Universidade Pitágoras Unopar Sistema de Ensino A Distância Licenciatura em Pedagogia

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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

JUNIA TERESINHA DA SILVA

PROJETO DE ENSINO
EM LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade

Contagem
2024
JUNIA TERESINHA DA SILVA

PROJETO DE ENSINO
EM LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Projeto de Ensino apresentado à Universidade


Pitágoras Unopar, como requisito parcial à
conclusão do Curso de Licenciatura em
Pedagogia.

Docente supervisor: Prof. Natalia Barbosa


Limeira.

Contagem
2024
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
1 TEMA ................................................................................................................... 4
2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 6
3 PARTICIPANTES ................................................................................................. 7
4 OBJETIVOS ......................................................................................................... 8
5 PROBLEMATIZAÇÃO .......................................................................................... 9
6 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 11
7 METODOLOGIA ................................................................................................ 16
8 CRONOGRAMA ................................................................................................. 18
9 RECURSOS ....................................................................................................... 19
10 AVALIAÇÃO ....................................................................................................... 20
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 21
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22
3

INTRODUÇÃO

Atualmente a educação inclusiva tem sido um grande desafio para os


profissionais da educação, a luta por igualdade e respeito vem se ampliando com
intuito de garantir o direito, participação social e educativa de todos os indivíduos
independente de suas especificidades. Segundo aponta Michels (2013), a política
nacional da educação especial, na perspectiva da educação inclusiva, está sendo
implantada desde o seu início e enfrenta dificuldades de sua implementação nas
escolas, principalmente pela falta de investimentos em recursos materiais, bem como
na formação continuada dos professores, o que acaba gerando dificuldades no
atendimento de alunos com deficiência na rede regular de ensino.
Segundo as políticas educacionais, cada aluno numa sala de aula apresenta
características próprias e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos
e especiais, constituindo uma diversidade de interesses e ritmos de aprendizagem, o
desafio e as expectativas da escola hoje é trabalhar com essas diversidades na
tentativa de construir um novo conceito do processo ensino-aprendizagem, eliminando
definitivamente o seu caráter excludente, de modo que sejam incluídos neste
processo todos que dele, por direito, são sujeitos.
Este novo olhar da escola implica na busca de alternativas que garantam o
acesso e a permanência de todas as crianças e adolescentes no seu interior. Assim,
o que se deseja é a construção de uma sociedade inclusiva compromissada com as
minorias, cujo grupo inclui os portadores de necessidades educacionais especiais.
Dessa forma, a adequação e adaptação das práticas educacionais
corresponderão às expectativas de uma educação inclusiva que venha a colaborar
com os alunos com necessidades educacionais especiais, posicionando-os frente a
uma educação de vanguarda, inclusiva, que sirva aos interesses sociais, valorizando
dessa forma a democracia e o direito ao acesso à educação.
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1 TEMA

Há algum tempo vem sendo discutida a alfabetização de crianças Portadoras


de Necessidades Educacionais Especiais (PNEE) no ensino regular, pela
complexidade de adaptação do processo de ensino, tornando a escola um espaço
para todas as crianças, deixando de lado a visão de “segregação” e abordando um
traço mais acolhedor, contribuindo para que a criança tenha todas as suas
necessidades educacionais e individualidades.
Com o intuito de que uma real inclusão aconteça, foram criados leis e decretos
visando garantir a inserção de Crianças com Necessidades Especiais (CNE), no
sistema regular de ensino, além disso, a legislação brasileira prevê que todos os
cursos de formação de professores, magistério e ou licenciatura, devem introduzir
capacitação para o estudante afim de que possam estar preparados para receber, em
suas escolas, alunos com e sem necessidades educacionais especiais, dentre os
quais os alunos com deficiências.
No entanto, não é o que tem sido aplicado na prática, em contrapartida, as
escolas não se encontram preparadas para que esses alunos sejam recebidos, não
desenvolve projetos para a devida inclusão e interação dos mesmos na comunidade
escolar, causando sofrimento aos alunos com necessidades educacionais especiais
e aos professores, demonstrando muitas fragilidades no processo destes alunos no
ensino regular.
Com o intuito de que uma real inclusão aconteça, foram criados leis e decretos
visando garantir a inserção de Crianças com Necessidades Especiais (CNE), no
sistema regular de ensino, esse avanço legislativo se pelo decreto 3.298 (BRASIL,
1999), que regulamenta a Lei 7.853/89 (BRASIL,1989), e dispõe sobre a política
Nacional para integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Essa lei estabelece que
a educação especial tenha atuação complementar ao ensino regular, com todas as
CNE inseridas na escola. A legislação brasileira prevê que todos os cursos de
formação de professores, magistério e ou licenciatura, devem introduzir capacitação
para o estudante afim de que possam estar preparados para receber, em suas
escolas, alunos com e sem necessidades educacionais especiais, dentre os quais os
alunos com deficiências.
5

