas linhas numeradas abaixo, quatro cuidados de enfermagem ao paciente em uso de
noradrenalina.
Máximo de 15 linhas.

Direcionamento
No primeiro parágrafo você deve identificar se o quadro apresentado pelo Sr. A.C.J. é indicativo
de sepse ou de choque séptico e justificar a sua resposta. Embora os dois termos sejam relacionados à
uma condição grave que ocorre como resultado de uma resposta do corpo a uma infecção, existem
diferenças nas suas características e, consequentemente, na forma de tratamento. Lembre-se de justificar
a sua resposta com base nos dados descritos no próprio caso clínico.

No segundo parágrafo, você deve citar quatro cuidados de enfermagem ao paciente em uso de
noradrenalina. Lembre-se que a noradrenalina também pode ser chamada de norepinefrina. Os cuidados
de enfermagem podem ser relacionados ao medicamento e ao paciente, então você tem muitas
intervenções disponíveis.
Por fim, caso ainda tenha espaço suficiente no seu texto, você pode fazer um trecho contendo
uma breve conclusão do assunto, a qual pode abordar a complexidade da assistência de enfermagem ao
paciente que está utilizando um medicamento vasoativo, como a noradrenalina.

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Texto definitivo

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Padrão de resposta

Pergunta Resposta esperada Pontos


Trata-se de Sepse ou Quadro apresentado pelo Sr. A.C.J.: choque séptico (1.50). 0.00 - 5.00
Choque Séptico? Justificativa: combinação de múltiplos sinais e sintomas
Justifique sua resposta consistentes com essa condição como hipotensão grave
(0.70), disfunção circulatória (0.70), hipoxemia (0.70),
distúrbios metabólicos (0.70) e alteração do nível de
consciência (0.70).
OU
Apresentar os sinais e sintomas para justificar:
• Pressão arterial = 80x40 mmHg (0.50);
• Frequência respiratória = 30 rpm (0.50);
• Frequência cardíaca = 162 bpm (0.50);
• Saturação de oxigênio de 88% (0.50);
• Temperatura = 39,1 °C (0.50);
• Leucocitose significativa = 46.000/mm³ (0.50);
• Escala de coma de Glasgow = 8 (0.50).
Cite quatro cuidados de • Diluir em solução glicosada a 5%, preferencialmente (0.80); 0.00 - 5.00
enfermagem ao • Proteger solução da luz e usar equipo fotossensível (0.80);
paciente em uso de • Administrar em bomba de infusão (0.80);
noradrenalina • Atentar para contraindicação do uso em gestantes (0.80);
• Usar procedimento de dupla checagem no preparo e na
administração do medicamento;
• Administrar em acesso venoso central, preferencialmente;
• Checar sinais de inflamação na inserção, se infundida em
veia periférica;
• Observar as incompatibilidades do medicamento;
• Monitorar rigorosamente o volume infundido do
medicamento;
• Monitorar saturação venosa de oxigênio;
• Monitorar índice cardíaco, ritmo e frequência cardíaca;
• Monitorar pressão venosa central;
• Monitorar PA invasiva, PA sistólica de 90 mmHg ou PAM
mínima de 65 mmHg;
• Monitorar frequência respiratória, ritmo e profundidade;
• Realizar controle glicêmico;
• Monitorar débito urinário e função renal (creatinina sérica
ou depuração);
• Realizar balanço hídrico rigoroso;
• Observar perfusão periférica e pulsos;
• Monitorar a presença de sinais de extravasamento;
• Manter o paciente com as extremidades aquecidas;
• Monitorar os sinais e sintomas de efeitos adversos do
medicamento;
• Registrar todos os cuidados prestados no prontuário do
paciente.
Nota máxima 10.00

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Proposta de texto

O quadro apresentado pelo Sr. A.C.J. corresponde a um choque séptico, haja


vista que o paciente possui a combinação de múltiplos sinais e sintomas consistentes
com essa condição, como hipotensão grave (PA = 80x40 mmHg), disfunção
circulatória (FR = 30 rpm e FC = 162 bpm), hipoxemia (saturação de oxigênio de
88%), distúrbios metabólicos (T = 39,1 °C e leucocitose significativa = 46.000/mm³)
e alteração do nível de consciência (Escala de coma de Glasgow = 8).

Como cuidados de enfermagem ao paciente em uso de noradrenalina, tem-se:


diluir em solução glicosada a 5%, preferencialmente; proteger solução da luz e usar
equipo fotossensível; administrar em bomba de infusão; administrar em acesso venoso
central, preferencialmente, entre outros cuidados. Por se tratar de um medicamento
vasoativo usado para aumentar a pressão arterial e melhorar o débito cardíaco em
pacientes com choque séptico, são necessárias intervenções específicas e complexas do
enfermeiro para o seu manuseio adequado, garantindo a segurança e a eficácia do
tratamento.

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Textos enviados pelos alunos para correção

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5. (TRT - PB/FCC/2014) J.L. é um homem de 50 anos, que foi admitido na unidade de queimados de um
hospital após sofrer 50% de queimaduras de segundo e terceiro grau nas extremidades inferiores, nas
mãos, nos braços e no tronco. A lesão resultou de uma explosão de aquecedor a óleo em um porão. O
acidente ocorreu quando ele estava consertando o aquecedor. J.L. não perdeu a consciência e
conseguiu fugir do local sem inalar fumaça. O exame físico revelou ausência de escarro com carbono ou
fuligem nas narinas ou na boca. A gasometria arterial estava nos limites normais. As queimaduras em
pernas e tronco não ocorreram em circunferência. Antebraços e mãos, porém, ficaram totalmente
queimados. Ele tinha edema generalizado, que continuou a ser um problema. Os pulsos periféricos
estavam filamentosos nas extremidades inferiores e não palpáveis nas extremidades superiores. Os
pulmões estavam limpos bilateralmente. Os sinais vitais eram: PA 100 × 45 mmHg, FC 125 bpm, FR 36
rpm, T 36 °C. Foi passada uma sonda vesical Foley, e o débito urinário estava entre 25 e 29 mL/h. Foi
inserido um cateter venoso central, com radiografia confirmando a colocação sem incidentes. Foi
administrada solução de Ringer Lactato para repor a perda do volume de líquido perdido que ocorreu
em consequência do extravasamento. J.L. estava com muita dor e falou que estava ansioso em relação
à incerteza da situação.

