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Terceira Civilização - Edição 572 - 16/04/2016 - pág.
10 - Editorial
Terceira Civilização - Editorial
Criar valor é da essência humana
HÁ 763 ANOS, em 28 de abril de 1253, o ouviram o anúncio de Daishonin, quantos
buda Nichiren Daishonin, aos 32 anos, decidiram segui-lo? Talvez revelou o Nam-myoho-renge-kyo para aproximadamente a metade. E quantos se felicidade de todas as pessoas, sem opuseram a ele? Provavelmente a outra exceção. metade” (BS, ed. 1.934, 5 abr. 2008, p. A3).
Ao relatar detalhes de como fora o Percebe-se que o ambiente em que
momento dessa revelação, o presidente Nichiren Daishonin proclamou o da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, certa vez Nam-myoho-renge-kyo foi de certa comentou: repulsa e hostilidade, pois até mesmo seu tutor, Dozen-bo, que o instruíra na vida “Daishonin anunciou seu ensinamento pela religiosa, temendo ser perseguido pelo primeira vez na sala da estátua do governante da época, foi incapaz de apoiar alojamento de seu mestre Dozen-bo, no aquele que um dia fora seu aprendiz. Pela templo Seicho-ji, por volta do meio-dia. persistência de Daishonin em lhe ensinar o Naquela ocasião, ele [Nichiren] fez críticas caminho correto, posteriormente rigorosas aos ensinamentos errôneos de Dozen-bo até chegou a manifestar fé no outras escolas budistas do Japão daquela Sutra do Lótus, mas seu época e apresentou o supremo comprometimento não demonstrava muito ensinamento do Nam-myoho-renge-kyo. entusiasmo pela nova fé. Essa atitude de abandonar o transitório e revelar o verdadeiro é a essência do O buda Nichiren Daishonin estava Budismo de Nichiren Daishonin. Foi com preparado para enfrentar qualquer esse profundo sentimento de gratidão com circunstância desafiadora, e sem se Dozen-bo, a quem desejava conduzir para intimidar manteve seu juramento em a verdade, que ele decidiu apresentar seu conduzir todas as pessoas ao caminho da ensinamento primeiro no local em que felicidade por meio do Sutra do Lótus, havia estudado o budismo quando jovem. deixando o seguinte registro: “Durante (...) vinte e sete anos, desde o vigésimo oitavo dia do quarto mês do quinto ano de Nos escritos de Daishonin, encontramos os Kencho (1253) até agora, o décimo primeiro nomes de dezenas de reverendos que de mês do segundo ano de Koan (1279), alguma forma estiveram ligados ao templo nunca recuei nem uma vez, mas continuei Seicho-ji. Nem todos eles estavam a bradar com força cada vez maior — presentes no dia em que Daishonin assim como a lua cresce ou a maré se anunciou seu ensinamento, mas é provável levanta. Primeiro, quando sozinho recitei que a maioria estivesse. Daqueles que daimoku (Nam-myoho-renge-kyo),
me ouviram taparam os ouvidos, Na Matéria de Capa, apresentamos a olharam-me com fúria, torceram o nariz, definição de “criação de valores” da visão cerraram os punhos e rangeram os dentes. budista e como os membros da SGI a Até mesmo meus pais, irmãos e amigos aplicam na vida e na sociedade. E no tornaram-se meus inimigos. Então, o Estudo, com a explanação do presidente administrador e o senhor do feudo onde eu Ikeda sobre o escrito Resposta à Mãe de morava voltaram-se contra mim. Ueno, ele destaca a profunda visão de Posteriormente, toda a província [de Awa] Nichiren Daishonin sobre a vida e a morte, ficou em tumulto e, consequentemente, a e mostra que recitar e propagar o população inteira ficou alarmada. Nam-myoho-renge-kyo nos possibilita Enquanto isso, algumas pessoas transformar uma vida de tristeza e começaram a recitar tragédias em uma vida repleta de ilimitada Nam-myoho-renge-kyo para me alegria. Saiba mais, lendo as próximas arremedar ou para zombar de mim, páginas desta TC, preparada aparentemente para me rebaixar” (WND, v. especialmente para você! I, p. 1006). Boa leitura! Mesmo sob essas circunstâncias adversas, o buda Nichiren Daishonin jamais deixou A Redação de ensinar o Nam-myoho-renge-kyo para quem quisesse ser feliz, despertando o potencial inato na vida de cada pessoa.
Acreditar no potencial humano também
era o mesmo pensamento do fundador da Soka Gakkai, o professor Tsunesaburo Makiguchi, que acreditava na educação como meio para a “criação de valor” em cada ser humano.
Num resumo de suas opiniões sobre
educação, redigido em 1930, Makiguchi escreveu: “Começamos reconhecendo que o ser humano não pode criar matéria. Pode, no entanto, criar valores. A criação de valores é, na realidade, a essência da natureza humana. Quando elogiamos as pessoas por sua ‘força de caráter’, estamos, na verdade, reconhecendo sua capacidade superior de criar valores” (TC, ed. 394, jun. 2001, p. 12).