Dessa forma, a escola tem um grande desafio a ser resolvido, pois, precisa
promover e proporcionar o acesso e a permanência de todas as crianças com
necessidades educacionais especiais, garantindo o aprendizado das mesmas e
buscando a construção de uma nova escola que atenda todos os públicos de maneira
efetiva, alicerçada nos princípios de uma sociedade democrática. Segundo aponta
Fernandes (2019), as escolas devem se adaptar às necessidades especiais dos
estudantes, para que todos possam aprender juntos através de uma formação
benéfica. Afinal, as diferenças não são um problema pois a diversidade agrega
valores.
6

2 JUSTIFICATIVA

A educação inclusiva tem se revelado de extrema importância para que as


crianças e adolescentes com necessidades educacionais específicas desenvolvam
competências e habilidades a ser utilizadas no seu cotidiano, necessitando d que haja
uma adequação do currículo e utilização de novas metodologias. A inclusão social
merece uma reflexão acerca da importância do oferecimento ao acesso e
permanência destes alunos em salas de aulas regulares, os quais eram excluídos do
sistema de ensino regular e hoje se encontram incluídos junto aos outros alunos.
Os direitos das pessoas não só com necessidades especificas, pois quando
falamos em inclusão social nas escolas estamos falando de aceitar as diferenças.
Para os alunos com qualquer tipo de necessidade específica, sejam estas físicas,
psíquicas ou mentais, o ambiente da escola deve ser ainda mais atraente já que esse
aluno até então era tido como excluído.
O papel da escola atual deve ser o de receber o aluno com necessidades
educacionais especiais, de forma que, este aluno possa desenvolver suas
potencialidades gradativamente, com a ajuda do professor e da escola, trazendo para
junto de si seus colegas de classe para que estes consigam entender que no mundo,
não somos todos “iguais”, que cada um tem suas diferenças e que essas diferenças
devem ser respeitadas.
Nos dias atuais, o sistema de ensino precisa ter um olhar especial para práticas
pedagógicas, transformando o ensino em uma educação inclusiva, respeitando a
diversidade. O papel de uma escola moderna deve ser ajudar na construção do
desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança, a fim de que ela se torne
um cidadão.
Deste modo, esse tema se justifica, uma vez que, a inclusão de crianças com
necessidades especiais se tornou o centro das discussões, no âmbito escolar, visto
que, nem todas as pessoas envolvidas com a educação infantil estão preparadas,
para fazer a inclusão propriamente dita, assim, o desenvolvimento educacional da
criança na escola, levando em consideração a diversidade e a construção de uma
sociedade inclusiva, pois as escolas estão presas a conceitos que requerem
mudanças, uma vez que os educadores não estão capacitados para trabalhar com a
inclusão de crianças com necessidades especiais.
7

3 PARTICIPANTES

O presente trabalho tem como viés analisar o processo de desenvolvimento da


educação inclusiva para as crianças com necessidades especiais, assim como a sua
função em estar proporcionando a estas maior interação com as demais pessoas à
sua volta, enquanto instrumento de atenuação da discriminação e do preconceito da
própria sociedade. Desta forma, ele é direcionado a instituições de ensino regular,
professores e até mesmo familiares que encontram desafios na Educação Inclusiva,
onde por falta de informação, preconceito e exclusão tanto por parte dos professores
quanto da própria família, a criança com deficiência encontra barreiras que a impedem
de crescer junto com as demais crianças.
8

4 OBJETIVOS

O objetivo geral do trabalho é compreender a atual importância da inclusão dos


alunos especiais no Ensino Regular como uma das formas de possibilitar aos mesmos
o direito a igualdade, a justiça e a uma educação com qualidade, demonstrando
diretamente a importância do papel da escola e do professor no processo de
construção da inclusão e destacando o contexto histórico do surgimento do aluno
especial.
Os objetivos específicos giram em torno de:
• Discutir o papel da escola diante do desafio da educação inclusiva;
• Refletir sobre o papel do professor e a contribuição para a inclusão
dos alunos com deficiências;
• Demonstrar alguns dos desafios encontrados pelas escolas no
processo de inclusão;
• Relacionar as metodologias a serem utilizadas nesse processo, expor
o papel do professor frente ao processo de inclusão.
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5 PROBLEMATIZAÇÃO

