Manual de Pedreiro - InEFP
Manual de Pedreiro - InEFP
Manual de Pedreiro - InEFP
INEFP – Nampula 1
SUMÁRIO
1 A história da alvenaria 9
2 O pedreiro 9
3 Funções dos operários envolvidos na construção civil 10
4 Metrologia 11
4.1 Mudanças de unidades 11
4.2 O metro quadrado 12
4.3 Fórmulas para o cálculo de área 13
5 Cálculo da quantidade de tijolos por metro quadrado 14
5.1 Tabela de quantidade de tijolos por metro quadrado 15
6 Análise de projetos 15
7 Cotagem de desenhos 19
8 Cota 20
8.1 Linhas de cota 21
8.2 Flecha 21
9 Regras de cotagem 22
10 Incorporação de símbolos as cotas 24
11 Escalas 24
12 Pavimentos intertravados – Planejamento da obra 26
13 Medir, marcar, esquadrejar e nivelar alicerces 28
14 Demarcação da escavação para alicerces 29
15 Argamassas 30
15.1 Tipos de argamassas 30
16 Traço 30
17 Argamassa para assentamento 32
18 Argamassa de assentamento e graute 34
19 Argamassa para revestimentos 35
20 Ferramentas, ferramentas de medição e serras 36
21 Matéria prima para alvenaria 44
21.1 Água 44
21.2 Areia 44
21.3 A cal 45
21.4 Cimento 46
21.5 Tijolo 47
22 Tipos de tijolos 49
23 Utilização dos blocos de concreto vazado 51
23.1 Vantagens 51
23.2 Verificação das superfícies dos blocos 51
24 Assentamento 33
25 Colocação das armaduras e grautes 54
26 Amarração das paredes 54
27 Vegas e contra-vegas 55
2 INEFP – Nampula
28 Cintos de amarração 56
29 Tubulações embutidas 56
30 Fixação de parafusos 56
31 Revestimentos 57
32 Modulação 57
33 Muros 58
34 Concreto para fundação de muros 60
35 Tipos de blocos de concreto 61
36 Como preparar uma boa argamassa 62
37 Como preparar um bom concreto 63
38 Corte do tijolo 64
39 Técnicas do corte do tijolo 65
40 O uso do prumo, nível e esquadro 66
40.1 O uso do prumo 66
41 Aprumar tijolos 67
42 O uso do nível 68
43 O esquadro, construção e uso 69
44 Fase de assentamento de tijolos 70
45 Assentamento de laje pré-fabricada 70
46 Parede de meia 72
47 Parede de um tijolo 74
48 Parede de meio tijolo com pilares de reforço de um tijolo 75
49 Canto em ângulo reto de meio tijolo 75
50 Canto em ângulo reto de um tijolo 76
51 Ligação de parede de tijolo de meia vez em ângulo reto com 77
paredes de tijolo de meia vez
52 Ligação de paredes de tijolo de meia vez em cruz 78
53 Construção de parede de meia vez em curva 79
54 Pilar quadrado de meio tijolo 80
55 Cerâmica 80
56 História da cerâmica 81
57 Tipos de cerâmicas 83
58 Aplicação e uso 84
59 Reaproveitamento da quebra 85
60 Reciclagem 85
61 Descarte 85
62 Granito e pedras 86
63 Tipos de massa para assentamento de granito 87
64 Tipos de pisos 87
65 Falta de cuidados com as estruturas 89
Referências
INEFP – Nampula 3
APRESENTAÇÃO
Caro aluno,
4 INEFP – Nampula
1 - HISTÓRIA DA ALVENARIA ESTRUTURAL
2 - O PEDREIRO
O pedreiro é quem constrói
paredes, muros, telhados, casas e
prédios, colocando tijolos ou pedras
unidas com cimento ou argamassa, para
que a construção fique direita e sem
cair. É um trabalho que se faz ao ar livre
e muitas vezes em cima de andaimes.
INEFP – Nampula 5
Tem de saber ler planos, para poder construir no sítio certo e como se
pretende. Também tem de ser cuidadoso, para que a sua construção fique firme,
bem feita e bem acabada. Não queremos que caia, pois não?
Para ser pedreiro é preciso ter alguma força física, para levantar os tijolos, as
pedras e outros materiais. Hoje em dia, com as gruas e os guindastes, ele faz
menos esforço, mas mesmo assim é uma profissão dura. Normalmente, o pedreiro
trabalha com um ajudante. O ajudante do pedreiro chama-se trolha.