Considerando a situação hipotética acima, identifique cinco diagnósticos de enfermagem prováveis, o


respectivo fator relacionado e o resultado esperado, de acordo com a taxonomia NANDA e NOC.
Máximo de 15 linhas.

Direcionamento
Como a banca fez somente um questionamento, que envolve duas respostas, você deve responder
tudo em um único parágrafo. Não se preocupe com o tamanho do parágrafo, o importante é responder
tudo o que foi solicitado dentro do limite de linhas.

Inicialmente você deve ler atentamente o caso clínico e destacar os achados mais relevantes. Em
seguida, identifique cinco diagnósticos de enfermagem prováveis, o respectivo fator relacionado e o
resultado esperado, de acordo com a taxonomia NANDA e NOC. Lembre-se de citar os fatores
relacionados de acordo com os achados do caso clínico, o que trará relevância e fidedignidade aos
diagnósticos de enfermagem. Além disso, fique atento(a) à ordem de inclusão dos resultados esperados,
pois eles devem ser elaborados de acordo com cada diagnóstico.

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Hora de praticar

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Padrão de resposta

Pergunta Resposta esperada Pontos


Identifique cinco Diagnósticos de enfermagem 0.00 - 10.00
diagnósticos de • Débito cardíaco diminuído relacionado ao desvio de fluidos
enfermagem (1.00);
prováveis, o • Volume de líquidos deficiente relacionado com o aumento da
respectivo fator permeabilidade capilar e com as perdas por evaporação a partir
relacionado e o das feridas por queimadura (1.00);
resultado esperado, • Risco de infecção relacionado à perda da barreira cutânea, à
de acordo com a inserção de cateter venoso central e à utilização de sonda vesical
taxonomia NANDA de demora (1.00);
e NOC • Dor aguda relacionada com a lesão dos tecidos e nervos (1.00);
• Ansiedade relacionada à incerteza da situação (1.00);
• Integridade da pele prejudicada relacionada às lesões por
queimadura;
• Perfusão tissular periférica ineficaz relacionada ao edema
generalizado e às lesões por queimadura;
• Eliminação urinária prejudicada relacionada à sonda vesical de
demora;
• Mobilidade física prejudicada relacionada a edema, dor e
contraturas cutâneas e articulares;
• Distúrbio na imagem corporal relacionada a sequelas
cosméticas e funcionais da queimadura
• Distúrbio no padrão de sono relacionado a dor e ao ambiente
desconhecido.
Resultados esperados: • Manutenção do débito cardíaco
adequado, com sinais vitais estáveis e perfusão adequada (1.00);
• Restauração do equilíbrio hidreletrolítico ideal e da perfusão
dos órgãos vitais (1.00);
• Ausência de sinais de infecção (1.00);
• Controle da dor, com relato de alívio ou redução da intensidade
da dor (1.00);
• Redução da ansiedade, com participação ativa no plano de
cuidados e expressão de sensação de controle (1.00);
• Melhoria da Integridade da pele mediante a cicatrização das
lesões;
• Manutenção da perfusão periférica adequada, com pulsos
palpáveis e sem sinais de isquemia.
• Eliminação urinária adequada, com sonda vesical funcionando
corretamente, urina limpa e em quantidade suficiente, e sem
desconforto excessivo ou dor;
• Melhoria da mobilidade física;
• Capacidade de verbalizar medos e preocupações depois de se
olhar no espelho;
• Dormir em intervalos de 2 a 4 horas e voltar a dormir
facilmente.
Nota máxima 10.00

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Proposta de texto

Diante do caso clínico apresentado, podem ser identificados alguns diagnósticos


de enfermagem prováveis e o respectivo fator relacionado, tais como: Débito cardíaco
diminuído relacionado ao desvio de fluidos; Volume de líquidos deficiente relacionado
com o aumento da permeabilidade capilar e com as perdas por evaporação a partir
das feridas por queimadura; Risco de infecção relacionado à perda da barreira
cutânea, à inserção de cateter venoso central e à utilização de sonda vesical de
demora; Dor aguda relacionada com a lesão dos tecidos e nervos; e Ansiedade
relacionada à incerteza da situação. Desta forma, tem-se como resultados esperados:
a manutenção do débito cardíaco adequado, com sinais vitais estáveis e perfusão
adequada; a restauração do equilíbrio hidreletrolítico ideal e da perfusão dos órgãos
vitais; a ausência de sinais de infecção; o controle da dor, com relato de alívio ou
redução da intensidade da dor; e a redução da ansiedade, com participação ativa no
plano de cuidados e expressão de sensação de controle.

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Textos enviados pelos alunos para correção

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Revisão Teórica - Questão 1


Tema: Parada Cardiorrespiratória

A parada cardíaca ou cardiorrespiratória (PCR) é a cessação súbita das atividades ventricular


cardíaca e ventilatória úteis em um indivíduo não portador de doença intratável ou em terminalidade.
Essa condição é frequentemente causada por uma arritmia, tal como fibrilação ventricular, bradicardia
progressiva, ou assistolia. Além disso, também pode ocorrer quando há atividade elétrica no
eletrocardiograma, mas as contrações cardíacas não são efetivas, uma condição denominada atividade
elétrica sem pulso (HINKLE; CHEEVER, 2022; TIMERMAN; GUIMARÃES, 2020).
Na PCR, a consciência, o pulso e a pressão arterial são imediatamente perdidos. Habitualmente, a
respiração cessa, mas pode ocorrer engasgo respiratório ineficaz. As pupilas dos olhos começam a dilatar
em menos de 1 minuto, e podem ocorrer convulsões. São observadas palidez e cianose na pele e nas
mucosas. O risco de lesão de órgãos, incluindo lesão cerebral irreversível, e de morte, aumenta a cada
minuto que passa. A idade e a saúde geral do paciente determinam sua vulnerabilidade à lesão
irreversível. O diagnóstico de parada cardíaca tem de ser feito o mais cedo possível, e medidas devem ser
adotadas imediatamente para restaurar a circulação (HINKLE; CHEEVER, 2022; TIMERMAN; GUIMARÃES,
2020).

Diante desse contexto, define-se ressuscitação cardiopulmonar (RCP) como o conjunto de


manobras realizadas imediatamente após a PCR, com o objetivo de manter o fluxo arterial ao cérebro e
aos demais órgãos vitais até o retorno da circulação espontânea. A tríade inconsciência, ausência de
respiração efetiva e ausência de pulso central (carotídeo ou femoral) confirma o diagnóstico de PCR
(TIMERMAN; GUIMARÃES, 2020).

