Artigo Cientifico Concluido

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Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Curso de Ciências Sociais

Como aplicar o ensino de sociologia em sala de aula-Transposição didática

Aline de Cassia Cappelozzi RA: 14676811


Trabalho apresentado à disciplina
Trabalho Cientifico do curso de Ciências
Sociais da Pontifícia Universidade
Católica de Campinas, sob orientação da
Prof. Dr. Ana Paula Fraga Bolfe.

Campinas

2016

Como aplicar o ensino de sociologia em sala de aula-Transposição didática

Aline de Cassia Cappelozzi1

RESUMO: O presente trabalho refere-se a desafios encontrados pelos profissionais da


educação da área das ciências sociais, em como aplicar o ensino de sociologia em sala
de aula a partir de uma transposição didática, a fim de fazê-lo com qualidade adotando
práticas e técnicas de ensino que visam ajudar nesse processo.

ABSTRACT:
This work refers to the challenges faced by the teachers of the social sciences, on how
to apply the sociology of education in the classroom from a didactic transposition in
order to do it with quality adopting practices and techniques education aimed at helping
this process.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino de sociologia, transposição didática, professor.

1
Aline de Cassia Cappelozzi (aline.cassia@yahoo), graduanda do curso de Licenciatura em
Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Introdução

Não em um passado muito distante que se faz obrigatório à inclusão da disciplina de


sociologia na grade curricular do ensino médio, mas já se faz um longo período que a
disciplina encara um processo de inclusão e exclusão que vem desde 1891. Com idas e
vindas só se foi de fato possível com a aprovação da lei 11.684/08, tornando a
sociologia como disciplina obrigatória em todas as escolas do Ensino Médio no país,
assim, a partir do segundo semestre de 2008, a disciplina de Sociologia passou a fazer
parte do currículo de todas as escolas de nível médio no Brasil. Não cabe aqui nesse
artigo demostrar a trajetória da sociologia no país enquanto disciplina, apenas se faz
necessário apresentar que a sociologia enfrenta ate nos dias atuais um processo de
institucionalização, sendo questionada muitas vezes por políticos que apresentam
projetos de leis a fim de tira-la dos currículos nas escolas. Se sua legitimidade ainda é
questionada não podemos deixar de pensar que seu ensino também passa por uma
fragilidade, onde a precarização da educação a nível nacional, incluindo a gestão das
escolas, formação de professores, orientações curriculares e até que se chegue ao ensino
na sala de aula, toda essa trajetória culmina na precarização da aplicação do ensino de
sociologia, tornando mais dura e desafiadora para o professor, muito mais no âmbito da
escola pública.

Esse artigo busca demonstrar como se faz a aplicação do conteúdo da sociologia em sala
de aula, por meio da transposição didática, não como sendo um guia prático para
professores lecionarem, mas para levantar questões de que ser professor requer
conceitos, práticas e técnicas que vão garantir o “objetivo final” que é ensinar o
conteúdo da disciplina para os alunos. Sendo obvio que esse conteúdo vai além de ser
entendido como algo instrumentalizado ou usual e que esse aprendizado não esgota na
sala de aula.

Pode se dizer então que o docente licenciado para a aplicação do ensino de sociologia
precisa estar preparado para tal, o que o Amaury Cesar Moraes e Elisabeth da Fonseca
(2010) vão chamar de Mediações pedagógicas:

“Mediações pedagógicas referem-se às diferentes e possíveis maneiras de se


traduzir o conhecimento sociológico, tornando-o compreensível e interessante
para os estudantes do Ensino Médio. A prática docente de sala de aula
reclama a adequação ao universo juvenil. Mais que isso, remete à necessidade
de os professores articularem os recursos didáticos aos interesses desse
universo. Nunca é demais lembrar que os limites da ciência Sociologia não são
os mesmos da disciplina.”
Para então transmitir o ensino de sociologia, se faz necessário que o professor tenha
em mente a realidade social dos alunos e seu contexto, dotando de metodologias e
recursos didáticos entre outras coisas, que vão causar ao aluno interesse pela
disciplina, fazendo- o compreender que a sociologia não é mera disciplina desfalcada
na grade curricular e que vai além de seus pressupostos que a educação básica já
traduz sendo quase que uma “deseducação.” E que o objetivo da sociologia muito
mais enquanto matéria de ensino médio na educação é de causar desnaturalização
estranhamento nos indivíduos, fazendo refletir de verdades quase inatas,
questionando a sociedade e seus pressupostos. Como nos diz Amaury Cesar Moraes e
Elisabeth da Fonseca:

“Um papel central que o pensamento sociológico realiza é a desnaturalização


das concepções ou explicações dos fenômenos sociais. Há uma tendência
sempre recorrente de se explicarem as relações sociais, as instituições, os
modos de vida, as ações humanas, coletivas ou individuais, a estrutura social,
a organização política etc. com argumentos naturalizadores.”