Anotações:
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6 INEFP – Nampula
4 - METRO
O metro como medida de comprimento
Ou
1 metro = 1,00 m
1 decímetro = 1,00 dm ou 0,1m ou 0,10m
1 centímetro = 1,0 cm ou 0,1 dm ou 0,01m
1 milímetro = 1mm ou 0,1cm ou 0,01 dm ou 0,001m
Anotações:
INEFP – Nampula 7
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4.2 O METRO QUADRADO
As unidades são:
Deduzimos que:
8 INEFP – Nampula
Usando o metro quadrado como unidade e o exposto a respeito do cálculo da
área, podemos calcular também as áreas de um compartimento ou de uma parede.
INEFP – Nampula 9
Área do círculo: πr2 , π = 3,1415 - r = raio da circunferência.
Anotações:
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10 INEFP – Nampula
5.1 TABELA DE QUANTIDADE DE TIJOLOS POR METRO QUADRADO
6 - ANÁLISE DE PROJETOS
INEFP – Nampula 11
Projeto 1 - versão 1
Projeto 1 - versão 2
12 INEFP – Nampula
É interessante observar que a colocação dos objetos dentro das peças enseja
uma reflexão sobre a ocupação dos espaços e também sobre a orientação destes
objetos em relação ao espaço. No detalhe da figura 4.91 podemos observar a
orientação original dada para um armário com espelhos e que será corrigida na
terceira versão do projeto.
Anotações:
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INEFP – Nampula 13
Projeto 1 – versão 3
14 INEFP – Nampula
7 - COTAGEM DE DESENHOS
Para a fabricação de peças e obras, não basta apenas seu simples desenho.
Há necessidade de mostrar também as dimensões e informações complementares
que possibilitem a sua execução.
INEFP – Nampula 15
8 - COTA
Cotagem
Anotações:
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8.1 LINHA DE COTA
16 INEFP – Nampula
Figuras - exemplos de estilos de cotagem
8.2 FLECHAS
São setas colocadas nas extremidades da linha de cota que indicam seus
limites
Flechas de cotagem
Anotações:
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Linhas de extensão ou auxiliares - Linhas finas, perpendiculares à linha de cota,
que representam um prolongamento do contorno da peça onde a dimensão tem
seus limites.
INEFP – Nampula 17
9 - REGRAS DE COTAGEM
Função da cota – Toda cota deve ter sua função especifica, seja ela de
fabricação, de montagem, de inspeção ou ainda de funcionamento.
Fabricação - A cotagem na seqüência de confecção do objeto, não só
facilitam as operações como também orienta o operador de modo a evitar erros e
perda de materiais.
18 INEFP – Nampula
Cotagem numa planta baixa
Cotas necessárias
As cotas devem ser indicadas com a máxima clareza de modo a admitir uma
única interpretação, sem que seja necessário recorrer-se a cálculos.
INEFP – Nampula 19
10 - INCORPORAÇÃO DE SÍMBOLOS AS COTAS
11 - ESCALAS
Os desenhos, especialmente os detalhes, devem sempre que possível ser
feitos em tamanho natural, isto é, ter suas medidas iguais as das peças que
representam, pois desta maneira dão a melhor idéia sobre elas.
20 INEFP – Nampula
É a escala que permite que se represente, desde mapas e aeronaves até
pequenas peças como as de um relógio, de modo a representar o objeto, seja ele
qual for, de forma compreensível e precisa.
Escala Natural
Escala de Redução
Escala de Ampliação
Observações:
1 - Qualquer que seja a escala usada, ela deve ser anotada de modo evidente no
desenho.
2 - Quando o desenho for feito com mais de uma escala, todas devem constar de
modo a não deixar dúvidas.
4 - Os valores indicados nas cotas, qualquer que seja a escala, devem ser aqueles
que representem a medida real do objeto. O que deve mudar são as dimensões do
desenho e não as do objeto.
INEFP – Nampula 21
12 - PAVIMENTOS INTERTRAVADOS - PLANEJAMENTO DA OBRA
- Desenhos da superfície;
- Dispositivos de iluminação.
22 INEFP – Nampula
O prazo para execução, normalmente definido pelo proprietário da obra, será
o parâmetro básico para o dimensionamento da equipe e do equipamento.