O atendimento inicial do paciente com PCR deve abranger um conjunto de procedimentos


fundamentais para um prognóstico positivo, os quais são chamados de Suporte Básico de Vida (SBV) ou
Basic Life Support (BLS). O SBV é um ponto primordial do atendimento à PCR, em que as ações podem ser
resumidas pelo mnemônico CABD (TIMERMAN; GUIMARÃES, 2020).

O conceito de cadeia de sobrevivência foi introduzido pela American Heart Association (AHA) na
prática clínica da RCP e representa uma sequência adequada de abordagem à PCR em adultos e crianças,
distinguindo-se para cenários de PCR intra (PCRIH) e extra-hospitalar (PCREH) (AHA, 2020; TIMERMAN;
GUIMARÃES, 2020).

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Dentre os elos das cadeias de sobrevivência da AHA para os para cenários de PCRIH e PCREH, tem-
se a desfibrilação.

A desfibrilação precoce é o tratamento para vítimas em FV e TV sem pulso (TVSP) de curta duração,
que apresentaram colapso súbito em ambiente extra-hospitalar, sendo este o principal ritmo de PCR
nesses locais. A desfibrilação pode ser realizada com um equipamento manual ou o Desfibrilador Externo
Automático (DEA). Este último pode ser utilizado por qualquer pessoa, assim que possível (BERNOCHE et
al., 2019).

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O DEA é um equipamento portátil, capaz de interpretar o ritmo cardíaco, selecionar o nível de


energia e carregar automaticamente, cabendo ao operador apenas pressionar o botão de choque, quando
indicado. Recomenda-se que a RCP seja fornecida enquanto as pás do DEA são aplicadas e até que ele
esteja pronto para analisar o ritmo. Assim que o DEA estiver disponível, o socorrista, se estiver sozinho,
deve parar a RCP para conectar o aparelho à vítima. Porém, se houver mais de um socorrista, o segundo
socorrista manuseia o DEA e, nesse caso, a RCP só é interrompida quando o DEA emitir um alerta verbal
como: “analisando o ritmo cardíaco”, “não toque o paciente” e/ou “choque recomendado, carregando,
afaste-se do paciente” (BERNOCHE et al., 2019).
O acesso a um desfibrilador condiciona imediato monitoramento e potencial aplicação do choque
em caso de FV e TV sem pulso. As pás do desfibrilador devem ser posicionadas corretamente, para que o
máximo de corrente elétrica atravesse o miocárdio. Para isso, coloca-se uma pá à direita, em localização
infraclavicular e paraesternal, e a outra à esquerda, no ápice cardíaco, na linha axilar média, evitando-se
o mamilo. Também é igualmente eficaz o posicionamento de uma pá no precórdio e a outra na região
dorsal infraescapular esquerda ou direita, na posição anteroposterior (comum em crianças) (TIMERMAN;
GUIMARÃES, 2020).

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AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques da American Heart Association 2015: Atualização das
Diretrizes de RCP e ACE. Dallas/Texas: AHA, 2015.
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques da diretrizes de RCP e ACE de 2020 da American Heart
Association. Dallas/Texas: AHA, 2020.
BERNOCHE, C. et al. Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares
de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras
Cardiol, v. 113, n. 3, p: 449-663, 2019.
HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 14. ed.
reimp. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
TIMERMAN, S.; GUIMARÃES, H. P. Emergências Médicas: passo a passo. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2020.

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Revisão Teórica - Questão 2


Tema: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto de ações desenvolvidas


deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das
infecções hospitalares. Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão constituir Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de
execução das ações de controle de infecção hospitalar (BRASIL, 1998).

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Como competências, a CCIH do hospital deverá (BRASIL, 1998):


• Elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção hospitalar, adequado às
características e necessidades da instituição, contemplando, no mínimo, ações relativas a:
- implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares;
- adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnico-operacionais, visando à
prevenção e controle das infecções hospitalares;
- capacitação do quadro de funcionários e profissionais da instituição, no que diz respeito à prevenção
e controle das infecções hospitalares;
- uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares;

• avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de Vigilância


Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle propostas pelos membros
executores da CCIH;
• realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e implantar medidas
imediatas de controle;

• elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, periodicamente, à autoridade máxima de


instituição e às chefias de todos os setores do hospital a situação do controle das infecções hospitalares,
promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar;
• elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando
limitar a disseminação de agentes presentes nas infecções em curso no hospital, por meio de medidas
de precaução e de isolamento;
• adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando
à prevenção e ao tratamento das infecções hospitalares;
• definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, política de utilização de
antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares para a instituição;

• cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamento, com vistas a obter
capacitação adequada do quadro de funcionários e profissionais, no que diz respeito ao controle das
infecções hospitalares;
• elaborar regimento interno para a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar;

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Mentoria para Provas Discursivas de Enfermagem - Módulo 3

• cooperar com a ação do órgão de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como fornecer,
prontamente, as informações epidemiológicas solicitadas pelas autoridades competentes;
• notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao organismo de gestão do SUS, os casos
diagnosticados ou suspeitos de outras doenças sob Vigilância epidemiológica (notificação compulsória),
atendidos em qualquer dos serviços ou unidades do hospital, e atuar cooperativamente com os serviços
de saúde coletiva;

• notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do organismo de gestão do SUS, os casos


e surtos diagnosticados ou suspeitos de infecções associadas à utilização de insumos e/ou produtos
industrializados.
Diante disso, cabe à autoridade máxima da instituição (BRASIL, 1998):
• constituir formalmente a CCIH;
• nomear os componentes da CCIH por meio de ato próprio;
• propiciar a infraestrutura necessária à correta operacionalização da CCIH;
• aprovar e fazer respeitar o regimento interno da CCIH
• garantir a participação do Presidente da CCIH nos órgãos colegiados deliberativos e formuladores de
política da instituição, como, por exemplo, os conselhos técnicos, independente da natureza da
entidade mantenedora da instituição de saúde;
• garantir o cumprimento das recomendações formuladas pela Coordenação Municipal/Distrital de
Controle de Infecção Hospitalar;

• informar o órgão oficial municipal ou estadual quanto à composição da CCIH, e às alterações que
venham a ocorrer;
• fomentar a educação e o treinamento de todo o pessoal hospitalar.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 2.616, de 12 de maio de 1998. Estabelece diretrizes e normas
para a prevenção e o controle das infecções hospitalares. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 1998.