Se o professor da disciplina de sociologia não consegue transmitir essa mensagem, por


mais precarizado que seja esse ensino na educação pública, então é por que ainda não
está apto para sua aplicação.

Debruça- se esse artigo que apesar da fragilidade da disciplina, demostrar de que forma
deve se aplicar o ensino de sociologia em sala de aula, discorrendo do fato que implica
em o professor adotar metodologias de trabalho que o favoreçam para transmitir ao
aluno o conteúdo que contempla a disciplina, e esse processo envolvem questões de
práticas pedagógicas e recursos didáticos em que estes devem ser aprendidos durante
sua formação como docente e depois executados com êxito no seu campo de atuação.

Neste artigo inclui também algumas das experiências que eu enquanto aluna do curso de
licenciatura em ciências sociais da Pontifícia universidade católica de campinas,
presencie durante o período que fiz o estagio obrigatório em escolas da rede publica e
particular, acompanhado as aulas de sociologia e o trabalho dos docentes da disciplina.

Mas afinal o que se deve ensinar em sociologia na sala de aula?

Como todos que trabalham na área sabem que a ciências sociais esta dividida em três
eixos: antropologia, sociologia e politica, não que isso afete a grande dimensão dos
conteúdos, entendendo que os três se relacionam de forma de direta, sendo
interdisciplinares. Mas são divisões que se fazem necessárias e que ao longo do material
utilizado pelo professor que aplica a disciplina de sociologia no ensino médio encontra
tais divisões: seja nas orientações curriculares-OCEM-Sociologia, e até mesmo nos
livros didáticos. É importante que o professor esteja ciente que ensinar essas três
propostas distintas é mais que essencial para a contribuição do conhecimento do aluno.
E cabe ao professor trazer conceitos e teorias que irá oferecer ao aluno um
conhecimento desses conteúdos.

“As discussões sobre o que se ensina na disciplina Sociologia no nível médio


continua. Desse modo, seria necessário ainda retomar o debate sobre a
presença das três Ciências Sociais – Antropologia, Ciência Política e

Sociologia – nos conteúdos ensinados como Sociologia.” (Amaury César,


2010, p.10).

Mas oque se pode observar é que a maioria dos professores da disciplina não tem
contemplado essas três áreas de conhecimento, ensinando somente em especifico as
questões que envolvem sociologia, como por exemplo, as relações da sociedade
moderna, globalização e mercado de trabalho, não fazendo qualquer tipo de ponte com
os outros saberes: antropologia e politica. Isso acontece com todos os períodos do
ensino médio (1º 2ºe 3º ano). Foi o que eu pude observar enquanto estagiaria nas escolas
que frequentei, de certa forma os professores tem dificuldade de trabalhar essa
correlação das áreas.

Como citado antes neste artigo, a proposta da sociologia é de causar estranhamento e


desnaturalização de questões que já estão formadas dentro da sociedade, nos trazendo
reflexões e adotado um senso critico e não comum de tais questões.
O que se presume é que a escola serve para formar cidadãos e prepara-los para uma
“vida aqui fora”, nada mais pertinente do que a sociologia estar presente na educação
para ajudar nessa conceituação de educar e ajudar na formação dos alunos.

É sua tarefa desnaturalizar os fenômenos sociais, mediante o compromisso de


examinar a realidade para além de sua aparência imediata, informada pelas
regras inconscientes da cultura e do senso comum. Despertar no aluno a
sensibilidade para perceber o mundo à sua volta como resultado da atividade
humana e, por isso mesmo, passível de ser modificado, deve ser a tarefa de

todo professor. (Amaury Cesar Moraes, Elisabeth da Fonseca


Guimarães, Brasília, 2010, p.48).
Não atoa que os eixos que compõe o ensino das ciências sociais esta presente também
no ensino de sociologia enquanto disciplina da educação média por que irão contribuir
no processo de aprendizado do aluno. Por isso é tão importante que o professor ensine e
transmita esses conteúdos, pois eles vão ajudar nesse processo de transformação da
percepção do mundo a sua volta.