Anotações:
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INEFP – Nampula 23
13 - MEDIR, MARCAR, ESQUADREJAR E NIVELAR ALICERCES.
24 INEFP – Nampula
14 - DEMARCAÇÃO DA ESCAVAÇÃO PARA ALICERCES
ORDEM DE EXECUÇÃO
INEFP – Nampula 25
Nota:
Não esqueça: o alicerce é mais largo do que a parede. A escavação será, portanto,
mais larga do que a parede ou o alicerce.
15 - ARGAMASSAS
15.1TIPOS DE ARGAMASSA
- Argamassa de cimento;
- Argamassas especiais
16 - TRAÇO
Com o nome “traço de argamassa” denomina-se a relação em volume ou em
peso entre o aglomerante e a areia. Interpretação do traço.
Conclusão: Na argamassa de cal 1:4 deve-se misturar 1 parte de cal com 4 partes
de areia. (ver esquema A, abaixo).
26 INEFP – Nampula
a) A argamassa tem como aglomerante o cimento;
INEFP – Nampula 27
a) A argamassa tem como aglomerantes a cal e o cimento;
O traço para estas não interessa ao pedreiro, pois a esta argamassa adiciona-
se somente água, conforme indicado pelo fabricante, e está pronta, para ser
empregada.
• Blocos de concreto;
• Blocos de concreto regular;
• Blocos cerâmicos;
• Blocos sílico-calcários;
• Blocos de vidro;
• Tijolos.
28 INEFP – Nampula
Modo de preparar
Modo de aplicar
1. Aplique sobre os blocos utilizando uma colher de pedreiro.
2. Posicione os blocos sobre a argamassa fresca.
Armazenagem
Conserve em local seco e arejado, sobre estrados, em pilhas com no máximo
15 sacos de altura, na embalagem original fechada.
INEFP – Nampula 29
18 - ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO E GRAUTE
A argamassa de assentamento desempenha diversas funções na alvenaria
estrutural, dentre as quais se destacam:
1) Paredes de vedação;
2) Casas térreas de vãos moderados (3m a 4m);
3) Sobrados de vãos moderados;
4) Prédios de 4 pavimentos de vãos moderados.
Anotações:
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30 INEFP – Nampula
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19 - ARGAMASSA PARA REVESTIMENTO
Supermassa
A única que substitui de uma vez o chapisco, massa grossa e massa fina e
ainda serve para assentar blocos e tijolos.
Superfície de aplicação
• Alvenaria de tijolos;
• Blocos cerâmicos;
• Blocos de concreto;
• Blocos de concreto celular;
• Blocos silico-calcários;
• Chapisco curado;
• Massa grossa;
• Emboço grosso, sarrafeado e curado;
• Paredes e tetos de concreto rústico.
Modo de preparar
Importante:
• Não adicione cal, cimento ou qualquer outro material ao produto. Modo de aplicar
INEFP – Nampula 31
3. Na seqüência, utilize uma desempenadeira de
madeira para dar o acabamento camurçado.
Importante:
• Cada camada de aplicação deve ter espessura máxima de 15 mm. Caso sejam
necessárias espessuras superiores a 15 mm, repita o modo de aplicação quantas
vezes forem necessárias, sempre com intervalos de 12 horas entre uma aplicação e
a seguinte;
• A Supermassa poderá receber pintura ou textura 72 horas após a aplicação;
• A Supermassa é ideal para requadrações e chumbamentos;
• A Supermassa é uma ótima base para receber laminado (Fórmica, Formiplac, etc.).
E de quais ferramentas você precisa? Neste artigo, você vai aprender sobre
ferramentas que medem, cortam, furam, pregam, apertam e afrouxam, seguram,
pinçam, testam, pintam e muito mais. E mais importante ainda, vai ver quais são as
que realmente precisa e como usá-las com segurança.
32 INEFP – Nampula
(geralmente escondidos pela pintura) e a montagem deixa a desejar. O mais
importante, no entanto, é que boas ferramentas são mais seguras de se usar.
Ferramentas baratas podem quebrar e causar acidentes.
Se paga uma média de 25% a mais por equipamentos de alta qualidade, mas
ferramentas baratas acabam não sendo baratas no final das contas, pois podem ter
que ser substituídas algumas vezes. Além do mais, o dinheiro que você economiza
no primeiro reparo que fizer sozinho já vai compensar pelas ferramentas que
precisou. E elas ainda são suas quando o trabalho terminar.