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Revisão Teórica - Questão 3


Tema: Insuficiência Cardíaca

A insuficiência cardíaca (IC) é definida como uma síndrome complexa, resultante de qualquer
distúrbio funcional ou estrutural do coração, a qual compromete a capacidade dos ventrículos de serem
preenchidos ou ejetar sangue. Esse quadro pode ocasionar ou aumentar o risco de desenvolver
manifestações de débito cardíaco baixo e/ou congestão pulmonar ou sistêmica (HINKLE; CHEEVER, 2022;
NORRIS, 2021).

No passado, a IC era com frequência denominada insuficiência cardíaca congestiva, tendo em vista
que muitos pacientes apresentam congestão pulmonar ou periférica com edema. Atualmente, a IC é
reconhecida como uma síndrome clínica caracterizada por sinais e sintomas de sobrecarga de líquido e
perfusão tissular inadequada. A sobrecarga de líquido e a diminuição da perfusão tissular ocorrem quando
o coração não consegue gerar um débito cardíaco suficiente para atender as demandas do corpo de
oxigênio e nutrientes (HINKLE; CHEEVER, 2022).
A IC pode ser produzida por qualquer condição cardíaca que reduza a capacidade de
bombeamento do coração. Os fatores de risco de IC podem ser divididos em duas categorias: primários e
secundários (HINKLE; CHEEVER, 2022; NORRIS, 2021; PELLICO, 2015):

Fatores de risco
Primários Secundários
• Idade (> 65 anos) • Consumo excessivo de álcool
• Sexo masculino • Tabagismo
• Hipertensão • Nível alto de colesterol (dislipidemia)
• Hipertrofia ventricular esquerda • Diabetes
• Infarto do miocárdio • Toxinas (agentes quimioterápicos)
• Doença valvar cardíaca • Distúrbio respiratório durante o sono
• Obesidade • Doença renal crônica
• Situação socioeconômica desfavorável
• Estresse psicológico
• Sedentarismo
• Genética

Independentemente da etiologia, a fisiopatologia da IC resulta em alterações e manifestações


clínicas semelhantes. De modo geral, ocorre disfunção miocárdica significativa antes que o paciente

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apresente sinais e sintomas de IC, tais como dispneia, edema ou fadiga. À medida que a IC se desenvolve,
o corpo ativa mecanismos compensatórios neuro-hormonais. Esses mecanismos representam a tentativa
do corpo de lidar com a IC e são responsáveis pelos sinais e sintomas que se desenvolvem. A compreensão
desses mecanismos é importante, tendo em vista que o tratamento para a IC tem por objetivo a sua
correção e o alívio dos sintomas (HINKLE; CHEEVER, 2022).

A IC pode ser classificada em sistólica e diastólica, direita e esquerda, aguda e crônica. A IC


sistólica é o tipo mais comum é a alteração na contração ventricular, em que a contratilidade deficiente

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do miocárdio resulta em diminuição do débito cardíaco e elevação da resistência vascular sistêmica. Em


contrapartida, na IC diastólica tem-se a ocorrência de miocárdio rígido, o que prejudica a capacidade de
enchimento do ventrículo esquerdo, provoca o aumento da pressão no átrio esquerdo e na vasculatura
pulmonar (NETTINA, 2021; PELLICO, 2015).

Na IC direita o ventrículo direito é incapaz de ser preenchido ou de ejetar sangue suficiente para
dentro da circulação pulmonar, enquanto na IC esquerda o ventrículo esquerdo é incapaz de ser
preenchido ou ejetar sangue suficiente para dentro da circulação sistêmica (HINKLE; CHEEVER, 2022;
MORTON; FONTAINE, 2019).

A IC aguda tem o início súbito de sintomas como edema pulmonar agudo e diminuição do débito
cardíaco e requer intervenção e atenção médica. Todavia, na IC crônica, tem-se o processo a longo prazo
acompanhado de mecanismo compensatório, o qual pode evoluir para fase aguda em um quadro de
arritmias, isquemia ou doença súbita (NETTINA, 2021).

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Mentoria para Provas Discursivas de Enfermagem - Módulo 3

A avaliação da fração de ejeção (FE) é realizada para ajudar a determinar o tipo de IC, haja vista
que corresponde a uma indicação do volume de sangue ejetado em cada contração. A FE é normal na IC
diastólica, porém gravemente reduzida na IC sistólica (PELLICO, 2015).

Embora uma FE reduzida seja uma característica da IC sistólica, a gravidade da IC com frequência
é classificada de acordo com os sintomas do paciente. A classificação da IC da New York Heart Association
(NYHA) é dividida em classes funcionais (I a IV), enquanto o sistema de classificação desenvolvido pela
American College of Cardiology e pela American Heart Association (ACC/AHA) é dividido em estágios (A a
D) (HINKLE; CHEEVER, 2022; PELLICO, 2015).
A IC apresenta inúmeras manifestações clínicas, as quais estão relacionados com a congestão e a
perfusão insuficiente.

Os sinais e sintomas de IC também podem estar relacionados com o ventrículo que está mais
afetado. A insuficiência cardíaca esquerda (insuficiência ventricular esquerda) causa manifestações
diferentes da insuficiência cardíaca direita (insuficiência ventricular direita). Todavia, na IC crônica os
pacientes podem apresentar manifestações clínicas de insuficiência ventricular esquerda e direita
(HINKLE; CHEEVER, 2022).

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As manifestações clínicas dependem da extensão e do tipo de disfunção cardíaca e da velocidade


com que ela se desenvolve. Um paciente previamente estável e compensado pode, pela primeira vez,
desenvolver os sinais de IC quando evoluiu para um ponto crítico, por exemplo, com um aumento
progressivo da hipertensão pulmonar em uma pessoa com insuficiência mitral. Essas manifestações
refletem os efeitos fisiológicos do comprometimento da capacidade de bombeamento do coração, da
diminuição do fluxo sanguíneo renal e da ativação dos mecanismos simpáticos compensatórios (NORRIS,
2021).