Traduzindo o conhecimento- transposição didática

Os conceitos e teorias que estão presentes no conteúdo da disciplina de sociologia


ajudam a formar ideias que vão de encontro com essa proposta de reflexão dos assuntos
que norteiam nossa sociedade, capaz de trazer ao aluno possibilidades de ideias
diferente daquelas q ele esta habituado a pensar. Esse processo de aplicação de teorias e
conceitos exige que o professor traduza das ciências sociais para o ensino da sala de
aula, tendo levado em conta seu material utilizado em sala, seus recursos e o contexto
social em que estão inseridos. Tentado fazer dessa tradução algo de fácil entendimento e
interessante para os alunos, pois a grande dificuldade hoje encontrada pelo professor de
sociologia é trazer interesse pela disciplina, pois diante de sua metodologia de trabalho
ele acaba tornando desinteressante e quase que inútil seu conhecimento.

Faz-se necessário que o professor adote uma linguagem próxima dos alunos se
adequando a sua condição juvenil, e contribuindo assim para a transposição didática.

O grande desafio do professor de sociologia é a tarefa de sistematizar


o conhecimento que deve ser transmitido ao aluno por meio da
transposição didática feita com a utilização de recursos didática
múltipla. ( Danyelle, 2013 pág.X)

Nesse sentindo e perspectiva o que se espera é que o docente adquira uma metodologia
de trabalho que vá ajuda-lo nessa transposição do conteúdo, a fim de propiciar ao aluno
o real conhecimento sobre o assunto que se estuda, para tal o professor pode e deve
buscar como forma de mediações pedagógicas recursos tecnológicos, e audiovisuais –
como, por exemplo, vídeos, filmes, internet, entre outros materiais disponíveis de apoio
para que assim possa contribuir no seu processo de trabalho. Tudo isso comporta a
realidade juvenil, pois se aproxima da linguagem dos alunos, é claro que é necessário
levar em conta o contexto social da escola que muitas vezes não tem disponíveis para os
professores tais aparatos matérias, mas não cabe aqui mapear e nem analisar a
precariedade nacional da educação, visando apenas contribuir para que o processo de
relação entre o aluno e sua aprendizagem são em sua totalidade complexos e que exige
técnicas e formulas de praticar a fim de elevar a qualidade de tudo isso acontecer, e que
o professor pode usar o que se tem disponível para efetuar seu trabalho como forma de
melhorar esse processo.

Mas oque se pode observar a partir de modo empírico, essa transposição didática quase
nunca ocorre, ou quando acontece é sempre com uma qualidade ruim, os professores da
disciplina de sociologia em sua maioria, não conseguem transmitir para os alunos seu
conhecimento da área, se limitando sempre em reproduzir de forma sistêmica e
dinâmica a péssima qualidade do ensino público, não trazendo em sala de aula recursos
materiais disponíveis, nem tão pouco um nível de conhecimento vindo das ciências
sociais, caindo sempre de forma contraria ao que se prega como objetivo da sociologia
que é o olhar sociológico adotando uma visão crítica dos fatos que norteiam a nossa
vida em sociedade, quase como sendo uma analise fundante vinda do senso comum.

Tudo isso contribui para a precarização do ensino muito mais do ensino de sociologia, o
professor precisa compreender que ao levar para o aluno seu conhecimento aprendido
na universidade isso deve acontecer de forma pedagógica que vai possibilitar ao aluno
um melhor entendimento do conteúdo, e para que isso ocorra ele precisa criar uma
metodologia de ensino capaz de transpor seu conhecimento cientifico para o
conhecimento social do aluno, que será por meio de recursos didáticos e metodologias
criativas a fim de atrai-lo e despertar interesse. E como resultado desse processo espera-
se que o aluno tenha aprendido o conteúdo e possa relaciona-lo com a sua vida social,
não separando teoria e prática, sendo capaz de instrumentaliza-lo enquanto ideias
reflexivas e adotando uma visão mais crítica do mundo. De fato seria esse o objetivo do
professor praticar a transposição didática, mas essa prática é aprendida durante seu
processo de formação na graduação, então muito do que o professor reproduz em sala
de aula durante o exercício de sua profissão é reflexo do seu processo enquanto aluno.