Ferramentas úteis são as de medição, serras, furadeiras, ferramentas de
fixação e as que são usadas para reparos elétricos e de encanamento. Vamos dar
uma olhada em todas elas.
Ferramentas de medição
Praticamente todo projeto de reforma pede medidas precisas. Você não
apenas deve saber exatamente quantos metros e centímetros estão envolvidos, mas
também precisa garantir que tudo fique pronto da melhor maneira possível. Aqui
estão os dispositivos básicos para medir e marcar:
Prumos
Prumo de face
Prumo de Centro
INEFP – Nampula 33
Esquadros
Colher
34 INEFP – Nampula
deve ser limpa, não podendo ter argamassa endurecido nas suas faces, ou ser
enferrujada.
Linha
Martelo
Enxada
Pá
Masseira
INEFP – Nampula 35
Nível de bolhas
Nível de mangueira
Nível alemão
36 INEFP – Nampula
O instrumento utilizado na construção civil para nivelar longos espaços. Existe
o nível alemão em duas medidas: 1,55 m e 1,88 m de comprimento.
Metro articulado
Trena
Escantilhão
INEFP – Nampula 37
As medidas foram feitas e já está pronto para começar a fazer os cortes. Uma
grande variedade de serras manuais está disponível para corresponder às
necessidades de diversas formas de corte.
Traçador
Serra circular
Serrote de dorso
O serrote de dorso
reforçado possui essa
característica para reforçar a
lâmina. Seus dentes estão
estreitamente posicionados,
como os do traçador, assim, o
corte é liso e regular. A serra
de dorso reforçado é utilizada
para fazer cortes de ângulo e
para aparar moldes. É
projetada para o uso em uma
caixa de meia-esquadria. O
dorso reforçado serve como
guia.
Serra fina
38 INEFP – Nampula
A serra pequena de metais é uma versão menor da serra de metais, que
possui uma lâmina fina presa por dois pinos na extremidade da serra. Uma
variedade de lâminas está disponível, com espaçamento de dentes tanto como os
da serra circular quanto como os da traçador.
Serra de metais
Serras elétricas
INEFP – Nampula 39
Torques para Torques para Torques para Tesoura para
armador carpinteiro azulejo funileiro
-Água do poço;
-Água de chuva.
-Água do mar;
-Água de sabão;
-Água do brejo.
40 INEFP – Nampula
21.2 AREIA
Forma-se à superfície da Terra pela fragmentação das rochas por erosão, por
ação do vento ou da água. Através de processos de sedimentação pode ser
transformada em arenito.
Nem sempre a sua extração resulta em graves danos ambientais, uma vez
que em algumas situações o preocesso de extração contribui de maneira essencial
para o desassoreamento dos leitos dos rios onde é realizada.
21.3 A CAL
Tipos
- Cal hidratada;
- Cal hidráulica.
Cal virgem
INEFP – Nampula 41
Inicia-se o processo de fabricação, extraindo-se a pedra calcária em grandes
blocos das jazidas. Os blocos são triturados e transportados em vagões ou
caminhões para as fábricas. Nestas as pedras são trituradas e colocadas em fornos,
chamados Caieiras. Efetua-se o cozimento das pedras numa temperatura que varia
entre 760ºC e 1100ºC. O produto deste cozimento são pedras pequenas chamadas
de cal virgem ou cal aérea. Tal cal combina-se com a água facilmente, formando
assim a cal extinta ou apagada.
Cal hidratada
Cal hidráulica
21.4 CIMENTO
Fabricação
42 INEFP – Nampula
Propriedades físicas e mecânicas do cimento
Pega
Estabilidade
Resistência
Finura
Cor
Além do cimento “Portland” comum existem outros especiais. Entre estes são
os mais conhecidos: o cimento de pêga rápida, que endurece rapidamente e é
usado em construções de baixo da água; o cimento de alta resistência inicial, que
adquire já no início da pêga uma alta resistência, o cimento branco pequenas com o
diâmetro de 2 cm aproximadamente. Estas pedras são denominadas assim pela cor
que tem, e que é empregado no rejuntamento de azulejos, ladrilhos e pastilhas.
Armazenamento
O cimento deve ser armazenado num lugar fresco e seco, de preferência num
barracão construído com tijolos. O estoque do cimento deve ser pequeno.