Atualmente a escola é considerada uma instituição que se destaca por ser


favorável à transformação social, realizada através da inclusão e de oportunidades
educativas, e por promover amplas discussões na busca de oferecer oportunidades
de mudanças, de modo a atender de fato às necessidades educativas especiais,
favorecendo aos próprios deficientes a sua inserção na sociedade, em todos os
aspectos, sejam eles econômicos, sociais ou educacionais, propiciando assim a
inclusão.
O direito do aluno com necessidades educativas especiais e de todos os
cidadãos à educação é um direito constitucional. A garantia de uma educação de
qualidade para todos implica, dentre outros fatores, um redimensionamento da escola
no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das
diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que
fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender
e de construir.
A inclusão implica na elaboração de recursos e métodos pedagógicos que
sejam acessíveis a todos os alunos, rompendo com todas as barreiras que possam
limitar a participação do estudante por conta da sua particularidade. A escola inclusiva
às crianças com necessidades especiais diz respeito à identificação das mesmas e a
remoção de barreiras, o que implica na coleta contínua de informações valiosas para
atender o desempenho dos alunos para planejamento e estabelecimento de metas
neste sentido. Não obstante, a inclusão também pressupõe um maior envolvimento
entre a família e a escola e entre a escola e a comunidade, onde todos buscam uma
educação de qualidade para todas as crianças com necessidades especiais.
Diante dessa realidade, originaram-se as ações de adaptação do sujeito à
sociedade, todavia, desacompanhadas da busca por transformações sociais que
excluíssem as barreiras estruturais e humanas impostas à pessoa com deficiência,
obstando assim que suas limitações se transformassem em uma forma de
proporcionar novas possibilidades a este ser humano.
Após a implementação de legislações os estudantes com deficiência passam a
frequentar o ensino regular juntamente com os demais alunos. Nessa perspectiva,
percebe-se a necessidade de se avaliar qual a relevância e os desafios da inclusão
da criança e do adolescente com deficiência no ensino regular. Portanto, indaga-se:
10

Qual a importância e os desafios encontrados para inclusão da criança e do


adolescente com deficiência na escola regular?
11

6 REFERENCIAL TEÓRICO

A história da educação para crianças com necessidades educacionais vem de


uma trajetória de exclusão, discriminação e abandono, pelo fato de estar implicada na
história social destas pessoas. Eles foram tratados como loucos, agredidos, chegando
a serem executados, por não merecerem o perdão por serem tão diferentes (SALLES,
2002). Em 1950 e 1960 surgiram as escolas especiais, e em sequência as classes
especiais dentro de escolas normais. Neste sentido, foi visto que houve alguns
pequenos avanços na história dos portadores de necessidades especiais uma vez que
hoje já existem leis que asseguram a presença das pessoas com necessidades
especiais nas escolas de ensino normais.
Muito tem se visto escolas com faltas de estruturas física e logística para
atender esta demanda, de nada adianta a intenção se não há ação, e tão pouco vale
o desejo se não houver a organização. Porem algumas escolas têm se preparado para
a chegada destes, mexendo em suas estruturas, como rampas, banheiros adaptados
e etc. Aos poucos, o mundo vem se remodelando para dar-lhes maiores oportunidades
(CARVALHO, 2004).
Atualmente ao se entrar em salas de aulas, vê-se professores cansados com
rotinas e até mesmo com anos de regências, resultando em resistência dos mesmos
quando a escola os apresenta inovações. A tecnologia é umas inovações que traz ao
professor uma grande resistência, mas a inclusão é a campeã em resistência (SOUZA,
2008).
“Os professores têm medo de receber os alunos, Portadores de Necessidade
Educacional Especial (PNEE), pois, com muitos alunos em sala de aula, fica
difícil atender com qualidade o que o aluno necessita. Infelizmente há uma
tendência, por parte dos profissionais da Educação Infantil, em adaptar as
novas situações às anteriores. A formação continuada é importante para que
os professores fiquem preparados em situações nunca vividas antes
(MORAES, 2006).”