Formação de professores

Passamos então a dialogar sobre a formação dos professores nos cursos de licenciatura
em ciências sociais, pois como dito antes é o período em que o aluno aprende a ser
professor.
Existe uma dicotomia nos cursos de ciências sociais, que seria o bacharelado e a
licenciatura. Onde se entende que o formando em licenciatura esta apto para lecionar, e
o bacharel para as pesquisas, diferenciando um do outro, colocando em cheque sua
capacidade e qualidade de um e outro. É oque Amaury César nos diz a partir das suas
experiências enquanto docente da disciplina de metodologia de ensino do curso de
ciências sociais da USP:

“... Reconhecimento pela comunidade de cientistas sociais de uma área de


pesquisa em Ensino de Sociologia, com espaço para debates e divulgação de
pesquisas nos seus fóruns e para a publicação em sua imprensa periódica...
Superação do modelo atual de formação do professor de sociologia, com
integração efetiva entre bacharelado e licenciatura...”.

Muito do que se tem efetivado e refletido nas escolas no que diz respeito ao
desempenho do professor de sociologia, parte da sua formação na universidade no curso
de ciências sociais, para que ele seja um bom profissional requer que ele tenha obtido
um processo eficiente de aprendizado na graduação, como nos traz Amaury César:

“... tem por objetivo registrar para o debate essa situação insatisfatória em que se
encontra a formação de professores na principal universidade do país, que, se não
conseguiu apresentar uma solução para o problema, tem servido de modelo desde os
anos de 1930. Isso não quer dizer que ao longo desses quase setenta anos não se
tenham feito tentativas de mudanças. Mas as experiências implantadas nunca foram
avaliadas porque constituíam mudanças apenas, não experiências; e as outras
mudanças propostas ou não foram efetivadas ou foram de uma timidez
desmoralizante ou acomodatícia. A experiência desses cerca de cinco anos como
professor de Metodologia do Ensino de Ciências Sociais, adicionada de dez anos de
exercício do ensino de sociologia na escola média, levam-me a crer que quando os
professores clamam por “conteúdos programáticos mínimos” de sociologia ou material
didático adequado, acabam por manifestar uma formação deficiente para o exercício
do magistério em nível médio... “(2003, pág.14).

Não seria justo atribuir ao profissional de educação (professor) toda a culpa da


precarização do processo de ensino, valendo ressaltar que muitas falhas se encontram
nas universidades brasileiras que estão tratando de formar esses profissionais, existe
variáveis em toda essa problemática que ainda não esta superada. Cabe também aos
cursos de graduação e de licenciatura preparar bem esse profissional, fazendo possível
tornar realidade o que se espera alcançar, um ensino público com qualidade.
Então toda essa problemática passa por estágios diferentes que se inicia no ambiente
universitário e termina na atuação do professor em sala de aula. Faz necessário que o
docente compreenda que é preciso colocar em pratica o que ele aprendeu no seu tempo
de formação enquanto licenciando na área que atua, fazendo uma reflexão de que não
exercendo de forma correta o impacto negativo que isso irá causar no âmbito
educacional, que começa como sendo um problema micro (sala de aula) e se
transformando ao longo do tempo em uma problemática macro que é a educação como
um todo.

Durante a formação do profissional (professor) ele tem o contato com a área de atuação,
o estagio, sendo esta uma oportunidade de conhecer melhor a realidade do trabalho.
Compreende-se o estágio como um determinado momento do curso, onde o docente terá
o contato com a profissão (a de professor). São horas em que o aluno passa um
determinado tempo na instituição para observação e participação da área de atuação. No
entanto esse caminho a ser percorrido pelo estagiário não se reduz a dicotomia de
prática e teoria, não se trata afirmar que as horas oferecidas para estagiar, trata-se de
horas de prática.

Essa dicotomia rotulada no âmbito da profissão e da vida acadêmica, seja em qualquer


área de atuação, acaba colocando a perder o período de aprendizagem do estagiário,
pois este não está reduzido a uma simples mão de obra ou alguém que esta em nível
inferior de conhecimento. Para, além disso, o docente em formação é alguém que
também é atuante e reflexivo, detém o conhecimento e precisa deste contato com área,
colocar a par da realidade a construção do saber enquanto futuro professor.