Diversas remessas devem ser armazenadas em separado, usando-se primeiro o
cimento da remessa mais antiga. O cimento é vendido em sacos de papel de 50 kg
ou 25 kg.
INEFP – Nampula 43
21.5 TIJOLOS
Dimensões
Tabela 1 –
Dimensões
nominais de blocos
de vedação, comuns
e especiais.
44 INEFP – Nampula
22 - TIPOS DE TIJOLOS
INEFP – Nampula 45
• Tijolo de barro cru – Também conhecido como “Adobe”, já foi muito utilizado na
antiguidade mas hoje praticamente caiu em desuso, pois precisa de cuidados
especiais para resistir às intempéries.
• Tijolo laminado – Este, por sua vez, é uma evolução do tijolo de barro cozido,
tendo maior resistência mecânica e menos porosidade, com menor absorção de
água. O modelo mais comum tem 21 furos cilíndricos e mede aproximadamente 24 x
11,5 x 5 cm, sendo indicados para alvenaria aparente.
46 INEFP – Nampula
23 - UTILIZAÇÃO DOS BLOCOS DE CONCRETO VAZADO
23.1 VANTAGENS
INEFP – Nampula 47
Dimensões nominais (largura,
altura,comprimento e espessura das
paredes)
As não conformidades detectadas nesse ensaio indicam que pode ter ocorrido
falha no controle de fabricação do produto e no controle de aprovação de lote que
libera o material para saída da fábrica.
Concreto graute
48 INEFP – Nampula
24 - ASSENTAMENTO
Nos extremos das paredes, podem ser assentadas várias fiadas para facilitar
a colocação das linhas. Os blocos dos cantos deverão ser assentados com o auxílio
do escantilhão e régua técnica de prumo e nível.
INEFP – Nampula 49
A limpeza pode ser efetuada após o frisamento utilizando-se pano grosso ou
esponja seca, evitando-se com isso produzir manchas (esbranquiçamentos) sobre
os blocos. Permanecendo restos de argamassa endurecida que venham a formar
crostas sobre a alvenaria, recomenda-se a utilização de escova de aço com cerdas
finas.
Pode ser de três tipos: direta, com ferros em formato “L” e com ferros em
gancho.
Amarração direta
50 INEFP – Nampula
Obs.: Nas alvenarias com ferragem vertical, este tipo de amarração proporciona
economia de graute, ferragem vertical e grampos.
27 - VERGAS E CONTRAVERGAS
INEFP – Nampula 51
28 - CINTAS DE AMARRAÇÃO (APOIO DE LAJES)
São utilizadas em toda extensão
das paredes estruturais. Nos casos de
lajes pré – fabricadas ou lajes painel,
recomenda-se enrijecer as canaletas
com concreto até a altura das mesmas,
garantindo a solidarização com a parte
superior através de estribos ou
arranques.
29 - TUBULAÇÕES EMBUTIDAS
30 - FIXAÇÃO DE PARAFUSOS
52 INEFP – Nampula
Nota:
31 - REVESTIMENTOS
32 - MODULAÇÃO
INEFP – Nampula 53
33 - MUROS
Os muros podem ser feitos com blocos de concreto de 10 cm x 20 cm x 40
cm.
O sistema de placas de concreto pré-moldadas também pode ser usado. Sua
execução é bastante rápida.
Os muros de blocos de concreto devem ser subdivididos em trechos de
comprimento máximo de 2,80m (7 blocos de 40 cm). Entre cada trecho deve ficar
um espaço de 20 cm, onde será feito um pilarete de concreto armado, para
travamento do muro.
A construção do muro começa pela abertura da vala da fundação. Sua
profundidade vai depender da altura do muro e do tipo de solo do terreno. Em alguns
casos é necessário usar brocas (veja em fundação)
Até 1,50 m 30 cm
Até 2,00 m 40 cm
Até 2,50 m 50 cm
54 INEFP – Nampula
Depois coloque uma base de concreto magro de 5 cm no fundo da vala e
encha o restante com concreto normal (baldrame).