A proposta de educação inclusiva é centrada nas características individuais do


aluno, o que justifica o currículo a ser adaptado às capacidades e os interesses do
aluno. Os elementos constitutivos do currículo “[...] não devem ser dissociados ou
ignorados no processo ensino-aprendizagem, mas articulados e diferenciados na
prática pedagógica”, segundo os Ensaios Pedagógicos (BRASIL, 2006, p.320).
Ainda de acordo com esses os Ensaios, é importante um tratamento igualitário
de aprendizagem na sala, de modo que o professor precisa de maneira gradual
12

desfazer-se de “práticas pedagógicas homogêneas que se configuram por “um


conteúdo curricular, e um uma aula, uma atividade mesmo tempo de realização das
atividades para toda a turma” (BRASIL, 2006, p. 320). Não seria difícil, portanto,
pensar na dificuldade de o aluno ser incluído em uma atividade não diferenciada, ou
ser excluído totalmente da tarefa proposta. É imprescindível que o aluno seja
respeitado tanto na maneira de aprender como no ritmo para a realização da atividade.

A escola inclusiva deve estar disposta a adaptar seu currículo e seu ambiente
físico às necessidades de todos os alunos, propondo-se a realizar uma
mudança de paradigma dentro do próprio contexto educacional com vistas a
atingir a sociedade como um todo. Neste espaço, a relação professor-aluno
com deficiência deve influenciar a autoimagem desse aluno e o modo como
os demais o veem, trazendo benefícios tanto para ele quanto para o seu
grupo com base em um suporte que facilite a todos obter sucesso no
processo educacional. Dessa forma, a escola para ser considerada inclusiva
deve promover as possibilidades e potencialidades de todo e qualquer sujeito,
sobretudo aquele com deficiência. (ALVES, 2002, p. 30).

A Política Nacional no âmbito da educação inclusiva, no qual é exposto:

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação


Inclusiva tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir:
acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade
nos níveis mais elevados do ensino; transversalidade da modalidade de
educação especial desde a educação infantil até a educação superior; oferta
do atendimento educacional especializado; formação de professores para o
atendimento educacional especializado e demais profissional da educação
para a inclusão; participação da família e da comunidade; acessibilidade
arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e
informação; e articulação intersetorial na implementação das políticas
públicas. (POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA
PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, 2008, p. 14).

Nesse sentido, o papel crucial do professor da Educação Inclusiva torna-se um


dos desafios, pois não se pode pensar em ações fragmentadas inseridas em uma
educação utópica; e sim, uma educação articulada com diretrizes bem nítidas que
possam nortear o cotidiano do docente na sala de aula, em que a meta sempre será
que essas crianças frequentem a classe regular. Essa inserção fará que a escola e o
professor tenham que fazer as adaptações condizentes e adaptativas, principalmente
de ajustamentos de currículos, para que este possa atender as dificuldades de todos
os alunos. No que tange a essa flexibilização de currículos, MEC/SEESP/SEB (1998)
apud Walter (2010) dispõem da seguinte forma:
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Adaptações no nível do projeto pedagógico (currículo escolar) que devem


focalizar, principalmente, a organização escolar e os serviços de apoio,
propiciando condições estruturais que possam ocorrer no nível de sala de
aula e no nível individual; adaptações relativas ao currículo da classe, que se
referem, principalmente, à programação das atividades elaboradas para sala
de aula e adaptações individualizadas do currículo, que focalizam a atuação
do professor na avaliação e no atendimento a cada aluno. (WALTER, 2010,
p. 01-02).

