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Curso: Bacharelado em Psicologia Semestre: 2023/2

Disciplina: Neuroanatomofisiologia aplicada a Psicologia


Professor (a): Cristina Kelleter Borges Inhaia
Aluno (a): Giorgio Militz Brittes

1. Principais conceitos e ideias extraídas do artigo “Cérebro e Comportamento”

O cérebro humano é, sem dúvidas, fascinante. É muito fácil se interessar em estudar como o
cérebro funciona, entender todos os processos e pormenores envolvidos nesse emaranhado
complexo de conexões nervosas que nos permitem realizar, desde as nossas funções mais
básicas, até as mais avançadas, como: enxergar, ouvir, falar, pensar, deduzir, interagir, formar
memórias, etc. O artigo “Cérebro e Comportamento” aborda alguns aspectos históricos da
neurociência, e as diversas tentativas de alguns estudiosos de desvendarem esse misterioso
órgão. Suas teorias passam das mais incríveis as mais bizarras, como a frenologia, até teorias
aceitam atualmente, como as áreas de Broca e Wernicke.
Atualmente, entende-se que todo comportamento é um reflexo da função cerebral. Nosso
cérebro, por meio de uma complexa rede de neurônios, capta sinais internos e externos e envia,
por meio de impulsos elétricos, respostas necessárias para que continuemos vivos. Por exemplo,
ao encostar na tomada e tomar um choque, nossos músculos iram se retrair e, por meio de nossa
memória (aprendizagem), aprenderemos a não encostar mais na tomada. Nossos neurônios que
realizaram todo esse processo, desde captar o estímulo externo (choque), até enviar a
informação recebida para funções específicas do cérebro, para que elas então enviem uma
informação para o músculo se retrair.
Os neurônios, juntamente com as células da glia, formam o tecido nervoso. Os neurônios
tem como função primordial receber e enviar informações, e as células da glia são responsáveis
pela sustentação, proteção e nutrição dos neurônios, ou seja, servem de suporte. A tarefa das
ciências neurais é explicar o funcionamento e organização dessas duas unidades, entender como
elas controlam o nosso comportamento, e como o nosso comportamento é influenciado por
outros individuais e por fatores ambientais.
A visão atual das células nervosas do cérebro e do comportamento surgiram da fusão de
quatro tradições experimentais: neuroanatomia, fisiologia, farmacologia e bioquímica e a
psicologia.
O estudo anatômico mais detalhado do cérebro só se tornou possível com o avanço da
tecnologia, permitindo uma análise a partir de microscópios que permitiriam tal realização. Só
compreendemos o que a tecnologia é capaz de nos mostrar. A histologia do sistema nervoso
tornou-se uma ciência moderna no século dezenove. A neurofisiologia descobriu que as células
nervosas usam suas capacidades elétricas para transmitirem informações umas as outras. A
farmacologia e bioquímica descobriram que as drogas interagem com receptores específicos
na superfície das células.
A psicologia possui a história mais longa de todas. Gall e os frenologistas acreditavam na
teoria de que nossas funções mentais estavam localizadas em determinadas áreas do cérebro e
que essas áreas poderiam desenvolver-se e aumentar de tamanho, a depender do uso do
indivíduo. Essa teoria foi facilmente negada. Flourens, por exemplo, argumentou que as nossas
funções mentais não estariam localizadas em regiões específicas, e que nosso córtex cerebral
age como um todo para cada função mental. Essa visão de Flourens ficou conhecida como
“visão de campo agregado do cérebro”.
Mais tarde, essa teoria foi também destruída. O neurologista britânico J. Hughlins Jackson,
ao estudar sobre epilepsia focal, notou que diferentes atividades motoras e sensoriais estão
localizadas em diferentes partes do cérebro. Esses estudos foram mais tardes elaborados
sistematicamente por Wernicke e Cajal, formando a visão da função cerebral denominada
conexionismo celular. Segundo essa visão, os neurônios são unidades sinalizadoras do cérebro e
eles conectam-se uns aos outros de maneira precisa.

Estrutura do encéfalo:
a) Cérebro que se divide em telencéfalo e diencéfalo;
b) Tronco encefálico, formados pelo mesencéfalo, ponte e bulbo;
c) Cerebelo.

Compreende-se, então, que as diferentes regiões do cérebro são especializadas por diferentes
funções. O que levou Flourens a acreditar em sua teoria é o que chamamos hoje de
processamento em paralelo. Muitas funções cerebrais são levadas a efeito por muito mais que
uma via neural. Quando uma região é lesada, outras frequentemente são capazes de compensar
parcialmente a perda, obscurecendo, portanto, evidências comportamentais para a localização.
As funções cognitivas, como: raciocínio, emoção, criatividade, memória, etc., podem ser
localizadas dentro do córtex cerebral. O córtex cerebral de cada um dos hemisférios é dividido
em quadro lobos principais: frontal, parietal, temporal e occipital. Cada lobo é responsável por
determinadas funções e possuem giros e sulcos (antigo artifício biológico para aumentar a área
de superfície). Os principais giros e sulcos são semelhantes em diferentes indivíduos e possuem
nomes específicos.

A organização do córtex cerebral é caracterizada por duas importantes particularidades:


a) Cada hemisfério está relacionado primeiramente com processos motores e
sensoriais do lado contralateral do corpo;
b) Os hemisférios, embora muito semelhantes, não são completamente
simétricos em suas estruturas, nem equivalentes em suas funções.

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