Anotações:
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INEFP – Nampula 55
34- CONCRETO PARA FUNDAÇÃO DO MURO
Anotações:
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56 INEFP – Nampula
35 - TIPOS DE BLOCOS DE CONCRETO
INEFP – Nampula 57
36 - COMO PREPARAR UMA BOA ARGAMASSA
Ferramentas e Equipamentos-Pá
-Enxada
-Betoneira
-Carrinho de mão
-Lata de 18 litros
-Desempenadeira
-Colher de pedreiro
A mistura da argamassa
58 INEFP – Nampula
37 - COMO PREPARAR UM BOM CONCRETO
A mistura do concreto
INEFP – Nampula 59
Ferramentas e Equipamentos
-Enxada;
-Pá;
-Carrinho de mão;
-Lata de 18 litros;
-Colher de pedreiro.
Use pedra e areia limpas (sem argila ou barro), sem materiais orgânicos
(como raízes, folhas, gravetos, etc.) e sem grãos que esfarelam quando apertados
entre os dedos. A água também deve ser limpa. É muito importante que a
quantidade de água da mistura esteja correta. Tanto o excesso como a falta é
prejudicial ao concreto. Excesso de água diminui a resistência do concreto.
38 - CORTE DO TIJOLO
-Meio tijolo ou ½;
-Um quarto ou ¼;
-Três quarto ou ¾.
60 INEFP – Nampula
1
seu comprimento deve ser igual a duas vezes a largura mais uma junta,
conforme mostra a figura.
Anotações:
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INEFP – Nampula 61
Como cortar tijolos
62 INEFP – Nampula
4. Movimente o tijolo A (Figura3), até que ele
encoste-se ao taco. Estando o taco e o peso
encostados nos tijolos A e B, teremos uma posição
correta do prumo. Dizemos que os tijolos estão
prumados.
41 - APRUMAR TIJOLO
Anotações:
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INEFP – Nampula 63
42 - O USO DO NÍVEL
1. Coloque o nível como mostra a figura 1 (letra A). Veja a posição da bolha.
3. Ponha o nível apoiado sobre dois tijolos (veja a letra C da figura 1).
Verifique, agora, a posição da bolha. Ela deverá estar dentro ou bem próxima
da marca.
5. Com quatro cunhas, dois pedaços de tábua e uma régua, monte o exercício da
figura 3. Movimente as cunhas até a bolha indicar que a régua está no nível. Procure
nivelar o conjunto várias vezes até que sua vista reconheça quando a régua está na
posição correta de nível.
Anotações:
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64 INEFP – Nampula
43 - O ESQUADRO: CONSTRUÇÃO E USO
1. Coloque, com cuidado, uma régua em posição de nível e outra a prumo, como
aparecem na figura 1; elas formam um esquadro.
3. Na face interna dos sarrafos, depois de descontar a largura dos mesmos, marque
as medidas seguintes: em A 40cm, em B 30cm e em C 50cm (deixando 5 cm em
cada extremidade).
INEFP – Nampula 65
5. Verifique o esquadro de sua desempenadeira, colocando-a sobre o esquadro de
madeira, como aparece na figura 3.
6. Faça o exercício da figura 4, esticando linhas e colocando-as em esquadro. Ao
esquadrejar as linhas não force com o esquadro. Deixe que elas encostem
levemente no esquadro.
Anotações:
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66 INEFP – Nampula
As lajotas também
servem de guia para medir a
distância entre as vigotas.
As vigotas devem se
apoiar pelo menos 5cm de cada
lado da parede um lado das
lajotas da primeira e da última
carreira pode ser apoiado na
própria cinta de amarração.
Se o vão a ser vencido for menor do que 3,40m escorem as vigotas com uma
linha de pontaletes. Se o vão for maior (3,40m a 5,00m), será preciso escorar as
vigotas com duas linhas de pontaletes. Essas linhas de escoramento devem ser um
pouco mais altas que a altura das paredes, formando as contra-flechas
recomendadas pelo fabricante.
Anotações:
INEFP – Nampula 67
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Agora coloque uma tábua de testeira que vai servir de forma para a capa da
laje.
68 INEFP – Nampula
Anotações:
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46 - PAREDE DE ½
Ordem de execução
INEFP – Nampula 69
Anotações:
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47 - PAREDE DE 1 TIJOLO
Ordem de execução
70 INEFP – Nampula
9. Rejunte as juntas na face.
Ordem de execução
1. De acordo com a demarcação assente os tijolos, que servirão para esticar a linha.
5. Rejunte na
face e faça a limpeza.
49 - CANTO EM
ÂNGULO
RETO DE ½
TIJOLO
INEFP – Nampula 71
Material: tijolos comuns, argamassa sem aglomerante.