Os docentes estão encarando, atualmente, muitas barreiras/desafios que, vão


além do saber de conteúdos pedagógicos. Estão diante de novos desafios,
planejamentos, situações de administração, liderança, mudanças econômicas,
políticas e resoluções de conflitos. O professor tem que ser formado hoje para o
processo de inclusão, para a gestão participativa e democrática e precisa receber uma
formação inicial e continuada (LIMA, 2002, p.122). O Educador deve absorver
conhecimento e ter à sua disposição o aprendizado com a sua formação e, assim, ter
uma visão autônoma dos fatos para poder agir com segurança sobre a realidade dos
mais variados aspectos (ALMEIDA, 2013).
O processo de inclusão acontece em um campo de mudanças e
transformações no qual o aluno passa por um caminho de inovação de sua identidade,
por isso é tão importante os debates sobre políticas educativas e a profissão docente
(NÓVOA, 1991). A formação inicial do docente é extremamente relevante para o
conhecimento inicial de teoria/pratica. É seu suporte inicial para o conhecimento e
desenvolvimento profissional. Já a formação continuada é onde o profissional terá
suas ideias mais claras e aprofundadas na ampliação dos saberes e das práticas,
vinculados com os contextos e áreas de trabalho. Dessa forma, o profissional irá
dispor de tempo e de instrumentos para problematizar e sistematizar análises que
possam gerar crescimento profissional (ANDRADE, 2005). A formação continuada
tem como objetivo que os docentes possam atuar em salas com mais recursos
multifuncionais e em classes comuns e alunos de inclusão do ensino regular. Objetiva
também, obter uma parceria com outras Instituições, tanto públicas quanto privadas,
que compartilhem seu conhecimento para o bem dos alunos inclusos. Existem hoje
instituições presenciais e à distância que oferecem cursos no nível de
aperfeiçoamento e especialização como, por exemplo, a Universidade Aberta do
Brasil (UAB).
A educação é de responsabilidade dos PNEEs, não é meramente do docente,
14

mas de todos participantes desse processo educacional. É essencial que o gestor e


os pedagogos separem um tempo para que o professor desabafe e tire suas dúvidas
(CARVALHO, 2005).
Segundo Libâneo (2004), para se considerar e compreender a organização da
escola é necessário a compreensão de como acontece a dinâmica organizacional da
instituição e a cultura escolar que permeia as relações institucionais. Todo profissional
que faz parte da escola constitui-se como profissional, mediante as funções próprias
do seu exercício. Todos desenvolvem saberes específicos, possuem competências e
pensamentos sobre a realidade escolar e devem estar aptos a trabalhar de maneira
individual e coletiva. Como estes profissionais fazem parte da dinâmica
organizacional, cabe a eles terem uma participação ativa trabalhando juntos na gestão
democrática e nos processos decisórios da escola.
Os portadores de necessidades especiais são os indivíduos que, por algum
motivo, precisam de cuidados por parte de um profissional especializado. Nesse grupo
faz parte a deficiência física, doenças, acidentes ou lesões (que possam provocar a
deficiência física), paralisia cerebral, deficiência mental, deficiência visual, deficiência
auditiva, deficiências múltiplas e os de altas habilidades/superdotados.
A limitação da mobilidade e da coordenação geral são dadas por complicações,
podendo também afetar a fala, em diferentes graus. As causas são variadas, vão
desde lesões neurológicas e neuromusculares até má-formação congênita ou
condições adquiridas, como hidrocefalia (acúmulo de líquido na caixa craniana) ou
paralisia cerebral (AMPUDIA, 2011). Os deficientes físicos, em geral, podem ter
dificuldades para escrever, em função do comprometimento da coordenação motora.
O aprendizado pode se tornar mais lento, mas, exceto nos casos de lesão cerebral
grave, a linguagem é adquirida sem grandes empecilhos. Dependendo da área do
cérebro afetada, a pessoa com deficiência física pode apresentar também,
dificuldades na linguagem, na leitura, na escrita, na percepção espacial e no
reconhecimento do próprio corpo (AMPUDIA, 2011).
A deficiência não é uma doença, mas pode acontecer por uma, como também,
por outros fatores. As causas são diversas, podendo estar ligadas a problemas
genéticos, complicações na gestação ou gravidez, doenças infantis e acidentes
(APARECIDA, 2012). É de suma importância que o casal procure aconselhamento
genético antes de uma gestação, caso haja fatos de deficiência intelectual na família,
casamentos entre parentes ou idade materna avançada. Se faz importante também,
15