Embora tenha ocorrido dos avanços no tratamento da IC nas últimas décadas, as taxas de
morbidade e mortalidade permanecem altas. Os enfermeiros apresentam impacto importante sobre os
resultados para os pacientes com IC, especialmente nas áreas de instruções e monitoramento dos
pacientes. A avaliação de enfermagem para o paciente com IC concentra-se na observação em relação à
eficácia da terapia e capacidade do paciente de compreender e implementar as estratégias de
automanejo. Os sinais e sintomas de agravamento da IC são analisados e relatados para o médico do
paciente, de modo que a terapia possa ser ajustada. O enfermeiro também avalia a resposta emocional
do paciente ao diagnóstico de IC, tendo em vista que esta é uma condição crônica e com frequência
progressiva, que comumente está associada à depressão e a outras questões psicossociais (HINKLE;
CHEEVER, 2022).
A história de saúde concentra-se nos sinais e sintomas de IC, tais como dispneia, fadiga e edema.
Podem ser relatados transtornos do sono, em particular o sono subitamente interrompido por dispneia.
Os pacientes são indagados a respeito de quantidade de travesseiros necessários para o sono, edema,
sintomas abdominais, alteração do estado mental, atividades da vida diária e as atividades que causam
fadiga. Os enfermeiros devem ter conhecimento sobre a diversidade de manifestações que podem indicar
piora da IC e avaliar o paciente adequadamente. Enquanto obtém a história do paciente, o enfermeiro

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Mentoria para Provas Discursivas de Enfermagem - Módulo 3

avalia a compreensão do paciente a respeito de IC, as estratégias de automanejo e a capacidade e o desejo


do paciente de aderir a tais estratégias (HINKLE; CHEEVER, 2022).
O paciente é observado em relação à inquietação e à ansiedade que podem sugerir hipoxia
decorrente de congestão pulmonar. O nível de consciência do paciente também é avaliado quanto a
quaisquer alterações, tendo em vista que o DC baixo pode diminuir o fluxo de oxigênio para o cérebro. A
frequência e a profundidade das incursões respiratórias são avaliadas juntamente com o esforço
necessário para a respiração. Os pulmões são auscultados para detectar estertores crepitantes e sibilos.
Os estertores crepitantes são produzidos pela abertura súbita das pequenas vias respiratórias e dos
alvéolos edemaciados. Podem ser auscultados ao fim da inspiração e não desaparecem com a tosse. Os
sibilos também podem ser auscultados em alguns pacientes que apresentam broncospasmo juntamente
com congestão pulmonar (HINKLE; CHEEVER, 2022).
A pressão arterial é cuidadosamente avaliada, tendo em vista que pacientes com IC podem
apresentar hipotensão ou hipertensão arterial. Os pacientes podem ser avaliados em relação à hipotensão
ortostática, especialmente se relatarem vertigem, tontura ou síncope. O coração é auscultado à procura
de uma terceira bulha (B3), um sinal inicial de que o aumento do volume sanguíneo enche o ventrículo a
cada contração. A frequência e o ritmo cardíacos também são documentados, e os pacientes geralmente
são colocados em monitoramento ECG contínuo no ambiente hospitalar. Quando a frequência cardíaca
está rápida ou muito lenta, o DC diminui e possivelmente piora a IC (HINKLE; CHEEVER, 2022).
A distensão venosa jugular é avaliada com o paciente sentado em um ângulo de 45°; a distensão
superior a 4 cm acima do ângulo esternal é considerada anormal e indicativa de insuficiência ventricular
direita. Esta é uma estimativa, não uma medição precisa, da pressão venosa central alta. O enfermeiro
avalia os pulsos arteriais periféricos e classifica o seu volume em uma escala de 0 (não palpável) a 3+
(vigoroso). A pele também é avaliada em relação à cor e à temperatura. Quando há redução significativa
do volume sistólico, a perfusão para a periferia diminui com consequente redução do volume dos pulsos,
e a pele é fria à palpação e parece pálida ou cianótica. Os pés e as pernas são examinados quanto ao
edema; se o paciente estiver em decúbito dorsal no leito, o sacro e as costas também são avaliados em
relação ao edema. Os membros superiores também podem se tornar edemaciados em alguns pacientes.
O edema é tipicamente classificado em uma escala de 0 (nenhum edema) a 4+ (edema com cacifo
importante) (HINKLE; CHEEVER, 2022).

O abdome é avaliado em relação à dor à palpação e à hepatomegalia. Observam-se firmeza,


distensão e possível ascite. O fígado é avaliado em relação ao refluxo hepatojugular. Solicita-se ao
paciente que respire normalmente enquanto é aplicada pressão manual sobre o quadrante superior
direito do abdome por 30 a 60 segundos. Se a distensão venosa jugular aumentar mais de 1 cm, esse
achado é considerado positivo para elevação da pressão venosa (HINKLE; CHEEVER, 2022).
Se o paciente estiver hospitalizado, o enfermeiro mede o débito urinário e o avalia em termos da
utilização de diuréticos. O equilíbrio hídrico é rigorosamente mantido e analisado. É importante rastrear
se o paciente excretou volume excessivo (i. e., o equilíbrio hídrico negativo geralmente é o objetivo). O
equilíbrio hídrico é, em seguida, comparado com as alterações no peso corporal. Embora seja esperada
diurese, o paciente com IC também precisa ser monitorado em relação à oligúria (diminuição do débito
urinário, inferior a 0,5 ml/kg/h) ou anúria (débito urinário inferior a 50 ml/24 horas) em virtude do risco
de disfunção renal (HINKLE; CHEEVER, 2022).

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O paciente é pesado diariamente no hospital ou no domicílio, no mesmo horário do dia, com o


mesmo tipo de roupas e na mesma balança. Se houver alteração significativa no peso (ou seja, aumento
de 0,9 a 1,4 kg em 1 dia ou aumento de 2,3 kg em 1 semana), o médico é notificado e os medicamentos
são ajustados (p. ex., a dose de diurético é aumentada) (HINKLE; CHEEVER, 2022).

HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 14. ed.
reimp. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
MORTON, P. G.; FONTAINE, D. K. Cuidados críticos em enfermagem: uma abordagem holística. 11. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
NETTINA, S. M. Prática de enfermagem. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
NORRIS, T. L. Porth: Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
PELLICO, L. H. Enfermagem Médico-Cirúrgica. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

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Revisão Teórica - Questão 4


Tema: Sepse e Choque Séptico

A sepse é uma disfunção orgânica potencialmente fatal, causada por uma resposta desregulada
do hospedeiro à infecção (RHODES et al., 2017; SEYMOUR et al., 2016; SHANKAR-HARI et al., 2016; SINGER
et al., 2016). Trata-se de uma síndrome extremamente prevalente, com elevada morbimortalidade e altos
custos (ILAS, 2018), causada por uma ampla variedade de microrganismos, cujas fontes podem ser
endógenas ou exógenas. É importante ressaltar que todos os pacientes criticamente enfermos estão sob
risco de desenvolver sepse (URDEN; STACY; LOUGH, 2016).
A sepse é um processo insidioso e sem progressão previsível. No estágio inicial, a pressão arterial
(PA) pode não ser reduzida ou o paciente pode estar hipotenso, mas responsivo à reanimação volêmica
(HINKLE; CHEEVER, 2020). A resposta sistêmica iniciada com a invasão dos microrganismos desencadeia
uma cascata de eventos complexos que culminam em perfusão tecidual ineficaz e no comprometimento
do metabolismo celular (URDEN; STACY; LOUGH, 2016). A identificação precoce e a rápida intervenção
são fundamentais para a redução da mortalidade relacionada a essa disfunção grave (VIANA; WHITAKER;
ZANEI, 2020).

Em fevereiro de 2016, foi publicado um novo consenso (Sepsis 3), que apresentou mudanças
conceituais relacionadas à sepse. Antes, os critérios da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS)
eram utilizados para a triagem de casos suspeitos de sepse (VIANA; TORRE, 2017). Contudo, a SRIS
promovia uma sensibilidade exacerbada diante do arsenal tecnológico disponível para monitorar as
funções fisiológicas do paciente crítico (VIANA; WHITAKER; ZANEI, 2020). Desde então, o termo sepse
grave foi abolido e os critérios de SRIS foram reservados para auxiliar o diagnóstico de infecções em geral
(SINGER et al., 2016). A SRIS é configurada quando existem, no mínimo, 2 dos sinais a seguir (ILAS, 2018):

• temperatura central > 38,3 °C ou < 36 °C ou equivalente em termos de temperatura axilar;


• frequência cardíaca > 90 bpm;
• frequência respiratória > 20 irpm, ou PaCO2 < 32 mmHg;
 leucócitos totais > 12.000/mm³; ou < 4.000/mm³ ou presença de > 10% de formas jovens (desvio à
esquerda).
Nos quadros a seguir, apresentamos a tradução das definições abordadas no Sepsis-3 e o escore
SOFA (Sequential [Sepsis-Related] Organ Failure Assessment) utilizado para identificar a disfunção
orgânica:

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A despeito do consenso estabelecido, o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) não adotou a
variação do escore SOFA para definir a disfunção orgânica e manteve a recomendação dos critérios
utilizados anteriormente, por entender que a mortalidade em países em desenvolvimento ainda é muito
elevada, e a identificação precoce é fundamental. Ademais, o ILAS não recomenda o qSOFA para triagem

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Mentoria para Provas Discursivas de Enfermagem - Módulo 3

de pacientes com suspeita de sepse, mas para identificar os que apresentam maior risco de óbito, depois
de feita uma triagem adequada com base em critérios mais sensíveis.
As principais disfunções orgânicas são (ILAS, 2018):
• hipotensão (PAS < 90 mmHg ou PAM < 65 mmHg ou queda de PA > 40 mmHg);
• oliguria (≤ 0,5ml/Kg/h) ou elevação da creatinina (> 2mg/dl);
• relação PaO2/FiO2 < 300 ou necessidade de O2 para manter SpO2 > 90%;
• contagem de plaquetas < 100.000/mm³ ou redução de 50% no número de plaquetas em relação ao
maior valor registrado nos últimos 3 dias;
• lactato acima do valor de referência;
• rebaixamento do nível de consciência, agitação, delirium;
• aumento significativo de bilirrubinas (> 2x o valor de referência).
A redução da oferta de oxigênio e as alterações celulares levam à disfunção de diversos sistemas
orgânicos, cujas principais alterações, sinais e sintomas estão resumidos no quadro a seguir
(VIANA, 2017).

O choque séptico é o tipo mais comum de choque distributivo, sendo causado pela propagação
de infecção ou sepse. De acordo com o 3º Consenso Internacional sobre Definições para Sepse e Choque
Séptico (Sepsis-3), a sepse é uma “disfunção de órgãos potencialmente fatal causada por uma resposta
desregulada do hospedeiro à infecção” (p. 804), e choque séptico é “um subtipo da sepse no qual
anormalidades subjacentes dos metabolismos circulatório e celular são profundas o suficiente para
aumentar substancialmente a mortalidade” (p. 806) (HINKLE; CHEEVER, 2022; NETTINA, 2021).

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Embora tenha ocorrido o aumento da sofisticação da antibioticoterapia ao longo das últimas


décadas, a incidência de sepse e choque séptico continua a aumentar, sendo a principal causa de morte
em pacientes de UTI não coronariana. Mais de 30 milhões de pessoas sofrem ou morrem de sepse em
todo o mundo, e o número de hospitalizações relacionadas à sepse triplicou na última década (HINKLE;
CHEEVER, 2022; NETTINA, 2021).

Os fatores de risco para o desenvolvimento do choque séptico podem ser relacionados ao


hospedeiro e ao tratamento (MORTON; FONTAINE, 2019):

Fatores do hospedeiro Fatores relacionados ao tratamento


• Extremos de idade • Uso de cateteres invasivos
• Desnutrição • Procedimentos cirúrgicos
• Debilitação geral • Feridas traumáticas ou térmicas
• Debilitação crônica • Procedimentos diagnósticos invasivos
• Doença crônica • Ventilação mecânica
• Abuso de drogas ou álcool • Medicamentos (antibióticos, agentes citotóxicos,
• Neutropenia esteroides)
• Esplenectomia

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• Insuficiência de múltiplos órgãos


A incidência de sepse pode ser reduzida por meio da utilização de práticas estritas de controle de
infecções, que se iniciam com técnicas de higiene completa das mãos. Outras intervenções incluem a
implantação de programas para evitar infecção em acesso central; a garantia da remoção precoce de
dispositivos invasivos tão logo deixem de ser necessários (p. ex., cateteres urinários permanentes); a
implementação de programas de prevenção de eventos associados à ventilação e de pneumonia; a
promoção de deambulação precoce, o desbridamento oportuno de ferimentos para remover o tecido
necrótico; a realização de precauções padrão e de adesão a práticas de prevenção/controle de infecções,
incluindo a utilização de técnica asséptica meticulosa; e a limpeza adequada de equipamentos e do
ambiente do paciente (HINKLE; CHEEVER, 2022).