Ordem de execução
CANTO EM
ÂNGULO
RETO DE 1
TIJOLO
72 INEFP – Nampula
Material: tijolos comuns, argamassa sem aglomerante.
Ordem de execução
3. Assente a 1ª fiada nos dois lances, sendo que no lance 1 será com tijolos ao
comprido e no lance 2 à tição. Observe a amarração formada pelos tijolos de ¼.
5. Assente a 2ª fiada nos dois lances, sendo que no lance 1 será com tijolos à tição e
no lance 2 ao comprido. Obedeça à amarração.
INEFP – Nampula 73
Material: tijolos, argamassa sem aglomerantes.
Ordem de execução
5. Faça a mesma coisa com a fiada que vem de encontro formando a parede em T.
74 INEFP – Nampula
Materiais: tijolos, argamassa sem aglomerante.
Ordem de execução
Ordem de execução
INEFP – Nampula 75
1. Fazer a marcação do raio, esse raio será de 1 metro a título de ilustração. O raio
deverá ser riscado conforme desenho abaixo, utilizando-se a linha de pedreiro e
prego.
2. Efetuada a marcação, assentar a primeira fiada, o aluno deverá colocar o prumo
de face em todos os tijolos, uma vez que não será possível a utilização da linha de
pedreiro nesta tarefa.
3. Assentar a segunda fiada, conforme a amarração observe atentamente a
ilustração.
Ordem de execução
55 - CERÂMICA
76 INEFP – Nampula
parte da água, a peça moldada é submetida a altas temperaturas que lhe atribuem
rigidez e resistência mediante a fusão de certos componentes da massa, fixando os
esmaltes das superfícies. A cerâmica pode ser uma actividade artística, em que são
produzidos artefactos com valor estético, ou uma actividade industrial, através da
qual são produzidos artefactos com valor utilitário. De acordo com o material e
técnicas utilizadas, classifica-se a cerâmica em :
*Terracota - argila cozida no forno, sem ser vidrada, embora, às vezes, pintada;
Manutenção: Água e sabão neutro para o dia a dia. O acabamento não requer
verniz nem precisa de cera para ficar brilhante. Vale a recomendação de colocar um
capacho na porta para evitar que os grãos de areia trazidos da rua arranhem o
esmalte - o que diminui o brilho e a impermeabilidade da cerâmica.
Vantagens: Ela existe para todos os gostos e em vários preços. Quando o material é
de qualidade, a durabilidade é grande.
56 - HISTÓRIA DA CERÂMICA
INEFP – Nampula 77
São objetos simples. A capacidade da argila de ser moldada quando
misturada em proporção correta de água, e de endurecer após a queima, permitiu
que ela fosse destinada ao armazenamento de grãos ou líquidos, que evoluíram
posteriormente para artigos mais elaborados, com bocais e alças, imagens em
relevo, ou com pinturas vivas que possivelmente passaram a ser considerados
objetos de decoração. Imagens em cerâmica de figuras humanas ou humanóides,
representando possivelmente deuses daquele período também são freqüentes.
Parte dos artesãos também chegou a usar a argila na construção de casas rudes.
Em outros lugares como na China e no Egito, a cerâmica tem cerca de 5000 anos.
Tendo destaque especial o túmulo do imperador Qin Shihuang e seus soldados de
terracota.
Matérias-primas
78 INEFP – Nampula
As principais matérias-primas plásticas são:
-Filitos;
-Fundentes feldspáticos;
-Talco;
-Carbonatos.
57 - TIPOS DE CERÂMICA
Cerâmica artística
Cerâmica industrial
INEFP – Nampula 79
Cerâmica eletrônica
Cerâmica de revestimento
58 - APLICAÇÃO E USO
80 INEFP – Nampula
Alguns dos principais defeitos relacionados ao assentamento malfeito e a
outros fatores do processo são:
-Eflorescência;
-Destacamento. Ocorre pela dilatação/retração do contrapiso e pela falta de junta ou
outros fatores distintos;
-Gretamento. Acontece quando o esmalte se rompe devido à incompatibilidade de
dilatação entre a base e o esmalte, agravada pela variação de umidade e
temperatura.