um acompanhamento pré-natal adequado, uma alimentação saudável durante a


gestação e não fazer uso de bebidas alcoólicas, cigarros e outras drogas. Outra
recomendação fundamental é realizar o Teste do Pezinho (obrigatório no Brasil) assim
que o bebê nascer e seguir recomendações de vacinas. Sempre procurar o médico,
caso note problema no desenvolvimento e /ou crescimento da criança (APARECIDA,
2012).
Segundo Associação Brasileira de Pais e Amigos dos Excepcionais, APAE, a
deficiência múltipla é a ocorrência de duas ou mais deficiências simultaneamente, que
seja deficiências intelectuais, físicas ou ambas combinadas. Não existem estudos que
comprovam quais são as mais recorrentes. O modo como cada deficiência afetará o
aprendizado de tarefas simples e o desenvolvimento da comunicação do indivíduo
varia de acordo com o grau de comprometimento propiciado pelas deficiências,
associado aos estímulos que essa pessoa vai receber ao longo da vida (AMPUDIA,
2011).
As estratégias de atendimento ao aluno com deficiência se fazem, muitas das
vezes, diferenciar ou modificar o currículo regular de modo a adequar o processo de
ensino/aprendizagem às necessidades e características desse educando. Várias
estratégias podem ser empregadas nas classes comuns para diferenciação e
modificação do currículo regular, contribuindo, inclusive, para estimular as
potencialidades de toda a turma (SOUZA, 2006, p. 20). Sua aprendizagem deve ser
centrada no aluno, sempre levando em consideração seus talentos/interesses e
necessidades, observando-os de forma a identificar seus pontos fortes/habilidades.
É essencial que se analise e modifique o currículo e que se convide pessoas
da comunidade, família ou especialistas para falar para os alunos especiais, de forma
a despertar o interesse e descubra as habilidades dos mesmos. Tomar iniciativas que
acrescente a escola, envolvam a família no processo de aprendizagem de seus filhos
e dê ao aluno oportunidades e opções de escolhas.
16

7 METODOLOGIA

De acordo com Andrade (2003, p. 129) “metodologia é o conjunto de métodos


ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento”. Portanto, é a
metodologia que proporcionará um caminho seguro e confiável para a descrição e a
explicação dos fenômenos relativos ao objeto de estudo, possibilitando um maior grau
de cientificidade do estudo.
A presente pesquisa pode ser classificada, segundo seus objetivos, como
exploratória e descritiva. Exploratória porque buscou o respaldo teórico relativo ao
tema, por meio de autores que desenvolveram estudos nas áreas de interesse,
buscando-se aumentar a compreensão da autora e dos futuros leitores sobre o tema
proposto. A pesquisa descritiva teve como principal foco descrever o fenômeno
investigado.
Segundo Gil (2010) a pesquisa exploratória busca a familiaridade com o
problema, tornando-o mais claro e contribuindo para sua compreensão, enquanto a
pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno.
Quanto à natureza, a pesquisa é considerada qualitativa, pois conforme Ruiz
(2009), uma pesquisa qualitativa é utilizada para se determinar as razões e as
características de um determinado fenômeno a partir da investigação do
comportamento dos indivíduos no seu ambiente de atuação.
Também é classificada como pesquisa bibliográfica, pois utilizou material já
publicado, como por exemplo, livros e artigos, como subsídio teórico (GIL, 2010).
Dessa forma, a pesquisa pode ser classificada como uma pesquisa de campo,
exploratória, descritiva, bibliográfica com uma análise qualitativa cujo instrumento
utilizado para a coleta de dados foram roteiros de entrevista semiestruturados.
O levantamento bibliográfico foi realizado nos meses de agosto a novembro de
2021, tendo como critérios de inclusão, estudos originais, indexados na integra nos
últimos 5 anos, disponíveis online, na língua portuguesa, sendo excluídos literatura
cinza, editoriais, cartas ao leitor, artigos que não abordavam a temática do estudo e
artigos indexados incompletos. A busca dos artigos ocorreu nas bases de dados da
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e no Google
Acadêmico.
17

Foram utilizados dados de presentes literaturas específicas e autores aos que


dissertam sobre o tema, tendo como palavras chave: Inclusão, Alunos com
necessidade especiais e Ensino regular. Para a coleta de dados foi utilizado um
formulário em que foram inseridas informações como o tipo de estudo, ano de
publicação, local, autores, objetivos, resultados e conclusão. Após leitura dinâmica e
analise critica os artigos passaram por um processo de seleção.
A partir da coleta de dados, foram selecionados 5.391 artigos, dos quais, 4.900
foram encontrados no Google Acadêmico, 63 na LILACS, 183 na SciELO e 245 na
BVS. Após foi aplicado os seguintes filtros: ano de publicação, textos completos que
atendiam melhor a temática do trabalho, disponibilizados online, divulgados na
literatura nacional.
18

8 CRONOGRAMA

ATIVIDADES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Escolha do tema. Definição do


X X X X
problema de pesquisa

Definição dos objetivos, justificativa. X X X X

Pesquisa bibliográfica e elaboração


X X
da fundamentação teórica.