De acordo com Selma Garrido Pimenta e Maria Socorro Lucena

Lima (2005/2006, p.6)

Entendemos que o estágio se constitui como um campo de conhecimento, o


que significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supera sua
tradicional redução à atividade prática instrumental. Enquanto campo de
conhecimento, o estágio se produz na interação dos cursos de formação com
o campo social no qual se desenvolvem as práticas educativas. Nesse sentido,
o estágio poderá se constituir em atividade de pesquisa.

Nessa perspectiva o estágio neste momento em que é proposto pelo curso, é de oferecer
ao aluno o contato direto com a profissão de professor e o seu ambiente de trabalho.
Como se dá essa realidade, como contribui na sua formação essa vivência e experiência,
enquanto que também serve para a ampliação na pesquisa, enquanto ao estudo na área
de formação a docência.

Selma Garrido Pimenta e Maria Socorro Lucena Lima (2005-2006, p.13)

Consideram que a finalidade do estágio é a de propiciar ao aluno uma


aproximação à realidade na qual atuará. Assim, o estágio se afasta da
compreensão até então corrente, de que seria a parte prática do curso.
Defendem uma nova postura, uma redefinição do estágio que deve caminhar
para a reflexão, a partir da realidade.

È de extrema importância que o aluno durante sua passagem pela vida acadêmica e que
pretende assim se tornar professor, compreenda essas etapas: Seja as disciplinas
especificas da licenciatura e o período de estágios alinhados em conjunto, que vai
possibilitar a ele durante sua atuação como profissional um bom desempenho, espera-se
que a partir dessa dinâmica ao longo da graduação o formando em ciências sociais,
enquanto professor da disciplina de sociologia pratique em seu todo seu aprendizado, e
que esse aprendizado tenha sido com êxito, pois é oque vai refletir em sua atuação em
sala de aula.
Conclusão
Podemos concluir que aplicar o ensino de sociologia em sala de aula, exige que o
docente faça uma transposição didática que vai facilitar sua tradução de conhecimento
para o dos alunos. E que essa transposição e tradução adquira um caráter adequado a
realidade social e o contexto ao qual estão inseridos.

São vários os fatores que irão contribuir nessa dinâmica que consiste em o professor
lançar mão de toda e qualquer forma possível de recursos disponíveis a fim de melhorar
seu trabalho, culminando assim no entendimento dos alunos sobre a disciplina, e que
existe uma forma correta de desenvolver esse processo que começa na graduação do
profissional passando pelas práticas de ensino que vão desde as disciplinas especificas
da licenciatura e ao estagio obrigatório possibilitando ao docente um aprendizado que
visa qualifica-lo para sua área de atuação.

A sociologia se trata de uma disciplina fragilizada por conta de seu processo histórico
entre outras questões que atrapalham seu desempenho enquanto algo impactante no
intelecto dos alunos. Por isso se faz necessário aplicar seu conteúdo de forma correta,
afim de não prejudicar ainda mais seu ensino. Para isso o docente atuante na área
precisa ter em mente que esse processo necessita de ser desempenhado com “sucesso”
que corresponde na transmissão de seu conteúdo; transposição didática, a fim de
despertar o interesse nos alunos e atingir seu objetivo enquanto disciplina que implica
na relação professor, aluno e escola.

Se é de fato que o professor é um agente passível de transformação que todos anseiam


cabe a sociedade e a todos envolvidos com a educação tornar possível essa realidade.
Referências:

MORAES, Amaury César. COLEÇÃO EXPLORANDO O


ENSINO: SOCIOLOGIA. 15. ed. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Básica, 2010. 15 v. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=7843-2011-sociologia-capa-
pdf&category_slug=abril-2011-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 01 jan. 2010.

GONÇALVES(ORG.), Danyelle Nilin. SOCIOLOGIA E JUVENTUDE NO ENSINO


MÉDIO: formação, PIBID e outras experiências. Campinas -sp: Pontes Editores, 2013.
168 p.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. 5.ed. São Paulo: Cortez,


2010.

VIEIRA, José Glebson; CUNHA, Lidiane Alves (Org.) Desafios e Perspectivas do Ensino e da
Formação de Professores de Sociologia para o Ensino Médio. Mossoró: UERN, 2014.

MORAES, Amaury Cesar. Licenciatura em ciências sociais e ensino de sociologia:


entre o balanço e o relato. Scielo: tempo social usp, São Paulo, v. 15, n. 15, p.1-16,.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ts/v15n1/v15n1a01>. Acesso em: abr. 2003.

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