59 - REAPROVEITAMENTO DA QUEBRA
Ao longo dos últimos anos, vários estudos e testes foram promovidos, visando
a reutilização dos cacos gerados no processo. A presença do esmalte cerâmico
queimado e tonalidades da massa impediram o seu uso. A massa cerâmica evoluiu
na sua formulação e novos testes foram feitos permitindo a adição do caco (quebra)
moído em percentuais reduzidos, que juntado a um trabalho constante de redução
das quebras nos fornos, a curto prazo permitirá incorporar toda a quebra novamente
no processo. O Sistema de moagem e Reaproveitamento da quebra é isto: uma
central para onde é deslocada toda a quebra gerada nos processos de produção das
Cerâmicas. São utilizados equipamentos para a britagem destas quebras (conjunto
de britadores primário e secundário), reduzindo a pó a quebra gerada nos mais
diversos formatos e dimensões. Este pó é reutilizado na formulação da massa em
percentuais que não interferem na qualidade do produto final.
60 - RECICLAGEM
INEFP – Nampula 81
61 - DESCARTE
O que não pode ser nem reutilizado e nem reciclado, é despejado em lixos
urbanos, mais ou menos autorizados, ou mesmo dispersos no ambiente. No caso
dos despejos em centros legais de processamento de lixo, os produtos eliminados
devem ser devidamente recolhidos e transportados, bem como devem ser tratados
aqueles que apresentarem substâncias tóxicas ou nocivas. Alguns esmaltes
utilizados no processo de fabricação da cerâmica contêm metais pesados como
chumbo e cádmio, e se a frita utilizada for à base de sódio, solubiliza-se em
presença de água e pode contaminar o solo.
62 - GRANITO E PEDRAS
Cuidados de Uso
Manutenção
82 INEFP – Nampula
Granito rústico: Assentado sobre a areia, é permeável e não mancha, mas
pode ficar um pouco irregular. Manutenção: se a junta for de areia, ela tende a
sair e precisa ser reposta.
Seixo rolado: Não dá estabilidade para a circulação; pode ficar escorregadio, caso
não sejam previstas juntas maiores entre as pedras. Manutenção: a limpeza é fácil,
mas as pedras se soltam.
64 - TIPOS DE PISO
Pisos laminados
INEFP – Nampula 83
Dentre às diversas marcas e linhas de pisos laminados encontramos os
de baixa resistência, média resistência e alta resistência ao desgaste e aos riscos,
para uso residencial e comercial, porém nenhum piso é totalmente à prova de riscos
e desgaste, sendo necessário tomar alguns cuidados tais como: colocar um capacho
junto à porta de entrada para reter partículas de pedra e sujeira, colar protetores de
feltro nas bases de móveis e pés de cadeiras e, caso seja necessário movimentar
móveis pesados, forre antes os mesmos com panos, pedaços de forrações ou
carpetes para evitar o atrito.
Não permita que o piso fique exposto à chuva através de janelas, portas ou
goteiras, caso isso ocorra, providencie imediatamente a secagem do piso.
Piso de cimento
1 - Pintar o chão com tinta para pisos de cimento: pronta para usar, boa resistência
ao atrito, simples de lavar.
Lajotas
Para deixar a lajota sempre bonita, primeiro limpe bem o piso com água
e sabão retirando qualquer mancha ou poeira.
Deixar secar. Para dar brilho, aplique semanalmente uma camada de cera
líquida incolor ou no tom da lajota. Depois de duas horas, lustrar a superfície com
uma enceradeira. Quando a lajota estiver muito opaca, é possível ainda usar óleo
automotivo queimado. Espalhar com uma estopa, inclusive nas juntas, retirando a
porosidade do piso. Deixar secar por um dia e refazer o tratamento.
Não esqueça que este óleo tem "cheiro" e é "tóxico". Mantenha crianças e
animais longe do local de trabalho.
Ardosia
Não é indicada para o passeio, pois, além de lisa, esquenta bastante; pode
ser usada para fazer detalhes, desde que seja colocada com grande espaço de
rejunte.
84 INEFP – Nampula
Manutenção: limpeza constante, mancha com facilidade; para selar os poros,
o ideal é colocar uma camada de resina, mas isso deixa a pedra ainda mais lisa.
3 - Por ultimo aplique cera incolor e seu chão de ardósia estará protegido contra
manchas, com brilho e uma excelente aparência.
Não vamos esquecer que também existe uma resina apropriada para ardósia
(qualquer loja de material de construção) que protege e dá um brilho mais forte.
INEFP – Nampula 85
-Reconstituição da seção original da armadura;
86 INEFP – Nampula