Definição da metodologia. X X

Revisão das referências para


X X
elaboração do TCC.

Elaboração da Introdução X

Revisão e reestruturação da
Introdução e elaboração do X
Desenvolvimento
Revisão e reestruturação do
X
Desenvolvimento

Elaboração da Conclusão X
Reestruturação e revisão de todo o
texto. Verificação das referências X
utilizadas.
Elaboração de todos os elementos X X
pré e pós-textuais.

Entrega do TCC-Artigo X

Defesa do TCC-Artigo X
19

9 RECURSOS

A fim de investigar a inclusão escolar no ensino regular, é necessária a


realização de uma pesquisa bibliográfica para ampliar o conhecimento proposto sobre
o tema, sendo utilizados dados de presentes literaturas específicas e autores aos que
dissertam sobre o tema, tendo como palavras chave: Inclusão, Alunos com
necessidade especiais e Ensino regular. Para a coleta de dados foi utilizado um
formulário em que foram inseridas informações como o tipo de estudo, ano de
publicação, local, autores, objetivos, resultados e conclusão. Após leitura dinâmica e
analise critica os artigos passaram por um processo de seleção.
Além de serem selecionados 5.391 artigos, dos quais, 4.900 foram encontrados
no Google Acadêmico, 63 na LILACS, 183 na SciELO e 245 na BVS. Após foi aplicado
os seguintes filtros: ano de publicação, textos completos que atendiam melhor a
temática do trabalho, disponibilizados online, divulgados na literatura nacional.
20

AVALIAÇÃO

O presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados da pesquisa em


que se discutiu e analisou as percepções e as vivências do processo de inclusão e
suas implicações no contexto dos sujeitos com necessidades educacionais especiais
em classes regulares na última década. Para alcançar esses objetivos, adotou-se a
perspectiva teórico-metodológica, que toma como objeto de estudo o sujeito histórico,
que se constitui na relação com a cultura.
Assim, o método de avaliação no processo de ensino se deu de forma a filtrar
os textos com maior relevância e mais recentes, de forma a convalidar as informações
bibliográficas com a prática vivenciada no dia a dia de uma sala de aula, além de se
basear em depoimentos de professores com uma maior experiência e que atuaram
em diversas instituições de ensino, vivendo o processo de inclusão em várias etapas.
21

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término da pesquisa, podemos dizer que o processo de inclusão social tem


evoluído muito ao longo dos anos, apesar da dificuldade enfrentada, os alunos em
sua maioria estão sendo recepcionados da maneira adequada, podemos dizer assim,
que as escolas tentam fazer o que é proposto, e cumprirem com as leis, mas também
existem exceções, de escolas que não recebem os alunos como deveriam trazendo
uma defasagem à vida dos mesmos, foi possível analisar que as leis existem tanto
para o amparo aos alunos de inclusão quanto a formação de professores, mas
infelizmente a educação não é prioridade em nosso país e muitas vezes nem tudo é
alcançado com sucesso.
Respondendo a pergunta que norteou o estudo de buscar compreender qual a
importância da formação dos docentes para trabalhar com alunos de inclusão? É
necessário ter uma capacitação de todos os professores para atender alunos com
deficiência. Isso se faz extremante necessário, mas ainda não é a realidade de nossas
escolas. Apesar da maioria dos docentes serem capacitados, é preciso de
investimento e tempo para que seja algo genuíno a todos. Os profissionais da
educação devem caminhar no sentido de superar a condição de exclusão, alienação
e desatualização com relação à Educação Especial.
Foi compreendido que a educação inclusiva precisa ser analisada de maneira
geral e os professores precisam estar capacitados para isso, comprometido com a
realização de uma educação efetivamente democrática e de qualidade, objetivando
garantir uma educação de qualidade para todos.
22

REFERÊNCIAS

BRUNO, Marilda Morais Garcia. O desenvolvimento integral do deficiente visual. Ed.


São Paulo: Loyola, 1992.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.


São Paulo, SP: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo; NOGUEIRA, Adriano. Que fazer Teoria e Prática em educação


popular. Petrópolis: Vozes, 1989.

FREIRE, Paulo & SHOR, Ira - Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra,
1997.BRASIL.

GONÇALVES ,Giovana de Cássia Fossi. Necessidades educativas especiais e a


inclusão escolar. Santa Catarina, 2010.

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