Os primeiros sinais de choque séptico – taquicardia, aumento da frequência respiratória,


contagem anormal de leucócitos e febre ou hipotermia – refletem a SRIS. Por causa da resposta
inflamatória exagerada com liberação de mediadores vasoativos, a apresentação clínica do paciente é
complexa. O paciente pode se tornar edematoso, ainda que com depleção intravascular, e as áreas com
microtrombos e vasoconstrição obstruem a perfusão. À medida que ocorre a reposição de líquidos, os
leitos capilares com extravasamento deslocam o fluido intersticialmente, exigindo mais reanimação
volêmica, o que pode exacerbar ainda mais o edema intersticial. Os desequilíbrios da perfusão causam
isquemia em alguns leitos vasculares, como a circulação esplâncnica, pele e extremidades; isso pode levar
à necrose. A ativação sistêmica inadequada do sistema de coagulação esgota os estoques orgânicos de
fatores de coagulação e pode ocorrer sangramento espontâneo. Consistente com o estado hiperdinâmico,
o débito cardíaco pode inicialmente ser alto; no entanto, é insuficiente para manter a perfusão adequada
devido à RVS inapropriadamente baixa (HINKLE; CHEEVER, 2022; MORTON; FONTAINE, 2019; NETTINA,
2021).
O diagnóstico de sepse ou choque séptico deve ser sugerido segundo as recomendações do
Consenso Internacional de Sepse (Sepse-3) (PEDREIRA; PRAZERES, 2016; SINGER et al., 2016):

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O atual tratamento do choque séptico envolve a rápida identificação e a eliminação da causa de


infecção. Os objetivos correntes são identificar e tratar os pacientes em sepse inicialmente em 3 horas
para otimizar o resultado. Diversos instrumentos de rastreamento baseados em evidências podem ser
utilizados para auxiliar na identificação de pacientes com relação à sepse grave. Amostras de sangue,
expectoração, urina, drenagem de ferimento e pontas de cateteres invasivos são coletadas para cultura
com a utilização de técnica asséptica. Os acessos intravenosos são removidos e reinseridos em locais
alternativos. Se possível, os cateteres urinários são removidos ou substituídos. Quaisquer abscessos são
drenados, e as áreas necróticas são desbridadas. Todas as culturas devem ser obtidas antes da
administração de antibiótico. As atuais diretrizes sugerem que os antibióticos devem ser iniciados na
primeira hora do tratamento de um paciente com sepse (HINKLE; CHEEVER, 2022).

As diretrizes internacionais para a gestão da sepse e do choque séptico da Campanha


Sobrevivendo à Sepse (Surviving Sepsis Campaign - SSC) também foram atualizadas. O ILAS (2018,
2019) adaptou-as, e uma das recomendações é a de que os pacientes com qualquer das disfunções
clínicas utilizadas na triagem (hipotensão, rebaixamento de consciência, dispneia ou dessaturação

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e, eventualmente, oliguria) devem ter seguimento imediato, com as medidas do pacote de 1 hora
e serem reavaliados nas 6 primeiras horas. A seguir, apresentamos um fluxograma das diretrizes
da SSC e do ILAS para o manejo da sepse.

Diante de um quadro clínico crítico como aquele apresentado pelos pacientes com choque séptico,
a assistência de enfermagem deve estar voltada à vigilância constante das mínimas alterações
hemodinâmicas e de nível de consciência, agindo ao encontro das necessidades fisiológicas e humanas

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básicas do cliente, proporcionando-lhe uma assistência adequada a fim de evitar danos decorrentes do
tratamento instituído (HINKLE; CHEEVER, 2022; PEDREIRA; PRAZERES, 2016).
Nesse sentido, devem ser prescritos alguns cuidados de enfermagem para o paciente com choque
séptico, tais como (HINKLE; CHEEVER, 2022; RODRIGUES et al., 2020):
• Manter vias aéreas pérvias e oxigenadas.

• Estabelecer duas vias venosas, uma para reposição volêmica com solução aquecida a 39 ˚C, se choque
hipovolêmico.

• Promover controle rigoroso de pressão arterial, pressão venosa central, pulso, frequência respiratória
e diurese para evitar sobrecarga hídrica.
• Controlar rigorosamente o uso de drogas vasoativas (Dopamina, Dobutamina e Noradrenalina).
• Instalar monitorização cardíaca no paciente para observação de alterações no traçado.
• Realizar balanço hídrico rigoroso.
• Registrar atendimentos em prontuário.
• Posicionar paciente em decúbito dorsal.
• Aquecer o paciente com o uso de mantas.
• Coletar sangue para tipagem sanguínea e demais exames laboratoriais.

HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 14. ed.
reimp. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.

INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE. Roteiro de implementação de protocolo assistencial


gerenciado de sepse. 5. ed. São Paulo: ILAS, 2019. Disponível em:
https://ilas.org.br/assets/arquivos/ferramentas/roteiro-de-implementacao.pdf.

INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE. Implementação de protocolo gerenciado de sepse protocolo


clínico 2018. Disponível em: https://www.ilas.org.br/assets/arquivos/ferramentas/protocolo-
detratamento.pdf.

MORTON, P. G.; FONTAINE, D. K. Cuidados críticos em enfermagem: uma abordagem holística. 11. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
NETTINA, S. M. Prática de enfermagem. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
PEDREIRA, L. C.; PRAZERES, B. M. R. Cuidados críticos em enfermagem. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016.
RHODES, A. et al. Campanha Sobrevivendo à Sepse: Diretrizes internacionais para a gestão de sepse e
choque séptico: 2016. Crit Care Med, v. 45, n. 3, p. 486-56, 2017.
SEYMOUR, C. W. et al. Assessment of Clinical Criteria for Sepsis: For the Third International Consensus
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Mentoria para Provas Discursivas de Enfermagem - Módulo 3

SHANKAR-HARI, M. et al. Sepsis Definitions Task Force: Developing a New Definition and Assessing New
Clinical Criteria for Septic Shock: For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic
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SINGER, M. et al. The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3).
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SOCIETY OF CRITICAL CARE MEDICINE. Surviving Sepsis Campaign: Hour-1 Bundle. Disponível em:
https://www.sccm.org/getattachment/SurvivingSepsisCampaign/Guidelines/Adult-Patients/Surviving-
Sepsis-Campaign-Hour-1-Bundle.pdf?lang=en-US.

URDEN, L. D.; STACY, K. M.; LOUGH, M. E. Priorities in critical care nursing. 7. Missouri: Elsevier Mosby,
2016.

VIANA, R. A. P. P.; TORRE, M. Enfermagem em Terapia Intensiva: práticas integrativas. Barueri: Manole,
2017.

VIANA, R. A. P. P.; WHITAKER, I. Y.; ZANEI, S. S. V. Enfermagem em Terapia Intensiva: práticas e


vivências. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020.

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Revisão Teórica - Questão 5


Tema: Queimaduras

A queimadura é um tipo de lesão traumática causada por agentes térmicos, elétricos, químicos ou
radioativos. As lesões ocasionadas por inalação de fumaça e as complicações pulmonares associadas
consistem em fatores que comprometem significativamente os índices de morbidade e mortalidade
decorrentes de queimaduras (NETTINA, 2021).

Em geral, a queimadura resulta da transferência de energia de uma fonte de calor para o corpo. O
tipo de lesão da queimadura pode ser de chama, contato, escaldadura (água, óleo), química, elétrica,
inalação ou qualquer fonte térmica. Muitos fatores alteram a resposta dos tecidos orgânicos a essas
fontes de calor, tais como (NETTINA, 2021):

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• Condutividade local do tecido: o tecido ósseo é o mais resistente ao acúmulo de calor. A menor
resistência ao calor ocorre em nervos, vasos sanguíneos e músculos.
• Adequação da circulação periférica.
• Espessura da pele, material isolante da roupa ou umidade da pele.

A reação fisiológica depende do tamanho e da profundidade da queimadura, além de outros


fatores, tais como (BRASIL, 2012; NETTINA, 2021):

As queimaduras podem ser classificadas de acordo com a profundidade da destruição tecidual,


conforme veremos no quadro a seguir (GEOVANINI, 2014; NETTINA, 2021; PHTLS, 2021):

A profundidade da queimadura está diretamente relacionada à temperatura da fonte de calor e à


duração do contato com o tecido corporal (NETTINA, 2021):
• Abaixo de 44,4°C, não ocorre dano local, a menos que a exposição seja por um período prolongado.
• A 48,9°C, são necessários 5 minutos de exposição para produzir uma queimadura de espessura total.
• A 51,7°C, o tempo necessário é de 2 minutos e a 60°C, apenas 6 segundos.

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• A 70,6°C, leva 1 segundo para produzir uma queimadura de espessura total em um adulto saudável, e
menos tempo ou menor temperatura em pacientes pediátricos e idosos.
A gravidade das queimaduras pode ser classificada da seguinte forma (GEOVANINI, 2014; PICCOLO
et al., 2008):

Conforme a Cartilha para Tratamento de Emergência das Queimaduras, esse agravo pode ser
classificado em 1º, 2º e 3º graus (BRASIL, 2012):

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Para a estimar a extensão da área de superfície corporal lesionada, utiliza-se a “regra dos nove”
(regra de Wallace), que é uma maneira rápida de estimar a extensão de queimaduras em adultos. O
sistema divide o corpo em múltiplos de nove. A soma total dessas partes é igual à área de superfície
corporal total e é uma importante medida de gravidade da lesão (HINKLE; CHEEVER, 2022).

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As crianças apresentam proporções diferentes dos adultos, visto que suas cabeças são
proporcionalmente maiores que as dos adultos. Algumas referências não recomendam a adoção da “regra
dos nove” para crianças devido às diferenças em cada fase de crescimento, que tornam essa classificação
imprecisa. Se a “regra dos nove” em crianças for cobrada na sua prova, recomendamos utilizar os
parâmetros descritos pelo Manual do Ministério da Saúde, conforme ilustração ao lado (BRASIL, 2016).
As lesões por queimadura são dolorosas, desfigurantes e onerosas, exigem terapia de reabilitação
intensiva e extensiva e são associadas, com frequência, a incapacidade a longo prazo. Os avanços nos
cuidados dos pacientes com queimaduras, que incluem reposição volêmica ideal, controle de infecções,
excisão e enxerto precoces, uma abordagem intensiva da equipe e a implementação de centros
especializados em queimados, contribuíram para melhoras significativas na redução da morbidade e da
mortalidade dos pacientes com queimaduras. O método de atendimento ao trauma XABCDE é aplicado
ao doente vítima de queimaduras (GEOVANINI,
2014; HINKLE; CHEEVER, 2022; PHTLS, 2021):

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A fórmula de Parkland é bastante aplicada para a ressuscitação volêmica do paciente queimado. É


a mais utilizada atualmente no Brasil e em inúmeros países, porque é simples de ser aplicada e por trazer
bons resultados no manejo das alterações hemodinâmicas nesses pacientes (CUNHA et al., 2016). A
metade da infusão deve ser administrada nas primeiras 8 horas, e a segunda metade, nas 16 horas
restantes (ATLS, 2018).

ATLS. Advanced Trauma Life Support. 10th. ed. Chicago: ACS American College of Surgeons, 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada.


Cartilha para Tratamento de Emergência das Queimaduras. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar às
Urgências. Coordenação Geral da Força Nacional do SUS. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 -
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. 2. ed. Suporte Avançado de Vida. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016.

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CUNHA, L. V. T. et al. Atendimento inicial ao paciente queimado: avaliação do conhecimento de alunos do


internato do Curso de Medicina. Rev Bras Queimaduras, v. 15, n. 2, p.80-6, 2016.
GEOVANINI, T. Tratado de feridas e curativos: enfoque multiprofissional. São Paulo: Riedel, 2014.
NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS. PHTLS: Atendimento Pré-hospitalar ao
Traumatizado. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2021.

HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 14. ed.
reimp. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
NETTINA, S. M. Prática de enfermagem. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
PICOLLO, N. S. et al. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Projeto Diretrizes. Queimaduras:
Diagnóstico e Tratamento Inicial. São Paulo, 2008.

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